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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Manual de Especialidades em Saúde Bucal

Brasília - DF
2008
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Brasília - DF
2008
© 2008 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que
não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Tiragem: 1.ª edição – 2008 – 20.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:


MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Coordenação Nacional de Saúde Bucal
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 6º andar, Sala 650
CEP: 70058-900, Brasília – DF
Tels.: (61) 3315-2728 / 3315-2583
Homepage: www.saude.gov.br/bucal

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Manual de especialidades em saúde bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.
128 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

ISBN 978-85-334-1494-5

1. Saúde bucal. 2. Odontologia 3. Atenção especializada. I. Título. II. Série.

CDU 616.31

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – 2008/0075

Títulos para indexação:


Em inglês: Manual of Specialization on Oral Health
Em espanhol: Manual de Especialidades en Salud Bucal
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 7
1 ESTOMATOLOGIA ...................................................................................... 9
1.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 11
1.2 Manual Clínico ............................................................................................... 11
2 PERIODONTIA ............................................................................................31
2.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 33
2.2 Manual Clínico ............................................................................................... 33
3 CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL ................53
AMBULATORIAL
3.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 55
3.2 Manual Clínico ............................................................................................... 56
4 ENDODONTIA .............................................................................................71
4.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 73
4.2 Manual Clínico ............................................................................................... 73
5 PRÓTESE DENTÁRIA .................................................................................83
5.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 85
5.2 Manual Clínico ............................................................................................... 85
6 ORTODONTIA E ORTOPEDIA .................................................................93
6.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 95
6.2 Manual Clínico ............................................................................................... 95
7 IMPLANTODONTIA .................................................................................109
7.1 Manual de Regulação .................................................................................... 111
7.2 Manual Clínico ............................................................................................. 111
REFERÊNCIAS ..............................................................................................119
ANEXOS..........................................................................................................123
Anexo A – Ficha Clínica para os pacientes de Estomatologia do CEO.................. 123
Anexo B – Requisição de exame anátomo-patológico ........................................... 126
EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................127
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS 7

APRESENTAÇÃO

A priorização da Saúde Bucal na atual e aprimorar os instrumentos necessários


gestão do Ministério da Saúde materializou à efetivação da ampliação do espectro de
o “BRASIL SORRIDENTE”, que tem atuação da Saúde Bucal no âmbito do SUS.
promovido a ampliação do acesso aos Apresenta um conjunto de princípios e
serviços de Atenção Básica em Saúde Bucal, recomendações elaborados para facilitar a
principalmente por meio das equipes de tomada de decisão apropriada na atenção
Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família, aos pacientes, em situações específicas,
e de Atenção Especializada em Saúde Bucal, dotando c ada ser viço de um método
especialmente através da implantação dos ordenado nas diferentes especialidades. Não
Centros de Especialidades Odontológicas tem a pretensão de se constituir em receitas
(CEO), pautando-se pela busca da efetivação fechadas, únicas e absolutas, até porque
da integralidade na atenção à saúde. estes não são conceitos compatíveis com a
Esta publicação visa colaborar no prática clínica na área da saúde, ainda mais
estabelecimento de critérios de referência e quando tratamos de um país com grande
contra-referência entre a Atenção Básica/ diversidade na organização dos serviços e
Saúde da Família (AB/SF) e os CEO, assim sistemas públicos de saúde.
como instrumentalizar a prática clínica e de Não bastasse a complexidade da tarefa,
gestão relativas às principais especialidades o ineditismo de tal iniciativa pela gestão do
odontológicas. Dessa forma, procura-se contribuir SUS no âmbito Federal tornou o desafio
para a melhoria da qualidade dos serviços ainda maior. Para tanto, o Ministério da
prestados, assim como no aperfeiçoamento da Saúde, sob a organização da Coordenação
dinâmica da rede de serviços do SUS. Nacional de S aúde Buc al, reuniu um
A p u b l i c a ç ã o e n g l o b a u m ro l d e grupo de especialistas, com diferentes
especialidades mais amplo do que a relação experiências de prática profissional clínica e
de especialidades mínimas obrigatórias de gestão, para proceder à elaboração desta
para os CEO; com exceção da atenção a publicação.
pacientes com necessidades especiais, que Com a sua utilização, espera-se desencadear
será abordada em um volume específico; e um processo de aperfeiçoamento dos conceitos
converge no sentido de construir, adequar e normas aqui contidos.

Ministério da Saúde
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1 ESTOMATOLO GIA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 11

1.1 Manual de candidíase e queilite angular, tratamento e


remoção de fatores traumáticos da mucosa
Regulação bucal tais como próteses mal-adaptadas,
dentes ou restaurações fraturadas e raízes
residuais, hábitos para-funcionais, triagem
Especialidade clínica: de pacientes com mais de 40 anos, fumantes
Estomatologia e etilistas ou pacientes de pele clara com
Motivos mais freqüentes de histórico de exposição solar excessiva.
encaminhamento: A biópsia e a citologia esfoliativa assim
a. Manejo clínico e cirúrgico-ambulatorial como demais exames complementares
de lesões da mucosa bucal e dos ossos também poderão ser realizados/solicitados
maxilares. Ex.: processos proliferativos na UBS/SF, desde que a equipe sinta-se
não neoplásicos, neoplasias benignas, capacitada para exercer a técnica de coleta
doenças infecciosas (bacterianas, e principalmente, a interpretação dos
fúngicas e virais), doenças muco- resultados. Caso haja impossibilidade de
cutâneas, manifestações bucais de diagnóstico e/ou tratamento das lesões,
doenças sistêmicas; o usuário deverá ser encaminhado para a
b. Semiotécnica para diagnóstico de atenção secundária. Ressalta-se que é de
lesões bucais; extrema importância o acompanhamento
c. Solicitação de exames complementares pelos profissionais da UBS/SF dos
pré-operatórios ou de necessidade casos encaminhados aos outros níveis de
diagnóstica para manifestações bucais. atenção, na perspectiva da continuidade
Ex.: hemograma, sorologia e/ou do cuidado.
exames imaginológicos. Média: d i a g n ó s t i c o e t r a t a m e n t o
das lesões bucais por meio de exames
clínicos e complementares, biópsia,
Responsabilidade por nível de atenção terapêutica cirúrgica (nível ambulatorial)
Básica: avaliação do usuár io com
e medicamentosa, quando pertinente; e
queixa de alteração bucal em tecidos moles
planejamento do atendimento odontológico
e/ou duros, identificando as alterações
do paciente oncológico que será submetido
não compatíveis com a normalidade. É de
à radioterapia ou quimioterapia.
responsabilidade do cirurgião-dentista da
Alta: pacientes com diagnóstico de
equipe da UBS/SF realizar o diagnóstico e
lesão maligna ou diagnóstico de lesões
tratamento destas lesões, bem como a seleção
com necessidade de atenção cirúrgica/
dos casos que deverão ser encaminhados ao
ambulatorial complexa na região de cabeça
especialista, de acordo com a capacitação
e pescoço.
deste profissional. Salienta-se que no caso
de lesões com suspeita de malignidade, o
diagnóstico é também de responsabilidade
do cirurgião-dentista, mas o tratamento é
1.2 Manual Clínico
realizado por especialistas da oncologia.
De maneira geral, os profissionais da UBS/
Especialidade clínica:
SF são responsáveis pelos diagnóstico Estomatologia
e tratamento de lesões prevalentes da
mucosa bucal tais como: hiperplasia fibrosa 1.2.1 Observação dos critérios de
inflamatória, estomatite protética, herpes referência e contra-referência
recorrente, gengivo-estomatite herpética Considerar na situação referenciada,
primária, estomatite aftosa recorrente, por meio de ver ific ação da ficha de
12 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

encaminhamento e exame bucal do usuário, neste caso, suas características radiográficas de


se os critérios estabelecidos no Manual tamanho, extensão, delimitação, opacidade/
de Regulação de Estomatologia foram radioluscência, etc.
respeitados.
Indicações
Algumas lesões que se manifestam na
1.2.2 Anamnese
mucosa bucal são na verdade oriundas de
Todo paciente admitido para avaliação
processos intra-ósseos que se exteriorizam.
estomatológica deve ser submetido à
Demais lesões ósseas, por outro lado,
estratégia rigorosa de anamnese e exame
podem estar presentes sem manifestação
clínico. Um modelo sugerido de ficha clínica
aparente na mucosa. Como o CEO trabalha
simplificada está presente no anexo A.
como referência de média complexidade,
A anamnese deverá ser realizada de
as indicações de tomadas radiográficas
forma a se obter o máximo de informações
serão mais freqüentes nesta modalidade
não só pertinentes ao diagnóstico da lesão
d e a t e n ç ã o. N ã o h á u m m a n u a l o u
ou condição bucal específica, mas também
consenso definido para solicitação de
à história médica pregressa e à história de
exames de Raios-X (RX) panorâmico
doenças/agravos na família, cuja determinação
no ‘rastreamento’ de lesões ósseas em
ou influência genética seja importante;
pacientes assintomáticos. Entretanto,
verificar medicamentos em uso, no momento
há evidências de que alguns pacientes
da consulta ou pregresso; avaliar o motivo do
assintomáticos apresentam lesões ósseas,
encaminhamento e aspectos que influenciam
restos radiculares ou inclusões dentárias
o problema; identificar e tentar minimizar as
que jamais foram identificadas através do
possíveis ansiedades ou medos em relação ao
exame físico. Importante que se defina, com
atendimento, esclarecer dúvidas e/ou questões
os gestores locais, uma quota de realização
apresentadas pelo usuário, etc., assim como
de tomadas panorâmicas que não tenham
identificar usuários com necessidade de
indicação determinada exclusivamente pela
encaminhamento a outras especialidades
presença de lesões detectadas clinicamente.
do campo de saúde como, por exemplo, os
O aumento da oferta desta modalidade de
pacientes com suspeita de doenças crônicas
diagnóstico é uma necessidade premente
tais como hipertensos e diabéticos.
nos serviços públicos de Estomatologia
e também para a Cirurgia Buco-Maxilo-
1.2.3 Exame físico
Facial.
Anexo A.
Seqüência de intervenção
1.2.4 Exames complementares Inicia-se a pesquisa radiográfica
Anexo A. preferencialmente pela realização de RX
periapical. Caso este não seja suficiente
1.2.5 Procedimentos de para abordar toda extensão ou todas as
Estomatologia margens de lesão óssea, procede-se à
complementação com RX panorâmico ou
1.2.5.1 Radiografia periapical/interproximal outras tomadas que se julgar conveniente,
Radiografia oclusal particularmente a tomada oclusal ou RX
Radiografia panorâmica de tecidos moles (na pesquisa de sialolitos
Definição ou doenças que manifestem calcificações
O exame radiográfico é realizado para da mucosa).
verificar se a lesão da qual o usuário é portador Terapia medicamentosa
possui relação com o tecido ósseo subjacente e, s .âOSEAPLICA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 13

Cuidados 1.2.5.2 Biópsias


Usar avental e biombo de chumbo, Biópsia incisional de tecidos moles
guardar distância adequada da fonte de Biópsia excisional de tecidos moles
radiação ionizante, utilizar proteção para o
Definição
paciente conforme os manuais universalmente
É um procedimento cirúrgico onde
estabelecidos de exposição aos RX.
uma parte, ou toda a lesão, é removida para
Acompanhar de perto as evoluções destes
posterior estudo de suas características
manuais e realizar periodicamente a dosagem
histológicas. No caso de lesões de tecido
de RX nas Unidades de Atendimento e
mole define-se primeiro a lesão fundamental
exposição de profissionais (dosimetria) em
e procede-se a descrição adequada da
conjunto com as autoridades de Vigilância
mesma em ficha clínica (Anexo A). Segue-
Sanitária.
se então para a definição de hipóteses
Condutas em caso de urgência/emergência diagnósticas e solicitações de eventuais
Não se aplica. exames complementares, sejam estes
radiográficos, hematológicos, bioquímicos,
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
sorológicos, etc. O exame histológico
Básica
isoladamente não dá diagnóstico definitivo.
Registrar o motivo do encaminhamento,
A história do usuário, o exame clínico e os
dados clínicos e localização da enfermidade
dados de outros exames complementares
ou lesão em formulário específico de referência
são usados em conjunto para definição do
e contra-referência;Sensibilizar o usuário
diagnóstico final. A biópsia incisional ou
quanto à importância de seu comparecimento
excisional é um procedimento que quase
na Unidade de Referência para a realização
se confunde com a prática estomatológica.
do diagnóstico e tratamento adequados;
A técnica a ser utilizada (excisional ou
Acompanhar o caso do usuário encaminhado,
incisional) depende da natureza de cada lesão,
assegurando-se de que o mesmo esteja sob
da suspeita ou não de malignidade e também
atenção especializada e dar continuidade aos
da hipótese diagnóstica definida após a
cuidados necessários, no âmbito da Atenção
descrição clínica.A realização da biópsia
Básica, após a contra-referência;Antes do
incisional, além de auxiliar na determinação
encaminhamento e, conforme as condições
do diagnóstico, é útil para a seleção da
da lesão que pode exigir ou não urgência de
técnica cirúrgica excisional quando esta for
intervenção diagnóstica ou terapêutica, realizar
a indicação, pois a partir do diagnóstico
minimamente ações para controle da infecção
histológico de uma lesão é que se define a
bucal (adequação de meio bucal com remoção
técnica cirúrgica mais adequada.
de fatores de retenção do biofilme bacteriano,
remoção de restos radiculares, selamento Indicações
de cavidades, instrução de higiene bucal, A biópsia incisional é mais indicada
profilaxia, etc.). para lesões de maiores dimensões. De
maneira geral a opção por esta pode (e
Proservação
deve) ser feita sempre que o profissional
A proservação de tais lesões deve ser feita
não conseguir estabelecer clinicamente
sempre na Atenção Secundária e a realização de
o diagnóstico, sendo um recurso que
exames complementares adicionais definidas
permite uma melhor definição terapêutica
conforme as hipóteses diagnósticas e as redes
para cada doença. A biópsia incisional
de fluxos estabelecidos entre os serviços.
não está contra-indicada para lesões de
Observações origem vascular e lesões negras. No caso
s .âOSEAPLICA de lesões de componente majoritariamente
14 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

vascular, o especialista deve definir o risco o sítio anatômico a ser incisado.


cirúrgico e, se necessário, em conjunto Obviamente biópsias incisionais são
com outras especialidades do campo da mais conservadoras em ventre do que
saúde. Nas suspeitas de hemangioma, em dorso lingual, por exemplo;
definir o tamanho e grau de invasividade s %VITARPERFURAROUMACERAROMATERIAL
da mesma é imprescindível. Referências cirúrgico. Dê preferência para pinças
e discussão do caso junto a equipes de mais delicadas e não perfurantes (pinça
cirurgia vascular podem ser necessárias (ver de Adson-Brown);
item hemangioma). No caso de suspeita de s %VITAR QUE A INFILTRAÀâO ANEST£SICA
melanoma intrabucal, a biópsia incisional deforme a área a ser operada;
é o único recurso seguro e disponível para s 5SAR PREFERENCIALMENTE ANEST£SICO
definição diagnóstica precisa e instituição com vasoconstritor, que possibilita
do tratamento adequado. Lesões negras, um campo operatório com menor
com características de melanoma, devem sangramento;
ser examinadas histologicamente através s %VITARÖREASDENECROSEQUEIMPEÀAM
de biópsia incisional.Já a biópsia excisional visualização microscópica de células
é indicada para lesões menores e também viáveis;
pode ser realizada quando o profissional s %VITARAEXPOSIÀâODETECIDO˜SSEOEM
tem convicção de não estar frente a uma pacientes irradiados na região a ser
lesão maligna ou quando está muito óbvia incisada;
a natureza localizada e não invasiva da s !VALIAR ATRAV£S DE EXAMES PR£
doença. operatórios, todos os pacientes cuja
história clínica ou exame clínico
Seqüência de intervenção
indique risco cirúrgico de sangramento
s !NTI SEPSIADOLOCAL
ou cicatrização deficiente. Solicitar,
s !NESTESIADAÖREA
nestes casos, os exames de RNI,
s #OLETADOTECIDO
TP, TTPA, plaquetograma e taxas
s 3UTURASIMPLESINTERROMPIDA
glicêmicas.
s &IXAÀâO DO MATERIAL COLETADO EM
formol 10%; Condutas em caso de urgência/emergência
s )DENTIlCAÀâODORECIPIENTEONDEESTÖ Em casos de hemorragia, verificar a
contida a peça com nome do paciente, origem da hemorragia e, de acordo com a
nome do operador, data e local de causa considerar compressão, sutura ou uso
origem. de agentes anti-hemorrágicos.
Terapia medicamentosa Preparo prévio a ser realizado na Atenção
O uso de analgésicos não-opiáceos, Básica
por um período não superior a 7 (sete) Em casos de lesão promovida por
dias é suficiente como medicação pós- trauma evidente, cuidar da remoção do
operatória, desde que respeitadas as normas trauma (desgaste de próteses removíveis,
de biossegurança e os cuidados descritos interrupção de uso de próteses, interrupção
abaixo com manipulação cuidadosa dos de hábitos de mordiscamento, desgaste
tecidos. de bordos cortantes de dentes e/ou
Cuidados restaurações fraturadas). Solicitar que o
s / TAMANHO DA AMOSTRA DEVE SER paciente leve ao CEO todos os resultados
adequado; de exames previamente solicitados e lista
s !AMOSTRADEVETERBOAPROFUNDIDADE de medicamentos em uso. Desmistificar
devendo ser avaliada de acordo com para o paciente a prática de biópsia como
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 15

procedimento diagnóstico exclusivamente biópsia. A punção pode resultar em “punção


de lesões malignas. seca” (lesões sólidas ou cavidades vazias),
líquido citrino (compatível com cistos) e
Proservação
sangramento leve ou sangramento abundante
A proservação deve ser feita em conjunto
(com pressão no êmbolo da seringa). Neste
entre a Atenção Primária e Secundária com
último caso, pode-se formular uma hipótese
prioridade para esta última.
de lesão vascular intra-óssea. Tal hipótese
Observação resulta na completa contra-indicação do
Por ser um procedimento amostral, procedimento de biópsia óssea posterior. O
quanto mais seca e visível estiver a região paciente deve ser encaminhado para a alta
operada, melhores serão as possibilidades complexidade para avaliação por Cirurgião
de obtenção de amostras que facilitem o de Cabeça e Pescoço ou Cirurgião Vascular.
trabalho do patologista. Imediatamente Na presença de líquido citrino, purulento ou
após obtenção do tecido, o material deverá “punção seca” indica-se complementação da
ser fixado para não sofrer deterioração. punção através de coleta tecidual incisional
O fixador de rotina é o formol a 10%. intra-óssea (biópsia óssea incisional).
Normalmente encontra-se no mercado o Seqüência de intervenção
formol a 40% que deverá ser diluído em s !NTI SEPSIADOLOCALELEITOPARAPUNÀâO
água destilada ou filtrado na proporção de ou biópsia;
1(uma) parte para 3(três) partes de água. s !NESTESIADAÖREA
O recipiente de coleta e acondicionamento s 0UNÀâONAÖREAESCOLHIDADEFORMAA
da peça deve conter um volume de líquido coletar o material para análise visual;
suficiente para que a peça cirúrgica obtida s #OLETADEFRAGMENTO˜SSEOOUDELESâO
fique completamente submersa, não mais óssea para envio ao patologista bucal.
do que isso.
Terapia medicamentosa
1.2.5.3 Procedimentos para lesões intra-ósseas s / PACIENTE PODERÖ SER SUBMETIDO AO
Punção exploratória Manual de profilaxia antibiótica, com
Biópsia incisional óssea o uso de dois gramas de amoxicilina
(quatro comprimidos de 500 mg)
Definição ou 600 mg de clindamicina uma
A punção é um procedimento realizado hora antes do procedimento (na
em lesões ósseas radiolúcidas ou de aspecto dependência de sua condição geral de
misto, para verificação de seu conteúdo saúde e dos Manuals universalmente
(hemorrágico, purulento, cístico e/ou usados para tal fim).
sólido). A punção pode ser um procedimento s 0ODE SE PRESCREVER ANALGESIA NâO
isolado ou associado à biópsia óssea. Esta opiácea considerando-se clinicamente
última é o procedimento de coleta amostral, o grau de invasividade e morbidade
prioritariamente incisional, que se realiza presumida a ser provocada pelo
para coleta de fragmentos teciduais das procedimento.
lesões maxilo-mandibulares.
Cuidados
Indicações Como mencionado no item sobre
As lesões intra-ósseas radiolúcidas biópsia para tecidos moles, deve-se ter
podem, muitas vez es, representar um sempre em mente, que o procedimento
h e m a n g i o m a i n t r a - ó s s e o. D a d a e s t a visa à obtenção de um espécime de tecido
característica importante, tais lesões sempre vivo (biópsia óssea) que será visualizado
deverão ser puncionadas previamente à microscopic amente. Por tanto, todo o
16 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

acesso, coleta, manipulação (manobras estas laboratórios de anatomopatologia também


mais difíceis para obtenção de amostras para os CEO. Preferencialmente, esses
intra-ósseas) devem ser objeto de cuidados laboratórios devem ser aqueles com a
cirúrgicos compatíveis com este objetivo. presença do especialista em Patologia
Bucal, cuja atividade foi incluída na Tabela
Condutas em caso de urgência/emergência
de Atividades do SIA/SUS pela portaria
Em casos de hemorragia, verificar a
nº 566 SAS/MS, de 06 de outubro de
origem da hemorragia e, de acordo com a
2004, Artigo 3 o. Caso esta referência não
causa, considerar compressão, curetagem,
exista, sugere-se aos gestores a vinculação ao
sutura ou uso de agentes hemostáticos.
serviço de anatomia patológica já existente
Preparo prévio a ser realizado na Atenção na rede.
Básica Para acondicionamento das peças
Solicitar que o paciente leve ao CEO cirúrgicas é necessário um frasco plástico com
todos os resultados de exames previamente tampa (coletor universal) e formol a 10%.
solicitados (inclusive de imagem) e lista Um modelo de ficha de requisição de exame
de medicamentos em uso. Desmistificar anatomopatológico segue no Anexo B.
para o paciente a prática de biópsia como Todas as peças operatórias removidas
procedimento diagnóstico exclusivamente nos CEO devem, obrigatoriamente, seguir
indicado para lesões malignas. para exame anatomopatológico. Deve ser
mantido um registro com os resultados
Proservação
dos exames realizados, como mecanismo
A proservação deve ser feita sempre na
de avaliação e controle da inclusão da
Atenção Secundária.
especialidade de Estomatologia nos
Observações CEO.
s .O CASO DAS PUN˵ES USA SE SERINGA
de vidro, com agulha hipodérmica 1.2.5.4 Doenças de manejo não-cirúrgico
ou agulha de grosso calibre, na 1.2.5.4.1 Candidíase
dependência da espessura da cortical
óssea a ser rompida. Definição
s 4AMB£MPODERâOSERUSADASSERINGAS É a infecção fúngica bucal mais
plásticas descartáveis. A coleta de comum.
líquido da lesão é um procedimento Manifestações clínicas
para visualização clínica do mesmo. As manifestações clínicas são
Não há grande informação diagnóstica variáveis, sendo a mais freqüente aquela
que advenha de esfregaços e análise associada à Estomatite Protética, com
microscópica destas amostras. formação de área atrófica e eritematosa
que sugere a nomenclatura da lesão.
O Exame Anatomopatológico Os usuários acometidos são na maioria
assintomáticos, mas eventualmente
Um serviço que realiza procedimentos
podem se queixar de dor, ardência ou,
de Estomatologia funciona de forma muito
mais raramente, prurido. Algumas lesões
limitada na ausência de referências para
associadas à cândida podem manifestar-
encaminhamento das peças cirúrgicas
se de maneira aguda, com formação
incisionais ou excisionais, bem como de
de pseudomembrana esbranquiçada
raspados citológicos da mucosa bucal.
(candidíase pseudomembranosa). A
É necessário que o gestor responsável
pseudomembrana pode ser coletada por
estabeleça, com a rede municipal/regional
esfregaço e encaminhada para exame
de saúde, os fluxos e as referências para
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 17

citológico. Pacientes com suspeita de após desaparecimento das manifestações


candidíase pseudomembranosa devem ser clínicas já que muitas formas de candidíase
sempre investigados cuidadosamente com permanecem de maneira subclínica e
relação à presença de doenças ou fatores apresentam significativa predisposição
locais que levem à imunossupressão tais à recidiva. Sugere-se que os usuários
como o uso de corticóides tópicos ou Aids, portadores da lesão atrófica ou eritematosa
onde a lesão com pseudomembrana é uma sejam avaliados semanalmente até a alta. Já
das manifestações bucais mais freqüentes. a candidíase do tipo pseudomembranosa,
que se manifesta através de formação de
Diagnóstico pseudomembranas esbranquiçadas, é a forma
Normalmente o diagnóstico de mais comum nos extremos da velhice e da
candidíase é eminentemente clínico, mas infância (sapinho). Deve-se ficar atento,
pode-se utilizar a citologia esfoliativa como contudo, à presença das lesões em pacientes
auxiliar – consta de um método simples e não- imunossuprimidos, diabéticos, irradiados e
invasivo onde se espalha o material raspado submetidos à quimioterapia antineoplásica,
com espátula metálica ou de madeira sobre onde a decisão terapêutica por vezes exige
uma lâmina de vidro. O acondicionamento abordagens um pouco mais agressivas.
é feito em coletores plásticos específicos Sobretudo, a candidíase pseudomembranosa
para suporte das lâminas e a fixação pode e a candidíase eritematosa (atrófica), devem
ser realizada com álcool absoluto ou álcool ser vistas como indicativo de imunossupressão
70. O teste terapêutico com antifúngicos (particularmente Aids) em indivíduos que não
tais como nistatina suspensão oral ou estejam dentro dos perfis epidemiológicos
miconazol em gel pode ser utilizado desde descritos acima (recém-natos, idosos e
que acompanhado de perto pelo prestador usuários de próteses removíveis).
quanto aos seus resultados.
Terapia medicamentosa
Tratamento s .ISTATINA SUSPENSâO ORAL PARA
O tratamento medicamentoso mais realização de bochecho (10 ml) por
acessível das formas crônicas (Candidíase dois minutos, de quatro a cinco vezes
atrófica ou eritematosa) exige, por vezes, ao dia, durante 14 dias);
Manuals longos e de difícil adesão pelo s -ICONAZOLMGGELORALQUEDEVERÖ
paciente. Por ser majoritariamente ser aplicado dentro da prótese quatro
assintomática, a doença pode passar vezes ao dia, durante 14 dias);
despercebida da atenção profissional. s / R I E N T A À â O E A V A L I A À â O S O B R E
Reforça-se, portanto, a necessidade de higienização correta de próteses
um exame clínico cuidadoso e atento. O removíveis.
tratamento medicamentoso é amplamente
favorecido por manobras de higiene, desgaste 1.2.5.4.2 Afta
e interrupção de uso das próteses removíveis, Definição
já que o biofilme que se forma no interior É uma das ulcerações bucais mais
das mesmas perpetua a agressão tecidual.Os comuns. A incidência varia de 20
pacientes que utilizam próteses removíveis a 60% dos indivíduos, dependendo da
(parciais ou totais) devem ser orientados população estudada. O fator etiológico
sobre a correta higienização destas, inclusive não é um consenso. O mais aceito é o fator
podendo utilizar a medicação antifúngica imunológico, embora se discuta bastante as
aplicada à superfície interna das mesmas. As hipóteses infecciosas, alimentares e também
aplicações tópicas de antifúngicos deverão ser traumáticas (no caso das lesões oriundas das
mantidas por aproximadamente uma semana punções anestésicas, por exemplo).
18 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Manifestações clínicas paciente. Medicações em orabase devem ser


São reconhecidos três tipos de úlceras prescritas para lesões bastante acessíveis à
aftosas: maiores (úlceras com mais de 1 cm manipulação pelo paciente tais como aquelas
que podem durar até 6 semanas deixando localizadas nos lábios, terço anterior da
cicatriz), menores (úlceras com até de 1 cm língua e mucosa jugal. Nas aftas maiores, o
e com curso clínico de 7 a 10 dias curando uso de corticosteróide sistêmico pode estar
sem deixar cicatriz) e herpetiformes (grupos indicado, desde que haja sintomatologia
de pequenas úlceras recorrentes). Todas intensa e tempo de duração prolongado. Esta
se apresentam como úlceras doloridas e terapêutica sistêmica pode suceder ou ser
recidivantes que não são precedidas por utilizada concomitantemente às alternativas
vesículas e com predileção de ocorrência em de corticoterapia tópica descritas para as
mucosa não ceratinizada. aftas menores. Para o controle imediato da
estomatite aftosa grave recomenda-se uma
Diagnóstico
dose moderada de prednisona durante um
O diagnóstico é eminentemente clínico
curto período de tempo (20 a 40 mg de
dado seu aspecto amplamente reconhecido.
prednisona por dia pela manhã durante 1
Não há indicação de biópsia. Eventualmente,
semana, seguido de metade da dose inicial
em lesões de maior duração, podem ser
durante a outra semana). As terapêuticas
solicitados o eritograma, leucograma e
com fármacos que agridam a base da
contagens séricas de ácido fólico, ferro sérico
úlcera, à exemplo o bicarbonato de sódio,
e vitamina B12. Devem-se descartar doenças
nitrato de prata, laser de alta potência ou
imunossupressoras e, mais raramente, a
reepitelizadores tais como policresuleno em
Síndrome de Behcet, que manifesta lesões
gel, não tem evidência científica de redução
ulceradas oculares e genitais e a Doença
do tempo de cicatrização das lesões, mas
de Crohn que manifesta também lesões e
podem resultar em alívio sintomatológico
transtornos do trato gastrintestinal. As aftas
em alguns pacientes.
devem ser cuidadosamente diferenciadas
de outras úlceras bucais. Deve-se evitar o Cuidados
uso do termo afta para descrição de outras O uso de corticoterapia sistêmica deve
úlceras que não aquelas que possam ser ser utilizado de maneira criteriosa e com
claramente caracterizadas como aftosas. completo controle sobre as interações
medicamentosas e efeitos colaterais em
Tratamento
caso de uso prolongado da droga. Indica-se
Tratamento medicamentoso.
controle glicêmico, de creatinina sérica e de
Terapia medicamentosa níveis de cortisol no caso de uso prolongado
As aftas menores, maiores e herpetiformes, de corticosteróides.
em usuários com manifestações leves
ou moderadas, podem ser tratadas com 1.2.5.4.3 Líquen Plano
corticosteróide tópico, como Acetonido de Definição
triancinolona 1 mg (em orabase aplicada É uma doença mucocutânea inflamatória
sobre a lesão 3 a 5 vezes ao dia). Há também crônica.
a opção da Dexametasona em elixir para
uso exclusivamente tópico em bochechos Manifestações clínicas
que devem se repetir de 4 a 5 vezes ao dia O líquen plano é uma doença que afeta
durante o tempo de manifestação clínica. homens e mulheres, com predomínio destas
A última opção é muitas vezes mais prática e preferencialmente na meia-idade. As
já que a aplicação de fármacos em orabase manifestações bucais são extremamente
tende a ser de difícil realização para o variáveis, sendo o mais comum o reticular
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 19

plano (numerosas linhas ou estrias brancas particularmente nas formas atróficas,


que se entrelaçam, produzindo um padrão ulceradas e em placa, a biópsia incisional
em forma de rendilhado, que não cede à está indicada. Sugere-se como conduta aos
raspagem). A área mais comumente atingida CEO a realização da biópsia incisional como
é a mucosa jugal, mas também pode ser procedimento padrão e como recurso ao
observada na língua, gengiva e nos lábios. A diagnóstico diferencial entre o líquen plano,
importância desta doença está relacionada leucoplasias ou lupus eritematoso, lesões
com seu grau de freqüência na população, estas de muita semelhança clínica e onde
sua multiplicidade de aspectos clínicos e a terapêutica e conduta clínica merecem
sua possível correlação com malignidade. A cuidados distintos.
forma de placa se assemelha clinicamente à
Tratamento
leucoplasia, atingindo principalmente o dorso
Nenhum tratamento provou ser eficaz na
da língua e a mucosa jugal. A forma atrófica,
eliminação do líquen plano. A freqüência real
onde há redução de espessura da mucosa,
da transformação maligna parece ser baixa e
pode ser encontrada concomitantemente às
foi relatada mais freqüentemente nas formas
outras formas clínicas. Um número expressivo
erosiva/atrófica/ulcerada da doença. Nas
de pacientes apresenta a doença com aspecto
lesões assintomáticas nenhum tratamento está
clínico caracterizada por associação de
indicado, mas sugere-se acompanhamento das
diferentes lesões fundamentais (reticulares,
características clínicas de maneira periódica.
atróficas, ulceradas e/ou em placa). As formas
Nas lesões com sintomatologia de dor ou
reticular e erosiva, por exemplo, podem ser
ardência provocada pela exposição do tecido
vistas nas margens de zonas atróficas e vice-
conjuntivo a corticoterapia tópica é a primeira
versa. Na forma erosiva tem-se uma superfície
escolha. No caso de reações semelhantes ao
irregular e acentuadamente eritematosa
líquen plano (reações liquenóides) indica-se
e uma placa fibrinosa que cobre as áreas
a substituição de restaurações metálicas de
onde a erosão é mais pronunciada podendo
amálgama ou incrustações que possam estar
sangrar devido à manipulação. Há também
em contato com a mucosa.
outra variante mais rara que se apresenta
como bolhas ou vesículas, geralmente por Terapia medicamentosa
um curto período de tempo e, que ao se Os corticosteróides são os medicamentos
romperem, deixam uma superfície ulcerada. mais úteis no controle dos casos
As lesões de líquen plano podem ainda sintomáticos (erosões e ulcerações). Podem
acometer a borda lateral da língua e menos ser aplicados preferencialmente na forma
comumente nas gengivas e face interna dos tópica. O medicamento mais indicado é
lábios. Na pele o líquen plano se apresenta a Dexametasona, na forma de elixir para
como pápulas ou placas acinzentadas e bochechos, de 4 a 5 vezes ao dia (uma colher
até violáceas, planas e pruriginosas, que das de sopa) ou nos casos mais graves com
envolvem mais freqüentemente as superfícies uso concomitante de corticoterapia tópica
flexoras dos braços ou das pernas. Na maioria e sistêmica (à exemplo do Manual descrito
dos casos, a forma cutânea ocorre antes ou para os casos mais graves de afta).
simultaneamente às lesões bucais. Muitos
Cuidados
pacientes manifestam lesões exclusivamente
Como o líquen plano é uma condição
na mucosa bucal.
crônica, os pacientes devem ser examinados
Diagnóstico periodicamente pela Atenção Secundária e a
O diagnóstico pode ser exclusivamente biópsia incisional deve ser sempre indicada
c línico nos c asos com manifestações em caso de agravamento das características
reticulares, mas em alguns casos e clínicas (úlceras e erosões).
20 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

