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Inteligência
Policial
JUNHO - 2021
essdmaterialdidatico@policiamilitar.sp.gov.br
Atualização: Cap PM Fernando Antônio de Moura, da ESSd;
2º CICLO DE ENSINO
Sumário
Aula 1 e 2 - Atividade de Inteligência; Conceitos, Características e Objetivos; Desdobramentos;
Princípios da Atividade de Inteligência; Ciclo de Inteligência; Funções de um Órgão de
Inteligência (OI); Diferença entre Atividade de Inteligência e Investigação Policial .............. 5
Aula 7 e 8 - Informações Sociais; Movimento Social Urbano; Movimento Social Rural; Dados de
Interesse; Atuação da Polícia Militar........................................................................................ 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS37
ÍNDICE
I –ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
1. Conceito
2. Características e Objetivos
3. Desdobramentos
4. Princípios da Atividade de Inteligência
5. Ciclo de Inteligência
6. Funções de um Orgão de Inteligência (OI)
7. Diferenças básicas entre as Atividades de Inteligência e Investigação Policial
V- INFORMAÇÕES CRIMINAIS
1. Principais Modalidades criminosas
2. Crime Organizado
3. Sistema prisional
4. Análise criminal utilizada em apoio às atividades do policiamento ostensivo.
VI- SISTEMAS INTELIGENTES
1. Funcionalidades;
2. Aplicação no policiamento Ostensivo;
3. COPON ON-LINE
4. PRODESP
5. FOTOCRIM
6. INFOCRIM
7. DETECTA
Aula 1 e 2 - Atividade de Inteligência; Conceitos, Características e Objetivos; Desdobramentos;
Princípios da Atividade de Inteligência; Ciclo de Inteligência; Funções de um Órgão de Inteligência
(OI); Diferença entre Atividade de Inteligência e Investigação
I – ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
1. Conceito
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estas atividades está a de inteligência. A atividade da Agência de Inteligência (AI) está dentro
desta ampliação de competência.
Quando se fala em preservação da ordem pública, não é só manutenção, mas também
preservação, ou seja, repressão imediata. A partir do momento em que há a quebra da ordem,
a PM atua reprimindo a quebra e restaurando a ordem. A manutenção é preservar aquilo que
está dentro da sua normalidade, assim, a restauração é uma atividade da Polícia Militar.
2. Características e Objetivos
3. Desdobramentos
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Inteligência - é a atividade de obtenção e análise de dados e informações e
de produção e difusão de conhecimentos, dentro e fora do território
nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência
sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a
segurança da sociedade e do Estado. (Art. 2º do Decreto Federal 4376, de
13/09/2002).
Doutrina e Operacionalização
Objetividade:
Segurança:
Deve-se manter o sigilo dos dados e informações geradas, adotando-se medidas para
prevenir que pessoas mal-intencionadas tenham acesso aos mesmos.
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Oportunidade:
Toda informação tem um prazo de validade e seu conteúdo pode se tornar ultrapassado
com o tempo. Deve-se ficar atento para que a informação seja gerada dentro do prazo de sua
real utilização.
Imparcialidade:
Toda produção de conhecimento deve ser realizada sem subjetivismos que poderão
comprometer a sua credibilidade, ou seja, o profissional deve ser objetivo e não deixar que
emoções e sentimentos deturpem a veracidade das informações.
Simplicidade:
Toda informação produzida não deve se ater à complexidade, ou seja, deve conter apenas
o necessário para a sua compreensão. Porém, o assunto abrangido pela informação deve ser o
mais completo possível.
5. Ciclo de Inteligência
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É um procedimento preparatório, informativo e inquisitório, constituindo-se de um
conjunto de providências desenvolvidas para se esclarecer uma conduta, que pelo menos
aparentemente seja delituosa. (Ismar Estulano Garcia)
1. Conceito
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2. Organização
ORGANOGRAMA – SIPOM
O SIPOM produz conhecimentos nas áreas social, criminal e público interno; tais
conhecimentos são utilizados pelas Segundas-Seções dos Estados Maiores para assessorar os
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Comandantes de polícia para que as decisões tomadas visem o emprego racional dos meios
materiais e humanos.
