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PROJETO PEDAGÓGICO DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFPA

Versão atualizada NDE/FO/2021

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PPC ODONTOLOGIA UFPA
1. HISTÓRICO DA UFPA

A Universidade Federal do Pará (UFPA) é uma instituição de grande relevância


histórica e científica para a região Amazônica, que garante a formação de profissionais
em várias áreas do conhecimento e contribui para a produção técnico-científica focada no
desenvolvimento regional integrado e na constituição de uma formação cidadã
considerando as especificidades locais e regionais.
Seguindo essa referência, a UFPA, atenta aos seus marcos legais, coloca-se como
instituição de ensino superior capaz de abranger as mais distintas áreas do conhecimento
e tem como escopo a formação profissional vinculada ao compromisso social. Constituiu-
se como instituição de educação, criada pela Lei nº 3.191, de 02 de julho de 1957,
estruturada pelo Decreto nº 65.880, de 16 de dezembro de 1969, sendo modificada em 4
de abril de 1978 pelo Decreto nº 81.520. Em 14 de maio de 2013, passou a vigorar a
Resolução Nº 4.399 do Regulamento do Ensino de Graduação da UFPA, até a presente
data (PDI-UFPA 2016-2025, p.60).
É sua missão gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do
saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano, e em particular do
amazônida, aproveitando as potencialidades da região mediante processos integrados de
ensino, pesquisa e extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade,
de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural, para garantir a todos o acesso
ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a contribuir para o exercício pleno da
cidadania, fundada em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa. São
princípios da UFPA: a universalização do conhecimento; o respeito à ética e à diversidade
étnica, cultural, biológica, de gênero e de orientação sexual; o pluralismo de ideias e de
pensamento; o ensino público e gratuito; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão; a flexibilidade de métodos, critérios e procedimentos acadêmicos; a excelência
acadêmica; a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente (PDI-UFPA
2016-2025, p.31-32).
Com pouco mais de sessenta anos de existência, a UFPA tem contribuído
decisivamente para o desenvolvimento do Estado e da região amazônica, especialmente
por ser a maior Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) brasileira em número de
alunos de graduação. Pesquisa e pós-graduação nesta instituição são vistas como
dimensões de um único processo, do qual participam a formação continuada e a produção
de conhecimento. Contando com 518 grupos de pesquisa cadastrados no Diretório de
Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
distribuídos por oito grandes áreas de conhecimento, a Universidade Federal do Pará
assume como princípio político a construção das condições necessárias para que tais

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grupos de pesquisas se constituam em referência regional, nacional e internacional,
angariando recursos, constituindo parcerias e intensificando a interlocução da
universidade com as demais instituições de pesquisa e formação no Brasil e no exterior
(PDI-UFPA 2001-2005).
O pluralismo de ideias, concepções pedagógicas e os permanentes avanços
científicos e tecnológicos, constituintes da identidade universitária demandam um
exercício de revisão dos pilares e marcos orientadores do Projeto Pedagógico Institucional
(PPI). Tendo como base os princípios e diretrizes do PPI da UFPA foi iniciado o processo
de elaboração dos projetos de formação dos cursos de graduação (PDI-UFPA 2001-2005).
Os primeiros cursos de odontologia no Brasil foram criados pelo Decreto Lei Nº
9.311, pelo Imperador D. Pedro II, de 25 de outubro de 1884, nas Faculdades do Rio de
Janeiro e Bahia. O Curso de Odontologia no Pará iniciou suas atividades antes da criação
da UFPA, em 04 de julho de 1914, como Escola Livre de Odontologia do Pará. Em 12 de
abril de 1920, passou a denominar-se Faculdade Livre de Odontologia do Pará. Por meio
do Decreto Nº 2.156, de 30 de maio de 1936 foi encampada pelo Governo do Estado e
passou a chamar-se Faculdade de Odontologia do Pará, e fiscalizada então pelo Governo
Federal. Em 02 de julho de 1957, com a criação da UFPA, a Faculdade foi federalizada.
O presente projeto representa o percurso pedagógico e a estrutura curricular do
Curso de Graduação em Odontologia da UFPA tendo como base as Diretrizes Curriculares
Nacionais do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, Resolução
nº 4, de 13 de julho de 2005 e o Regulamento do Ensino de Graduação da UFPA
(Resolução Conselho Superior de Ensino e Pesquisa n.º 3.359, de 14 de julho de 2005.)
que visa “contribuir para o alcance de maior sucesso no percurso acadêmico […] para a
formação de profissionais competentes e habilitados ao exercício profissional com
empreendedorismo e satisfação pessoal” (Regulamento do Ensino de Graduação da
UFPA, p.13). A carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração
dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial estão regulamentados
pela Resolução CNE/CES, de 19 de fevereiro de 2002 através do uso do ensino integrado
e de metodologias combinadas.
Nesse sentido o projeto atende a estas diretrizes ao formar profissionais na área
da Odontologia e “assegurar a flexibilidade, a diversidade e a qualidade da formação
oferecida aos estudantes [...] e garantir uma sólida formação básica, preparando o futuro
graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do
mercado de trabalho e das condições de exercício profissional” (Parecer CNE/CSE Nº
1300/2001, p.2).

2. JUSTIFICATIVA DA OFERTA DO CURSO


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O Projeto Pedagógico do Curso de Odontologia atende às discussões e demandas
geradas em oficinas pedagógicas e reuniões de planejamento acadêmico com a
participação e construção conjunta entre docentes, discentes e técnicos, além da
consultoria pedagógica que acompanhou a elaboração do projeto pedagógico.
O projeto pedagógico foi aprovado em conformidade com Resolução CNE/CES no
3, de19 de fevereiro de 2002 e - Resolução N° 3.360, de 14 de Julho de 2005, a qual
homologa o Parecer n.º 117/05-CEG, que aprova a alteração da Resolução n.º 2.891, que
define o Currículo do Curso de Graduação em Odontologia., e Instrução Normativa 01/2017 –
Regulamenta a sequência de conhecimentos para matrícula nos blocos do currículo de
graduação do Curso de Odontologia e Instrução Normativa 02/2017 – Regulamenta as
avaliações das disciplinas constituídas por módulos, do currículo de graduação do Curso de
Odontologia, conforme disposto no art. 94 da Resolução n° 4.399 de 14 de maio de 2013, que
aprovou o Regulamento do Ensino de Graduação da Universidade Federal do Pará. O projeto
se mostra eficaz com boa representatividade nacional fundamentada na integralidade de
conteúdos.

3. CARACTERÍSTICA GERAIS DO CURSO

− Ingresso: Processo Seletivo


− Vagas: 90 (dupla entrada)
− Turno: Matutino
● Total de Períodos: 10
● Duração mínima: 5 anos
● Duração máxima: 10 anos
− Turno: Vespertino
● Total de Períodos: 10
● Duração mínima: 5 anos
● Duração máxima: 10 anos
− Forma de Oferta: Modular
− Carga Horária Total: 4488 hora(s)
Título Conferido: Bacharel em Odontologia e será denominado Cirurgião-Dentista.
− Período Letivo: Intensivo
− Regime Acadêmico: Seriado
− Ato de Criação: Escola Livre de Odontologia do Pará, em 04 de julho de 1914.
− Ato de Reconhecimento: Decreto No2.156 de 20 de maio de 1936 do Governo do
Estado do Pará, e publicado no Diário Oficial, em 02 de junho de 1936.
− Modalidade de oferta: Presencial

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4. DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO

4.1. FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS, ÉTICOS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

