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CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DE

POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA


ORDEM PÚBLICA

Inteligência
Policial
JUNHO - 2021

essdmaterialdidatico@policiamilitar.sp.gov.br
Atualização: Cap PM Fernando Antônio de Moura, da ESSd;

1º Sgt PM Iran Araújo de Oliveira, da ESSd.

2º CICLO DE ENSINO
Sumário
Aula 1 e 2 - Atividade de Inteligência; Conceitos, Características e Objetivos; Desdobramentos;
Princípios da Atividade de Inteligência; Ciclo de Inteligência; Funções de um Órgão de
Inteligência (OI); Diferença entre Atividade de Inteligência e Investigação Policial .............. 5

Aula 3 e 4 - Sistema de Inteligência da Polícia Militar (SIPOM);Conceito; Organização;


Informações policiais-militares; Atribuições; Diferenças básicas entre as atividades do SIPOM e
da Corregedoria PM.................................................................................................................... 9

Aula 5 e 6 - Acesso à informação – Introdução; documentos; Medidas de segurança no manuseio


de documentos sigilosos / pessoal. ........................................................................................... 13

Aula 7 e 8 - Informações Sociais; Movimento Social Urbano; Movimento Social Rural; Dados de
Interesse; Atuação da Polícia Militar........................................................................................ 17

Aula 9 e 10 - Informações Criminais; Principais Modalidades Criminosas; Crime


Organizado................................................................................................................................22

Aula 11 e 12 – Informações Criminais: Sistema Prisional; ..................................................... 26

Aula 13 e 14 – Informações Criminais: Análise Criminal Utilizada Em Apoio Às Atividades Do


Policiamento Ostensivo.......................................................................................................31

Aula 15 e 16 - Sistemas Inteligentes; Funcionalidades; Aplicação No Policiamento Ostensivo;


COPOM ON-LINE; Prodesp; Fotocrim; Infocrim e Detecta. .................................................. 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS37
ÍNDICE

I –ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
1. Conceito
2. Características e Objetivos
3. Desdobramentos
4. Princípios da Atividade de Inteligência
5. Ciclo de Inteligência
6. Funções de um Orgão de Inteligência (OI)
7. Diferenças básicas entre as Atividades de Inteligência e Investigação Policial

II- SISTEMA DE INTELIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR - SIPOM


1. Conceito
2. Organização;
3. Informações policiais-militares
4. Atribuições
5. Diferenças básicas entre as atividades do SIPOM e da Corregedoria PM

III- ACESSO A INFORMAÇÃO


1. Documentos
2. Introdução
3. Medidas de segurança no manuseio de documentos sigilosos/pessoal

IV- INFORMAÇÕES SOCIAIS


1. Movimento Social Urbano
2. Movimento Social Rural;
3. Dados de Interesse;
4. Atuação da Polícia Militar.

V- INFORMAÇÕES CRIMINAIS
1. Principais Modalidades criminosas
2. Crime Organizado
3. Sistema prisional
4. Análise criminal utilizada em apoio às atividades do policiamento ostensivo.
VI- SISTEMAS INTELIGENTES
1. Funcionalidades;
2. Aplicação no policiamento Ostensivo;
3. COPON ON-LINE
4. PRODESP
5. FOTOCRIM
6. INFOCRIM
7. DETECTA
Aula 1 e 2 - Atividade de Inteligência; Conceitos, Características e Objetivos; Desdobramentos;
Princípios da Atividade de Inteligência; Ciclo de Inteligência; Funções de um Órgão de Inteligência
(OI); Diferença entre Atividade de Inteligência e Investigação

I – ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA

1. Conceito

Primeiramente, antes de falarmos em Atividade de Inteligência devemos esclarecer


alguns conceitos.

O artigo 144 da Constituição Federal traz o seguinte texto:


Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 5º CF/88 às polícias militares cabem à polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública.
Ao definirmos polícia ostensiva e preservação da ordem pública notamos que é um
conceito abrangente, muito mais que policiamento ostensivo. Preservação da ordem pública é
mais abrangente que manutenção da ordem pública.
Policiamento ostensivo é ação policial, exclusiva das Polícias Militares, cujo emprego
do policial ou fração de tropa seja identificado de relance, quer pela farda, quer pelo
equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da ordem pública.
Polícia Ostensiva é um conceito abrangente, que envolve atividades de prevenção
primária e secundária, ações levadas a fim de prevenir o cometimento de ilícitos penais ou de
infrações administrativas sujeitas ao controle da Instituição.
O questionamento pode ser por que a polícia mantém um corpo à paisana?
Preservação nos dá a entender acerca de uma atuação mais ampla. O policiamento
ostensivo se resume ao desempenho de uma atividade específica. É o homem reconhecido de
relance pelo fardamento, viatura, etc. Agora, a polícia ostensiva, para o desempenho de sua
missão, desenvolve atividades para a finalidade de preservação da ordem pública, e dentre

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estas atividades está a de inteligência. A atividade da Agência de Inteligência (AI) está dentro
desta ampliação de competência.
Quando se fala em preservação da ordem pública, não é só manutenção, mas também
preservação, ou seja, repressão imediata. A partir do momento em que há a quebra da ordem,
a PM atua reprimindo a quebra e restaurando a ordem. A manutenção é preservar aquilo que
está dentro da sua normalidade, assim, a restauração é uma atividade da Polícia Militar.

2. Características e Objetivos

O primeiro passo no estudo da Atividade de Inteligência é estabelecer alguns conceitos


técnicos utilizados pela Atividade, de modo a facilitar a compreensão da matéria, bem como
evitar algumas interpretações equivocadas sobre o tema.

A primeira questão a ser tratada: Atividade de Informações ou Atividade de Inteligência?


Ao contrário do que alguns possam pensar, não existe qualquer diferenciação entre as
palavras Informações e Inteligência, pois são conceitos técnicos que indicam a mesma
Atividade. Atualmente a expressão Inteligência tem sido a mais utilizada.

Para a preservação da Ordem Pública é fundamental a existência de um Sistema de


Inteligência organizado, adequadamente estruturado e dotado de pessoal capacitado, para
obtenção e produção de conhecimento a fim de permitir o acompanhamento da situação
existente, orientando a tomada de decisão pelos usuários das Informações. Na Polícia Militar
do Estado de São Paulo, o SIPOM é o responsável por essas atribuições.

3. Desdobramentos

Atividade de Inteligência - é a Atividade desenvolvida pelo Órgão de Inteligência (OI),


constituindo o exercício sistemático de ações especializadas, orientadas para a produção e
salvaguarda de conhecimentos, tendo em vista assessorar as autoridades governamentais, nos
respectivos níveis e áreas de atribuição, para planejamento, execução e acompanhamento de
suas Políticas. Desdobra-se em dois em ramos: Inteligência e Contrainteligência.