4. Atribuições
Tem-se notado certa confusão efetivada pelos integrantes da nossa Instituição quando
se fala em Atividade de Inteligência e as Atividades da Corregedoria PM, pois estas duas
modalidades de serviços são necessárias na nossa Corporação, no entanto muitos policiais
ainda não sabem diferenciar as funções que cada atividade desempenha. Para que se desfaça
essa “confusão”, apresentaremos, a seguir, as principais diferenças entre uma atividade e
outra.
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As Atividades de Inteligência desenvolvidas em uma Unidade consistem basicamente
em proceder à coleta e busca de dados, analisá-los, produzir conhecimentos e difundi-los aos
Comandantes, visando seu assessoramento direto. Controla as documentações com grau de
sigilo dentro da OPM, e ainda realiza a Investigação Social de candidatos a ingresso na
Instituição.
É importante salientar que, além de fazer parte do Sistema de Inteligência da Polícia
Militar do Estado de São Paulo (SIPOM), o Órgão de Inteligência está inserido no Estado
Maior da Unidade.
Quanto às atividades realizadas pela Corregedoria da Polícia Militar, basicamente
existem atividades em 2 naturezas. Patrulhamento Disciplinar Ostensivo, onde é desenvolvido
patrulhamento para fins de fiscalização e correição do Policial Militar em serviço, e também é
incumbência da Corregedoria da Polícia Militar realizar investigações referentes a crimes
praticados ou sofridos por Policial Militar, de serviço ou de folga, com o objetivo de coletar
subsídios para procedimentos administrativos (transgressões disciplinares) e de Polícia
Judiciária (IPM); portanto, atividades de execução e, predominantemente, reeducadoras.
A AI faz e deve manter um levantamento atualizado dos problemas disciplinares de
sua área para informar seu Comandante.
Quanto à reeducação disciplinar, bem como à apuração (IPM, Sindicância), caberá à
Sessão de Polícia Judiciária Militar e Disciplina - SPJMD, órgão com funções semelhantes às
da CORREGPM, existente nas unidades.
Para o SIPOM toda e qualquer informação é importante, pois o policial que atua no
policiamento de área é peça fundamental ao bom desempenho dos Órgãos de Inteligência.
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Quadro sinóptico das principais diferenças entre a Atividade de Inteligência e as
Atividades da Corregedoria PM
Obtenção, produção e proteção do Fiscalização e correição do PM; Busca identificar autores e objetos,
conhecimento; para identificação de autoria e
Apuração de ilícitos praticados e
materialidade;
Difundir os conhecimentos para quem sofridos por PM;
tem necessidade de conhecê-los; Realiza investigação criminal para
Atualizar registro dos antecedentes
instrução de Inquérito Policial;
Assessorar os Comandantes; criminais, disciplinares e funcionais
dos PM; Baseia-se em normas de Direito
Auxiliar o SJD;
Processual Penal;
Controle e normatização dos
Investigação Social;
procedimentos apuratórios Visa à repressão ao crime, ou seja,
(Sindicância, Inquéritos Policial- subsídio para julgamento do criminoso;
Diligências.
Militares e outros);
Os resultados de seu serviço destinam-
Plantão de Polícia Judiciária Militar se à Promotoria Pública, titular da ação
(PPJM). penal.
1. Introdução
A palavra sigilo esta relacionada a ideia de segredo, ou ainda, com algo que precisa ser
guardado frente a uma verdade; A informação ou os dados, ainda não processados, são
utilizados para produção e transmissão de conhecimento e podem estar contidos em qualquer
suporte físico ou formato, seja ele papel, mídia em geral, plástico etc.
