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ORGANIZAÇÃO

(Arts. 3° ao 9°)

1. O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia compõe-se de 57 (cinquenta e


sete) Desembargadores, dividindo-se em 2 (duas) Seções Cíveis,
constituídas de 4 (quatro) Câmaras, e 1 (uma) Criminal, constituída de 2
(duas) Câmaras.

2. Havendo Juiz convocado para as sessões, este terá assento após o lugar
reservado ao Desembargador mais novo no Tribunal. Se houver mais de
um Juiz convocado, a antiguidade será regulada pela data da
convocação.

3. Todas as sessões serão presididas pelo Presidente do Tribunal.

4. O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidentes, o Corregedor-Geral e o


Corregedor das Comarcas do Interior não integrarão as Seções, Câmaras
e Turmas e, ao deixarem o cargo, ocuparão os lugares deixados pelos
novos eleitos, respectivamente.

5. São Órgãos do Tribunal o Tribunal Pleno; o Conselho da Magistratura;


as Seções Cíveis Reunidas; as Seções Cíveis de Direito Público e de
Direito Privado; a Seção Criminal; as Câmaras e Turmas Cíveis;
as Câmaras e Turmas Criminais.

DOS CARGOS DE DIREÇÃO, ELEIÇÃO E POSSE


(Arts. 10 a 12)

6. O Presidente, os Vice-Presidentes e os Corregedores são eleitos, entre


os Desembargadores mais antigos, por 2 (dois) anos, permitida uma
recondução.

7. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por 4 (quatro) anos,


ou o de Presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que se
esgotem todos os nomes, na ordem de antiguidade, sendo obrigatória a
aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleição,
circunstância em que o recusante não perderá sua elegibilidade para o
pleito imediato.

8. A Ouvidoria Judicial do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia


(TJBA) constitui-se em órgão vinculado hierarquicamente, integrante da
alta administração, dirigida pelo Ouvidor. O Ouvidor e seu substituto,
cuja atuação será em caso de ausência ou impedimento do titular, serão
eleitos pelo Pleno, para o período de 02 (dois) anos, vedada a reeleição.

COMPROMISSO, POSSE E EXERCÍCIO


(Arts. 13 a 16)

9. Os Desembargadores tomarão posse perante o Tribunal Pleno, em


sessão especial, salvo manifestação em contrário do interessado,
hipótese em que a posse ocorrerá perante o Presidente. Nomeado e
compromissado, o Desembargador tomará assento na Câmara em
que houver vaga na data da posse.

TRANSFERÊNCIA E PERMUTA
(Art. 17)

10. Em caso de permuta, os Desembargadores submeterão seu pedido ao


Presidente do Tribunal para apreciação na primeira sessão subsequente.

MATRÍCULA E ANTIGUIDADE
(Arts. 18 e 19)

11. A antiguidade será estabelecida, para os efeitos de precedência,


distribuição, passagem de autos, substituição e composição dos Órgãos
Julgadores fracionários, pela data da posse no cargo. Em igualdade de
condições, prevalecerá, sucessivamente, antiguidade na
carreira; antiguidade no Órgão Julgador; e a idade.

SUSPEIÇÕES E IMPEDIMENTOS
(Arts. 20 e 24)

12. Não poderão ter assento na mesma Turma ou Câmara,


cônjuges, companheiros, parentes consanguíneos, por adoção ou afins,
em linha reta, bem como em linha colateral, até o quarto grau.

13. A recusa de Desembargador por suspeição ou impedimento será


feita mediante petição assinada por procurador habilitado, com poderes
especiais, aduzidas suas razões acompanhadas de prova
obrigatoriamente escrita, seguindo-se o processo competente regulado
neste Regimento.
14. Os Desembargadores que proferiram voto perante o Conselho da
Magistratura não poderão figurar como Relator do recurso interposto.

LICENÇAS
(Arts. 25 a 28)

15. O Desembargador licenciado para tratamento de saúde não poderá


exercer qualquer função jurisdicional ou administrativa. No entanto,
poderá reassumir o cargo a qualquer tempo, entendendo-se que desistiu
do restante do prazo, salvo contra-indicação médica.

FÉRIAS
(Arts. 29 a 35)

16. O Desembargador em férias poderá participar, a seu critério, de sessões


convocadas para eleição de Presidente, Vice-Presidente e Corregedores
ou de sessão especial.

