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Autor:
Matheus Signori (Equipe Leandro
Signori), Leandro Signori
13 de Novembro de 2021
Matheus Signori (Equipe Leandro Signori), Leandro Signori
Aula 01
Sumário
Lista de Questões.......................................................................................................................................... 41
Gabarito .......................................................................................................................................................... 52
Resumo ........................................................................................................................................................... 53
É comum ver o uso dos termos “tempo” e “clima” para designar um mesmo estado atmosférico. Tempo e
clima são elementos que se complementam na descrição do ambiente atmosférico. Esses conceitos, porém,
referem-se a condições diferentes do ambiente, e usá-los como sinônimos é um equívoco.
Quando afirmamos “hoje o dia está quente e úmido”, estamos nos referindo ao tempo, ao comportamento
dos elementos da atmosfera nesse instante. Em contrapartida, se ouvimos alguém nos dizer que no noroeste
da Amazônia “é quente e úmido o ano inteiro”, a pessoa está se referindo ao clima da região.
Clima Tempo
2 - Elementos do clima
Os elementos climáticos são aspectos que variam no tempo e no espaço e que são fundamentais para a
definição de um clima, ou seja, são as características de cada clima. Dentre estes elementos, destacam-se a
temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
A umidade é a quantidade de vapor de água presente na troposfera, responsável pela definição dos padrões
pluviométricos (quantidade de chuvas que cai num local durante um período determinado). Sua influência
climática é muito significativa, pois a umidade também funciona como regulador da temperatura
atmosférica, afetando as condições térmicas locais.
A pressão atmosférica corresponde à pressão exercida pela atmosfera na superfície terrestre. Ela varia
conforme a latitude e a altitude.
Quando o ar, a água ou qualquer outro fluido são aquecidos sua pressão diminui, de acordo com as leis da
termodinâmica. Dessa forma, quanto maior a temperatura do ar, menor a pressão, e vice-versa.
As diferenças de pressão no ar é que geram o seu movimento, os ventos. Se não houvesse diferenças de
pressão na Terra, o ar não se moveria. Observe na figura:
Os fatores climáticos são aspectos que determinam ou exercem influência sobre os elementos climáticos.
São eles que justificam as características dos tipos de clima. Os fatores climáticos são os seguintes: latitude,
altitude, continentalidade, maritimidade, relevo, massas de ar, correntes marítimas e ser humano.
Latitude
De forma geral, quanto maior a latitude - ou seja, quanto mais nos afastamos da linha do Equador em direção
aos polos, menores são as temperaturas médias anuais. Por ser esférica, a superfície terrestre é iluminada
de diferentes formas pelos raios solares, porque eles a atingem com inclinações distintas. Nos locais
próximos ao Equador, a inclinação é menos acentuada e os raios incidem sobre uma área menor, portanto,
com maior intensidade. Em contrapartida, conforme aumenta a latitude, mais acentuada se torna a
inclinação com que os raios incidem, abrangendo uma área maior, com menos intensidade. Essa diferença
na intensidade de luz incidente sobre a superfície faz com que a temperatura média tenha a tendência de
ser maior quanto mais próximo ao Equador e menor quanto mais próximo aos polos.
Note que, à medida que aumenta a latitude, diminuem as temperaturas médias e aumenta a amplitude
térmica anual, que é a diferença entre a maior temperatura média mensal ao longo do ano e a menor.
Altitude
Quanto maior a altitude, menor a temperatura média do ar. No alto de uma montanha, a temperatura é
menor do que a registrada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. No topo de um edifício
muito alto, a temperatura também é menor que em sua base. Isso porque, quanto maior a altitude, menor
a pressão atmosférica, o que torna o ar mais rarefeito, ou seja, há uma menor concentração de gases,
umidade e materiais particulados. Como há menor densidade de gases e partículas de vapor de água e
poeira, diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em consequência, a
temperatura é menor. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é
menor. Em média, a temperatura diminui cerca de 0,65°C a cada 100 metros de altitude. Observe a ilustração
a seguir:
Continentalidade e Maritimidade
A maior ou menor proximidade de grandes corpos de água, como oceanos e mares, exerce forte influência
não só sobre a umidade relativa do ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência
da continentalidade (localização no interior do continente, distante do litoral), a amplitude térmica diária,
ou seja, a diferença entre as temperaturas máxima e mínima registradas durante um dia, é maior do que em
áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque a água
retém calor por mais tempo, demora mais para irradiar a energia absorvida. Os continentes, por sua vez,
esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Em consequência, os oceanos
demoram mais para se aquecer e para se resfriar do que os continentes.
Relevo
Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo exerce influência na temperatura e na
umidade ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar.
O Planalto da Borborema, no Nordeste, por exemplo, atua como uma grande barreira que impede que as
massas de ar úmidas, vindas do oceano, penetrem no interior nordestino, no Sertão. Esse é um dos principais
fatores que explica o seu clima semiárido, com poucas chuvas.
Já a disposição longitudinal das serras no centro-sul do país (Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, entre
outras) forma um “corredor” que facilita a circulação da Massa Polar Atlântica e dificulta a circulação da
Massa Tropical Atlântica, vinda do oceano. Não por acaso, a vertente da serra do Mar voltada para o
Atlântico, em São Paulo, apresenta um dos mais elevados índices pluviométricos do Brasil.
Massas de ar
As massas de ar são grandes porções da atmosfera que possuem características comuns de temperatura,
umidade e pressão atmosférica e podem se estender por milhares de quilômetros.
Formam-se quando o ar permanece estável por um tempo sobre uma superfície homogênea (o oceano, as
calotas polares ou uma floresta) e se deslocam por diferença de pressão, levando consigo as condições de
temperatura e umidade da região em que se originaram.
À medida que se deslocam, vão se transformando pela interação com outras massas, com as quais trocam
calor e/ou umidade. De maneira geral, podemos distinguir as massas de ar da seguinte forma:
Continentais: são massas de ar secas, embora haja também continentais úmidas, como as que se formam
sobre grandes florestas.
Cinco massas de ar influenciam a dinâmica dos climas brasileiros. Vejamos cada uma delas:
A massa tropical atlântica (mTa) ou massa tropical marítima atua no litoral desde o nordeste até o sul do
país. Originária do sul do Oceano Atlântico, é quente e úmida e forma os ventos alísios de sudeste. Atua
quase o ano todo e, na região Sudeste, contribui para a formação de chuvas orográficas (ou chuvas de relevo)
ao encontrar-se com a Serra do Mar durante o verão.
A massa equatorial atlântica (mEa) atua no litoral norte e nordeste do país, principalmente na primavera e
no verão. É quente e úmida, mas, quando chega ao interior, geralmente já está seca. Origina-se no Atlântico
norte e forma os ventos alísios de nordeste. Ao encontrar-se com a massa polar atlântica (mPa), provoca
chuvas de frentes ou frontais, com alta intensidade.
A massa equatorial continental (mEc) influencia todo o território brasileiro, deslocando calor e umidade e
provocando instabilidade. Vinda do oeste da Amazônia, onde provoca chuvas diárias no verão e no outono,
pode atingir outras regiões brasileiras, causando chuvas convectivas no verão. Estende-se para o sul no
verão, e, no inverno, se retrai.
A massa tropical continental (mTc) atua nas áreas do interior das regiões Sudeste e Sul e na Região Centro-
Oeste. Originária da Planície do Chaco, essa massa é o resultado do grande aquecimento no verão,
ocasionando períodos quentes e secos (suas principais características).
A massa polar atlântica (mPa) exerce influência em todas as regiões brasileiras. Por originar-se em altas
latitudes, no sul do Atlântico, é fria e úmida, tendo forte atuação no inverno e atuando muito pouco durante
o verão. Ao encontrar-se com a massa de ar quente, forma-se a frente fria. O ar quente menos denso sobe
e o ar frio se desloca na superfície, provocando trovoadas e chuvas frontais muito intensas em todo o litoral,
até a Região Nordeste. É responsável pela queda acentuada de temperatura e por ocasionar geadas no
Sudeste, neve na Região Sul e o fenômeno da friagem (queda brusca da temperatura ocasionada pela
atuação de massa de ar de origem polar) na Região Norte e Planície do Pantanal.