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Atualmente, não se fala mais em lei de Assuntos Sigilosos, oportunidade em que o
Acesso as informações de caráter sigiloso eram regulados pelo Decreto Federal no 4.553/02,
de 27DEZ02 que regulamentava o art. 23 da Lei 8.159/91, foram revogados pela Lei Federal
no 12.527, de 18NOV11
Art. 23. São considerados imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
[...]
[...]
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus
familiares; ou
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1ª Categoria
Prazo máximo
Grau de restrição ao Autoridade classificadora na PMESP
acesso
2ª Categoria
100 anos
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2.1. Quadro Sinóptico
Ostensiva Livre
Lei 12.527/2011
Art.31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente
e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como
às liberdades e garantias individuais.
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Aula 7 e 8 - Informações Sociais; Movimento Social Urbano; Movimento Social Rural; Dados de
Interesse; Atuação da Polícia Militar
IV – INFORMAÇÕES SOCIAIS
Não quer dizer com isso, que em outros regimes o homem não tenha se valido da prática
de se manifestar, durante a evolução da humanidade.
Durante a história mundial presenciamos tais manifestações nas brigas por territórios,
eleições de líderes, edificação de Deuses, criação de sistemas e regimes de governos e a
própria evolução filosófica e sociológica como alicerce de estudo comportamental.
Através dos anais da história registramos fatos sociais que mudam a maneira de viver e
pensar, e criam no bojo do ser humano pensamentos e convicções, insípidas ou não, porém,
que encontram no seio social, centenas, milhares ou milhões de adeptos.
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seu uso de forma medicinal, e ainda, os Rastafáris que fazem uso do entorpecente para
concluírem uma espécie de “nirvana” em busca de um contato divino.
Tal exemplo sugere a diversidade de pensamentos que corroboram para que o homem
crie e viva seus ideais.
Sendo assim, podemos explicar os movimentos sociais como: uma ação coletiva de um
grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político,
conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto
específico, permeado por tensões sociais.
Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma determinada realidade
que se caracterize como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este
último constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses.
As manifestações que observamos nos últimos anos no Brasil são inéditas e não tem
nenhuma semelhança com os movimentos políticos ocorridos nos séculos XX. Alguns
aspectos as diferenciam de todas as demais e tem deixado os estudiosos do tema sem
respostas definitivas:
Não existe uma pauta clara de reivindicações, mas sim, várias delas agrupadas
numa única manifestação;
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A princípio, pode-se vislumbrar falta de união ou coesão, mas os resultados
mostram exatamente o contrário; uma ação quase sempre ilógica e insana que tende a reunir
uma enorme quantidade de jovens irreverentes e sem ideologias concretas;
A mobilização dos manifestantes, graças à Internet, é feita de maneira
extremamente ágil e rápida. É bom lembrar que a maior parte dos aparelhos celulares também
está conectada à Internet, tendo as redes sociais como meio de comunicação instantânea;
A conquista nem sempre é o maior ideal, sendo o confronto a oportunidade de uma
demonstração de força transloucada no ímpeto de tentar mostrar o enfraquecimento do
Estado.
Uma enorme quantidade de símbolos ladeiam os movimentos sociais. Bandeiras e
Siglas também são erguidas quase que diariamente para a satisfação de pequenos grupos.
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Cabe ressaltar que, a Polícia Militar, através do Centro de Inteligência, monitora e
estuda a evolução dos movimentos sociais, bem como procura assessorar o Comando na
tomada de decisões que preservem a Ordem Pública e seus integrantes durante o serviço
operacional.
1. MANIFESTAÇÕES GREVISTAS
A melhor e mais conhecida arma de pressão dos sindicatos, em busca de suas
reivindicações,
é a greve.
No Brasil, a greve é um direito (Constituição Federal, art. 9º); no entanto há serviços
que são essenciais ao cidadão e que não podem ser interrompidos, como transporte, energia,
serviços de saúde e segurança. Por isso, o direito de greve sofre restrições previstas na Lei
7.783/89 (conhecida como Lei de Greve). Cabe destacar que esta Lei estabelece quais
providências devem ser tomadas, por parte dos patrões e dos empregados, bem como pelo
poder público, quando da realização dos movimentos grevistas.
