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✓ Planejar ações comunitárias na área de segurança e defesa social e avaliar seus resultados;
✓ Auxiliar na implementação da filosofia da polícia comunitária, com vistas ao
desenvolvimento de ações de integração entre as instituições policiais e a comunidade, para a
solução dos problemas relacionados à prevenção e à repressão da violência e da criminalidade,
com atenção especial para a qualidade de vida da área em que os CONSEGS atuem.
✓ Fazer diagnósticos locais para compreender quais são os maiores desafios em termos de
segurança pública da área;
5 O CONSEG NO TOCANTINS
Os Conselhos Comunitários de Segurança e Defesa Social - CONSEGS foram criados por meio
do Decreto nº 3.170/2007, publicado no Diário Oficial do Estado nº 2.514, de 18 de outubro de
2007, tendo por finalidade colaborar na solução dos problemas relacionados com a segurança
da população. Posteriormente, a Secretaria da Segurança Pública publicou a Portaria nº
169/2009, de 06 de fevereiro de 2009, que veio regulamentar as instituições dos CONSEGS,
importantes instrumentos de excelência para atuação comunitária. No Tocantins, dezenas de
CONSEG foram implantados/reestruturados nos últimos anos, destacando os Conselhos de
Aliança, Ananás, Araguanã, Araguatins, Arapoema, Augustinópolis, Axixá, Carmolândia,
Colmeia, Combinado, Dianópolis, Distrito de Luzimangues, Distrito Novo Horizonte, Distrito de
Taquaruçu, Filadélfia, Formoso do Araguaia, Guaraí, Itacajá, Itaporã, Miracema, Miranorte,
Palmas Norte, Palmas Sul, Paraíso, Pedro Afonso, Peixe, Porto Nacional, Santa Fé do Araguaia,
Tocantinópolis e Xambioá.
Para que um cidadão participe como membro de um CONSEGS deve possuir os seguintes
requisitos:
6 ✓ Ter idade mínima de 18 anos; ✓ Ser voluntário; ✓ Residir, trabalhar ou estudar nas
regiões dos Conselhos Comunitários; ✓ Apartidarismo Político; ✓ Não ter antecedentes
criminais; ✓ Ter conduta ilibada, no conceito da comunidade que integra; ✓ Participar do
Curso de Agente Comunitário de Segurança; ✓ Firmar compromisso de fiel observância às
normas do Conselho; ✓ Reuniões periódicas; ✓ Desenvolver atividades preventivas; ✓
Canalizar as aspirações da comunidade; ✓ Congregar lideranças comunitárias afins; ✓ Auxiliar
no combate as CAUSAS da violência; ✓ Desenvolver e fortalecer princípios da amizade, união e
solidariedade.
Um Conselho Comunitário de Segurança poderá ser dissolvido. Porém para que isso aconteça é
necessário: ✓ Deliberação da maioria absoluta de seus integrantes. Outra maneira de
dissolução do CONSEGS poderá ser feita ex-officio, por ato fundamentado do Secretário da
Segurança Pública nos casos de: ✓ Comprovado desvio de sua finalidade (ingerência político-
partidária ou religiosa). ✓ Inatividade por mais de 03 (três) meses consecutivos, comprovada
através das respectivas atas de reuniões, conforme art. 22 da Portaria 169/2009.
O modelo de polícia comunitária segundo Neto , surge com três seguintes objetivos: primeiro
reformar a polícia militar mediante sua transformação, de organização fechada em
organização aberta à consulta e a colaboração da comunidade, ou seja, abrir as portas dos
quartéis para a população, estender o diálogo, trocando informações em uma parceria entre
polícia e cidadão, estreitando os laços. Segundo, melhorar a qualidade do serviço policial,
buscando maior efetividade e eficiência, bem como respeito pelo Estado de Direito e dos
direitos dos cidadãos. Que o cliente deste serviço policial seja realmente atendido nas suas
demandas de cidadania, sem ser ferido em seus direito. Terceiro, melhorar a segurança pública
mediante a redução da criminalidade, da desordem e da insegurança na sociedade, já que os
antigos métodos não funcionaram
A premissa central do policiamento comunitário é que o público deve exercer um papel mais
ativo e coordenado na obtenção da segurança. A polícia não consegue arcar sozinha com a
responsabilidade, e, sozinho, nem mesmo o sistema de justiça criminal pode fazer isso. Numa
expressão bastante adequada, o público deve ser visto como “co-produtor” da segurança e da
ordem, juntamente com a polícia. Desse modo, o policiamento comunitário impõe uma
responsabilidade nova para a polícia, ou seja, criar maneiras apropriadas de associar o público
ao policiamento e a manutenção da lei e da ordem.
Para CHIEF BEHAN, do Baltimore County Police Department assevera: Polícia Comunitária é
uma filosofia organizacional assentada na ideia de uma Polícia prestadora de serviços, agindo
para o bem comum para, junto da comunidade, criarem uma sociedade pacífica e ordeira. Não
é um programa e muito menos Relações Públicas.