AFASTAMENTO
(Art. 36 e 37)

17. Sem prejuízo dos vencimentos, ou qualquer vantagem legal, o


Desembargador poderá afastar-se de suas funções, até 5 (cinco) dias
consecutivos, por motivos de casamento ou falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

1e
2c
3e
4c
5c
6e
7c
8e
9c
10c
11c
12e
13c
14c
15c
16c
17e

CAPÍTULO IV
SUBSTITUIÇÕES
(Arts. 38 a 46)

30 Nas ausências e afastamentos ocasionais ou temporários, bem como nos


casos de impedimento e suspeição, o Presidente de Comissão será substituído
pelo Desembargador mais antigo que a integre e os demais membros pelo
Suplente.

31 No caso de afastamento de Desembargador que exerça cargo de direção, por


prazo superior a 30 (trinta) dias, deverá ser convocado Juiz Substituto de
Segundo Grau para substituí-lo.

32 Nas convocações por vacância, o Juiz Substituto de Segundo Grau assumirá


a posição mais recente no órgão; havendo mais de um Juiz convocado para
atuação concomitante, prevalecerá, sucessivamente, antiguidade no cargo de
juiz Substituto de Segundo Grau e antiguidade da convocação.

33 Cabe ao Corregedor-Geral da Justiça opinar, conclusivamente, no processo


de convocação de Juiz de Direito para auxílio no segundo grau de jurisdição,
cabendo ao Tribunal Pleno apreciá-lo definitivamente
34 Os autos de habeas corpus, de habeas data, de mandado de segurança e
de mandado de injunção, que contenham pedido liminar de concessão de
tutela provisória, bem como os de pedido autônomo de tutela provisória
distribuídos para Desembargador afastado por período igual ou superior a 3
(três) dias e de até 30 (trinta) dias serão imediatamente remetidos por servidor
do gabinete à Secretaria para encaminhamento ao Desembargador substituto
do Relator, com a prévia certificação da ausência ou do afastamento
35 Nas hipóteses de licenças médicas e afastamentos, não voluntários,
de Desembargador, por prazo superior a 60 (sessenta) dias, fica autorizada a
redistribuição, por livre sorteio no órgão julgador, dos processos de
competência privativa de membro efetivo do Tribunal.
36 Em caso de afastamento ou ausência de Desembargador, o julgamento que
tiver sido iniciado prosseguirá, computando-se os votos já proferidos, desde
que o Magistrado afastado ou ausente não seja o Relator ou Revisor.

37 Para compor o quórum de julgamento, o Desembargador, nos casos


de ausência, afastamento, suspeição ou impedimento, será substituído por
outro da mesma Câmara na ordem decrescente de antiguidade. Não sendo
possível, o Presidente do Órgão fracionário solicitará ao Presidente do Tribunal
a designação de Desembargador integrante de outro Órgão fracionário.

CAPÍTULO V
CONVOCAÇÕES
(Art. 47)

38 Nas Câmaras, não havendo número legal para o julgamento, a


substituição será feita por Desembargador de outra Câmara ou por Juiz
Substituto de Segundo Grau, desde que da mesma especialização.

CAPÍTULO ÚNICO
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
(Arts. 48 a 54)

39 Sempre que o Procurador de Justiça, representando o Ministério


Público, tiver de se manifestar, o Relator mandará abrir-lhe vista, antes de pedir
dia para julgamento ou de passar os autos ao Revisor.
40 O Procurador-Geral de Justiça funcionará no Tribunal Pleno e no Conselho
da Magistratura
41 O Ministério Público terá vista dos autos em pedidos de intervenção federal.
42 Nas Seções Cíveis e Criminais, Câmaras e Turmas funcionará 1
(um) Procurador de Justiça, com a competência e as atribuições que lhe forem
conferidas pela Lei Orgânica do Ministério Público.