1.2. Proibições:
Conforme o art. 3º, “as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas
não poderão impedir o acesso ao trabalho, nem causar danos à propriedade ou pessoa”.
Assim, caso os piquetes venham a infringir este dispositivo, compete ao policiamento intervir,
de forma prudente e moderada, na medida necessária para restabelecer a situação de direito.
1.3. Atuação do policial militar.
Toda a conduta da PM em relação às greves está definida na Nota de Instrução nº
PM3- 006/2/89, de 28Jul89, a qual foi distribuída para as OPM. Alguns itens que devem ser
observados pelo policial militar:
Não tomar partido num movimento grevista;
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Não se tornar um complicador da questão social;
Não impedir o livre direito de greve, mas agir quando houver violação ou iminente
violação da ordem pública;
Nos momentos em que a greve “caminha para o esgotamento”, muitas lideranças agem no
sentido de criar um “fato político”, sendo o procedimento preferido provocar atritos com o
policiamento, para alegarem em seguida que foram agredidas;
Por isso, o PM não deve, em hipótese alguma, aceitar qualquer tipo de provocação.
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2.1 ATUAÇÃO DO SIPOM:
A fim de subsidiar o Comando da OPM no planejamento de uma Operação de
Manutenção ou Reintegração de Posse, proporcionando-lhe informações necessárias para um
adequado e seguro emprego da tropa, cabe ao SIPOM realizar um Estudo de Situação,
obtendo dados tais como:
Vias de acesso;
Quantidade e tipo de habitações;
Pontos sensíveis aos arredores;
Número e perfil dos invasores;
Tipo de Terreno;
Ânimo para resistência;
Obstáculos existentes;
Táticas de resistência.
Localização dos invasores no terreno.
V - INFORMAÇÕES CRIMINAIS
1. Principais Modalidades Criminosas
Tráfico de drogas – caracterizado pela organização, número de envolvidos e interligação
com outros delitos é a principal e maior fonte de renda das organizações criminosas, onde o
Estado de São Paulo faz parte da maior rota de escoamento de drogas para o continente
Europeu, através do transporte por rodovias, pelo mar (porto de Santos) e até mesmo aéreo,
inclusive, utilizando-se de pistas de pouso clandestinas. O Paraguai é o grande produtor
“maconha” e 80% da cocaína que entra no Brasil vêm da Bolívia.
Tráfico de armas – no Brasil entram muitas armas fabricadas nos EUA, porém, a maioria das
armas apreendidas é de fabricação nacional, pois ocorre o efeito “bumerangue”. As armas são
vendidas legalmente para os países de fronteira, principalmente, Bolívia e Paraguai, e
retornam de forma clandestina.
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Tráfico de pessoas (adoção ilegal, retirada de órgãos, prostituição e trabalho escravo) –
ocorre bastante no norte e nordeste do Brasil, as pessoas são ludibriadas com promessas de
empregos, carreiras de sucesso etc e, ao chegar, principalmente, no continente Europeu,
tornam-se vítimas.
Tráfico de espécies em perigo de extinção – animais silvestres são capturados na natureza e
vendidos em feiras livres dentro do país e/ou comercializados para o exterior.
Exploração de jogos (jogo do bicho e caça níqueis) – muito forte no Brasil, trata-se de
contravenções penais e, por isso, torna-se muito difícil a punição dos autores, além de grande
corrupção de agentes públicos que tornam o Estado quase inerte;
Contrabando, furto e roubos de veículos – por possuir a maior frota do Brasil, o Estado de
São Paulo possui o maior índice de furtos e roubos de veículos. Isso se deve às atividades
paralelas de desmanches, oficinas clandestinas e lojas de peças que adulteram peças, placas e
documentos veiculares. O interior dos Estados brasileiros e os países de fronteira, Paraguai e
Bolívia, receptam bastantes veículos clonados, conhecidos como “dublês”. Essas receptações
ocorrem, também, através de negociações com armas e drogas. Os criminosos também
roubam e furtam veículos, deixam em garagens ou galpões para “esfriar”, e depois utilizam
em outra modalidade criminosa como roubo a banco e/ou furto de caixa eletrônico.