1.2.5.4.4 Herpes labial imunoglobulinas IgM e IgG não são


recomendadas para os casos mais comuns
Definição
de lesões labiais recorrentes. Em casos de
É uma infecção viral, recorrente e
aspecto e história clínica menos reveladora,
contagiosa relacionada à imunossupressão.
a citologia esfoliativa pode ser um recurso
Manifestações clínicas de uso na clínica estomatológica.
As lesões mais comuns do herpes labial
Terapia medicamentosa
são caracterizadas pela formação de vesículas,
Infelizmente não há, até hoje, evidências
úlceras e crostas recidivantes na região
científicas definitivas a respeito de um
labial. Normalmente são autolimitantes e
manual terapêutico que previna a ocorrência
desaparecem sem que seja necessária qualquer
ou diminua o curso clínico das lesões, a
intervenção terapêutica. As lesões do herpes
despeito de inúmeros relatos de casos com
ganham relevância clínica a partir do momento
as mais distintas possibilidades terapêuticas.
em que o paciente passa a manifestar lesões
Recomenda-se aos pacientes acometidos
maiores, com franca extensão pela área peri
que procurem identificar o início do ciclo
e intrabucal, com episódios que passam a
lesional e, neste momento, façam aplicações
ocorrer em intervalos cada vez menores de
de aciclovir tópico em pomada. Não se
tempo. Tais características podem estar
justifica a adoção de terapia sistêmica para
relacionadas à imunossupressão e devem
os pacientes com manifestações de herpes
despertar no clínico, a necessidade de
labial recorrente em estado de higidez
exames mais aprofundados e principalmente
imunitária.Na primo-infecção que acomete
correlação com demais dados da anamnese.
a criança, a terapêutica é exclusivamente
Não raro na Aids, o herpes passa a ser um
de suporte, mantendo-se uma ingestão
agente etiológico freqüente de lesões bucais
alimentar adequada, com repouso, analgesia
ulceradas duradouras e de sintomatologia
não-opiácea e, em situações selecionadas,
intensa. Na clínica odontopediátrica são
anestésicos tópicos. Nos pacientes com
comuns os episódios de “primo-infecção”,
Aids é necessário discutir diagnósticos
onde a criança, ao primeiro contato com
diferenciais de úlceras bucais e o uso de
o vírus, manifesta lesões extensas por toda
antivirais sistêmicos em conjunto com a
a mucosa bucal e do lábio com quadro
equipe de Infectologia.
sintomatológico típico das demais viroses
da infância (Gengivo-estomatite herpética 1.2.5.4.5 Hemangiomas
primária).
Definição
Diagnóstico Os hemangiomas, quanto à sua etiologia,
O aspecto clínico costuma ser suficiente são lesões que podem representar distúrbios
para o diagnóstico da maioria dos casos de de desenvolvimento, estando presentes
herpes labial. História de prurido, incômodo ao nascimento ou ainda podem surgir
ou dor precedem a ocorrência de vesículas tardiamente, comportando-se como uma
e estas, por sua vez, a ocorrência de úlceras. neoplasia. Os hemangiomas podem, portanto,
O paciente costuma procurar ajuda na fase apresentarem-se como neoplasia verdadeira,
de úlcera e, portanto, a história evolutiva da de caráter benigno, com estímulos de
sintomatologia e das lesões fundamentais tem crescimento ainda desconhecidos e que podem
muita significância diagnóstica. A avaliação surgir em crianças e adultos. Apesar de o
do hemograma, com ênfase nas contagens termo hemangioma sugerir neoplasia, parece
leucocitárias, pode ser reveladora de quadros que tal termo tem sido usado de maneira
de imunossupressão não pre viamente indiscriminada para as lesões vasculares não
diagnosticados. As avaliações séricas de necessariamente neoplásicas.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 21

Manifestações clínicas um auxiliar diagnóstico não definitivo nas


O aspecto clínico dos hemangiomas é lesões que envolvem as glândulas salivares,
descrito como bastante característico, pela mostrando um sinal hipoecóico. A presença
coloração azulada ou violácea, principalmente de calcificações, conhecidas como flebólitos,
os do tipo cavernoso. Quando intra-ósseos, pode ser observada nos exames de imagem.
entretanto, o diagnóstico é difícil, mostrando Os hemangiomas superficiais podem ser
aspecto osteolítico semelhante a outras submetidos à punção aspiradora, sendo
lesões dos maxilares. São mais comumente igualmente passíveis de serem visualizados
detectados na infância sendo muitas vezes através da ultra-sonografia. Recomenda-se
congênitos, o que reforçaria a hipótese a punção como conduta prévia a qualquer
etiológica de distúrbio de desenvolvimento abordagem cirúrgica. Durante a punção,
(hamartomas).Os hemangiomas têm sido os hemangiomas do tipo arterial podem
relatados como os tumores mais comuns empurrar o êmbolo da seringa, dada sua
da região de cabeça e pescoço em crianças. pressão interna. Exames de imagem como
Muitas lesões involuem espontaneamente a tomografia e a ressonância magnética são
não configurando neoplasmas verdadeiros. eficazes para evidenciar o envolvimento de
Os hemangiomas intra-ósseos representam planos teciduais profundos. Nos casos em
por volta de 1% dos tumores ósseos, sendo a a indicação terapêutica seja pela cirurgia, é
maioria de localização vertebral e craniana. fundamental definir a completa extensão do
Outras localizações podem incluir, além hemangioma, pois pode acontecer recidiva
das mucosas e face, as glândulas salivares após remoção incompleta. A angiografia
maiores, principalmente a parótida. pode mostrar o tamanho e a distribuição
dos vasos sanguíneos e videnciando o
Diagnóstico
caráter vascular das lesões. A variação e a
A coloração, a textura superficial, a
quantidade de exames necessários para um
localização da lesão e a idade do paciente são
correto diagnóstico tornam desafiadora
fatores importantes no diagnóstico das lesões
a conduta do dentista na Atenção de
mais superficiais. Nas lesões mais profundas,
Média Complexidade como a que se
a definição diagnóstica torna-se mais difícil.
propõe o CEO. A terapêutica destas lesões
Uma manobra semiotécnica simples, a
assume, na dependência do seu tamanho,
diascopia, pode ajudar a distinguir lesões de
um caráter multiprofissional que exige o
componente vascular sangüíneo de outras
estabelecimento de fluxos e envolvimento
de coloração semelhante. Na diascopia,
de equipes de cirurgia vascular, cirurgia
pressiona-se sobre a lesão, ou parte dela,
de cabeça e pescoço, cirurgia plástica e
uma lâmina de vidro (vitropressão). Através
pediatria.
da transparência da lâmina, observa-se um
esvaziamento do conteúdo da lesão - um Tratamento
achado de valor semiológico importante. Para que a terapêutica dos hemangiomas
Quando há dúvida no diagnóstico e, levando- da mucosa bucal seja bem sucedida é
se em conta a localização da lesão, pode-se necessário que cada caso seja analisado com
lançar mão de exames complementares. relação às suas características particulares.
Em geral, os hemangiomas intra-ósseos são Sugere-se que no CEO seja realizado o
difíceis de serem diferenciados de outras tratamento/acompanhamento de lesões
lesões osteolíticas do complexo maxilo- pequenas e assintomáticas, sendo possível
mandibular. Radiografias panorâmicas, que muitos pacientes convivam com as
oclusais, tomografia computadorizada, mesmas por longo período de tempo sem
ressonância magnética e angiografia podem necessidade de tratamento. Em outras
ser utilizadas. A ultra-sonografia pode ser situações tais como comprometimento
22 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

estético, hemorragia freqüente e intensa, resultados são mais previsíveis. Usa-se uma
assimetria facial, interferência funcional seringa de insulina com uma quantidade
em diferentes órgãos, a terapêutica destas bastante pequena do fármaco (em torno de
lesões passa a ser considerada. Na literatura, 0,2 ml). Na maior parte dos pacientes pode
há referência a diversas modalidades ser usado apenas anestésico tópico pois o
de tratamento, todas elas com variáveis desconforto provocado pela injeção do oleato
graus de sucesso e aplicabilidade clínica. de etanolamina é uma sensação de ardência
Devido a uma tendência de regressão dos que costuma durar de 10 a 15 minutos no
hemangiomas, pode-se ter com crianças local de aplicação. Não se deve exagerar na
uma atitude de acompanhamento clínico.A quantidade do produto a ser injetado, pois o
excisão cirúrgica pode ser uma opção nas fármaco pode provocar necrose superficial.
lesões pequenas e, também, naquelas que O intervalo entre as aplicações deve ser de
apresentam grande comprometimento 1 semana caso não haja complicações tais
estético ou funcional. Na Estomatologia, como úlceras necróticas (nesta situação
tem-se optado pelo tratamento das aguarda-se a completa cicatrização da área
primeiras, já que as lesões de maior porte ulcerada para que se repita a aplicação).
requerem extremo cuidado na avaliação de Normalmente são necessár ias de 5 a
risco cirúrgico, sendo esta atribuição da Alta 10 aplicações para que se obtenha um
Complexidade. A cirurgia dos hemangiomas resultado estético e funcional satisfatório
m a i o re s é d e l i c a d a e p o d e p r o d u z i r em lesões com até 1 cm de diâmetro na
resultados estéticos pouco satisfatórios. As mucosa bucal. O procedimento pode ser
seqüelas do tratamento cirúrgico requerem realizado em quaisquer das localizações
procedimentos reconstrutivos extensos além i n t r a b u c a i s e t a m b é m n o l á b i o, u m
de apresentarem risco de hemorragia trans- sítio de expressão bastante comum
operatória grave.No caso de má-formação dos hemangiomas. A prescr ição pós-
de vasos sanguíneos de pequeno calibre e operatória deve ser definida conforme a
baixo fluxo, as lesões podem ser excisadas abordagem terapêutica utilizada. No caso
cirurgicamente, tratadas por crioterapia da esclerose química ou excisão cirúrgica
ou laser de alta potência, que são formas de pequenos hemangiomas bucais pode
terapêuticas bastante úteis nas lesões ser composta exclusivamente de analgesia
superficiais. Ainda nas lesões pequenas da não-opiácea.
mucosa bucal, é de particular interesse o
1.2.5.5 Terapêutica de fenômeno de retenção
uso de agentes de esclerose química. Tais
salivar
agentes podem ser facilmente encontrados
no mercado e sua aplicação no tratamento de 1.2.5.5.1 Mucoceles
hemangiomas bucais de tamanho pequeno Definição
constitui um procedimento relativamente Mucoceles são bolhas formadas pelo
simples. A esclerose química também pode acúmulo de saliva na mucosa bucal. São
ser um recurso prévio à cirurgia, diminuindo lesões bastante freqüentes e considerando as
o tamanho da lesão e permitindo uma doenças de glândulas salivares, configuram-
abordagem cirúrgica menos agressiva. se como o agravo mais freqüente na prática
Terapia medicamentosa estomatológica.
É recomendado para uso nos CEO o Manifestações clínicas
oleato de monoetanolamina (Ethamolin) Aumento de volume, em forma de bolha,
aplicado localmente em diversas sessões. prioritariamente na mucosa interna do
A aplicação deve ser feita em lesões com lábio e ventre lingual, de coloração azulada
até 1 cm de diâmetro, pois nestes casos os denotando o conteúdo líquido salivar.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 23

Diagnóstico comuns às demais cirurgias intrabucais,


O diagnóstico é eminentemente clínico, são suficientes para um pós-operatório sem
dada à localização, característica das lesões intercorrências. As mucoceles são fenômenos
fundamentais (bolha) e história clínica mais comuns nas crianças, adolescentes
de remissão e exacerbação. Raramente há e adultos jovens. Nas crianças, pode ser
sintomatologia dolorosa. O diagnóstico necessária a participação do odontopediatra
diferencial, por vezes, envolve o fibroma como ‘consultor’ em situações de manejo
e a hiperplasia fibrosa inflamatória. Isto mais difíceis ou desafiadoras.
pode acontecer em virtude da permanência
de algumas lesões, por um período de Terapia medicamentosa
tempo suficiente para que hábitos de A prescrição pós-operatória é composta
mordiscamento e irritação da superfície exclusivamente de analgesia não-opiácea.
epitelial provoquem fibrosamento e/ou Cuidados
hiperceratose, complicando a identificação Recomenda-se, no manejo destas lesões,
da lesão fundamental (bolha ou nódulo). bastante cuidado com a remoção cirúrgica,
Tratamento visto que o controle do sangramento no
O tratamento mais comum e eficaz é lábio, principal sítio de localização das
composto de excisão completa da bolha e mucoceles, é imprescindível para que haja
das glândulas salivares menores próximas adequada visualização do campo operatório.
e visualizáveis no leito cirúrgico. Alguns No ventre lingual, o manejo cirúrgico
a ut ores propõem o p roc ed i m ento d e também deve ser cauteloso pela presença de
micromarsupialização que consiste na vasos calibrosos e de um epitélio de pouca
passagem de um fio de sutura objetivando espessura. Dá-se preferência (desde que a
o esvaziamento do conteúdo salivar da identificação da bolha e de seu conteúdo,
bolha. Este recurso pode ser adotado composto de saliva, seja evidente) à remoção
isoladamente ou como estratégia terapêutica total das mucoceles.
prévia à excisão completa, principalmente 1.2.5.5.2 Rânulas
nos casos em que as lesões se apresentem
mais profundamente no tecido conjuntivo Definição
(o que dificulta a exata delimitação das As Rânulas são fenômenos de retenção
bordas cirúrgicas). Algumas mucoceles têm específicos da glândula sublingual. Como
remissão espontânea e este aspecto deve ser esta glândula apresenta uma produção salivar
considerado no planejamento terapêutico. quantitativamente maior que as glândulas
Quando localizadas no lábio, deve-se avisar salivares menores, os fenômenos de retenção
ao paciente sobre um possível fibrosamento costumam manifestar bolhas de maior
pós-operatório na região, característica essa volume.
de grande variabilidade individual após os Manifestações clínicas
procedimentos cirúrgicos. Nas excisões, Aumento de volume (bolha) na área
o leito cirúrgico deve ser investigado sublingual, de coloração azulada denotando
cuidadosamente para a presença de glândulas o conteúdo líquido salivar.
salivares menores, que, na medida do
possível, devem ser removidas. Isto porque Diagnóstico
é muito difícil determinar qual das inúmeras O diagnóstico é eminentemente clínico,
glândulas salivares do lábio é a responsável dada à localização, característica das lesões
pelos fenômenos de retenção salivar. fundamentais (bolha) e história clínica
Suturas simples interrompidas e prescrição de remissão e exacerbação. Raramente há
analgésica, associadas aos cuidados locais sintomatologia dolorosa.
24 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Tratamento exsudato purulento com drenagem pelos ductos


O tamanho e a localização no assoalho das glândulas submandibular e parótida.
bucal fazem com que estas lesões sejam
Diagnóstico
preferencialmente tratadas através de
É obrigatória a realização de exames tais
micromarsupialização. Esta técnica costuma
como radiografia oclusal, panorâmica e outras
apresentar melhores resultados no manejo
para localização precisa do sialolito. A sialografia,
das rânulas em relação àqueles obtidos com as
exame radiográfico onde se administra contraste
mucoceles. Por vezes, a micromarsupialização
radiopaco no interior dos ductos da glândula,
deve ser repetida por um período razoável de
é um recurso importante a ser utilizado. A
tempo até que haja extravasamento completo
Ecografia (ultra-sonografia) apresenta-se como
do conteúdo salivar da bolha. O paciente deve
método interessante de investigação inicial e
ser avisado sobre estas características para que
para diagnóstico diferencial. Sugere-se que todos
possa colaborar efetivamente com o tratamento.
estes exames, na dependência da apresentação
Fios de sutura mais espessos costumam gerar
clínica das sialolitíases, sejam solicitados pela
melhores resultados e permanecer no local por
equipe do CEO.
mais tempo. Os pacientes portadores de rânula
devem ser avaliados semanalmente. Na falha da Tratamento
estratégia de micromarsupialização, procede-se Quando o sialolito é identificado em porções
à remoção cirúrgica da bolha observando- terminais dos ductos salivares, tais como junto à
se os cuidados descritos no tratamento das papila parotídea e junto à carúncula sublingual
mucoceles. ou assoalho da boca, e esteja acessível às
pequenas cirurgias ambulatoriais, este deve ser
Terapia medicamentosa
o procedimento de escolha. Em todas as demais
A prescrição pós-operatória é composta
situações sugere-se avaliação e encaminhamento
exclusivamente de analgesia não-opiácea.
para profissional da Especialidade de Cirurgia
1.2.5.6 Terapêutica de fenômeno de retenção Buco-Maxilo-Facial ou Cirurgia de Cabeça e
salivar Pescoço.

1.2.5.6.1 Sialolitíases Terapia medicamentosa


Analgesia não opiácea, antiinflamatórios
Definição não esteroidais, bochechos com clorexidina
Nas glândulas salivares maiores que e antibioticoterapia de amplo espectro caso
apresentam ductos excretores de trajeto haja sinais de coleção purulenta.
mais longo, podem ocorrer fenômenos de
calcificação, denominados sialolitos, que Observações
obstruem a excreção da saliva. A retenção Os aumentos de volume de glândula salivar
da saliva no interior da glândula (parótida e maior podem ser decorrentes de fenômenos tão
submandibular) provoca aumento de volume díspares quanto doenças-auto-imunes (Síndrome
local e sintomatologia dolorosa intensa. de Sjögren), parotidites epidêmicas (caxumba),
parotidites bacterianas, parotidites recorrentes,
Manifestações clínicas neoplasias benignas e malignas e em pacientes
A retenção da saliva no interior da glândula alcoólatras e HIV positivos. No caso das doenças
(parótida e submandibular) provoca aumento do colágeno, têm-se notado a importância do
de volume local e sintomatologia dolorosa. Estomatologista para o estabelecimento do
O aumento de volume pode ser intermitente diagnóstico da Síndrome de Sjögren Primária
ou progressivo na depend6encia do grau de ou Secundária. Tal doença pode estar associada
obstrução e fluxo salivar de cada indivíduo. ao Lupus Eritematoso, à Artrite Reumatóide
As retenções salivares podem ser agravadas e aos sintomas tais como a xeroftalmia, sendo
por infecção bacteriana, podendo manifestar que seu diagnóstico exige, na maioria dos
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 25

casos, uma interação multiprofissional. Cabe ao de neoplasias malignas da boca do que


Estomatologista desconfiar dos sinais clínicos de leucemias (n=9540) no país.
xeroftalmia, hipossalivação e dores articulares, A histologia das lesões aponta o epitélio
realizando biópsia incisional de glândula salivar como sendo a região de origem da maior parte
menor (preferencialmente labial) e solicitação de dos casos. Tal fato representaria uma facilidade
exames para auto-anticorpos ou alterações celulares em termos diagnósticos, já que as manifestações
provocadas pelos mesmos, tais como pesquisa de poderiam ser reconhecidas em estágios iniciais
células LE, Fator Anti-Nuclear, Anti-SSA, Anti- de evolução em numerosas situações. Soma-se a
SSB e Fator Reumatóide. O conhecimento acerca isto o fato da boca ser uma região de fácil acesso
da epidemiologia das lesões de glândulas salivares ao exame clínico profissional e auto-exame por
e dos exames complementares caracteristicamente parte do paciente.
utilizados no diagnóstico diferencial sejam estes Na perspectiva do usuário, a divulgação da
de imagem, sorológicos ou hematológicos, deve doença, bem como de seus principais fatores
ser de domínio do profissional habilitado para a de risco, poderiam representar uma forma de
prática estomatológica no CEO. Percebe-se que a prevenção, atenção e vigilância bastante barata
equipe do CEO deve estabelecer fluxos claros de e acessível a um grande número de cidadãos. A
referência e contra-referência com especialidades língua, o assoalho de boca e o lábio são os sítios
tais como a dermatologia, reumatologia, anatômicos responsáveis por 79,6% dos casos
oftalmologia e otorrinolaringologia. Exige-se em homens e 69,4% dos casos em mulheres
do atendimento estomatológico do CEO que o na casuística do Hospital Erasto Gaertner,
dentista não abra mão das prerrogativas inerentes em Curitiba. Um estudo no Hospital Mario
à sua atividade profissional, que envolvem o Penna, de Belo Horizonte, relatou que
diagnóstico e o tratamento dos tecidos duros e 44,8% dos pacientes diagnosticados eram
moles do complexo maxilo-mandibular. Delegar analfabetos. Relatou ainda que 58,9% dos
tais procedimentos é na maioria das situações pacientes teriam renda mensal inferior a 1
onerar o sistema público de saúde e diminuir a (um) salário mínimo.
resolutividade do mesmo. Em contraste às peculiaridades descritas
para o diagnóstico e o auto-exame, a maior
parte dos pacientes apresenta-se para o
As Equipes de Saúde Bucal na Atenção tratamento em estágios bastante avançados de
Básica e os Centros de Especialidades comprometimento. Além deste diagnóstico
Odontológicas e sua importância no tardio, o paciente com câncer de boca ainda
sofre uma defasagem importante de tempo
controle e diagnóstico precoce do entre o diagnóstico e o início do tratamento.
câncer bucal Alguns autores já referiram tal lapso de
O câncer bucal representa um desafio tempo como sendo em média de 84 dias.
quanto à sua prevenção, detecção precoce e Tabagismo, etilismo e exposição solar
também quanto à atenção em Saúde Bucal excessiva seriam os fatores de risco mais
ao paciente portador. O Instituto Nacional relevantes para a ocorrência do câncer na boca.
do Câncer (INCA) estima uma ocorrência Para alguns autores, a prevenção primária do
de 10.380 novos casos para homens e 3.780 câncer bucal se daria por meio da eliminação/
novos casos em mulheres no ano de 2008 redução do consumo de álcool e fumo. Para
(total de 14.160 novos casos). As malignidades os indivíduos que não conseguem abandonar
bucais configuram-se como o sétimo tipo os hábitos de risco, a detecção e o tratamento
de neoplasia maligna (excetuando-se os precoce seriam as melhores alternativas. Para os
casos de pele não melanoma). Segundo os casos de câncer de lábio, a orientação quanto à
dados do INCA, pode-se observar que exposição solar parece ser a estratégia de maior
ocorrerão aproximadamente 50% mais casos impacto na redução da ocorrência de lesões,
26 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

aliada à identificação precoce de alterações notamos que as alterações provocadas pelo


teciduais com potencial de malignização. câncer bucal podem levar às infecções
As lesões com potencial de malignização locais e sistêmicas, que podem aumentar
podem ser reconhecidas na boca e podem servir a morbidade da doença. A proliferação de
ainda como parâmetro de triagem e seleção de fungos e bactérias anaeróbias é estimulada
pacientes que necessitem de acompanhamentos por procedimentos imunossupressores
clínico e laboratorial mais rigorosos. Tal fato loc ais e gerais tais como a radio e a
torna-se mais relevante quando se verifica em quimioterapia.
algumas estatísticas que 53,4% dos pacientes As Equipes de Saúde Bucal da UBS/
com câncer bucal apresentaram estadiamento SF em parceria com os CEO, portanto,
III ou IV na admissão hospitalar. As taxas de devem centrar esforços em manobras
sobrevida para os estádios III e IV foram de de vigilância e reconhecimento de
46,3% e 21,6% em 5 anos, em contraste com pacientes que estejam incluídos no
taxas de 79,5% e 59,7% para os estádios I e II perfil epidemiológico descrito acima
respectivamente no Hospital Erasto Gaertner. ou cujo laudo histopatológico descreva
As terapias de eleição para o câncer de a presença de atipias da mucosa bucal.
boca dependem do estágio de evolução e Nem todos os pacientes apresentam os
tipo histológico do tumor. Configuram-se, fatores de risco clássicos para o câncer
entretanto, a cirurgia e a radioterapia como bucal tais como tabagismo, etilismo,
as manobras mais freqüentes de abordagem exposição solar e idade acima de 40
nestes pacientes. A quimioterapia vem sendo anos. Estes não devem ser os únicos
gradativamente incorporada a alguns manuais critérios para suspeita de potencial de
terapêuticos. Tais terapias trazem consigo malignização embora se saiba que as
a necessidade de suporte multiprofissional lesões malignas e potencialmente malignas
(nutricionistas, fisioterapeutas, auxiliares sejam mais freqüentes naqueles grupos.
de enfermagem, dermatologista e/ou Pacientes identificados como de “risco”
otorrinolaringologista), tanto no que concerne devem receber exames preventivos para o
à morbidade que podem provocar, quanto câncer bucal ao menos duas vezes ao ano.
à própria complexidade da abordagem Recomenda-se que o CEO funcione como
cirúrgica e do planejamento oncológico o local de acolhimento (em consonância
(cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologista, com a Atenção Básic a nas UBS) dos
radioterapeuta e/ou cirurgião plástico). pacientes que sejam identificados através
Justifica-se o envolvimento do CD devido ao da estratégia sugerida. Espera-se ainda
seu conhecimento semiológico das estruturas que o CEO possa ser um espaço onde o
da boca bem como à sua capacidade de atender planejamento da atenção odontológica
às demandas dentárias e de morbidade sobre reabilitadora aconteça para que todos
a mucosa bucal nos períodos pré, trans e pós- os indivíduos nas fases de pré e pós-
tratamento oncológico. Pode-se citar dentre tratamento oncológico sejam atendidos.
os processos mórbidos da boca, a redução de 1.2.5.7 Lesões com potencial de
fluxo salivar, disgeusia, limitação de abertura malignização
bucal, mucosite, candidíase, periodontites,
cáries de radiação e osteorradionecrose. Todas 1.2.5.7.1 Leucoplasia
estas implicam em considerável desconforto e Definição
perda da qualidade de vida. P laca esbranquiçada, de superfície
Os tratamentos dentários e rugosa localizada preferencialmente nas
estomatológicos de paciente com neoplasia áreas de mucosa não ceratinizada. É uma
maligna da boca justificam-se, ainda, quando definição clínica e não histológica.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 27

Manifestações clínicas tal, podem ser utilizadas as estratégias


Raramente manifesta sintomas. As de crioterapia ou laserterapia cirúrgica.
lesões mais preocupantes são aquelas onde Nos c asos em que a equipe opte por
não é possível a identificação de um agente acompanhamento clínico do comportamento
traumático local, tais como os de irritação das leucoplasias, importante salientar que
crônica, provocadas por cúspide aguda, não há um Manual que indique de maneira
restauração fraturada ou borda irregular de precisa em que intervalos o paciente deve
uma prótese ou grampo. ser reavaliado. De maneira genérica indica-
se que lesões que estejam localizadas em
Diagnóstico
regiões mais classicamente associadas à
As fontes evidentes de irritação devem
malignização, tais como ventre e bordo
ser eliminadas e o usuário reavaliado. Caso
lingual, palato mole, orofaringe e lábio,
a lesão leucoplásica ainda esteja presente
devam ser reavaliadas em intervalos menores
ou não tenha manifestado qualquer sinal
de tempo e que o paciente seja orientado
de redução após um prazo superior a trinta
quanto ao potencial de malignização,
dias, está indicada citologia esfoliativa ou
necessidade de exames preventivos para o
biópsia incisional para pesquisa de eventual
câncer bucal (realizados nas UBS/SF ou
ocorrência de atipias celulares 1.
CEO) e interrupção ou controle dos hábitos
Tratamento de tabagismo e etilismo.
A d e f i n i r, c o n f o r m e o l a u d o 1.2.5.7.2 Queilite actinica
histopatológico da biópsia incisional.A
citologia esfoliativa é uma estratégia pouco Definição
invasiva e adequada para o acompanhamento Processo degenerativo dos tecidos
de lesões com atipia leve. Pode-se repetir do lábio onde ocorrem endurecimento e
biópsia incisional nos casos onde esteja alterações do epitélio que podem assumir
descrita atipia moderada ou caso haja diferentes lesões fundamentais (placa,
modificação do aspecto clínico, tais como atrofia, úlcera e/ou crosta). Histologicamente
aumento de tamanho e/ou modificação da a definição da lesão depende de observação
superfície. Autores reportaram que a taxa do fenômeno definido como elastose.
de transformação maligna da leucoplasia Manifestações Clínicas
aproxima-se de 6% dos casos. Sempre que Atrofia, placas, úlceras e/ou crostas
possível e, na presença de atipia moderada à majoritariamente localizadas no lábio
intensa, sugere-se que as lesões leucoplásicas inferior. Perda de delimitação entre o
sejam completamente excisadas. Nas lesões vermelhão do lábio e da pele. Muitas vezes
com ausência de atipias descritas pelo erroneamente identificada como parte do
exame histológico, pode-se realizar nova processo de envelhecimento. É uma das
biópsia incisional em outras áreas da lesão lesões onde o potencial de malignização
ou adotar uma conduta de acompanhamento tem sido mais negligenciado e, portanto,
clínico periódico. Alguns sítios anatômicos, adota-se como Manual para o CEO uma
tais como ventre lingual e palato mole, atenção mais rigorosa com pacientes que
podem representar muita dificuldade para manifestem tais alterações ou que tenham
excisão cirúrgica completa. Nestes casos histórico de excessiva exposição solar, seja
e na disponibilidade de referências para por fatores ocupacionais ou outros.