SESSÕES
(Arts. 55 a 68)
43 Serão incluídos automaticamente na pauta da Sessão de Julgamento Virtual
os agravos internos, agravos regimentais e embargos de declaração; conflitos
de competência; incidentes de arguição de impedimento ou de suspeição; e as
classes processuais cuja matéria discutida tenha enunciado de súmula
vinculante, ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos.
44 Será considerado julgado o processo que receber, pelo menos, dois terços
dos votos do total dos integrantes das Seções Cíveis Reunidas, das Seções Cíveis
de Direito Público e Privado, da Seção Criminal, das Câmaras Criminais e do
Tribunal Pleno, nos processos de sua competência que não exijam quórum
qualificado para julgamento. O quórum de julgamento será formado pelos
magistrados que estiverem presentes na data da abertura da sessão virtual.
45 Caso ocorra afastamento após a abertura da sessão virtual os votos já
proferidos pelo magistrado afastado ficam mantidos
46 Para tratar de assuntos urgentes, poderá ser realizada
sessão extraordinariamente, mediante convocação por edital, expedido pelo
respectivo Presidente, com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência. Será
feita a convocação preferencialmente quando, encerrada a sessão, restarem em
pauta ou em mesa mais de 20 (vinte) feitos sem julgamento.
47 O Tribunal Pleno realizará 1 (uma) sessão ordinária judicante e 1 (uma)
sessão administrativa, por mês. O Conselho da Magistratura realizará até 2
(duas) sessões ordinárias, por mês.
48 As sessões extraordinárias destinam-se às solenidades de posse,
comemorações festivas e homenagens a pessoas mortas ou vivas, que tenham
efetivamente prestado relevantes serviços à causa da Justiça e do Direito.
49 O Tribunal funcionará com a presença de mais da metade de seus membros,
para instauração de processo disciplinar contra Magistrado.
50 O Tribunal funcionará com a presença de dois terços de membros efetivos
para julgamento de mandado de segurança e recurso administrativo contra
decisões administrativas proferidas pelo Tribunal Pleno e pelo Conselho da
Magistratura.
51 O Conselho da Magistratura funcionará com a maioria dos seus membros,
as Câmaras, com a presença de 5 (cinco), e as Turmas com 3 (três)
Desembargadores
PRESIDÊNCIA DAS SESSÕES
(Arts. 69 e 70)

52 A presidência das Seções, Câmaras e Turmas será exercida por eleição pelo
período de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
53 Compete ao Corregedor Geral exigir dos Servidores da Secretaria do Tribunal
e demais Órgãos o cumprimento dos atos necessários ao regular
funcionamento das sessões e execução de suas determinações.
54 Compete ao Presidente dirigir os trabalhos, sem permitir interrupções nem
o uso da palavra a quem não a houver obtido, determinar a convocação de
sessão extraordinária se o serviço o exigir e apreciar os pedidos de preferência.
55 O erro contido em ata poderá ser corrigido de ofício, ou mediante
provocação do interessado, dentro de 48 (quarenta e oito) horas após sua
aprovação, em petição dirigida ao Presidente do Tribunal ou do Órgão Julgador,
conforme o caso. A decisão que julga o requerimento de retificação da ata é
irrecorrível.
ERRO DE ATA
(Arts. 71 a 74)

56 O Relator poderá designar, de ofício ou a requerimento, audiência


pública para colher informações de terceiros potencialmente atingidos pela
decisão ou de especialistas na tese jurídica discutida ou no fato probando. Para
isso, a audiência pública será convocada por edital com antecedência mínima
de 30 dias, salvo em casos de urgência.
57 Ao Tribunal Pleno, constituído por todos os membros efetivos do Tribunal
de Justiça, compete privativamente aprovar as propostas orçamentárias e de
aberturas de créditos adicionais do Poder Judiciário.
58 Compete ao Tribunal Pleno elaborar, aprovar e sancionar projeto de lei
referente à organização e divisão judiciária, bem como a criação e extinção de
cargos dos serviços auxiliares da Justiça Estadual.
59 Compete ao Tribunal Pleno processar e julgar o conflito de atribuição entre
autoridade judiciária e administrativa, quando for interessado o Governador,
Secretário de Estado, o Procurador-Geral de Justiça ou o Procurador-Geral do
Estado.
60 Na maioria das hipóteses de atuação do Tribunal Pleno, é indispensável a
presença de, no mínimo, dois terços dos membros efetivos para o seu
funcionamento.
CAPÍTULO II
PRESIDENTE DO TRIBUNAL
(Art. 84)

61 Compete ao 1º Vice-Presidente promover, diretamente ou em convênio com


entidades estaduais ou federais, e com aprovação do Tribunal, a organização e
funcionamento de cursos de formação e aperfeiçoamento de Magistrados.
62 Compete ao Tribunal Pleno dar posse aos Desembargadores e Juízes, e
conceder-lhes prorrogação de prazo para esse fim.
DO 1º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL
(Art. 85)

63 Compete ao 1º Vice-Presidente do TJBA dirimir as dúvidas manifestadas


pelos Desembargadores e partes, não veiculadas na forma de conflito, sobre
distribuição, prevenção e ordem de serviço, em matéria de suas atribuições.