O comando da polícia tem recentemente designado policiais sênior (com maior experiência) a
vários Koban como seus chefes. Os chefes dos Koban trabalham diariamente, não em plantões
de 24 horas, O comando da polícia introduziu o “sistema de consultoria do Koban”, no qual
policiais aposentados são “consultores do Koban”, contratados e designados para prestar esta
assessoria em postos com localização estratégica
No Chuzaisho a esposa do policial o ajuda em seu trabalho. Quando o policial está ausente em
patrulha ou tratando de algum assunto criminal ou acidente, sua esposa realiza o atendimento
da comunidade, quanto a orientação sobre endereços, elabora notificações sobre objetos
extraviados e achados, ou registra denúncias sobre crime ou acidente. Para a execução desses
serviços o Estado realiza um pagamento mensal a título de ressarcimento pelas tarefas
realizadas, isso sem prejuízo aos vencimentos do marido policial
Os policiais se mantêm em alerta constante, dia e noite, todos os dias do ano. Através da
vigilância nas ruas, patrulhas nas vizinhanças e visitas de rotina às residências, os policiais
mantêm contato direto com a comunidade. Suas ações garantem a segurança e a
tranquilidade da vida comunitária, prevenindo a ocorrência de crimes, realizando prisões,
controlando e fiscalizando o trânsito, repassando orientação aos jovens, custodiando crianças
e pessoas alcoolizadas, bem como transmitindo sugestões aos cidadãos em relação a melhoria
da segurança.
VIGILÂNCIA - A vigilância nos Koban e Chuzaisho é realizada por um policial, o qual deve
permanecer em pé, a frente do respectivo posto, podendo, quando nos atendimentos ao
público ou na execução de serviços administrativos, Enquanto mantém uma vigilância
incessante, os policiais realizam uma série de tarefas rotineiras: recebem denúncias de crimes,
registram extravios e localização de objetos, orientam os cidadãos quanto a problemas
relativos à segurança, prestam informações sobre diversos assuntos.
A partir de 1992 com a excessiva violência e corrupção das Polícias, com destaque para Nova
Iorque, o governo Bill Clinton, destinou recursos anuais da ordem de US$ 8 bilhões, voltados
ao treinamento, tecnologia e APROXIMAÇÃO DA COMUNIDADE, no programa chamado de
Policiamento Comunitário. Criou um organismo denominado COPS – Community Oriented
Police Services, vinculado ao Departamento de Justiça, com a missão de reformular as polícias
estaduais e municipais, introduzindo programas comunitários, motivando a participação do
cidadão e estimulando a valorização do serviço policial.
Foram criadas também inúmeras Organizações Não Governamentais – ONGs, que têm por
objetivo, além de coordenar os gastos dos recursos com a polícia, com a participação da
comunidade, estudos para o aprimoramento da filosofia de Polícia Comunitária em todo o
Estado Americano. Todas as iniciativas em Polícia Comunitária são analisadas e difundidas em
todo o País, e as melhores ganham prêmios e são citadas no Congresso Americano. Algumas
ONGs que se destacam neste trabalho são: Instituto Vera, sediado em New York, o PERF –
Police Executive Research Fórum, sediado em Washington-DC e o Community Police
Consortium, associado ao PERF e também sediado em Washington.
TOLERÂNCIA ZERO – programa desenvolvido dentro do critério de que qualquer delito (de
menor ou maior potencial ofensivo) deve ser coibido com o rigor da lei”. Não apenas os
delitos, mas as infrações de trânsito e atos antissociais como embriaguez, pichações,
comportamentos de moradores de rua, etc. O programa exige a participação integrada de
todos os órgãos públicos locais, fiscalizados pela comunidade. Não é uma ação apenas da
polícia. A cidade que implementou este programa com destaque foi Nova Iorque que, devido o
excepcional gerenciamento reduziu quase 70% a criminalidade na cidade.
ATIVIDADE DOS POLICIAIS: O policial se orgulha de não usar a violência. Ele sabe receber e
distribuir sorrisos. A participação é a palavra chave na relação polícia-cidadão. O policial se
aproxima sem ser chamado procurando ser útil e orientando as pessoas. Os policiais procuram
atrair os jovens sabendo que eles gostam de música e dança, a polícia criou um conjunto
musical, com policiais veteranos, denominado “Trovão Azul” (azul é a cor da farda) que
percorre o país com mensagens contra drogas. São realizadas competições de VOLLEY entre
estudantes e policiais e estimulada a troca do vício pelo esporte. Essa aproximação fez com
que: ▪ Os estudantes solicitassem muito mais os policiais; ▪ Os policiais fossem levados a sério
pelos jovens; e ▪ Os estudantes acreditassem que os policiais podem ajudá-los. Os policiais são
treinados constantemente, aprendem a respeitar as leis escritas e não escritas. Na instrução
são utilizadas situações reais como, por exemplo, casos de violência familiar.
Ele também desafia todo o pessoal a encontrar meios de expressar esta nova filosofia nos seus
trabalhos, compensando assim a necessidade de manter uma resposta rápida, imediata e
efetiva aos crimes individuais e as emergências, com o objetivo de explorar novas iniciativas
preventivas, visando a resolução de problemas antes de que eles ocorram ou se tornem
graves. A ideia central por trás do policiamento comunitário [...] é a de que o trabalho
conjunto e efetivo entre a polícia e a comunidade pode ter um papel importante na redução
do crime e na promoção da segurança.
- Visita Solidária;
- Reuniões Comunitárias (participação comunitária);
- Mobilização Comunitária;
- Campanhas Comunitárias;