Você está na página 1de 14

J

Ranniel Kiensly Herculano

PLANO DE LEITURA – DIA


CPF: 06257552354
01

Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí,
das autarquias e das fundações públicas estaduais, abrangendo os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário.
CUIDADO! O regime jurídico é aplicado para AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES PÚBLICAS, ou seja, não é aplicado para EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. Além
disso, o regime jurídico é aplicado os servidores CIVIS (não se aplica para os militares) dos 03 PODERES – EXECUTIVO, LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO.
IMPORTANTE: Art. 207 do Estatuto, com redação dada pela Lei Complementar nº 261, de 25/10/2021, determina que o regime jurídico desta Lei Complementar é extensivo aos
servidores públicos do Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado, Defensoria Pública e serventuários da Justiça remunerados com recursos do
Estado.” PORTANTO, aplicação da Lei Complementar (ESTATUTO): Servidores Públicos CIVIS:
Autarquias, Fundações públicas, TCE/PI, DPE/PI, MPE/PI, PGE/PE e serventuários da Justiça remunerados com recursos do Estado.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Na classificação de agentes públicos, encontramos aqueles que ocupam EMPREGOS, CARGOS e FUNÇÕES PÚBLICAS. Os primeiros são para os servidores regidos por CLT (Consolidação
das leis trabalhistas), conhecidos como EMPREGADOS PÚBLICOS, as funções públicas são essencialmente para os servidores temporários. Porquanto, os ocupantes de CARGO
PÚBLICO, são regidos por um ESTATUTO e chamados de SERVIDORES PÚBLICOS.

Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, dentro da


estrutura organizacional da Administração Direta, das autarquias e das fundações públicas estaduais.

Parágrafo Único - Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria, número certo e vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão.
ATENÇÃO! Os cargos podem ser providos de duas formas: CARÁTER EFETIVO (através de concurso público) e EM COMISSÃO (livre nomeação e exoneração. Atenção quando se
determina que os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, pois a Universidade Estadual e instituições de pesquisa científica e tecnológica poderão prover seus cargos
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos previstos em lei.

Art. 4º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Art. 5º - É proibido o desvio de função ou atribuir-se ao servidor encargos ou serviços diferentes daqueles
próprios de seu cargo.
Art. 6º - São requisitos básicos para a investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira ou estrangeira, na forma da lei federal; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 84, de 07/05/2007)
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º - As atribuições do cargo podem justificar a exigências de outros requisitos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)
§ 2º - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, sendo-
lhes reservadas no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas
J
Ranniel Kiensly Herculano
no concurso, na forma disciplinada em decreto estadual. (Redação dada pela06257552354
CPF: Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)
§ 3º - A Universidade Estadual e instituições de pesquisa científica e tecnológica poderão prover seus
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos
previstos em lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
Art. 7º - No âmbito do Poder Executivo, o provimento dos cargos públicos, inclusive das autarquias e fundações
públicas, far-se-á por ato do Governador do Estado, permitida a delegação de competência.
Parágrafo Único - Nos demais Poderes, o ato de provimento compete à autoridade indicada na respectiva
legislação.
Art. 8º - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 9º - São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
IV - readaptação;
V - reversão;
VI - aproveitamento;
VII - reintegração;
VIII - recondução.
Art. 10 - A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, para cargos de confiança, de livre nomeação e exoneração.
§ 1º - O exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo
o servidor ser convocado sempre que houver interesse da administração.
§ 2º - A designação para função de direção, assessoramento e chefia intermediários, de competência dos
dirigentes de órgãos e entidades administrativas, recairá, exclusivamente, em servidor de carreira ou de
cargo isolado de provimento efetivo.

Art. 11 - A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia
aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 1º - Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante


promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração
Pública Estadual e seus regulamentos. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 2º - A lotação dos servidores será realizada com rigorosa observância da ordem de classificação obtida
no concurso público. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

SEÇÃO III
DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 12 - O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser regionalizado e realizado em mais de
uma etapa, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo cargo, condicionada a inscrição do
candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as
hipóteses de isenção nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)
ATENÇÃO! O concurso pode ser de PROVAS ou de PROVAS e TÍTULOS. Não existe concurso público apenas de TÍTULOS. Além disso, você deve guardar duas informações:
J
Ranniel Kiensly Herculano
- A prova de títulos vale, no máximo 10% da prova escrita! Nesse caso, a prova que vale 80 pontos a prova de título valerá,
CPF: no máximo 8 pontos.
06257552354
- Segundo a jurisprudência, a prova de títulos terá o caráter apenas CLASSIFICATÓRIO, não possuindo caráter eliminatório.

