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REGIMENTO INTERNO

DA POLÍCIA
COMUNITÁRIA DO
ESTADO DO TOCANTINS
Edição 2022
GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS

VANDERLEI BARBOSA CASTRO

COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR

Coronel QOPM JÚLIO MANOEL DA SILVA NETO

CHEFE DO ESTADO-MAIOR

WESLEY BORGES COSTA

COMISSÃO ELABORADORA

ALESSANDRO CORREIA DA SILVA

ANA PAULA AMORIM LINO ARAÚJO

ANDRÉ ANTUNES DE CARVALHO

BRUNNO OLIVEIRA DO COUTO

CAIQUE ROMÁRIO MOURA SOUZA

DANIEL SOUZA FÉLIX LIMA

DELANE INÁCIO MARTINS

DIEGO TAVARES COSTA

FAGNER SILVA BATISTA DOS SANTOS

FERNANDO ARAÚJO PARRA

GABRIEL DE OLIVEIRA BRITO MATOS

GUILERME ANTÔNIO SOARES


GUSTAVO DA COSTA SOUZA

HENRIQUE LEITE LIRA

HYGOR DE LARA VELOSO

IGOR SANTIAGO OLIVEIRA SOUZA

JAIR PASLANDIM NETO

JESRIEL ARAÚJO TAVARES

JOÃO PAULO ALVES SILVA

JOÃO VICTOR GOMES OLIVEIRA

JOSÉ DIOGO COSTA SOUZA

KÁSSIA SINTHIA FELINTO CARMO

LÁRAZO THIAGO PEREIRA DOS SANTOS

LEONARDO DOS ANJOS DA SILVA

LUIZ MIGUEL MOREIRA BRAZ

MARCOS JOSÉ MARQUES PINHO SOUZA

MATEUS LIRA DE ABREL

MIQUÉIAS SILVA MENESES

NATHÁLIA PEREIRA BARROS

NEWBERTO CORDEIRO DE SOUSA JÚNIOR

PAULO HENRIQUE SILVA DE ARAÚJO

PHILIPE ARAÚJO VALINTIM

SÁVIO PRETO MENEZES

SERGIO SIRIANO FERREIRA

TÚLIO FERREIRA MACHADO

VICTOR HUGO DE MELO SOUTO


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS
QUADRA AE – 304, Sul, Avenida LO 5, Lote 02
Palmas – TO, Cep 77.011 -900

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Fax: (63) 3218-2790

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Polícia Militar do Estado do Tocantins (Brasil)


Regulamento Interno (2022)

1. Regulamento Interno. 2. Policia Militar


APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem o escopo de padronizar as ações administrativas e operacionais dos


órgãos de direção, apoio e execução da Polícia Comunitária. Destarte, tem o propósito de ser
uma ferramenta útil na regulamentação, direcionamento e de consulta, estabelecendo as normas
gerais de ação necessárias para o eficiente e eficaz exercício das atividades laborais no âmbito
da Policia Militar do Estado do Tocantins.
CAPITULO I

FINALIDADE

Art. 1º - A Polícia Comunitária trata-se de uma filosofia, uma estratégia organizacional que
oportuniza uma nova parceria entre a comunidade e a polícia.

Art. 2º - A Polícia Comunitária fundamenta-se na premissa de que tanto a polícia quanto a


comunidade devem trabalhar unidas para identificar, priorizar e resolver problemas
contemporâneos.

Art. 3º - Constituem objetivos do Policiamento Comunitário:

I – Promover uma cultura de paz social

II – Garantir a liberdade dos cidadãos, salvaguardando a segurança do cidadão de bem;

III – Melhorar a qualidade de vida da população

IV – Propiciar a melhoria das relações com a comunidade

V – Exteriorizar o alcance de uma nova mentalidade no exercício da atividade policial

VI – Inserir a polícia como parte integrante da comunidade

VII – Planejar e coordenar atividade, a curto, médio e longo prazo, de estratégias para
implantação do policiamento no seio da comunidade.

Art. 4º - Constituem vantagens do Policiamento Comunitário:

I – Diminuição dos índices de criminalidade de forma preventiva e educativa. A curto e a longo


prazo.

II – Possibilidade de propiciar uma aproximação dos profissionais de segurança junto à


comunidade onde atuam não só por um telefone físico ou uma instalação física referencial, mas
por meio de um amplo trabalho sistemático, planejado e detalhado.

