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4130 NO REVESTIMENTO INCONEL 625

CORROSÃO ELETROQUÍMICO NO AÇO


SOLDADO PELO PROCESSO TIG

Élida Mariana Almeida Alvesa*; Ana Carolina Rodrigues de Sá Silvaa; Peterson


Luiz Ferrandinia; Roberto Zenhei Nakazatoa; Eduardo Norberto Codaroa;
a
Universidade Estadual Paulista-UNESP, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, Departamento de
Química e Energia, Avenida Dr. Ariberto Pereira da Cunha, 333, Guaratinguetá, SP, Brasil
* elida.alves@unesp.br

Resumo. Este trabalho avalia a resistência a corrosão no revestimento Inconel 625 utilizado
no substrato de aço AISI 4130 realizado pelo processo de soldagem TIG (GTAW). Avaliaram-
se três amostras com duas diferenças de revestimento e no aço 4130 sem revestimento. As
duas amostras com diferenças de revestimento, a com maior revestimento obteve um
resultado maior espessura obteve uma maior resistência taxa de corrosão. Uma amostra do
aço AISI 4130, obteve uma resistência a taxa de corrosão devido a presença de cromo e
Molibdênio. Concluir-se resistência à corrosão do revestimento em um ambiente corrosivo
como aquele da indústria de extração de petróleo.

Palavras-chave: Inconel 625; Aço 4130; TIG(GTAW); taxa de corrosão

1 INTRODUÇÃO
A utilização dos revestimentos resistentes à corrosão e a oxidação adequadas, como as ligas
de inconel (IN), para evitar sérios danos aos aços. Revestimentos contendo cromo podem
melhorar a resistência de uma superfície à corrosão e oxidação (Naghiyan Fesharaki et al.,
2019). As ligas a base de níquel Inconel 625 são frequentemente utilizadas em ambientes
aquáticos com altas temperaturas e pressões. Um aumento na temperatura, pressão e
oxigênio dissolvido poderia promover o processo de corrosão (Fujii et al., 2014; Kim et al.,
2010; L. Wang et al., 2017).
A corrosão do aparelho resulta na mudança de solução; dificuldade em desenvolver um
eletrodo de referência efetivo para detectar o comportamento eletroquímico in situ em altas
temperaturas e pressões; controlar os testes eletroquímicos, problemas nas condições de alta
temperatura e alta pressão. Para resolver este problemas, precisa-se investigar o efeito dos
íons cloreto na corrosão do IN 625 em ambiente marítimos (Sun et al., 2009). No entanto, o IN
625 revestido para proteção do aço em ambiente aquoso pode ser danificado por corrosão
eletroquímica, porque o revestimento não é galvanicamente contra o substrato de aço, portanto
os materiais anticorrosivos resistentes são limitados para a proteção do aço em ambiente
corrosivo severo, onde as forças físicas e mecânicas são aplicadas externamente (Park & Kim,
2017). O objetivo deste trabalho é avaliar o revestimento de soldagem no processo
TIG(GTAW) em resistência corrosão na deposição de Inconel 625.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
O Inconel 625 foi utilizado como o metal de adição pelo processo TIG (GTAW) com 1,2mm de
diâmetro, foi depositado em uma chapa AISI 4130 (130mm x 30mm x 15mm). Inicialmente o
metal de base (MB) foi pré-aquecido com o maçarico até atingir a temperatura 130°C. A
soldagem foi realizada, na posição plana e um ângulo de 45° com a superfície do substrato, foi
executado um único revestimento lado a lado de uma única camada, no substrato de 133mm,
com a corrente de soldagem 185 A, tensão de soldagem 13V, velocidade de soldagem 18mm/s
e aporte térmico 0,8kj/mm e a gás de proteção foi o Argônio (Ar) com vazão de 15l/min. O
revestimento de solda foi de 2,13mm de profundidade e 15, 862mm de largura, foram medidas
utilizando o projetor de perfil.
Para realização do ensaio de corrosão com água do mar sintética segundo a norma (ASTM-
D1141, 2013). Esse ensaio foi feito com três amostras de aço AISI 4130 com diferentes
espessuras de revestimentos de Inconel 625: 5mm, 2 mm e o aço AISI 4130 puro. Os testes de
polarização foram conduzidos em uma célula convencional de três eletrodos, a placa de platina
foi utilizada como eletrodo auxiliar, e um eletrodo Ag/AgCl como eletrodo de referência
saturado com KCl. A área exposta do eletrodo de trabalho foi de 1cm 2. Os procedimentos
experimentais foram conduzidos para cada uma das amostras como uma taxa de varredura de
0,166Mv/min o experimento de polarização potencial de circuito aberto (OCP) durante 4 horas.
As curvas de polarização de Tafel foram para a região, na considerada linear fora da região
para os ramos catódicos +250mV e ramo anódicos -250mV a partir do OCP plotadas na faixa
de potencial. E através do software Autolab NOVA 1.8. As curvas de polarização foram obtidas
a partir do método da extrapolação de Tafel, tais como; a densidade de corrente de corrosão (i
corr), na qual é determinada a taxa de corrosão através da aplicação da lei de Faraday, foram
determinadas pela técnica de extrapolação de Tafel. Os parâmetros do teste das curvas de
Tafel, coeficientes anódicos (a) coeficientes catódicos (c), a taxa de corrosão (Rcorr) e
potencial de corrosão (Ecorr).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nas figuras 1, 2 e 3 e na tabela 1 apresentam os resultados dos ensaios de resistência a
corrosão, dos parâmetros médios das curvas de polarização de OCP polarização de Tafel. Foi
calculado a taxa de corrosão eletroquímica para explicar as curvas de OCP e polarização de
Tafel no aço AISI 4130 revestido com Inconel 625 e também no aço AISI 4130 puro obtidas em
solução de água do mar sintética naturalmente arejada, o ensaio foi realizado com variação na
espessura do revestimento em relação ao substrato de 2,0 mm e 0,5mm e no aço AISI 4130
puro.
O desempenho das curvas de OCP e polarização de Tafel, apresentadas nas figuras 1, 2 e 3,
nas quais cada uma das amostras com variação na camada no revestimento de Inconel 625.
Na tabela 1 apresenta seus respectivos resultados. As amostras AISI 4130 revestida com
Inconel 625, apesar de variar a espessura do revestimento em relação ao substrato obteve
pouca variação nos seus respectivos resultados, e da amostra do aço AISI 4130 sem
revestimento é bem notado a diferenças sem a camada de proteção com Inconel 625.
Inicialmente foi realizado o ensaio de corrosão com duas amostras diferentes e com variação
de espessura do revestimento em relação ao substrato. Nas Figuras 1a e 1b apresentam os
seus respetivos resultados, como podemos observar as curvas as curvas de OCP e
polarização de Tafel, realizado com a espessura do revestimento em relação ao substrato de
2mm.