Existem diferentes tipos de chuva. A chuva frontal, comum durante o verão brasileiro,
resulta do encontro de duas massas de ar, uma quente e outra fria.
A chuva orográfica (ou de relevo) ocorre quando as nuvens encontram obstáculos, como
serras ou montanhas, e se elevam para ultrapassá-los. Essa elevação ocasiona resfriamento
e provoca condensação e precipitação.
Os ventos alísios são correntes de ar que sopram constantemente dos trópicos (região de
alta pressão – alta subtropical) para o Equador (baixa pressão). Em razão do movimento de
rotação da Terra, os ventos, que se deslocam em linha reta, sofrem um desvio aparente na
sua trajetória, chamado efeito Coriolis. Os ventos alísios se desviam do nordeste para o
sudoeste, no hemisfério norte, e do sudeste para o noroeste, no hemisfério sul. São ventos
úmidos que provocam chuvas nas imediações do Equador.
Posição média da Zona de Convergência Intertropical nos meses de julho (vermelho) e janeiro (azul).
Correntes marítimas
Semelhantes às massas de ar, as correntes marítimas são grandes porções de água que se movem pelas
grandes extensões dos oceanos, que possuem características comuns de temperatura, umidade e pressão.
São geradas pelo aquecimento desigual das águas provocado pela radiação solar e pelas massas de ar.
Portanto, são influenciadas pelas características de suas regiões de origem, afetando as médias térmicas e
pluviométricas das regiões por onde passam.
Pelo fato de possuir grande parte do seu território em áreas tropicais, no litoral brasileiro, as correntes
marítimas do território brasileiro costumam ser quentes. Veja na figura abaixo:
Quatro correntes marítimas, três quentes e uma fria, atuam no clima do Brasil.
A corrente das Guianas, quente e úmida, traz calor e umidade para o Norte e Nordeste brasileiro.
A corrente do Brasil é a mais importante de nosso litoral, traz umidade e calor. É apontada por pesquisadores
como um dos sustentáculos da extensa e densa formação vegetal da Mata Atlântica que se desenvolveu ao
longo do litoral.
A corrente Sul-Equatorial corre de leste para oeste, próxima do Equador, entre 3º Norte e 10º Sul. Ela se
bifurca próxima do litoral brasileiro e forma a Corrente das Guianas e a Corrente do Brasil.
A única corrente fria, a corrente das Malvinas (ou Falklands) tem a sua atuação limitada à região Sul e a uma
porção mais meridional da região Sudeste. Essa corrente provoca o movimento de ressurgência das águas,
favorecendo a pesca do litoral sul.
Ser humano
Por fim, temos a ação do ser humano como um fator climático, que tem causado alterações no clima. Você
certamente já ouviu os termos "aquecimento global" e "mudanças climáticas". Estes, estão relacionados à
ação humana. Apesar de existirem céticos, a grande maioria da comunidade científica já tem como consenso
que o ser humano está influenciando no clima da Terra, sobretudo através de grandes emissões de gases
que intensificam o efeito estufa na atmosfera, como o CO2.
A ilha de calor é uma das mais evidentes demonstrações da ação humana como fator de mudança climática.
O fenômeno resulta da elevação das temperaturas médias nas áreas urbanizadas das grandes cidades, em
comparação com áreas vizinhas.
A diferença de temperatura entre o centro da cidade e as áreas periféricas pode chegar até 7 ºC. A expansão
da mancha urbana de São Paulo, por exemplo, provocou um aumento de 1,3 ºC na temperatura média anual
entre 1920 e 2005, que subiu de 17,7 ºC para 19 ºC. Isso ocorre por causa das diferenças de irradiação de
calor entre as áreas impermeabilizadas e as áreas verdes.
A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, viadutos, ruas e calçadas
pavimentadas faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera, em comparação com
as zonas rurais, onde, em geral, é maior a cobertura vegetal.
Além disso, nas zonas centrais das grandes cidades é muito maior a concentração de gases e materiais
particulados lançados por veículos automotores. Esses materiais são responsáveis por um efeito estufa
localizado, que colabora para aumentar a retenção de calor.
A isso se soma o calor liberado pelos motores dos veículos, o que acentua o fenômeno da ilha de calor. Nas
grandes metrópoles os veículos atingem milhões de unidades; por exemplo, na cidade de São Paulo, em
2012, havia cerca de 6 milhões de veículos automotores em circulação.
Deve-se salientar, no entanto, que uma cidade pode ter diversos picos de temperatura espalhados pela
mancha urbana, caracterizando várias ilhas de calor. Uma região densamente edificada e industrializada
apresenta picos de temperatura mais elevados do que bairros residenciais com grandes áreas verdes.
A formação de ilhas de calor facilita a ascensão do ar, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com
que os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para essa área central, trazendo, muitas vezes, maiores
quantidades de poluentes. Sobre a zona central da mancha urbana forma-se uma “cúpula” de ar
pesadamente poluído.
No caso das grandes metrópoles, com elevados índices de poluição, os ventos que sopram de zonas
industriais periféricas rumo às zonas centrais concentram ainda maiores quantidades de poluentes. Nessas
cidades, do alto dos prédios ou quando se está chegando por uma estrada, pode-se ver nitidamente uma
“cúpula” acinzentada recobrindo-as.
A Praça da Sé está localizada no centro histórico de São Paulo, uma área densamente urbanizada; ao norte
e ao sul desse município encontramos áreas de preservação ambiental com domínio de floresta, devido à
presença das serras da Cantareira e do Mar, respectivamente.
Além das ilhas de calor, há o fenômeno das chuvas ácidas, uma significativa alteração humana no clima.
Mesmo em ambiente não poluído, as chuvas são sempre ligeiramente ácidas. A combinação de gás carbônico
e água presentes na atmosfera produz ácido carbônico, que dá às chuvas uma pequena acidez. O fenômeno
das chuvas ácidas de origem antrópica causa, porém, graves problemas por resultar da elevação anormal
dos níveis de acidez da atmosfera, em consequência do lançamento de poluentes produzidos sobretudo por
atividades urbano-industriais. Trata-se de mais um fenômeno atmosférico causado, em escala local e
regional, pela emissão de poluentes das indústrias, dos meios de transporte e de outras fontes de
combustão.
Outro impacto causado pelas chuvas ácidas, que é tanto mais grave quanto mais próximo das fontes
poluidoras, é a destruição da cobertura vegetal. No Brasil, esse fenômeno ocorre de forma significativa na
região metropolitana de São Paulo, nas cidades mineiras onde se produz aço e no Rio Grande do Sul, próximo
às termelétricas movidas a carvão, cuja poluição atinge até o Uruguai.
O caso mais grave, porém, aconteceu nas décadas de 1980 e 1990 em Cubatão, município da Região
Metropolitana da Baixada Santista (SP). Em alguns pontos da escarpa da serra do Mar, nas proximidades das
principais fontes poluidoras, parte da vegetação de pequeno e médio porte desapareceu. As árvores
resistiram à poluição, mas, com a morte dos vegetais de pequeno porte, o solo ficou exposto, o que
favoreceu a ocorrência de escorregamentos e agravou o desmatamento das encostas. Nos últimos anos,
porém, a diminuição da emissão de poluentes pelas indústrias do polo petroquímico e siderúrgico de
Cubatão permitiu a reconstituição da vegetação nas encostas afetadas pelo processo.
El Niño e La Niña
O El Niño e a La Niña não são classificados especificamente como fatores do clima, pois não estão sempre
presentes (são cíclicos, temporais), mas são fenômenos climáticos que influenciam bastante o clima
brasileiro quando presentes.