III – Comprometimento de ambas as partes na solução de problemas e na busca da melhoria da


qualidade de vida da comunidade.
IV – Extinção da polícia “truculenta”.

CAPITULO II

ESTRUTURA ORGÂNICA

SEÇÃO I

COORDENADORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DIREITOS HUMANOS

Art. 5° - À Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, órgão de direção


subordinado ao Subchefe do Estado Maior, compete coordenar as ações referentes às atividades
de Polícia Comunitária em âmbito estadual, federal e internacional.

SEÇÃO II

SUBCOORDENADORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DIREITOS HUMANOS

Art. 6°- A subcoordenadoria é o principal auxiliar e substituto imediato do Coordenador sendo


seu intermediário na exposição de todas as ordens relativas à disciplina, à instrução e aos
serviços gerais, cuja execução cumpre-lhe fiscalizar.

SEÇÃO III

NÚCLEO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO

Art. 7° – Compete ao Núcleo de Gestão e Planejamento planejar e executar ações da gestão da


Coordenadoria com foco nos resultados, diante das diversas demandas, na tentativa de
responder as demandas existentes de forma prévia e satisfatória, dentro dos princípios da
administração pública.

SEÇÃO IV

NÚCLEO DE CONSEGS (NCONSEGS)

Art. 8° - Compete ao Núcleo de CONSEGS planejar mobilização social e executar, com foco
na constituição, monitoramento e orientação de Conselhos Comunitários de Segurança.
SEÇÃO V

NÚCLEO DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA

Art. 9° - Compete ao Núcleo de Transporte e Logística organizar e zelar pelos equipamentos e


veículos que serão utilizados em cada tipo de ação, com o objetivo de atender às demandas no
tempo pré-estabelecido.

Parágrafo único. O titular desenvolverá todo trabalho de deslocamento e logística, verificado


de forma sistemática e padronizada em relatórios circunstanciados demanda relacionadas,
ratificadas em programas ou checklist específico que fomentará um deslocamento seguro e
bem-sucedido com aplicação de todos os instrumentos e recursos necessários para realização
dos trabalhos.

SEÇÃO VI

NÚCLEO DE ENSINO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA

Art. 10° - Compete ao Núcleo de Ensino e Capacitação Técnica planejar, organizar e coordenar,
mediante determinação do Coordenador de Polícia Comunitária, com base nas diretrizes da
Superintendência de Polícia Integrada da Secretaria de Segurança Pública, instrução, curso,
palestra e eventos de ensino e aprendizagem, tanto para o efetivo da Polícia Comunitária através
de Cursos em diversas modalidades, sendo eles estaduais, nacionais ou internacionais, bem
como para o público externo.

SEÇÃO VII

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 11° - Compete ao Núcleo de Comunicação Social Planejar e executar atividades de


comunicação social, publicidade, relacionamento com a mídia, cerimonial, eventos e marketing
institucional.

SEÇÃO VIII

ASSESSORIA DE GESTÃO DE PESSOAS E DOCUMENTOS

Art. 12° - Compete à Assessoria de Gestão de Pessoas e Documentos registrar e controlar as


informações funcionais dos servidores lotados, bem como executar atividade de administração
de recursos humanos obedecida as normas legais pertinentes, com obediência às diretrizes da
Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos.

CAPITULO III

COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS

Art. 13° - À Coordenadoria de Polícia Comunitária, órgão executivo subordinado ao Chefe de


Estado Maior, compete:

I - Assessorar o Comandante Geral nos assuntos referentes ao relacionamento e interação com


a sociedade;

II - Supervisionar a execução dos Projetos e Programas Comunitários;

III - Implementar ações que visem à participação da comunidade junto aos órgãos de Segurança
Pública;

IV - Planejar, implantar e coordenar projetos, programas e atividades comunitárias;

V - Propor convênios, contratos, ajustes e demais instrumentos necessários à implantação e


manutenção de Projetos ou Programas;

VI - Elaborar o planejamento estratégico para sedimentação em todo o estado da Polícia


Comunitária;

VII - Criar uma unidade de doutrina com base nas experiências já desenvolvidas e ou existentes
no Estado e ou fora deste, através da realização de cursos, seminários e fóruns;