1
A definição de um limite de tempo para acompanhamento clínico de lesões suspeitas, prévia à realização de biópsia, não
tem uma delimitação precisa. O conjunto de informações diagnósticas do exame clínico, anamnese e hábitos é que devem
ser ponderados para indicação do momento e da invasividade do exame complementar indicado.
28 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Diagnóstico parte do dermatologista ou estomatologista


Pode ser definido clinicamente caso com terapias que provoquem descamação e
as lesões descritas no item anterior sejam posterior reepitelização do lábio tais como
suficientes para tal assim como podem ser o uso de pomadas de 5-fluoracil e ácido
submetidas à biópsia incisional. A decisão tricloroacético. A laserterpia cirúrgica e a
pela biópsia incisional é principalmente crioterapia também estão indicadas nestes
influenciada pela presença de um conjunto casos, porém são menos utilizadas em virtude
de alterações epiteliais, principalmente de sua rara disponibilidade nas unidades de
os processos de erosão ou úlcera com referência especializada. A identificação e
endurecimento dos bordos. A citologia o tratamento de lesões de queilite actínica
esfoliativa costuma não fornecer amostras são algumas das questões mais desafiadoras
suficientes para caracterização diagnóstica na lógica da detecção precoce do câncer
de atipias epiteliais em virtude da escassez bucal em virtude da limitação diagnóstica
de material que pode ser removida a partir e da dificuldade de pre visão sobre o
do epitélio labial, diferentemente do seu uso potencial de malignização das mesmas.
em mucosa da boca. As evidências apontam Todo paciente identificado com queilite
ainda que nem sempre as características actínica deve receber atenção mínima de
histológicas de atipia mais intensas estão acompanhamento clínico periódico e de
de acordo com um quadro clínico mais estratégias de uso de proteção à exposição
grave o que compromete muitas vezes o solar com uso de chapéu, boné e filtro solar
julgamento por parte do clínico. Sugere- em bastão. Tais medidas podem ser adotadas
se que pacientes com queilite actínica, tanto nas UBS quanto nos CEO.
diagnosticada clínica ou histologicamente, Uma série de doenças hipo-imunitárias
sejam acompanhados e instruídos sobre a pode levar a um aumento da probabilidade
necessidade de procedimentos preventivos do desenvolvimento de câncer. Para as lesões
e exames periódicos sendo que tal malignas bucais, a Aids tem sido bastante
periodicidade tem sido preconizada com a discutida, particularmente em relação à
realização de dois exames anuais. ocorrência de neoplasias malignas de origem
no tecido conjuntivo (linfomas e sarcomas
Tratamento
de Kaposi). Doenças raras tais como a
F ic ará sempre sujeito ao grau de
Anemia de Fanconi, dentre outras, também
comprometimento epitelial definido pela
se caracterizam por aumento na ocorrência
biópsia incisional. Caso não haja presença
de carcinomas intrabucais. Apesar disto, não
de atipias, ou as mesmas manifestem-se
existe um Manual ou uma conduta específica
discretas, sugere-se acompanhamento clínico
para estes pacientes. Como as recomendações
periódico e uso de pomadas cicatrizantes
deste manuscrito envolvem as lesões mais
por períodos não inferiores a trinta dias.
freqüentes, por questões de resolutividade e
A proteção, particularmente do lábio
cobertura assistencial, os casos particulares e
inferior, deve ser fortemente preconizada
as exceções não são objetos de planejamento,
pelos profissionais com indicação de filtro
embora existam. Recomenda-se ainda à
solar em bastão aplicado na região sempre
equipe do CEO, para efeito de vigilância
que o paciente estiver exposto ao sol. Nos
ao câncer da boca, manter-se estritamente
casos de identificação histológica de atipias
focada no diagnóstico de lesões nas quais as
moderada à intensa, os pacientes poderão
evidências científicas permitam afirmações
ser encaminhados para uma equipe de
sobre risco de malignização (leucoplasia,
Cirurgia de Cabeça e Pescoço que poderá
queilite actínica e líquen plano erosivo/
avaliar a indicação do procedimento de
ulcerado). As lesões traumáticas, provocadas
vermelhectomia ou ainda receber atenção por
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 29

por próteses removíveis, como principal s ,½MINASDEBISTURINŽ


exemplo, não devem ser tratadas como lesões s -ATERIAL PARA POLIMENTO DO ACR¤LICO
com potencial de transformação maligna. A (discos de feltro, mandril)
exclusão das eritroplasias deste documento s 0EÀADEMâORETAEFRESADEMETALPARA
justifica-se pela tendência da literatura desgaste de acrílico)
em classificá-la já como carcinoma in situ s 0EDRADEAlARTIPO!RKANSAS
e não mais como lesão com potencial de s 0EL¤CULARADIOGRÖlCAOCLUSAL
malignização. s 0EL¤CULARADIOGRÖlCAPERIAPICAL
s 0ERADEBORRACHAPARAIRRIGAÀâO
1.2.6 Material e instrumental s 0INÀAANAT¹MICA
necessários s 0INÀADE!DDISON "ROWN
s !BAIXADORDEL¤NGUAMETAL s 0INÀAMICRO DENTEDERATO
s !FASTADOR-INESOTTA s 0INÀASCL¤NICAS
s !GULHASDESCARTÖVEISPARAANESTESIA s 0LACASDEVIDRO
s ! G U L H A S ( I P O D £ R M I C A S  P A R A s 0ORTA AGULHAS PREFERENCIALMENTE DO
punção) modelo Castroviejo)
s "ISTURIDE+IRKLAND s 0UNCH EMM
s "ISTURIDE/RBAN s 2EVELADOR E FICHAS DE REQUISIÀâO E
s #ABOPARABISTURI encaminhamento para os demais tipos
s #AIXADEREVELAÀâO de tomadas radiográficas
s #AMPOSPARAAMESAAUXILIAR REmETOR s 3ERINGA ,UER OU 3ERINGA 0LÖSTICA
mangueiras e paciente (fenestrado e Descartável (5)
não-fenestrado). s 3ERINGA#ARPULE
s #AMPOS PARA MESA AUXILIAR E PARA s 3ONDASEXPLORADORASEXPLORADORES
proteção do paciente s 3ONDASPERIODONTAIS
s #ANETA DE ALTA ROTAÀâO E BROCAS PARA s 3UGADORESCIR¢RGICOSMETÖLICOSOU
osteotomia e osteoplastia caixa de sugadores descartáveis
s #ANETADEBAIXAROTAÀâO s 4ESOURASPARASUTURA
s #UBAMETÖLICAPEQUENA
s #URETASDE'RACEYNŽ
13/14)
s %SCAVADORESDEDENTINA
s %SPÖTULADECERANŽOUSIMILAR
s %SPÖTULASMETÖLICASNŽmEX¤VEL
s %SPELHO GRANDE PARA ORIENTAÀâO AO
paciente
s %SPELHOSCL¤NICOS
s &IOSDESUTURAAGULHADOSDESEDA 
ou 4-0
s &IXADOR
s &R A S C O P A R A B I ˜ P S I A  C O L E T O R
universal)
s *OGODEABRIDORESDEBOCAhBITE BLOCKv
(adulto e infantil)
s *OGO DE MICRO CINZEL PARA OSSO
Oschenbien
s ,½MINASDEBISTURINŽ
31

2 P ERI O D O NT I A
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 33

2.1 Manual de Os pacientes encaminhados para o


CEO de verão ter obtido na Atenção
Regulação Básica explicações das causas da doença,
bem como ter passado por sessões de
motivação, sendo importante que se promova
Especialidade clínica: Periodontia a apropriação destes conhecimentos. O
usuário encaminhado deverá apresentar as
Motivos mais freqüentes de
seguintes situações:
encaminhamento:
s #OMRELAÀâOAODENTEREMOÀâOTOTAL
a. Tratamento de periodontites:
do tecido cariado, selamento com
s RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR
material restaurador provisório e/ou
subgengival; cirurgia de acesso;
definitivo;
b. Cirurgia periodontal para dentística
s #OM RELAÀâO Ü CAVIDADE BUCAL
restauradora:
adequação do meio bucal com remoção
s GENGIVECTOMIAAUMENTODECOROA
dos focos infecciosos, raspagem supra
clínica por retalho;
e subgengival, remoção de excesso de
c. Aumento de volume gengival:
restaurações entre outros que se façam
s CONTROLEDEPLACAPELOPROlSSIONAL
necessários;
paciente; remoção cirúrgica;
s #OM RELAÀâO AO PACIENTE DEVE ESTAR
d. Lesões de furca:
motivado e demonstrando capacidade
s 'RAU ) RASPAGEM E ALISAMENTO
em relação ao controle de placa.
subgengival e cirurgia de acesso;
s 'RAU)) RASPAGEMEALISAMENTO Média:
subgengival, cirurgia de acesso, Principais ações:
resseção radicular e tunelização; s 2ASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR
s 'RAU))) RASPAGEMEALISAMENTO subgengival (RASUB) de maior
subgengival, ressecção radicular e complexidade;
tunelização. s #IRURGIADEACESSO
s #IRURGIA DE ACESSO COM PLASTIA DE
furca;
Responsabilidade por nível de atenção s 'ENGIVECTOMIA
Básica: Deve-se intervir nos fatores s !UMENTODECOROACL¤NICA
modificadores da doença periodontal, s 2ESSECÀâORADICULAR
raspagem e alisamento supragengival e s 4UNELIZAÀâO
subgengival, remoção de outros fatores
de retenção de plac a, or ientações de 2.1.2 Justificativa para
higiene bucal e demais procedimentos encaminhamento
cirúrgicos compatíveis com a capacidade Complexidade do procedimento
instalada na clínica odontológica da UBS,
como gengivectomia, aumento de coroa
clínica entre outros procedimentos de 2.2 Manual Clínico
baixa complexidade, ou seja, o tratamento
p e r i o d o n t a l p o d e r á s e r re a l i z a d o n a Especialidade clínica: Periodontia
Unidade Básica de Saúde - UBS conforme
disponibilidade técnica e de equipamento. 2.2.1 Observação dos critérios de
Ta m b é m d e v e r ã o s e r r e a l i z a d o s o s referência e contra-referência
tratamentos de urgência (GUNA, GEHA Considerar, por meio de verificação da
e abscessos). ficha de encaminhamento e exame bucal do
34 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

usuário, se a situação referenciada respeitou 2.2.5 Procedimentos para


os critérios estabelecidos no Manual de tratamento das periodontites
Regulação de Periodontia.
2.2.5.1 Raspagem e alisamento radicular
2.2.2 Anamnese subgengival (RASUB)
Realizar anamnese detalhada Definição
obser vando-se os seguintes aspectos Procedimento eletivo no tratamento
considerados essenciais para a periodontia: das periodontites e consiste em raspagem e
s 4ABAGISMO QUANTIDADE DE CIGARROS alisamento radiculares da área subgengival,
por dia, há quanto tempo fuma, ex- sob anestesia, para a remoção de placa
fumante e/ou não fumante); bacteriana e cálculo dental, levando a
s $IABETES SIM NâO TIPO EOU uma superfície radicular lisa. Pode ser
controle); executada com instrumentos manuais ou com
s (IST˜RICOFAMILIARDEDOENÀAPERIODONTAL combinação de ultra-som, complementado
(pais, irmãos e parentes próximos); por manual.
s (IST˜RICODETRATAMENTOSPERIODONTAIS
anteriores; Indicações
s 5SO DE MEDICAMENTOS BLOQUEADORES A remoção da plac a e do cálculo
de canais de cálcio, reguladores subgengivais, como fatores etiológicos
neurológicos e imunossupressores; das periodontites é a forma de tratamento
s 0ADRµESDEHIGIENEBUCAL reconhecida como mais eficaz. Com esse
s !UTO PERCEPÀâO DE SINAIS E SINTOMAS procedimento, a progressão da doença é
das doenças periodontais. sustada e a cicatrização ocorre. A RASUB
tem por objetivo tratar periodontite. Os
2.2.3 Exame físico sinais e sintomas das periodontites são:
perda de inserção e perda óssea, associadas
2.2.3.1 Extrabucal à sangramento decorrente da sondagem
É realizado por um conjunto de inspeção, d a á re a s u b g e n g i v a l e / o u s u p u r a ç ã o ;
palpação e avaliação funcional da forma aumento da profundidade de sondagem
facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, e/ou recessão gengival. Em estágios mais
ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço avançados de perda de inserção e de
e articulação temporomandibular. inflamação, pode-se observar mobilidade
2.2.3.2 Intrabucal d e n t á r i a , d i f i c u l d a d e d e m a s t i g a ç ã o,
Avaliar tecidos moles, exame dental e mudança de posição dentária. Halitose
exame periodontal observando os seguintes também pode ser verificada.
aspectos considerados essenciais: Seqüência de intervenção
s 0REENCHIMENTO DA FICHA PERIODONTAL s !NESTESIA DO DENTE E ESTRUTURAS
incluindo índice de placa visível, índice de periodontais;
sangramento gengival, fatores retentivos s )SOLAMENTORELATIVO
de placa, profundidade de sondagem, s )DENTIFIC AÀâO DA MOR FOLOGIA E
sangramento periodontal, nível de profundidade das bolsas com a sonda
inserção clinica e lesões de furca. periodontal;
s 2ASPAGEM COM MOVIMENTOS AMPLOS
2.2.4 Exames complementares utilizando limas, curetas e/ou ultra-
Radiografia periapical. som;
Hemograma, coagulograma, glicemia e s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR
outros conforme indicação. presença de depósitos;
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 35

s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS s .A OCORRäNCIA DE TRAUMATISMO


manuais, utilizando movimentos com rompimento da integridade
curtos, freqüentes e sobrepostos; da papila interdental, recomenda-se
s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA sutura.
superficial;
Condutas em caso de urgência/emergência
s 2ECOMENDAÀµESP˜S PROCEDIMENTO
Não se aplica.
Terapia medicamentosa Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL Básica
500 mg), em intervalos de 4 horas, na Todo usuário deverá receber procedimentos
presença de dor. de controle da placa supra (remoção de fatores
s %M CASOS ONDE HOUVER TRAUMATISMO retentivos e orientação de higiene bucal) e
tecidual pós-procedimento, dificultando subgengival (RASUB), sendo que o controle de
o controle mecânico, deve-se considerar placa supragengival deve preceder a RASUB.
a prescrição de solução de gluconato de Serão encaminhados ao CEO apenas os
clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 pacientes que não demonstrarem redução de
horas. profundidade de sondagem das bolsas tratadas
s .ASCONSULTASSUBSEQÓENTES HAVENDO na UBS.
hipersensibilidade dentinária, deve-se
levar em consideração, primariamente, Proservação
que a hipersensibilidade dentinária é s %NTRE  E  DIAS AP˜S O T£RMINO
sujeita ao efeito placebo. do tratamento, o paciente deverá ser
s !PLICAÀâOPROlSSIONALDEGELACIDULADO reavaliado no CEO.
a 1,23% [mínimo em 4 (quatro) s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M
sessões, de acordo com o caso clínico]; adequadamente ao tratamento retornam
de verniz com 5% de fluoreto de sódio à Atenção Básica para manutenção.
[a cada (2) dois dias, no mínimo em s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM
4 (quatro) sessões, de acordo com o ao tratamento de verão receber
caso] ou de oxalato de potássio (gel) alternativas adicionais, que
[a cada 2 (dois) dias, sendo no mínimo incluem nova abordagem com ou
4 (quatro) sessões, de acordo com a sem cir urgia e, eventualmente,
necessidade do caso clínico]. antibioticoterapia.
s 0RESCRIÀâODEBOCHECHOSCOMSOLUÀâO Observações
de fluoreto de sódio a 0,2% [manipular Não se aplica
1 (um) litro de solução – 1 litro de água
para 2 g de fluoreto de sódio em pó - Material e instrumental necessários
sendo que o uso deste deve ser diário, s %SPELHOODONTOL˜GICO
por um período de 3 (três) minutos] ou s 3ONDAEXPLORADORA
de dentifrício com nitrato de potássio s 3ONDAPERIODONTAL
ou similar. s 3ONDADE.ABERS
s 0INÀACL¤NICA
Cuidados s 3ERINGA#ARPULE
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA s ,IMAS PERIODONTAIS (IRSCHFELD  
do procedimento, com capacidade de 3-7
gerar bacteremia. A raspagem não deve s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP  
ser excessiva, pois freqüentemente pode s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
gerar hipersensibilidade dentinária, (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4;
riscos e degraus na superfície radicular. 11-12; 13-14)
36 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS Seqüência de intervenção


s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA s !NESTESIADAÖREA
afiação de limas s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE
s !PARELHOEPONTASDEULTRA SOMPARA s )NCISâO INTRA SULCULAR COM EXTENSâO
raspagem subgengival proximal dos dentes envolvidos de forma
s 'AZE a permitir o afastamento do retalho;
s !NEST£SICOT˜PICO s !FASTAMENTODORETALHO
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s 2EMOÀâODOTECIDODEGRANULAÀâO
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s )DENTIlCAÀâO DA CONDIÀâO DAS ÖREAS
s !GULHADESCARTÖVEL inacessíveis;
s 'UARDANAPOSDEPAPEL s /STEOTOMIA PARA ACESSO SOMENTE se
s 3UGADOR necessário);
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL s 2ASPAGEM UTILIZANDO LIMAS CURETAS
s ,UVASDEPROCEDIMENTO e/ou ultra-som, com movimentos
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA amplos;
0,12% (para anti-sepsia bucal anterior s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR
à intervenção) presença de depósitos;
s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS
2.2.5.2 Cirurgia de acesso
manuais, utilizando movimentos
Definição curtos, freqüentes e sobrepostos;
Procedimento cirúrgico que objetiva a s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA
utilização do instrumento de raspagem no superficial;
biofilme em áreas de difícil acesso. s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO
Indicações s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO
A ausência de uma resposta adequada compressão da área;
ao procedimento de raspagem e alisamento s 3UTURA
radicular subgengival pode estar associada à s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS
incompleta remoção do biofilme subgengival (aplicação de frio nas primeiras
em á rea s de g ra nde prof u nd id ade de 6-8 horas, não mastigar no local,
sondagem ou inacessíveis ao instrumental. alimentação líquida/pastosa, fria/
Faz-se necessário nestas circunstâncias o gelada, restrição de controle mecânico
levantamento de um retalho gengival que da área operada, utilização de medicação
exponha a área inacessível. Após o período prescrita).
de observação da R ASUB, a não redução Terapia medicamentosa
da profundidade de sondagem, aliada ao s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A
sangramento na região subgengival e/ou prescrição de analgésico (paracetamol
supuração são indicativos da necessidade 500 mg), em intervalos de 4 horas
de tratamento periodontal. Entretanto, deve ser realizada nas primeiras 48
a decisão do tratamento deve levar em horas, prosseguindo-se de acordo com
consideração aspectos gerais do paciente necessidade individual.
incluindo doenças sistêmicas, tabagismo s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
e locais, como controle inadequado da de clorexidina a 0,12%, em intervalos
placa supragengival. A cirurgia de acesso de 12 horas durante o período de 7
deve ser escolhida como opção preferencial (sete) dias em que a sutura estiver em
sempre que a ausência de resposta estiver posição. Depois desse período, deve-se
associada a dif iculdades de acesso à área considerar de acordo com dificuldades
subgengival. de controle mecânico.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 37

Cuidados Material e instrumental necessários


s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA s %SPELHOODONTOL˜GICO
do procedimento, com capacidade de s 3ONDAEXPLORADORA
gerar bacteremia. s 3ONDAPERIODONTAL
s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO ˜SSEA s 3ONDADE.ABERS
por não adaptação dos retalhos s 0INÀACL¤NICA
vestibular e lingual/palatino, deve-se s 3ERINGA#ARPULE
empregar o cimento cirúrgico, com s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD 
trocas a cada 7 dias até que a exposição 3-7
óssea inexista. s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP  
s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
operatória, recomenda-se (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4;
antissepsia da ferida e cobertura 11-12; 13-14)
antibiótica (amoxicilina 500 mg s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS
8/8 horas, durante 7 dias e, para s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA
alérgicos a penicilina, recomenda- afiação de limas
se clindamicina 300 mg, 6/6 horas, s !PARELHOEPONTASDEULTRA SOMPARA
durante 7 dias). raspagem subgengival
s !FASTADOR-INNESOTA
Condutas em caso de urgência/emergência
s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL
Em casos de hemorragia, verificar a
s #ABODEBISTURINŽ
origem da hemorragia e, de acordo com a
s #ABODEBISTURINŽ
causa, considerar compressão, curetagem,
s #ANETADEALTAROTAÀâO
sutura ou anti-hemorrágico.
s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s *OGODECINZ£IS&EDY  
Básica s #UBAREDONDADEINOXXCM
To d o u s u á r i o d e v e r á r e c e b e r s 'ENGIV˜TOMODE+IRKELAND
procedimentos de controle da placa supra s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN
(remoção de fatores retentivos e orientação s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT
de higiene bucal) e subgengival (RASUB). s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER
s ,IMASPARAOSSO"UCH
Proservação
s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA
s %NTRE  E  DIAS AP˜S O T£RMINO
s 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO 6IEJO
do tratamento, o paciente deverá ser
s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(,
reavaliado no CEO.
s 0LACADEVIDRO
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO
adequadamente ao tratamento
s 'AZE
retornam à UBS para manutenção.
s !NEST£SICOT˜PICO
s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM AO
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR
tratamento deverão continuar em
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR
proservação no CEO.
s !GULHADESCARTÖVEL
Observações s 'UARDANAPOSDEPAPEL
s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £ s 3UGADORCIR¢RGICO
sugerido antes do início da cirurgia. s 3OROlSIOL˜GICO
s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO
irrigações freqüentes com soro fisiológico s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO
são recomendadas. s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL
38 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s ,UVASCIR¢RGICAS s 2ECONFORMAÀâOANAT¹MICADAGENGIVA
s &IODESUTURADESEDA E  se necessário;
s ,½MINASDEBISTURINŽS  EC s )RRIGAÀâOlNAL
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA s (EMOSTASIAPORCOMPRESSâO
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA s #OLOCAÀâODECIMENTOCIR¢RGICO
0,12% (para antissepssia bucal anterior s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS
à intervenção) (aplicação de frio nas primeiras 6-8
horas, não mastigar no local, alimentação
2.2.6 Procedimentos de cirurgia líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de
periodontal para odontologia controle mecânico da área operada,
restauradora utilizar medicação prescrita).
2.2.6.1 Gengivectomia Terapia medicamentosa
s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A
Definição
prescrição de analgésico (paracetamol
Procedimento cirúrgico excisional que
500 mg), em intervalos de 4 horas
consiste na redução da gengiva.
deve ser realizada nas primeiras 48
Indicações horas, prosseguindo-se de acordo
Em situações em que haja necessidade com necessidade individual.
de aumento de coroa clínica sem intervenção s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
ós s e a : c av id ade s de c á r ie , f r at u r a s e de clorexidina a 0,12%, em intervalos
restaurações cuja parede cer vical esteja de 12 horas durante o período de
subgengival, impossibilitando adequado 7 dias em que a sutura estiver em
tratamento restaurador, sem invasão do posição. Depois desse período, deve-se
espaço biológico do periodonto e dentes considerar de acordo com dificuldades
com coroa clínica curta para procedimentos de controle mecânico.
reabilitadores.
Cuidados
Seqüência de intervenção s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
s !NESTESIADAÖREA do procedimento, com capacidade de
s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE gerar bacteremia.
s -ARCAÀâO POR PONTOS SANGRANTES NA s !GENGIVECTOMIAESTÖCONTRA INDICADA
superfície externa correspondendo a em áreas onde a sua execução implique
profundidade de sondagem; na eliminação completa da gengiva
s 0RIMEIRA )NCISâO COM O GENGIV˜TOMO ceratinizada.
DE+IRKLANDPORVESTIBULAREPALATINO s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S
lingual, contínua, situada 1-2 mm apical operatória, recomenda-se antissepsia
ao ponto sangrante, com inclinação de da ferida e cobertura antibiótica.
45º no sentido ocluso-cervical;
Condutas em caso de urgência/emergência
s 3EGUNDA)NCISâOCOMOGENGIV˜TOMO
Em casos de hemorragia, verificar a origem
de Orban nos espaços proximais,
e, de acordo com a causa, considerar compressão,
mantida a angulação de 45º de tal
curetagem, sutura ou anti-hemorrágico.
forma a liberar o tecido excisado,
preservando a forma papilar; Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 2EMOÀâODOCOLARGENGIVALEDOTECIDO Básica
de granulação; Controle da placa supragengival pelo
s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULARES paciente, remoção de tecido cariado e
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO confecção de restauração provisória.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 39

Proservação 2.2.6.2 Aumento de coroa clínica por retalho


s %NTREEDIAS AP˜SOPROCEDIMENTO reposicionado apicalmente
o paciente deverá receber tratamento
Definição
restaurador na UBS que fará a
Procedimento cirúrgico excisional que
proservação.
consiste na reposição apical da gengiva,
Observações
incluindo ou não recomposição do espaço
s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £
biológico através de osteotomia.
sugerido antes do início da cirurgia.
s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO Indicações
irrigações freqüentes com soro Em situações em que haja necessidade
fisiológico são recomendadas. de aumento de coroa clínica, tais como:
cavidades de cárie, fraturas e restaurações
Material e instrumental necessários
cuja parede cervical esteja subgengival,
s %SPELHOODONTOL˜GICO
impossibilitando adequado tratamento
s 3ONDAEXPLORADORA
restaurador, sem invasão do espaço biológico
s 3ONDAPERIODONTAL
do periodonto e dentes com coroa clínica
s 3ONDADE.ABERS
curta para procedimentos reabilitadores.
s 0INÀACL¤NICA
s 3ERINGA#ARPULE Seqüência de intervenção
s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY s !NESTESIADAÖREA
(sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE
11-12; 13-14) s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO
s 0EDRASDEAlARCURETAS deixando um colar gengival suficiente
s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL para a exposição desejada, em
s #UBAREDONDADEINOXXCM direção à crista óssea, por vestibular
s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND e palatino/lingual (deve seguir o
s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN contorno gengival, preservando a
s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 ,  anatomia das papilas interdentais, sua
R-L, 4 R-L) extensão deve permitir afastamento
s 0LACADEVIDRO suficiente do retalho e a obtenção de
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO um contorno gengival harmônico e,
s !LICATEDECUT¤CULA eventualmente, incisões relaxantes
s 'AZE podem ser necessárias);
s !NEST£SICOT˜PICO s !FASTAMENTODORETALHO
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s 3 EGUNDA INCISâO INTRA SULCULAR
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR com extensão proximal dos dentes
s !GULHADESCARTÖVEL envolvidos;
s 'UARDANAPOSDEPAPEL s 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIV˜TOMO
s 3UGADORCIR¢RGICO de Orban, na altura da crista óssea
s 3OROlSIOL˜GICO liberando o colar gengival de sua
s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO inserção;
s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO s 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL granulação;
s ,UVASCIR¢RGICAS s 1UANDO HOUVER A NECESSIDADE DE
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA osteotomia, determinar a quantidade
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA de osso a ser removido (o padrão
0,12% (para antissepssia bucal anterior normal do espaço biológico é de 3
à intervenção) mm; entretanto a medição da distância
40 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

entre a junção amelocementária-crista vestibular e lingual/palatino, deve-se


óssea de um dente adjacente deve ser empregar o cimento cirúrgico, com
considerada como padrão); trocas a cada 7 dias até que não haja
s 2EALIZAÀâO DE OSTEOTOMIA COM mais exposição óssea.
instrumentos manuais e/ou rotatórios, s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S
lembrando que o contorno gengival operatória, recomenda-se anti-sepsia
reproduzirá o contorno ósseo; da ferida e cobertura antibiótica
s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO 7 dias e, para alérgicos a penicilina,
s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO recomenda-se clindamicina 300 mg
compressão da área; 6/6 horas, durante 7 dias).
s 3UTURA s .OS AUMENTOS DE COROA CL¤NICA QUE
s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS comprometam a estética do sorriso,
(aplicação de frio nas primeiras 6-8 procedimentos de tração ortodôntica
horas, não mastigar no local, alimentação devem ser considerados como alternativa
líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de aos procedimentos cirúrgicos.
controle mecânico da área operada,
Condutas em caso de urgência/emergência
utilizar medicação prescrita).
Em casos de hemorragia, verificar sua
Terapia medicamentosa origem e, de acordo com a causa, considerar
s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A compressão, curetagem, sutura ou anti-
prescrição de analgésico (paracetamol hemorrágico.
500 mg), em intervalos de 4 horas
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
deve ser realizada nas primeiras 48
Básica
horas, prosseguindo-se de acordo com
Controle da placa supragengival pelo
necessidade individual.
paciente, remoção de tecido cariado e
s %M SITUA˵ES DE PROCEDIMENTOS
confecção de restauração provisória.
mais traumáticos ou, quando por
alguma razão, suspeitar-se de dor Proservação
pós-operatória mais intensa, prescrever Entre 15 a 30 dias após o procedimento,
associação de paracetamol-codeína o paciente deverá receber tratamento
30 mg de 6/6 horas durante 48 horas, restaurador na UBS que fará a
prosseguindo-se de acordo com proservação.
necessidade individual.
Observações
s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £
de clorexidina a 0,12%, em intervalos de
sugerido antes do início da cirurgia.
12 horas durante o período de 7 dias em
s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO
que a sutura estiver em posição. Depois
irrigações freqüentes com soro
deste período, deve-se considerar de
fisiológico são recomendadas.
acordo com dificuldades de controle
mecânico. Material e instrumental necessários
s %SPELHO/DONTOL˜GICO
Cuidados
s 3ONDAEXPLORADORA
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
s 3ONDAPERIODONTAL
do procedimento, com capacidade de
s 3ONDADE.ABERS
gerar bacteremia.
s 0INÀACL¤NICA
s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO ˜SSEA
s 3ERINGA#ARPULE
por não adaptação dos retalhos
s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD  
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 41

s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP   2.2.7 Procedimentos para


s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY controle/remoção do aumento de
(sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; volume gengival
11-12; 13-14)
s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS 2.2.7.1 Manejo de pacientes com aumento
s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA de volume gengival
afiação de limas Definição
s !FASTADOR-INNESOTA O manejo de pacientes com aumento
s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL de volume gengival é um conjunto de
s #ABODEBISTURINŽ procedimentos vinculados às causas e
s #ABODEBISTURINŽ conseqüências do problema.
s #ANETADEALTA ROTAÀâO
s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN Indicações
s *OGODECINZ£IS&EDY   Pessoas usuárias de bloqueadores de
s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM canais de cálcio, ciclosporina, fenitoína
s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND podem apresentar aumento de volume
s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN gengival como parte da resposta inflamatória
s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT à presença da placa supragengival. O aumento
s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER de volume gengival gera dificuldades de
s ,IMASPARAOSSO"UCH controle de placa, problemas estéticos,
s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA limitação de mastigação, dor, hemorragia,
s 4ESOURA'OLDMAN &OX mau hálito, inibição social e modificação
s 0ORTA AGULHA-AYOOU#ASTRO 6IEJO de posição dentária.
s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, Seqüência de intervenção
s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 ,  s 3UBSTITUIÀâO MEDICAMENTOSA QUANDO
R-L, 4 R-L) possível;
s 0LACADEVIDRO s )NSTITUIÀâO DE MEDIDAS QU¤MICO
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO mecânicas pelo paciente e pelo
s 'AZE profissional;
s !NEST£SICOT˜PICO s 2EAVALIAR RESPOSTA DAS ABORDAGENS
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR anteriores;
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s 1UANDOESSASMEDIDASNâORESULTAREM
s !GULHADESCARTÖVEL em redução satisfatória do volume,
s 'UARDANAPOSDEPAPEL considerar a correção cirúrgica através
s 3UGADORCIR¢RGICO de técnicas como a gengivectomia/
s 3OROlSIOL˜GICO gengivoplastia;
s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO s !NESTESIADAÖREA
s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL s -ARCAÀâO POR PONTOS SANGRANTES NA
s ,UVASCIR¢RGICAS superfície externa correspondendo a
s &IODESUTURADESEDA E  profundidade de sondagem;
s ,½MINAS DE BISTURI NŽS    E s 0RIMEIRA)NCISâOCOMOGENGIV˜TOMO
15c DE+IRKLANDPORVESTIBULAREPALATINO
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA lingual, contínua, situada 1-2 mm
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA apical ao ponto sangrante, com
0,12% (para antissepssia bucal anterior inclinação de 45º no sentido ocluso-
à intervenção) cervical;
42 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s 3EGUNDA)NCISâOCOMOGENGIV˜TOMO (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante


de Orban nos espaços proximais, 7 dias e, para alérgicos a penicilina,
mantida a angulação de 45º de tal recomenda-se clindamicina 300 mg
forma a liberar o tecido excisado 6/6 horas, durante 7 dias).
preservando a forma papilar;
Condutas em caso de urgência/emergência
s 2EMOÀâODOCOLARGENGIVALEDOTECIDO
Em casos de hemorragia, verificar sua
de granulação;
origem e, de acordo com a causa, considerar
s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULARES
compressão, curetagem, sutura ou anti-
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO
hemorrágico.
s 2ECONFORMAÀâOANAT¹MICADAGENGIVA
se necessário; Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s )RRIGAÀâOlNAL Básica
s (EMOSTASIAPORCOMPRESSâO O diagnóstico de aumento de volume
s #OLOCAÀâODECIMENTOCIR¢RGICO gengival, em pacientes com modificadores
s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS sistêmico-medicamentosos, requer que
(aplicação de frio nas primeiras a Atenção Básica referencie ao ser viço
6-8 horas, não mastigar no local, especializado.
alimentação líquida/pastosa, fria/ Proservação
gelada, restrição de controle mecânico Até 90 dias após o procedimento, o
da área operada, utilizar medicação paciente deverá ser reavaliado no CEO
prescrita). e encaminhado para a UBS que fará a
Terapia medicamentosa proservação.
s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A Observações
prescrição de analgésico (paracetamol s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £
500 mg), em intervalos de 4 horas sugerido antes do início da cirurgia.
deve ser realizada nas primeiras 48 Durante o procedimento cirúrgico,
horas, prosseguindo-se de acordo com irrigações freqüentes com soro
a necessidade individual. fisiológico são recomendadas.
s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
de clorexidina a 0,12%, em intervalos de Material e instrumental necessários
12 horas durante o período de 7 dias em s %SPELHO/DONTOL˜GICO
que a sutura estiver em posição. Depois s 3ONDAEXPLORADORA
desse período, deve-se considerar, de s 3ONDAPERIODONTAL
acordo com dificuldades de controle s 3ONDADE.ABERS
mecânico. s 0INÀACL¤NICA
s 3ERINGA#ARPULE
Cuidados s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA (sugerem-se no mínimo as de nº 3-4;
do procedimento, com capacidade de 11-12; 13-14)
gerar bacteremia. s 0EDRASDEAlARCURETAS
s !GENGIVECTOMIAESTÖCONTRA INDICADA s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL
em áreas onde a sua execução implique s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM
na eliminação completa da gengiva s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND
ceratinizada. s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN
s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 , 
operatória, recomenda-se anti-sepsia R-L, 4 R-L)
da ferida e cobertura antibiótica s 0LACADEVIDRO
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 43