O El Niño é um fenômeno oceânico que ocorre em escala planetária por períodos de aproximadamente dois
a sete anos. Na maior parte das vezes, o El Niño tem início próximo à data do Natal e por isso recebe esse
nome, em alusão ao nascimento de Jesus.
O El Niño é o aquecimento das águas superficiais nas porções equatoriais e leste do oceano Pacífico, nas
proximidades da América do Sul, em cerca de 3°C a 7°C acima de média. O aquecimento das águas influencia
toda a dinâmica de ventos e massas de ar, trazendo consequências para os climas brasileiros. No Nordeste,
o El Niño acaba por intensificar as secas, enquanto na região Sul, o El Niño traz chuvas e aumenta as
temperaturas.
A razão de ocorrência desse fenômeno ainda é estudada. As pesquisas em andamento não chegaram a uma
explicação conclusiva.
A La Niña provoca o resfriamento das águas superficiais do Pacífico na costa peruana. Seus efeitos são
opostos aos do El Niño, porém com menos intensidade.
Duas são as principais classificações para o clima brasileiro. A classificação de Strahler é a mais utilizada,
baseia-se nos elementos e nos fatores climáticos, em especial, na dinâmica das massas de ar. Essa
classificação, geralmente, é a mais cobrada em provas de concursos públicos.
Há também a classificação de Köppen-Geiger, que é a mais utilizada para classificar os climas ao longo da
Terra, pois traz uma metodologia de fácil aplicação, que analisa as médias de temperatura e precipitação.
Contudo, nas questões de provas de concurso, costuma ser bem menos cobrada. Vamos estudá-las!
Para Strahler, o Brasil possui seis tipos climáticos diferentes. Veja no mapa abaixo:
O Clima Equatorial ou Equatorial Úmido ou Tropical Equatorial abrange a maior parte da Amazônia.
Apresenta temperaturas elevadas e chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano todo. As chuvas
convectivas – ocasionadas pelo encontro dos alísios do norte e do sul e por ascensão e resfriamento do ar
úmido – são comuns na região.
As médias térmicas mensais variam de 24°C a 28°C, ocorrendo apenas um leve resfriamento no inverno
(julho) ou quando a frente fria atinge o sul e o sudeste da região. O índice pluviométrico ultrapassa 2.500mm
anuais e a amplitude térmica anual é baixa (inferior a 3 °C).
A principal massa de ar que atua na região é a equatorial continental, mas em regiões litorâneas tem-se a
presença da equatorial atlântica. São duas massas de ar úmidas. A primeira se forma na floresta Amazônica
e a segunda no oceano.
Como já dissemos, a área de convergência dos ventos alísios provenientes dos hemisférios norte e sul se
situa próxima ao Equador, trata-se da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). A ascensão do ar e da
umidade nessa área forma um anel de nuvens que circula no Equador. Cabe lembrar, novamente, que a ZCIT
possui um deslocamento ao longo do ano, com enorme influência na distribuição das chuvas no Norte e
Nordeste brasileiro. Em determinadas épocas, a ZCIT atinge posições mais ao sul do Equador, causando
precipitações na região Nordeste, principalmente no norte dessa região.
Clima Tropical
O Clima Tropical ou Tropical Subúmido predomina na maior parte do país, em grande parte das regiões
Centro-Oeste (Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste
(Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará) e no Estado do Tocantins. Caracterizado por temperaturas altas (média
anual por volta de 20 °C), o clima tropical apresenta uma estação seca no inverno e outra bem chuvosa no
verão.
As massas de ar que provocam as chuvas no verão são a equatorial continental e a tropical atlântica. Esta
última chega a atingir parte do Sertão nordestino. No inverno, a massa polar atlântica provoca queda de
temperatura no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Climograma - Tropical
O Clima Tropical Semiárido ou Semiárido predomina em grande parte do Nordeste brasileiro (no Sertão) e
no norte de Minas Gerais. Pouca quantidade de chuvas (média anual inferior a 1.000 mm), concentradas
num período de três meses e temperaturas altas (média térmica anual de 28 °C) são as principais
características do clima semiárido.
A influência de massa de ar secas no Sertão nordestino ajuda a explicar a baixa pluviosidade e os períodos
de estiagem nessa área. Vejamos alguns fatores que impedem ou dificultam a entrada regular e a atuação
das massas de ar úmidas no sertão:
• As principais massas de ar que atuam no Nordeste são a equatorial continental e a tropical atlântica.
A massa equatorial atlântica e a polar atlântica também podem chegar até essa região. Em geral, todas elas,
quando chegam ao Sertão nordestino, já estão secas, tendo percorrido longas distâncias e precipitado sua
umidade em topografia acidentada (como o Planalto da Borborema) antes de atingi-lo.
• A diferença de temperatura entre as águas superficiais do Atlântico Sul (mais frias) e as do Atlântico
norte (mais quentes), fenômeno conhecido como dipolo negativo, e o deslocamento da ZCIT para o
hemisfério norte, em épocas previstas para permanência no hemisfério sul, favorecem a ocorrência de anos
secos no Nordeste.
O Clima Litorâneo Úmido ou Tropical Úmido se estende pela faixa litorânea do Nordeste ao Sudeste, com
grande influência da massa tropical atlântica. Apresentando elevadas médias térmicas (quente) e alta
pluviosidade, o clima litorâneo úmido está sujeito à umidade da massa Tropical Atlântica (mTa). O encontro
dessa massa de ar com o relevo acidentado (Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Chapada da Borborema
etc.) provoca chuvas de relevo. As chuvas são mais frequentes no inverno. No outono e no inverno, o
encontro da massa polar atlântica com a massa tropical atlântica provoca chuvas frontais.
O Clima Tropical de Altitude abrange as terras altas do Sudeste, nas regiões serranas do Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Caracteriza-se por invernos mais rigorosos, sob a influência da massa
polar atlântica. Com temperatura variando entre 15°C e 21°C, apresenta verões brandos.
O Clima Subtropical ou Subtropical Úmido ocorre em toda a Região Sul e na porção meridional dos Estados
de São Paulo e Mato Grosso do Sul. É o único clima brasileiro que registra queda sensível das temperaturas
durante o inverno, com ocorrência de geadas e, por vezes, neve nas áreas mais altas. O seu verão é muito
quente, e por isso apresenta as maiores amplitudes térmicas do país. As chuvas são regulares ao longo do
ano e as estações são mais definidas.
Embora esteja sujeito à massa tropical atlântica, a influência da massa polar atlântica torna os invernos mais
rigorosos do que no restante do país.
A classificação de Köppen-Geiger usa três letras para classificar o clima, cada uma com um significado. Sua
classificação possui muitas semelhanças com à de Strahler. Contudo, apresenta três climas diferentes. Veja
no mapa abaixo:
Clima Am - Clima tropical de monção. Muito semelhante ao tropical, sua diferença é o fato de apresentar
menos chuvas durante o inverno, sendo estas concentradas no verão, que apresenta alta pluviosidade.
Clima Aw - Clima tropical de savana. Corresponde ao clima tropical na classificação Strahler, mudando
apenas o nome. Contudo, também abrange uma porção do estado de Roraima.
Clima Bsh - Clima semiárido quente. Corresponde ao clima tropical semiárido da classificação de Strahler.
Clima Cwb - Clima subtropical de altitude. Corresponde ao tropical de altitude na classificação de Strahler.
Clima Cfa - Clima subtropical úmido, corresponde ao clima de mesma nomenclatura na classificação de
Strahler.
Clima Cwa - Também denomina-se clima subtropical úmido. Muito semelhante ao clima Cwb (subtropical de
altitude), é o clima de transição entre este e as áreas do seu entorno. Sua principal característica é o inverno
seco e verão quente.