VIII - Promover um amplo programa de integração com os conselhos comunitários de


Segurança Pública e os demais órgãos da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública;

IX - Estimular a participação de autoridades e representantes dos poderes públicos constituídos;

X - Propor convênios e intercâmbios nacionais e internacionais com vistas à melhoria das


atividades de Polícia Comunitária;
XI - Elaborar relatórios técnicos objetivando o aprimoramento da atuação do policiamento
comunitário;

XII - Propor a Academia de Policia Militar do Tocantins programas de ensino e treinamento,


objetivando a formação e o aprimoramento do policial com foco na filosofia de Polícia
Comunitária;

XIII - Coordenar os cursos de multiplicadores e promotores de Polícia Comunitária, mantendo


atualizado um cadastro de todos os policiais possuidores dos referidos cursos;

XIV - Coordenar os eventos relacionados com a filosofia de Polícia Comunitária a serem


realizados na Polícia Militar do Estado do Tocantins;

XV - Avaliar as atividades em desenvolvimento em todo o Estado;

XVI - Estimular as iniciativas de profissionais de segurança em trabalhos de Polícia


Comunitária, sugerindo premiações e o reconhecimento institucional desses profissionais;

XVII - Exercer outras atividades que lhe forem cometidas;

XVIII - Propor programas de ensino, treinamento e seminários, objetivando a formação e o


aprimoramento dos policiais civis e militares bem como das comunidades com foco na filosofia
de Polícia Comunitária;

XIX - Coordenar os eventos relacionados com a filosofia de Polícia Comunitária a serem


realizados no âmbito da Secretaria de estado de Justiça e Segurança Pública;

XX - Compõem a Coordenadoria de Polícia Comunitária a Gerência de Projetos Comunitários


e a Gerência de Conselhos Comunitários de Segurança Pública.

Art. 14° - Compete à Gerência de Projetos Comunitários:

I - Coordenar e acompanhar projetos comunitários desenvolvidos nas áreas dos CONSEG’s em


parceria com estes;

II - Identificar as áreas prioritárias para implementação de projetos sociais que visem redução
da criminalidade;
III - Articular com os demais órgãos, instituições, entidades, visando atender aos anseios
comunitários nos assuntos afetos à coordenadoria;

IV - Propor cursos de capacitação para os membros dos CONSEG’s com vistas à elaboração de
projetos;

V - Exercer outras atividades que lhe forem cometidas.

Art. 15° - Compete à Gerência de Conselhos Comunitários de Segurança Pública:

I - Coordenar e acompanhar as atividades dos Conselhos Comunitários de Segurança;

II - Identificar as áreas prioritárias para a implantação de Conselhos Comunitários de Segurança


e articular, com a comunidade local, a sua criação;

III - Articular-se com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, visando atender
aos anseios comunitários nos assuntos afetos a esta Secretaria;

IV - Coordenar a implantação e o funcionamento dos Conselhos Comunitários e o treinamento


da comunidade, objetivando o desenvolvimento de atividades afins;

V - Exercer outras atividades que lhe forem cometidas.

CAPITULO V

DOS PROCEDIMENTOS

SEÇÃO I

BASE COMUNITÁRIA

Art. 16° - A Base Comunitária se constituirá numa base operacional, visando congregar e
atender a comunidade local, tornando-se um ícone referencial, integrando as demais atividades
praticadas pela corporação.

§1º A Base comunitária é pró-ativa e possibilita a integração do cidadão.

§2º A Base comunitária é composta por militares preferencialmente da ativa, tendo a devida
habilitação na área de Polícia Comunitária.
Art. 17° - A Base comunitária deve desenvolver as seguintes atividades:

I- Mapeamento contendo dados relativos a índices de criminalidades ocorridos em cada


quadrante das Bases instaladas;

II- Monitoramento por meios de câmeras localizadas em pontos estratégicos;

III- Reuniões periódicas com representantes de bairros;

IV- Arrecadação de verbas para a destinação de cestas básicas às famílias carentes.

Art. 18° - As Bases comunitárias devem ter espaços destinados ao repouso e utilização de
sanitários destinados aos militares que estiverem fazendo rondas.

Parágrafo unico. Os policiais militares que estiverem lotados na Base Comunitária, procederão
o atendimento normal de ocorrências.