4.1.1. Fundamentos Epistemológicos:

A universidade tem se constituído em espaço de construção e transmissão de


conhecimentos produzidos pela humanidade, representando também a possibilidade de
guarda dos acervos e manuscritos elaborados. Os conhecimentos construídos nesta
instituição precisam contribuir para a melhoria de vida da população visando
aprimoramento das práticas sociais e do acesso às tecnologias que facilitem este
processo. O Curso de Odontologia, em 1962, por meio do Parecer Nº299/62 do CFE,
definiu como perfil do cirurgião dentista a formação de um profissional “dentista geral,
policlínico, destinado à coletividade”, apto a servir a população de forma ampliada,
objetivando o acúmulo dos conhecimentos técnico-científicos que possibilitasse a este
público a acesso à satisfação das necessidades impostas pela garantia da saúde bucal.
Como se pode constatar, desde a sua criação o Curso de Odontologia objetivava a
formação de profissionais que interagissem integralmente visando os benefícios da saúde
bucal. O acesso aos conhecimentos do universo biológico específico do aparelho
estomatognático possibilitaria a incursão por outras abordagens, conceitos e paradigmas,
inclusive e necessariamente àqueles das ciências humanas e sociais, já que o processo
de ensinar e aprender transcende os conhecimentos das ciências biológicas e naturais.
Muitas reformas vieram a partir desta [...] 1971 - Novo currículo mínimo com a inclusão da
Odontologia Social e Preventiva no ciclo profissionalizante; 1982 - Resolução Nº04/82 do
CFE: novo currículo mínimo dividido em matérias básicas onde apareciam as Ciências
Sociais e matérias profissionalizantes incluindo a Odontologia Social; 1996 - Promulgação
da nova LDB Nº9.394 e extinção do currículo mínimo, passando a vigorar as diretrizes
curriculares aprovadas pelo CNE para todos os cursos de graduação (FERNANDES
NETO, 2002 apud SILVEIRA, 2004, p.151-6). O que se percebe considerando estas
reformas curriculares é que ocorreram conquistas na área, no que se refere aos avanços
de uma formação técnica com conhecimento do universo biológico específico do aparelho
estomatognático, mas ampliando para a introdução de outras áreas como das ciências
humanas e sociais, que facilitariam o diálogo entre os diferentes conhecimentos e o
trabalho multidisciplinar. Silveira (2004, p. 151-6) descreve este momento: “O desafio é
que somos (dentistas) docentes formados tradicionalmente para atuar como técnicos no
universo biológico específico do aparelho estomatognático, ainda que isto represente
grande complexidade no campo fisiológico e nosológico, necessários para um preciso
diagnóstico do normal e do patológico, sem falar no constante avanço das técnicas e dos
materiais odontológicos que nos impelem a uma inexorável corrida em busca de
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atualização. Assim, dentistas (técnicos) por formação, somos impelidos pela necessidade
da formação docente permanente, que nos possibilite a incursão por outras abordagens,
conceitos e paradigmas, inclusive e necessariamente aqueles das ciências humanas e
sociais, já que o processo de ensinar e aprender transcende os conhecimentos das
ciências biológicas e naturais”. O Curso de Odontologia da UFPA tem buscado obedecer
estas diretrizes e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da Região, o que
implica levar em consideração o desenvolvimento científico e tecnológico; a situação da
saúde (em particular da saúde oral); as estruturas e normas do Sistema de Saúde vigente
no país e as especificidades da Região Norte; os padrões de exercício profissional; e o
contexto socioeconômico e político. Isto significa a formação de um cirurgião-dentista
generalista, com uma orientação intelectual e competência profissional, dirigidas para os
aspectos preventivos de atenção à saúde oral, dotado de uma visão global dos problemas
prevalentes no setor, capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e saúde da
população. Paralelamente, o curso proporciona efetiva contribuição no sentido da
resolução de questões de saúde em todos os níveis de atenção, uma vez que sua ação
extensionista contempla o atendimento à diversas comunidades urbanas, rurais,
ribeirinhas e quilombolas. A educação é o grande agente fiador das transformações e o
verdadeiro caminho de mudanças, essencial para uma região como a nossa, na qual se
evidenciam dificuldades socioeconômicas gritantes. É claro que por si só, não consegue
resolvê-los, mas seu papel de conscientização e de fator de produção de conhecimento
lhe confere a condição de fórum de reflexão intelectual e cultural, fundamental para
qualquer programa de desenvolvimento socioeconômico. Neste sentido, o Curso de
Odontologia da UFPA é um mecanismo de fortalecimento e consolidação do patrimônio
científico-cultural e ético, a serviço do progresso regional. O desafio do dentista como
docente é melhor compreendido quando definimos a universidade como: “lugar de fazer
ciência, que se situa e atua em uma sociedade, contextualizado em determinado tempo e
espaço, sofrendo as interferências da complexa realidade exterior, que se estende da
situação político-econômico social da população às políticas governamentais, passando
pelas perspectivas políticas e ideológicas dos grupos que nela atuam” (MASETTO, 1998).
Nesse contexto, a docência abre-se como uma nova profissão para o dentista que se vê
diante do desafio de “educar” adultos, com toda a dimensão ética, política, social e
pedagógica, sem prescindir do conhecimento técnico específico da odontologia. A
possibilidade da maior integração do profissional de odontologia com a coletividade surge
com a Saúde Bucal Coletiva, correspondente à Odontologia Social. A Saúde Coletiva
surge da crítica construída à saúde pública. Esta se pautava em uma política autoritária
com olhares de polícia sanitária, caráter repressor e regulador, e tendo como
características a medicalização do espaço social e o biologicismo em detrimento da

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abordagem social das comunidades. A Saúde Bucal Coletiva procura recuperar as
dimensões política, social, comunitária, preventiva e integral, consideradas indispensáveis
no setor da saúde em sociedades democráticas e solidárias onde o processo saúde-
doença é de interesse público, de responsabilidade do Estado, mas também do conjunto
da sociedade (NARVAI, 2002). O desafio foi aliar as diretrizes propostas pelo viés legal do
curso, Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), resultados de discussões e debates
travados pelos profissionais da área, e a execução das mesmas no sentido de assegurar
a formação generalista, com competência técnica e política aos graduandos, bem como
garantir o retorno desta formação à população alvo do benefício. E dessa maneira, a
universidade como instituição social, deve ser colocada no centro de uma discussão crítica
frente ao conhecimento moderno com sua inexorável velocidade de inovação. Não se trata
aqui de negar os benefícios e a necessidade dos avanços tecnológicos na odontologia,
mas questionar a serviço de quais interesses e segmentos sociais eles estão atuando.
Assim, apontando o conhecimento como “a energia excludente mais forte do mercado”,
Demo (1998) propõe que caberia aos profissionais do conhecimento, portanto docentes,
orquestrar a competência humana para se contrapor a essa exclusão e resgatar o papel
social e político da universidade já que “com todo direito a população pode olhar para a
universidade e esperar dela, não apenas estudos, análises, teses e hipóteses, mas
sobretudo modos concretos de confronto histórico, soluções e alternativas”. E é com esta
perspectiva e desafio que o Curso de Odontologia da UFPA garante uma formação de
qualidade e com sólida formação básica, preparando o futuro graduando para enfrentar
os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das
condições de exercício profissional, conforme determinam as DCNs. A educação nesta
compreensão é vista como mecanismo de produção de conhecimento, aliando ao
referencial teórico e o exercício da prática. Os cursos da área de saúde têm pautado sua
experiência na busca da garantia do exercício da prática, facilitando ao graduando o
contato mais rápido à realidade na qual irá atuar, mas esta precisa ser assessorada e
subsidiada pela teoria. Reproduzem-se na escola os fazeres do mercado: estratificado,
hierarquizado, fragmentado, e que não responde às necessidades de saúde da população,
de uma atenção integral e resolutiva, como intenciona a reforma sanitária brasileira e sua
regulamentação pelo SUS.