Clima Cfb - Clima oceânico temperado. Parecido com o clima subtropical úmido (Cfa), porém, este clima
ocorre em áreas de maior altitude, o que torna suas temperaturas médias menores.
QUESTÕES COMENTADAS
Questões IBGE
O trecho da reportagem apresentado faz referência à chuva frontal. Assinale a opção que apresenta as
massas de ar que atuam no território brasileiro e que, ao se encontrarem, dão origem à chuva frontal.
COMENTÁRIOS:
Chuvas frontais são causadas pelo encontro de uma massa de ar quente com uma fria. Em São Paulo, a
principal massa de ar que atua no clima é a mTa, a massa tropical atlântica, uma massa de ar quente e úmida.
No inverno, também recebe bastante influência da massa polar atlântica, a mPa, uma massa de ar fria e
úmida. O encontro dessas duas massas de ar causa as chuvas frontais.
Gabarito: D
A) semiárido.
B) equatorial.
C) tropical úmido.
D) subtropical.
E) tropical.
COMENTÁRIOS:
==3e293==
- Durante a maior parte do ano, redução dos totais pluviométricos mensais. Ou seja, durante a maior parte
do ano, apresenta baixa precipitação, pouca quantidade de chuvas.
- Durante a maior parte do ano, apresenta temperaturas médias elevadas. É quente durante a maior parte
do ano.
- Baixa variação sazonal de temperatura média, com queda pouco expressiva da temperatura no inverno.
A conjugação dessas três características: seco e quente na maior parte do ano e baixa variação térmica anual
nos aponta para o clima tropical semiárido, ou somente semiárido.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
A Zona de Convergência do Atlântico Sul é definida como uma persistente banda de nebulosidade e
precipitação com orientação noroeste-sudeste, que se estende desde o sul e leste da Amazônia até o
sudoeste do Oceano Atlântico Sul (Kodama 1992, 1993; Satyamurti et al, 1998; Liebmann et al, 2001;
Carvalho et al, 2002a, 2004);
É o principal sistema de grande escala responsável pelo regime de chuvas sobre as regiões Sul e Sudeste do
Brasil durante os meses de primavera e verão.
Gabarito: D
Na Figura, identifica-se que o domínio de clima tropical típico, com verões chuvosos e invernos secos, é
reconhecido pelas letras
A) Cfb
B) Af
C) Cfa
D) As
E) Aw
COMENTÁRIOS:
O mapa apresenta vários tipos climáticos do Brasil, cada um representado com uma sigla. São siglas utilizadas
na classificação climática de Köppen-Geiger, para se referir à um tipo climático específico.
O clima tropical é representado pelas letras Aw. Esse clima predomina na maior parte do país, em grande
parte das regiões Centro-Oeste (Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul), Sudeste (São Paulo e Minas
Gerais) e Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará) e no Estado do Tocantins. Caracterizado por
temperaturas altas (média anual por volta de 20 °C), o clima tropical apresenta uma estação seca no inverno
e outra bem chuvosa no verão.
Gabarito: E
a) temperado continental
b) equatorial
c) tropical de altitude
d) subtropical
e) tropical semiárido
COMENTÁRIOS:
Setentrional é uma qualificação que abrange tudo o que se refere a norte ou boreal. Por sua vez, meridional
é uma qualificação que abrange tudo o que se refere a sul ou austral. O tipo climático que predomina no
norte do Brasil é o Equatorial. O climograma confirma isto, pois, nele podemos observar a existência de
elevada precipitação pluviométrica anual, com chuvas regulares e distribuídas ao longo dos meses do ano.
O que são características do clima equatorial.
Gabarito: B
oC e pequena amplitude térmica anual, em torno de 3 oC. Nesse tipo de clima, as chuvas são abundantes e
bem distribuídas ao longo do ano, favorecidas diretamente pela convergência dos ventos alísios e pela
dinâmica de uma massa de ar continental.
a) equatorial
b) subtropical
c) semiárido
d) tropical de altitude
COMENTÁRIOS:
O clima Equatorial ou Equatorial Úmido abrange a maior parte da Amazônia. É caracterizado por altas
temperaturas e chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano todo. As chuvas convectivas –
ocasionadas pelo encontro dos alísios do norte e do sul e por ascensão e resfriamento do ar úmido – são
comuns na região.
A principal massa de ar que atua na região é a equatorial continental, mas em regiões litorâneas tem-se a
presença da equatorial atlântica. São duas massas de ar úmidas.
Gabarito: A
Após a análise dos climogramas a seguir, pode-se inferir que as figuras 1 e 2 tratam dos seguintes climas,
Respectivamente
A) subtropical, equatorial.
B) semiárido, equatorial.
C) semiárido, tropical.
D) tropical-úmido, tropical.
E) tropical-úmido, subtropical.
COMENTÁRIOS:
Os climogramas retratados na questão expressam um clima subtropical, com chuvas bem distribuídas
durante o ano, e com elevada amplitude térmica, e um clima equatorial, com grande índice pluviométrico e
com menor amplitude térmica.
Gabarito: A
D) Em apenas 8% do território brasileiro, ao sul do Trópico de Capricórnio, ocorre o clima subtropical, que
apresenta maior variação térmica.
E) As massas de ar equatoriais e tropicais no Brasil têm sua ação acentuada no inverno, pelo avanço das
massas polares.
COMENTÁRIOS:
b) Certa. O Brasil apresenta grandes extensões de terras nos sentidos norte-sul e leste-oeste. A distância em
linha reta entre estes pontos é de 4.320 km (N-S) e 4.328 km (L-O) respectivamente.
c) Certa. O litoral brasileiro sofre influência das massas de a tropical atlântica, que atua desde o litoral norte
até o litoral sul do país; da massa equatorial atlântica que atua no litoral norte e nordeste e a massa polar
atlântica que atua em toda a costa do Atlântico Leste.
e) Errada. Ao encontrar-se com as massas polares, as massas de ar equatoriais e tropicais têm as suas ações
amenizadas.
Gabarito: E
( ) O clima talvez seja o mais importante componente do ambiente natural. Ele afeta os processos
geomorfológicos, os da formação dos solos e o crescimento e desenvolvimento das plantas.
( ) A influência do tempo e do clima sobre o homem e suas atividades pode ser apenas benéfica.
( ) As principais bases da vida para a humanidade, principalmente o ar, a água, o alimento e o abrigo, estão
na dependência do clima.
A) C, I, C
B) I, I, C
C) C, I, I
D) C, C, I
E) I, C, I
COMENTÁRIOS:
O clima afeta os processos geomorfológicos (a formação do relevo), a formação dos solos, a quantidade e a
distribuição da água no mundo, o desenvolvimento das plantas e as condições de vida do ser humano.
A influência do tempo e do clima sobre o homem poder benéfica ou não. Exemplos são as secas que trazem
consequências desastrosas para o ser humano, mais ou menos, conforme a sua intensidade ou duração.
O clima influência diretamente na formação da vegetação, que está na dependência do clima. Como também
estão o ar, a água, o alimento e o abrigo, principais bases da vida para a humanidade.
Gabarito: A (C, I, C)
10. (NCE RJ/IBGE/2005 – Agente de Pesquisa e Mapeamento) As temperaturas elevadas durante todo
o ano, as chuvas abundantes e a vegetação de floresta são condições naturais da Amazônia brasileira.
Essas condições decorrem da sua localização na faixa de clima:
(B) temperado;
(C) equatorial;
(D) subtropical;
COMENTÁRIOS:
A floresta Amazônica localiza-se na faixa de clima equatorial, caracterizado por altas temperaturas e chuvas
abundantes e bem distribuídas durante o ano todo.
Gabarito: C
11. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2017 - CFS) Vários fatores interferem nas dinâmicas climáticas
presentes no território brasileiro. Nesse contexto, identifique a única associação incorreta:
COMENTÁRIOS:
A alternativa "C" é a incorreta. Em regiões de latitudes maiores, o clima não é tropical, é subtropical ou polar.
