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INSERIDO
BG 225/2022
DE 14 DE DEZ DE 2022
Missão da PMTO: “Promover segurança pública, por meio do policiamento ostensivo e da preservação da ordem, fundamentada nos princípios
dos direitos humanos, visando à paz social no estado do Tocantins”.

Instrução Normativa nº. 003/2022– PM1.


Origem: ACI/PM2
SGD: 2022/09039/076758
Regulamenta a Atividade de Inteligência no
âmbito da Polícia Militar do Estado do Tocantins
e adota outras providências.

O CEL QOPM COMANDANTE-GERAL DA POLICIA MILITAR DO


ESTADO DO TOCANTINS, no uso da atribuição que lhe confere o art. 42, §1º, da
Constituição do Estado, em consonância com o Art. 74 da Lei nº 2.578, de 20 de abril
de 2012 e na conformidade do Art. 2º, VII, Art. 10, Art. 15, § 1°, II e Art. 33, todos da
Lei Complementar nº 128, de 14 de abril de 2021 e,

Considerando que o Estado Maior Geral, por meio de suas Seções, é


responsável perante o Comandante-Geral por ações de planejamento, estudo,
orientação, coordenação, fiscalização e controle das atividades da PMTO,

RESOLVE:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Da Atividade de Inteligência Policial Militar

Art. 1º Para efeito desta norma, no âmbito da Polícia Militar do Tocantins


(PMTO), entende-se como atividade de inteligência policial militar o exercício
permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e
acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de segurança pública,
orientadas para produção e salvaguarda de conhecimentos necessários a
assessorar o processo decisório, para o planejamento e acompanhamento de
assuntos de segurança pública e da polícia ostensiva, subsidiando ações para
prever, prevenir e neutralizar ilícitos e ameaças de qualquer natureza, que possam
afetar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.

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Art. 2º Incluem-se no campo do Serviço de inteligência da polícia militar o


planejamento, levantamento e o acompanhamento de ações, sigilosas ou não, que
tenham por objeto:

I- a obtenção e a análise de dados e informações para a produção e


difusão de conhecimento, nos níveis estratégico, tático e operacional, relativos a
fatos e situações de imediata ou potencial influência quanto ao processo decisório,
ação governamental e a segurança da sociedade, do Estado e do meio ambiente;

II- as ações de contrainteligência destinadas a proteger a atividade de


inteligência e a instituição, de modo a salvaguardar áreas, instalações, dados,
informações e conhecimentos sensíveis de interesse da segurança pública, bem
como identificar e neutralizar ações antagônicas;

III- o fornecimento de subsídios para gestão estratégica de conhecimento


da Polícia Militar, nos diferentes níveis de Comando, contribuindo direta e
decisivamente para o êxito das atividades de polícia ostensiva e de preservação da
ordem pública.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA POLICIAL MILITAR (SIPOM)
Seção I
Da Organização e Atribuições do SIPOM

Art. 3º O Sistema de Inteligência Policial Militar (SIPOM) é o conjunto de


Unidades ou Seções responsáveis pelo planejamento e execução da atividade de
inteligência na Polícia Militar do Tocantins.

Art. 4° O Sistema de Inteligência da Polícia Militar do Tocantins tem a


seguinte organização:

I - Agência Central de Inteligência (ACI), compreende a Segunda Seção


do Estado Maior da Polícia Militar do Tocantins (ACI/PM2/PMTO);

II - Agências Regionais de Inteligência (ARI), consubstanciadas nas P2


dos Grandes Comandos da PMTO (CPC, CPI e CPE);
III - Agências Locais de Inteligência (ALI), consubstanciadas nas P2 das

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Unidades da PMTO;
Parágrafo único. As Agências de Inteligência no âmbito da Polícia Militar
do Tocantins só poderão ser compostas por integrantes devidamente credenciados
pela ACI, a qual possui exclusividade no processo de validação ou invalidação da
lotação de militar no Serviço de Inteligência, assegurando-se a fase inicial de
indicação aos Comandantes interessados.