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Inteligência - é a atividade de obtenção e análise de dados e informações e
de produção e difusão de conhecimentos, dentro e fora do território
nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência
sobre o processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a
segurança da sociedade e do Estado. (Art. 2º do Decreto Federal 4376, de
13/09/2002).

Contrainteligência - É a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir


e neutralizar a inteligência adversa e ações de qualquer natureza que
constituam ameaça à salvaguarda de dados, Inteligência e conhecimentos
de interesse da segurança da sociedade e do Estado, bem como das áreas e
dos meios que os retenham ou em que transitem. (Art. 3º do Decreto
Federal 4376, de 13/09/2002).

Doutrina e Operacionalização

Na Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) a doutrina e a operacionalização da


Atividade de Inteligência são de competência exclusiva do Sistema de Inteligência da Polícia
Militar (SIPOM), desenvolvida pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar (CIPM).

4. Princípios da Atividade de Inteligência

Os princípios norteadores da Atividade de Inteligência são: Objetividade, Segurança,


Oportunidade, Imparcialidade e Simplicidade.

Objetividade:

Todas as ações devem ser planejadas e executadas de acordo com os objetivos da


atividade de inteligência, isto é, o profissional deve ser capacitado para diagnosticar a
importância de cada caso para que possa produzir conhecimento de modo conciso.

Segurança:

Deve-se manter o sigilo dos dados e informações geradas, adotando-se medidas para
prevenir que pessoas mal-intencionadas tenham acesso aos mesmos.

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Oportunidade:

Toda informação tem um prazo de validade e seu conteúdo pode se tornar ultrapassado
com o tempo. Deve-se ficar atento para que a informação seja gerada dentro do prazo de sua
real utilização.

Imparcialidade:

Toda produção de conhecimento deve ser realizada sem subjetivismos que poderão
comprometer a sua credibilidade, ou seja, o profissional deve ser objetivo e não deixar que
emoções e sentimentos deturpem a veracidade das informações.

Simplicidade:

Toda informação produzida não deve se ater à complexidade, ou seja, deve conter apenas
o necessário para a sua compreensão. Porém, o assunto abrangido pela informação deve ser o
mais completo possível.

5. Ciclo de Inteligência

O ciclo de produção de conhecimentos, no âmbito da Inteligência Policial. Compreende as


seguintes fases: planejamento, reunião de dados, análise, processamento e difusão.

6. Diferença entre Atividade de Inteligência e a Investigação Policial

Conforme verificado anteriormente, a Atividade de Inteligência têm por objetivo a


produção e proteção de conhecimentos necessários visando à assessoria para a tomada de
decisões. Portanto não pode ser confundida com Investigação Policial, que tem por objetivo
estabelecer, por meio de provas lícitas, a autoria e materialidade de um ilícito penal.

A doutrina reconhece como investigação:

Investigação é uma atividade estatal destinada a preparar a ação penal. (Miguel B.


Siqueira)

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É um procedimento preparatório, informativo e inquisitório, constituindo-se de um
conjunto de providências desenvolvidas para se esclarecer uma conduta, que pelo menos
aparentemente seja delituosa. (Ismar Estulano Garcia)

Na esfera penal comum a competência para a realização de investigações é da Polícia


Judiciária (Polícia Civil, Polícia Federal e outras). Na esfera penal militar, no caso da PMESP,
tal atividade é desenvolvida pelas Seções de Polícia Judiciária Militar e Disciplina(SPJMD),
através de instruções de Inquéritos Policiais Militares, bem como pelo Departamento
Operacional da Corregedoria PM, através de suas divisões de Investigação Policial Militar.

Quadro demonstrativo - INTELIGÊNCIA X INVESTIGAÇÃO

Aula 3 e 4 - Sistema de Inteligência da Polícia Militar (SIPOM);Conceito; Organização; Informações


policiais-militares; Atribuições; Diferenças básicas entre as atividades do SIPOM e da Corregedoria
PM.

II - SISTEMA DE INTELIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR

1. Conceito

O Sistema de Inteligência da Polícia Militar do Estado de São Paulo (SIPOM) é o


conjunto de órgãos formado, basicamente, pelas Segundas Seções de todos os Estados-
Maiores existentes na Corporação, estruturado e dotado de pessoal técnico para obter,
processar e difundir dados e conhecimentos.

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2. Organização

O SIPOM é constituído dos seguintes Órgãos de Inteligência:

 Agência Central (AC): Órgão coordenador do SIPOM.


 Agências Especiais (AE): são Órgãos instalados na Casa Militar, Secretaria da Segurança
Pública, Assessorias Policiais Militares, Corregedoria PM e nos Grandes Comandos
(CPC, CPM e CCB).
 Agências Regionais (AR): são Órgãos instalados nos Comandos de Policiamento de Área
Metropolitana e nos Comandos de Policiamento do Interior, de Choque, Rodoviário,
Ambiental, Trânsito, de Bombeiros Metropolitano e do Interior.
 Agências de Área (AA): são Órgãos instalados nos Batalhões, Regimento de Polícia
Montada, Trânsito, Grupamento de Radiopatrulha Aérea, Grupamentos de Bombeiros e
eventuais Companhias independentes.
 Agências de Apoio (AAp): são Órgãos instalados nas Organizações Policiais Militares
(OPM) de Direção Setorial, de Apoio e Especiais de Apoio da Corporação.
 Subagências (SA): são frações de Agência de Área, instaladas em companhia destacada
de polícia militar, fora do município sede da unidade.

ORGANOGRAMA – SIPOM

3. Informações Policiais Militares – Ramos do conhecimento

O SIPOM produz conhecimentos nas áreas social, criminal e público interno; tais
conhecimentos são utilizados pelas Segundas-Seções dos Estados Maiores para assessorar os
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Comandantes de polícia para que as decisões tomadas visem o emprego racional dos meios
materiais e humanos.

4. Atribuições

Os órgãos de inteligência da Polícia Militar devem produzir informações voltadas à


preservação da Ordem Pública, que são dados ou conhecimentos sobre valores políticos,
econômicos, morais, religiosos, que visam opor-se à desordem, potencial ou efetivada,
buscando manter a organização social estabelecida, através da preservação da moralidade e
legalidade das relações sociais e econômicas, seja entre particulares ou para com o Estado,
protegendo as pessoas, as atividades em geral, o patrimônio, o trabalho e o bom
funcionamento dos serviços públicos.
Por conseguinte, vale dizer que toda informação destinada a preservar a Ordem
Pública é de interesse da Polícia Militar, como exemplo de informações de Ordem Pública
temos dados e conhecimentos sobre:
 Criminosos;
 “Modus Operandi” criminal;
 Áreas de incidência de infrações penais;
 Rotas e pontos de receptação de bens, produtos de ação ilegal ou drogas;
 Greves;
 Manifestações Públicas;
 Reuniões políticas, esportivas, artísticas, culturais ou sociais de frequência pública,
etc.