O distanciamento do Equador diminui a incidência de raios solares, tornando o clima mais frio quanto maior
a latitude. O clima tropical semiárido está em uma zona de baixa latitude, próximo à linha do Equador.
Gabarito: C
12. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2016 - CFS) Analisando a dinâmica relativa aos climas que atuam no
Brasil, percebe-se que em toda a região Sul ocorre o clima:
A) tropical semiárido.
B) subtropical úmido.
C) litorâneo úmido.
D) equatorial úmido.
E) tropical.
COMENTÁRIOS:
O clima da região Sul é o subtropical úmido, que se estende, também, para a porção meridional dos estados
de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. O clima tropical semiárido predomina em grande parte do Nordeste
brasileiro (no Sertão) e no norte de Minas Gerais. O clima litorâneo úmido estende-se pela faixa litorânea do
Nordeste ao Sudeste. O clima equatorial úmido abrange a maior parte da Amazônia. O clima tropical
predomina em grande parte das regiões Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito
Federal), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará) e no estado do
Tocantins.
Gabarito: B
A associação correta entre o tipo climático brasileiro correspondente às características descritas e o exemplo
de cidade onde ele ocorre está na opção:
COMENTÁRIOS:
O enunciado descreve um clima onde os maiores índices pluviométricos ocorrem no outono e no inverno,
decorrente do encontro da mPa (fria e úmida) com a mTa (quente e úmida).
O único clima brasileiro onde chove mais no inverno do que no verão é o clima litorâneo úmido ou tropical
úmido. Nesse clima, o encontro da massa polar atlântica com a massa tropical atlântica provoca chuvas
frontais.
Gabarito: D
14. (IF-RS/2015 – PROFESSOR-GEOGRAFIA) Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
durante os meses de junho, julho e agosto, sofrem as influências das seguintes massas de ar:
a) Massa Polar Atlântica (mPa), Massa Equatorial Continental (mEc) e Massa Tropical Continental (mTc).
b) Massa Polar Atlântica (mPa), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Tropical Atlântica (mTa).
c) Massa Tropical Atlântica (mTa), Massa Equatorial Continental (mEc) e Massa Polar Atlântica (mPa).
d) Massa Tropical Polar Atlântica (mPa), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Tropical Atlântica (mTa).
e) Massa Equatorial Continental (mEc), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Equatorial Atlântica (mEa).
COMENTÁRIOS:
Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná durante os meses de junho, julho e agosto, sofrem
a influência da Massa Polar Atlântica (mPa), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Tropical
Atlântica (mTa).
Gabarito: B
A) Equatorial.
B) Tropical.
C) Subtropical.
D) Semiárido.
E) Temperado.
COMENTÁRIOS:
O Rio Grande do Sul é o Estado mais meridional do Brasil, onde predomina o clima subtropical.
Gabarito: C
I - O clima representado é denominado equatorial, em cuja área está presente uma vegetação do tipo
hidrófila e latifoliada, característica da Floresta Equatorial.
II - Refere-se a um clima sob forte influência da massa Polar atlântica (mPa) e que apresenta uma significativa
amplitude térmica anual.
III -Trata-se de um clima subtropical úmido, com precipitações ao longo de todo o ano, sem ocorrência de
estação seca.
IV - Nas áreas em que esse clima predomina, observam-se precipitações que ultrapassam os 2.200mm, o
que, aliado às altas temperaturas, favorece o processo de lixiviação e a consequente laterização do solo.
[A] I e II
[B] III e IV
[C] I e IV
[D] II e III
[E] II e IV
COMENTÁRIOS:
I - Incorreta. O clima equatorial não apresenta uma queda tão acentuada em sua temperatura durante o
inverno como o que mostra o climograma. No clima equatorial, as temperaturas são altas o ano inteiro.
II - Correta. A mPa é uma massa fria que diminui as temperaturas por onde passa, atuando com mais força
durante o inverno. No climograma apresentado, as menores temperaturas durante o inverno podem sugerir
que este clima recebe a atuação dessa massa de ar. O climograma apresentado também mostra uma
significativa amplitude térmica anual, que vai próximo dos 25°C até perto dos 10°C.
III - Correta. Presença de quatro estações, verões quentes e invernos frios, é característica típica de um clima
subtropical. A ocorrência de precipitações ao longo de todo o ano, sem estação seca indica que é um clima
úmido. Portanto, é o clima subtropical úmido, clima da região sul do Brasil.
IV - Incorreta. Observando o climograma verifica-se que o total anual de chuvas é inferior a 2.200 mm.
Volume de chuvas, como citado na alternativa, só ocorre em climas equatoriais úmidos, que não é o clima
da questão. No clima equatorial úmido, a grande quantidade de chuvas aliadas às altas temperaturas,
favorece o processo de lixiviação do solo, mas não de laterização. Lixiviação é o processo de lavagem do solo
causado pela ação da água, em que os minerais e nutrientes dos solos são retirados e levados pela água.
Laterização é um processo no qual o solo desenvolve uma crosta “ferruginosa”. O solo se torna concentrado
em óxidos de ferro ou alumínio, que deixam-no com um aspecto avermelhado.
Gabarito: D
Com relação aos fatores climáticos, atuantes no Brasil, assinale a opção correta.
a) Na Amazônia, onde predominam as baixas latitudes, a incidência dos raios solares é direta, o que torna as
temperaturas elevadas e as estações do ano muito distintas.
b) Com predomínio de elevadas altitudes, as quais induzem uma maior capacidade de retenção de calor da
atmosfera, a Região Sul apresenta as maiores temperaturas médias do país.
c) Em função da maritimidade, o litoral brasileiro apresenta as maiores amplitudes térmicas diárias quando
comparado ao interior do território nacional.
d) As massas de ar que atuam no Brasil são predominantemente continentais, podendo citar a massa
Equatorial continental, quente e seca, a qual contribui para focos de queimadas na Amazônia.
e) Sob a ação de duas correntes marítimas: a corrente do Brasil e a corrente das Guianas, o litoral do país é
influenciado por temperaturas elevadas.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreto. Na Amazônia de fato predominam as baixas latitudes e a incidência dos raios solares é direta –
justamente pelo fato de predominarem as baixas latitudes. Esses fatores fazem com que as temperaturas
sejam muito elevadas, correto, mas também faz com que as estações do ano sejam pouco distintas. A
diferença de temperatura ao longo do ano é baixa, é quente tanto no verão quanto no inverno.
b) Incorreto. Elevadas altitudes não induzem uma maior capacidade de retenção de calor da atmosfera.
Quanto mais alto, menor calor a atmosfera retém, pois ela é aquecida, principalmente, pela irradiação de
calor do solo. Na região Sul estão as menores temperaturas médias do país.
c) Incorreto. O efeito da maritimidade faz com que as temperaturas não variem muito durante o dia,
permanecendo mais estáveis. Sendo assim, é incorreto afirmar que o litoral brasileiro apresenta as maiores
amplitudes térmicas diárias quando comparado ao interior do território nacional. As maiores amplitudes
térmicas diárias estão no interior do território nacional, devido ao efeito da continentalidade.
d) Incorreto. Das cinco massas de ar que atuam no Brasil, duas são continentais e três são oceânicas (as
massas atlânticas). Portanto, não predominam as massas continentais. A massa Equatorial continental não
é seca, é úmida e não contribui para focos de queimadas na Amazônia.
e) Correto. A corrente do Brasil e a das Guianas influenciam o litoral do país, principalmente o litoral norte,
causando temperaturas elevadas em boa parte do nosso litoral.
Gabarito: E
18. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2012 - CFS) O clima que abrange as terras altas do sudeste,
caracterizado por invernos mais rigorosos sob influência da massa de ar Polar Atlântica, trata-se do clima
A) subtropical úmido.
B) tropical semiárido.
C) litorâneo úmido.
D) equatorial úmido.
E) tropical de altitude.