Art. 5° Compete às Seções que compõem o Sistema de Inteligência


Policial Militar (SIPOM), no âmbito de suas atribuições e limitação territorial:

I – produzir e difundir conhecimentos para análise e avalição de fatos,


situações e conjunturas, definições de cenários, identificação das oportunidades e
das ameaças e fornecer subsídios que contribuam no assessoramento do comando
nas tomadas de decisões para emprego das melhores estratégias de preservação
da ordem pública;

II - planejar e executar ações relativas à obtenção e integração de dados


e tratamento de informações;

III - agir de forma coesa, padronizada e integrada, com vistas ao


fortalecimento do serviço de inteligência na defesa das instituições e dos interesses
da segurança pública;

IV – utilizar tecnologias para o acompanhamento sistematizado e melhor


tratamento de informações e conhecimentos relativos a tendências de atos de
desordem e ações de organizações criminosas;

V – cumprir as diretrizes e protocolos da Doutrina Nacional de Inteligência


de Segurança Pública e demais legislações pertinentes em vigor, de forma a se
adotar padronização na produção e difusão de conhecimentos.

Seção II
Da Agência Central de Inteligência - ACI

Art. 6° Compete à Agência Central de Inteligência:


I – o planejamento, estudo, orientação, coordenação, fiscalização, gestão
e controle das atividades de Inteligência no âmbito da PMTO.

II - a produção de conhecimento destinado a assessorar o Comando-Geral

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da Polícia Militar na tomada de decisões no campo da segurança pública;

III - realizar pesquisas para o exercício e o aprimoramento da atividade de


inteligência na Polícia Militar do Tocantins;

IV - elaborar os seus atos normativos, submetendo-os à aprovação do


Comando-Geral;

V - difundir a doutrina de inteligência da Polícia Militar;

VI – planejar, ministrar e buscar capacitação na área de inteligência


policial militar, visando fortalecer o ensino junto aos integrantes do Sistema de
Inteligência Policial Militar (SIPOM), em consonância com a Diretoria de Ensino da
corporação;

VII - manter intercâmbio e solicitar diretamente informações a órgãos e


entidades públicos ou privados, especialmente os ligados às áreas de inteligência
e de segurança, visando ao cumprimento de suas atribuições;

VIII - elaborar e padronizar os documentos da Atividade de Inteligência


Policial Militar, observando-se os preceitos elencados na Doutrina Nacional de
Inteligência (DNISP) e no Sistema de Inteligência de Segurança Pública do Estado
do Tocantins (SISP/TO);

IX - orientar, supervisionar, fiscalizar e executar ações de operações de


inteligência, obedecendo os planos e normas vigentes na Corporação.

Parágrafo único. A Agência Central de Inteligência tem atuação em todo


o Estado do Tocantins, competindo subsidiar e auxiliar as unidades de policiamento
dentro de suas respectivas naturezas de atuação, bem como auxiliar, no que
couber, nas investigações de crimes de natureza militar formalmente instauradas
pelas autoridades competentes da Polícia Militar.

Art. 7° A Agência Central de Inteligência compõe-se da seguinte estrutura:


I – Chefe da Agência Central Inteligência – encarregado da gestão do
Serviço de Inteligência no âmbito da Polícia Militar, competindo-lhe assessorar o
Comandante-Geral, Chefe do Estado Maior e Subchefe do Estado Maior nos
assuntos pertinentes à atividade de inteligência;