s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO mesmas características das periodontites:


s !LICATEDECUT¤CULA perda de inserção e perda óssea, associadas
s 'AZE a o s a n g r a me n t o à s o n d a g e m d a á re a
s !NEST£SICOT˜PICO subgengival e/ou supuração; aumento da
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR profundidade de sondagem e/ou recessão
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR gengival. Em estágios mais avançados
s !GULHADESCARTÖVEL de perda de inserção e de inflamação,
s 'UARDANAPOSDEPAPEL pode-se obser var mobilidade dentária,
s 3UGADORCIR¢RGICO dificuldade de mastigação e mudança
s 3OROlSIOL˜GICO de posição dentária. Halitose também
s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO pode ser verificada. As lesões de furca
s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO são classificadas de acordo com o grau
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL de comprometimento da área da furca
s ,UVASCIR¢RGICAS em: grau I (perda de suporte horizontal
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA não ultrapassa 1/3 da extensão da área
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA da furc a); grau II (perda de supor te
0,12% (para antissepssia bucal anterior horizontal ultrapassa 1/3 da extensão
à intervenção) da área da furca, sem comprometimento
completo da furca); grau III (perda de
2.2.8 Procedimentos para suporte horizontal completo - lado a lado).
tratamento das lesões de furca A RASUB está indicada em todos os graus
de envolvimento de furca.
2.2.8.1 Raspagem e alisamento radicular
subgengival (RASUB) em casos de Seqüência de intervenção
envolvimento de furca s !NESTESIA DO DENTE E ESTRUTURAS
Definição periodontais;
Procedimento eletivo no tratamento s )SOLAMENTORELATIVO
das periodontites com envolvimento de s )DENTIFIC AÀâO DA MOR FOLOGIA E
furca radicular. Consiste na raspagem e profundidade das bolsas com a sonda
alisamento radiculares subgengival da área periodontal;
de furca, sob anestesia, para a remoção s 2ASPAGEM UTILIZANDO LIMAS CURETAS
de plac a bacter iana e cálculo dental, e/ou ultra-som, com movimentos
levando a uma superfície radicular lisa. amplos;
Pode ser executada com instrumentos s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR
manuais ou com combinação de ultra-som presença de depósitos;
complementado por manual. s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS
manuais, utilizando movimentos
Indicações curtos, freqüentes e sobrepostos;
A remoção da plac a e do cálculo s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA
subgengivais, como fatores etiológicos superficial;
das periodontites é a forma de tratamento s 2ECOMENDAÀµESP˜S PROCEDIMENTO
reconhecido como mais eficaz. Com esse
procedimento, a progressão da doença é Terapia medicamentosa
sustada e a cicatrização ocorre. A RASUB s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL
tem como um de seus objetivos tratar 500 mg), em intervalos de 4 horas, na
lesões de furca, que são periodontites que presença de dor.
se estabelecem na região inter-radicular. s %MCASOSONDEHOUVERTRAUMATISMOTECIDUAL
De forma geral, essas lesões apresentam as pós-procedimento, dificultando o controle
44 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

mecânico, deve-se considerar a prescrição de Proservação


solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, s %NTRE  E  DIAS AP˜S O T£RMINO
em intervalos de 12 horas. do tratamento, o paciente deverá ser
s .ASCONSULTASSUBSEQÓENTES HAVENDO reavaliado no CEO.
hipersensibilidade dentinária, deve-se s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M
levar em consideração, primariamente, adequadamente ao tratamento
que a hipersensibilidade dentinária é retornam à Atenção Básica para
sujeita ao efeito placebo. manutenção.
s !PLICAÀâOPROlSSIONALDEGELACIDULADOA s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM
1,23% [mínimo em 4 (quatro) sessões, de ao tratamento de verão receber
acordo com o caso clínico]; de verniz com alternativas adicionais, que
5% de fluoreto de sódio [a cada (2) dois incluem nova abordagem com ou
dias, no mínimo em 4 (quatro) sessões, sem cir urgia e, eventualmente,
de acordo com o caso] ou de oxalato de antibioticoterapia.
potássio (gel) [a cada 2 (dois) dias, sendo
Observações
no mínimo 4 (quatro) sessões, de acordo
s 2ECOMENDA SEQUEOPACIENTEUTILIZE
com a necessidade do caso clínico].
gel de clorexidina a 1% uma vez ao
s 0RESCRIÀâODEBOCHECHOSCOMSOLUÀâO
dia, localmente associado à escovação
de fluoreto de sódio a 0,2% [manipular
da área da furca com escova unitufo ou
1 (um) litro de solução, sendo que, o uso
interdental.
desse, deve ser realizado diariamente
por um período de 3 (três) minutos] ou Material e instrumental necessários
de dentifrício com nitrato de potássio s %SPELHOODONTOL˜GICO
ou similar. s 3ONDAEXPLORADORA
s 3ONDAPERIODONTAL
Cuidados
s 3ONDADE.ABERS
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
s 0INÀACL¤NICA
do procedimento, com capacidade de
s 3ERINGA#ARPULE
gerar bacteremia. A raspagem não deve
s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
ser excessiva, pois freqüentemente pode
(sugerem-se no mínimo as de nº 3-4;
gerar hipersensibilidade dentinária,
11-12; 13-14)
riscos e degraus na superfície radicular.
s *OGO DE CURETAS #OLUMBIA  2 , 
s .A OCORRäNCIA DE TRAUMATISMO COM
R-L, 3 R-L, 4 R-L)
rompimento da integridade da papila
s *OGODECURETAS0ÖDUA,IMA. 
interdental, recomenda-se sutura.
3-4, 5-6)
Condutas em caso de urgência/emergência s 0EDRASDEAlARCURETAS
Não se aplica. s !PARELHOEPONTASDEULTRA SOMPARA
raspagem subgengival
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 'AZE
Básica
s !NEST£SICOT˜PICO
Todo paciente deverá receber procedimentos
s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR
de controle da placa supra (remoção de fatores
s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR
retentivos e orientação de higiene bucal) e
s !GULHADESCARTÖVEL
subgengival (RASUB), sendo que o controle
s 'UARDANAPOSDEPAPEL
de placa supragengival deve preceder a RASUB.
s 3UGADOR
Serão encaminhados ao CEO os pacientes que
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL
não demonstrarem redução de profundidade de
s ,UVASDEPROCEDIMENTO
sondagem das bolsas tratadas na UBS.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 45

s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA s 2ASPAGEM UTILIZANDO CURETAS EOU


0,12% (para antissepssia bucal anterior ultra-som, com movimentos amplos;
à intervenção) s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR
presença de depósitos;
2.2.8.2 Cirurgia de acesso com ou sem
s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS
plastia da furca
manuais, utilizando movimentos curtos,
Definição freqüentes e sobrepostos
Procedimento cirúrgico que objetiva s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA
o acesso do instrumento de raspagem ao superficial;
biofilme em áreas de furca, possibilitando s 0LASTIA RADICULAR COM BROCAS OU
também a eliminação do defeito pelo instrumentos manuais quando for
procedimento de plastia radicular. possível com esse procedimento
a eliminação do defeito sem que
Indicações isso redunde em comprometimento
A ausência de uma resposta adequada pulpar ou um defeito anatômico
ao procedimento de raspagem e alisamento impossibilitando o controle de placa
radicular subgengival pode estar associada à pelo paciente;
incompleta remoção do biofilme subgengival s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO
em áreas de furca. Faz-se necessário nestas s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO
circunstâncias o levantamento de um retalho compressão da área;
gengival que exponha a área da furca para s 3UTURA
a raspagem e alisamento radicular ou para s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS
a eliminação do defeito através da plastia (aplicação de frio nas primeiras
radicular. Após o período de observação da 6-8 horas, não mastigar no local,
RASUB, a não-redução da profundidade de alimentação líquida/pastosa, fria/
sondagem, aliada ao sangramento da área gelada, restrição de controle mecânico
subgengival e/ou supuração são indicativos da área operada, utilização de medicação
da necessidade de tratamento complementar. prescrita).
Entretanto, a decisão do tratamento deve levar
em consideração aspectos gerais do usuário, Terapia medicamentosa
incluindo doenças sistêmicas, tabagismo e s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A
locais, como o controle inadequado da placa prescrição de analgésico (paracetamol
supragengival. A cirurgia de acesso deve ser 500 mg), em intervalos de 4 horas
escolhida como opção preferencial sempre deve ser realizada nas primeiras 48
que a ausência de resposta estiver associada horas, prosseguindo-se de acordo com
a dificuldades de acesso à área da furca. necessidade individual.
s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
Seqüência de intervenção de clorexidina a 0,12%, em intervalos
s !NESTESIADAÖREA de 12 horas durante o período de
s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE 7 dias em que a sutura estiver em
s )NCISâO INTRA SULCULAR COM EXTENSâO posição. Depois desse período, deve-se
proximal dos dentes envolvidos de forma considerar de acordo com dificuldades
a permitir o afastamento do retalho; de controle mecânico.
s !FASTAMENTODORETALHO
s 2EMOÀâODOTECIDODEGRANULAÀâO Cuidados
s )DENTIlCAÀâODACONDIÀâODAÖREADAFURCA s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
e do grau de comprometimento; do procedimento, com capacidade de
s /STEOTOMIA SENECESSÖRIO PARAACESSO gerar bacteremia.
46 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s .AEVENTUALIDADEDEEXPOSIÀâO˜SSEAPOR Material e instrumental necessários


não adaptação dos retalhos vestibular e s %SPELHO/DONTOL˜GICO
lingual/palatino, deve-se empregar o s 3ONDAEXPLORADORA
cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 s 3ONDAPERIODONTAL
dias até que a exposição óssea inexista. s 3ONDADE.ABERS
s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S s 0INÀACL¤NICA
operatória, recomenda-se anti-sepsia s 3ERINGA#ARPULE
da ferida e cobertura antibiótica s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
(amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante (sugerem-se no mínimo as de nº 3-4;
7 dias e, para alérgicos a penicilina, 11-12; 13-14)
recomenda-se clindamicina 300 mg s 0EDRASDEAlARCURETAS
6/6 horas, durante 7 dias). s !PARELHOEPONTASDEULTRA SOMPARA
raspagem subgengival
Condutas em caso de urgência/emergência
s !FASTADOR-INNESOTA
Em casos de hemorragia, verificar a
s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL
origem da hemorragia e, de acordo com a
s #ABODEBISTURINŽ
causa, considerar compressão, curetagem,
s #ABODEBISTURINŽ
sutura ou anti-hemorrágico.
s #ANETADEALTA ROTAÀâO
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN
Básica s *OGODECINZ£IS&EDY  
Todo paciente deverá receber procedimentos s #UBAREDONDAEMINOXXCM
de controle da placa supra (remoção de fatores s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND
retentivos e orientação de higiene bucal) e s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN
subgengival (RASUB). Salienta-se que se s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT
trata de um procedimento que segue a outro já s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER
realizado no CEO. s ,IMASPARAOSSO"UCH
Proservação s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA
s %NTRE  E  DIAS AP˜S O T£RMINO s 4ESOURA'OLDMAN &OX
do tratamento, o paciente deverá ser s 0ORTA AGULHA-AYOOU#ASTRO 6IEJO
reavaliado no CEO. s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(,
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M s "ROCAMULTILAMINADAPARAPLASTIA
adequadamente ao tratamento retornam s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 , 
à UBS para manutenção. R-L, 4 R-L)
s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM AO s #URETAS 0ÖDUA ,IMA .    
tratamento deverão continuar em 5-6)
proservação no CEO. s 0LACADEVIDRO
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO
Observações s 'AZE
s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £ s !NEST£SICOT˜PICO
sugerido antes do início da cirurgia.. s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR
s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR
irrigações freqüentes com soro s !GULHADESCARTÖVEL
fisiológico são recomendadas. s 'UARDANAPOSDEPAPEL
s 2ECOMENDA SEQUEOPACIENTEUTILIZE s 3UGADORCIR¢RGICO
gel de clorexidina a 1% uma vez ao s 3OROlSIOL˜GICO
dia, localmente associado à escovação s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO
da área da furca com escova unitufo ou s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO
interdental.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 47

s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL um contorno gengival harmônico e,


s ,UVASCIR¢RGICAS eventualmente, incisões relaxantes
s &IODESUTURADESEDA E  podem ser necessárias);
s ,½MINAS DE BISTURI NŽ    E s !FASTAMENTODORETALHO
15c s 3EGUNDA INCISâO INTRA SULCULAR
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA com extensão proximal dos dentes
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA envolvidos;
0,12% (para antissepssia bucal anterior s 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIV˜TOMO
à intervenção) de Orban, na altura da crista óssea
liberando o colar gengival de sua
2.2.8.3 Resseção radicular
inserção;
Definição s 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE
Procedimento cirúrgico que tem por granulação;
objetivo eliminar defeitos de furca através s 2ESSECÀâO RADICULAR REALIZADA COM
da separação das raízes complementada pela brocas, separando as raízes, avaliando
eventual eliminação de uma ou duas raízes a condição dos elementos radiculares
transformando um dente multi-radiculado individuais, decidindo pela manutenção
em unidades radiculares isoladas. ou extração de uma ou mais raízes,
baseando-se no grau de inserção
Indicações remanescente e na viabilidade de
Quando as lesões de furca de Graus II e controle de placa pelo paciente;
III não respondem à RASUB e fica evidente s 6ERIlCARANECESSIDADEDERECONTORNO
que essa ausência de resposta é pelo grau ósseo nas unidades radiculares
de comprometimento da área, a opção é remanescentes;
eliminar o defeito através do procedimento s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR
de ressecção radicular. São indicadas para s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO
dentes com envolvimentos de furca graus s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO
II ou III que mantêm profundidade de compressão da área;
sondagem e sinais inflamatórios associados, s 3UTURA
indicando atividade de doença e risco de s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS
progressão da perda de inserção/perda (aplicação de frio nas primeiras 6-8
óssea, e dentes com comprometimentos horas, não mastigar no local, alimentação
diferenciados, com uma das raízes muito líquida/pastosa, fria/gelada, restrição
mais comprometida que a(s) outra(s). de controle mecânico da área operada,
Seqüência de intervenção utilização de medicação prescrita).
s !NESTESIADAÖREA Terapia medicamentosa
s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s !P˜S REALIZAÀâO DE ACESSO CIR¢RGICO
s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO prescrever analgésico (paracetamol
deixando um colar gengival que 500 mg), em intervalos de 4 horas
permita que o retalho se adapte à (deve ser realizado nas primeiras 48
condição local desejada, em direção à horas), prosseguindo-se de acordo com
crista óssea, por vestibular e palatino/ necessidade individual.
lingual (esta incisão deve seguir o s %M SITUAÀµES DE PROCEDIMENTOS
contorno gengival, preservando a mais traumáticos, ou quando, por
anatomia das papilas interdentais, sua alguma razão, suspeitar-se de dor
extensão deve permitir afastamento pós-operatória mais intensa, prescrever
suficiente do retalho e a obtenção de associação de paracetamol-codeína
48 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

30 mg de 6/6 horas durante 48 horas, s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO


prosseguindo-se de acordo com devem ser realizadas irrigações
necessidade individual. freqüentes com soro fisiológico.
s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
Material e instrumental necessários
de clorexidina a 0,12%, em intervalos de
s %SPELHO/DONTOL˜GICO
12 horas durante o período de 7 dias em
s 3ONDAEXPLORADORA
que a sutura estiver em posição. Depois
s 3ONDAPERIODONTAL
desse período, deve-se considerar, de
s 3ONDADE.ABERS
acordo com dificuldades de controle
s 0INÀACL¤NICA
mecânico.
s 3ERINGA#ARPULE
Cuidados s ,IMAS PERIODONTAIS (IRSCHFELD  
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA 3-7
do procedimento, com capacidade de s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP  
gerar bacteremia. s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO ˜SSEA (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4;
por não adaptação dos retalhos 11-12; 13-14)
vestibular e lingual/palatino, deve-se s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS
empregar o cimento cirúrgico, com s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA
trocas a cada 7 dias até que a exposição afiação de limas
óssea inexista. s !FASTADOR-INNESOTA
s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL
operatória, recomenda-se anti-sepsia s #ABODEBISTURINŽ
da ferida e cobertura antibiótica s #ABODEBISTURINŽ
(amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante s #ANETADEALTA ROTAÀâO
7 dias e, para alérgicos a penicilina, s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN
recomenda-se clindamicina 300 mg s *OGODECINZ£IS&EDY  
6/6 horas, durante 7 dias). s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM
s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND
Condutas em caso de urgência/emergência
s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN
Em casos de hemorragia, verificar a
s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT
origem da hemorragia e, de acordo com a
s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER
causa considerar compressão, curetagem,
s ,IMASPARAOSSO"UCH
sutura ou anti-hemorrágico.
s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s 4ESOURA'OLDMAN &OX
Básica s 0ORTA AGULHA-AYOOU#ASTRO 6IEJO
C o n t ro l e d a p l a c a s u p r a g e n g i v a l , s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(,
remoção do tecido cariado e confecção de s "ROCAS E PONTAS DIAMANTADAS PARA
restauração provisória. ressecção radicular
s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 , 
Proservação
R-L, 4 R-L)
s %NTREEDIASAP˜SOT£RMINODO
s 0LACADEVIDRO
tratamento, o paciente deverá receber
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO
tratamento restaurador na UBS que
s 'AZE
ficará responsável pela proservação.
s !NEST£SICOT˜PICO
Observações s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR
s !NTESDEINICIARACIRURGIARECOMENDA SE s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR
o bochecho com clorexidina 0,12%. s !GULHADESCARTÖVEL
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 49

s 'UARDANAPOSDEPAPEL suficiente do retalho e a obtenção de


s 3UGADORCIR¢RGICO um contorno gengival harmônico e,
s 3OROlSIOL˜GICO eventualmente, incisões relaxantes
s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO podem ser necessárias);
s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO s !FASTAMENTODORETALHO
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL s 3 EGUNDA INCISâO INTRA SULCULAR
s ,UVASCIR¢RGICAS com extensão proximal dos dentes
s &IODESUTURADESEDA E  envolvidos;
s ,½MINASDEBISTURI  EC s 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIV˜TOMO
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA de Orban, na altura da crista óssea
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA liberando o colar gengival de sua
0,12% (para antissepssia bucal anterior inserção;
à intervenção) s 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE
granulação;
2.2.8.4 Tunelização
s 6ERIlCARANECESSIDADEDEOSTEOTOMIA
Definição de tal forma que possibilite a passagem
Procedimento cirúrgico que tem por de uma escova interdental média após
objetivo a exposição de toda a área da furca, reposição do retalho;
resultando em um espaço interradicular de s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR
vestibular a lingual, tipo “túnel”. s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO
s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO
Indicações compressão da área;
Quando as lesões de furca de graus II s 3UTURA
profundo e III não respondem à RASUB e s 2ECOMENDAÀµES P˜S OPERAT˜RIAS
fica evidente que essa ausência de resposta (aplicação de frio nas primeiras 6-8
é pelo grau de comprometimento da área, horas, não mastigar no local, alimentação
uma opção é eliminar o defeito através da líquida/pastosa, fria/gelada, restrição
tunelização. Está indicada para molares de controle mecânico da área operada,
inferiores com envolvimento de furca graus utilização de medicação prescrita).
II ou III que mantêm profundidade de
sondagem e sinais inflamatórios associados Terapia medicamentosa
indicando atividade de doença e risco de s !P˜SREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICO A
progressão da perda de inserção/perda óssea, prescrição de analgésico (paracetamol
tendo um tronco radicular curto que permita 500 mg), em intervalos de 4 horas
a execução técnica. deve ser realizada nas primeiras 48
horas, prosseguindo-se de acordo com
Seqüência de intervenção necessidade individual.
s !NESTESIADAÖREA s %M SITUAÀµES DE PROCEDIMENTOS
s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE mais traumáticos, ou quando, por
s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO alguma razão, suspeitar-se de dor
deixando um colar gengival que pós-operatória mais intensa, prescrever
permita que o retalho se adapte à associação de paracetamol-codeína
condição local desejada, em direção à 30 mg de 6/6 horas durante 48 horas,
crista óssea, por vestibular e palatino/ prosseguindo-se de acordo com
lingual (esta incisão deve seguir o necessidade individual.
contorno gengival, preservando a s $EVE SEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO
anatomia das papilas interdentais, sua de clorexidina a 0,12%, em intervalos de
extensão deve permitir afastamento 12 horas durante o período de 7 dias em
50 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

que a sutura estiver em posição. Depois s 2ECOMENDA SEQUEOPACIENTEUTILIZE


desse período, deve-se considerar, de gel de clorexidina a 1% uma vez ao
acordo com dificuldades de controle dia, localmente associado à escovação
mecânico. da área da furca com escova unitufo ou
interdental.
Cuidados
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA Material e instrumental necessários
do procedimento, com capacidade de s %SPELHO/DONTOL˜GICO
gerar bacteremia. s 3ONDAEXPLORADORA
s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO ˜SSEA s 3ONDAPERIODONTAL
por não adaptação dos retalhos s 3ONDADE.ABERS
vestibular e lingual/palatino, deve-se s 0INÀACL¤NICA
empregar o cimento cirúrgico, com s 3ERINGA#ARPULE
trocas a cada 7 dias até que a exposição s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD  
óssea inexista. s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP  
s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO P˜S s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
operatória, recomenda-se anti-sepsia (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4;
da ferida e cobertura antibiótica 11-12; 13-14)
(amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS
7 dias e, para alérgicos a penicilina, s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA
recomenda-se clindamicina 300 mg afiação de limas
6/6 horas, durante 7 dias). s !FASTADOR-INNESOTA
s %MFUNÀâODAALTAATIVIDADECARIOSANO s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL
interior dos túneis, recomenda-se o uso s #ABODEBISTURINŽ
de flúor tópico. s #ABODEBISTURINŽ
s #ANETADEALTA ROTAÀâO
Condutas em caso de urgência/emergência
s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN
Em casos de hemorragia, verificar a sua
s *OGODECINZ£IS&EDY  
origem e, de acordo com a causa, considerar
s #UBAREDONDAINOXXCM
compressão, curetagem, sutura ou anti-
s 'ENGIV˜TOMODE+IRKLAND
hemorrágico.
s 'ENGIV˜TOMODE/RBAN
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT
Básica s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER
C o n t ro l e d a p l a c a s u p r a g e n g i v a l , s ,IMASPARAOSSO"UCH
remoção do tecido cariado e confecção de s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA
restauração provisória, se necessário. s 4ESOURA'OLDMAN &OX
s 0ORTA AGULHA-AYOOU#ASTRO 6IEJO
Proservação
s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(,
Entre 15 e 30 dias após o término
s "ROCAS E PONTAS DIAMANTADAS PARA
do tratamento, o paciente deverá receber
ressecção radicular
tratamento restaurador na UBS, que ficará
s #URETAS#OLUMBIA2 , 2 , 
responsável pela proservação.
R-L, 4 R-L)
Observações s 0LACADEVIDRO
s "OCHECHO COM CLOREXIDINA   £ s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO
sugerido antes do início da cirurgia. s 'AZE
s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO s !NEST£SICOT˜PICO
irrigações freqüentes com soro s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR
fisiológico são recomendadas. s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 51

s !GULHADESCARTÖVEL
s 'UARDANAPOSDEPAPEL
s 3UGADORCIR¢RGICO
s 3OROlSIOL˜GICO
s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO
s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO
s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL
s ,UVASCIR¢RGICAS
s &IODESUTURADESEDA E 
s ,½MINASDEBISTURI  EC
s %SCOVAINTERDENTALM£DIA
s #IMENTOCIR¢RGICOPASTA PASTA
s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA
0,12% (para antissepssia bucal anterior
à intervenção)
53

3 CIRURGIA E
TRAUMATOLOGIA
BUCO-MAXILO-FACIAL
AMBULATORIAL
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 55

3.1 Manual de c. Cirurgias de Buco-Maxilo-Faciais


s #IRURGIAS EST£TICO FUNCIONAIS DE
Regulação tecidos moles bucais;
s #IRURGIAS ESQUEL£TICAS ORTO
cirúrgicas ambulatoriais;
Especialidade clínica: Cirurgia e s / S T E O P L A S T I A S  O S T E O T O M I A S
traumatologia buco-maxilo-facial maxilares ambulatoriais.
(Ambulatorial) d. Reconstruções Faciais
s )MPLANTES˜SSEOINTEGRADOS
Motivos mais freqüentes de s %NXERTIAS ˜SSEAS INTRABUCAIS COM
encaminhamento: sítios doadores intrabucais;
a. Cirurgia Buco-Dentária s $ISTRAÀµES˜SSEASALVEOLARES
s 2 E T E N À µ E S I N C L U S µ E S O U
impactações dentárias; Responsabilidade por nível de atenção
s #IRURGIAS DE TRACIONAMENTOS Básica: Deverão ser realizados todos
dentários com finalidade os procedimentos clínicos e cirúrgicos
ortodôntica; básicos. O usuário deverá ser encaminhado
s 4RANSPLANTESDENTAISAUT˜GENOS depois de realizados os procedimentos de
s $ESSINSERÀµESDETECIDOSMOLES adequação do meio buca l relacionados
s %XODONTIASCOMPLEXAS à pre s enç a de fo cos i n fe cc io sos c uja
s #IRURGIAS ˜SSEAS COM lNALIDADE contaminação possa interferir durante
protética; a realização do procedimento cirúrgico
s #IRURGIAS DE TECIDOS MOLES COM especializado.
finalidade protética; Média: Terão prioridade paciente com
s #IRURGIAS DE LESµES DENTÖRIAS as seguintes necessidades: frenectomia;
periapicais; dentes supranumerários ; cirurgias pré-
s %NXERTOS˜SSEOSNOSMAXILARES protéticas (hiperplasias de tecido mole e
b. Patologia Cirúrgica rebordos ósseos); dentes retidos, inclusos
s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S e impactados; lesões não neoplásicas de
processos infecciosos dos ossos glândulas salivares ; remoção de cistos ;
maxilares; t u more s dos ma x i l a re s ; f r at u r a s dos
s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S dentes e ossos da face; corpos estranhos
processos infecciosos dos tecidos e luxação de ATM.
moles da face; A lta : Procedimentos cirúrgicos que
s #IRURGIAS DE PEQUENOS CISTOS necessitem intervenção de um especialista
e tumores benignos de tecidos e m Ci r u r g i a e Tr au m atol o g i a b u c o -
moles; ma xilo-faciais em ambiente hospitalar,
s #IRURGIAS DE PEQUENOS CISTOS E pa ra onde o CEO deve referencia r os
tumores benignos intra-ósseos; pacientes com tais necessidades.
s 4RATAMENTO DAS SINUSOPATIAS
maxilares de origem Justificativa para encaminhamento
odontogênica; Complexidade do procedimento
s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S ou ausência de condições técnicas para
processos infecciosos/neoplásicos realização do procedimento na Atenção
das glândulas salivares; Básica.
s 4RATAMENTOCL¤NICOAMBULATORIAL
das patologias das ATM.
56 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

3.2 Manual Clínico s


s
0R˜TESESIMPLANTADAS
! L E R G I A A M E D I C A M E N T O S E
substâncias;
Especialidade clínica: Cirurgia e s 2EVISâODOSISTEMAIMUNOL˜GICO
traumatologia buco-maxilo-facial s 0ROBLEMASNOSISTEMADECOAGULAÀâO
(Ambulatorial) s #ONDIÀµESPATOL˜GICASHEPÖTICASEOU
renais;
3.2.1 Observação dos critérios de s $EFICIäNCIA NUTR ICIONAL OU DE
referência e contra-referência metabolização;
Considerar, por meio de verificação da ficha s )NFECÀµESPR£VIASRECENTES
de encaminhamento e exame bucal do usuário, s !VITAMINOSES
se a situação referenciada teve respeitados os s !LTERAÀµESMETAB˜LICAS
critérios estabelecidos no Manual de Regulação s )NTERAÀµESMEDICAMENTOSAS
em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial disponível s (IST˜RICODEDElCIäNCIASDOPROCESSO
no Caderno de Atenção Básica nº 17 – Saúde de cicatrização e consolidação óssea.
Bucal, Capítulo 5, publicado pelo Ministério da
Saúde, em 2006. 3.2.3 Exame físico
3.2.3.1 Extrabucal
3.2.2 Anamnese s !VALIAÀâODAMORFOLOGIACR½NIO FACIAL
Deverá ser realizada anamnese, com óssea, muscular e tegumentar;
coleta de dados da situação socioeconômica, s 6ERIFICAÀâO DA OCORRäNCIA DE 0ERFIL
história médica e dentária, avaliação das esquelético associado à má-oclusão de
condições locais e sistêmicas do paciente com o classe II e III, ou problemas verticais
objetivo de estabelecer o diagnóstico da doença (mordida aberta, por exemplo) ou
corretamente, realizar o planejamento cirúrgico látero-laterais;
e identificar a melhor oportunidade para a s 0ALPAÀâO DOS TECIDOS FACIAIS CADEIAS
intervenção, evitando-se assim, intercorrências ganglionares cervico-faciais associadas
durante o trans e o pós-operatório. a lesões evidentes ou não.
Considerar os seguintes aspectos s !VERIGUAÀâODAOCORRäNCIADEQUEIXAS
essenciais para a cirurgia: de sintomas recentes: febre, suor ou
s !NGINA sudorese, perda de peso, fadiga, mal-
s %NFARTODOMIOCÖRDIO estar, perda de apetite.
s /UTRASCARDIOPATIAS - Cabeça: cefaléia, vertigem, desmaio,
s $ESORDENSSANGU¤NEAS insônia.
s 5SODEANTICOAGULANTES - Ouvidos: diminuição da audição,
s $IABETES tinido (zumbido), dor.
s 5SO CONTINUADO DE ANTIBI˜TICOS OU - Olhos: embaçamento, visão dupla,
corticosteróides; lacrimejamento em excesso, secura,
s $ESORDENSCONVULSIVAS dor.
s 'RAVIDEZEAMAMENTAÀâO - Nariz e seios paranasais: rinorréia,
s !SMA epistaxe, dificuldade de respirar
s $OENÀAPULMONAR pelo nariz, dor, alteração do
s 4UBERCULOSE olfato.
s (EPATITE - ATM: dor, crepitação, limitação de
s $OENÀASSEXUALMENTETRANSMISS¤VEIS movimento.
s $OENÀARENAL - Boc a : sensibi l id ade ou dor
s (IPERTENSâO dentária, úlceras em lábios ou
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 57

mucosas, problemas de mastigação, superiores e inferiores, por indicação


problemas de fala, mau hálito, preventiva ortodôntica, periodontal ou
restaurações ausentes, infecções patologias associadas a estes.
dentárias.
Seqüência de intervenção
3.2.3.2 Intrabucal s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA
Observar alterações na consistência, saponácea a 2% ou 4% ou PVPI
coloração e/ou sintomatologias associadas tópico;
às mucosas de revestimento (mucosa jugal, s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO
assoalho bucal, ventre da língua, palato mole de c lorexidina 0,12% por dois
e lábios), mucosas mastigatórias (gengivas e minutos;
palato duro), mucosas especializadas (dorso da s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM
língua), rebordos ósseos e oclusão dentária. puncionadas;
s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOE
3.2.4 Exames complementares ou terminal infiltrativa do dente e
s %XAMESLABORATORIAISEXAMESDESANGUE estruturas anexas;
(hemograma, provas de coagulação, s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO
glicemia, etc.). operatório com gaze;
s %XAMES MICROBIOL˜GICOS EXAMES s )NCISâO COM EXTENSâO PROXIMAL
bioquímicos, exames histopatológicos, dos dentes envolvidos de forma a
imuno-histoquímicos, etc. permitir o acesso e a exposição do sitio
s %XAMESIMAGINOL˜GICOSRADIOGRÖlCOS cirúrgico;
(periapicais, oclusais, panorâmica, s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E
cefalometrias de perfil e frontal, líquidos utilizados na irrigação e
demais radiografias cranio-faciais), lavagem do campo operatório;
tomografias computadorizadas cranio- s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO
faciais, ressonância magnética cranio- retalho fibromucoso;
faciais, cintilografias ósseas. s ) D E N T I F I C A À â O D A C O N D I À â O D E
impactação óssea e relação com dentes
3.2.5 Procedimentos de cirurgia ou estruturas vizinhas;
buco-dentária s /STEOTOMIAPARAACESSOSENECESSÖRIO
e odontosecção (se necessário) com
3.2.5.1 Exodontias complexas de
brocas cirúrgicas em turbinas de alta
retenções, inclusões ou impactações
rotação, copiosamente irrigadas com
dentárias, cirurgias de tracionamento
água destilada ou soro fisiológico a
dentário com finalidade ortodôntica,
0,9%, ou ainda com brocas e micro-
transplantes dentais autógenos
motores de baixa rotação irrigados, ou
Definição cinzéis e martelo cirúrgico;
Retenção dentária caracteriza-se pela s 0REPARO DO S¤TIO RECEPTOR E REMOÀâO
incapacidade de erupção total de um dente da unidade doadora (em casos de
para realizar sua função mastigatória. Tal transplantes dentais) a ser transplantada
retenção pode ser óssea, mucosa, impactação com o mínimo de trauma do ligamento
em outro dente, etc. per iodontal e estabiliz ação do
transplante com goteira de acrílico,
Indicações
adesivos resinosos colados nos dentes
O tratamento será eletivo para remoção
vizinhos ou pelas suturas;
e/ou aproveitamento de dentes inclusos,
s 2EMOÀâODASESTRUTURASDENTÖRIASCOM
com maior freqüência os terceiros molares
uso de alavancas ou fórceps ou fixação
58 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

de artefato colado para tracionamento Cuidados


ortodôntico do dente; s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
s ,IMAGEM E ALISAMENTO DAS PAREDES do procedimento, com capacidade de
alveolares remanescentes (quando gerar bacteremia. Considerar o risco
necessário). de fraturas dentárias e/ou ósseas;
s )RRIGAÀâO COM SORO FISIOL˜GICO DO s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU
campo operatório; nervo lingual na remoção dos terceiros
s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO molares inferiores.
compressão da área;
Condutas em caso de urgência/emergência
s 3UTURAS
Medicação de controle da dor/
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS
inflamação e infecção, se for o caso. Realizar
- Aplicação de frio nas primeiras 24
as abordagens possíveis, de acordo com a
horas;
situação de urgência/emergência e, quando
- Não mastigar no local durante 10
necessário, encaminhar aos outros serviços
dias;
de referência especializados.
- Alimentação líquida/pastosa, fria/
gelada durante 10 dias; Preparo prévio a ser realizado na Atenção
- Aplicação de calor após as primeiras Básica
48 horas; s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R
- Utilização da medicação procedimentos de controle da placa
prescrita. supra (remoção de fatores retentivos
e orientação de higiene bucal) e
Terapia medicamentosa
subgengival, remoção de focos
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL
infecciosos e raízes residuais.
500 mg) e ou antiinflamatórios não
s 3EMPREQUEPOSS¤VELENCAMINHARO
esteroidais, em intervalos de 6 e 8
paciente com exames laboratoriais
horas respectivamente, na presença
e imaginológicos disponíveis nas
de dor e inflamação.
UBS.
s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE
solução de gluconato de clorexidina Proservação
a 0,12%, em intervalos de 12 horas s %NTRE  E  DIAS AP˜S O TRATAMENTO
durante sete dias. cirúrgico e remoção de suturas, o
s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA  MG paciente deverá ser reavaliado no
a 8 mg somente no pré-operatório CEO.
uma hora antes da cirurgia em s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M
procedimentos múltiplos, ou uso de adequadamente ao tratamento
osteotomias. retornam à Atenção Básica para
s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE manutenção.
houver história de infecção prévia, s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA
em pacientes que realizaram mais intercorrência trans ou pós-operatória
de dois procedimentos na mesma deverão receber acompanhamento
sessão. O bser var Manuals para adicional.
antibioticoterapia profilática em
Observações
pacientes especiais.
s 6ERIFICAR SEMPRE A POSSIBILIDADE
s #ONSIDERAR A POSSIBILIDADE DE
de reaproveitamento do dente
prescrever ansiolíticos via oral no
ortodonticamente ou para transplante
pré-operatório meia hora antes da
dental.
cirurgia, em pacientes ansiosos.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 59