5. Diferença entre a Atividade de Inteligência e as Atividades da


Corregedoria PM

Tem-se notado certa confusão efetivada pelos integrantes da nossa Instituição quando
se fala em Atividade de Inteligência e as Atividades da Corregedoria PM, pois estas duas
modalidades de serviços são necessárias na nossa Corporação, no entanto muitos policiais
ainda não sabem diferenciar as funções que cada atividade desempenha. Para que se desfaça
essa “confusão”, apresentaremos, a seguir, as principais diferenças entre uma atividade e
outra.
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As Atividades de Inteligência desenvolvidas em uma Unidade consistem basicamente
em proceder à coleta e busca de dados, analisá-los, produzir conhecimentos e difundi-los aos
Comandantes, visando seu assessoramento direto. Controla as documentações com grau de
sigilo dentro da OPM, e ainda realiza a Investigação Social de candidatos a ingresso na
Instituição.
É importante salientar que, além de fazer parte do Sistema de Inteligência da Polícia
Militar do Estado de São Paulo (SIPOM), o Órgão de Inteligência está inserido no Estado
Maior da Unidade.
Quanto às atividades realizadas pela Corregedoria da Polícia Militar, basicamente
existem atividades em 2 naturezas. Patrulhamento Disciplinar Ostensivo, onde é desenvolvido
patrulhamento para fins de fiscalização e correição do Policial Militar em serviço, e também é
incumbência da Corregedoria da Polícia Militar realizar investigações referentes a crimes
praticados ou sofridos por Policial Militar, de serviço ou de folga, com o objetivo de coletar
subsídios para procedimentos administrativos (transgressões disciplinares) e de Polícia
Judiciária (IPM); portanto, atividades de execução e, predominantemente, reeducadoras.
A AI faz e deve manter um levantamento atualizado dos problemas disciplinares de
sua área para informar seu Comandante.
Quanto à reeducação disciplinar, bem como à apuração (IPM, Sindicância), caberá à
Sessão de Polícia Judiciária Militar e Disciplina - SPJMD, órgão com funções semelhantes às
da CORREGPM, existente nas unidades.
Para o SIPOM toda e qualquer informação é importante, pois o policial que atua no
policiamento de área é peça fundamental ao bom desempenho dos Órgãos de Inteligência.

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Quadro sinóptico das principais diferenças entre a Atividade de Inteligência e as
Atividades da Corregedoria PM

ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA ATIVIDADES DA CORREG. PM ATIVIDADE POLÍCIA CIVIL

Obtenção, produção e proteção do Fiscalização e correição do PM; Busca identificar autores e objetos,
conhecimento; para identificação de autoria e
Apuração de ilícitos praticados e
materialidade;
Difundir os conhecimentos para quem sofridos por PM;
tem necessidade de conhecê-los; Realiza investigação criminal para
Atualizar registro dos antecedentes
instrução de Inquérito Policial;
Assessorar os Comandantes; criminais, disciplinares e funcionais
dos PM; Baseia-se em normas de Direito
Auxiliar o SJD;
Processual Penal;
Controle e normatização dos
Investigação Social;
procedimentos apuratórios Visa à repressão ao crime, ou seja,
(Sindicância, Inquéritos Policial- subsídio para julgamento do criminoso;
Diligências.
Militares e outros);
Os resultados de seu serviço destinam-
Plantão de Polícia Judiciária Militar se à Promotoria Pública, titular da ação
(PPJM). penal.

Aula 5 e 6 - Acesso a informação – Introdução; documentos; Medidas de segurança no manuseio de


documentos sigilosos / pessoal.

III – ACESSO À INFORMAÇÃO

1. Introdução

A palavra sigilo esta relacionada a ideia de segredo, ou ainda, com algo que precisa ser
guardado frente a uma verdade; A informação ou os dados, ainda não processados, são
utilizados para produção e transmissão de conhecimento e podem estar contidos em qualquer
suporte físico ou formato, seja ele papel, mídia em geral, plástico etc.

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Atualmente, não se fala mais em lei de Assuntos Sigilosos, oportunidade em que o
Acesso as informações de caráter sigiloso eram regulados pelo Decreto Federal no 4.553/02,
de 27DEZ02 que regulamentava o art. 23 da Lei 8.159/91, foram revogados pela Lei Federal
no 12.527, de 18NOV11

A Lei Federal 12.527/11 dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela


União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações
previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
Constituição Federal.
Documentos sigilosos: responsabilidade do detentor de informações e seu devido
sigilo, confidencialidade de documentos e dados, classificação e arquivo.
No âmbito estadual, foi editado o Decreto nº 58.052, de 16 de Maio de 2012, que
Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de novembro de 2011, que da mesma forma
regula o acesso a informações, e dá providências correlatas .

2. Medidas de Segurança no Manuseio de Documentos sigilosos / pessoal

Dentre as medidas de segurança estabelecidas pela lei 12.527/11, há que se considerar os


critérios de classificação dos documentos sigilosos, nos termos da referida lei:

Art. 23. São considerados imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de
classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;

[...]

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

[...]

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus
familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento,


relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. (grifo nosso)

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1ª Categoria

 Risco à segurança da sociedade;


 Risco à segurança do Estado.

Prazo máximo
Grau de restrição ao Autoridade classificadora na PMESP
acesso

Ultrassecreto 25 anos Cmt G PM (podendo ser delegada


para autoridade competente, por
Secreto 15 anos delegação – Art. 33 § 1º)

Reservado 5 anos Função de Direção, Comando ou


Chefia

2ª Categoria

 Risco à inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das


pessoas.
Prazo máximo
Autoridade classificadora na
Grau de restrição ao
PMESP
acesso

100 anos

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2.1. Quadro Sinóptico

Tipo de Informação Categoria Acesso Classificação

Ostensiva Livre

Informação Pública Ultrassecreto


Sigilosa Restrição de Acesso Secreto e
Reservado

Informação Pessoal Restrição de Acesso

São invioláveis a intimidade e a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
(Inciso X, Artigo 5º da Constituição Federal).

Lei 12.527/2011

Art.31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente
e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como
às liberdades e garantias individuais.

§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida


privada, honra e imagem:

I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo


prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes
públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem;(grifo nosso)

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Aula 7 e 8 - Informações Sociais; Movimento Social Urbano; Movimento Social Rural; Dados de
Interesse; Atuação da Polícia Militar

IV – INFORMAÇÕES SOCIAIS

O Estado Democrático de Direito permite ao cidadão manifestar os seus anseios em prol


de melhores condições sociais para si e para os seus. Tal processo traduz individual ou
coletivamente a conotação ideológica do momento, bem como a tensão da sociedade que
clama por uma resposta.

Não quer dizer com isso, que em outros regimes o homem não tenha se valido da prática
de se manifestar, durante a evolução da humanidade.