4.1.2. Fundamentos Didático-Pedagógicos

A proposta pedagógica e metodológica do Curso de Odontologia tem como


dimensão a Pedagogia da problematização. Esta dimensão direciona a construção de um
processo teórico-prático que assegura aos graduandos a possibilidade de exercício da

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prática por meio de recursos adquiridos através da visualização de situações-problemas
que possam ocorrer no decorrer da atividade profissional. Dessa maneira [...] objetiva-se
conjugar o processo indutivo de conhecimento, parco em generalizações, ao processo
dedutivo, mediado por conceitos sistematizados em sistemas explicativos globais,
organizados numa lógica socialmente construída e reconhecida como legítima. Procura-
se também, pelo cotidiano, possibilitar o questionamento das práticas sociais e a
instrumentalização para o conhecer e o agir. Utilizando a expressão de Saviani (1984) é a
‘catarse’ entre o conhecer e o agir que permite a efetiva incorporação dos instrumentos
técnicos, culturais e éticos necessários para a intervenção competente. Pretende-se que
a educação, como mediação na prática social, sirva de ponto de partida e de chegada do
processo didático-pedagógico (GARCIA, 2001, p. 89-100). O ensino por meio da
problematização requer o acesso ao conhecimento com profundidade pautado em uma
postura crítica frente a este, e somente desta maneira é oportunizado o estabelecimento
de uma postura crítica e com possibilidades de superação e extrapolação do ensino. Para
Vygotsky (1984) se constitui na “zona de desenvolvimento proximal”, referindo-se às
funções emergentes no sujeito que crescem de modo partilhado, transformando-se em
desenvolvimento consolidado, abrindo novas possibilidades de funções emergentes,
potenciais.

4.1.3. Fundamentos Éticos

Os objetivos imediatos da formação ética para a prática odontológica, são aqueles


dirigidos para o reconhecimento e fomento de valores na consciência do profissional, do
paciente e de todos os envolvidos no ambiente de trabalho. E, a propósito, o que vem a
ser valor? Na ética axiológica representa um atributo de consciência ou elemento formador
do caráter particularmente dos valores morais, que oferece ao indivíduo a polaridade pelo
bem ou pelo mal, pelo certo ou pelo errado, pelo falso ou verdadeiro, etc. Enfim, responde
pela maior ou menor aptidão para a opção natural de conduta motivada por princípios. Os
princípios são pontos de apoio indispensáveis à consecução do discernimento para a
conduta de relação com o semelhante, ou com o meio ambiente. Entre nós, para a
formação do caráter ou do acervo ético para dotação do profissional de saúde,
consideramos como princípios fundamentais: a justiça, a bondade, o respeito, a
autonomia, a beneficência, não-maleficência, solidariedade, sigilo, preservação da vida
(humana/ambiental) e índole para o alívio do sofrimento. Há permanentemente uma
Comissão de Bioética, constituída por três docentes eleitos pelo Conselho do Curso e por
um representante discente, com regulamentação interna própria, com o objetivo imediato
de incultar valores, promover os princípios essenciais e alcançar como resultado a
modelagem das virtudes, mínimas e consistentes, para uma conduta profissional
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adequada no Curso de Odontologia. A prática da bioética é vivenciada ao longo de todo o
curso, através da discussão de casos concretos e com a participação ativa de todos, em
forma de seminários e outras estratégias definidas juntamente com a coordenação
acadêmica do curso.

4.2. OBJETIVO DO CURSO

Geral: Formar cirurgiões-dentistas responsáveis pela promoção de reconhecimento e


mudanças no processo saúde-doença, mediante ações fundamentadas em princípios da
odontologia baseada em evidências com consciência do seu papel social e de cidadania.

Específicos:
I - Atenção à saúde: os cirurgiões-dentistas, dentro de seu âmbito profissional, devem
estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da
saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que
sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do
sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da
sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus
serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética,
tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato
técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como
coletivo;

II - Tomada de decisões: o trabalho dos cirurgiões-dentistas deve estar fundamentado na


capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia, custo e efetividade, da
força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas.
Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar,
sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas;

III - Comunicação: os cirurgiões-dentistas devem ser acessíveis e devem manter a


confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais
de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e
habilidades de escrita e leitura e de tecnologias de comunicação e informação;

IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os cirurgiões-dentistas deverão


estar aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da
comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade
para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;

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V - Administração e gerenciamento: os cirurgiões-dentistas devem estar aptos a tomar
iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos
físicos, materiais e de informação; da mesma forma que devem estar aptos a serem
empreendedores, gestores, empregadores ou líderes na equipe de saúde; e

VI - Educação permanente: os cirurgiões-dentistas devem ser capazes de aprender


continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os cirurgiões-
dentistas devem aprender a aprender, ter responsabilidade e compromisso com a sua
educação e com o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais,
proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os cirurgiões-dentistas e
os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade
acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e
internacionais.

4.3. PERFIL DO EGRESSO

Fundamentada nas demandas do contexto nacional e amazônico e expectativas


relativas ao desenvolvimento do setor da saúde na região norte do Brasil, bem como as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de graduação em Odontologia, o
perfil do aluno formado pela FO/ICS/UFPA é o de um profissional generalista, humanista,
crítico e reflexivo, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor
técnico e científico. Profissional capacitado ao exercício de atividades referentes à saúde
bucal da população, pautado em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade
social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da
realidade em benefício da sociedade. A formação do egresso/profissional, cirurgião-
dentista, contempla o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde num
sistema regionalizado e hierarquizado de referência e trabalho em equipes
interdisciplinares. Com a implementação do Programa Nacional de Reorientação da
Formação Profissional em Saúde, houve o aprimoramento no processo de formação
profissional, qualificando, ao mesmo tempo, o sistema local de assistência, reduzindo o
distanciamento entre os mundos acadêmico e o da prestação real dos serviços de saúde.
Desta forma foi incorporada na formação do profissional de Odontologia uma visão mais
social e humanitária, capaz de reconhecer, analisar criticamente e atuar sobre as
necessidades básicas dos serviços de saúde da comunidade. Com isso, todo o
conhecimento técnico-científico gerado na Universidade, é empregado diretamente na
atenção das necessidades básicas de saúde do município, durante o curso de graduação,
fazendo com que os próprios alunos, acompanhados por docentes responsáveis, sejam
instrumentos desse processo. Assim, o cirurgião dentista formado é um profissional liberal,
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com excelência técnica e com amplo conhecimento do Sistema de Saúde. O Curso de
Odontologia do ICS da UFPA forma Cirurgiões Dentistas com visão filosófica, científica,
tecnológica, humanística e ética, capazes de:
● Manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os
aspectos da vida profissional;
● Identificar em pacientes e em grupos populacionais as doenças e distúrbios
bucomaxilofaciais e realizar procedimentos adequados para suas intervenções, por
meio de ações de promoção, prevenção, tratamento e controle da saúde bucal;
● Participar de processos de educação continuada em odontologia como um componente
de atualização profissional, mantendo espírito crítico, mas aberto a novas informações;
● Promover interrelações entre doenças sistêmicas e distúrbios bucomaxilofaciais;
● Manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os
aspectos da vida profissional;
● Colher, observar e interpretar dados para a construção do diagnóstico;
● Identificar as afecções bucomaxilofaciais prevalentes;
● Desenvolver raciocínio lógico e análise crítica;
● Propor e executar planos de tratamento adequados;
● Realizar a preservação da saúde bucal;
● Comunicar-se com pacientes, profissionais de saúde e com a comunidade em geral;
● Trabalhar em equipes interdisciplinares e atuar como agente de promoção de saúde;
● Planejar e administrar serviço de saúde comunitária;
● Acompanhar e incorporar inovações tecnológicas (informática, biotecnologia, novos
materiais) no exercício da profissão.