Roubos e furtos de bancos (explosão caixa eletrônico) – nos roubos a banco atuam no
mínimo em 05 (cinco) indivíduos, geralmente armados com pistola, submetralhadora e fuzil,
rendem funcionários, vigias e até mesmo clientes, forçando-os a abrirem o cofre ou levá-los
aos caixas, onde subtraem os valores e fogem. Nos roubos/furtos a caixas eletrônicos atuam
no mínimo em 03 (três), geralmente armados com pistola, submetralhadora e fuzil, na maioria
das vezes utilizam explosivos, onde um dos integrantes arromba o equipamento para um outro
inserir explosivo e, logo após a explosão, entram com sacos e mochilas recolhendo o dinheiro,
saindo o mais rápido possível do local – outro modus operandi bastante utilizado é o uso do
maçarico. Nos casos expostos, os indivíduos fogem com veículos velozes que são produtos de
furto ou roubo em data anterior, além de bloquearem as principais vias com outros veículos
(ônibus, caminhão etc) para dificultar o acesso da polícia ao local.
Contrabando de arte e pedras preciosas – organizações com bastante sofisticação que
negociam com pessoas de alto poder financeiro e, geralmente, intelectual. Os criminosos,
além de roubar e furtar obras de artes, também, trocam as originais por falsas.
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Cibercrime e fraude – invadem a privacidade das vítimas e cometem todos os tipos de
crimes.
Lavagem de dinheiro – o mais comum é montar empresas lícitas de fachada, onde torna
legal o dinheiro do crime.
Pirataria no mar – não é comum no Brasil, ocorre bastante no continente Africano e
Europeu, onde saqueiam as embarcações em alto mar.
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Estabilidade da população no que concerne a mobilidade de residentes locais da
comunidade, seus padrões diários de deslocamento e presença de população transitória
ou de não-residentes.
Meios de transporte localmente disponíveis e sistema viário local;
Condições econômicas, incluindo renda média, nível de pobreza e disponibilidade de
postos de trabalho;
Aspectos culturais, educacionais, religiosos e oportunidades de lazer e entretenimento;
Condições da matriz social nuclear, no que concerne o divórcio e coesão do grupo
familiar;
Clima local;
Efetividade das instituições policiais locais;
Ênfase diferenciada das polícias locais nas funções operacionais e administrativas da
instituição;
Políticas, métodos e processos de funcionamento das outras instituições que dão corpo
ao sistema de local de justiça criminal, incluindo o Ministério Público, Poder
Judiciário e Autoridade Prisional;
Atitudes da cidadania em relação ao crime;
Práticas prevalentes de notificação de delitos ocorridos às autoridades policiais.
3. Sistema Prisional
3.1. Origem do Sistema Prisional no Brasil
Até 1830 utilizava-se no Brasil as Ordenações Filipinas para elencar os crimes e penas
que seriam aplicadas. Previa-se a pena de morte, penas corporais (como açoite, mutilação,
queimaduras), confisco de bens e multa e ainda penas como humilhação pública.
Em 1824, com a nova Constituição, o Brasil começa a reformar seu sistema punitivo:
banem-se as penas de açoite, tortura e outras penas cruéis; determina-se que as cadeias devem
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ser “seguras, limpas e bem arejadas havendo diversas casas para a separação dos réus,
conforme a circunstâncias, e natureza dos seus crimes.
Em 1830, com o Código Criminal do Império, a pena de prisão é introduzida no Brasil em
duas formas: a prisão simples e a prisão com trabalho.
Por volta de 1850 e 1852 surgem as Casas de Correção - Rio de Janeiro e São Paulo.