Figura 1: Amostras de 2mm com revestimento de Inconel 625 no aço AISI 4130 a) Curvas de
OCP e b) Polarização de Tafel
Nas figuras 2a e 2b, apresentam um diferenças na espessura do revestimento em relação ao
substrato de 0,5mm, na qual podemos notar, que quando for menor a espessura de
revestimento, ocorreu uma maior taxa de corrosão e sobretensão anódica obteve um valor
maior na taxa de corrosão (Rcorr), devido o revestimento ter tido uma baixa espessura, pois
isto menor será a resistência ao ambiente corrosivo isto a proteção será menor devido a
camada de Inconel revestido ter sido menor. Na tabela 1 podemos verificar os dados dos
resultados das curvas, na qual foi realizada em OCP e Polarização de Tafel.

Figura 2:Amostras 0,5mm de revestimento de Inconel 625 no aço AISI 4130 a) Curvas de OCP;
b) Polarização Tafel

Nas duas espessuras do revestimento com Inconel 625 com 2mm e 0,5mm (gráficos 1, 2 e 3, e
tabela 1), cada amostra obteve seus respectivos resultados conforme a sua camada revestida
no aço. (L. Wang et al., 2017) afirmam que o NaCl pode ser estimula a corrosão eletroquímica
do Inconel 625. Os parâmetros de corrosão com camada de Inconel 625 no aço 4130,
apresentam seus valores listados na tabela 1 e os resultados das curvas de OCP e polarização
de Tafel, ilustra bem nítido que a diferença dos revestimentos obteve os valores
proporcionalmente as suas camadas de revestimento.
O potencial ativo do Inconel 625 torna-se positiva o aumento da concentração de NaCl na qual
revela a resistência a corrosão degradada do Inconel 625. Portanto, os íons cloreto podem
efetivamente promover a corrosão do Inconel 625 (L. Wang et al., 2017) .O potencial de
corrosão é um indicador estático da resistência eletroquímica a corrosão, que revela a
suscetibilidade a corrosão do material. Em geral, quanto maior o valor, ou pequenas correntes
de corrosão sempre oferecem maiores a resistência à corrosão do material (S. Wang et al.,
2011; Xu et al., 2017, 2018).
A liga do aço AISI 4130 puro sem revestimento, também foi estudado através dos ensaios de
resistência à corrosão e igualmente foi utilizado a solução de água do mar sintética. Como
apresenta na figura 3a e 3b, o estudo realizado nas curvas OCP e Polarização de Tafel. Na
tabela 1 apresenta os valores dos parâmetros médios calculados nas curvas, e podemos
observar uma grande diferença nos resultados, que o aço AISI 4130 sem revestimento obteve
um alto potencial de corrosão E(corr) e OCP(V).
Figura 3: Amostras do aço AISI 4130 a) Curvas OCP; b) Polarização Tafel