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II - Adjunto - substituto do Chefe da ACI em seus impedimentos legais e


eventuais, competindo-lhe ainda assessorar a chefia na condução dos trabalhos de
atribuição da Agência Central de Inteligência e coordenar as Subseções vinculadas;
III - Subseção administrativa - SSADM, responsável por assuntos
administrativos da ACI e por confeccionar o boletim-geral reservado da Corporação;
IV - Subseção de Inteligência - SSI, responsável pela produção e difusão
de conhecimentos e operações de inteligência;
V - Subseção de Contrainteligência - SSCI, responsável pela segurança
orgânica, proteção de conhecimentos, credenciamento de integrantes, salvaguarda
de documentos e outras medidas de contrainteligência de interesse da Corporação;
VI - Subseção de Controle Bélico - SSCB, responsável pelo
credenciamento de armas de fogo, concessões de certificados, certidões e outros
documentos relacionados a material bélico, de uso particular por Policial Militar, nos
termos da legislação em vigor;
VIII - Subseção de Tecnologia de Informação - SSTI, responsável pelo
credenciamento em sistemas de inteligência, manutenção de tecnologias da seção
e apoio em operações de inteligência em combate a crimes cibernéticos.

Parágrafo único. As subseções poderão atuar em outras missões julgadas


úteis pelo Chefe da ACI, obedecendo-se a Doutrina Nacional de Inteligência.

Seção III
Das Agências Regionais de Inteligência (ARI)

Art. 8° As Agências Regionais de Inteligência (ARI) estão dispostas na


estrutura dos Grandes Comandos, competindo-lhes:
I - assessorar o respectivo comando para melhor desenvolvimento das
atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;
II - produzir conhecimentos para tomada de decisões, formulação de
panoramas estratégicos, acompanhamento do cumprimento das determinações
referentes ao planejamento do policiamento ostensivo da respectiva região;
III - planejar e executar ações operacionais de inteligência no âmbito de
sua área de atuação;

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IV - receber, analisar, produzir, difundir e arquivar documentos de


inteligência referentes a área de sua responsabilidade;
V - manter intercâmbio com órgãos públicos ou privados, especialmente
os ligados às áreas de inteligência e de segurança, no âmbito de sua área de
atuação, visando ao cumprimento de suas atribuições, cientificando-se a ACI
quaisquer ações integradas;
VI – manter vínculo técnico e fornecer, tempestivamente, à Agência
Central do SIPOM (ACI), para fins de integração e controle, informações e
conhecimentos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses da
segurança pública;
VII – operar com efetivo devidamente credenciado nos termos deste
Regulamento.
Art. 9º As Agências Regionais de Inteligência compõe-se da seguinte
estrutura:
I – Chefe da Agência;
II - Subseção de Operações de Inteligência;
III - Subseção de Contrainteligência;
IV - Subseção de apoio administrativo.

Seção IV
Das Agências Locais de Inteligência (ALI)

Art. 10. As Agências Locais de Inteligência estão dispostas na estrutura


das Sedes das Unidades, competindo-lhes:
I - assessorar o respectivo comando para melhor desenvolvimento das
atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;
II - produzir conhecimentos para tomada de decisões, formulação de
panoramas estratégicos, acompanhamento do cumprimento das determinações
referentes ao planejamento do policiamento preventivo ostensivo dentro de sua
circunscrição;
III - planejar e executar ações operacionais de inteligência no âmbito da
circunscrição da Unidade;

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IV - receber, analisar, produzir, difundir e arquivar documentos de


inteligência referentes a área de sua responsabilidade;
V - manter intercâmbio com órgãos públicos ou privados, especialmente
os ligados às áreas de inteligência e de segurança, no âmbito da área de atuação
da UPM, visando ao cumprimento de suas atribuições, cientificando-se a ACI
quaisquer ações integradas;
VI - manter vínculo técnico e fornecer, tempestivamente, à Agência
Central do SIPOM (ACI), para fins de integração e controle, informações e
conhecimentos relacionados com a defesa das instituições e dos interesses da
segurança pública;
VII - operar com efetivo devidamente credenciado nos termos deste
Regulamento.

Art.11. As Agências Locais de Inteligência compõe-se da seguinte


estrutura:

I – Chefe da Agência;
II - Subseção de Operações de Inteligência;
III - Subseção de Contrainteligência;
IV - Subseção de apoio administrativo.