DO 2º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL
(Art. 86 a 86-F)

64 Cabe ao 2º Vice-Presidente apreciar pedido de atribuição de efeito


suspensivo a recurso especial ou extraordinário quando formulado na própria
petição de recurso ou por petição autônoma protocolada entre a interposição
do recurso e a publicação de decisão sobre a sua admissibilidade.
65 Conclusos os autos ao 2º Vice-Presidente, cabe-lhe não admitir,
liminarmente, recurso especial ou extraordinário.
66 Contra as decisões proferidas pelo 2º Vice-Presidente caberá agravo dirigido
ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça.
67 Protocolada a petição de agravo interposto, a Secretaria da Seção de
Recursos imediatamente intimará o recorrido para apresentar contrarrazões no
prazo de 15 (quinze) dias. Decorrido este prazo, a Secretaria procederá à
juntada das contrarrazões ou certificará a inércia da parte, realizando, na
sequência, conclusão ao 2º Vice-Presidente para retratação.

DO CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA


(Arts. 87 a 89)
68 Ao Corregedor Geral, além da correição, da inspeção e da
fiscalização permanentes do serviço judiciário e dos atos dos Juízes e
Servidores das Comarcas do Interior compete integrar o Tribunal Pleno e o
Conselho da Magistratura.
69 Compete ao Corregedor-Geral julgar processo de aposentadoria por
invalidez ou implemento de idade contra Servidores lotados nas Comarcas de
Entrância Final.
70 Compete ao Corregedor-Geral verificar, determinando providências, se os
títulos de nomeação dos Juízes e Servidores se revestem das formalidades
legais; se o exercício de cargo, função ou emprego é regular; ou se existe
acumulação proibida de cargos.

71 Compete ao Corregedor-Geral solicitar, excepcionalmente, ao Tribunal


Pleno a designação de Juízes, com prejuízo de suas funções judicantes, para
auxiliá-lo, em situações concretas, nas diligências a que tiver de proceder nas
Comarcas de Entrância Final.

DO CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR


(Art. 90)

72 Compete ao Corregedor das Comarcas do Interior integrar o Tribunal Pleno


e o Conselho da Magistratura.
SEÇÕES
(Art. 91)

73 Os 14 (quatorze) Desembargadores mais antigos de cada Seção Cível


integram as Seções Cíveis Reunidas, seguindo-se a lista de merecimento de
cada Órgão nos casos de substituições.
30 c Art. 38

31 e Art. 39

32 e Art. 39-A § 2º

33 c Art. 40 § 2º

34 c Art. 41 § 1º

35 e Art. 41-A

36 e Art. 45

37 c Art. 46

38 c Art. 47

39 c Art. 49

40 c Art. 52

41 c Art. 53 VIII

42 c Art. 54

43 c Art. 55-A § 1º

44 e Art. 55-A § 10º

45 c Art. 55-A § 12º

46 c Art. 56 PU

47 c Art. 56

48 e Art. 56

49 e Art. 67 I,f

50 c Art. 67 I,g

51 c Art. 68

52 e Art. 69, II

53 e Art. 70

54 c Art. 70

55 c Art. 71 e Art. 74

56 c Art. 78-A e § 3º
57 c Art. 83, III

58 e Art. 83, XIII,a

59 c Art. 83,XXII,d

60 c Art. 83,XXIII, § 3º

61 e Art. 84 IV

62 e Art. 84 XVII

63 c Art. 85 VI

64 c Art. 86-C § 3º

65 c 86-D, I

66 c Art. 86-E, I

67 c Art. 86-F e § 2º

68 c Art. 89, I

69 e Art. 89 X

70 c Art. 89 , XXVIII

71 e Art. 89 VI

72 c Art. 90, I

73 c Art. 91 § 2º
SEÇÕES CÍVEIS
(Art. 92 e 92-A)

74. Compete às Seções Cíveis processar e julgar o mandado de segurança e o


habeas data contra atos ou omissões dos Presidentes e/ou Conselheiros dos
Tribunais de Contas.