Quando o pensamento é individual, torna-se mais fácil insurgir, a partir de ideias, um


pensador ou líder. Porém, no momento em que tais idéias fomentem ideais, outros cidadãos se
mobilizam pela afinidade ideológica e passam a manifestar aquele momento com a intenção
de serem ouvidos.

Durante a história mundial presenciamos tais manifestações nas brigas por territórios,
eleições de líderes, edificação de Deuses, criação de sistemas e regimes de governos e a
própria evolução filosófica e sociológica como alicerce de estudo comportamental.

Através dos anais da história registramos fatos sociais que mudam a maneira de viver e
pensar, e criam no bojo do ser humano pensamentos e convicções, insípidas ou não, porém,
que encontram no seio social, centenas, milhares ou milhões de adeptos.

Um exemplo a ser comentado é o próprio movimento que clama pela libertação da


maconha no Brasil. Além de parte escusa da sociedade, que pretende apenas fazer uso do
referido entorpecente como prática boçal, temos profissionais da área médica que defendem o

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seu uso de forma medicinal, e ainda, os Rastafáris que fazem uso do entorpecente para
concluírem uma espécie de “nirvana” em busca de um contato divino.

Tal exemplo sugere a diversidade de pensamentos que corroboram para que o homem
crie e viva seus ideais.

PORTANTO, A MANIFESTAÇÃO SOCIAL É O PRODUTO DE UM MOVIMENTO SOCIAL

Sendo assim, podemos explicar os movimentos sociais como: uma ação coletiva de um
grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político,
conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto
específico, permeado por tensões sociais.

No Brasil, se compararmos as manifestações atuais com as de outrora, na Era Vargas ou


durante o Regime Militar, por exemplo, poderemos perceber que as ideologias são híbridas e
mutáveis, assim como as suas reivindicações que se amoldam ao momento, porém, de
características extremistas na sua essência, tanto nos casos de convicções de esquerda que
carregam uma história de princípios comunistas ou de ideologia socialista, como nos os de
convicções de direita, tais como os nacionalistas ou integralistas de cunho conservador.

Os movimentos sociais podem objetivar: Mudanças, Transições ou Revoluções.

Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma determinada realidade
que se caracterize como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este
último constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses.

O que podemos vislumbrar na atualidade?

As manifestações que observamos nos últimos anos no Brasil são inéditas e não tem
nenhuma semelhança com os movimentos políticos ocorridos nos séculos XX. Alguns
aspectos as diferenciam de todas as demais e tem deixado os estudiosos do tema sem
respostas definitivas:

 Não existe uma pauta clara de reivindicações, mas sim, várias delas agrupadas
numa única manifestação;

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 A princípio, pode-se vislumbrar falta de união ou coesão, mas os resultados
mostram exatamente o contrário; uma ação quase sempre ilógica e insana que tende a reunir
uma enorme quantidade de jovens irreverentes e sem ideologias concretas;
 A mobilização dos manifestantes, graças à Internet, é feita de maneira
extremamente ágil e rápida. É bom lembrar que a maior parte dos aparelhos celulares também
está conectada à Internet, tendo as redes sociais como meio de comunicação instantânea;
 A conquista nem sempre é o maior ideal, sendo o confronto a oportunidade de uma
demonstração de força transloucada no ímpeto de tentar mostrar o enfraquecimento do
Estado.
Uma enorme quantidade de símbolos ladeiam os movimentos sociais. Bandeiras e
Siglas também são erguidas quase que diariamente para a satisfação de pequenos grupos.

PARTIDOS POLÍTICOS – SINDICATOS – CLASSES SOCIAIS – TRIBOS


URBANAS – GRUPOS DE INTOLERÂNCIA

O HOMEM FOI DOTADO DE UMA IMAGINAÇÃO FÉRTIL QUE O LEVOU A


VISLUMBRAR AS ALTURAS, E TAMBÉM AS PROFUNDEZAS, SEMPRE EM BUSCA
DE UMA RAZÃO PARA EXISTIR. QUANDO NÃO ENCONTRA, NÃO DESISTE; RECRIA
A SUA IMAGINAÇÃO ATRAVÉS DO BIZARRO MUNDO DOS SÍMBOLOS

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Cabe ressaltar que, a Polícia Militar, através do Centro de Inteligência, monitora e
estuda a evolução dos movimentos sociais, bem como procura assessorar o Comando na
tomada de decisões que preservem a Ordem Pública e seus integrantes durante o serviço
operacional.

1. MANIFESTAÇÕES GREVISTAS
A melhor e mais conhecida arma de pressão dos sindicatos, em busca de suas
reivindicações,
é a greve.
No Brasil, a greve é um direito (Constituição Federal, art. 9º); no entanto há serviços
que são essenciais ao cidadão e que não podem ser interrompidos, como transporte, energia,
serviços de saúde e segurança. Por isso, o direito de greve sofre restrições previstas na Lei
7.783/89 (conhecida como Lei de Greve). Cabe destacar que esta Lei estabelece quais
providências devem ser tomadas, por parte dos patrões e dos empregados, bem como pelo
poder público, quando da realização dos movimentos grevistas.

1.1. Direitos dos Grevistas:


Emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a
aderirem à greve, como, por exemplo, uso de faixas, cartazes, coleta de fundos, utilização de
carro de som (art. 6º, Lei 7.783/89).

1.2. Proibições:
Conforme o art. 3º, “as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas
não poderão impedir o acesso ao trabalho, nem causar danos à propriedade ou pessoa”.
Assim, caso os piquetes venham a infringir este dispositivo, compete ao policiamento intervir,
de forma prudente e moderada, na medida necessária para restabelecer a situação de direito.
1.3. Atuação do policial militar.
Toda a conduta da PM em relação às greves está definida na Nota de Instrução nº
PM3- 006/2/89, de 28Jul89, a qual foi distribuída para as OPM. Alguns itens que devem ser
observados pelo policial militar:
 Não tomar partido num movimento grevista;
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 Não se tornar um complicador da questão social;
 Não impedir o livre direito de greve, mas agir quando houver violação ou iminente
violação da ordem pública;
Nos momentos em que a greve “caminha para o esgotamento”, muitas lideranças agem no
sentido de criar um “fato político”, sendo o procedimento preferido provocar atritos com o
policiamento, para alegarem em seguida que foram agredidas;
Por isso, o PM não deve, em hipótese alguma, aceitar qualquer tipo de provocação.

1.4. Inteligência da Polícia Militar.


As agências do SIPOM devem cumprir o seguinte procedimento:
 Informar aos escalões superiores sobre greves e protestos realizados pelas
entidades sindicais, na sua área de abrangência, para que possam servir para
instruir a tropa a ser empregada na preservação da Ordem Pública, ressaltando
categoria envolvida, motivos da greve, possibilidades de radicalização, “modus
operandi” do sindicato ou Central Sindical envolvida;
 Informar, dentro do princípio da oportunidade, os desdobramentos da greve,
principalmente ocorrências de piquetes violentos (depredações, bloqueio de vias
públicas, possível uso de armas e demais riscos para a tropa);
 Informar sobre o andamento das negociações entre as partes, e a possibilidade ou
não de acordo.