Seção V
Das Agências Especiais de Inteligência (AEI)

Art. 12. Obedecidos os critérios e protocolos pertinentes, caso seja acordo


comum entre o comando da PMTO e outros órgãos, poderá ser criada Agência
Especial de Inteligência nas Assessorias da Polícia Militar em órgãos parceiros,
cabendo-lhes a interlocução de assuntos de interesse mútuo dentro da atividade de
inteligência, vinculando-se tecnicamente à Agência Central de inteligência da PMTO.

CAPÍTULO III
DA GESTÃO DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR
Seção I
Do Funcionamento do Sipom

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Art. 13. O funcionamento do Sistema de Inteligência Policial Militar


(SIPOM) ocorre mediante articulação coordenada das unidades que o constituem,
respeitada a autonomia funcional e observadas as normas legais pertinentes à
segurança, ao sigilo profissional e a salvaguarda de documentos e informações
sigilosas.

Art. 14. As Agências do Sistema de Inteligência Policial Militar (SIPOM)


funcionam em sistema de colaboração, por meio de canal técnico e/ou hierárquico.
§ 1°. Entende-se como canal técnico aquele utilizado para fazer as
ligações diretas entre as agências do Sistema de Inteligência Policial Militar, sem
vínculos orgânicos ou de chefias, a fim de aprimorar a proteção e agilizar o fluxo de
dados e informações de interesse para a atividade de inteligência, de acordo com os
princípios do sigilo e oportunidade.
§ 2°. Entende-se por canal hierárquico aquele que condiciona as ligações
entre os órgãos da estrutura do SIPOM à obediência das cadeias de comando, de
acordo com a estrutura formal.

Art. 15. Cumpre à Agência Central de Inteligência (ACI) a fiscalização e


supervisão das Agências Regionais e Locais, especialmente no que se refere ao
cumprimento dos planos e normas vigentes na Corporação.
Parágrafo único. A Agência Central de Inteligência da Polícia Militar
deverá, periodicamente, avaliar as condições técnicas de funcionamento das demais
Agências do Sistema de Inteligência Policial Militar (SIPOM), mediante visitas e
outros meios de fiscalização.

Art. 16. Compete à Agência Central de Inteligência da Polícia Militar, no


cumprimento do seu mister, demandar a coleta, busca e análise de dados e
informações à agências de inteligência do Sistema de Inteligência Policial Militar
(SIPOM).

Art.17. Os documentos de inteligência produzidos e difundidos pelas


Agências integrantes do Sistema de Inteligência Policial Militar deverão ser
informados à Agência Central de Inteligência da Polícia Militar.

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Art. 18. Compete às Agências de Inteligência informar a ACI os


equipamentos eletrônicos, veículos, softwares e outros materiais empregados, para
fins de controle e conhecimento.

Art. 19. É considerado agente de inteligência o policial militar que ocupe


cargo, função ou exerça atividade laborais em alguma Seção de inteligência do
Sistema de Inteligência Policial Militar (SIPOM), desde que devidamente credenciado
pela ACI.

Art. 20. São requisitos indispensáveis ao policial militar para o exercício


da atividade de inteligência, no âmbito da Polícia Militar do Estado do Tocantins:
I - ser voluntario;
II - estar classificado, no mínimo, no comportamento “bom”, se praça;
III - não estar "sub judice" ou respondendo a Conselho de Disciplina ou
Justificação, pela prática de ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o
decoro da classe;
IV - não ter avaliação física e psicológica que desaprove sua atuação na
atividade policial ou na atividade de inteligência;
V - ser considerado apto em processo de seleção específico realizado pela
ACI.
Seção II
Da Seleção e Recrutamento
Art. 21. O procedimento de seleção de candidato para ingresso no SIPOM
objetiva dificultar ações adversas de infiltração e a admissão de pessoa com
características e antecedentes pessoais ou familiares que possam levar ao
comprometimento das atividades desenvolvidas pelo Sistema.

