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com
Vinha de Luz
Eugène Bodin
A paisagem
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Conteúdo resumido
“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou
como o mundo a dá.” - Jesus. (João, 14:27.)
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por delibe-
ração e esforço do morador, em contínua modificação para me-
lhor.
Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao
abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam su-
focadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de se-
res traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em
quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se ani-
mam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias
fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável de-
sorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhora-
das por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que
são raras as residências completamente livres, em constante re-
novação para melhor.
O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras
de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada
apenas como carícia embaladora e, sim, por material de constru-
ção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.
Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuá-
rio interior sejam abalados e renovados.
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa
nos altiplanos do pensamento universal. É também o restaurador
da casa espiritual dos homens.
O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do
serviço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado
que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, so-
bretudo, em favor de si mesmo.
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Alfaias
“E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei
que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que
veio de Laodicéia lede-a vós também.” - Paulo. (Colos-
senses, 4 :16.)
“Moisés não vos deu o pão do Céu; mas meu Pai vos dá
o verdadeiro pão do Céu.” - Jesus. (João, 6:32.)
Nunca te arrependerás:
De haver ouvido cem frases, pronunciando simplesmente uma
ou outra pequena observação.
De evitar o comentário alusivo ao mal, qualquer que seja.
De calar a explosão de cólera.
De preferir o silêncio nos instantes de irritação.
De renunciar aos palpites levianos nas menores controvérsias.
De não opinar em problemas que te não dizem respeito.
De esquivar-te a promessas que não poderias cumprir.
De meditar muitas horas sem abrir os lábios.
De apenas sorrir sempre que visitado pela desilusão ou pela
amargura.
De fugir a reclamações de qualquer natureza.
De estimular o bem sob todos os prismas.
De pronunciar palavras de perdão e bondade.
De explanar sobre o otimismo, a fé e a esperança.
De exaltar a confiança no Céu.
De ensinar o que seja útil, verdadeiro e santificante.
De prestar informações que ajudem aos outros.
De exprimir bons pensamentos.
De formular apelos à fraternidade e à concórdia.
De demonstrar benevolência e compreensão.
De fortalecer o trabalho e a educação, a justiça e o dever, a
paz e o bem, ainda mesmo com sacrifício do próprio coração.
Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes
de pronunciá-las.
Da mesma boca procede bênção ou maldição para o caminho.
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Depois...
– Fim –