§ 1º - É garantida a participação das entidades sindicais na fiscalização da realização do


concurso público.
Entidades sindicais, como o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário participarão na fiscalização de concursos do Tribunal de Justiça, por exemplo.

§ 2º - A aferição de títulos, cuja pontuação corresponderá no máximo a 10% (dez por cento) do valor da
primeira prova escrita, somente será realizada nos concursos públicos para fins de efetivação, na forma do
art. 19, §1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, e para provimento
de cargos das carreiras jurídicas, de magistério, de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual e de outros cargos,
se existir determinação na Constituição Federal ou Estadual. (Redação dada pela Lei nº 6.290, de
19/12/2012)
ATENÇÃO para o percentual! A prova de títulos corresponderá NO MÁXIMO 10% da prova escrita.

Art. 13 - O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
§ 1º - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em Edital, que será
publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal diário de grande circulação.

§ 2º - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior, com prazo
de validade não expirado.
MUITO IMPORTANTE! De acordo com o ESTATUTO, na hipótese de existir candidato aprovado em concurso anterior, com prazo de validade vigente, ou seja, não expirado, não se
abrirá novo concurso!
NO ENTANTO, CUIDADO! A Constituição Federal no Art. 37, estabelece um pouco diferente, observe o texto constitucional: IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital
de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
na carreira.

§ 3º - (Revogado pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

SEÇÃO IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 14 - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
Na posse o servidor aceita formalmente as atribuições do cargo que exercerá, mediante assinatura do termo de posse. É o momento de estabelecimento
do vínculo formal entre a Administração e os nomeados (investidura), razão pela qual, a partir de então, são considerados servidores públicos.

§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento.


Cuidado para não confundir os termos! NOMEAÇÃO – PROVIMENTO / POSSE – INVESTIDURA. Nesse caso, a posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da data de provimento
(data da nomeação).
FGV - AJ (TJ PI)/TJ PI/Administrativa/Analista Judicial/2015 - Télio foi aprovado em concurso público para um cargo regido pelo Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Piauí. À luz dessa sistemática legal, é correto afirmar que:
o ato de provimento do cargo deve ser emitido no prazo de trinta dias, a contar da posse. Certo Errado
Gabarito: Errado
J
Ranniel Kiensly Herculano
§ 2º - Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do atoCPF:
de provimento,
06257552354em licença prevista
nos incisos I, II, III, V e VII do art. 75, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, alíneas "a", "b", "d"
e "e", VII, IX e X do art. 109, o prazo será contado do término do impedimento. (Incluído pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
§ 3º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)

FGV - AJ (TJ PI)/TJ PI/Administrativa/Analista Judicial/2015 - Télio foi aprovado em concurso público para um cargo regido pelo Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Piauí. À luz dessa sistemática legal, é correto afirmar que:
tomar posse no cargo pessoalmente, vedada a emissão de procuração para esse fim, ainda que específica. Certo Errado
Gabarito: Errado

§ 4º - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. (Incluído pela Lei Complementar
nº 84, de 07/05/2007)
Existem várias formas de provimento, muito embora, apenas no provimento por NOMEAÇÃO ocorrerá a
POSSE. Nas demais formas de provimento não acontece posse.

§ 5º - No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio
e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
Memorize! É NO MOMENTO DA POSSE que o servidor deve apresentar DECLARAÇÃO DE BENS e VALORES e a DECLARAÇÃO de EXERCÍCIO OU NÃO DE
OUTRO CARGO, EMPREGO ou FUNÇÃO PÚBLICA. (Acumulação de cargos, empregos ou funções).

§ 6º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste
artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
A pessoa que é NOMEADA, entretanto, não toma posse no prazo legal, será tornado SEM EFEITO o ato da nomeação dela. Tornar sem efeito é o mesmo
que retirar a eficácia. CUIDADO! Nesse momento, ELA NÃO SERÁ EXONERADA, pois não tomou posse, consequentemente não completou o ato de
investidura.