3.2.5.2 Desinserções de tecidos moles, - Evitar falar em excesso;


cirurgias de tecidos moles com finalidade - Não mastigar no local;
protética, cirurgias estético-funcionais de - Alimentação líquida/pastosa, fria/
tecidos moles bucais gelada;
- Aplicação de calor após as primeiras
Definição
48 horas;
Cirurgias realizadas em tecidos moles
- Utilização de medicação prescrita.
bucais com a finalidade de restabelecer
sua função e estética, bem como facilitar a Terapia medicamentosa
reabilitação protética do paciente. s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL
500 mg) e/ou antiinflamatórios não
Indicações
esteroidais, em intervalos de 6 e 8
Em casos de inserções musculares
horas, respectivamente, na presença
altas que provocam retrações gengivais ou
de dor e inflamação.
impedem a estabilidade de próteses dentárias
s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE
nos rebordos alveolares ou em freios labial
solução de gluconato de clorexidina
e lingual que impedem a funcionalidade
a 0,12%, em intervalos de 12 horas
normal destas estruturas.
durante dez dias.
Seqüência de intervenção s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE
s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA houver história de infecção prévia, em
saponácea a 2% ou 4% ou PVPI pacientes que realizaram mais de dois
tópico; procedimentos na mesma sessão.
s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO s #ONSIDERARAPOSSIBILIDADEDEPRESCREVER
de c lorexidina 0,12% por dois ansiolíticos via oral no pré-operatório
minutos; meia hora antes da cirurgia, em
s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM pacientes ansiosos.
puncionadas; Cuidados
s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
terminal infiltrativa da área e estruturas do procedimento, com capacidade de
anexas; gerar bacteremia.
s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO s ,ESâODOSNERVOSMENTONIANOSEINFRA
operatório com gaze; orbitários.
s )NCISâONOPLANOENAFORMAINDICADA COM
uso de bisturi frio ou preferencialmente Condutas em caso de urgência/emergência
com uso de eletro-cautério; Medicação de controle da dor/
s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E inflamação e infecção, se for o caso. Realizar
líquidos utilizados na irrigação e as abordagens possíveis, de acordo com a
lavagem do campo operatório; situação de urgência/emergência e, quando
s $ESCOLAMENTOEAFASTAMENTODORETALHO necessário, encaminhar aos outros serviços
fibromucoso (quando indicado); de referência especializados.
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICO Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO Básica
compressão da área; s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R
s 3UTURAS EM PLANOS DE ACORDO COM A procedimentos de controle da placa
técnica planejada; supra (remoção de fatores retentivos
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS e orientação de higiene bucal) e
- Aplicação de frio nas primeiras 24 subgengival, remoção de focos
horas; infecciosos e raízes residuais.
60 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO


paciente com exames laboratoriais e operatório com gaze;
imaginológicos disponíveis nas UBS. s )NCISâO INTRA SULCULAR COM EXTENSâO
proximal dos dentes envolvidos de forma
Proservação
a permitir o afastamento do retalho;
s %NTRE  E  DIAS AP˜S O TRATAMENTO
s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E
cirúrgico e remoção de suturas, o paciente
líquidos utilizados na irrigação e
deverá ser reavaliado no CEO.
lavagem do campo operatório;
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M
s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO
adequadamente ao tratamento deverão
retalho fibromucoso;
retornar à Atenção Básica para
s )DENTIlCAÀâODASESTRUTURAS˜SSEASEO
manutenção.
pano ósseo a ser removido bem como
s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA
respeito às estruturas vizinhas;
intercorrência trans ou pós-operatória
s /STEOTOMIAPARACORREÀâOEREMOÀâO
deverão receber acompanhamento
dos excessos com uso de brocas
adicional.
cirúrgicas em turbinas de alta rotação
Observações copiosamente irrigadas com água
Lembrar sempre a possibilidade de destilada ou soro fisiológico a 0,9% e
indicação dos implantes ósseointegrados micro-serras reciprocante ou oscilatória,
em pacientes com reabsorções severas dos ou ainda com brocas e micro-motores
maxilares. de baixa rotação irrigados, ou cinzéis
e martelo cirúrgico;
3.2.5.3 Cirurgias ósseas alveolares com
s ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS
finalidade protética e ou estético-funcionais
ósseas remanescentes;
Definição s )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERAT˜RIO COM
Alterações morfológicas dos rebordos soro fisiológico ou água destilada;
ósseos alveolares dos maxilares que impedem s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO
a adaptação funcional de próteses e/ou compressão da área;
exostoses ósseas dos maxilares. s 3UTURAS
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS
Indicações
- Aplicação de frio nas primeiras 24
Tratamento cirúrgico eletivo para remoção
horas;
e/ou aproveitamento para enxertos ósseos,
- Não mastigar no local durante 10
alterações morfológicas dos alvéolos dos
dias;
maxilares e/ou exostoses ósseas, por indicação
- Alimentação líquida/pastosa, fria/
preventiva, protética, ortodôntica, periodontal
gelada durante 03 dias;
ou patologias associadas a estas.
- Aplicação de calor após as primeiras
Seqüência de intervenção 48 horas;
s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA - Utilização da medicação prescrita.
saponácea a 2% ou 4% ou PVPI
Terapia medicamentosa
tópico;
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL
s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHODE
500 mg) e/ou antiinflamatórios não
clorexidina 0,12% por dois minutos;
esteroidais, em intervalos de 6 e 8
s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM
horas, respectivamente, na presença
puncionadas;
de dor e inflamação.
s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU
s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE
terminal infiltrativa da área e estruturas
solução de gluconato de clorexidina
anexas;
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 61

a 0,12%, em intervalos de 12 horas retornar à Atenção Básica para


durante sete dias. manutenção.
s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA  MG s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA
no pré-operatório uma hora antes da intercorrência trans ou pós-operatória
cirurgia em procedimentos múltiplos deverão receber acompanhamento
ou uso de osteotomias. adicional.
s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE
Observações
houver história de infecção prévia, em
s ,EMBRAR SEMPRE A POSSIBILIDADE DE
pacientes que realizaram mais de dois
reaproveitamento da estrutura óssea
procedimentos na mesma sessão ou em
para a reabilitação, enxertos ósseos e
cirurgias ósseas.
implantes ósseointegrados.
s %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A
possibilidade de prescrever ansiolíticos 3.2.5.4 Cirurgias de lesões dentárias
no pré-operatório meia hora antes da periapicais
cirurgia.
Definição
Cuidados Cirurgias com acessos cirúrgicos às raízes
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA ou seus ápices radiculares com a finalidade de
do procedimento, com capacidade de removê-las (apicectomia) e /ou retro-obturá-
gerar bacteremia. las.
s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU
Indicações
nervo lingual.
Tratamento cirúrgico de dentes com
Condutas em caso de urgência/emergência insucesso do tratamento endodôntico
Medicação de controle da dor/inflamação convencional e/ou patologias associadas ao
e infecção se for o caso. Realizar as abordagens periápice dental.
possíveis, de acordo com a situação de
Seqüência de intervenção
urgência/emergência e, quando necessário,
s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA
encaminhar aos outros serviços de referência
saponácea a 2% ou 4% ou PVPI
especializados.
tópico;
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO
Básica de c lorexidina 0,12% por dois
s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R minutos;
procedimentos de controle da placa s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM
supra (remoção de fatores retentivos puncionadas;
e orientação de higiene bucal) e s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU
subgengival, remoção de focos terminal infiltrativa da área e estruturas
infecciosos e raízes residuais. anexas;
s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO
paciente com exames laboratoriais e operatório com gaze;
imaginológicos disponíveis nas UBS. s )NCISâO INTRA SULCULAR COM EXTENSâO
proximal dos dentes adjacentes aos
Proservação
dentes envolvidos de forma a permitir
s %NTRE  E  DIAS AP˜S O TRATAMENTO
o afastamento do retalho e acesso ao
cirúrgico e remoção de suturas, o paciente
ápice dental;
deverá ser reavaliado no CEO.
s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M
líquidos utilizados na irrigação e
adequadamente ao tratamento devem
lavagem do campo operatório;
62 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO cirurgia, em procedimentos múltiplos


retalho fibromucoso; ou nos casos em que está indicado o
s )DENTIlCAÀâODASESTRUTURAS˜SSEASEO uso de osteotomias.
plano ósseo a ser removido bem como s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE
respeito às estruturas vizinhas; houver história de infecção prévia, em
s /STEOTOMIA PARA ACESSO AO ÖPICE OU pacientes que realizaram mais de dois
foco radicular, apicectomia, preparo procedimentos na mesma sessão ou em
cavitário para retro-obturação (quando cirurgias ósseas.
necessário) com uso de brocas s %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A
cirúrgicas em turbinas de alta rotação possibilidade de prescrever ansiolíticos
copiosamente irrigadas com água no pré-operatório meia hora antes da
destilada ou soro fisiológico a 0,9% cirurgia.
ou ainda com brocas e micro-motores
Cuidados
de baixa rotação irrigados, ou cinzéis
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA
e martelo cirúrgico;
do procedimento, com capacidade de
s 2ETRO OBTURAÀâOCOMCIMENTOSABASE
gerar bacteremia.
de Mineral Trióxido Agregado (MTA)
s #ONSIDERAR O RISCO DE TRAUMAS AOS
ou a base de hidróxido de cálcio;
dentes adjacentes; caso ocorra, avaliar a
s ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS
necessidade de encaminhamento para
ósseas remanescentes;
tratamento endodôntico.
s )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERAT˜RIO COM
soro fisiológico ou água destilada; Condutas em caso de urgência/emergência
s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO Medicação de controle da dor/
compressão da área; inflamação e infecção se for o caso. Realizar
s 3UTURAS as abordagens possíveis, de acordo com a
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS situação de urgência/emergência e, quando
- Aplicação de frio nas primeiras 24 necessário, encaminhar aos outros serviços
horas; de referência especializados.
- Não mastigar no local;
- Alimentação líquida/pastosa, fria/ Preparo prévio a ser realizado na Atenção
gelada; Básica
- Aplicação de calor após as primeiras s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R
48 horas; procedimentos de controle da placa
- Utilização da medicação supra (remoção de fatores retentivos
prescrita. e orientação de higiene bucal) e
subgengival, remoção de focos
Terapia medicamentosa infecciosos e raízes residuais.
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O
500 mg) e/ou anti-inflamatórios não paciente com exames laboratoriais e
esteroidais, em intervalos de 6 e 8 imaginológicos disponíveis nas UBS.
horas, respectivamente, na presença
de dor e inflamação. Proservação
s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE s %NTRE  E  DIAS AP˜S O TRATAMENTO
solução de gluconato de clorexidina cirúrgico e remoção de suturas, o
a 0,12%, em intervalos de 12 horas paciente deverá ser reavaliado no
durante sete dias. CEO.
s 0RESCRIÀâODEDEXAMETASONAMGNO s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M
pré-operatório, uma hora antes da adequadamente ao tratamento devem
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 63

retornar à Atenção Básica para lavagem do campo operatório;


manutenção. s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO
s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA retalho fibromucoso;
intercorrência trans ou pós-operatória s )DENTIlCAÀâODASESTRUTURAS˜SSEASEO
deverão receber acompanhamento plano ósseo a ser removido bem como
adicional. respeito às estruturas vizinhas;
s /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO DA
3.2.5.5 Tratamento cirúrgico dos processos
lesão com o uso de brocas cirúrgicas em
infecciosos dos ossos maxilares, Cirurgias de
turbinas de alta rotação copiosamente
pequenos cistos e tumores benignos intra-
irrigadas com água destilada ou soro
ósseos dos maxilares
fisiológico a 0,9%, com micro serras
Definição reciprocante ou oscilatória ou ainda
Tratamento cirúrgico para remoção com brocas e micro-motores de baixa
ou controle dos processos infecciosos, rotação irrigados, ou cinzéis e martelo
cistos e tumores de ocorrência comum nos cirúrgico;
maxilares, de origem odontogênica ou não s %X£RESE DA LESâO OU ACESSO PARA
odontogênica. marsupialização quando de lesões
císticas;
Indicações s ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS
Tratamento cirúrgico e ou medicamentoso ósseas remanescentes;
dos processos infecciosos bacterianos, s )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERAT˜RIO COM
fúngicos ou virais dos maxilares e anexos, soro fisiológico ou água destilada;
dos processos císticos, pseudo-tumorais e s 2EADAPTAÀâODORETALHO
tumorais benígnos de ocorrência comum s 3UTURAS
nos maxilares. s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS
Seqüência de intervenção - Aplicação de frio nas primeiras 24
s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA horas;
saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona - Não mastigar no local;
– PVPI tópico; - Alimentação líquida/pastosa, fria/
s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO gelada;
de c lorexidina 0,12% por dois - Aplicação de calor após as primeiras
minutos; 48 horas;
s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM - Utilização da medicação prescrita.
puncionadas; Terapia medicamentosa
s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O
terminal infiltrativa da área e estruturas (paracetamol 500 mg) e ou
anexas; antiinflamatórios não esteroidais,
s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO em intervalos de 6 e 8 horas
operatório com gaze; respectivamente, na presença de
s )NCISâO INTRA SULCULAR COM EXTENSâO dor e inflamação.
proximal dos dentes adjacentes s $EVE SECONSIDERARAPRESCRIÀâODE
aos dentes envolvidos de forma a solução de gluconato de clorexidina
permitir o afastamento do retalho, a 0,12%, em intervalos de 12 horas
bem como o acesso e a exposição do durante sete dias.
sítio cirúrgico; s 0RESCRIÀâODEDEXAMETASONAMG
s !SPIRAÀµES CONT¤NUAS DE SANGUE E no pré-operatório, uma hora antes
líquidos, utilizados na irrigação e da cirurgia, em procedimentos
64 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

múltiplos ou nos casos em que está retornar à Atenção Básica para


indicado o uso de osteotomias. manutenção.
s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA
houver história de infecção prévia, intercorrência trans ou pós-operatória
em pacientes que realizaram mais deverão receber acompanhamento
de dois procedimentos na mesma adicional.
sessão ou em cirurgias ósseas.
s %MPACIENTESANSIOSOS CONSIDERAR Observações
a possibilidade de prescrever No tratamento destas lesões deve-se
ansiolíticos no pré-operatório levar em consideração a possibilidade de
meia hora antes da cirurgia. reabilitação do paciente após a cura.

Cuidados 3.2.5.6 Tratamento cirúrgico de defeitos


s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTADO ósseos alveolares dos maxilares
procedimento, com capacidade de gerar Definição
bacteremia. Considerar o risco de fraturas Tratamento cirúrgico com objetivo de
ósseas, caso ocorra encaminhar ao centro reconstruir alguma área de osso alveolar que
de referência em nível terciário. foi perdida por processo patológico anterior,
s 2ISCOSHEMORRÖGICOS ou defeito de desenvolvimento.
s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU
nervo lingual nos procedimentos em Indicações
3º molares inferiores. Tratamento cirúrgico para reconstrução
de defeitos ósseos intrabucais, utilizando
Condutas em caso de urgência/emergência sítios doadores ósseos intrabucais sob
Medicação de controle da dor/ anestesia local.
inflamação e infecção, se for o caso. Realizar
as abordagens possíveis, de acordo com a Seqüência de intervenção
situação de urgência/emergência e, quando s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA
necessário, encaminhar aos outros serviços saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona
de referência especializados. tópico;
s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO
Preparo prévio a ser realizado na Atenção de c lorexidina 0,12% por dois
Básica minutos;
s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM
procedimentos de controle da placa puncionadas;
supra (remoção de fatores retentivos s !NESTESIA INFILTRATIVA POR BLOQUEIO
e orientação de higiene bucal) e e/ou terminal infiltrativa da área e
subgengival, remoção de focos estruturas anexas do sítio doador e do
infecciosos e raízes residuais. sítio receptor;
s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO
paciente com exames laboratoriais e operatório com gaze;
imaginológicos disponíveis nas UBS. s )NCISâO DE ACESSO AO S¤TIO DOADOR DE
Proservação forma a permitir o afastamento do
s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO retalho e acesso amplo;
CEO a cada três meses com radiografia s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E
de controle no primeiro ano após a líquidos usados na irrigação e lavagem
cirurgia. do campo operatório;
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO
adequadamente ao tratamento deverão retalho fibromucoso;
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 65

s )DENTIlCAÀâODASESTRUTURAS˜SSEASEO s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE HOUVER


plano ósseo a ser removido bem como história de infecção prévia, em pacientes
respeito às estruturas vizinhas; que realizaram mais de dois procedimentos
s /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO COM na mesma sessão ou em cirurgias ósseas.
o uso de brocas cirúrgicas em turbinas s %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A
de alta rotação copiosamente irrigadas possibilidade de prescrever ansiolíticos
com água destilada ou soro fisiológico a no pré-operatório meia hora antes da
0,9%, com micro serras reciprocante ou cirurgia.
oscilatória ou ainda com brocas e micro-
Cuidados
motores de baixa rotação irrigados ou
s $EVE SE CONSIDERAR A NATUREZA CRUENTA
cinzéis e martelos cirúrgico;
do procedimento, com capacidade
s #ONSERVAÀâODOENXERTO˜SSEOEMSORO
de gerar bacteremia. Considerar o
fisiológico 0,9%;
risco de fraturas ósseas; caso ocorra,
s ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS
encaminhar ao centro de referência em
ósseas remanescentes;
nível terciário.
s )NCISâODEACESSOAOSITIORECEPTORDE
s 2ISCODEINFECÀâOEPERDADOENXERTO
forma a permitir o afastamento do
s 2ISCOSHEMORRÖGICOS
retalho e acesso amplo;
s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU
s &IXAÀâODOENXERTOCOMPARAFUSOSEM
nervo lingual na remoção do material
titânio de 1,5 mm de espessura;
doador, quando o sitio for o ramo
s 2EADAPTAÀâODORETALHOSEMTENSâO
mandibular.
s 3UTURAS
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS Condutas em caso de urgência/emergência
- Aplicação de frio nas primeiras 24 Medicação de controle da dor/
horas; inflamação e infecção, se for o caso. Realizar
- Não mastigar no local; as abordagens possíveis, de acordo com a
- Alimentação líquida/pastosa, fria/ situação de urgência/emergência e, quando
gelada; necessário, encaminhar aos outros serviços
- Aplicação de calor após as primeiras de referência especializados.
48 horas; Preparo prévio a ser realizado na Atenção
- Utilização da medicação Básica
prescrita. s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R
Terapia medicamentosa procedimentos de controle da placa
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL supra (remoção de fatores retentivos
500 mg) e/ou antiinflamatórios não e orientação de higiene bucal) e
esteroidais, em intervalos de 6 e 8 subgengival, remoção de focos
horas, respectivamente, na presença infecciosos e raízes residuais.
de dor e inflamação. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O
s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE paciente com exames laboratoriais e
solução de gluconato de clorexidina imaginológicos disponíveis nas UBS.
a 0,12%, em intervalos de 12 horas, Proservação
durante sete dias. s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO
s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA  MG CEO a cada três meses com radiografia
no pré-operatório uma hora antes da de controle no primeiro ano após a
cirurgia em procedimentos múltiplos cirurgia.
ou nos casos em que está indicado o s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M
uso de osteotomias. adequadamente ao tratamento
66 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

deverão retornar à Atenção Básica para turbinas de alta rotação copiosamente


manutenção. irrigadas com água destilada ou soro
s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA fisiológico a 0,9%, com micro serras
intercorrência trans ou pós-operatória reciprocante ou oscilatória ou ainda
deverão receber acompanhamento com brocas e micro-motores de baixa
adicional. rotação irrigados, ou cinzéis e martelo
Observações cirúrgico;
s / 4RATAMENTO PARA RECONSTRUÀâO s #URETAGEMELAVAGEMDOSEIOMAXILAR
óssea deve levar em consideração a em casos de sinusopatias maxilar e
possibilidade de reabilitação protética crônicas;
do paciente. s $ESLOCAMENTODORETALHOPARAOCLUSâO
da fístula (se necessário) ou uso do
3.2.5.7 Tratamento dos processos infecciosos corpo adiposo da bochecha para
da face e das sinusopatias maxilares de fechamento da fístula buco-sinusal;
origem odontogênica associadas ou não a s ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS
comunicações buco-sinusais ou buco-nasais ósseas remanescentes (quando
necessário);
Definição
s 2EADAPTAÀâODORETALHOSEMTENSâO
Procedimento cirúrgico que tem por
s 3UTURAS
objetivo tratar processos infecciosos de
s 2ECOMENDAÀµESP˜S OPERAT˜RIAS
origem odontogênica, fistulosos ou não.
- Aplicação de frio nas primeiras 24
Indicações horas;
Tratamento cirúrgico de processos infecciosos - Não mastigar no local;
dos seios maxilares e/ou comunicações buco- - Alimentação líquida/pastosa, fria/
sinusais de origem odontogênica. gelada;
- Aplicação de calor após as primeiras
Seqüência de intervenção
48 horas;
s !NTI SEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA
- Evitar assoar e/ou prender
saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona
espirros;
tópico;
- Utilização de medicação prescrita.
s !NTI SEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO
de c lorexidina 0,12% por dois Terapia medicamentosa
minutos; s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL
s !NESTESIA T˜PICA NAS REGIµES A SEREM 500 mg) e/ou antiinflamatórios não
puncionadas; esteroidais, em intervalos de 6 e 8
s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU horas, respectivamente, na presença
terminal infiltrativa da área e estruturas de dor e inflamação.
anexas; s $EVE SE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE
s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO solução de gluconato de clorexidina
operatório com gaze; a 0,12%, em intervalos de 12 horas
s )NCISâOEACESSOAOCAMPOCIR¢RGICO durante sete dias.
s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA  MG
líquidos usados na irrigação e lavagem no pré-operatório uma hora antes da
do campo operatório.; cirurgia em procedimentos múltiplos
s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO ou nos casos em que está indicado o
retalho fibromucoso; uso de osteotomias.
s /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO DA s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE
lesão com o uso de brocas cirúrgicas em houver história de infecção prévia, em
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 67

pacientes que realizaram mais de dois deverão receber acompanhamento


procedimentos na mesma sessão ou em adicional.
cirurgias ósseas.
s %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A Observações
possibilidade de prescrever ansiolíticos Considerar sempre a dificuldade técnica
no pré-operatório meia hora antes da do procedimento e a preparação humana
cirurgia. e do ambiente necessário para realizar tal
procedimento
Cuidados
s $EVE SECONSIDERARANATUREZACRUENTA 3.2.6 Material e instrumental
do procedimento, com capacidade de necessários
gerar bacteremia. Considerar o risco s !GULHA GENGIVAL DESCARTÖVEL CURTA
de complicações infecciosas dos seios G30
da face; caso ocorra, encaminhar ao s !GULHA GENGIVAL DESCARTÖVEL LONGA
serviço de referência especializado em G27
nível terciário. s !GULHA HIPOD£RMICA DESCARTÖVEL
s 2ISCOSHEMORRÖGICOS 30x7
s ,ESâODONERVOINFRA ORBITÖRIO s ¬LCOOLET¤LICOA
Condutas em caso de urgência/emergência s !NEST£SICO LOCAL INJETÖVEL CITOCAINA
Medicação de controle da dor/ com felipressina
inflamação e infecção, se for o caso. Realizar s !NEST£SICOLOCALINJETÖVEL MEPIVACA¤NA
as abordagens possíveis, de acordo com a 2% com levonordefrina
situação de urgência/emergência e, quando s !NEST£SICOLOCALINJETÖVEL MEPIVACAINA
necessário, encaminhar aos outros serviços 2% com noradrenalina
de referência especializados. s !NEST£SICOLOCALINJETÖVEL MEPIVACAINA
2% s/ vasoconstritor
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s !NEST£SICOT˜PICO
Básica s !ZULDEMETILENO SOLUÀâOAT˜PICO
s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
procedimentos de controle da placa Rotação, carbide esférica – nº 3
supra (remoção de fatores retentivos s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
e orientação de higiene bucal) e Rotação, carbide esférica - nº 4
subgengival, remoção de focos s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
infecciosos e raízes residuais. Rotação, carbide esférica – nº 8
s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
paciente com exames laboratoriais e Rotação, carbide esférica – nº 6
imaginológicos disponíveis nas UBS. s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
Proservação Rotação, carbide cônica - nº 56
s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
CEO a cada três meses com radiografia Rotação, carbide – nº 701
de controle no primeiro ano após a s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
cirurgia. Rotação, carbide – nº 702
s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
adequadamente ao tratamento 2OTAÀâO CARBIDE:EKRYA
deverão retornar à Atenção Básica s "ROCA PARA USO ODONTOL˜GICO !LTA
para manutenção. 2OTAÀâO CARBIDE:EKRYA(,
s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA s #ANETA DE !LTA 2OTAÀâO 
intercorrência trans ou pós-operatória rpm
68 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s #LORETODES˜DIO   s +IT DE ATAQUE ÖCIDO ADESIVO E RESINA


s ¬GUADESTILADA composta
s #LOREXIDINA GLUCONATO   s #IMENTO CIR¢RGICO SISTEMA PASTA
s #LOREXIDINA DIGLUCONATO   pasta
s #LOREXIDINA DIGLUCONATO  s -ANGUEIRAS DE SILICONE AUTOCLAVÖVEIS
solução degermante para aspiração
s #OMPRESSACIR¢RGICA XEST£RIL s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS
s #OMPRESSA DE GAZE HIDR˜FILA EST£RIL s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASOCLUSAIS
10x10 s !BAIXADORDEL¤NGUADE"RUNING
s #OMPRESSADEGAZEHIDR˜lLA EST£RIL s !BAIXADORDEL¤NGUADE7EIDEN
- com 5 unidades s !FASTADOR &ARABEUF
s $RENODE0ENROSE NŽ s !FASTADOR -EAD
s &IO DE SUTURA CATGUT CROMADO   s !FASTADOR 3ENN-UELLER
agulha 2 cm, ½ círc, trian. s !FASTADOR -INNESOTA
s &IO DE SUTURA CATGUT CROMADO   s !FASTADORDE6OLKMANN
agulha 2 cm, ½ círc, trian. s !FASTADORES DE LÖBIO 3 PANDEX
s &IO DE SUTURA POLIAMIDA MON   Plástico
agulha 2 cm, ½ círc, trian. s !FASTADORDEOBWERGEISERPARABAIXO
s &IO DE SUTURA POLIAMIDA MON   s !FASTADORDEOBWERGEISERPARACIMA
agulha 2 cm, ½ círc, trian. s !LAVANCAn!PICALRETADE(EIDBRINK
s &IODESUTURAVYCRILRAPID   AGULHA s !LAVANCA 3ELDINRETANŽ
2 cm, ½ círc, trian. s !LAVANCA 3ELDINNŽ,
s &IODESUTURAVYCRILRAPID   AGULHA s !LAVANCA 3ELDINNŽ2
2 cm, ½ círc, trian. s !LAVANCASDE0OTTDIREITAEESQUERDA
s &IO DE SUTURA DE SEDA   AGULHA  s !LVEOL˜TOMO "LUMENFELD
cm, ½ círc, trian. s !LVEOL˜TOMO ,UERCURVO
s &IO DE SUTURA DE SEDA   AGULHA  s !LVEOL˜TOMO ,UERRETO
cm, ½ círc, trian. s !SPIRADORCOLETORDEOSSO
s &IODESUTURADE.YLON   AGULHA s "ANDEJASGRANDESPARACIRURGIA
cm, ½ círc, trian. s #ABODEBISTURI NŽ
s &IODEAÀO s #ABOPARAESPELHO
s 2OLODEBARRASMETÖLICASDE%RICH s %SPELHOBUCAL NŽ
s (EMOSTÖTICO LOCAL n ESPONJA DE s 3ONDAEXPLORADORA
colágeno liofilizado bovino s 3ONDAPERIODONTAL
s #ERAPARAHEMOSTASIA˜SSEA s 0INÀACL¤NICA
s + I T C I R ¢ R G I C O O D O N T O L ˜ G I C O s 3ERINGA#ARPULE
descartável s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY
s ,½MINADEBISTURI NŽ (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4;
s ,½MINADEBISTURI NŽ 11-12; 13-14)
s ,½MINADEBISTURI NŽ s #AIXAPARAINSTRUMENTAL COMFUROS
s ,UVACIR¢RGICA EST£RILn A  42x28x12 cm
s ,UVASDEPROCEDIMENTO s #INZEL BISELADO
s 0ONTAPARASUGADOR CIR¢RGICO EST£RIL s #INZEL BI BISELADO
descartável s #INZEL PONTAGOIVAMEIACANA
s 3ERINGADESCARTÖVEL ML s #INZELANGULADODE7AGNER
s 3ERINGADESCARTÖVEL ML s #UBAREDONDA AÀOINOXXCM
s -INERAL4RI˜XIDO!GREGADO-4! s #URETA DE,UCASNŽ
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 69

s #URETA DE,UCASNŽ s 4ESOURACIR¢RGICAÙRIS RETACM


s #URETA DE,UCASNŽ s 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUM CM
s #URETADE-OLT curva
s #ONJUNTO DE SEIS CURETAS PARA SEIOS s 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUM CM
maxilares curva
s $ESCOLADORDEPERI˜STEO &REER s 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUM CM
s $ESCOLADORDEPERI˜STEO -OLTNŽ reta
s %SlGMOMAN¹METRO s 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUM CM
s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO reta
s %STETOSC˜PIO s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA
s &˜RCEPS ADULTONŽ s 4ESOURAPARAlODEAÀO
s &˜RCEPS ADULTONŽ, s 4ESOURA'OLDMAN&OX
s &˜RCEPS ADULTONŽ2
s &˜RCEPS ADULTONŽ
s &˜RCEPS ADULTONŽ
s &˜RCEPS ADULTONŽ
s &˜RCEPS ADULTONŽ
s &˜RCEPS ADULTONŽ
s &˜RCEPS INFANTILNŽ
s &˜RCEPS INFANTILNŽ
s ,IMAPARAOSSO 3ELDINNŽ
s ,IMAPARAOSSO 3ELDINNŽ
s ,IMAPARAOSSO 3ELDINNŽ
s -ARTELOCIR¢RGICO MACIÀO
s 0INÀA!DSON COMDENTECM
s 0INÀA!DSON SEMDENTECM
s 0INÀA!LLIS 
s 0INÀA!NAT¹MICA CM
s 0INÀA"ACKAUS CM
s 0INÀA"ACKAUS CM
s 0INÀA#OLLIN CM
s 0INÀA (ALSTEADMOSQUITO CM
curva
s 0INÀA (ALSTEADMOSQUITO CM
reta
s 0INÀA+ELLY CM CURVA
s 0INÀA+ELLY CM RETA
s 0INÀAELÖSTICA$IETRICHnCM RETA
s 0INÀA 0EAN CM
s 0LACADEVIDRO
s 0ONTAPARASUGADOR METÖLICO
s 0ORTAAGULHA#RILE 7OODCOMPONTA
de widia -15 cm
s 3ERINGAPARAANESTESIA #ARPULECOM
refluxo
s 3INDESM˜TOMO
s 4ESOURACIR¢RGICAÙRIS CURVACM
70 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 71