4.4. COMPETÊNCIAS

4.4.1. Competências e Habilidades

A formação do Cirurgião Dentista da UFPA contempla o sistema de saúde vigente


no país, com especificidades da região amazônica para a atenção integral da saúde num
sistema regionalizado e hierarquizado de referência/contrarreferência e o trabalho em
equipe, para isso, a formação dota ao profissional os conhecimentos requeridos para o
exercício das seguintes competências e habilidades específicas, como prescreve as
Diretrizes Curriculares Nacionais:
I. Respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional;

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II. Atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de
promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde,
sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;
III. Atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com
extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de
cidadania e de ética;
IV. Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a
garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
V. Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como
uma forma de participação e contribuição social;
VI. Conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos
acadêmicos e científicos;
VII. Desenvolver assistência odontológica individual e coletiva;
VIII. Identificar em pacientes e grupos populacionais as doenças e distúrbios
bucomaxilofaciais e realizar procedimentos adequados para suas investigações,
prevenção, tratamento e controle;
IX. Cumprir investigações básicas e procedimentos operatórios;
X. Promover a saúde bucal e prevenir doenças e distúrbios bucais;
XI. Comunicar e trabalhar efetivamente com pacientes, trabalhadores da área da saúde
e outros indivíduos relevantes, grupos e organizações;
XII. Obter e eficientemente gravar informações confiáveis e avaliá-las objetivamente;
XIII. Aplicar conhecimentos e compreensão de outros aspectos de cuidados de saúde na
busca de soluções mais adequadas para os problemas clínicos no interesse de
ambos, o indivíduo e a comunidade;
XIV. Analisar e interpretar os resultados de relevantes pesquisas experimentais,
epidemiológicas e clínicas;
XV. Organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde efetiva e
eficientemente;
XVI. Aplicar conhecimentos de saúde bucal, de doenças e tópicos relacionados no melhor
interesse do indivíduo e da comunidade;
XVII. Participar em educação continuada relativa à saúde bucal e doenças como um
componente da obrigação profissional e manter espírito crítico, mas aberto a novas
informações;
XVIII. Participar de investigações científicas sobre doenças e saúde bucal e estar
preparado para aplicar os resultados de pesquisas para os cuidados de saúde;

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XIX. Buscar melhorar a percepção e providenciar soluções para os problemas de saúde
bucal e áreas relacionadas e necessidades globais da comunidade;
XX. Manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os
aspectos da vida profissional;
XXI. Estar ciente das regras dos trabalhadores da área de saúde bucal na sociedade e
ter responsabilidade pessoal para com tais regras;
XXII. Reconhecer suas limitações e estar adaptado e flexível face às mudanças
circunstanciais;
XXIII. Colher, observar e interpretar dados para a construção do diagnóstico;
XXIV. Identificar as afecções bucomaxilofaciais prevalentes;
XXV. Propor e executar planos de tratamento adequados;
XXVI. Realizar a preservação da saúde bucal;
XXVII. Comunicar-se com pacientes, com profissionais da saúde e com a comunidade em
geral;
XXVIII. Trabalhar em equipes interdisciplinares e atuar como agente de promoção de saúde;
XXIX. Planejar e administrar serviços de saúde comunitária;
XXX. Acompanhar e incorporar inovações tecnológicas (informática, novos materiais,
biotecnologia) no exercício da profissão.

4.4.1.1. Nível de Conhecimento e Compreensão


O aluno deve ser capaz de demonstrar conhecimento e compreensão sobre:
● Terminologia básica corrente da Odontologia e de áreas correlatas;
● Aplicação, integração e relevância dos princípios gerais das ciências médicas e
correlatas para a saúde bucal e para as doenças;
● Características comuns dos distúrbios bucomaxilofaciais e doenças;
● Características das doenças e distúrbios bucomaxilofaciais incomuns que têm
consequências potencialmente sérias;
● Inter-relações entre doenças e distúrbios bucomaxilofaciais e aquelas que afetam
outras partes do corpo;
● Características das doenças e distúrbios bucomaxilofaciais que podem ter especial
significância para comunidades específicas;
● Inter-relação entre os efeitos de tratamentos específicos e inespecíficos à Odontologia;
● As principais aplicações de especialidades da área da saúde e técnicas com relação à
saúde bucal;
● Regras potenciais de Odontologia e de pessoal para cuidados de saúde na comunidade
e suas responsabilidades éticas e médico-legais;

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● A relevância para, e o impacto sobre saúde bucal, de políticas sociais, ambientais e de
saúde;
● O processo de investigação científica.

4.4.1.2. Nível de Habilidade

O aluno deve ser capaz de:


● Identificar em pacientes e em grupos populacionais as doenças e distúrbios
bucomaxilofaciais e realizar procedimentos adequados para suas investigações,
prevenção, tratamento e controle;
● Cumprir investigações básicas e procedimentos operatórios;
● Promover a saúde bucal e prevenir doenças e distúrbios bucais;
● Comunicar e trabalhar efetivamente com pacientes, trabalhadores da área da saúde e
outros indivíduos relevantes, grupos e organizações;
● Obter e eficientemente gravar informações confiáveis e avaliá-las objetivamente;
● Aplicar conhecimentos e compreensão de outros aspectos de cuidados de saúde na
busca de soluções mais adequadas para os problemas clínicos no interesse de ambos,
o indivíduo e a comunidade;
● Analisar e interpretar os resultados de relevantes pesquisas experimentais,
epidemiológicas e clínicas;
● Organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde efetiva e eficientemente.

4.4.1.3. Nível de Atitude


O aluno é estimulado para:
● Aplicar conhecimentos de saúde bucal, de doenças e tópicos relacionados no melhor
interesse do indivíduo e da comunidade;
● Participar em educação continuada relativa a saúde bucal e doenças como um
componente da obrigação profissional e manter espírito crítico, mas aberto a novas
informações;
● Participar de investigações científicas sobre doenças e saúde bucal e estar preparado
para aplicar os resultados de pesquisas para os cuidados de saúde;
● Buscar melhorar a percepção e providenciar soluções para os problemas de saúde
bucal e áreas relacionadas e necessidades globais da comunidade;
● Manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os
aspectos da vida profissional;
● Estar ciente das regras dos trabalhadores da área de saúde bucal na sociedade e ter
responsabilidade pessoal para com tais regras;

14
PPC ODONTOLOGIA UFPA
● Reconhecer suas limitações e estar adaptado e flexível face às mudanças
circunstanciais.

4.5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os procedimentos metodológicos adotados no Curso de Odontologia são


diversificados visando à garantia da formação do cirurgião-dentista, no sentido de levar os
alunos a aprender: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a
conhecer, garantindo a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para
assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento
prestado aos indivíduos, famílias e comunidades. Nesse sentido, o Currículo vincula-se à
explicitação da prática pedagógica visando presidir as atividades educativas escolares,
em termo de ensino e aprendizagem, através de métodos (aulas expositivas;
demonstrativas; práticas laboratoriais, clínicas e problematizadoras; etc.) e técnicas
(trabalhos em grupo, estudo dirigido, seminários, etc.). Conforme as DCNs do Curso de
Odontologia a orientação metodológica ao corpo docente é “implantar estratégias de
ensino/aprendizagem, que permitam a participação ativa dos alunos neste processo e a
integração dos conhecimentos das ciências básicas com os das ciências clínicas” e,
incentivar a participação dos alunos em programas de monitoria, extensão e iniciação
científica como método de aprendizagem.