Art. 15 - (Revogado pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)


Art. 16 - (Revogado pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

Art. 17 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.


Parágrafo Único - Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o
exercício do cargo.

Art. 18 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.

§ 1º - Será considerado como de efetivo exercício o período de tempo necessário ao deslocamento do


servidor, quando designado para servir em outra localidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84,
de 07/05/2007)

§ 2º - É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados
da data da posse. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

CEBRASPE (CESPE) - PGE PI – 2008 - De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Piauí — Lei Complementar n.º 13/1994 ,
É de 30 dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse, prorrogável por mais 30 dias a requerimento do interessado.
Certo Errado
Gabarito: Errado
J
Ranniel Kiensly Herculano

CPF: 06257552354
3º - O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função
de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art.
18-A.

§ 4º - Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu


assentamento individual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 5º - À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor
compete dar-lhe exercício. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 6º - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento


individual do servidor. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 7º - O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de


designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese
em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da
publicação.
A regra é que o início do exercício da função de confiança coincidirá com a data da publicação do ato de designação para a função. Essa hipótese é para quem já é servidor
público e foi nomeado para uma função de confiança, nesse caso, quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer motivo legal, o início do exercício recaíra no
primeiro dia útil após o término do impedimento. Esse primeiro dia útil não poderá exceder a 30 dias da data da publicação.

§ 8º - A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira
a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)
Esse tópico sempre em cobrado em questões de Estatutos. ATENÇÃO – PROMOÇÃO NÃO INTERROMPE O TEMPO DE SERVIÇO. Se você está classe III com 05 anos de serviço e é
promovido para a Classe II, continua com os 05 anos de serviço, sendo contado normalmente no novo posicionamento na carreira a partir da DATA DE PUBLICAÇÃO do ato que
promover o servidor.

Art. 18-A. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído,
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo,
incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Incluído pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
CUIDADO! Temos uma exceção à regra! O prazo para entrar em exercício é de 15 dias. Todavia, quando o servidor deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório, nesse caso ele terá, NO MÍNIMO 10 (DEZ) e, no máximo 30 (trinta) dias para retomar o efetivo
desempenho das suas atribuições na nova sede.

§ 1º - Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere


este artigo será contado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)

§ 2º - É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei Complementar
nº 84, de 07/05/2007)
Foi prevista a hipótese do servidor declinar dos prazos mínimo e máximo, ou seja, a fim de que ele possa apresentar -se antes, quando assim
o desejar.

Art. 18-B. Ressalvados os casos previstos em lei específica estadual, os servidores cumprirão jornada de
trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima
J
Ranniel Kiensly Herculano
do trabalho semanal de quarenta e quatro horas e observados os limites mínimo
CPF: e máximo de seis horas e
06257552354
oito horas diárias, respectivamente. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
JORNADA DE TRABALHO – Máximo SEMANAL – 44 horas
MÍNIMO DIÁRIO – 06 horas / MÁXIMO DIÁRIO – 08 horas

§ 1º - O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação


ao serviço, observado o disposto no art. 141, parágrafo único, podendo ser convocado sempre que houver
interesse da Administração. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
O servidor público efetivo, em regra, cumpre a sua jornada de trabalho de 08 horas diárias. No entanto, caso ele ocupe um CARGO EM COMISSÃO ou FUNÇÃO DE CONFIANÇA, não
ficará restrito a esses limites acima estabelecidos, pois ele irá submeter-se a um regime de INTEGRAL DEDICAÇÃO AO SERVIÇO, podendo ser convocado sempre que houver
interesse da Administração.

§ 2º - O Governador do Estado ou chefe de Poder poderá por meio de regulamento ou ato próprio estabelecer
jornadas semanal e diária diversas, desde que não sejam ultrapassados os limites estabelecidos neste
artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
Algumas categorias, como professores, possuem uma jornada de trabalho diferenciada, dessa forma, o GOVERNADOR ou o CHEFE DE PODER (em relação ao Legislativo e Judiciário)
poderão por meio de REGULAMENTO ou ATO PRÓPRIO estabelecer jornada de trabalho diversa, desde que não ultrapasse os limites elencados acima.