2. OPERAÇÕES DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE


O art. 2º da Lei 616 (Organização Básica da PM) dispõe: compete à Polícia Militar:
“Atender as requisições que sejam impostas pelo Poder Judiciário”. Assim, obviamente, uma
vez consumada a invasão, só poderá haver a atuação da Polícia Militar, ao ser requisitado pelo
Poder Judiciário, após as providências de caráter civil e penal que, por certo, deverá adotar o
proprietário do imóvel.
O trabalho da PMESP será apoiar a ação do Oficial de Justiça (a quem incumbirá,
realmente, cumprir o mandado judicial) dando-lhe a necessária segurança, para que cumpra as
diligências a seu cargo, garantindo o cumprimento da Ordem Judicial.

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2.1 ATUAÇÃO DO SIPOM:
A fim de subsidiar o Comando da OPM no planejamento de uma Operação de
Manutenção ou Reintegração de Posse, proporcionando-lhe informações necessárias para um
adequado e seguro emprego da tropa, cabe ao SIPOM realizar um Estudo de Situação,
obtendo dados tais como:
 Vias de acesso;
 Quantidade e tipo de habitações;
 Pontos sensíveis aos arredores;
 Número e perfil dos invasores;
 Tipo de Terreno;
 Ânimo para resistência;
 Obstáculos existentes;
 Táticas de resistência.
 Localização dos invasores no terreno.

Aula 9 e 10 - Informações Criminais; Principais Modalidades Criminosas; Crime Organizado;


Sistema Prisional; Análise Criminal Utilizada Em Apoio Às Atividades Do Policiamento Ostensivo.

V - INFORMAÇÕES CRIMINAIS
1. Principais Modalidades Criminosas
Tráfico de drogas – caracterizado pela organização, número de envolvidos e interligação
com outros delitos é a principal e maior fonte de renda das organizações criminosas, onde o
Estado de São Paulo faz parte da maior rota de escoamento de drogas para o continente
Europeu, através do transporte por rodovias, pelo mar (porto de Santos) e até mesmo aéreo,
inclusive, utilizando-se de pistas de pouso clandestinas. O Paraguai é o grande produtor
“maconha” e 80% da cocaína que entra no Brasil vêm da Bolívia.
Tráfico de armas – no Brasil entram muitas armas fabricadas nos EUA, porém, a maioria das
armas apreendidas é de fabricação nacional, pois ocorre o efeito “bumerangue”. As armas são
vendidas legalmente para os países de fronteira, principalmente, Bolívia e Paraguai, e
retornam de forma clandestina.

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Tráfico de pessoas (adoção ilegal, retirada de órgãos, prostituição e trabalho escravo) –
ocorre bastante no norte e nordeste do Brasil, as pessoas são ludibriadas com promessas de
empregos, carreiras de sucesso etc e, ao chegar, principalmente, no continente Europeu,
tornam-se vítimas.
Tráfico de espécies em perigo de extinção – animais silvestres são capturados na natureza e
vendidos em feiras livres dentro do país e/ou comercializados para o exterior.

Exploração de jogos (jogo do bicho e caça níqueis) – muito forte no Brasil, trata-se de
contravenções penais e, por isso, torna-se muito difícil a punição dos autores, além de grande
corrupção de agentes públicos que tornam o Estado quase inerte;
Contrabando, furto e roubos de veículos – por possuir a maior frota do Brasil, o Estado de
São Paulo possui o maior índice de furtos e roubos de veículos. Isso se deve às atividades
paralelas de desmanches, oficinas clandestinas e lojas de peças que adulteram peças, placas e
documentos veiculares. O interior dos Estados brasileiros e os países de fronteira, Paraguai e
Bolívia, receptam bastantes veículos clonados, conhecidos como “dublês”. Essas receptações
ocorrem, também, através de negociações com armas e drogas. Os criminosos também
roubam e furtam veículos, deixam em garagens ou galpões para “esfriar”, e depois utilizam
em outra modalidade criminosa como roubo a banco e/ou furto de caixa eletrônico.
Roubos e furtos de bancos (explosão caixa eletrônico) – nos roubos a banco atuam no
mínimo em 05 (cinco) indivíduos, geralmente armados com pistola, submetralhadora e fuzil,
rendem funcionários, vigias e até mesmo clientes, forçando-os a abrirem o cofre ou levá-los
aos caixas, onde subtraem os valores e fogem. Nos roubos/furtos a caixas eletrônicos atuam
no mínimo em 03 (três), geralmente armados com pistola, submetralhadora e fuzil, na maioria
das vezes utilizam explosivos, onde um dos integrantes arromba o equipamento para um outro
inserir explosivo e, logo após a explosão, entram com sacos e mochilas recolhendo o dinheiro,
saindo o mais rápido possível do local – outro modus operandi bastante utilizado é o uso do
maçarico. Nos casos expostos, os indivíduos fogem com veículos velozes que são produtos de
furto ou roubo em data anterior, além de bloquearem as principais vias com outros veículos
(ônibus, caminhão etc) para dificultar o acesso da polícia ao local.
Contrabando de arte e pedras preciosas – organizações com bastante sofisticação que
negociam com pessoas de alto poder financeiro e, geralmente, intelectual. Os criminosos,
além de roubar e furtar obras de artes, também, trocam as originais por falsas.

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Cibercrime e fraude – invadem a privacidade das vítimas e cometem todos os tipos de
crimes.
Lavagem de dinheiro – o mais comum é montar empresas lícitas de fachada, onde torna
legal o dinheiro do crime.
Pirataria no mar – não é comum no Brasil, ocorre bastante no continente Africano e
Europeu, onde saqueiam as embarcações em alto mar.

2. Crime Organizado ou Associação Criminosa


Lei 12.850 de 02 de agosto de 2013.
Art. 1º
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional.
Além de atribuir conceito para Organização Criminosa, a Lei 12.850/13 promove
mudanças nas sistemáticas de combate aos crimes organizados já existentes em nosso
ordenamento jurídico:
Alterou o art. 288 do Código Penal, retirando o título de "quadrilha ou bando", que
passa a ser denominada "associação criminosa", agora com a participação de, no mínimo, 03
(três) pessoas;
Disciplinou a ação controlada, a colaboração premiada e a infiltração de agentes no
crime organizado;
Criou tipos penais para tutelar a administração da justiça referente ao tema e
estabelece o procedimento para apurar esses delitos; e
Aumentou a pena do falso testemunho (Art. 342 CP, reclusão de 02 a 04 anos e
multa).