SEÇÃO II

PATRULHAMENTO COMUNITÁRIO

Art. 19° - Que seja desenvolvida a atividade de saturação nos pontos a serem monitorados, nos
quais a presença da viatura possa ser percebida pela comunidade local;

Art. 20° - Que a atividade de saturação se desenvolva mediante estratégias diversas, que evitem
a previsibilidade da conduta policial por parte do agressor da sociedade;

Art. 21° - Que a guarnição patrulhe e monitore de forma efetiva e eficiente os locais e as pessoas
as quais estejam em Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC);

Parágrafo único. Caso haja algum fato anormal nos pontos de monitoramento, tal evento deverá
ser informado ao SIOP/COPOM, a fim de efetuar abordagem ou visita cidadã, conforme cada
situação apresentada.

Art. 22° - Que sejam obtidas informações precisas para melhor conduta quando houver
atendimento policial militar;

Art. 23° - Que haja um aumento efetivo na segurança e, consequentemente, na qualidade de


vida da comunidade, dificultando atuação do agressor nos locais da responsabilidade já
designada;
Art. 24° - Que as redes de Segurança Pública ampliem a sensação de segurança da comunidade.

SEÇÃO III

VISITA COMUNITÁRIA

Art. 25° - Realizar visitas comunitárias a fim do contato pessoal entre policial e população
previamente analisado pelo Comandante do 4ª BPM.

§ 1° As áreas para visita comunitária são devidamente triadas pelas equipes de Inteligência e
determinadas por parâmetros de maior incidência criminal. O objetivo das visitas é estreitar
laços com a comunidade e obter dados que possam inibir delitos e que contribuam para a
preservação da segurança dos moradores.

I- Que sejam extraídos dados para subsidiar ações policiais para prevenção de crimes no
quadrante de atuação escolhido;

II- Coletar dados precisos no atendimento entre policial e vítima para registrar fatos e buscar
providências;

III- Que o cidadão se sinta valorizado pelo serviço policial;

IV- Esclarecer dúvidas e reforçar ao visitado a necessidade do registro de ocorrência junto aos
órgãos de persecução criminal, e dos órgãos de defesa social.

SEÇÃO IV

VISITA SOLIDÁRIA

Art. 26° - Realizar visita, pós-ocorrência, à pessoa vítima de ação delituosa, afim de que os
envolvidos se sintam integrantes de uma mesma comunidade, trazendo empatia entre os
policiais e as vítimas.

§ 1° A seção designada pela UPM disponibilizará o relatório de ocorrências indicando aquelas


possíveis de visita solidária, no qual cada comandante de quadrante buscará as informações que
subsidie na execução das visitas.
Art. 27° - Coletar dados referentes ao atendimento no seu quadrante, em período recente,
relacionando o nome da vítima e dados característicos do atendimento relativo para a visita
solidária.

Art. 28° - Apresentar-se à vítima e informá-la do posto/graduação a qual pertence, nome e


função no quadrante.

Art. 29° - Esclarecer ao assistido a respeito do órgão de Segurança Pública onde o mesmo
poderá registrar os fatos e buscar mais providências.

Art. 30° - Extrair mais dados para subsidiar ações policiais.

Art. 31° - Informar ao visitado a respeito de suas atribuições como parceiro na promoção da
Segurança Pública, orientando-o a ter um comportamento proativo, a não ser uma vítima fácil
e a atuar como um fiscal da Segurança Pública, esclarecendo-o a respeito dos CONSEG’s e da
RCS.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32° - A polícia comunitária em sua finalidade objetiva uma parceria entre a população e a
polícia, baseada na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas
para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos, como crimes, drogas, medos e
desordem, cabendo a ela:

I. A prevenção do crime baseada na comunidade;

II. Reorientação das atividades de patrulhamento;

III. Aumento da responsabilização da polícia;

IV. Descentralização do comando; supervisão;

V. Policiamento orientado para solução de problemas

Art. 33° - Além das atribuições orgânicas e funcionais previstas neste Regulamento, caberá aos
órgãos de direção, apoio, especiais e execução, a critério do Chefe de Estado Maior, o
desempenho de outras atividades nele não estabelecidas, quando necessárias ao bom
desenvolvimento da missão da Polícia Comunitária.
Art. 34° - Os casos omissos serão solucionados por meio de atos normativos complementares,
expedidos diretamente pelo comando-geral.

Art. 35° - Este regimento entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições
em contrário.

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