75. Compete a cada uma das Seções Cíveis processar e julgar os conflitos de
competência entre Juízes de Direito.

CAPÍTULO IX
SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO
(Art. 93)

CAPÍTULO X
SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO
(Art. 94)

76. À Seção de Direito Público cabe processar e julgar os processos regidos


pelo Direito Público, compreendendo-se os relativos a concursos públicos,
licitações e contratos administrativos, questões previdenciárias e controle e
cumprimento de atos administrativos.

SEÇÃO CRIMINAL
(Art. 95)

77. Compete à Seção Criminal processar e julgar, nas infrações penais comuns,
inclusive nos crimes dolosos contra a vida e nos crimes
de responsabilidade, os Juízes de Direito.
78. Compete a cada Câmara Cível processar e julgar o mandado de segurança e
o habeas data contra ato ou omissão de Juiz de Direito e o habeas corpus
impetrado contra decisão de Juiz de Direito que decretar a prisão civil do
responsável pelo inadimplemento de obrigação alimentar.

79. Compete a cada Câmara Cível processar e julgar a ação rescisória das
sentenças, a apelação cível, a remessa necessária, o agravo de instrumento, os
embargos de declaração interpostos contra seus acórdãos e o agravo interno
interposto contra decisão de Desembargador que a integre.

CAPÍTULO XIV
CÂMARAS CRIMINAIS
(Art. 98)

80. Compete a cada Câmara Criminal processar e julgar o Governador nos


crimes comuns e de responsabilidade.

81. Compete a cada Câmara Criminal processar e julgar agravo interno contra
decisão do Relator, o mandado de segurança e o habeas data contra ato ou
omissão de Juiz de Direito, quando se tratar de matéria criminal e as revisões
criminais contra sentença de primeiro grau.

TURMAS CRIMINAIS
(Art. 99)

82. Compete às Turmas Criminais processar e julgar desaforamento.


CONSELHO DA MAGISTRATURA
(Arts. 100 a 103)

83. O Conselho da Magistratura, com função administrativa, disciplinar e


judicante, do qual são membros natos o Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidentes
do Tribunal de Justiça, o Corregedor Geral de Justiça e Corregedor das
Comarcas do Interior, compor-se-á de mais 2 (dois) Desembargadores, sendo
um integrante das Seções Cíveis e o outro da Seção Criminal.
84. Compete ao Conselho da Magistratura instaurar processo administrativo-
disciplinar contra Magistrado, quando entender ter havido o cometimento de
falta passível de penalidade.

85. Compete ao Conselho da Magistratura autorizar os Servidores da Justiça a


exercerem Comissões temporárias, a prestarem serviços em outros Órgãos
públicos e a exercerem cargos eletivos.

COMISSÕES
(Arts. 104 a 119)

86. Os pareceres das Comissões serão sempre por escrito e, quando


não unânimes, deve o vencido explicitar seu voto.
87. A função de membros de Comissão só poderá ser recusada por
motivos justos, a critério do Tribunal, não podendo o Desembargador fazer
parte de mais de uma Comissão Permanente, nem destas participar qualquer
membro da mesa.
88. São especiais a Comissão de Concurso, a Comissão de Informática,
a Comissão Gestora de Precedentes e de Ações Coletivas e a Comissão de
Gestão de Memória.
89. Compete à Comissão de Reforma Judiciária, Administrativa e Regimento
Interno promover a reforma e atualização deste Regimento, propondo as
emendas do texto em vigor e emitindo parecer sobre as de iniciativa de outra
Comissão ou de qualquer Desembargador.
90. Normatizar a atividade de pesquisa científica demandada pela
sociedade acadêmica ao acervo processual/documental do Tribunal de Justiça
consiste em atribuição da Comissão de Jurisprudência, Revista, Documentação
e Biblioteca.

91. A Comissão de Gestão da Memória poderá requisitar servidores e o auxílio


da Comissão Permanente de Avaliação Documental para o exercício de suas
atribuições.
92. A Comissão de Concurso para o provimento de cargos de Juiz Substituto
será integrada pelo Decano do Tribunal de Justiça, que será seu Presidente, 2
(dois) Desembargadores titulares e 2 (dois) suplentes, indicados pelo Tribunal
de Justiça, além do representante da Ordem dos Advogados do Brasil.