Art. 22. O procedimento de seleção e recrutamento será sigiloso e


compreende as seguintes fases entre outras julgadas necessárias:
I - indicação do candidato pelo Comandante de UPM;
II - levantamento de informações pessoais do candidato, mediante
aplicação de questionário padronizado pela ACI;
III - análise de capacitação e habilidades específicas do indicado;
IV - avaliação da ficha funcional do policial;

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V - pesquisa de antecedentes do candidato, abrangendo as restrições


legais, os hábitos, os relacionamentos familiares, interpessoais e profissionais;
VI - entrevista pessoal.

Parágrafo único. Após indicação formal do Comandante respectivo, o


policial militar indicado responderá o Formulário Individual de Indicação de Candidato
– FIIC, o qual será submetido a análise da Agência Central de Inteligência, dando
prosseguimento às demais fases, contextualizadas na investigação do indicado.

Art. 23. A análise de perfil e conduta deverá avaliar, entre outros, aspectos
pessoais e profissionais concernentes a lealdade, disciplina, honestidade,
idoneidade, coragem, controle emocional, probidade, retidão, discrição e criatividade.

Art. 24. Ao término da investigação será elaborado um relatório, que


deverá ser anexado ao processo de investigação de segurança, no qual constará
parecer do Chefe da Contrainteligência ACI, produzido a partir da análise dos autos
da investigação de segurança, indicando se o candidato está apto ou não para
exercer a atividade de inteligência policial militar.
§ 1º. Concluído o processo de investigação, os respectivos autos serão
remetidos para apreciação do Chefe da Agência Central de Inteligência que,
mediante decisão fundamentada, homologará ou não o parecer, dando ciência ao
Comandante interessado.
§ 2°. Os autos da investigação deverão ser arquivados na Agência Central
e tratados como documento de acesso restrito, conforme Seção V, do Capítulo IV da
Lei n° 12.527, de 18 de novembro de 2011.

Seção III
Do Credenciamento
Art. 25. O credenciamento é ato de concessão de acesso e atuação do
agente de inteligência, realizado pela Agência Central, conforme o caso com apoio
das Agências Locais de Inteligência.

Art. 26. O agente de inteligência deverá subscrever Termo de


Compromisso, ocasião em que será cientificado das políticas de segurança
adotadas, cabendo-lhe responsabilidades administrativas, cíveis e penais quanto à

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manutenção da segurança dos ativos de informação classificados conforme


legislação pertinente.

Art. 27. O credenciamento é concedido pelo Diretor de Inteligência.

Art. 28. A credencial de segurança deverá ser numerada em sequência e


controlada internamente pela Agência Central, e deverá conter no mínimo os
seguintes dados:

I - nome completo, número de registro ou de identidade e número de


inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda (CPF) do
credenciado;
II - unidade com a qual o credenciado é lotado;
III - posto ou graduação do credenciado;
IV - grau de acesso à informação classificada;
V - finalidade da credencial;
VI - data prevista para o término de validade da credencial;
VII - data de expedição da credencial;
VIII - identificação da autoridade que emitiu a credencial.

Art. 29. A Agência Central deverá manter os registros atualizados em


banco de dados de todas as credenciais de segurança emitidas sob sua
responsabilidade.

Seção IV
Do desligamento e acompanhamento do servidor desligado

Art. 30. O desligamento é o processo de desincompatibilização do quadro


do SIPOM realizado pela Agência Central de Inteligência.

Art. 31. O desligamento do agente se dará em razão:


I - da inaptidão para o exercício das atividades que lhe foram atribuídas;
II - da prática de fato que comprometa a segurança da atividade de
inteligência;
III - da prática de conduta incompatível com o perfil desejado a um

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operador da atividade de inteligência;


IV - de interesse da instituição, em razão da necessidade de serviço;
V - de adequação do quadro organizacional da respectiva Unidade.
Parágrafo único. O desligamento também ocorrerá em razão da passagem
para a reserva ou inatividade, licenciamento, solicitação do próprio agente ou em
caso de reforma.