§ 3º - A jornada de trabalho prevista neste artigo não se aplica aos servidores que tenham Estatuto próprio,
por força de determinação do art. 77, parágrafo único, da Constituição Estadual. (Incluído pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
Exemplo: Polícia Civil possui ESTATUTO PRÓPRIO, portanto, a jornada de trabalho será estabelecida na seu regulamento. Os demais servidores, que não possuem estatuto próprio,
irão utilizar a jornada de trabalho do Art. 18 – B.

Art. 19 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de 3 (três) anos, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação
para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: (Redação dada pela Lei Complementar nº
84, de 07/05/2007)
I - Assiduidade;
II - Disciplina;
III - Produtividade;
IV - Responsabilidade;
V - Capacidade de iniciativa. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

CEBRASPE (CESPE) - PGE PI – 2008 - De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Piauí — Lei Complementar n.º 13/1994 ,
O servidor público do estado do Piauí, ao entrar em exercício de cargo efetivo, estará sujeito a estágio probatório pelo prazo de dois anos.
Certo Errado
Gabarito: Errado

§ 1º - Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da
autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a
lei ou o regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
enumerados nos incisos I a V deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
O estágio probatório possui o prazo de 03 anos, dessa forma, 04 meses antes de terminar esse prazo, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do
desempenho do servidor.

§ 2º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 32. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
J
Ranniel Kiensly Herculano
1ª SITUAÇÃO – PESSOA QUE NÃO OCUPAVA NENHUM CARGO ANTERIOR OU NÃO POSSUI ESTABILIDADE EM OUTRO CARGO: CPF:Caso06257552354
não seja aprovada em estágio probatório será
EXONERADA DO CARGO.
2ª SITUAÇÃO – PESSOA QUE POSSUI ESTABABILIDADE EM OUTRO CARGO. Exemplo: Um agente de polícia estável que realiza o concurso para Delegado de Polícia e não é aprovado
no estágio probatório de Delegado. Nesse caso, ele será RECONDUZIDO AO CARGO ANTERIORMENTE OCUPADO (agente de polícia).

§ 3º - O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou


funções de direção, chefia ou assessoramento nos dois níveis mais elevados. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
PEGADINHA DE PROVA! Não é o fato de estar no estágio probatório que irá impedir o servidor de ocupar um cargo em comissão ou função de confiança. Mesmo no estágio
probatório, o servidor pode ser o CHEFE da repartição, por exemplo, ocupando quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento nos
dois níveis mais elevados.

§ 4º - Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos


previstos nos arts. 75, incisos I, II, III, IV, V e VI, 103 e 104, bem assim afastamento para participar de
curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública
Estadual. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
Art. 75 - Conceder-se- á ao servidor licença:
I - para tratamento de saúde; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
II - por motivo de doença em pessoa da família; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
III - por acidente em serviço; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
IV - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
V - para o serviço militar obrigatório; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
VI - para atividade política; - PODE NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
VII - para capacitação; - NÃO PODE NO EP
VIII - para tratar de interesses particulares; - NÃO PODE NO EP
IX - para desempenho de mandato classista. - NÃO PODE NO EP
X - licença à gestante, paternidade, adoção e aborto. Apesar do silêncio da lei nesse sentido, segundo a doutrina, essas licenças são permitidas no EP.
Portanto, servidor não pode tirar a MATRACA – MA – MAndato Classista/ TRA – TRAtar de interesses particulares / CA – CApacitação.
Além disso, é permitido ao servidor o afastamento para ocupar um MANDATO ELETIVO e afastamento para exercer uma MISSÃO OFICIAL, bem como afastamento para participar
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Estadual.

§ 5º - O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos, bem assim na hipótese
de participação em curso de formação e no caso de cessão, e será retomado a partir do término do
impedimento. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
CUIDADO! Em outros Estatutos é estabelecido quais as licenças suspendem o Estágio Probatório. No nosso
Estatuto, ele tratou de uma forma muito genérica, dando a entender que todas as licenças e afastamentos
irão suspender o estágio probatório. Portanto, muito cuidado, pois normalmente as questões são cobradas
de forma literal.