5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO

5.1. APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO CURSO


A rede de atividades curriculares está baseada em 05 (cinco) alterações do sistema
estomatognático, que são estudadas em todos os níveis de atenção, desde a promoção
da saúde até a reabilitação, a saber:
1. Cárie dentária;
2. Periodontopatias e periapicopatias;
3. Maloclusões;
4. Alterações morfológicas do sistema estomatognático;
5. Lesões neoplásicas e não neoplásicas.
As cinco alterações são fundamentadas nos critérios da Organização Mundial de
Saúde (OMS) na escolha das doenças bucais mais prevalentes no mundo e refletidas
fortemente na região amazônica, objeto de execução deste PPC. Para cada uma destas
alterações o estudo é dividido em cinco fases.
Na FASE I são abordadas as condições morfofuncionais do órgão dentário, desde
sua formação, assim como suas características quando das alterações patológicas. A
15
PPC ODONTOLOGIA UFPA
FASE II é voltada para o diagnóstico clínico e radiográfico da doença de cada uma das
alterações acima referidas, assim como medidas de prevenção e controle. Os
aprendizados de técnicas operatórias em laboratório pré-clínico para o tratamento
alterações do sistema estomatognático caracterizam a FASE III. As FASES IV e V
objetivam capacitar o aluno para o tratamento clínico das alterações do sistema
estomatognático, através de ações preventivas e curativas.

5.2. COMPONENTES CURRICULARES


A rede de atividades curriculares do Curso de Odontologia além de estar
constituída por componentes curriculares que abrangem as alterações do sistema
estomatognático também inclui atividades extramuros, atividades complementares,
atividades flexibilizadas e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Toda esta rede de
atividades do projeto pedagógico está distribuídas em 5 fases curriculares:
Fase curricular I: Condições morfofuncionais e suas alterações, fundamentadas nos
determinantes Sociais de Saúde (DSS);
Fase curricular II: Ações Integradas de Propedêutica e Promoção de Saúde;
Fase curricular III: Odontologia Restauradora Pré-Clínica;
Fase curricular IV: Ações de Atenção Integral em Saúde;
Fase curricular V: Ações de Atenção Integral em Saúde
Os componentes curriculares tem o caráter de integração multidisciplinar, ou seja,
cada componente curricular apresenta conteúdos com foco no diálogo entre áreas,
permitindo a formação generalista e complexa das fases I, II, III, IV e V.
A Fase I (1020 h) compreende as condições morfofuncionais do sistema
estomatognático e suas alterações. Está constituída por componentes curriculares básicos
(Ciências Morfológicas I e II, Ciências Fisiológicas I e II e Ciências Patológicas I e II),
ministrados com conteúdos integrados, com ênfase nas diferenças entre o normal e o
patológico. Os componentes curriculares das Ciências Sociais I e II fazem a abordagem
holística do processo saúde-doença e seus componentes sociais. Os componentes
curriculares da Integração Multidisciplinar I e II acontecem como disciplinas teóricas
onde os conteúdos dos componentes curriculares básicos são trabalhados de forma
integrada e revisada, para minimizar lacunas de conhecimento. Metodologia Científica I
e II introduzem o discente no contexto científico do conhecimento, voltado para
orientações sobre métodos de pesquisa e análise crítica do conhecimento, acontece como
fundamentação teórica da ciência e da construção do conhecimento, aprofundando o
método científico e suas etapas, possibilitando a construção de projetos de pesquisa
quantitativa e qualitativa.

16
PPC ODONTOLOGIA UFPA
A Fase II (748 h) compreende as ações integradas de estomatologia, patologia oral
e maxilofacial, semiologia e radiologia representadas nos componentes curriculares de
Propedêutica Odontológica I e II. Os referidos componentes curriculares dispõem de
requisitos básicos necessários ao diagnóstico em Odontologia. Os componentes
curriculares da Odontologia em Saúde Coletiva I e II abordam as práticas de promoção
de saúde que ajudam o discente a compreender os fenômenos que ocorrem na cavidade
bucal, criando condições para a descoberta precoce, em uma perspectiva de tratamento
multidisciplinar e multiprofissional do indivíduo ao coletivo. A Integração Multidisciplinar
III e IV integram o conteúdo das ciências básicas com as disciplinas de propedêutica. Os
componentes curriculares de Recapitulação e Aprofundamento das Ciências Básicas
I e II proporcionam a capacitação e entendimento do Sistema Único de Saúde (SUS),
planejamento e atuação dos Programas de Saúde e suas aplicabilidades.
A Fase III (952 h) introduz as técnicas e materiais utilizados na odontologia para a
devolução da função do aparelho estomatognático. Nesta fase, apresentada pelas
Propedêuticas Odontológicas III e IV, o discente tem o módulo integrado de
estomatologia, patologia oral e maxilofacial e embasamento teórico da radiografia e
imaginologia odontológica para interpretar radiografias da face, das articulações
temporomandibulares, tomografias e ressonâncias magnéticas da região maxilofacial. As
disciplinas de Odontologia em Saúde Coletiva III e IV apresentam conteúdos integrados
de Odontologia Preventiva, Bioestatística e Informática. As disciplinas de Odontologia
Restauradora pré-clínica I e II trazem módulos integrados de práticas laboratoriais de
Escultura, Dentística, Oclusão, Endodontia e Prótese, com o estudo da técnica e dos
materiais odontológicos utilizados. Os módulos integrados de Odontologia Restauradora
Pré-clínica são revisados pelas disciplinas Integração Multidisciplinar V e VI.
Finalizando esta fase estão as disciplinas de Recapitulação e aprofundamento das
ciências básicas III e IV, com conteúdos integrados de conhecimentos das Ciências
Básicas, vários aspectos do corpo humano e seu funcionamento, fundamentais para a
formação do profissional integrado.
A Fase IV (816 h) contempla módulos integrados clínicos de Periodontia, Cirurgia,
Dentística, Endodontia, Prótese, DCM, Terapêutica, Triagem de pacientes, Urgência e
Emergência em pacientes adultos e portadores de necessidades especiais nas disciplinas
de Clínica Odontológica I e II. O conteúdo teórico relacionado com estas clínicas é
reforçado nas disciplinas de Integração multidisciplinar VII e VIII. As disciplinas de
Clínica Odontopediátrica I e II abordam módulos integrados de Odontopediatria,
Ortodontia, Terapêutica, Triagem de pacientes, Urgência e Emergência em pacientes
infantis e portadores de necessidades especiais. Nas disciplinas Odontologia em Saúde

17
PPC ODONTOLOGIA UFPA
Coletiva V e VI são ministrados conteúdos integrados de Odontologia Social, Odontologia
Legal, Planejamento e Administração de Serviço de Saúde e Orientação profissional.
A Fase V (952 h) apresenta as disciplinas de Clínica Odontológica III e IV com
Módulos integrados clínicos de Periodontia, Cirurgia, Dentística, Endodontia, Prótese,
DCM, Terapêutica, Triagem de pacientes, Urgência e Emergência em pacientes adultos e
portadores de necessidades especiais. Clínica Odontopediátrica III e IV com módulos
integrados de Odontopediatria, Ortodontia, Terapêutica, Triagem de pacientes, Urgência
e Emergência em pacientes infantis e portadores de necessidades especiais.
Odontologia em Saúde Coletiva VII e VIII com módulos integrados de Odontologia
Social, Odontologia Legal, Planejamento e Administração de Serviço de Saúde e
Orientação profissional. A Integração Multidisciplinar IX fornece o suporte teórico dos
conteúdos integrados teóricos de Periodontia, Cirurgia, Dentística, Endodontia, Prótese,
DCM, Terapêutica, Triagem de pacientes, Urgência e Emergência em pacientes adultos e
portadores de necessidades especiais. As atividades de estágio são monitoradas pelas
disciplinas Estágio Extra-Muro I e II onde os alunos realizam atividades em postos de
saúde e em setores hospitalares. Nas disciplinas de Atividades Complementares I e II
(TCC) ocorre respectivamente a elaboração e defesa de trabalho e/ou monografia para
integralização da Rede de atividades curriculares.