Características de organização criminosa:


 estrutura organizacional bem definida similar à empresa (piramidal, ou seja,
hierarquizada);
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 previsão e projeção de lucro para acumulação de riqueza;
 reinveste na prática reiterada e perene de atividades ilegais;
 lavagem de capitais (empresas lícitas de fachada);
 alto poder de corrupção e intimidação;
 demonstração de força através de ações coordenadas e uso de armamento de grosso
calibre, superior ao utilizados pelas polícias;
 uso de meios tecnológicos;
 oferta de prestações sociais;
 divisão territorial e conexões locais, regionais e internacionais;
 envolvimento de pessoas da classe média e alta (camuflagem social).

No Brasil, há vários grupos caracterizados como “Organizações Criminosas” que estão


popularizados por atuarem dentro e fora dos presídios:

 PCC (Primeiro Comando da Capital);


 TCC (Terceiro Comando da Capital);
 CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade);
 SS (Seita Satânica);
 CDL (Comissão Democrática de Liberdade);
 CV (Comando Vermelho);
 ADA (Amigos dos Amigos);
 FDN (Família do Norte); etc.

Fatores Condicionantes Do Crime E Da Criminalidade:

 Densidade populacional e grau de urbanização local, bem como o tamanho da


comunidade e de suas áreas adjacentes;
 Variação na composição do contingente populacional local, particularmente quanto à
prevalência de estratos populacionais jovens e de indivíduos do sexo masculino;

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 Estabilidade da população no que concerne a mobilidade de residentes locais da
comunidade, seus padrões diários de deslocamento e presença de população transitória
ou de não-residentes.
 Meios de transporte localmente disponíveis e sistema viário local;
 Condições econômicas, incluindo renda média, nível de pobreza e disponibilidade de
postos de trabalho;
 Aspectos culturais, educacionais, religiosos e oportunidades de lazer e entretenimento;
 Condições da matriz social nuclear, no que concerne o divórcio e coesão do grupo
familiar;
 Clima local;
 Efetividade das instituições policiais locais;
 Ênfase diferenciada das polícias locais nas funções operacionais e administrativas da
instituição;
 Políticas, métodos e processos de funcionamento das outras instituições que dão corpo
ao sistema de local de justiça criminal, incluindo o Ministério Público, Poder
Judiciário e Autoridade Prisional;
 Atitudes da cidadania em relação ao crime;
 Práticas prevalentes de notificação de delitos ocorridos às autoridades policiais.

Aula 11 e 12 - Informações Criminais; Sistema Prisional.

3. Sistema Prisional
3.1. Origem do Sistema Prisional no Brasil
Até 1830 utilizava-se no Brasil as Ordenações Filipinas para elencar os crimes e penas
que seriam aplicadas. Previa-se a pena de morte, penas corporais (como açoite, mutilação,
queimaduras), confisco de bens e multa e ainda penas como humilhação pública.
Em 1824, com a nova Constituição, o Brasil começa a reformar seu sistema punitivo:
banem-se as penas de açoite, tortura e outras penas cruéis; determina-se que as cadeias devem
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ser “seguras, limpas e bem arejadas havendo diversas casas para a separação dos réus,
conforme a circunstâncias, e natureza dos seus crimes.
Em 1830, com o Código Criminal do Império, a pena de prisão é introduzida no Brasil em
duas formas: a prisão simples e a prisão com trabalho.
Por volta de 1850 e 1852 surgem as Casas de Correção - Rio de Janeiro e São Paulo.
Análise criminal utilizada em apoio às atividades do policiamento ostensivo
Em 1890, o novo Código Penal aboliu as penas de morte, penas perpétuas, açoite e previa
quatro tipos de prisão: célula; reclusão em “fortalezas, praças de guerra ou estabelecimentos
militares”, destinada aos crimes políticos; prisão com trabalho que era “cumprida em
penitenciárias agrícolas, ou em presídios militares; e disciplinar, cumprida em
estabelecimentos especiais para menores de 21 anos. Uma inovação desse Código foi
estabelecer limite de 30 anos para as penas.
Em 1920 passa a funcionar a Penitenciária do Estado ( São Paulo ), que em sua origem era
considerada uma prisão modelo para toda a nação por “servir de modelo de disciplinamento
do preso. A Penitenciária do Estado adotou o regime progressivo de reclusão, que consistia
em quatro estágios:
(I) reclusão absoluta, diurna e noturna;
(II) isolamento noturno, com trabalho coletivo durante o dia, mas em silêncio;
(III) cumprimento em penitenciária agrícola, com trabalho extramuros; e
(IV) concessão de liberdade condicional ao sentenciado.

3.2. Evolução Histórica


Até o início de 1979, os estabelecimentos destinados ao cumprimento de penas
privativas de liberdade, no Estado de São Paulo, estavam subordinados ao Departamento dos
Institutos Penais do Estado - DIPE, órgão pertencente à Secretaria da Justiça.
Em 13/03/1979 o DIPE foi transformado em Coordenadoria dos Estabelecimentos
Penitenciários do Estado - COESPE, à época com 15 unidades prisionais, ainda sob
responsabilidade da Secretaria da Justiça.
Em 1992 os estabelecimentos prisionais passaram a ser de responsabilidade da
Secretaria de Segurança Pública.

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Em 1993 a Lei nº 8209, de 04/01/93, criou e, o Decreto nº 36.463, de 26/01/1993,
organizou a SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, a primeira no
Brasil, a tratar com exclusividade o sistema prisional.

3.3. Missão
A Secretaria da Administração Penitenciária se destina a promover a execução
administrativa das penas privativas de liberdade, das medidas de segurança detentivas e das
penas alternativas à prisão, cominadas pela justiça comum, e proporcionar as condições
necessárias de assistência e promoção ao preso, para sua reinserção social, preservando sua
dignidade como cidadão.

3.4. Regimes Prisionais


Os regimes prisionais são divididos em três categorias pelo Código Penal e pela Lei de
Execução Penal: fechado, semiaberto e aberto. O tipo de regime que a pessoa irá cumprir é
automaticamente determinado no momento que o juiz decide a sentença condenatória, pois na
sentença, estará previsto se haverá condenação da pessoa, se ela irá cumprir pena em
prisão e por quanto tempo. Segundo o Código Penal, quanto mais grave for o crime
cometido, mais rigorosa será a pena de prisão e, por consequência, o regime prisional em
que o réu ficará.

3.5. Regime Fechado


No caso de ser condenada a mais de oito anos de prisão, uma pessoa deve começar a
cumprir sua pena em regime fechado. Os detentos ficam em uma penitenciária e não podem
sair dela, pois estão em regime de contenção de liberdade. Em várias penitenciárias, o preso
tem horas diárias de trabalho e de sol.