4 ENDODONTIA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 73

4.1 Manual de Média:


s 4RATAMENTO ENDOD¹NTICO EM DENTE
Regulação com polpa viva;
s 4RATAMENTO ENDOD¹NTICO EM DENTES
com polpa sem vitalidade;
Especialidade clínica: Endodontia s 2ETRATAMENTOENDOD¹NTICO
s 4R A T A M E N T O D E P E R F U R A À µ E S
Motivos mais freqüentes de
radiculares;
encaminhamento:
s #ONTRA REFERäNCIAÜ5"3QUEDEMANDOU
a. Biopulpectomia
o atendimento especializado, com
b. Necrose pulpar
orientações pertinentes, se for o caso.
c. Retratamento de canal

Responsabilidade por nível de atenção Justificativa para encaminhamento


Complexidade do procedimento:
Básica: Deve-se resolver a situação
necessidade de tratamento ou retratamento
de emergência do usuário e monitorá-lo
restaurador endodôntico, tratamento de
(medicação e troca de curativos) enquanto
perfurações radiculares e/ou necessidade
o mesmo aguarda agendamento no Centro
de apicectomia. Os pacientes que tiverem
de Especialidades Odontológicas - CEO.
dentes reimplantados ou que sofrerem trauma
O tratamento endodôntico também poderá
poderão ter prioridade sobre outros.
ser realizado na Unidade Básica de Saúde
Os critérios e requisitos recomendados
- UBS, conforme disponibilidade técnica e
para referência e contra-referência aos CEO
de equipamento da unidade.
estão detalhados no Caderno de Atenção
As pulpotomias deverão ser realizadas
Básica nº 17 – Saúde Bucal, Capítulo V.
no âmbito da Atenção Básica, inclusive
nos casos de rizogênese incompleta com
vitalidade pulpar.
Antes de encaminhar o usuário ao
4.2 Manual Clínico
CEO, o dentista da UBS deverá verificar
o p o t e n c i a l d e re v e r s ã o d o p ro c e s s o Especialidade clínica: Endodontia
patológico, realizando proteção pulpar
d i re t a o u i n d i re t a e / o u p u l p o t o m i a , 4.2.1 Observação dos critérios de
aguardando período para acompanhar e referência e contra-referência
avaliar a vitalidade pulpar. Considerar, por meio de verificação da
O usuário encaminhado deverá ficha de encaminhamento e exame bucal
apresentar as seguintes situações: do usuário, se a situação referenciada teve
s #OMRELAÀâOAODENTEREMOÀâOTOTAL respeitados os critérios estabelecidos no
do tecido cariado, curativo de demora Manual de Regulação de Endodontia.
e material restaurador provisório, com
coroa clínica suficiente para colocação 4.2.2 Anamnese
dos grampos de isolamento absoluto, Realizar anamnese detalhada, com
sem mobilidade acentuada e com registro de dados pessoais e da situação
menos de 2/3 de extrusão por perda g e r a l d e s a ú d e, i n c l u i n d o a h i s t ó r i a
do antagonista. médica pregressa e a história de doenças/
s #OM RELAÀâO Ü CAVIDADE BUCAL agravos na familia, cuja determinação ou
adequação do meio bucal com remoção influência genética é importante; verificar
dos focos infecciosos. o uso de medicações; avaliar o motivo do
74 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

encaminhamento e aspectos que influenciam Seqüência de intervenção


o problema; identificar e tentar minimizar s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL
as possíveis ansiedades ou medos em relação inicial;
ao atendimento, esclarecer dúvidas e/ou s !NESTESIA
questões apresentadas pelo usuário, etc. s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO
operatório;
Observar a presença ou não de dor.
s !SSEPSIA
s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO
4.2.3 Exame físico uma forma de conveniência;
4.2.3.1 Extrabucal s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
É realizado por um conjunto de inspeção, de realizar a odontometria;
palpação e avaliação funcional da forma s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O
facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, comprimento real de trabalho (CRT)
ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço, de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice;
articulação temporomandibular. s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL
É essencial verificar a presença de radicular estabelecendo a conicidade
nódulos, abscessos ou edemas. do conduto;
s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
4.2.3.2 Intrabucal (além dos exames de rotina)
de ‘prova do cone principal’;
Avaliar tecidos moles, exame dental e
s /BTURAÀâORADICULAR
exame periodontal observando os seguintes
s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL
aspectos considerados essenciais:
s 3ELAMENTOCORONÖRIO
s 0RESENÀADEMOBILIDADEDENTÖRIA
s #ONDIÀµESDACOROACL¤NICA Terapia medicamentosa
s 3E HOUVE APLICAÀâO DE CURATIVO DE s 5SO T˜PICO ASSOCIAÀâO CORTIC˜IDE
demora antibiótico, por exemplo: hidrocortisona +
s 3EHOUVEREMOÀâODACÖRIEDENTÖRIA neomicina + polimixina B, como medicação
s 0RESENÀADEABAULAMENTOPERIAPICAL intracanal (curativo de demora).
s 5SOSISTäMICO
4.2.4 Exames complementares s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O
Radiografia periapical (paracetamol 500-750 mg)
em intervalos de 4 horas e ou
4.2.5 Procedimentos endodônticos antiinflamatórios não esteroidais,
convencionais em intervalos de 6 e 8 horas
respectivamente, na presença de
4.2.5.1 Tratamento endodôntico em dentes
dor e inflamação.
com polpa viva
s !NTIBIOTICOTERAPIA
Definição s )NDICAÀµES INElCÖCIA DA CONDUTA
Tratamento endodôntico em dentes cirúrgica para solução do processo;
permanentes que sofreram extirpação da acometimento de tecidos moles
polpa dental que apresentava vitalidade. vizinhos; comprometimento
sistêmico (hiperemia,
Indicações
linfoadenopatia regional,
Para o fechamento hermético do canal
leucocitose e neutrocitose); presença
radicular, impedindo a instalação de processo
de imunodepressão. Esquemas de
infeccioso, possibilitando o selamento biológico
administração: penicilina V (500.000
apical e contribuindo para a manutenção do
UI), VO, em intervalos de 6 horas
elemento dentário na arcada.
por 7 dias ou amoxicilina (500 mg),
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 75

VO, em intervalos de 8 horas por 7 s "ROCASPARABAIXA ROTAÀâO


dias ou eritromicina (250 mg), VO, s !MPLIADORESDEORIF¤CIO
em intervalos de 6 horas por 7 dias s 2£GUAMILIMETRADA
ou claritomicina (250 mg), VO, em s ,IMASENDOD¹NTICAS
intervalos de 12 horas por 7 dias. s %SPAÀADORESDIGITAIS
s $IQUEDEBORRACHA
Cuidados
s 3ERINGALUER LOKPARAIRRIGAÀâO
s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO
s #½NULASPARAASPIRAÀâO
do lençol de borracha ou perda do
s 'RAMPOS
selamento coronário.
s 0ERFURADORDEBORRACHA
s 0ERICEMENTITE
s 0INÀAPORTA GRAMPOS
Condutas em caso de urgência/emergência s 3ERINGACARPULE
s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA s 3OLUÀâOIRRIGADORASOROlSIOL˜GICOOU
descompressão; água de cal)
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICOOUÖGUA s #ONESDEPAPELABSORVENTE
de cal; s #ONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAL E
s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA secundário
(associação corticóide-antibiótico);
s !PLICAÀâODENOVOSELAMENTOCORONÖRIO 4.2.5.2 Tratamento endodôntico em dentes
s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO com polpa sem vitalidade

Preparo prévio a ser realizado na Atenção Definição


Básica Tratamento endodôntico em dentes
s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO permanentes que não apresentam mais
s %XTIRPAÀâOPULPAR vitalidade devido à necrose do tecido
s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA pulpar.
s 3ELAMENTOCORONÖRIO Indicações
s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO Para o saneamento do sistema de canais
Proservação radiculares e posterior fechamento hermético
s 0O R D O I S A N O S C O M A V A L I A À â O do canal radicular, impedindo a reinstalação
semestral, através de exame clínico e de processo infeccioso, possibilitando o
radiográfico. selamento biológico apical e contribuindo
s $EVERÖSERFEITANOPR˜PRIO#%/OU para a manutenção do elemento dentário
na UBS, conforme a pactuação local. na arcada.

Observações Seqüência de intervenção


s $ENTES INICIALMENTE TRATADOS COMO s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL
vitais e que sofreram contaminação inicial;
por perda do selamento coronário ou s !NESTESIA
rompimento do lençol de borracha s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO
deverão ser tratados como “dentes sem operatório;
vitalidade pulpar”. s !SSEPSIA
s $ENTES COM RIZOGäNESE INCOMPLETA s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO
deverão ser submetidos à pulpotomia uma forma de conveniência;
na UBS. s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
de realizar a odontometria;
Material e instrumental necessários s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O
s 0EL¤CULASRADIOGRÖFICASPERIAPICAIS comprimento real de trabalho (CRT)
s "ROCASPARAALTA ROTAÀâO de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice;
76 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL (tricresol formalina/paramonoclorofenol


radicular estabelecendo a conicidade com nitrofurazona (2 mg)/pasta de
do conduto; hidróxido de cálcio);
s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE s !P L I C A À â O D E N OV O S E L A M E N T O
de ’prova do cone principal’; coronário;
s /BTURAÀâORADICULAR s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 3ELAMENTOCORONÖRIO
Básica
Terapia medicamentosa s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO
s 5SO T˜PICO TRICRESOL FORMALINA s %XTIRPAÀâOPULPAR
paramonoclorofenol com nitrofurazona s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA
(2 mg)/pasta de hidróxido de cálcio s 3ELAMENTOCORONÖRIO
(curativo de demora) => de acordo com s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
a técnica empregada pelo profissional;
Proservação
s 5SOSISTäMICO0RESCRIÀâODEANALG£SICO
s 0ORDOISANOS COMAVALIAÀâOSEMESTRAL
(paracetamol 500-750 mg) em intervalos
através de exames clínico e radiográfico.
de 4 horas e/ou antiinflamatórios não
s $EVERÖSERFEITANOPR˜PRIO#%/OU
esteroidais, em intervalos de 6 e 8
na UBS, conforme a pactuação local.
horas respectivamente, na presença de
dor e inflamação. Antibioticoterapia: Observações
Indicações: ineficácia da conduta s $ENTES CUJA LESâO AP˜S  ANOS DO
cirúrgica para solução do processo; tratamento, não sofreu regressão e
acometimento de tecidos moles apresentando-se com mais de 1 mm
vizinhos; comprometimento sistêmico de diâmetro constatado no exame
(hiperemia, linfoadenopatia regional, radiográfico deverão ser submetidos
leucocitose e neutrocitose); presença ao retratamento.
de imunodepressão. Esquemas de
Material e instrumental necessários
administração: penicilina V (500.000
s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS
UI), VO, em intervalos de 6 horas
s "ROCASPARAALTA ROTAÀâO
por 7 dias ou amoxicilina (500 mg),
s "ROCASPARABAIXA ROTAÀâO
VO, em intervalos de 8 horas por 7
s !MPLIADORESDEORIF¤CIO
dias ou eritromicina (250 mg), VO,
s 2£GUAMILIMETRADA
em intervalos de 6 horas por 7 dias
s ,IMASENDOD¹NTICAS
ou claritomicina (250 mg), VO, em
s %SPAÀADORESDIGITAIS
intervalos de 12 horas por 7 dias.
s $IQUEDEBORRACHA
Cuidados s 3ERINGALUER LOKPARAIRRIGAÀâO
s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO s #½NULASPARAASPIRAÀâO
do lençol de borracha ou perda do s 'RAMPOS
selamento coronário. s 0ERFURADORDEBORRACHA
s 0ERICEMENTITE s 0INÀAPORTA GRAMPOS
s 2EAGUDIZAÀâODOPROCESSOCR¹NICO s 3ERINGACARPULE
s 3OLUÀâO IRRIGADORA DESINFETANTE
Condutas em caso de urgência/emergência
hipoclorito de sódio a 2,5% - solução
s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA
de Labarraque
descompressão;
s #ONESDEPAPELABSORVENTE
s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâODE,ABARRAQUE
s #ONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAL E
s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA
secundário
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 77

4.2.5.3 Retratamento endodôntico em horas respectivamente, na presença


dentes permanentes de dor e inflamação.
s !NTIBIOTICOTERAPIA)NDICA˵ES
Definição
ineficácia da conduta cirúrgica para
Novo tratamento endodôntico decorrente
solução do processo; acometimento
do insucesso do tratamento anterior.
de tecidos moles vizinhos;
Indicações comprometimento sistêmico
Para correção de causas de insucesso no (hiperemia, linfoadenopatia
tratamento anterior, objetivando o fechamento regional, leucocitose e neutrocitose);
hermético do canal radicular, impedindo a presença de imunodepressão.
reinstalação de processo infeccioso, possibilitando Esquemas de administração:
o selamento biológico apical e contribuindo para penicilina V (500.000 UI), VO,
a manutenção do elemento dentário na arcada. em intervalos de 6 horas por 7 dias
Seqüência de intervenção ou amoxicilina (500 mg), VO, em
s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL intervalos de 8 horas por 7 dias ou
inicial; eritromicina (250 mg), VO, em
s !NESTESIA intervalos de 6 horas por 7 dias ou
s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO claritomicina (250 mg), VO, em
operatório; intervalos de 12 horas por 7 dias.
s !SSEPSIA Cuidados
s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO
uma forma de conveniência; do lençol de borracha ou perda do
s 2EMOÀâODOMATERIALOBTURADOR selamento coronário.
s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE s 0ERICEMENTITE
de realizar a odontometria; s 2EAGUDIZAÀâODOPROCESSOCR¹NICO
s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O
Condutas em caso de urgência/emergência
comprimento real de trabalho (CRT)
s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA
de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice;
descompressão;
s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL
s 2EMOÀâO DO MATERIAL RESTAURADOR
radicular estabelecendo a conicidade
endodôntico;
do conduto;
s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâODE,ABARRAQUE
s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
s !PLICAÀâODOCURATIVODEDEMORATRICRESOL
de ’prova do cone principal’;
formalina/paramonoclorofenol com
s /BTURAÀâORADICULAR
furacin/pasta de hidróxido de cálcio);
s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL
s !PLICAÀâO DE NOVO SELAMENTO
s 3ELAMENTOCORONÖRIO
coronário;
Terapia medicamentosa s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
s 5SO T˜PICO TRICRESOL FORMALINA 
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
paramonoclorofenol com nitrofurazona
Básica
(2 mg)/ pasta de hidróxido de cálcio
s %XAMECL¤NICOERADIOGRÖlCO
(curativo de demora) => de acordo com
s %NCAMINHAMENTODASNECESSIDADESDE
a técnica empregada pelo profissional.
retratamento para o CEO.
s 5SOSISTäMICO
s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL Proservação
500-750 mg) em intervalos de 4 s 0ORDOISANOS COMAVALIAÀâOSEMESTRAL
horas e ou antiinflamatórios não através de exame clínico e radiográfico.
esteroidais, em intervalos de 6 e 8 s $EVERÖSERFEITANOPR˜PRIO#%/
78 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Observações s !SSEPSIA
s 4ODO RETRATAMENTO DE V ERÖ SER s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO
considerado como um tratamento de uma forma de conveniência;
“dente sem vitalidade”. s 2EMOÀâO DO MATERIAL OBTURADOR
s % M C A S O D E I N S U C E S S O D E V E R Ö quando houver;
ser encaminhado para cir urgia s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
paraendodôntica. de realizar a odontometria;
s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O
Material e instrumental necessários
comprimento real de trabalho (CRT)
s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS
de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice;
s "ROCASPARAALTA ROTAÀâO
s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL
s "ROCASPARABAIXA ROTAÀâO
radicular estabelecendo a conicidade
s !MPLIADORESDEORIF¤CIO
do conduto;
s 2£GUAMILIMETRADA
s !PLICAÀâO DO -INERAL 4RI˜XIDO
s ,IMASENDOD¹NTICAS
Agregado (MTA);
s %SPAÀADORESDIGITAIS
s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADEDE
s $IQUEDEBORRACHA
“prova do cone principal” e constatação
s 3ERINGALUER LOKPARAIRRIGAÀâO
do fechamento da perfuração;
s #½NULAPARAASPIRAÀâO
s /BTURAÀâORADICULAR
s 'RAMPOS
s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL
s 0ERFURADORDEBORRACHA
s 3ELAMENTOCORONÖRIO
s 0INÀAPORTA GRAMPOS
s 3ERINGACARPULE Terapia medicamentosa
s 3OLUÀâO IRRIGADORA DESINFETANTE s 5SO T˜PICO tricresol formalina /
(hipoclorito de sódio a 2,5% - solução paramonoclorofenol com nitrofurazona
de Labarraque) (2 mg)/ pasta de hidróxido de cálcio
s #ONESDEPAPELABSORVENTE (curativo de demora) => de acordo com
s #ONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAL E a técnica empregada pelo profissional.
secundário s 5SOSISTäMICO
s 3OLVENTES DE GUTA PERCHA EUCALIPTOL s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O
ou óleo de laranjeira) (paracetamol 500-750 mg)
s %$4! em intervalos de 4 horas e ou
antiinflamatórios não esteroidais,
4.2.5.4 Tratamento de perfurações radiculares
em intervalos de 6 e 8 horas
Definição respectivamente, na presença de
Tratamento que visa reparar perfurações dor e inflamação.
na raiz dentária. s ! N T I B I O T I C O T E R A P I A  )N D I C A À µ E S 
ineficácia da conduta cirúrgica para
Indicações
solução do processo; acometimento de
Para reparo da perfuração e prevenção
tecidos moles vizinhos; comprometimento
do aparecimento de lesão endo-periodontal
sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia
que acarretaria a perda dentária.
regional, leucocitose e neutrocitose);
Seqüência de intervenção presença de imunodepressão. Esquemas
s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL de administração: penicilina V
inicial; (500.000 UI), VO, em intervalos de
s !NESTESIA 6 horas por 7 dias ou amoxicilina
s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO (500 mg), VO, em intervalos de 8
operatório; horas por 7 dias ou eritromicina
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 79

(250 mg), VO, em intervalos de 6 água de cal, nos casos de polpa viva; ou
horas por 7 dias ou claritomicina (250 hipoclorito de sódio a 2,5% - solução
mg), VO, em intervalos de 12 horas de Labarraque, nos casos de polpa sem
por 7 dias. vitalidade)
s #ONESDEPAPELABSORVENTE
Cuidados
s #ONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAL E
s 0ERDADENTÖRIADEPENDENDODOGRAUDE
secundário
severidade e região da perfuração.
s -INERAL4RI˜XIDO!GREGADO-4!
Condutas em caso de urgência/emergência
s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA
4.2.6 Procedimentos endodônticos
descompressão;
com utilização de instrumentos
s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâOINDICADAPARAO
rotatórios de níquel titânio
caso;
O tratamento endodôntico tem como
s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA
meta solucionar os problemas e alterações
indicado para o caso;
pulpares e periapicais causadas por agentes
s ! P L I C A À â O D E N O V O S E L A M E N T O
agressores externos, fatores estes que podem
coronário;
ocasionar diferentes alterações, a depender
s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
da intensidade e freqüência.
Preparo prévio a ser realizado na Atenção Dentre as fases que compõem a terapia
Básica endodôntica, destaca-se o preparo químico-
s %XAMECL¤NICOERADIOGRÖlCO cirúrgico do sistema de canais radiculares,
s %NCAMINHAMENTO DIRETO PARA O que tem como objetivos pr incipais a
CEO sanific ação e a modelagem do c anal.
A sanificação está relacionada com as
Proservação
alterações patológicas, sujidades, resíduos,
s 0O R D O I S A N O S C O M A V A L I A À â O
microorganismos e endotoxinas bacterianas,
semestral, através de exame clínico e
presentes no sistema de canais radiculares.
radiográfico.
Assim sendo, para que se atinja esse objetivo,
s $EVERÖSERFEITANOPR˜PRIO#%/
é fundamental a associação da utilização de
Observações instrumentos mecânicos e de substâncias
Não se aplica. químicas auxiliares.
Material e instrumental necessários Além de uma boa limpeza, outro ponto
s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS fundamental no preparo do sistema de canais
s "ROCASPARAALTA ROTAÀâO radiculares é a modelagem. Essa condição é
s "ROCASPARABAIXA ROTAÀâO obtida por meio da ação dos instrumentos
s !MPLIADORESDEORIF¤CIO endodônticos nas paredes dos c anais
s 2£GUAMILIMETRADA radiculares, com a proposta de produzir uma
s ,IMASENDOD¹NTICAS forma geométrica cilíndrico-cônica, ideal à
s %SPAÀADORESDIGITAIS adaptação dos cones de guta-percha durante
s $IQUEDEBORRACHA os procedimentos de obturação do canal
s 3ERINGALUER LOKPARAIRRIGAÀâO radicular. Todos estes objetivos devem ser
s #½NULASPARAASPIRAÀâO atingidos, mesmo levando em consideração
s 'RAMPOS as dificuldades decorrentes das variáveis
s 0ERFURADORDEBORRACHA anatômicas, tais como diâmetro e curvatura
s 0INÀAPORTA GRAMPOS dos canais, as quais podem ocasionar
s 3ERINGACARPULE problemas como perfurações radiculares e
s 3OLUÀâOIRRIGADORASOROlSIOL˜GICOOU fraturas dos instrumentos.
80 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Quanto ao aspecto evolutivo desse Indicações


preparo químico cirúrgico, vale citar o Para o fechamento hermético, limpeza e
avanço em sua realização, desde o uso de desinfecção do canal radicular, possibilitando
limas manuais de aço (associadas a técnicas o selamento biológico apical e contribuindo
seriadas convencionais), passando por técnicas para a manutenção do elemento dentário
escalonadas ápico-cervicais e, em seguida, às na arcada.
técnicas cérvico-apicais associadas às brocas
de Gates-Glidden ou Peeso. Seqüência de intervenção
A evolução no preparo químico cirúrgico s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL
continuou com as tentativas de mecanização da inicial;
instrumentação, inicialmente por meio do ultra- s !NESTESIA
som, que não trouxe melhoria considerável com s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO
relação aos resultados alcançados pelas técnicas operatório;
manuais. Um significativo avanço ocorreu a s !SSEPSIA
partir do desenvolvimento de instrumentos s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO
endodônticos com a liga de níquel-titânio. Sua uma forma de conveniência;
grande flexibilidade e baixa força de deflexão s 0REPARO DOS TERÀOS CERVICAL E M£DIO
facilitaram os preparos de canais curvos, com brocas de gates-gliden nº 1, 2 e 3
diminuindo os acidentes operatórios. Todavia, e instrumentos rotatórios de NITI de
o surgimento dos rotatórios à base de níquel- grande conicidade;
titânio apresentou ganhos ainda maiores no s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
preparo químico-cirúrgico. A mecanização da de realizar a odontometria;
instrumentação já vinha sendo testada com s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O
instrumentos de aço, como uso de brocas, Canal comprimento real de trabalho (CRT)
Master, aparelhos de ultra-som e, finalmente, os de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice;
rotatórios de níquel-titânio (NITI). s 0REPARO DO TERÀO APICAL COM OS
Mesmo necessitando de um investimento instrumentos rotatórios de NITI de,
financeiro mais elevado, a instrumentação no mínimo, conicidade 06, primeiro
com rotatórios de NITI apresenta vantagens, manualmente até o CRT, por medida
à medida que reduz o número de consultas de segurança, e depois acionados pelo
e possibilita a ampliação da capacidade de micromotor elétrico;
atendimentos. Existem diferentes fabricantes s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE
de instrumentos rotatórios e distintas técnicas de ’prova do cone único’;
associadas à utilização desses instrumentos. A s /BTURAÀâORADICULARCOMCONE¢NICO
seguir são apresentadas orientações que levam de no mínimo conicidade 06;
em consideração a associação da instrumentação s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL
com rotatórios de níquel-titânio e a obturação s 3ELAMENTOCORONÖRIO
do canal com a técnica de cone único. Terapia medicamentosa
4.2.6.1 Tratamento endodôntico em dentes s 5SO T˜PICO ASSOCIAÀâO CORTIC˜IDE
com polpa viva/morta com instrumentos antibiótico, por exemplo: hidrocortisona +
rotatórios de níquel-titânio e cone único neomicina + polimixina B, como medicação
intracanal (curativo de demora).
Definição s 5SOSISTäMICO0RESCRIÀâODEANALG£SICO
Tratamento endodôntico em dentes (paracetamol 500-750 mg) em intervalos
permanentes que sofreram extirpação da de 4 horas e ou antiinflamatórios não
polpa dental que apresentava vitalidade ou esteroidais, em intervalos de 6 e 8
em dentes com polpa morta. horas respectivamente, na presença de
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 81

dor e inflamação. Antibioticoterapia: Observações


Indicações: ineficácia da conduta s $ENTES INICIALMENTE TRATADOS COMO
cirúrgica para solução do processo; vitais e que sofreram contaminação
acometimento de tecidos moles por perda do selamento coronário ou
vizinhos; comprometimento sistêmico rompimento do lençol de borracha
(hiperemia, linfoadenopatia regional, deverão ser tratados como “dentes sem
leucocitose e neutrocitose); presença vitalidade pulpar”.
de imunodepressão. Esquemas de s $ENTES COM RIZOGäNESE INCOMPLETA
administração: penicilina V (500.000 deverão ser submetidos à pulpotomia
UI), VO, em intervalos de 6 horas na UBS.
por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), Material e instrumental necessários
VO, em intervalos de 8 horas por 7 s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS
dias ou eritromicina (250 mg), VO, s "ROCASPARAALTA ROTAÀâO
em intervalos de 6 horas por 7 dias s "ROCASDE'ATES 'LIDDEN
ou claritomicina (250 mg), VO, em s 2£GUAMILIMETRADA
intervalos de 12 horas por 7 dias. s ,IMASENDOD¹NTICAS
Cuidados s -ICRO MOTOREL£TRICOCOMCONTROLEDE
s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO torque e velocidade
do lençol de borracha ou perda do s )NSTRUMENTOSROTAT˜RIOS.)4)
selamento coronário. s $IQUEDEBORRACHA
s 0ERICEMENTITE s 3ERINGALUER LOKPARAIRRIGAÀâO
s 2EAGUDIZAÀâO s #½NULAPARAASPIRAÀâO
s 'RAMPOS
Condutas em caso de urgência/emergência s 0ERFURADORDEBORRACHA
s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA s 0INÀAPORTA GRAMPOS
descompressão; s 3ERINGACARPULE
s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOL˜GICOOUÖGUA s 3OLUÀâO IRRIGADORA (IPOCLORITO DE
de cal; sódio a 1% - Solução de Milton, Endo
s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA PTC e EDTA-T)
(associação corticóide-antibiótico); s #ONESDEPAPELABSORVENTE
s !P L I C A À â O D E N OV O S E L A M E N T O s #ONESDEGUTA PERCHAESPEC¤lCOSPARA
coronário; a técnica do cone único
s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
Básica
s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO
s %XTIRPAÀâOPULPAR
s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA
s 3ELAMENTOCORONÖRIO
s -EDICAÀâOSISTäMICA SENECESSÖRIO
Proservação
s 0OR DOIS ANOS COM AVALIAÀâO
semestral, através de exames clínico e
radiográfico.
s $EVERÖ SER NO #%/ OU NA 5"3
conforme a pactuação local.
82 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 83

5 PRÓTESE DENTÁRIA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 85

5.1 Manual de Regulação do usuário, se a situação referenciada teve


respeitados os critérios estabelecidos no
Manual de Regulação de Prótese.
Especialidade clínica: Prótese
dentária 5.2.2 Anamnese
Registro de dados pessoais e da situação
Motivos mais freqüentes de encaminhamento: g e r a l d e s a ú d e, i n c l u i n d o a h i s t ó r i a
a. Desdentados totais; médica pregressa e a história de doenças/
b. Desdentados parciais; agravos na familia, cuja determinação ou
c. Perda unitária de elemento dental; influência genética é importante; verificar
d. Perda de estrutura dentária em mais de o uso de medicações; avaliar o motivo
três faces. do encaminhamento e aspectos que
influenciam o problema; identificar e tentar
Responsabilidade por nível de atenção minimizar as possíveis ansiedades ou medos
Básica: Deverão ser realizados todos os em relação ao atendimento, esclarecer
procedimentos clínicos básicos e, após, realiza- dúvidas e/ou questões apresentadas pelo
se na Atenção Básica a reabilitação por próteses usuário, etc.
totais e/ou parciais removíveis superiores,
inferiores ou ambas. Em municípios cuja 5.2.3 Exame físico
Atenção Básica não provê reabilitação protética, 5.2.3.1 Extrabucal
os usuários deverão ser encaminhados à atenção É re a l i z a d o p o r u m c o n j u n t o d e
especializada com as necessidades de dentística, inspeção, palpação e avaliação funcional
cirurgia ou periodontia básicas sanadas. da forma facial, pele facial, tecidos faciais,
Média: Reabilitação por próteses parciais olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas,
fixas e fixas unitárias; instalação de retentores pescoço, articulação temporomandibular.
intra-radiculares indiretos; reabilitação por Alguns fatores auxiliam no planejamento,
próteses totais e parciais removíveis superiores, na execução e no prognóstico:
inferiores ou ambas, em municípios onde não s !SSIMETRIAFACIAL CORDAPELE ALTURADE
há cobertura deste serviço na Atenção Básica. sorriso, entre outros.