§ 6º - Não haverá para o servidor, no período do estágio probatório, remoção, promoção e redistribuição.
(Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

SEÇÃO V
DA ESTABILIDADE

Art. 20 - O servidor aprovado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)
J
Ranniel Kiensly Herculano
Parágrafo Único - Durante o estágio probatório, o tempo de afastamento
CPF:do06257552354
servidor público do efetivo
exercício do cargo em que investido não será computado para efeito de estabilidade, progressão e
promoção. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

Art. 21 - O servidor estável só perderá o cargo nas hipóteses previstas no art. 41, § 1º e 169, § 4º, da
Constituição Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

HIPÓTESES DE PERDA DO CARGO: Art. 41, §1º: O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Além disso, se as medidas adotadas com base no disposto na Constituição Federal não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei de responsabilidade
fiscal, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal (Art. 169, §4º).
Art. 22 - Promoção é a elevação do servidor ao posicionamento imediatamente superior àquele a que pertence,
na respectiva carreira. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 1º - A promoção obedecerá aos critérios de merecimento e antiguidade, na forma de regulamento.

§ 2º - A promoção na carreira dar-se-á sempre de um posicionamento para o seguinte, com interstício


mínimo de 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
A maioria dos cargos públicos são divididos em classes. Portanto, você ingressa no TJ/PI no cargo de Analista Judiciário e pode ser promovido subindo de classe nesse mesmo
cargo. A promoção, normalmente, implica aumento de remuneração e deve respeitar o interstício mínimo de 02 anos de uma promoção para a outra.
LEMBRANDO, que durante o estágio probatório o servidor não poderá ser promovido!

§ 3º - É vedada a promoção do servidor durante o estágio probatório, exceto ao final, quando poderá ser
deferida uma movimentação de posicionamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 4º - Em cada órgão da administração estadual funcionará uma comissão permanente de avaliação do


servidor, para fins de promoção.

Art. 25 - A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis


com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

§ 1º - Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. (Incluído pela Lei
Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 2º - A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de
escolaridade e equivalência de remuneração e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor
exercerá suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei Complementar
nº 84, de 07/05/2007)
Art. 28 - Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
(Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
J
Ranniel Kiensly Herculano
e) haja cargo vago. CPF: 06257552354
§ 1º - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§ 2º - O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

§ 3º - No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 4º - O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)

§ 5º - O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais
se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 6º - O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)

Art. 29 - Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 75 (setenta e cinco) anos de idade.”
(Redação dada pela Lei Complementar nº 261, de 25/10/2021)
Art. 30 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório
em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 84, de 07/05/2007)

§ 1º - A Secretária da Administração determinará o imediato aproveitamento de servidor em


disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual.

§ 2º - Na hipótese prevista no § 3º do art. 39-A, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob
responsabilidade da Secretaria da Administração, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou
entidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 3º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei Complementar nº
84, de 07/05/2007)
Art. 31 - A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão administrativa ou sentença judicial,
transitada em julgado, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1° - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto
no art. 30. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

§ 2° - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de
07/05/2007)
Art. 32 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
II - reintegração do anterior ocupante. (Incluído pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)
J
Ranniel Kiensly Herculano
Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro,
CPF: 06257552354
observado o disposto no art. 30. (Redação dada pela Lei Complementar nº 84, de 07/05/2007)

LEI COMPLEMENTAR Nº 230,


DE 29 DE NOVEMBRO DE 2017
Dispõe sobre o Plano de Carreiras e Remuneração dos
Servidores do Poder Judiciário do Estado do Piauí,
revoga a LC nº 115, de 25 de agosto de 2008,
disposições em contrário e dá outras providências.

PLANO DE CARREIRAS E REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
J
Ranniel Kiensly Herculano
Art. 1º. Fica instituído o Plano de Carreiras e Remuneração dos servidoresCPF: do Poder Judiciário do Estado do
06257552354
Piauí, incluídos os servidores do Tribunal de Justiça, da Justiça Militar, da Corregedoria Geral da Justiça, da
Escola Judiciária, do FERMOJUPI, das Comarcas, dos Postos Avançados de Atendimento, dos Termos
Judiciários, das Varas, dos Juizados Especiais e seus Anexos, e das Turmas Recursais.

Parágrafo único. As carreiras e cargos de provimento efetivo, os cargos em comissão (CC), as funções de
confiança (FC) e as unidades do Poder Judiciário Estadual são os previstos nesta Lei e seus anexos.