(Xu et al., 2017), resistência a corrosão devido a presença de cromo (Cr) e molibdênio (Mo), na
qual o aço AISI 4130 também possui essas composições química, na qual pode ser observar
na tabela 1.
Tabela 2:Parâmetros médios calculados a partir das curvas de OCP e de Tafel

Amostras OCP (V)


Ecorr Icorr βa βc R(corr)
(mV) (A.cm-2) (K.cm2)
2,0 mm -0,207 -0,233 6,16x10-8 0,198 0,109 495,5
0,5 mm -0,141 -0,194 5,00x10-8 0,208 0,082 510,6
AISI 4130 -0,700 -0,727 1,38x10-6 0,081 0,121 15,26

4 CONCLUSÃO
Concluiu-se que quanto maior for a espessura do revestimento Inconel 625 sobre o substrato o
aço AISI 4130 apresentou-se uma menor taxa de corrosão para ambientes corrosivos. O aço
também possui resistência a taxa de corrosão devido obter composição química de cromo (Cr)
e molibdênio (Mo), com isso é um material apropriado para ambientes corrosivos.

5 AGRADECIMENTOS
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

6 REFERÊNCIAS
ASTM-D1141. (2013). Standard Practice for the Preparation of Substitute Ocean Water, Annual
Book of ASTM Standards. American Society of Testing and Materials: West Conshohocken,
PA98–100.
Fujii, T., Sue, K., & Kawasaki, S. I. (2014). Effect of pressure on corrosion of Inconel 625 in
supercritical water up to 100 MPa with acids or oxygen. Journal of Supercritical Fluids, 95, 285–
291. https://doi.org/10.1016/j.supflu.2014.09.017
Kim, H., Mitton, D. B., & Latanision, R. M. (2010). Corrosion behavior of Ni-base alloys in
aqueous HCl solution of pH 2 at high temperature and pressure. Corrosion Science, 52(3), 801–
809. https://doi.org/10.1016/j.corsci.2009.10.042
Naghiyan Fesharaki, M., Shoja-Razavi, R., Mansouri, H. A., & Jamali, H. (2019). Evaluation of
the hot corrosion behavior of Inconel 625 coatings on the Inconel 738 substrate by laser and
TIG cladding techniques. Optics and Laser Technology, 111(September 2018), 744–753.
https://doi.org/10.1016/j.optlastec.2018.09.011
Park, I. C., & Kim, S. J. (2017). Corrosion behavior in seawater of arc thermal sprayed Inconel
625 coatings with sealing treatment. Surface and Coatings Technology, 325, 729–737.
https://doi.org/10.1016/j.surfcoat.2017.03.009
Sun, H., Wu, X., & Han, E. H. (2009). Effects of temperature on the protective property,
structure and composition of the oxide film on Alloy 625. Corrosion Science, 51(11), 2565–2572.
https://doi.org/10.1016/j.corsci.2009.06.043
Wang, L., Li, H., Liu, Q., Xu, L., Lin, S., & Zheng, K. (2017). Effect of sodium chloride on the
electrochemical corrosion of Inconel 625 at high temperature and pressure. Journal of Alloys
and Compounds, 703, 523–529. https://doi.org/10.1016/j.jallcom.2017.01.320
Wang, S., Ma, Q., & Li, Y. (2011). Characterization of microstructure, mechanical properties and
corrosion resistance of dissimilar welded joint between 2205 duplex stainless steel and 16MnR.
Materials and Design, 32(2), 831–837. https://doi.org/10.1016/j.matdes.2010.07.012
Xu, X., Mi, G., Chen, L., Xiong, L., Jiang, P., Shao, X., & Wang, C. (2017). Research on
microstructures and properties of Inconel 625 coatings obtained by laser cladding with wire.
Journal of Alloys and Compounds, 715, 362–373. https://doi.org/10.1016/j.jallcom.2017.04.252
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and properties of TiC particle reinforced Inconel 625 coatings obtained by laser cladding with
wire. Journal of Alloys and Compounds, 740, 16–27.
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