Análise criminal utilizada em apoio às atividades do policiamento ostensivo
Em 1890, o novo Código Penal aboliu as penas de morte, penas perpétuas, açoite e previa
quatro tipos de prisão: célula; reclusão em “fortalezas, praças de guerra ou estabelecimentos
militares”, destinada aos crimes políticos; prisão com trabalho que era “cumprida em
penitenciárias agrícolas, ou em presídios militares; e disciplinar, cumprida em
estabelecimentos especiais para menores de 21 anos. Uma inovação desse Código foi
estabelecer limite de 30 anos para as penas.
Em 1920 passa a funcionar a Penitenciária do Estado ( São Paulo ), que em sua origem era
considerada uma prisão modelo para toda a nação por “servir de modelo de disciplinamento
do preso. A Penitenciária do Estado adotou o regime progressivo de reclusão, que consistia
em quatro estágios:
(I) reclusão absoluta, diurna e noturna;
(II) isolamento noturno, com trabalho coletivo durante o dia, mas em silêncio;
(III) cumprimento em penitenciária agrícola, com trabalho extramuros; e
(IV) concessão de liberdade condicional ao sentenciado.
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Em 1993 a Lei nº 8209, de 04/01/93, criou e, o Decreto nº 36.463, de 26/01/1993,
organizou a SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, a primeira no
Brasil, a tratar com exclusividade o sistema prisional.
3.3. Missão
A Secretaria da Administração Penitenciária se destina a promover a execução
administrativa das penas privativas de liberdade, das medidas de segurança detentivas e das
penas alternativas à prisão, cominadas pela justiça comum, e proporcionar as condições
necessárias de assistência e promoção ao preso, para sua reinserção social, preservando sua
dignidade como cidadão.
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prisão, mas já tiver cometido algum crime (ou seja, é reincidente), ele deverá começar o
cumprimento de pena em regime fechado.
O local destinado às pessoas em regime semiaberto são as colônias agrícolas ou algum
estabelecimento similar. Na própria unidade prisional, os condenados ficam sujeitos a
trabalho comum durante o dia – a cada três dias trabalhados, é diminuído um dia da pena que
eles precisam cumprir. Eles só poderão usufruir dos “benefícios” desse regime quando
tiverem cumprido 1/6 das suas penas, mas lembrando que o preso sempre deve retornar para
dormir no local de prisão
Deve-se ressaltar que mesmo dentro de presídios de segurança máxima, a cúpula dirigente
dessa organização criminosa continua a gerir “uma rotina interminável de crimes”,
assassinatos, sequestros, tráfico de drogas e armas.
Segundo divulgado por investigação do Ministério Público, a facção movimentaria
anualmente cerca de 120 milhões de reais em negócios lícitos e ilícitos.
VI - SISTEMAS INTELIGENTES
1. Introdução
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O Sistema DETECTA da Secretaria de Segurança Pública do Estado é um
sistema integrador de informações que realiza, com celeridade, a correlação
dessas informações para auxiliar a tomada de decisões das polícias militar, civil
e científica.
Objetivo: Auxiliar o trabalho policial em atividades operacionais e
investigativas:
Acessando diversos bancos de dados de diferentes instituições;
Correlacionando informações e imagens de locais, pessoas e
veículos;
Promovendo ações policiais coordenadas.
O sistema Detecta consiste em uma Solução de Software, com interface
Web, composta por uma infraestrutura de servidores que realizam funções
inteligentes de correlacionamento de diversos tipos de eventos de interesse de
segurança pública com as informações das bases de dados integradas à solução:
Veículos, Pessoas (civil e criminal), Atendimento 190, etc.
Os dados dos eventos são encaminhados à solução por intermédio dos
seguintes tipos de equipamentos, provindos de sistemas públicos ou privados:
LAP - Leitores Automáticos de Placas de veículos, Sistemas de
Videomonitoramento e ferramentas de Vídeo Analíticos.
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2. Funcionalidades dos Sistemas Inteligentes
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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