Justificativa para encaminhamento 5.2.3.2 Intrabucal


Pacientes que necessitem de reabilitação Avaliar tecidos moles, exame dental e
protética parcial ou total em municípios cuja exame periodontal observando os seguintes
Atenção Básica não provê estes tipos de aspectos considerados essenciais:
procedimentos. s 0REENCHIMENTODEODONTOGRAMA EXAME
para verificar a presença de lesões de
mucosa, lábios e língua que inviabilizem
5.2 Manual Clínico o tratamento ou priorizem indicações
para outras especialidades.
Especialidade clínica: Prótese 5.2.4 Exames complementares
dentária É recomendado exame radiográfico para
análise da presença de lesões no tecido ósseo
5.2.1 Observação dos critérios de de suporte, bem como para busca de restos
referência e contra-referência radiculares e elementos inclusos em áreas
Considerar, por meio de verificação da edêntulas.
ficha de encaminhamento e exame bucal
86 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

5.2.5 Procedimentos a serem s 2EGISTROSEST£TICOSEINTEROCLUSAIS


realizados no CEO ou na Atenção Feitos a partir de correções volumétricas
Básica e marcações de linhas de referências
no rolete de cera sobre chapas de
5.2.5.1 Prótese total maxilar prova, conforme indicação, devendo
Prótese total mandibular contemplar registro de dimensão
Moldagem, adaptação e vertical e relação central.Em seguida,
acompanhamento da prótese deve-se registrar com arco facial a
Definição posição do arco superior em relação à
Conjunto de métodos e técnicas para articulação temporomandibular e ao
construção de próteses totais mucossuportadas. PLANODE&RANKFURT PARATRANSFERäNCIADO
É recomendado que estes procedimentos registro interoclusal para montagem de
sejam divididos em 6 sessões, conforme modelos em Articulador Semi-Ajustável
descrito a seguir, podendo, excepcionalmente, (ASA).
estar sujeitos a redução ou prorrogação s 0ROVADEDENTES
conforme a necessidade do caso. 1ª sessão Prova estética, fonética e de relação
– exame clínico e moldagem anatômica; 2ª de intercuspidação dos dentes.
sessão – moldagem funcional; 3ª sessão – Freqüentemente são necessários ajustes
registros estéticos e interoclusais; 4ª sessão que podem ser realizados na própria
– prova de dentes; 5ª sessão – instalação 6ª sessão. Eventualmente, e em casos de
sessão – proservação grandes ajustes, poderá ser tomado novo
registro interoclusal, a partir da própria
Indicações chapa de prova dentada e enviá-los para
Reabilitação estética e funcional de ajuste em laboratório.
pacientes desdentados totais s )NSTALAÀâO
Nesta sessão serão feitos ajustes de
Seqüência de intervenção
contorno necessários para aliviar áreas
s -OLDAGEMANAT¹MICA
que provoquem dor ou ferimento.
Feitas em moldeira de estoque para
Também é fundamental o ajuste oclusal
desdentados utilizando alginato ou
para conferir estabilidade á prótese.
godiva Todos os moldes devem ser
desinfetados antes de seguir para a fase Preparo prévio a ser realizado na Atenção
laboratorial. Básica
s -OLDAGEMFUNCIONAL Os usuários desdentados totais, em um
Feita com moldeira individual, ou ambos os arcos, deverão ser encaminhados
previamente construída em resina ao serviço especializado sem presença de
acrílica transparente (evitar o uso de restos radiculares, dentes inclusos ou lesões
placa base de godiva), ajustada para que contra-indiquem a reabilitação ou
que não haja zonas de compressão nem necessitem de indicação prioritária.
sobre-extensão no selado periférico. Esta Proservação
moldagem deve atender os seguintes A proservação imediata da prótese deve
passos: ajuste da moldeira com fresas e ser feita até que a prótese esteja adaptada
instrumento rotatório de baixa rotação, e sem causar máculas. Posteriormente, a
programação de bordas com godiva, proservação deve ser feita preferencialmente
moldagem de toda a área chapeável e na Atenção Básica com retornos semestrais
selamento posterior com cera.Todos os para verificar a presença de lesões, falta de
moldes devem ser desinfetados antes de retenção, desadaptação da base, desgastes
seguir para a fase laboratorial. oclusais e indicação de substituição.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 87

Material e instrumental necessários 5.2.5.2 Prótese parcial removível maxilar e


s ¬GUA mandibular
s ¬LCOOL
Definição
s ¬LCOOL
Conjunto de métodos e técnicas para
s !LGINATO
construção de prótese parcial removível. É
s !RCOFACIAL
recomendado que estes procedimentos sejam
s "ORRIFADORPLÖSTICO
divididos em 6 sessões, conforme descrito
s #AMPODEPAPELTIPOBABADOR CONECTOR
a seguir, podendo, excepcionalmente, estar
tipo jacaré
sujeitas a redução ou a prorrogação conforme
s #ERA
a necessidade do caso. 1ª sessão – exame
s #ERAUTILIDADE
clínico, moldagem anatômica, planejamento;
s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE
2ª sessão – preparo e moldagem; 3ª sessão
s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE
– prova da estrutura metálica; 4ª sessão –
dentadura
prova de dentes; 5ª sessão – instalação; 6ª
s %SPÖTULA
sessão – proservação.
s %SPÖTULA,E#RON
s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO Indicações
s %STILETE Reabilitação estética e funcional de
s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL pacientes desdentados parciais.
s &RESAPARADESGASTEDERESINA
Seqüência de intervenção
s 'ARFODE!3!PARADESDENTADO
s -OLDAGEMANAT¹MICA
s 'AZE
Feita em moldeira de estoque para
s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO
dentados utilizando alginato. O modelo
s 'RALDEBORRACHAGRANDE
anatômico serve para planejamento
s 'RAMPOSDEGRAMPEADORs3OLUÀâO DE
da posição e dos tipos de retentores
hipoclorito de sódio a 1%
utilizados. Nesta fase é importante o
s ,AMPARINA
uso de delineadores para determinar
s ,AMPARINATIPO(ANAU
áreas de retenção e áreas de correção
s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO
que podem ser preparadas na sessão
s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA
seguinte.Todos os moldes devem ser
s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADESDENTADO
desinfetados antes de seguir para a fase
s -OLDEIRASINDIVIDUAIS
laboratorial.
s 0APELARTICULAÀâO
s 0REPAROEMOLDAGEM
s 0ASTADEPOLIMENTO
Esta etapa constitui-se no preparo
s 0ASTAZINCOEN˜LICA
dos nichos para apoios oclusais e
s 0EÀADEMâORETA
linguais conforme o planejamento e
s 0INÀADE-ULLER
conseqüente desenho da prótese. A
s 0LACADEVIDROGROSSA
moldagem de trabalho pode ser feita
s 2£GUADE7ILLIS
em silicona de condensação. Contudo,
s 2£GUADE&OX
o uso de alginato nesta fase também
s 2£GUAmEX¤VEL
pode atingir o resultado desejado
s 3ACOPLÖSTICOCM8CM
promovendo economia de custo e
s 6ASELINAS˜LIDA
de processo. O alginato e a silicona
devem ser vazados imediatamente
pa ra preser va r as propr iedades
dimensionais. Todos os moldes devem
ser desinfetados antes de seguir para
88 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

a fase laboratorial.Uma moldagem Preparo prévio a ser realizado na Atenção


funcional pode ser importante para Básica
estabilização de próteses removíveis Os usuários desdentados parciais em um
com extremidade livre. ou ambos os arcos deverão ser encaminhados
s 2EGISTROINTEROCLUSAL ao serviço especializado sem presença de
O registro interoclusal deve ser feito restos radiculares, dentes inclusos ou lesões
de acordo com a complexidade do que contra-indiquem a reabilitação ou
caso. Em casos de arcos com relação necessitem de indicação prioritária.
interoclusal estável pode ser feito
Proservação
com lâmina de cera. Em casos de
A proser vação imediata da prótese
arcos instáveis é necessário o uso de
deve ser feita pelo CEO ou pela UBS,
chapas de provas parciais. O registro
conforme pactuação local, até que a prótese
de arco facial é fundamental para
esteja adaptada e sem causar máculas.
montagem em Articulador Semi-
Posteriormente, a proser vação deve ser
Ajustável (ASA). Entretanto, casos
feita preferencialmente na Atenção Básica
menos extensos podem ser montados
com retornos semestrais para verificar a
em articuladores não-ajustáveis.Os
presença de lesões, perda de retenção, ajuste
tratamentos realizados em ASA
de grampos, desadaptação da sela, desgastes
seguirão os parâmetros ajustáveis
oclusais e indicação de substituição.
segundo as médias populacionais (30o
para inclinação da guia condilar e 15o Material e instrumental necessários
para ângulo de Benett). s ¬GUA
s 0ROVA DA ESTR UTURA METÖLIC A E s ¬LCOOL
relações s ¬LCOOL
Feita para conferir e ajustar, se s !LGINATO
necessário, a adaptação da estrutura s !RCOFACIAL
metálica fundida. Uma nova relação s "ORRIFADORPLÖSTICO
intermaxilar para confirmação pode s #AMPODEPAPELTIPOBABADOR CONECTOR
ser registrada com a colocação de tipo jacaré
roletes de cera. Nesta sessão deve-se s #ERA
registrar a cor dos dentes e da base da s #ERAUTILIDADE
prótese. s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE
s 0ROVADEDENTES s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE
Prova estética, fonética (quando couber) dentadura
e de relação de intercuspidação dos s %SPÖTULA,E#RON
dentes.Freqüentemente são necessários s %SPÖTULANŽ
ajustes que podem ser realizados na s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO
própria sessão. Eventualmente, e em s %STILETE
casos de grandes ajustes, poderá ser s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL
tomado novo registro interoclusal, a s &RESA
partir da própria estrutura dentada e s 'ARFODE!3!PARADESDENTADO
enviá-los para ajuste em laboratório. s 'AZE
s )NSTALAÀâO s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO
Nesta sessão serão feitos ajustes de s 'RALCOMÖGUAMORNA
contorno necessários para aliviar áreas s 'RALDEBORRACHAGRANDE
que provoquem dor ou ferimento. s 'RAMPOSDEGRAMPEADORs3OLUÀâO DE
Também é fundamental o ajuste oclusal hipoclorito de sódio a 1%
para conferir estabilidade à prótese. s *ATODEAR
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 89

s ,AMPARINA s )NSTALAÀâOEAJUSTES
s ,AMPARINATIPO(ANAU A partir da moldagem o laboratório
s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO envia a prótese pronta. São necessários
s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA ajustes da base da prótese com o objetivo
s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS de conseguir uma melhor adaptação,
s -OLDEIRASINDIVIDUAIS estabilidade e engrenamento oclusal.
s 0APELARTICULAÀâO
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s 0ASTADEPOLIMENTO
Básica
s 0ASTAZINCOEN˜LICA
Os pacientes desdentados parciais
s 0EÀADEMâORETA
em um ou ambos os arcos deverão ser
s 0EDRADE˜XIDODEALUM¤NIOPARAPEÀA
encaminhados ao ser viço especializado
reta
sem presença de restos radiculares, dentes
s 0INÀADE-ULLER
inclusos ou lesões que contra-indiquem
s 0LACADEVIDROGROSSA
a reabilitação ou necessitem de indicação
s 2£GUADE7ILLIS
prioritária.
s 2£GUAmEX¤VEL
s 3ACOPLÖSTICOCM8CM Proservação
s 6ASELINAS˜LIDA A proservação imediata da prótese
deve ser feita pelo CEO ou pela UBS,
5.2.5.3 Prótese parcial temporária conforme pactuação local, até que a prótese
Definição esteja adaptada e sem causar máculas.
Conjunto de métodos e técnicas para Posteriormente, a proservação deve ser
construção de próteses parciais temporárias feita preferencialmente na Atenção Básica
com base acrílica, dentes de estoque e com retornos semestrais, para verificar a
grampos de fios de aço. É recomendado presença de lesões, perda de retenção, ajuste
que estes procedimentos sejam divididos de grampos, desadaptação da sela, desgastes
em 2 sessões, conforme descrito a seguir, oclusais e indicação de substituição.
podendo, excepcionalmente, estar sujeitos Material e instrumental necessários
a redução ou prorrogação conforme a s #AMPODEPAPELTIPOBABADOR CONECTOR
necessidade do caso. 1ª sessão – exame tipo jacaré
clínico, moldagem anatômica, planejamento. s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE
2ª sessão – Instalação e ajustes da prótese s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE
Indicações dentadura
Reabilitação estética e funcional de s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO
usuários desdentados parciais que não s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL
tenham condições de receber uma prótese s &RESA
definitiva. s 'AZE
s 'RALDEBORRACHAGRANDE
Seqüência de intervenção s (IPOCLORITODES˜DIOA
s -OLDAGEMANAT¹MICA s *ATODEAR
Feitas em moldeira de estoque para s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO
dentados, utilizando alginato. Todos os s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA
moldes devem ser desinfetados antes de s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS
seguir para a fase laboratorial.Em casos de s 0APELARTICULAÀâO
oclusão em arcos instáveis é necessário registro s 0ASTADEPOLIMENTO
interoclusal com chapas de provas parciais, s 0EÀADEMâORETA
fato que gera uma sessão clínica adicional. s 0INÀADE-ULLER
90 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s 2£GUADE7ILLIS s .ASESSâOSEGUINTEPROCEDERAAJUSTES
s 2£GUAmEX¤VEL de adaptação.Todos os moldes devem
s 3ACOPLÖSTICOCMXCM ser desinfetados antes de seguir para a
s 6ASELINAS˜LIDA fase laboratorial.
5.2.5.4 Reembasamento de prótese Preparo prévio a ser realizado na Atenção
Básica
Definição
Avaliar a necessidade de reembasamento
Conjunto de métodos e técnicas que
da prótese ou se é indicado confeccionar
visam readaptar a base acrílica de próteses
uma nova prótese.
totais e parciais removíveis, inc lusive
provisórias que perderam adaptação por Proservação
remodelamento da área de suporte. s ! PROSERVAÀâO IMEDIATA DA PR˜TESE
deve ser feita no CEO ou pela UBS,
Indicações conforme pactuação local, até que a
Portadores de próteses totais ou parciais, prótese esteja adaptada e sem causar
inc lusive provisór ias, cuja retenção e máculas. Posteriormente, a proservação
estabilidade estejam comprometidas pelo deve ser feita preferencialmente na
remodelamento da área basal de suporte, Atenção Básica com retornos semestrais
devido à reabsorção óssea. para verificar a presença de lesões,
Seqüência de intervenção perda de retenção, ajuste de grampos,
Este procedimento pode ser feito desadaptação da sela, desgastes oclusais
de maneira direta com resina acrílica e indicação de substituição.
autopolimerizável, nos casos de utilização Material e instrumental necessários
temporária da prótese. Naqueles em que s ¬GUA
há previsão de uso prolongado da prótese s ¬LCOOL
é sugerido o reembasamento com resina s ¬LCOOL
acrílica autopolimerizável prensada em s "ORRIFADORPLÖSTICO
laboratório. s #AMPODEPAPELTIPOBABADOR CONECTOR
s 4£CNICADIRETA tipo jacaré
s !SPERIZAÀâO DA SUPERF¤CIE INTERNA DA s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE
base da prótese. dentadura
s # O L O C A À â O D E R E S I N A A C R ¤ L I C A s %SPÖTULA
autopolimerizável na fase plástica na s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL
superfície interna da prótese. s &RESA
s 0OSICIONAMENTODAPR˜TESENABOCA s 'AZE
s !GUARDAR A POLIMERIZAÀâO DA RESINA s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO
na boca resfriando a base da prótese s 'RALCOMÖGUAMORNA
com jato de ar e água para minimizar s 'RALDEBORRACHAGRANDE
o efeito da exotermia da polimerização s 3OLUÀâODEHIPOCLORITODES˜DIOA
do acrílico. s *ATODEAR
s !CABAMENTOEPOLIMENTO s ,AMPARINA
s 4£CNICAINDIRETA s ,AMPARINATIPO(ANAU
s -OLDAGEM COM PASTA ZINCOEN˜LICA s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO
utilizando como moldeira individual s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA
a própria prótese a ser reembasada. s - O L D E I R A S D E E S T O Q U E P A R A
s %NVIAR PARA O LABORAT˜RIO PARA desdentado
prensagem. s -OLDEIRASINDIVIDUAIS
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 91

s 0APELARTICULAÀâO Proservação
s 0ASTADEPOLIMENTO A proservação deve ser feita preferencialmente
s 0ASTAZINCOEN˜LICA na Atenção Básica juntamente com o
s 0EÀADEMâORETA acompanhamento clínico do paciente.
s 0INÀADE-ULLER
Material e instrumental necessários
s 0LACADEVIDROGROSSA
s ¬GUA
s 2ESINAACR¤LICAAUTOPOLIMERIZÖVEL
s ¬LCOOL
s 3ACOPLÖSTICOCM8CM
s ¬LCOOL
s 6ASELINAS˜LIDA
s !LGINATO
5.2.5.5 Coroas provisórias s "ORRIFADORPLÖSTICO
s #AMPODEPAPELTIPOBABADOR CONECTOR
Definição
tipo jacaré
Conjunto de métodos e técnicas que visam
s %SCALADECORDEDENTESARTIlCIAIS
construir próteses fixas acrílicas parciais ou
s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL
unitárias em resina acrílica para uso provisório
s &RESA
durante a reabilitação dentária.
s 'AZE
Indicações s 'RALDEBORRACHAGRANDE
Pacientes submetidos a tratamento s 3OLUÀâODEHIPOCLORITODES˜DIOA
endodôntico e com urgência de reabilitação s *ATODEAR
para manutenção do vedamento do canal; s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO
pacientes com necessidade de restauração s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA
completa e imediata da coroa dentária. s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS
s 0APELARTICULAÀâO
Seqüência de intervenção
s 0ASTADEPOLIMENTO
Técnica direta: Construídas diretamente
s 0EÀADEMâORETA
na boca com resina acrílica esculpida após
s 0INÀADE-ULLER
a presa com fresas e brocas. Para melhorar
s 0LACADEVIDROGROSSA
a estética podem ser utilizadas facetas
s 2ESINAACR¤LICAAUTOPOLIMERIZÖVEL
de dentes de estoque para reconstituir a
s 3ACOPLÖSTICOCMXCM
face vestibular.Outra técnica que pode
s 3ILICONADECONDENSAÀâOPESADA
ser empregada é a que usa matriz de
s 6ASELINAS˜LIDA
alginato ou silicona obtida da moldagem
do dente integro, ou seja, antes do preparo,
que servirá como conformadora do novo
provisório (vide a literatura recomendada).
Sempre devemos proceder reembasamento
da prótese para selamento das bordas do
preparo e ajuste oclusal.
Técnica indireta: Moldagem total ou
parcial com alginato dos dentes ainda sem
preparo. Enviar para o laboratório para
prensagem de uma prótese provisória. Na
sessão seguinte proceder ao reembasamento
da prótese para selamento das bordas do
preparo e ajuste oclusal.Todos os moldes
devem ser desinfetados antes de seguir
para a fase laboratorial.
6 ORTODONTIA E
ORTOPEDIA
94 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 95

6.1 Manual de dento-esqueletais; encaminhamento para


otorrinolaringologista e fonoaudiólogo
Regulação diante de problemas funcionais e/ou
musculares, entre outros).
Média: tratamento ortodôntico para
Especialidade clínica: Ortodontia usuários de 6 anos completos a 12 anos (11
e ortopedia anos, 11 meses e 29 dias) que apresentem as
alterações acima descritas e sem necessidade
Motivos mais freqüentes de de cirurgia ortognática e os indicados
encaminhamento: por outras especialidades do CEO para
a. Má-oclusões Classes I, II ou III com pequenos movimentos ortodônticos com
as possíveis situações: finalidades específicas em que a estética e/
s 6ARIAÀµES TRANSVERSAIS MORDIDA ou função esteja comprometida.
cruzada anterior e/ou posterior uni
ou bilateral);
s 6ARIA˵ESVERTICAISMORDIDAABERTA
Critério clínico para encaminhamento
Usuários com idade de 6 a 12 anos (11
anterior e/ou posterior uni ou
anos, 11 meses e 29 dias) com condição oclusal
bilateral, mordida profunda);
inadequada que não tenha possibilidade de
s 6ARIAÀµES ½NTERO POSTERIORES
ser resolvida na Atenção Básica. Deverão ser
(desarmonia de bases ósseas,
encaminhados com tratamento básico realizado
trespasse dental hor iz ontal
(restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia,
acentuado);
aplicação tópica de flúor, etc.), higiene bucal
s !NOMALIAS DENTAIS INDIVIDUAIS
controlada e conhecimento da duração prolongada
(número, forma, tamanho, posição,
do tratamento por parte do responsável.
processo de erupção, perdas
precoces dentais);
s $ I S C RE P ½ N C I A ˜ S T E O D E N T A L
alterações funcionais orofaciais.
6.2 Manual Clinico
Especialidade clínica: Ortodontia
Responsabilidade por nível de atenção e ortopedia
Básica: a Equipe de Saúde Bucal, em
conjunto com outros profissionais da UBS,
planejará e realizará ações preventivas e
educativas (orientações sobre: amamentação, 6.2.1 Observação dos critérios de
dieta, higiene oral, aspectos gerais sobre referência e contra-referência
er upção dos dentes, hábitos nocivos, A v a l i a r, p o r m e i o d a f i c h a d e
importância da manutenção e higidez encaminhamento e exame bucal do usuário,
dos dentes e funções orofaciais) e ainda, se os critérios estabelecidos no Manual
realizará procedimentos clínicos simples de Regulação de Ortodontia estão sendo
que evitem ou agravem a má-oc lusão respeitados na situação referenciada.
(realização de restaurações adequadas,
exodontias somente quando necessárias 6.2.2 Anamnese
e ulectomia quando indicada; eliminação Realizar anamnese detalhada observando-
de interferências oclusais; manutenção se os seguintes aspectos considerados
de dentes decíduos até esfoliação natural; essenciais para a ortodontia e ortopedia:
remoção de hábitos; obser vação da s !VALIAÀâO DAS CONDIÀµES F¤SICAS DO
cronologia, seqüência eruptiva e anomalias paciente (altura, peso, postura e
dicção);
96 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s %STÖGIO DE DESENVOLVIMENTO E 6.2.4 Exames complementares


maturação; 1. Fotografias:
s (IST˜RIAM£DICATIPODEPARTO ALTERAÀµES s %XTRABUCAISFRENTE PERlLDIREITOE
congênitas, doenças da infância, alergias, sorriso;
antecedentes familiares, tratamento s )NTRABUCAISOCLUSAL LINGUAL FRONTAL
médico, uso de medicamentos e e lateral direita e esquerda.
intervenções cirúrgicas); 2. Radiografias:
s (ÖBITOSALIMENTARES s 0ANOR½MICA
s (IST˜RIA DENTAL CÖRIES RESTAURAÀµES s 4ELERRADIOGRAlAEMNORMALATERAL
cirurgias e traumas prévios). e frontal;
s 0ERIAPICAIS
6.2.3 Exame físico s -âOEPUNHO
6.2.3.1 Extrabucal 3. Modelos de estudo (superior e inferior)
É realizado por um conjunto de inspeção, 4. A v a l i a ç ã o f o n o a u d i o l ó g i c a
palpação e avaliação funcional da forma diante de alterações musculares e
facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, funcionais.
ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço
e articulação temporomandibular. 6.2.5 Procedimentos para
É essencial verificar: tratamento ortodôntico
s 0ADRâOFACIAL
s 4IPODEPERlLFACIAL 6.2.5.1 Mantenedor de espaço
s !LTURAEEQUIL¤BRIODETERÀOSFACIAIS Definição
s !SSIMETRIA Dispositivo ortodôntico construído com
s !NÖLISEFUNCIONALRESPIRAÀâO FONAÀâO a finalidade de manutenção das dimensões
deglutição, mastigação, postura, dos arcos dentais e da normalidade das
movimentos mandibulares e ATM); funções orais evitando conseqüências
s !VALIAÀâOMUSCULARFACIAL PERI ORALE deletérias ao sistema estomatognático.
língua);
s DETECÀâODEHÖBITOS Indicações
Preservar o espaço e manter a normalidade
6.2.3.2 Intrabucal das funções nos casos de: perdas precoces dos
Avaliar tecidos moles, exame dental e dentes decíduos com a presença do sucessor
exame periodontal observando os seguintes permanente, agenesias, desvio de erupção
aspectos considerados essenciais: do dente permanente e aspectos estético-
s #ONDIÀµESDEHIGIENEBUCAL psicológicos.
s 4ECIDOSMOLESINTRABUCAIS
s &REIOSLABIALELINGUAL Seqüência de intervenção
s &ASE E DESENVOLVIMENTO DA DENTIÀâO Mantenedores removíveis
(seqüência e cronologia eruptiva); s -OLDAGEM
s #ONDIÀµESANAT¹MICASANOMALIASDE s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO
número, forma e tamanho); s 0LANEJAMENTODOMANTENEDORCONFORME
s -ÖSPOSIÀµESDENTAISINDIVIDUAIS região anterior ou posterior (funcional,
s #ONDIÀµESCL¤NICASCÖRIES RESTAURAÀµES anterior e posterior);
fraturas e manchas); s %NVIOAOLABORAT˜RIO
s !RCOSDENTAISERELAÀâOENTREELESTIPO s )NSTALAÀâODOAPARELHO
de má-oclusão, linha média, trespasse s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO
horizontal e vertical dos incisivos e cuidados e higienização.
Curva de Spee).
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 97

Mantenedores Fixos mês ou conforme necessidade durante o


s "ANDAGEM DOS ELEMENTOS DE APOIO desenvolvimento do tratamento.
ou seleção de coroas dos elementos
Observações
envolvidos;
Não se aplica
s -OLDAGEMPARACONSTRUÀâODOMODELO
de trabalho; 6.2.5.2 Aparelho fixo bilateral para
s %LEIÀâODOTIPODEMANTENEDOR"ARRA fechamento de diastema
transpalatina, Arco lingual de Nance,
Definição
Botão de Nance, Botão de Nance
Dispositivo ortodôntico fixo constituído
modificado, Banda-alça, Banda-alça
por braquetes colados aos dentes adjacentes
com tubo, Coroa-alça, Guia de erupção,
ao diastema.
AMEC, Sistema Tubo-barra, etc.);
s %NVIOAOLABORAT˜RIODEPR˜TESE Indicações
s #IMENTAÀâO OU COLAGEM DIRETA DO Promover o fechamento de espaço, mantendo
dispositivo; contatos justos entre os dentes envolvidos
s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO favorecendo a correta dimensão mésio-distal
cuidados e higienização do arco dental e a estética. A abertura de espaço
pode ser conseqüência de: divergência das coroas
Terapia medicamentosa
e/ou convergência das raízes dos incisivos
Não se aplica.
centrais; discrepância de Bolton; inserção ampla
Vantagens do freio labial; discrepância ósteo-dental; cistos;
s .âOINTERFERENOCRESCIMENTO˜SSEO tumores; anomalias de número, forma e/ou
s 0ERMITEFUN˵ESCORRETAS tamanho dental.
s %VITA A INSTALAÀâO DE HÖBITOS BUCAIS
Seqüência de intervenção
deletérios
s 0ROFILAXIA DAS SUPERF¤CIES DENTAIS
s 0ERMITEUMACORRETAOCLUSâO
envolvidas;
s &ÖCILCONSTRUÀâO
s #ONDICIONAMENTOÖCIDO
s %ST£TICO
s !PLICAÀâODOAGENTEDEUNIâO
s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSMOLES
s #OLOCAÀâO DA RESINA NA BASE DO
s &ACILMENTEHIGIENIZÖVEL
braquete;
s 2ESISTENTE
s #OLAGEMDOSBRAQUETESNASSUPERF¤CIES
Condutas em caso de urgência/emergência dentais;
Em casos de problemas com o aparelho, s 2EMOÀâO DO EXCESSO DE RESINA EM
orientar o paciente a não utilizar o mesmo e torno dos braquetes;
procurar o serviço para ajuste ou reconstrução. s 0OLIMERIZAÀâO
Preparo prévio a ser realizado na Atenção s )NSERÀâO DE lO ORTOD¹NTICO  NOS
Básica braquetes para servir como orientador
s !VALIAÀâODASITUAÀâODOARCODENTAL ou nivelador;
s 4RATAMENTO BÖSICO RESTAURAÀµES s ,IGAÀâO DO SISTEMA POR MEIO DE
exodontias, raspagem, profilaxia, ligadura metálica ou elástica;
aplicação tópica de flúor, etc.) e s !TIVAÀâOPERI˜DICAAT£OFECHAMENTO
orientações para uma higiene bucal desejado;
adequada. s / R I E N T A À µ E S S O B RE C U I D A D O S E
higienização.
Proservação
Po r m e i o d e a v a l i a ç õ e s e a j u s t e s Terapia medicamentosa
clínicos ortodônticos no CEO uma vez ao Não se aplica.
98 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Vantagens a normalidade das funções orais favorecendo


s 0ERMITEUMACORRETAOCLUSâO o sistema estomatognático em casos onde
s &ÖCILCONSTRUÀâO há necessidade de correção de problemas
s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSMOLES transversais, verticais, ântero-posteriores,
s 2ESISTENTE funcionais, de posições individuais ou de
s .âO DEPENDE DA COLABORAÀâO DO grupos de dentes, manutenção de ancoragem
paciente e contenção de resultados obtidos.
Condutas em caso de urgência/emergência Seqüência de intervenção
Em casos de problemas com o aparelho, s -OLDAGEM
orientar o paciente a não remover o sistema, s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO
fazer uso de cerinhas de proteção e procurar s 0LANEJAMENTO DO APARELHO REMOV¤VEL
o serviço para ajuste. conforme finalidade clínica (removíveis
com molas digitais, expansores,
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
disjuntores, placas desoclusoras,
Básica
placas reeducadoras, impedidoras,
Detecção do diastema e dos fatores
"IONATOR "IMLER +LAMMT &RANKEL
etiológicos do mesmo. Tratamento básico
placa dupla de avanço, placa de Cetlin,
(restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia,
"IOAJUSTADOR-$ PLACASDE(AWLEY
aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações
placas de contenção, placa com arco
para uma higiene bucal adequada.
extrabucal, placa de ocupação lingual,
Proservação entre outros);
Por meio de avaliações e ajustes clínicos s %NVIOAOLABORAT˜RIO
ortodônticos no CEO a cada 21 dias. s )NSTALAÀâODOAPARELHO
s !JUSTES EOU CONTROLES PERI˜DICOS
Observações
conforme indicação;
Diastemas em dentes anteriores durante
s /RIENTA˵ES SOBRE USO ADEQUADO
a dentição mista não devem ser fechados.
cuidados e higienização.
6.2.5.3 Aparelhos removíveis
Terapia medicamentosa
Definição Não se aplica.
Dispositivos ortodônticos removíveis
Características
mecânicos ou funcionais que podem ser
s .âOINTERFERIRNANORMALIDADE
construídos em resina acrílica e/ou fios
s ! T U A R C O N F O R M E I N D I C A À â O E
ortodônticos e sofrer inclusão, quando
finalidade
indicado, de acessórios como: parafusos,
s &ÖCILCONSTRUÀâO
molas e outros, com forças mecânicas que
s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS
incidem sobre dentes, periodonto, osso
s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE
alveolar, ossos maxilares, suturas e ATM,
ou exercem seus efeitos sobre o sistema Condutas em caso de urgência/emergência
neuromuscular de maneira a ocorrer a Em casos de problemas com o aparelho,
adaptação estrutural (capacidade biológica orientar o paciente a não utilizar o mesmo e
de uma estrutura para modificar a sua forma procurar o serviço para ajuste ou reconstrução.
em conseqüência de uma alteração ou
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
normalização funcional).
Básica
Indicações Tr at a mento bá sico (re s t au r açõ e s ,
Promover situações dentais, esqueletais ou exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação
dento-esqueletais mais adequadas e auxiliar tópica de f lúor, etc.) e orientações para
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 99