Art. 2º. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado (Lei
Complementar nº 13, de 03 de janeiro de 1994 e alterações), a Lei nº 3.716/79 (LOJEPI) e a Lei 9.784/99
(Lei do Processo Administrativo Federal).

Art. 3º. O Plano de Carreiras e Remuneração objetiva fundamentalmente a valorização e profissionalização do


servidor do Poder Judiciário, a maior eficiência nos serviços jurisdicionais e administrativos da Justiça,
mediante:
I – Adoção de princípios de mérito para ingresso e desenvolvimento na carreira;
II – Estabelecimento, em caráter sistemático e permanente, de programas de
capacitação e aperfeiçoamento dos servidores, através da Escola Judiciária do Piauí (EJUD/TJ-PI) e outros
órgãos públicos ou privados.

Art. 4º. Os setores que compõem o Poder Judiciário do Estado do Piauí, são classificados em duas áreas, sem
prejuízos de outros a serem instituídos:
I – área de apoio direto à atividade judicante: setores com competência para impulsionar diretamente
a tramitação de processo judicial, tais como, unidades judiciárias de primeiro e de segundo graus, protocolo,
distribuição, secretarias judiciárias, gabinetes, contadoria, centrais de mandados, centros judiciários de
solução de conflitos, setores de admissibilidade de recursos, setores de processamento de autos,
precatórios, arquivo;
II – área de apoio indireto à atividade judicante (apoio administrativo): setores sem competência para
impulsionar diretamente a tramitação do processo judicial e, por isso, não definidos como de apoio direto à
atividade judicante.
J
Ranniel Kiensly Herculano
§1º. Consideram-se unidades judiciárias de primeiro grau as varas, a justiça
CPF:itinerante, os juizados especiais
06257552354
e as turmas recursais, compostos por seus gabinetes, secretarias e postos avançados, quando houver.
§2º. Consideram-se unidades judiciárias de segundo grau os gabinetes de desembargadores e as secretarias
de órgãos fracionários (câmaras de direito público, câmaras especializadas, câmaras reunidas e tribunal
pleno), excluídas a Presidência, a Vice-Presidência, a Corregedoria Geral da Justiça e a Vice-Corregedoria
Geral da Justiça.

Art. 5º. A distribuição de servidores, dos cargos em comissão e das funções de confiança entre as áreas de apoio
direto e indireto obedecerá aos seguintes critérios:

I – A quantidade total de servidores lotados nas áreas de apoio indireto à atividade judicante (apoio
administrativo) deve corresponder a, no máximo, 30% (trinta por cento) do total de servidores;
II – A quantidade total de servidores lotados nas áreas de apoio direto à atividade judicante deve
corresponder a, no mínimo, 70% (setenta por cento) do total de servidores;
III – A quantidade total de servidores das áreas de apoio direto à atividade judicante de primeiro e de segundo
graus deve ser proporcional à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos a cada grau de
jurisdição no último triênio;
IV – As unidades judiciárias de primeiro e de segundo graus serão agrupadas por critérios de semelhança,
relacionados à competência material, base territorial, entrância ou outro parâmetro objetivo a ser definido
pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ/PI), para fins de definição da lotação paradigma de seus
servidores.

§1º. Na apuração do percentual descrito no inciso I, deste artigo, serão excluídos da base de cálculo os
servidores lotados na EJUD/TJ-PI e nas áreas de tecnologia da informação.

§2º. Serão definidos e publicados pela Presidência do Tribunal, mediante portaria, o agrupamento das
unidades judiciárias de primeiro e segundo graus e sua lotação paradigma.

§3º. A distribuição de servidores efetivos, de cargos em comissão e de funções de confiança de apoio direto
da atividade judicante, deverá ser revista pelo Tribunal de Justiça, no máximo, a cada 2 (dois) anos, a fim
de promover as devidas adequações.

§4º. Os critérios para a distribuição de servidores, dos cargos em comissão e das funções de confiança entre
as áreas de apoio direto e indireto poderão ser adaptados para atender às circunstâncias locais.
Art. 6º. O quadro de pessoal efetivo do Poder Judiciário do Piauí é composto pelas seguintes carreiras:

I – Analista judiciário: atividades de planejamento, organização, coordenação, supervisão técnica,


assessoramento, direção de unidade, estudo, pesquisa, elaboração de laudo, parecer, prática de ato
processual, cumprimento de decisão judicial e administrativa, prestação de informação de relevante
complexidade;
II – Técnico judiciário: execução de suporte técnico em áreas específicas, de acordo com a sua
formação, ou de suporte administrativo em geral como cumprimento de decisão judicial e administrativa,
prestação de informação;
III - Auxiliar judiciário: atividades básicas de apoio operacional ou de suporte administrativo.