COMENTÁRIOS:
O clima tropical de altitude abrange as terras altas do Sudeste nas regiões serranas do Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Caracteriza-se por invernos mais rigorosos, sob a influência da massa
polar atlântica. Com temperatura variando entre 15 °C e 21 °C, apresenta verões brandos.
O clima subtropical úmido predomina na Região Sul. O tropical semiárido abrange parte do nordeste
brasileiro, caracterizado pelas altas temperaturas e pelo déficit hídrico. O litorâneo úmido abrange o litoral
brasileiro, sob influência da massa tropical atlântica. Por fim, o clima equatorial úmido abrange a região norte
do país, sob a influência principal da massa de ar equatorial continental.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
O clima subtropical predomina na região Sul e no extremo sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Gabarito: E
a) a mEc (massa Equatorial continental) , quente e seca, além de possuir o seu centro de origem no noroeste
da Amazônia, provoca grande estabilidade térmica no chamado Brasil central durante o período primavera-
verão.
b) a mPa (massa Polar atlântica), fria e muito úmida, além de se formar na Antártica, durante o período
primavera-verão é a grande responsável por provocar chuvas convectivas no litoral nordestino.
c) a mTa (massa Tropical atlântica), quente e úmida, que possui seu centro de formação próximo ao Trópico
de Capricórnio, além de atuar em extensas faixas do litoral brasileiro, na Região Sudeste contribui para a
formação de chuvas orográficas durante o verão.
d) a mEa (massa Equatorial atlântica), quente e úmida, cujo centro de origem é o Atlântico Sul, contribui na
formação dos alísios de sudeste, os quais propiciam chuvas frontais nos litorais das Regiões Nordeste e
Sudeste.
e) a mTc (massa Tropical continental), quente e superúmida, forma-se na região do pantanal mato-grossense
e influência decisivamente os elevados índices pluviométricos no centro sul do país.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreto. A mEc é quente e úmida. Se forma no noroeste amazônico e traz grande instabilidade térmica
no Brasil central e em outras regiões, provocando chuvas fortes por onde passa.
b) Incorreto. A mPa, fria e úmida, não se forma na Antártica, se forma no Oceano Atlântico, entre o Polo Sul
e o Trópico de Capricórnio. No Brasil, sua ocorrência é muito mais sentida no inverno, onde pode causar
chuvas frontais, principalmente no Nordeste.
c) Correto. A mTa é quente e úmida e se forma próxima ao Trópico de Capricórnio, que fica na latitude de
23°27’. Ela atua em todo o litoral brasileiro, desde o Nordeste até o Sul e pode provocar chuvas. Na região
Sudeste, a chuva pode ser orográfica devido ao relevo da região, sobretudo na Serra do Mar.
d) Incorreto. A mEa é quente e úmida, mas o seu centro de origem é o Atlântico Norte e ela forma os alísios
de nordeste. Ela propicia chuvas convectivas nos litorais das regiões Norte e Nordeste, mas não chega até o
Sudeste.
e) Incorreto. A mTc é quente, mas não é superúmida, é seca. Forma-se na região do pantanal mato-
grossense, na região também conhecida como Planície do Chaco. Por ser seca, essa massa influência
decisivamente nos baixos índices pluviométricos do centro-sul do país.
Gabarito: C
a) A massa Equatorial Atlântica origina-se no oceano Atlântico setentrional e influencia diretamente o clima
na região Sul do país.
b) A massa Equatorial Continental origina-se na porção norte do país e influencia diretamente o clima seco
no Nordeste Brasileiro.
d) A massa Tropical Continental forma-se na depressão do Chaco e é responsável pelas chuvas frontais na
região Nordeste.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreto. O termo setentrional e o termo boreal se referem ao hemisfério Norte, enquanto meridional e
austral, ao hemisfério Sul. A massa Equatorial Atlântica (mEa) origina-se no Atlântico meridional. Essa massa
influencia não influencia diretamente o clima na região Sul do país.
b) Incorreto. A massa Equatorial Continental (mEc) origina-se na porção norte do país, mas não possui
influência no clima seco do Nordeste. Essa massa é úmida, mas até chegar no Sertão nordestino, já está seca.
Não é uma causa direta, como o enunciado indica, mas indireta. Outros fatores também explicam o clima
seco do Nordeste, como a presença de barreiras físicas que impedem a chegada das massas de ar e o
fenômeno do El Niño.
c) Incorreto. A massa Polar Atlântica (mPa) restringe a sua atuação ao Sul e a partes do Sudeste e Centro-
Oeste durante o verão. Entretanto, no inverno, essa massa atua em todo o país, diminuindo as temperaturas
e provocando chuvas frontais.
d) Incorreto. A massa Tropical Continental (mTc) forma-se na depressão do Chaco, mas não é responsável
pelas chuvas frontais na região Nordeste. Por ser uma massa seca, acaba por ocasionar poucas chuvas por
onde passa.
e) Correto. A massa Tropical Atlântica (mTa) é uma massa fria e úmida que atua diretamente em todo o
litoral brasileiro, que a questão denomina “faixa leste do país”.
Gabarito: E
MASSAS DE AR
1 Tropical Continental.
2 Equatorial Continental.
3 Equatorial Atlântica.
4 Tropical Atlântica.
5 Polar Atlântica
CARACTERÍSTICAS
( ) É quente e úmida e vem do Atlântico Norte. Forma os ventos alísios de nordeste. Sua principal atuação é
no litoral das Regiões Norte e Nordeste.
( ) É fria, úmida e originária do Atlântico Sul. Durante o inverno encontra-se bastante fortalecida.
( ) É quente e úmida e vem do Atlântico Sul. Forma os ventos alísios de sudeste. Atua principalmente na faixa
atlântica leste do Brasil.
( ) É quente e seca, surge na Depressão do Chaco. Sua área de influência é parte da Região Sul e Sudeste, e
a Região Centro-Oeste.
a) 5 – 4 – 1 – 3
b) 3 – 5 – 4 – 1
c) 3 – 5 – 2 – 1
d) 5 – 3 – 4 – 1
e) 3 – 2 – 4 – 5
COMENTÁRIOS:
Tropical Continental: É quente e seca, surge na Depressão do Chaco. Sua área de influência é parte da Região
Sul e Sudeste, e a Região Centro-Oeste.
Equatorial Continental: Não está em nenhuma das alternativas. Forma-se na área central da floresta
amazônica brasileira. É uma massa quente e úmida que, no verão, influencia todo o Brasil, causando chuvas
e instabilidade.
Equatorial Atlântica: É quente e úmida e vem do Atlântico Norte. Forma os ventos alísios de nordeste. Sua
principal atuação é no litoral das Regiões Norte e Nordeste.
Tropical Atlântica: É quente e úmida e vem do Atlântico Sul. Forma os ventos alísios de sudeste. Atua
principalmente na faixa atlântica leste do Brasil.
Polar Atlântica: É fria, úmida e originária do Atlântico Sul. Durante o inverno encontra-se bastante
fortalecida.
Gabarito: B (3 – 5 – 4 – 1)
Fonte: Adaptado de Atlante geográfico metódico. Novara, Instituto Geográfico De Agostine, 1997.
As variações do tempo atmosférico, que podem ser muito bruscas num único dia ou em períodos longos, são
causadas pelos deslocamentos das massas de ar que existem na atmosfera. O Brasil é influenciado por várias
massas de ar, representadas no mapa acima, as quais possuem características singulares durante todo o ano.