93. No caso de afastamento definitivo do Desembargador, fica facultado


manter-se os ocupantes dos cargos em Comissão.
ATOS E TERMOS
(Arts. 131 a 140)

94. Os atos do Presidente do Tribunal são expressos em decretos judiciários,


portarias, decisões, despachos, instruções, avisos e memorandos. Já os dos
Vice-Presidentes, em provimentos, portarias, despachos, decisões, instruções,
circulares, avisos ou memorandos.
95. Os atos das Seções são expressos em acórdãos e súmulas, os das Câmaras,
em acórdãos e os do Conselho da Magistratura, em acórdãos e assentos.
96. Constarão sempre de acórdãos as decisões tomadas, na função
jurisdicional, pelos Órgãos colegiados, e, na função administrativa do Tribunal
Pleno e Conselho da Magistratura, aquelas que imponham sanções
disciplinares, aprovem ou desaprovem relatórios e propostas de natureza
orçamentária ou financeira, decidam sobre aposentadoria, reversão ou
aproveitamento, ou julguem processos de natureza administrativa e
sindicâncias.
97. Serão consignadas em forma de acórdãos as decisões do Tribunal
Pleno sobre propostas de lei de sua iniciativa, alterações ou reformas do
Regimento Interno, mudanças substantivas nas disposições das salas e
repartições do Tribunal, além de outros assuntos de ordem interna que, por sua
relevância, tornem necessária a audiência do Tribunal Pleno.
98. O provimento é ato de caráter enunciativo, a expedir-se como
regulamentação pela Corregedoria Geral da Justiça, tendo a finalidade de
esclarecer e orientar quanto à aplicação de dispositivos de lei.
99. Constarão de decretos judiciários os atos da competência do
Presidente, relativos à movimentação de Magistrados, investiduras e exercício
funcional dos Servidores do Poder Judiciário, e os de administração financeira
que, por sua natureza e importância, devam, a seu Juízo, ser expressos daquela
forma.
100. Os atos ordinatórios serão expressos em despachos.
101. As normas e preceitos que devam ser observados, de modo geral,
no desempenho da função pública, serão consignados em portarias. Quando a
portaria visar a pessoas determinadas, será dada por meio de avisos, de simples
memorandos, sendo vedada verbalmente.

CONSTITUIÇÃO DE PROCURADORES PERANTE O TRIBUNAL


(Arts. 141 a 147)

102. As petições de juntada de procurações, para atuar nos processos


em tramitação no Tribunal, depois de protocolizadas, serão encaminhadas
imediatamente à respectiva Secretaria, reterão a petição, para juntada na
oportunidade da devolução e conclusão ao Relator, se os autos estiverem com
vista à Procuradoria de Justiça.

CONSTITUIÇÃO DE PROCURADORES PERANTE O TRIBUNAL


(Arts. 141 a 147)

103. A juntada de nova procuração implicará, sempre, na retificação da


autuação.
104. A retificação de publicações no Diário do Poder Judiciário, com efeito
de intimação, decorrente de incorreções ou omissões, será providenciada por
decisão do Presidente do Órgão Julgador ou do Relator, mediante petição
do interessado ou dúvida suscitada pela Secretaria, no prazo de 5 (cinco) dias,
contados da publicação, quando ocorrer omissão total do nome ou supressão
parcial do prenome ou sobrenome usual do Advogado constituído perante o
Tribunal de Justiça.
105. Não se dará vista dos autos às partes se o processo estiver com vista ao
Ministério Público ou concluso ao Revisor.

REGISTRO E CLASSIFICAÇÃO DOS FEITOS


(Art. 148)

106. As petições e os processos serão registrados, mediante protocolo,


na Diretoria de Distribuição do 2º Grau, no mesmo dia do recebimento. O
registro dos processos far-se-á após verificação de competência, em numeração
sequencial contínua, independentemente de classe, observada a ordem de
apresentação.
DAS DESPESAS PROCESSUAIS
(Arts. 149 a 154)

107. O valor das despesas processuais compreende todos os atos do processo,


exceto porte de remessa e de retorno e as despesas com a expedição de carta
de ordem.
108. A antecipação das despesas processuais será feita no juízo de origem, no
caso da apelação.