5.3. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um componente curricular obrigatório
a ser realizado pelos discentes de Graduação da Faculdade de Odontologia e obedece às
diretrizes gerais fixadas no Regulamento da Graduação e a Instrução Normativa
001/2018 FO/UFPA, a qual fixa normas complementares para a realização do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC), dos discentes de graduação em Odontologia.
Pode ser realizado em qualquer campo do conhecimento integrante do Projeto
Pedagógico do Curso, voltado para a ciência odontológica, sendo o tema de livre escolha
do discente, aprovado pelo orientador. Essa atividade é desenvolvida com carga horária
de 68 horas nas disciplinas de Atividades Complementares I e II.
O aluno desenvolve um trabalho de livre escolha, em qualquer campo do
conhecimento, sob orientação de docente do Curso de Odontologia da IES, como
exercício do aprendizado pela pesquisa, podendo ser um trabalho de iniciação científica;
pesquisa de campo; pesquisa experimental; revisão sistemática da literatura; trabalhos
relativos às atividades de extensão e de ensino; apresentação de caso clínico com breve
revista da literatura; desenvolvimento de softwares, aplicativos e programas de mídia;
desenvolvimento de materiais didáticos e instrucionais, cartilhas e de produtos, processos

18
PPC ODONTOLOGIA UFPA
e técnicas; protocolo experimental ou de aplicação ou adequação tecnológica; e projetos
de inovação tecnológica, relacionados à vivência e produção de conhecimento nas
experiências discentes. O TCC pode ser elaborado na forma de Monografia ou de Artigo
científico, aplicando-se, no que couberem as normas vigentes para apresentação e
redação de documento. O TCC, se elaborado na forma de monografia, segue as normas
para trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No
formato artigo, o TCC segue as normas do periódico a ser publicado e deve conter nos
anexos as normas de publicação do periódico. Os trabalhos que envolvem pesquisa com
seres humanos ou animais devem obrigatoriamente ser submetidos e aprovados por um
Comitê de Ética em Pesquisa. A apresentação do TCC deve ser feita em sessão pública
perante banca examinadora. A banca examinadora avalia o conteúdo do trabalho escrito
e a apresentação do mesmo. Os critérios para avaliação do trabalho escrito são:
relevância do tema, coerência entre objetivos e conclusões, coerência entre revisão de
literatura e discussão, metodologia adequada aos objetivos e observância às normas
propostas.

5.4. ESTÁGIO SUPERVISIONADO


O estágio na Faculdade de Odontologia segue as seguintes legislações: o Decreto-
Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga
as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo
único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida
Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001, e ocorre do sétimo ao décimo semestre
do curso e articula o ensino-serviço como ferramenta para fortalecer o SUS e a prática
profissional nos serviços de saúde municipais, estaduais e federais. O estágio visa a
preparação para o trabalho produtivo do estudante e integra o itinerário formativo do
educando e faz parte do projeto pedagógico do curso. Ele é pré-requisito no projeto
pedagógico do curso para aprovação e obtenção do diploma. A realização dos estágios
ocorre nos locais pactuados em termos de cooperação técnica.

5.5. ATIVIDADES COMPLEMENTARES


As atividades complementares caracterizam-se pelo aproveitamento de
conhecimentos adquiridos pelo aluno, mediante estudos e práticas independentes,
presenciais ou à distância. São consideradas atividades complementares, para fins de
integralização da carga horária do currículo do Curso de Graduação em Odontologia:

I. Participação em programa ou projeto de extensão e/ou pesquisa, que tenha


correlação com o projeto pedagógico do Curso de Odontologia;

19
PPC ODONTOLOGIA UFPA
II. Participação em programa ou projeto comunitário e/ou social relacionado ao Curso
de Odontologia e área da saúde;
III. Programa de monitoria;
IV. Realização de estágios curriculares não obrigatórios;
V. Participação em congresso, seminário, palestra e conferência assistida;
VI. Apresentação de trabalho em evento de iniciação à pesquisa científica.
As ações contempladas nas Atividades Complementares para o Curso de
Graduação em Odontologia, com seus requisitos para crédito estão assim definidas:
ATIVIDADE COMPLEMENTAR CH MÍNIMA

Participação em Projeto de Extensão e Pesquisa com bolsa. 30 H

Participação em Projeto de Pesquisa ou extensão voluntariado 20 H

Participação em Projeto comunitário e/ou social 30 H

Programa de Monitoria 30 H

Realização de estágio curricular não obrigatório 20 H

Participação em congresso, seminário, palestra e jornada 10 H


acadêmica

As diversas ações estipuladas não determinam que o aluno seja obrigado a realizar
todas as atividades listadas, mas sim que ele deverá obedecer aos parâmetros definidos,
contabilizando número máximo de 120 horas de Atividades Complementares para
integralizar o currículo do curso. A responsabilidade da integralização das horas do
componente curricular Atividades Complementares é exclusivamente do aluno e, para tal,
deve o mesmo, gradativamente, ao longo do seu curso, somar horas dessas atividades e
acompanhar o seu próprio desempenho, favorecendo dessa maneira a sua formação. A
cada começo de um novo semestre, cada aluno deverá apresentar seu Plano de
Atividades Complementares (PAC) referente ao período que se inicia, para que o tutor
possa acompanhar seu desempenho gradualmente, e, o oriente sobre a validade ou não
em buscar cada atividade pretendida.

5.6. POLÍTICA DE PESQUISA

As atividades de pesquisa estão relacionadas diretamente com os programas


científicos mantidos pelo CNPq/PROPESP/PIPES, na UFPA, e ainda com o
desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso, Monografias, Dissertações e
Teses. O incentivo ao desenvolvimento de trabalhos de pesquisa, através da incorporação
de projetos elaborados dentro das linhas de pesquisa previstas, é um ponto importante
para o aumento do número de pesquisadores docentes do curso, e desperta nos alunos o

20
PPC ODONTOLOGIA UFPA
interesse para a ciência e pesquisa odontológica. O Curso de Odontologia da UFPA segue
linhas de pesquisa, baseadas em: Saúde Coletiva, Ciências básicas e Clínicas
Odontológicas (Materiais odontológicos, Diagnóstico, Patologia, etc). O incentivo aos
diversos projetos de pesquisa, assim como aos pesquisadores, em atividade no Curso de
Odontologia é também meta no cumprimento das atividades inerentes. Assim, a via de
acesso ao desenvolvimento de novas pesquisas, se dá, inicialmente, pela aprovação de
novos projetos dando oportunidade para que durante o processo seletivo de Bolsas para
Iniciação Científica hajam mais acadêmicos envolvidos nestas atividades. A pesquisa é
fortemente conduzida em conjunto com o Programa de Pós Graduação em Odontologia
da UFPA níveis mestrado e doutorado. Onde a integração discente graduação e pós-
graduação é frutífera e consolida as pesquisas voltadas para as necessidades regionais.

5.7. POLÍTICA DE EXTENSÃO

A meta principal das atividades de extensão é incentivar a criação da maior


quantidade de projetos e programas de extensão, bem como, reforçar os que estão em
andamento. Estas atividades relacionam-se a projetos desenvolvidos em diversas
comunidades, escolas e hospitais, oferecendo atendimento à população, proporcionando
ao discente, treinamento em serviço, contribuindo dessa forma, para o conhecimento da
realidade de saúde bucal da população.

5.8. POLÍTICA DE INCLUSÃO SOCIAL

5.8.1. Política de Inclusão Social do Discente:

A política de inclusão social do Curso de Graduação em Odontologia obedece ao


que estabelece o Regulamento do Ensino de Graduação no seu artigo 112: “Os Conselhos
das Subunidades Acadêmicas deverão prover iniciativas que contemplem o princípio da
inclusão social nas propostas curriculares de seus cursos de graduação, garantindo ações
voltadas para a Educação Especial”, ou seja, a inclusão e o acesso às pessoas com
deficiência no processo educativo por meio de: I - Recursos didático-pedagógicos (kit
Pessoa com Deficiência - PCD); II - Acesso às dependências das unidades e subunidades
acadêmicas (rampa de acessibilidade, corrimão, elevador, banheiro adaptado); III -
Pessoal docente e técnico capacitado; IV - Oferta de cursos que possam contribuir para o
aperfeiçoamento das ações didático-pedagógicas.