Nesse sentido, assinale a opção correta em relação às massas de ar que atuam no Brasil.
a) A massa representada pelo número 1 é a mEa (massa Equatorial atlântica), quente e úmida, sendo a
grande responsável por chuvas na Região Norte.
b) A massa representada pelo número 2 é a mPa (massa Polar atlântica), fria e úmida, provoca chuvas
frontais na Região Sudeste, especialmente no inverno.
c) A massa representada pelo número 3 é a mTa (massa Tropical atlântica), de origem fria e seca, restringe
sua ação somente ao centro-sul do país, pois sofre forte influência das massas tropicais.
d) A massa representada pelo número 4 é a mTc (massa Tropical continental), quente e úmida, provoca
chuvas no sul e centro-oeste brasileiro, especificamente durante o verão.
e) A massa representada pelo número 5 é a mEc (massa Equatorial continental), quente e úmida, provoca
chuvas na Amazônia e em boa parte do país durante vários meses do ano.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreto. A massa representada pelo número 1 é a massa Equatorial atlântica, quente e úmida, mas não
é responsável por chuvas no interior da região Norte, pois quando chega ao interior já está seca. As chuvas
da Região Norte são causadas pela massa Equatorial continental.
b) Incorreto. A massa representada pelo número 2 é a Tropical atlântica, quente e úmida. A massa Polar
atlântica é representada pelo número 3. A massa Tropical Atlântica é responsável por chuvas orográficas na
região Sudeste, principalmente no verão.
c) Incorreto. A massa representada pelo número 3 é a massa Polar atlântica, de origem fria e úmida. A massa
Tropical atlântica é representada pelo número 2.
d) Incorreto. A massa representada pelo número 4 é a massa tropical continental, mas ela é quente e seca,
não provocando chuvas nas áreas onde atua.
e) Correto. A massa representada pelo número é a massa Equatorial continental, quente e úmida, formada
na Amazônia, ela provoca chuvas na Amazônia e em boa parte do país durante vários meses do ano.
Gabarito: E
LISTA DE QUESTÕES
Questões IBGE
O trecho da reportagem apresentado faz referência à chuva frontal. Assinale a opção que apresenta as
massas de ar que atuam no território brasileiro e que, ao se encontrarem, dão origem à chuva frontal.
A) semiárido.
B) equatorial.
C) tropical úmido.
D) subtropical.
E) tropical.
Na Figura, identifica-se que o domínio de clima tropical típico, com verões chuvosos e invernos secos, é
reconhecido pelas letras
A) Cfb
B) Af
C) Cfa
D) As
E) Aw
a) temperado continental
b) equatorial
c) tropical de altitude
d) subtropical
e) tropical semiárido
bem distribuídas ao longo do ano, favorecidas diretamente pela convergência dos ventos alísios e pela
dinâmica de uma massa de ar continental.
a) equatorial
b) subtropical
c) semiárido
d) tropical de altitude
Após a análise dos climogramas a seguir, pode-se inferir que as figuras 1 e 2 tratam dos seguintes climas,
Respectivamente
A) subtropical, equatorial.
B) semiárido, equatorial.
C) semiárido, tropical.
D) tropical-úmido, tropical.
E) tropical-úmido, subtropical.
D) Em apenas 8% do território brasileiro, ao sul do Trópico de Capricórnio, ocorre o clima subtropical, que
apresenta maior variação térmica.
E) As massas de ar equatoriais e tropicais no Brasil têm sua ação acentuada no inverno, pelo avanço das
massas polares.
( ) O clima talvez seja o mais importante componente do ambiente natural. Ele afeta os processos
geomorfológicos, os da formação dos solos e o crescimento e desenvolvimento das plantas.
( ) A influência do tempo e do clima sobre o homem e suas atividades pode ser apenas benéfica.
( ) As principais bases da vida para a humanidade, principalmente o ar, a água, o alimento e o abrigo, estão
na dependência do clima.
A) C, I, C
B) I, I, C
C) C, I, I
D) C, C, I
E) I, C, I
10. (NCE RJ/IBGE/2005 – Agente de Pesquisa e Mapeamento) As temperaturas elevadas durante todo
o ano, as chuvas abundantes e a vegetação de floresta são condições naturais da Amazônia brasileira.
Essas condições decorrem da sua localização na faixa de clima:
(B) temperado;
(C) equatorial;
(D) subtropical;
11. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2017 - CFS) Vários fatores interferem nas dinâmicas climáticas
presentes no território brasileiro. Nesse contexto, identifique a única associação incorreta:
12. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2016 - CFS) Analisando a dinâmica relativa aos climas que atuam no
Brasil, percebe-se que em toda a região Sul ocorre o clima:
A) tropical semiárido.
B) subtropical úmido.
C) litorâneo úmido.
D) equatorial úmido.
E) tropical.
A associação correta entre o tipo climático brasileiro correspondente às características descritas e o exemplo
de cidade onde ele ocorre está na opção:
14. (IF-RS/2015 – PROFESSOR-GEOGRAFIA) Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
durante os meses de junho, julho e agosto, sofrem as influências das seguintes massas de ar:
a) Massa Polar Atlântica (mPa), Massa Equatorial Continental (mEc) e Massa Tropical Continental (mTc).
b) Massa Polar Atlântica (mPa), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Tropical Atlântica (mTa).
c) Massa Tropical Atlântica (mTa), Massa Equatorial Continental (mEc) e Massa Polar Atlântica (mPa).
d) Massa Tropical Polar Atlântica (mPa), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Tropical Atlântica (mTa).
e) Massa Equatorial Continental (mEc), Massa Tropical Continental (mTc) e Massa Equatorial Atlântica (mEa).
A) Equatorial.
B) Tropical.
C) Subtropical.
D) Semiárido.
E) Temperado.
I - O clima representado é denominado equatorial, em cuja área está presente uma vegetação do tipo
hidrófila e latifoliada, característica da Floresta Equatorial.
II - Refere-se a um clima sob forte influência da massa Polar atlântica (mPa) e que apresenta uma significativa
amplitude térmica anual.
III -Trata-se de um clima subtropical úmido, com precipitações ao longo de todo o ano, sem ocorrência de
estação seca.
IV - Nas áreas em que esse clima predomina, observam-se precipitações que ultrapassam os 2.200mm, o
que, aliado às altas temperaturas, favorece o processo de lixiviação e a consequente laterização do solo.
[A] I e II
[B] III e IV
[C] I e IV
[D] II e III
[E] II e IV
Com relação aos fatores climáticos, atuantes no Brasil, assinale a opção correta.
a) Na Amazônia, onde predominam as baixas latitudes, a incidência dos raios solares é direta, o que torna as
temperaturas elevadas e as estações do ano muito distintas.
b) Com predomínio de elevadas altitudes, as quais induzem uma maior capacidade de retenção de calor da
atmosfera, a Região Sul apresenta as maiores temperaturas médias do país.
c) Em função da maritimidade, o litoral brasileiro apresenta as maiores amplitudes térmicas diárias quando
comparado ao interior do território nacional.
d) As massas de ar que atuam no Brasil são predominantemente continentais, podendo citar a massa
Equatorial continental, quente e seca, a qual contribui para focos de queimadas na Amazônia.
e) Sob a ação de duas correntes marítimas: a corrente do Brasil e a corrente das Guianas, o litoral do país é
influenciado por temperaturas elevadas.
18. (EsSA/EXÉRCITO BRASILEIRO/2012 - CFS) O clima que abrange as terras altas do sudeste,
caracterizado por invernos mais rigorosos sob influência da massa de ar Polar Atlântica, trata-se do clima
A) subtropical úmido.
B) tropical semiárido.
C) litorâneo úmido.
D) equatorial úmido.