3.6. Regime Semi-Aberto


A pessoa que tiver uma pena entre 4 e 8 anos de prisão, se não for reincidente, deve
começar a cumprir sua pena em regime semiaberto – se o réu for condenado a esse tempo de

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prisão, mas já tiver cometido algum crime (ou seja, é reincidente), ele deverá começar o
cumprimento de pena em regime fechado.
O local destinado às pessoas em regime semiaberto são as colônias agrícolas ou algum
estabelecimento similar. Na própria unidade prisional, os condenados ficam sujeitos a
trabalho comum durante o dia – a cada três dias trabalhados, é diminuído um dia da pena que
eles precisam cumprir. Eles só poderão usufruir dos “benefícios” desse regime quando
tiverem cumprido 1/6 das suas penas, mas lembrando que o preso sempre deve retornar para
dormir no local de prisão

3.7. Regime Aberto


O último dos regimes prisionais é o regime aberto, que por sua vez, é imposto a todo
réu condenado a até quatro anos de prisão – desde que não seja reincidente. Nesse regime, a
pena é cumprida em casa de albergado ou, se não houver, em algum estabelecimento
adequado. Porém, não é incomum que a pena seja cumprida da residência do próprio réu. O
regime aberto consiste na possibilidade de o condenado deixar o local durante o dia,
devendo retornar à noite.

3.8. Quantidade De Unidades


O Estado de São Paulo possui atualmente 168 Unidades Prisionais, sendo:
 85 penitenciárias,
 42 Centro de Detenção Provisória,
 15 Centro de Progressão Penitenciário,
 22 Centro de Ressocialização,
 01 Regime Disciplinar Diferenciado,
 03 Hospitais,
 15 unidades em construção.

3.9. Quantidade de presos e taxa de ocupação carcerária (atualizado até


FEV17)
 Capacidade: 138.209
 População carcerária: 230.310
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 Situação: + 66,6%

3.10. Taxa de encarceramento no Estado de São Paulo


• População do Estado de São Paulo: 45,15 milhões (IBGE 2017)
• População carcerária: 230.310
• Taxa de encarceramento: 0,51%
• Quantidade de presos por 100 mil habitantes: 511

3.11. Atuação do crime organizado no sistema prisional do Estado de


São Paulo e seus reflexos para a área de Segurança Pública.
Em virtude do crescimento da população carcerária, nos presídios paulistas, observou-
se o surgimento de diversas organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital,
Terceiro Comando da Capital, Cerol Fino, Seita Satânica, dentre outras.
Essas organizações utilizavam do discurso da luta pela melhoraria das condições das
prisões paulistas e dos direitos dos presos e familiares para ganhar novos integrantes.
Uma dessas organizações, o PCC, ganhou notoriedade em maio de 2006, com a
organização e execução de atos de violência dentro e fora das penitenciárias, deixando cerca
de 200 pessoas mortas.
Além de rebeliões simultâneas nas prisões, houve ataques a agentes de segurança
pública, bases da polícia militar, delegacias de polícia e agências bancárias.
Segundo O Ministério Público de São Paulo, hoje o PCC possui o controle em 90%
dos estabelecimentos prisionais do Estado, sendo assim, observa-se que a facção realizou uma
nova organização do espaço carcerário.
Há que se destacar os objetivos declarados e os não declarados dessa organização criminosa.
3.12. Objetivos Declarados Do PCC
 Discurso ideológico: Paz, Justiça, Liberdade e Igualdade ( PJLI)
 Fim da pressão carcerária;
 Desativação do RDD;
 Melhoria nas condições de vida de ex-presidiários.
3.13. Objetivos Não Declarados
 extorsão de presos e seus familiares;
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 assassinar rivais a fim de dominar o sistema carcerário;
 controlar o tráfico de drogas dentro e fora do presídio
 crimes fora das muralhas para manter a facção;
 resgate de lideranças;

Deve-se ressaltar que mesmo dentro de presídios de segurança máxima, a cúpula dirigente
dessa organização criminosa continua a gerir “uma rotina interminável de crimes”,
assassinatos, sequestros, tráfico de drogas e armas.
Segundo divulgado por investigação do Ministério Público, a facção movimentaria
anualmente cerca de 120 milhões de reais em negócios lícitos e ilícitos.

3.14. Informações Relevantes Para O Serviço De Inteligência


É importante que todas as informações relacionadas ao sistema prisional que possam
gerar reflexo na segurança pública sejam passadas ao serviço de inteligência, por exemplo:
 Cartas apreendidas com visitas de presos;
 Planejamento de fugas e resgates;
 Planejamento de rebelião;
 Planejamento de ações contra agentes de segurança;
 Planejamento de manifestação de visita de presos;
 Qualquer informação relacionada ao tráfico de drogas no presídio (contabilidades,
pessoas envolvidas, meios utilizados).
 Localização dos invasores no terreno.

Aula 13 e 14 - Informações Criminais; Análise Criminal Utilizada Em Apoio às Atividades Do


Policiamento Ostensivo.

4. Análise criminal utilizada em apoio às atividades do


policiamento ostensivo
A análise criminal utilizada como apoio às atividades do policiamento ostensivo é um
processo analítico e sistemático de produção de conhecimento, orientado segundo os
princípios da pertinência e da oportunidade, sendo realizado a partir do estabelecimento de
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correlações entre conjuntos de fatos delituosos ocorridos ("ocorrências policiais") e os
padrões e tendências da "história" da criminalidade de um determinado local ou região.
O policiamento ostensivo deve ser planejado, otimizando assim, os meios empregados e
potencializando resultados. A ação conjunta da Seção Operacional (P/3) e Seção de
Inteligência (P/2) resulta na análise dos dados, unindo estatística qualitativa e quantitativa
com a interpretação desses valores, podendo, então converte-los em Cartão de Prioridade de
Policiamento (CPP), Pontos de Estacionamento (PE) e definindo as Áreas de Interesse da
Segurança Pública (AISP).
A participação do policial do serviço operacional no planejamento se dá em avaliar e
indicar adequações durante sua implementação, além de poder acrescentar detalhes muitas
vezes perdidos nas transcrições das ocorrências em Boletins. O policial ao conversar com
vítimas e populares da região consegue subsidiar os setores de análise, fomentando novo viés
para o planejamento em curso. É sabido que a prática delitiva é algo complexo para
estabelecer parâmetros e sugestionar tendências, por isso somente gerar estatísticas não
propicia resultados operacionais adequados. É preciso analisar as informações estatísticas,
contextualizar e particularizar no espaço tempo em que ocorrem. Entender quais fatores estão
colaborando para tais práticas e em quais compete à Polícia intervir. Compreender que para o
criminoso há um certo raciocínio lógico por trás de suas ações. A exemplo de delitos contra o
patrimônio, saber quais os objetos estão mais vulneráveis (veículos, celular, residência, banco,
etc.), sua disponibilidade, qual a vantagem ou possível destino que esses objetos terão para o
infrator (acúmulo de capital, revenda, prática de outros delitos, etc.) e o que o torna
predisposto a ser alvo de crime (perfil da vítima).
Nesse raciocínio, podemos citar os furtos e roubos de veículos: as diferenças entre essas
duas ações devem ser compreendidas além de suas tipificações penais; um infrator que furta
veículos deverá obter conhecimento e ferramentas que possibilitem abrir e ligar veículos no
menor tempo e com o mínimo de avarias possíveis. Ele dificilmente estará armado ou
estereotipado como “ladrão”, visto que uma de suas primícias é não ser visto. Seus alvos
costumeiramente são veículos populares, pois normalmente esses carros não possuem
investimentos em segurança (travas, alarmes, etc.), além da grande procura por desmanches
para venda de peças, sendo esse o principal destino dos veículos furtados. Os locais de maior
incidência desse delito apresentam semelhanças quanto a disponibilidade de carros
estacionados na via, baixa circulação de pessoas e/ou locais onde as pessoas tendem a
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permanecer mais tempo longe do carro, como próximo a hospitais, escolas, metrô. Já no
roubo de veículos o infrator buscará meios de intimidar suas vítimas, com agressividade e/ou
armas, seu alvo seria veículos de maior valor e/ou potência, visto que seu objetivo estaria em
vender ou utilizar para praticar outros delitos. A prática desses crimes ocorre, em maior
porção, em locais onde os veículos são obrigados a reduzir ou até parar (semáforos,
cruzamentos, embarque/desembarque), bem como em locais de grande circulação, o que
potencializa suas chances de localizar um carro nos padrões esperados.
A análise criminal contribui de maneira objetiva para as atividades de investigação, prisão
de delinquentes, esclarecimento de crimes e, obviamente, prevenção criminal.