5.8.2. Política de Inclusão Social do usuário do SUS:

A estrutura curricular do curso a partir do 7º até o 10º semestre assume o


compromisso do trabalho direcionado à pessoa com deficiência, identificando que este
21
PPC ODONTOLOGIA UFPA
público necessita de atendimento especializado. Neste sentido o conteúdo é trabalhado
nas Clínicas Odontológicas, na Integração Multidisciplinar I, II, III, IV, V e nas Práticas
extramuros com o conteúdo direcionado também para pacientes adultos e infantis com
deficiências.

6. PLANEJAMENTO DO TRABALHO DOCENTE

O planejamento obedece ao cronograma do Regulamento do Ensino de


Graduação da UFPA ocorrendo no início de cada período letivo, por áreas de ensino. Os
docentes responsáveis pelas atividades curriculares em cada período letivo se reúnem
para fins de planejamento, acompanhamento e avaliação, em consonância com o que
estabelece o Regulamento do Ensino de Graduação. O conjunto das atividades
curriculares ofertadas em um período letivo tem o seu programa e o plano de ensino
elaborados de forma coletiva pelo grupo de docentes designados ao seu magistério e
aprovados pelo Conselho da Faculdade responsável pelo curso, em consonância com as
normas definidas na resolução que estabelece o currículo correspondente. O docente
deve apresentar e discutir com os discentes, no primeiro dia de aula, o programa da
atividade curricular e o respectivo plano de ensino e avaliação.

7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

7.1. CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO

Luckesi (2005) destaca que o papel da avaliação é diagnosticar a situação da


aprendizagem, tendo em vista subsidiar a tomada de decisão para a melhoria da qualidade
do desempenho do educando. ... Na medida em que busca meios pelos quais todos
possam aprender o que é necessário para o próprio desenvolvimento, é inclusiva.

O curso conta com o seu Núcleo Docente Estruturante (NDE), constituído por um
grupo de docentes do seu quadro permanente, com atribuições acadêmicas de
acompanhamento, atuantes no processo de concepção, consolidação e contínua
atualização do Projeto Pedagógico do Curso.

7.2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação do rendimento escolar é realizada conforme o Regime Didático


adotado para a Faculdade de Odontologia da UFPA, disciplinado pela Resolução
n°3.361/2005 do CONSEP. As avaliações de aprendizagem do aluno são presenciais e
ocorrem em pelo menos três momentos durante o semestre letivo, envolvendo as
atividades teóricas e práticas, e para este fim o Regimento Geral da UFPA (Art. 178) prevê
os seguintes conceitos, equivalentes às notas: EXC - EXCELENTE (9 – 10,0) BOM - BOM
22
PPC ODONTOLOGIA UFPA
(7 – 8,9) REG - REGULAR (5 – 6,9) INS - INSUFICIENTE (0 – 4,9) Considerar-se-á
aprovado o discente que, na disciplina ou atividade correspondente, obtiver o conceito
REG, BOM ou EXC e pelo menos setenta e cinco por cento (75%) de frequência nas
atividades programadas (Art.179). O conceito SA (Sem Avaliação) será atribuído ao
discente que não cumprir as atividades programadas e será registrado SF (Sem
Frequência) no histórico escolar quando o discente não obtiver a frequência mínima
exigida (§1º e §2º do Art.179).

7.3. AVALIAÇÃO DO ENSINO

Essa avaliação é em um trabalho rotineiro de análise crítica de todo o processo de


desenvolvimento do curso. Nessa perspectiva, a avaliação é concebida como um
processo contínuo, participativo e parte integrante do processo educativo. A Faculdade
utiliza os relatórios da CPA e constitui comissões periódicas para organizar os processos
avaliativos, coordenar os debates, acompanhar sua execução, assegurar a unidade entre
os diversos setores, garantir rigor, efetuar a edição final dos documentos, auxiliar na
identificação dos problemas, das potencialidades e das ações que devem ser
empreendidas, promover estratégias de sensibilização e de informação permanente,
buscando sempre a criação e a consolidação de uma cultura de avaliação permanente,
rigorosa e efetiva para o desenvolvimento do Curso de Odontologia (SINAES, 2004). A
avaliação é realizada ao final de cada semestre por meio de instrumento de avaliação
institucional (SIGAA), de modo que os discentes fornecem aos docentes um feedback
referente ao seu desempenho didático-pedagógico. Esse sistema de avaliação está
disponível semestralmente no site da UFPA, onde todos os discentes têm livre acesso, e
o resultado dessa avaliação é comunicado aos docentes para que possam melhorar os
itens que foram mal avaliados e manter ou aprimorar seus desempenhos nos itens que
foram bem avaliados.

7.4. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

O Curso apresenta um currículo formado por atividades curriculares integradas


agrupadas em 5 FASES que fundamentam a formação de um profissional com visão
generalista. Este processo ocorre dentro de uma política de educação permanente e
capacitação docente, com importante aumento no total de docentes efetivos e titulados.
Tal política contribuiu nos últimos dez anos para a qualificação dos docentes, com a
ampliação de formação de doutores, o que contribuiu para a melhoria dos indicadores do
curso. O Projeto Pedagógico da Faculdade de Odontologia/UFPA baseia-se no disposto

23
PPC ODONTOLOGIA UFPA
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n° 9.394 de 20/12/1996 e
suas alterações e regulamentações, nas Diretrizes Curriculares do Conselho Nacional de
Educação (CNE), no Estatuto e Regimento da UFPA e no Regulamento do Ensino de
Graduação da UFPA (REG). A Faculdade de Odontologia contou com a cooperação do
seu corpo docente, discente, e técnico-administrativo, para a elaboração do seu Projeto
Pedagógico, tendo sido também apreciado e aprovado pelo seu Conselho e do mesmo
modo obteve a concordância do Instituto de Ciências Biológicas e do Hospital Universitário
João de Barros Barreto (HUJBB) que proporcionam atividades curriculares ao Curso de
Odontologia.
O acompanhamento do Projeto Pedagógico do Curso de Odontologia é realizado
continuamente pelo NDE. Cabe também ao NDE o acompanhamento da avaliação do
corpo discente, docente, técnico-administrativo e da avaliação interna do curso. A
avaliação é realizada em conformidade com a legislação vigente do MEC e/ou
instrumentos de avaliação institucional, por meio da utilização do instrumento de
verificação das condições do Curso de Graduação em Odontologia (SESu/MEC –
Comissão de Especialistas de Ensino Odontológico), e outros instrumentos institucionais.