E) tropical de altitude.
a) a mEc (massa Equatorial continental), quente e seca, além de possuir o seu centro de origem no noroeste
da Amazônia, provoca grande estabilidade térmica no chamado Brasil central durante o período primavera-
verão.
b) a mPa (massa Polar atlântica), fria e muito úmida, além de se formar na Antártica, durante o período
primavera-verão é a grande responsável por provocar chuvas convectivas no litoral nordestino.
c) a mTa (massa Tropical atlântica), quente e úmida, que possui seu centro de formação próximo ao Trópico
de Capricórnio, além de atuar em extensas faixas do litoral brasileiro, na Região Sudeste contribui para a
formação de chuvas orográficas durante o verão.
d) a mEa (massa Equatorial atlântica), quente e úmida, cujo centro de origem é o Atlântico Sul, contribui na
formação dos alísios de sudeste, os quais propiciam chuvas frontais nos litorais das Regiões Nordeste e
Sudeste.
e) a mTc (massa Tropical continental), quente e superúmida, forma-se na região do pantanal mato-grossense
e influência decisivamente os elevados índices pluviométricos no centro sul do país.
a) A massa Equatorial Atlântica origina-se no oceano Atlântico setentrional e influencia diretamente o clima
na região Sul do país.
b) A massa Equatorial Continental origina-se na porção norte do país e influencia diretamente o clima seco
no Nordeste Brasileiro.
d) A massa Tropical Continental forma-se na depressão do Chaco e é responsável pelas chuvas frontais na
região Nordeste.
MASSAS DE AR
1 Tropical Continental.
2 Equatorial Continental.
3 Equatorial Atlântica.
4 Tropical Atlântica.
5 Polar Atlântica
CARACTERÍSTICAS
( ) É quente e úmida e vem do Atlântico Norte. Forma os ventos alísios de nordeste. Sua principal atuação é
no litoral das Regiões Norte e Nordeste.
( ) É fria, úmida e originária do Atlântico Sul. Durante o inverno encontra-se bastante fortalecida.
( ) É quente e úmida e vem do Atlântico Sul. Forma os ventos alísios de sudeste. Atua principalmente na faixa
atlântica leste do Brasil.
( ) É quente e seca, surge na Depressão do Chaco. Sua área de influência é parte da Região Sul e Sudeste, e
a Região Centro-Oeste.
a) 5 – 4 – 1 – 3
b) 3 – 5 – 4 – 1
c) 3 – 5 – 2 – 1
d) 5 – 3 – 4 – 1
e) 3 – 2 – 4 – 5
Fonte: Adaptado de Atlante geográfico metódico. Novara, Instituto Geográfico De Agostine, 1997.
As variações do tempo atmosférico, que podem ser muito bruscas num único dia ou em períodos longos, são
causadas pelos deslocamentos das massas de ar que existem na atmosfera. O Brasil é influenciado por várias
massas de ar, representadas no mapa acima, as quais possuem características singulares durante todo o ano.
Nesse sentido, assinale a opção correta em relação às massas de ar que atuam no Brasil.
a) A massa representada pelo número 1 é a mEa (massa Equatorial atlântica), quente e úmida, sendo a
grande responsável por chuvas na Região Norte.
b) A massa representada pelo número 2 é a mPa (massa Polar atlântica), fria e úmida, provoca chuvas
frontais na Região Sudeste, especialmente no inverno.
c) A massa representada pelo número 3 é a mTa (massa Tropical atlântica), de origem fria e seca, restringe
sua ação somente ao centro-sul do país, pois sofre forte influência das massas tropicais.
d) A massa representada pelo número 4 é a mTc (massa Tropical continental), quente e úmida, provoca
chuvas no sul e centro-oeste brasileiro, especificamente durante o verão.
e) A massa representada pelo número 5 é a mEc (massa Equatorial continental), quente e úmida, provoca
chuvas na Amazônia e em boa parte do país durante vários meses do ano.
GABARITO
1. D 9. A 17. E
2. A 10. C 18. E
3. D 11. C 19. E
4. E 12. B 20. C
5. B 13. D 21. E
6. A 14. B 22. B
7. A 15. C 23. E
8. E 16. D
RESUMO
Clima
Chuva ácida - Combinação de gases tóxicos emitidos sobretudo pela queima de combustíveis fósseis,
com a água da chuva. Pode causar a contaminação de corpos hídricos e destruir a cobertura vegetal.
El Niño e La Niña - El Niño é o aquecimento das águas superficiais nas porções equatoriais e leste do
oceano Pacífico, nas proximidades da América do Sul, em cerca de 3°C a 7°C acima de média.
Intensifica as secas no Nordeste e traz chuvas e aumento de temperaturas na região Sul. La Niña possui
efeitos opostos aos do El Niño, porém com menos intensidade.
Massa tropical atlântica (mTa) - Quente e úmida, forma os ventos alísios de sudeste. Atua no litoral
desde o nordeste até o sul do país. No Sudeste, contribui para a formação de chuvas orográficas.
Massa equatorial atlântica (mEa) - Quente e úmida. Origina-se no Atlântico norte. Atua no litoral
norte e nordeste do país, principalmente na primavera e no verão. Quando chega ao interior,
geralmente já está seca.
Massa polar atlântica (mPa) - Fria e úmida, tendo forte atuação no inverno e atuando muito pouco
durante o verão. Exerce influência em todas as regiões brasileiras
Massa tropical continental (mTc) - Quente e seca. Originária da Planície do Chaco. Atua no interior
das regiões Sudeste e Sul e na Região Centro-Oeste
Massa equatorial continental (mEc) - Quente e úmida. Vinda do oeste da Amazônia, influencia todo
o território brasileiro deslocando calor e umidade e provocando instabilidade.
Ventos alísios - Correntes de ar que sopram constantemente dos trópicos para o Equador.
Efeito Coriólis - Desvio aparente na trajetória dos ventos causado pelo movimento de rotação. Os
ventos alísios se desviam do nordeste para o sudoeste, no hemisfério norte; e do sudeste para o
noroeste, no hemisfério sul.
ZCIT - Área que circunda a Terra, próxima ao Equador, onde os ventos originários dos hemisférios
norte e sul se encontram. Se desloca ao longo do ano, com enorme influência na distribuição das
chuvas no Norte e no Nordeste brasileiro.
Chuva frontal – Comum durante o verão brasileiro, resulta do encontro de duas massas de ar, uma
quente e outra fria.
Chuva convectiva – Provocada pela evaporação e ascensão de ar úmido e pelo resfriamento do ar nas
camadas superiores da atmosfera.
Chuva orográfica – Chuva de relevo, nuvens encontram obstáculos e ao elevarem-se para ultrapassá-
los, precipitam.
Climas brasileiros
Classificação de Stahler
Equatorial úmido - Em toda região Norte, com muitas chuvas e altas temperaturas anuais e afetado
pela massa equatorial continental.
Tropical - Em partes do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Tocantins, com temperaturas altas o ano
inteiro, um verão chuvoso e um inverno seco e afetado pelas massas equatorial continental e a tropical
atlântica, além da massa polar atlântica no inverno.
Tropical semiárido - No sertão nordestino e no norte de Minas Gerais, com temperaturas altas e pouca
quantidade de chuvas concentradas num período de três meses.
Litorâneo úmido - Em todo litoral do Nordeste e Sudeste, apresentando altas temperaturas e
bastante chuva o ano todo, sofre grande influência da massa tropical atlântica.
Tropical de altitude - Em terras altas do Sudeste, com invernos rigorosos e verões brandos, está sob
domínio da massa polar atlântica.
Subtropical úmido - Em toda a região Sul e no sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul, apresenta
estações bem definidas com inverno frio e chuvas regulares durante o ano inteiro, é influenciado pela
massa tropical atlântica e pela polar atlântica.
Classificação de Köppen-Geiger
Apresenta os mesmos climas da classificação de Strahler, com a adição de três novos tipos:
Clima Af - Clima tropical equatorial.
Clima Am - Clima tropical de monção. Muito semelhante ao tropical, sua diferença é o fato de
apresentar menos chuvas durante o inverno, sendo estas concentradas no verão, que apresenta alta
pluviosidade.
Clima Aw - Clima tropical de savana.
Clima Bsh - Clima semiárido quente.
Clima Cwa - Clima subtropical úmido.
Clima Cwb - Clima subtropical de altitude.
Clima Cfa - Clima subtropical úmido.
Clima Cfb - Clima oceânico temperado.