Parágrafo único. Os atuais ocupantes dos cargos que compõem a carreira de técnico judiciário e auxiliar
judiciário passarão a compor quadro em extinção, devendo os cargos providos serem extintos quando
ocorrerem suas vacâncias.
J
Ranniel Kiensly Herculano
Art. 7º. O quadro de pessoal efetivo do Poder Judiciário do Piauí é compostoCPF:
pelas 06257552354
seguintes áreas de atuação:

I – Judiciária: compreende os serviços realizados privativamente por bacharéis em direito, abrangendo


processamento de feitos, análise e pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência nos vários ramos do
direito, assessoramento, elaboração de minutas, prática de ato processual, cumprimento de decisão judicial
e administrativa e execução de mandados;
II – Apoio especializado: compreende os serviços cuja execução exija dos titulares o devido registro
no órgão fiscalizador do exercício da profissão ou o domínio de habilidades específicas a critério da
administração;
III – Administrativa: compreende os serviços relacionados com recursos humanos, material e
patrimônio, licitações, contratos, orçamento, finanças, segurança e transporte, dentre outras atividades
complementares a critério da administração.

§1º. O quadro geral dos cargos de provimento efetivo e respectivas carreiras e áreas de atuação são os
constantes do Anexo II, desta Lei.

§2º. As atribuições dos cargos de provimento efetivo são os constantes do Anexo III, desta Lei.

§3º. O nível 6A, referências I, II e III, constante do Anexo V, desta Lei, somente será implantado no exercício
financeiro de 2019.

CAPÍTULO II DO INGRESSO NA CARREIRA

Art. 8º. O ingresso em qualquer das carreiras de provimento efetivo do Poder Judiciário dar-se-á na primeira
referência do nível inicial, após aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

§1º. O concurso público constará de exames de conhecimento, com caráter eliminatório e classificatório,
compreendendo testes objetivos e/ou dissertativos e, conforme o caso, a realização de testes práticos.

§2º. O curso de inicialização deverá preceder a nomeação e terá caráter classificatório.

Art. 9º. Além dos requisitos previstos no Estatuto dos Servidores Civis do Estado, são requisitos de escolaridade
para ingresso nas carreiras judiciárias os constantes do Anexo IV, desta Lei.

§1º. Havendo exigência legal, em especial para os cargos de Arquiteto, Assistente Social, Bibliotecário,
Contador, Enfermeiro, Engenheiro, Estatístico, Fisioterapeuta, Médico, Nutricionista, Odontólogo,
Psicólogo, é obrigatória a inscrição no Conselho Profissional respectivo.

§2º. A comprovação do atendimento dos requisitos previstos neste artigo será exigida no momento da posse.

CAPÍTULO III DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA

Art. 10. O desenvolvimento do servidor nos cargos de provimento efetivo das carreiras dos quadros de pessoal
do Poder Judiciário dar-se-á mediante progressão funcional e promoção, observados os critérios e as
normas a serem definidos em resolução.

Art. 11. A progressão funcional consiste na movimentação do servidor de uma referência para a seguinte, dentro
do mesmo nível, anualmente, na data em que o servidor completar o interstício de um ano, na referência
em que estiver posicionado.
J
Ranniel Kiensly Herculano

CPF: 06257552354
Parágrafo único. Somente terá direito à progressão funcional o servidor que apresentar o desempenho
satisfatório em avaliação de desempenho.

Art. 12. A promoção consiste na movimentação do servidor da última referência de um nível para a primeira
referência do nível seguinte, na data em que o servidor completar o interstício de um ano, da progressão
funcional imediatamente anterior.

Parágrafo único. Somente terá direito à promoção o servidor que apresentar desempenho satisfatório em
avaliação de desempenho e participar, durante o período de permanência no nível, de conjunto de ações de
educação corporativa a serem definidas em resolução.

Você também pode gostar