8 INFRAESTRUTURA

8.1 DOCENTES

Nome CPF Titulação Regime de Vínculo


Máxima Trabalho
1. Adriano Maia Corrêa 293675142-04 Doutor 40 horas Efetivo
2. Aladim Gomes Lameira 032879042-72 Doutor DE Efetivo
3. Ana Carla Carvalho de 298953162-91 Mestre 40 horas Efetivo
Magalhães
4. Ana Cláudia Braga Amoras 409941472-87 Doutora DE Efetivo
Alves
5. Ana Daniela Silva da Silveira 688013192-15 Doutora DE Efetivo
6. Ana Maria Martins Brandão 277515382-87 Doutora DE Efetivo
7. Andréa Ferreira Santos da 174929802-30 Doutora DE Efetivo
Cruz
8. Andréa Maia Corrêa Joaquim 228447672-49 Doutora DE Efetivo
9. Antônio David Corrêa 219435162-00 Doutor DE Efetivo
Normando
10. Antônio Guilherme Maneschy 100950712-53 Doutor DE Efetivo
Faria
11. Antônio José da Silva 014719702-30 Doutor DE Efetivo
Nogueira
12. Armando Brito Chermont 000548442-15 Doutor DE Efetivo
13. Armando Costa Ferreira 043624202-82 Mestre DE Efetivo
14. Armando Rodrigues Lopes 743168772-91 Doutor DE Efetivo
Pereira Neto

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PPC ODONTOLOGIA UFPA
15. Bruno Pereira Alves 372526402-30 Doutor DE Efetivo
16. Camila Lima de Andrade 79012604249 Doutora DE Efetivo
17. Cecy Martins Silva 157925792-53 Doutora DE Efetivo
18. Cícero de Almeida Andrade 258878312-00 Doutor DE Efetivo
19. Claudia Pires Rothbarth 537881331-04 Doutora 40 horas Efetivo
20. Conceição de Maria Sales da 064373382-53 Mestre DE Efetivo
Silva
21. Davi Lavareda Corrêa 140388382-34 Doutor DE Efetivo
22. Danielle Tupinambá Emmi 586342402-82 Doutora DE Efetivo
23. Diandra Costa Arantes 003086202-75 Doutora DE Efetiva
24. Eliane Bemerguy Alves 093423702-68 Doutora DE Efetivo
25. Eliza Burlamaqui Klautau 393173152-91 Doutora DE Efetivo
26. Erick Nelo Pedreira 479898152-49 Doutor DE Efetivo
27. Fabrício Mesquita Tuji 562989272-04 Doutor 40 horas Efetivo
28. Flávia Sirotheau Corrêa 460167912-53 Doutora DE Efetivo
Pontes
29. Fernanda Ferreira de 747090112-49 Doutora DE Efetiva
Albuquerque Jassé
30. Gustavo Antônio Martins 686252432-15 Doutor DE Efetivo
Brandão
31. Gyselle de Souza Ribeiro 508003612-53 Doutora 40 horas Efetivo
32. Haroldo Amorim de Almeida 306218952-53 Doutor DE Efetivo
33. Helder Antônio Rebelo Pontes 298380102-00 Doutor 40 horas Efetivo
34. Helder Henrique Costa 635878232-00 Doutor DE Efetivo
Pinheiro
35. Jesuina Lamartine Nogueira 302632472-87 Doutora DE Efetivo
Araújo
36. João de Jesus Viana Pinheiro 257152672-34 Doutor DE Efetivo
37. João Evandro da Silva 092202162-72 Doutor DE Efetivo
Miranda
38. Juliana Melo da Silva 743359522-87 Doutor DE Efetivo
39. Kunihiro Saito 019141702-53 Doutor DE Efetivo
40. Liliane Silva do Nascimento 025990816-96 Doutora DE Efetivo
41. Luciana Jorge Moraes Silva 488864322-91 Doutora 40 horas Efetivo
42. Lurdete Maria Lima Rocha 165488762-53 Doutora DE Efetivo
Gauch
43. Maria Elizabeth Gemaque 088371042-00 Mestre DE Efetivo
Costa
44. Maria Sueli da Silva Kataoka 116879082-49 Doutora DE Efetivo
45. Mauro de Amorim Acatauassu 058828772-53 Doutor DE Efetivo
Nunes
46. Max Pinto da Costa da Rocha 208275122-87 Doutor DE Efetivo
47. Newton Guerreiro da Silva 236719802-06 Doutor 40 horas Efetivo
Júnior
48. Nicolau Conte Neto 697578952-53 Doutor DE Efetivo
49. Nubia Rafaela Ribeiro Araújo 710060792-20 Mestre DE Efetivo
50. Oscar Faciola Pessoa 257032422-15 Doutor 40 horas Efetivo
51. Patrícia de A. Rodrigues da S. 292219002-15 Doutora 40 horas Efetivo
e Souza
52. Paulo Bisi dos Santos Júnior 269103222-15 Mestre 40 horas Efetivo

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53. Pedro Luiz de Carvalho 056057368-50 Doutor DE Efetivo
54. Renata Antunes Esteves 423308902-49 Doutora 40 horas Efetivo
55. Roberta Souza D’Almeida 613700702-25 Doutora DE Efetivo
Couto
56. Rosely Maria dos Santos 072665102-87 Doutora 40 horas Efetivo
Cavaleiro
57. Sandro Cordeiro Loretto 604094012-34 Doutor 40 horas Efetivo
58. Sergio de Melo Alves Junior 561467012-20 Doutor DE Efetivo
59. Sidney Saint’ Clair Santos 361660492-34 Doutor 40 horas Efetivo
60. Simone Soares Pedrosa 329577852-34 Doutora DE Efetivo
61. Tatiany Oliveira de Alencar 508274992-72 Doutora DE Efetivo
Menezes
62. Wagner Almeida de Andrade 026567282-15 Doutor DE Efetivo

8.2 TÉCNICOS

Nome CPF Titulação Cargo Regime de Vínculo


Máxima Trabalho

Cledenor Oliveira Pena 026567282-15 Graduação AA 40 horas Efetivo

Constança Maria Ferreira Porto 144859072-87 Graduação CD 30 horas Efetivo

Gabriela C. Avertano da Silveira 709036972-20 Mestre CD 40 horas Efetivo

José Thiers Carneiro Júnior 379918172-53 Doutor CD 40 horas Efetivo

Juliana de Borborema Garcia Pedreira 641426712-00 Especialista CD 40 horas Efetivo

Liliam Barbosa dos Santos 935390962-72 Especialista A.Soci 40 horas Efetivo

Luiza Novelino Acatauassu Nunes Ismael 832527622-34 Doutora CD 40 horas Efetivo

Manoel Wladimir Picanço Campelo 392888823-34 Especialista CD 30 horas Efetivo

Mara Gorett Avelar da Silva 721250392-49 Nível médio AA 40 horas Efetivo

Maria de Jesus Alves de Lima 294574672-72 Nível médio AA 40 horas Efetivo

Norma do Socorro C Farias 279725262-49 Especialista AA 40 horas Efetivo

Rogério da Gama Malcher Nogueira 606689112-04 Especialista CD 40 horas Efetivo

Tânia Moraes Ribeiro 820962282-04 Graduação AA 40 horas Efetivo

Tatiana Santos dos Santos 93509.072-49 Graduação E 40 horas Efetivo

AA = Assistente de Administração; BB = Bibliotecário; CD = Cirurgião Dentista; TA = Técnico Administrativo; TL= Técnico


de Laboratório. E= Enfermeira

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVEIRA, J.L.G.C. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em


Odontologia: Historicidade, Legalidade e Legitimidade. Pesquisa Brasileira
Odontopediátrica Clínica Integrada, João Pessoa, v.4, n.2, p.151-6, maio/ago. 2004.
GADOTTI, M. “Pressupostos do projeto pedagógico”. In: MEC, Anais da Conferência
Nacional de Educação para todos. Brasília, 28/08 a 2/09/94.

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PPC ODONTOLOGIA UFPA
GARCIA, M.A.A. Saber, agir e educar: o ensino aprendizagem em serviços de Saúde.
Interface - Comunic Saúde Educ., v.5, n.8, p.89-100, 2001.
VEIGA, I.P.A. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. Projeto
Politico-Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1996.
UFPA. Regulamento do Ensino de Graduação da Universidade Federal do Pará.
RESOLUÇÃO n.º 3.359, de 14 de julho de 2005. Disponivel:
http://www.proeg.ufpa.br/index.php/regulamento-da-graduacao.
UFPA. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para a UFPA (2001 -2005)
Disponivel em: http://pdi.ufpa.br/index.php

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