Art. 32. Com o desligamento do servidor dos quadros da Agência de


Inteligência, o policial será remanejado, conforme necessidade do Comando da
instituição.

Art. 33. O servidor desligado deverá ser acompanhado pelo serviço de


inteligência, tendo por enfoque os seguintes objetivos:
I - avaliar sua vulnerabilidade às inteligências adversas;
II - avaliar conduta que possa comprometer a segurança da atividade de
inteligência da Polícia Militar.

CAPÍTULO IV
DOS LIMITES E DAS VEDAÇÕES

Art. 34. A atividade de inteligência policial militar é desenvolvida, no que


se refere aos limites de sua extensão e ao uso de técnicas e meios, com irrestrita
observância:
I - aos diretos e garantias individuais;
II - à fidelidade às instituições e aos Poderes constituídos;
III - aos princípios éticos que regem os interesses e a segurança do
Estado;
IV - à missão constitucional da Polícia Militar.
Art. 35. É vedado aos integrantes do Sistema, sem prejuízo das ações de
apoio e a necessidade do interesse público, respeitando-se a Doutrina Nacional de
Inteligência de Segurança Pública - DNISP:
I - realizar operações ostensivas em atividades de segurança pública, sem
vínculo com as atividades de inteligência, na conformidade com a legislação
vigente;

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II - divulgar, nos meios de comunicação, os métodos ou procedimentos de


inteligência, de instalações de agências de inteligência e o nome ou qualquer
identificação do pessoal integrante do sistema ou que de alguma maneira, dele
participe;
III - exercer atividades cartorárias de cunho disciplinar que sejam típicas
de correição, sem vínculo com o Serviço de Inteligência.

Art. 36. É vedado o uso de viaturas do serviço de inteligência por


policiamento ostensivo.

Art. 37. É vedado o emprego de agentes de inteligência da Polícia Militar


em ações de policiamento ostensivo, na efetuação de prisão e detenção de suspeitos
ou criminosos, salvo em situações extraordinárias, que deverão ser comunicadas à
Agência Central.

Parágrafo único. Considera-se situação extraordinária para efeito deste


artigo a prisão efetuada em razão de situação de flagrante delito ou em decorrência
de mandado de prisão devidamente expedido pela Justiça.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38. A Polícia Militar, através da Agência Central de Inteligência,


deverá credenciar todos os agentes do Sistema de Inteligência Policial Militar,
atendendo-se as normas estabelecidas nesta Portaria.

Art. 39. Os integrantes do SIPOM não serão designados como


encarregados ou auxiliares de procedimentos administrativos, Conselhos de
Disciplina e Justificação, Sindicâncias ou Inquéritos Policiais Militares, salvo extrema
necessidade do serviço.

Art. 40. Os dados de veículos utilizados pelas agências deverão ser


informados à ACI, que manterá relação atualizada da frota em operação no serviço
de inteligência.

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Art. 41. A ACI poderá requisitar apoio de integrantes do Sipom,


designando diretamente agente(s) de qualquer ALI ou ARI no âmbito da PMTO, para
missões específicas, conforme interesse da Agência Central de Inteligência.

Art. 42. Os comandantes deverão primar pelo bom funcionamento do


serviço de inteligência da Unidade, devendo seguir fielmente os preceitos desta
norma.

Art. 43. Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral.

Art. 44. Esta norma entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 45. Revoga-se os seguintes dispositivos:

I - Instrução Normativa nº 001/2018-ACI-EMG, de 08 de maio de 2018.

II - Portaria nº 049/2018-PM2-EMG, de 08 de maio de 2018.

Art. 46. Publique em Boletim-Geral e Cumpra-se.

Quartel do Comando-Geral, em Palmas-TO, 14 de dezembro de 2022.

Márcio Antônio Barbosa de Mendonça – CEL QOPM


Comandante-Geral da PMTO – Secretário de Estado

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