109. Dependem de adiantamento do valor das despesas processuais o conflito


de competência e a arguição de impedimento ou de suspeição, os processos
criminais, salvo os iniciados mediante queixa e os embargos de declaração e o
agravo interno.
110. A ação direta de inconstitucionalidade, a reclamação, o pedido de
intervenção, o incidente de resolução de demandas repetitivas, o incidente de
assunção de competência e o incidente de arguição de inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo independem de adiantamento do valor das despesas
processuais.
111. Configura hipótese de deserção do processo, a inadmissibilidade do
recurso quando verificada pelo Relator a ausência de adiantamento das
despesas processuais.
DISTRIBUIÇÃO
(Arts. 157 a 161)

112. Distribuir-se-ão, prioritariamente, os mandados de segurança e de injunção, os


habeas corpus e os habeas data, e os recursos ou causas de competência originária em
que houver requerimento de tutela provisória de urgência
Extra 112. Distribuir-se-ão, prioritariamente, os mandados de segurança e de injunção, os
habeas corpus e os habeas data, e os recursos ou causas de competência originária em
que houver requerimento de tutela provisória de urgência.

113. Em caso de impedimento ou suspeição de Relator que seja Juiz Substituto


de Segundo Grau convocado por prazo superior a 30 (trinta) até 90 (noventa)
dias, os autos retornarão ao Desembargador Substituído.
114. Ao Desembargador que esteja em idade de se aposentar
compulsoriamente, não serão distribuídos feitos, durante os 90 (noventa) dias
anteriores ao afastamento. No caso de aposentadoria voluntária, será suspensa
a distribuição, a partir da protocolização do respectivo requerimento e pelo
prazo máximo de 90 (noventa) dias. Ocorrendo desistência do pedido, far-se-á
compensação.
115. A distribuição de mandado de segurança ou habeas corpus contra ato
de Desembargador não gera prevenção para novos mandados de segurança e
habeas corpus, ainda que impetrados contra ato judicial praticado no mesmo
processo.
116. A distribuição de mandado de segurança ou habeas corpus contra ato
de Desembargador não gera prevenção para novos mandados de segurança e
habeas corpus, ainda que impetrados contra ato judicial praticado no mesmo
processo
117. A prevenção deverá ser reconhecida de ofício.
118. Tratando-se de ação rescisória, embargos infringentes e de nulidade e
de recursos de decisões administrativas de competência do Tribunal Pleno e
das Seções Cíveis, resta proibida a distribuição, para atuar como
Relator, a Desembargador que tenha participado de julgamento impugnado.
RELATOR
(Arts. 162 e 163)

119. Compete ao Revisor negar provimento a recurso que for contrário a súmula
ou acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos.
120. Compete ao Relator proceder ao juízo de admissibilidade dos embargos
infringentes e de nulidade e examinar pedido de liminar em habeas corpus e
tutela provisória em mandado de segurança e em outros processos de
competência originária do Tribunal, bem como quando formulados em recurso.
121. Em se tratando de ação de habeas corpus, poderá o Relator lançar seu visto
e ordenar sua colocação em mesa para julgamento, sem qualquer
formalidade, desde que não haja requerimento de Advogado habilitado para a
sua intimação da data do julgamento.

122. Compete ao Revisor confirmar, completar ou retificar o relatório e pedir dia


para julgamento.
123. Há revisão nos processos de apelação criminal em que a lei comine pena
de detenção, nos de revisão criminal e nos embargos infringentes e de
nulidade.
124. Distribuídos, os autos serão conclusos ao Relator e, no prazo de 30
(trinta) dias, excetuadas as hipóteses que comportam julgamento monocrático,
remetidos à Secretaria, com relatório, após elaboração do voto. O prazo para
exame do processo é de 15 (quinze) dias para o Revisor e para apresentação de
voto vencido ou declarado, de 10 (dez) dias para os atos administrativos e
despachos em geral e de 30 (trinta) dias para o Procurador de Justiça, nos casos
em que atuar como fiscal da ordem jurídica.
VINCULAÇÃO E RESTITUIÇÃO DE PROCESSOS
(Arts. 169 a 171)

125. O Presidente, os Vice-Presidentes e os Corregedores da Justiça


permanecem vinculados aos processos anteriormente recebidos.
126. O Desembargador afastado não poderá proferir decisões em processos,
ainda que antes do afastamento lhe hajam sido conclusos para julgamento ou
tenham recebido seu visto como Relator ou Revisor.
127. Os processos não julgados na sessão serão incluídos em nova pauta, com
exceção daqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a
primeira sessão seguinte.
128. A inclusão de processo de natureza cível em pauta para julgamento
pressupõe remessa dos autos à Secretaria, por ordem do Relator, com relatório

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