Aula 15 e 16 - Sistemas Inteligentes; Funcionalidades; Aplicação No Policiamento Ostensivo;


COPOM Online; Prodesp; Fotocrim; Infocrim. DETECTA

VI - SISTEMAS INTELIGENTES
1. Introdução

Os Sistemas Inteligentes INFOCRIM, FOTOCRIM, INFOSEG, SIOPM,

COPOM ON LINE, SIOPM, DETECTA são bancos de dados de informações


criminais para serem utilizadas nas áreas de policiamento ostensivo (ANÁLISE
CRIMINAL E PLANEJAMENTO OPERACIONAL) e serviço de inteligência
(INVESTIGAÇÃO SOCIAL E LEVANTAMENTO CRIMINAL) que,
juntamente com o PPI (Plano de Policiamento Inteligente), possibilitam que a
melhor tomada de decisão seja feita quanto ao emprego do policiamento.
Aliado aos Sistemas Inteligentes, outras ferramentas são utilizadas em
larga escala para apoio operacional.
Uma das ferramentas que vem contribuindo com grande eficácia no
combate ao crime é o Sistema Detecta.

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O Sistema DETECTA da Secretaria de Segurança Pública do Estado é um
sistema integrador de informações que realiza, com celeridade, a correlação
dessas informações para auxiliar a tomada de decisões das polícias militar, civil
e científica.
Objetivo: Auxiliar o trabalho policial em atividades operacionais e
investigativas:
 Acessando diversos bancos de dados de diferentes instituições;
 Correlacionando informações e imagens de locais, pessoas e
veículos;
 Promovendo ações policiais coordenadas.
O sistema Detecta consiste em uma Solução de Software, com interface
Web, composta por uma infraestrutura de servidores que realizam funções
inteligentes de correlacionamento de diversos tipos de eventos de interesse de
segurança pública com as informações das bases de dados integradas à solução:
Veículos, Pessoas (civil e criminal), Atendimento 190, etc.
Os dados dos eventos são encaminhados à solução por intermédio dos
seguintes tipos de equipamentos, provindos de sistemas públicos ou privados:
LAP - Leitores Automáticos de Placas de veículos, Sistemas de
Videomonitoramento e ferramentas de Vídeo Analíticos.
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2. Funcionalidades dos Sistemas Inteligentes

Dotar os Cmt de Btl e Cia de ferramentas capazes de aperfeiçoar o


Policiamento Ostensivo.
Tornar mais eficaz e racional o direcionamento do Policial no combate ao
crime.
Promover o saturamento de áreas de maior índice criminal.
Dotar os Cmt de Unidades de dados confiáveis da realidade criminal da
sua Área de Comando.

3. Aplicação no Policiamento Ostensivo

De acesso restrito, os dados contidos nos Sistemas Inteligentes são inseridos


pelos Órgãos de Segurança do Estado (FOTOCRIM, INFOCRIM, DETECTA)
ou de Órgãos de Seguranças de todos os Estados e por órgãos do Governo
Federal (INFOSEG), que são responsáveis pelas informações neles contidas.
Bastante utilizada pelos Cmt de OPM, tais bases de dados ajudam a
direcionar o Policiamento Ostensivo de acordo com a criminalidade.
Versátieis, pode-se atualizar a realidade da área de comando diariamente,
otimizando o emprego do Policial Militar.
Na Polícia Militar, as senhas para utilização dos Sistemas são fornecidas pelo
CENTRO DE INTELIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR (CIPM) e,
exclusivamente, àqueles cuja necessidade de utilização é indispensável.
A disseminação de dados contidos nessas Bases de Dados Criminais pode
acarretar sanções disciplinares, além de, em certos casos, configurar crime,
quando essa divulgação causar dano à imagem ou honra das pessoas, ou ainda,
colocar em risco a segurança da sociedade ou do Estado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Decreto Estadual nº 31. 318, de 23MAR90 - Atribuições da Corregedoria da PMESP;


Diretriz nº PM2-001/91/02 - Policiamento Velado;
Constituição Federal da República Federativa do Brasil;
Lei Complementar Estadual nº 207, de 05JAN79 - Lei Orgânica da Polícia do Estado de São
Paulo;
Lei nº 7.783/89 - Lei de Greve;
Nota de Instrução nº PM3-006/2/89, de 28JUL89- Atuação da PMESP;
Lei nº 616 - Organização Básica da PM;
Decreto Federal N° 7.845, de 14 de Novembro de 2012, regulamenta procedimentos para
credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada em qualquer grau de
sigilo;
A LEI FEDERAL N° 12.527, de 18 de Novembro de 2011, regula o acesso a informações
previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da
Constituição Federal;
DECRETO ESTADUAL Nº 58.052, de 16 de Maio de 2012, Regulamenta a Lei federal n°
12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a informações, e dá providências
correlatas, considerando que cabe ao Estado definir, em legislação própria, regras específicas
para o cumprimento das determinações previstas na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011, que regula o acesso a informações;
Lei federal nº. 8159, de 08 de janeiro de 1991, de Política Nacional de Arquivos;
Código Penal Brasileiro.

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