uma higiene bucal adequada.Para realizar Condutas em caso de urgência/emergência


opor t unamente o encaminhamento, o Em casos de problemas com o aparelho,
profissional da Atenção Básica deve conhecer orientar o usuário a não utilizar o mesmo e
aspectos gerais de má-oclusão e estar atento às procurar o serviço para ajuste ou reconstrução.
possíveis anomalias apresentadas.
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
Proservação Básica
Por meio de avaliações e/ou ajustes Tr a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s ,
clínicos ortodônticos periódicos no CEO com exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação
freqüência determinada de acordo com o tipo tópica de flúor, etc.) e orientações para
e a finalidade do aparelho removível. uma higiene bucal adequada. Para realizar
oportunamente o encaminhamento, o
Observações
profissional da Atenção Básica deve conhecer
Não se aplica.
aspectos gerais de má-oclusão e estar atento
6.2.5.4 Placa de mordida às possíveis anomalias apresentadas.
Definição Proservação
Dispositivo removível construído em Por meio de avaliações e/ou ajustes
resina acrílica ou policarbonato utilizado clínicos ortodônticos periódicos no CEO,
com finalidade de estabelecimento oclusal com a freqüência de acordo com o tipo e
adequado ou miorrelaxante. indicação do aparelho.
Indicações Observações
Promover ajustes dentais e relaxamento Não se aplica.
muscular auxiliando a normalidade das funções.
Facilitar o diagnóstico de possíveis alterações 6.2.5.5 Plano inclinado
oclusais buscando: melhora de sintomatologia Definição
dolorosa; correção de problemas funcionais, de D i s p o s i t i v o re mov í v e l c o n s t r u í d o
posições individuais de dentes e/ou contenção em resina acrílica ou resina composta
de resultados obtidos. fotopolimerizável diretamente nos elementos
Seqüência de intervenção dentais afetados.
s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO Indicações
s 0LANEJAMENTO DA PLACA CONFORME Correção de problemas ântero-
material eleito; posteriores (desarmonia de bases ósseas) e
s %NVIOAOLABORAT˜RIO dentais transversais (mordida cruzada).
s )NSTALAÀâODOAPARELHO
s !JUSTESEOUCONTROLESPERI˜DICOS Seqüência de intervenção
s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO Removível
cuidados e higienização. s -OLDAGEM
s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO
Terapia medicamentosa s %NVIOAOLABORAT˜RIO
Não se aplica. s )NSTALAÀâODOAPARELHO
Características s !JUSTESEOUCONTROLESPERI˜DICOS
s .âODEVEINTERFERIRNANORMALIDADE s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO
s ! T U A R C O N F O R M E I N D I C A À â O E cuidados e higienização.
finalidade Fixo (Plano inclinado em resina acrílica ou
s &ÖCILCONSTRUÀâO fotopolimerizável) – em resina acrílica:
s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO
s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE s %NVIOAOLABORAT˜RIO
100 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s )NSTALAÀâODOAPARELHO s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE
s !JUSTESEOUCONTROLESPERI˜DICOS (quando removível)
s /RIENTA˵ES SOBRE USO ADEQUADO
Condutas em caso de urgência/emergência
cuidados e higienização;
Em casos de problemas com o aparelho,
s -ANUTENÀâO DO PLANO POR TEMPO
orientar o paciente a não utilizar o mesmo
necessário à resolução do problema;
(no caso de ser removível) e procurar o
s 2EMOÀâODOPLANO
serviço para ajuste ou reconstrução.
Em resina fotopolimerizável:
s %M DENTES DEC¤DUOS COM MORDIDA Preparo prévio a ser realizado na Atenção
cruzada posterior funcional; Básica
s )NDICADOQUANDOOSAJUSTESOCLUSAIS Tr a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s ,
(desgates) não são suficientes para exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação
equilibrar a função oclusal; tópica de flúor, etc.) e orientações para
s 0O S S U I I N C L I N A À â O V E S T ¤ B U L O uma higiene bucal adequada. Para realizar
lingual (maior altura na vestibular opor tunamente o encaminhamento, o
dos superiores e l ing ua l dos profissional da Atenção Básic a de ve
inferiores); reconhecer problemas transversais (mordida
s !PL ICA SE RESINA NOS DENTES DA cruzada) e desarmonia de bases apicais.
maxila, face oclusal e vestibular, Proservação
depois nos inferiores com inclinação Por meio de avaliações e/ou ajustes
contrária buscando o paralelismo clínicos ortodônticos periódicos no CEO
com o Plano de Camper; cuja freqüência será mensal ou conforme
s 0ODESERAPLICADOUNIOUBILATERALMENTE necessidade do caso.
s $ URANTE OS MOVIMENTOS LÖTERO
protrusivos, devem existir contatos em Observações
todos os dentes; Não se aplica.
s !SPISTASSâOELIMINADASJUNTOCOMA 6.2.5.6 Manutenção/conserto de aparelhos
esfoliação dos dentes; ortodônticos (removíveis)
s $EVE EXISTIR COMPATIBILIDADE ENTRE O
tamanho da mandíbula e da maxila. Definição
Se não houver, está recomendado o Consulta ortodôntica em períodos programados
aparelho de expansão; conforme necessidade de desenvolvimento das
s /CONJUNTODEVESEGUIROPARALELISMO etapas inerentes ao tratamento.
das arcadas, porém mantendo-se a Indicações
individualidade dos dentes; Avaliação, controle, ajuste, conserto,
s -£TODOSIMPLESEDEBAIXOCUSTO ativação, inclusão e/ou remoção de dispositivos
s / R I E N T A À µ E S S O B RE C U I D A D O S E no sistema de tratamento objetivando metas
higienização de correção da má-oclusão apresentada.
Terapia medicamentosa Seqüência de intervenção
Não se aplica. Controle de rotina
s 2EMOVEROAPARELHODOPACIENTE
Características s 0ROMOVER HIGIENIZAÀâO BUCAL E DO
s .âOINTERFERENANORMALIDADE aparelho;
s $EVE ATUAR CONFORME INDICAÀâO E s /BSERVAR TECIDOS OROFACIAIS PARA
finalidade detecção de anormalidades;
s &ÖCILCONSTRUÀâO s !VALIAROCLUSâOPARAVERIlCAREVOLUÀâO
s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS do caso;
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 101

s 0ROMOVER A AVALIAÀâO CONTROLE Proservação


ajuste, conserto, ativação, inclusão Por meio de avaliações e/ou ajustes
e/ou remoção de dispositivos no clínicos ortodônticos periódicos no CEO
aparelho conforme a finalidade do com a periodicidade de uma vez ao mês ou
dispositivo; conforme necessidade do caso, podendo ser
s 2EINSERIROAPARELHO mais de uma vez.
s 2EFORÀARORIENTAÀµESDEUSOADEQUADO
Observações
cuidados e higienização.
Não se aplica.
Diante da necessidade de substituição do
aparelho 6.2.5.7 Tratamento ortodôntico das
s -OLDAGEM anomalias craniofaciais (instalação)
s 3ELEÀâODONOVOAPARELHO
Definição
s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO
Tratamento ortodôntico para correção das
s %NVIOAOLABORAT˜RIO
más-oclusões. Consiste na aplicação e controle
s )NSTALAÀâODOAPARELHO
de recursos e dispositivos que exercem forças
s . O V O S A J U S T E S E  O U C O N T R O L E S
diretamente nos arcos dentais para interceptar
periódicos;
ou corrigir as alterações que afetam os
s /RIENTA˵ES SOBRE USO ADEQUADO
dentes, ossos, músculos e nervos, os quais
cuidados, higienização e
não desempenham suas funções normais.
armazenamento do aparelho quando
Incluem-se neste procedimento, os recursos
não estiver em uso.
de aparatologia fixa e de outros sistemas como:
Terapia medicamentosa AEB, PLA, quadrihélice, disjuntor, expansor,
Não se aplica. máscara de protração maxilar, entre outros.
Cuidados Indicações
s 6ERIlCAREVOLUÀâODOCASO A função principal é reestabelecer a
s /BSERVAROSTECIDOSOROFACIAIS oclusão dental (perfeito engrenamento dos
s -ONITORAR GRAU DE COLABORAÀâO DO dentes superiores e inferiores em relação
paciente no tocante ao uso, cuidados correta nos aspectos proximais e antagônicos,
e higienização do aparelho; em harmonia com os ossos basais da face e do
s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS crânio, em equilíbrio com os órgãos e tecidos
para a evolução do tratamento. circundantes), sendo isto importante para
a correta mastigação e conseqüentemente,
Condutas em caso de urgência/emergência
adequada nutrição e saúde bucal. Com isto,
Em casos de problemas com o aparelho,
evitam-se problemas de respiração, deglutição,
orientar o usuário a não utilizar o mesmo e
fonação e na articulação têmporo-mandibular,
procurar o serviço para avaliação e intervenções
além de proporcionar uma estética mais
necessárias.
agradável, aumentando a auto-estima e o bom
Preparo prévio a ser realizado na Atenção relacionamento com as pessoas. Indicado
Básica para: más-oclusões Classes I, II ou III com
S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o as possíveis situações: problemas transversais
( re s t a u r a ç õ e s , e xo d o n t i a s , r a s p a g e m , (mordida cruzada anterior e/ou posterior uni ou
profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) bilateral), problemas verticais (mordida aberta
e orientações para uma higiene bucal anterior e/ou posterior uni ou bilateral, mordida
adequada. Uma vez iniciado o tratamento profunda), problemas ântero-posteriores
ortodôntico, as consultas de retorno serão (desarmonia de bases ósseas e trespasse dental
agendadas pelo próprio CEO. horizontal acentuado), anomalias dentais
102 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

individuais (número, forma, tamanho, s $ESENVOLVIMENTODET£CNICACOMPLETA


posição e processo de erupção), discrepância Q uando necessário, instalação de
ósteo-dental e alterações miofuncionais acessórios para resolução de alguns
orofaciais. problemas:
s $ESCRUZADORES DE MORDIDA PLACAS
Procedimentos clínicos - Considerações Gerais
expansoras com diferentes acessórios
s 1 U A N D O I N D I C A D A A M E C ½ N I C A
conforme finalidade, aparelho de
ortodôntica fixa deve ser utilizada
Crozat, quadrihélice, BTP, disjuntores
de maneira racional, praticando-se
(Haas, Hirax, Mcnamara), entre
técnicas cujos materiais e acessórios
outros;
empregados tenham valores acessíveis.
s $ISTALIZADORESDISTALJET !%" 0,!
Sugerimos o emprego de técnicas e
Jones Jig, Placa de Cetlin, Jasper jump,
práticas simples e de resolutividade
molas elásticas de Niti, magnetos
conforme os conceitos e formação de
minituarizados, pendulum e pendex;
cada profissional, mantendo-se sempre
s !CESS˜RIOS DE ANCORAGEM BOTâO DE
os princípios biológicos. Com as
Nance, arco lingual, BTP simples ou
prioridades definidas individualmente,
dupla, AEB e PLA;
deverão ser seguidas estratégias
s 2ECURSOS ORTOP£DICOS MÖSCARA FACIAL
de tratamento para os vários tipos
ortopédica e aparelhos funcionais
de problemas. Para as alterações
removíveis;
dentais e/ou esqueletais, são sugeridas
s %LÖSTICOSINTERMAXILARES
condutas com uso de aparatologia
s #URSORES
fixa e outros sistemas, cuja seleção
s -OLAS
dependerá de vários fatores, tais
s /UTROS
como: tipo de má-oclusão, padrão
Alguns recursos auxiliares na ortodontia
e perfil facial, fator(es) etiológico(s)
fixa: quadrihélice
envolvido(s), fase em que se encontra
s -OLDAGEMECONSTRUÀâODOMODELODE
o paciente, formação e experiência do
trabalho;
profissional, entre outros.
s !DAPTAÀâO DAS BANDAS AOS PRIMEIROS
Seqüência de intervenção molares permanentes ou segundos
Fase de instalação do aparelho fixo molares decíduos de acordo com a fase
s %SCOLHADAT£CNICAASEREMPREGADA de desenvolvimento;
s )NICIAR PREFERENCIALMENTE PELOS s 3OLDAGEM DO ARCO EM FORMA DE 7
elementos de ancoragem ou pelos com molas helicoidais em seus quatro
dentes posteriores; vértices;
s 3EPARAÀâODOSELEMENTOSDENTAIS s !TIVAÀâO DO APARELHO CONFORME
s !GUARDARPELOMENOSDIAS necessidade;
s 3ENECESSÖRIO ADMINISTRARANALG£SICO s )SOLAMENTORELATIVO
s 2EMOÀâODOSEPARADOR s #IMENTAÀâODOAPARELHOSOBPRESSâO
s !DAPTAÀâO E CIMENTAÀâO DAS BANDAS s !VALIAÀâOECONTROLEMENSALOBJETIVO
com ionômero de vidro; sobrecorreção com as cúspides palatinas
s 3E NECESSÖRIO ETAPA LABORATORIAL n superiores situadas além do sulco
moldagem; central dos inferiores);
s #ONTROLEDOSISTEMADEANCORAGEM s 2EMOÀâO DESATIVAÀâOEREINSTALAÀâODO
s 0OSICIONAMENTO E COLAGEM DOS aparelho para contenção por três meses;
braquetes; s #ONSTRUÀâO DE APARELHO REMOV¤VEL
s )NSERÀâODElOSORTOD¹NTICOS de contenção, por três meses, ou
instalação de aparelho fixo.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 103

Alguns recursos auxiliares na ortodontia Casos com necessidade de instalação


fixa - aparelho extrabucal: parcial do aparelho
s 0ROlLAXIADASSUPERF¤CIESDOSDENTESDE s $ E N T E S A C E N T U A D A M E N T E M A L
apoio; posicionados;
s 3ELEÀâOOUFABRICAÀâODABANDAPARAOS s -ORDIDAPROFUNDA
elementos de apoio; s 2EDUÀâOINTERPROXIMALDEESMALTE
s 3OLDAGEMDOSTUBOS s #URSORESDEDESLIZE
s )SOLAMENTORELATIVO s 4RATAMENTONADENTIÀâOMISTA
s #IMENTAÀâODASBANDAS Fase final do tratamento ortodôntico:
s !DAPTAÀâODOARCOINTRABUCALEDOARCO s !CABAMENTO
facial; s )NTERCUSPIDAÀâO
s )NSTALAÀâODOAPARELHOCOMELEIÀâODOS s #ONTENÀâO
elementos de força (intensidade, sentido
Terapia medicamentosa
de tração, tempo de uso, considerando-
Não se aplica.
se: tendência de crescimento facial,
padrão facial, má-oclusão e idade do Cuidados
paciente; s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS
Alguns recursos auxiliares na ortodontia para a evolução do tratamento;
fixa - placa lábio-ativa: s 6ERIlCAROSTECIDOSOROFACIAIS
s 0ROlLAXIADASSUPERF¤CIESDOSDENTESDE s -ONITORAR O GRAU DE COLABORAÀâO DO
apoio; paciente no tocante ao uso, cuidados
s 3ELEÀâOOUCONSTRUÀâODABANDAPARA e higienização do aparelho;
os elementos de apoio; s 0ROCEDERÜMOTIVAÀâODOPACIENTE
s 3OLDAGEMDOSTUBOS s !LER TAR PARA A IMPOR T½NCIA DA
s )SOLAMENTORELATIVO assiduidade nas manutenções.
s #IMENTAÀâODASBANDAS
Condutas em caso de urgência/emergência
s !DAPTAÀâODAPLACACOMESCUDOLABIAL
Em casos de problemas com o aparelho,
bem localizado;
orientar o paciente a não intervir no sistema,
s /RIENTA˵ESSOBREUSOADEQUADO
utilizar cerinhas de proteção e procurar o serviço
Alguns recursos auxiliares na ortodontia
para avaliação e intervenções necessárias.
fixa: máscara de protração ou máscara
facial ortopédica (MFO): Preparo prévio a ser realizado na Atenção
s )NSTALAÀâODEDISJUNTORCOMGANCHOS Básica
na altura dos caninos; S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o
s 3ENECESSÖRIO PROCEDERADISJUNÀâO (restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia,
s $EPOISDEOBTIDAADISJUNÀâONECESSÖRIA aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para
instalar a MFO; uma higiene bucal adequada. O profissional
s 3ELECIONARAFORÀAAPLICADA da Atenção Básica deve conhecer aspectos
s #ONTROLES PERI˜DICOS COM AUMENTO gerais de má-oclusão e estar atento às possíveis
de força progressiva até correção do anomalias apresentadas.
trespasse anterior positivo;
Proservação
s 2EMOÀâODOAPARELHO
Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos
s #ONTENÀâO POR MEIO DE APARELHO
no CEO cuja freqüência será determinada
removível com indicação precisa ao
pelo tipo de acessório utilizado.
tipo de má-oclusão ou instalação
imediata de outros dispositivos de Observações
aparelho fixo, quando indicado. Não se aplica.
104 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

6.2.5.8 Manutenção de aparelho para Preparo prévio a ser realizado na Atenção


anomalias craniofaciais (fixos) Básica
S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o
Definição
( re s t a u r a ç õ e s , e xo d o n t i a s , r a s p a g e m ,
Consulta ortodôntica em períodos
profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.)
programados conforme necessidade de
e orientações para uma higiene bucal
desenvolvimento das etapas inerentes do
adequada. Uma vez iniciado o tratamento
tratamento.
ortodôntico, as consultas de retorno serão
Indicações agendadas pelo próprio CEO.
Avaliação, controle, ajuste, evolução
Proservação
das etapas, ativação, inclusão, remoção ou
Por meio de avaliações e/ou ajustes
reposicionamento de acessórios e conserto
clínicos no CEO.
no sistema de tratamento, objetivando metas
de correção da má-oclusão apresentada. Observações
Não se aplica.
Seqüência de intervenção
s (IGIENIZAÀâODABOCADOPACIENTE 6.2.6 Material e instrumental
s 2EMOÀâODASLIGADURAS necessários
s 2EMOÀâODOSARCOSORTOD¹NTICOSPARA s ¬CIDOCONDICIONADORGEL
substituição, quando necessário; s !FASTADORDEBOCHECHASELÖBIOSPARA
s (IGIENIZAÀâODOSBRAQUETESEBANDAS colagem Metal
s 2EINSERÀâO DE ARCOS ORTOD¹NTICOS s !FASTADOR DE LÖBIOS PARA FOTOGRAlAS
de nivelamento e alinhamento plástico
conforme seqüência de fios da técnica s !GENTEDEUNIâOPARARESINA
utilizada; s !LGODâOHIDR˜lLOnPACOTEEROLETE
s #OLOCAÀâO DE LIGADURAS METÖLICAS OU s !LICATEORTOD¹NTICO!NGLE
elásticas a fim de unir o fio ortodôntico s !LICATE ORTOD¹NTICO !NGLE  PARA
aos tubos e braquetes; torque
s 2EPOSICIONAMENTO DE POSS¤VEIS s !LICATE ORTOD¹NTICO #ORTE DE lO DE
acessórios como: elásticos, AEB, barras, amarrilho
PLA, arcos seccionais, entre outros. s !LICATE ORTOD¹NTICO #ORTE DE FIO
Terapia medicamentosa duro
Não se aplica. s !LICATEORTOD¹NTICO#ORTEDISTAL
s !LICATEORTOD¹NTICO$E,A2OSA
Cuidados s !LICATE ORTOD¹NTICO &ORMADOR DE
s 6ERIlCAREVOLUÀâODOCASO bandas posterior
s /BSERVAROSTECIDOSOROFACIAIS s !LICATEORTOD¹NTICO&ORMADORDELIGA
s -ONITORAR GRAU DE COLABORAÀâO DO metálica 158
paciente no tocante ao uso, cuidados s !LICATEORTOD¹NTICO(OWRETO
e higienização do aparelho; s !LICATEORTOD¹NTICO(OWCURVO
s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS s !LICATEORTOD¹NTICO*ONHSON
para a evolução do tratamento. s !LICATEORTOD¹NTICO.ANCE
Condutas em caso de urgência/emergência s !LICATE ORTOD¹NTICO 2EMOVEDOR DE
Em casos de problemas com o aparelho, bandas 347
orientar o paciente a não intervir no sistema, s !LICATE ORTOD¹NTICO 2EMOVEDOR DE
utilizar “cerinhas” de proteção e procurar o serviço braquetes 346
para avaliação e intervenções necessárias. s !LICATEORTOD¹NTICO4RIDENT
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 105

s !LICATE ORTOD¹NTICO 4WEED PARA s %LÖSTICOINTRABUCAL  LEVE


ômegas 350 s %LÖSTICOINTRABUCAL  M£DIO
s !LICATEORTOD¹NTICO5NIVERSAL s %LÖSTICOINTRABUCAL  PESADO
s !LICATEORTOD¹NTICO7EINGART% s %LÖSTICOINTRABUCAL 
s !PARELHOFOTOPOLIMERIZADOR s %LÖSTICOINTRABUCAL 
s !PLICADORDELIGADURAELÖSTICA s %LÖSTICOINTRABUCAL 
s !RCOEXTRABUCAL s %LÖSTICOINTRABUCAL LEVE
s !VENTALDEMANGALONGA s %LÖSTICOINTRABUCAL M£DIO
s "ANDA OR TOD¹NTIC A METAL PR£ s %LÖSTICOINTRABUCAL PESADO
fabricada s %LÖSTICOPARALIGADURA TIPOBENGALINHA
s "ANDEJA PEQUENA SEM SEPARAÀâO ou similar
1x9,2x22,5mm s %SCOVAPARAPROlLAXIA2OBSON
s "OTâO ORTOD¹NTICO LINGUAL PARA s %SCULPIDOR(OLLEMBACK
colagem s %SCULPIDOR(OLLEMBACK3
s "OTâO ORTOD¹NTICO LINGUAL PARA s %SCULPIDOR,ECRON
soldagem s %SPÖTULADEMOLDAGEM
s "RANCODE%SPANHA s %SPÖTULAPARACERA
s "RAQUETE ORTOD¹NTICO 3EGUNDO A s %SPÖTULAPARACERA
técnica utilizada s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA
s "ROCA ALTA ROTAÀâO DIAMANTADA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA
acabamento fino nº 3118F s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA
s "ROCA ALTA ROTAÀâO DIAMANTADA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA
acabamento fino nº 3168 s %SPÖTULAPARAINSERÀâODERESINA
s "ROCA ALTA ROTAÀâO PARA REMOÀâO DE s %SPELHOBUCAL PLANO
resina s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM
s "ROCABAIXAROTAÀâOPARAREMOÀâODE s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM
resina s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM
s "ROCAS PARA ACABAMENTO DE RESINA s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM
composta s %XPLORADORDUPLO
s "RUNIDORDEBANDA s &ILMEPARARADIOGRAlAPERIAPICAL
s #ABOPARAESPELHOBUCAL s &IODELATâO  v
s #AIXAPARABANDAS s &IODENTAL
s #AIXAPARABRAQUETES s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv
s #ALCADORDEBANDATRIANGULAR s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv
s #½MARAESCURA s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv
s #½MERAFOTOGRÖlCA s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv
s #ARBONOPARAODONTOLOGIA s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv
s #ERINHASDEPROTEÀâO s &IOORTOD¹NTICOREDONDO MM
s #OMPASSO DE PONTA SECA #OM s & IO ORTOD¹NTICO REDONDO v
parafuso de regulagem (0,80mm)
s #OMPRESSADEGAZEHIDR˜lLAEST£RIL s &IO ORTOD¹NTICO RETANGULAR #R.I
s #UBAREDONDA !ÀOINOXCMXCM .018x.025”
s $ENTESDEESTOQUE s &IOORTOD¹NTICOTWIST mEX#R.Iv
s $ETERGENTEENZIMÖTICO s &IO ORTOD¹NTICO TWIST FLEX #R.I
s $OBRADORPARAARCOEXTRABUCAL .018”
s %LÖSTICO EM CORRENTE !LASTIK n LEVE s &IOPARALIGADURAMETÖLICAv
médio e pesado s &IOPARALIGADURAMETÖLICAv
106 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s &ITADEBANDAXv s 2ESINAACR¤LICA
s &ITADEBANDAXv s 2EVELADOR
s & ITA DE BANDA PR£ CONTORNADA s 2ISCADOR PARA BANDA OU ESTRELA DE
4090001 Boone
s &IXADOR s 3ACA BROCAS
s &LUXODESOLDA s 3AQUINHOSPLÖSTICOSDEGELADINHO
s 'ESSOCOMUM s 3OLDAPRATA
s 'OBAYASH s 3PUTNIK
s 'RALDEBORRACHAPARAESPATULAÀâO s 3UGADORDESALIVA
s )ON¹MERODEVIDROPCIMENTAÀâO s 3UPORTEPARAALICATES
s * O G O P A R A I N S E R À â O D E R E S I N A s 4AÀADEBORRACHAPARAPROlLAXIA
composta s 4AMBORPARAGAZES
s ,AMPARINADEÖLCOOL s 4ENSI¹METRO
s ,ÖPISDERMATOGRÖlCO s 4ESOURAPARAOUROnRETAECURVA
s ,UVADEPROCEDIMENTO s 4IRADELIXADEACABAMENTOEPOLIMENTO
s -AÀARICOORTOD¹NTICO dental 4 mm x 170 mm
s -ANDRILROSQUEÖVELPARADISCOS s 4IRADELIXADEAÀOMMEMM
s -ÖQUINADESOLDA s 4ORREDECONTORNEAMENTODElO
s -ÖSCARACIR¢RGICA s 4OUCASANFONADA
s -ICROMOTOREPONTARETA s 4UBOORTOD¹NTICO SEGUNDOAT£CNICA
s -OLA #R.I HELICOIDAL n ABERTA E utilizada
fechada s 6IBRADORDEGESSO
s -OLADERETRAÀâO
s -OLDEIRAS
s ÊCULOSDEPROTEÀâO
6.2.7 Observações
Na impossibilidade de tratar todos
s 0ASSA lOPLÖSTICODESCARTÖVEL
os indivíduos acometidos por problemas
s 0ASTAPARAPROlLAXIADENTALCOMm¢OR
oclusais, recomendamos a priorização por
s 0EDRAMISSYOUPERAPEQUENAGRANULAÀâO
faixa etária e por tipo de atuação: preventiva,
grossa
interceptiva e/ou corretiva. Portanto, para
s 0EDRA PARA POLIMENTO DE RESINA
otimização do serviço, sugerimos, na etapa
composta
de avaliação inicial dos pacientes, que sejam
s 0EDRAPOMES
determinados critérios de seleção, em que
s 0INÀACL¤NICA
cada um dos problemas oclusais poderá
s 0INÀA ORTOD¹NTICA PARA COLAGEM DE
receber uma pontuação de acordo com o
braquetes
grau de complexidade do caso (tipo de
s 0INÀAPARAAPREENSâODEMATERIAL
má-oclusão, tipo de perfil e padrão facial,
s 0INÀAPARAALGODâOE
presença de mordida cruzada, mordida
s 0LACADEVIDROlNAEGROSSA
aberta, desarmonias ântero-posteriores, grau
s 0LACALÖBIO ATIVA
de apinhamento, anomalias dentais, idade,
s 0ORTA AGULHA-ATHIEUCMRETA
etc.). Esta pontuação, considerando-se a
s 0ORTA ALGODâOPARAALGODâOLIMPO
situação de cada paciente, facilitará a seleção
s 0ORTA ALGODâOPARAALGODâOSERVIDO
de casos prioritários para o tratamento.
s 0ORTA ALGODâO PARA ROLETES DE
Estes critérios devem ser conhecidos pela
algodão)
população.
s 0OTEDAPPEN
O tratamento ortodôntico, por ser um
s 0RENDEDORDEGUARDANAPO
tratamento longo e complexo, exige muita
s 2ESINAFOTOPOLIMERIZÖVEL
dedicação do paciente e do prof issional.
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 107

Portanto, algumas considerações devem ser


feitas, principalmente no que diz respeito aos
requisitos básicos profissionais, que são:
s #ONHECERANORMALIDADEEMCADAETAPA
do desenvolvimento facial;
s 0OSSUIR AMPLO CONHECIMENTO SOBRE
desenvolvimento e maturação da
dentição e da oclusão; crescimento
facial e maturidade esquelética e
reações teciduais frente às forças
ortodônticas;
s )DENTIlCAROSTIPOSFACIAISEPREVERAS
influências hereditárias;
s #ONHECER OS CONCEITOS BÖSICOS DE
terapêutica e aparatologia a ser
utilizada;
s 0OSSUIRDESTREZAMANUAL
s 3ABERDIFERENCIARM£TODOOBJETIVO
s 4E N T A R A L C A N À A R O S O B J E T I V O S
estipulados;
s #ONHECERASVANTAGENS DESVANTAGENSE
limitações dos métodos terapêuticos;
s &ORNECER EXPLICA˵ES SEGURAS SOBRE
tratamento em geral;
s / B T E R C O N S E N T I M E N T O D O S
responsáveis;
s 3ELECIONAROSPACIENTESPRIORIZANDOA
complexidade do caso.
7 IMPLANTODONTIA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 111

7.1 Manual de para a recepção dos implantes, antes do


encaminhamento ao serviço de Implantodontia
Regulação propriamente dito.

Especialidade clínica: Justificativa para encaminhamento


Pacientes que não foram reabilitados
Implantodontia por próteses totais convencionais por falta
de condições anatômicas para retenção das
Motivos mais freqüentes de
mesmas.
encaminhamento:
Pa c i e n t e s e d ê n t u l o s , p o r t a d o r e s
de rebordo remanescente insuficiente 7.2 Manual Clínico
para adaptação de próteses totais
convencionais.
Especialidade clínica:
Responsabilidade por nível de atenção Implantodontia
Atenção Básica: o profissional da
7.2.1 Observação dos critérios de
Atenção Básica poderá avaliar e diagnosticar
referência e contra-referência
a insuficiência de rebordo para retenção de
Considerar, por meio de verificação da
uma prótese total convencional em maxila
ficha de encaminhamento e exame bucal
e/ou mandíbula e encaminhar o usuário ao
do usuário, se a situação referenciada teve
CEO ou outros serviços odontológicos, caso
respeitados os critérios estabelecidos no
estes ofertem atenção na especialidade de
Manual de Regulação de Implantodontia.
Implantodontia.
7.2.2 Anamnese
Média: Terapia com sobredentadura Realizar anamnese detalhada considerando
implanto-suportada em maxila e/ os seguintes aspectos essenciais para a
ou mandíbula. O usuário atendido em implantodontia:
outras especialidades no CEO, como: s (IST˜RIAM£DICADOUSUÖRIO
estomatologia, cirurgia ou odontologia s (IST˜RIAFAMILIAR
para pacientes com necessidades especiais, s #ONDIÀâOSISTäMICA
deverá receber atenção do ser viço de s #APACIDADE COLABORADORA DO USUÖRIO
implantodontia, após avaliação e diagnóstico para uma reabilitação através de
de rebordo insuficiente para retenção de implantes ósseointegrados;
prótese total convencional em maxila e/ou s . E C E S S I D A D E D E T E R A P I A C O M
mandíbula. Será ainda aceito paciente com sobredentadura implanto-suportada,
remanescentes dentários que possibilitem sua onde o usuário será submetido à cirurgia
exodontia e instalação imediata de implantes ambulatorial sob anestesia local;
ósseointegrados, simultaneamente. s -ELHORMOMENTOPARAQUEOUSUÖRIO
Os profissionais da especialidade de Cirurgia sofra a inter venção cirúrgica de
Buco-Maxilo-Facial e de Estomatologia deverão acordo com o plano de tratamento
atuar de forma integrada aos profissionais da com implantes ósseointegrados e sua
Implantodontia, nos casos de lesões ósseas e/ condição sistêmica.
ou mucosas na região receptora de implantes
e nos casos de estrutura óssea insuficiente para 7.2.3 Exame físico
suportar implantes ósseointegrados, dentre
outras situações, preparando os usuários 7.2.3.1 Extrabucal
112 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

É realizado por um conjunto de inspeção, avaliar as condições gerais do paciente,


palpação e avaliação funcional da forma sistema imunitário, condição hepática e
facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, renal, presença de infecções ocasionais,
ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço, avitaminoses e outros distúr bios que
articulação temporomandibular. possam vir a comprometer a cicatrização
É essencial verificar o formato do rosto dos implantes ósseointegrados.
do usuário, perfil e suporte labial. e) Coagulograma completo: permite
avaliar cascata de coagulação, possíveis
7.2.3.2 Intrabucal
distúr bios e uso continuado de anti-
Observar: coagulantes.
s 2EBORDOSALVEOLARES f ) Glicemia em jejum: permite avaliar
s 0 R E S E N À A O U N â O D E D E N T E S dosagem glicêmica esporádica do paciente
remanescentes; que no caso de diagnóstico de diabetes
s 4IPODEOCLUSâO melitos descompensada ser ia contra-
s $IMENSâOVERTICAL indicado o tratamento com implantes
s $ENTIÀâOANTAGONISTA ósseointegrados.
s 0RESENÀA DE LESµES ˜SSEAS OU MUCO
gengivais na região a ser implantada. 7.2.5 Procedimentos de
7.2.3.3 Outros aspectos
implantodontia
Fonação, deglutição, função mastigatória 7.2.5.1 Rebordos totalmente edentados sem
e possíveis para-funções. uso anterior de prótese total
Definição
7.2.4 Exames complementares Instalação de, no mínimo, 2 e, no
a) Radiografia intrabucal periapical: máximo, 4 implantes com tratamento de
tanto em maxila como em mandíbula, superfície.
permite avaliar altura óssea por seguimentos
limitados, bem como dentes remanescentes Indicações
condenados e restos radiculares. Rebordos que não apresentem
b) Radiografia extrabucal panorâmica: possibilidade de adaptação de prótese
objetiva avaliar, em maxila, os seios maxilares total convencional por falta de retenção
e fossas nasais para identificar altura de mecânica, onde a função imediata ou tardia
rebordo remanescente e, em mandíbula, o dos implantes será reavaliada.
posicionamento dos forames mentonianos e Seqüência de intervenção
a distância entre eles, assim como a altura do 1 a consulta: anamnese, exame clínico,
rebordo remanescente. Este tipo de radiografia requisição de exames complementares
permite também identificar, tanto na maxila e orientação do usuário sobre: terapia
quanto na mandíbula, possíveis lesões ósseas com implantes óssseointegrados; uso da
pré-existentes que possam contra-indicar o sobredentadura implanto-suportada, sua
tratamento, assim como dentes remanescentes higienização e manutenção dos tecidos
condenados e restos radiculares. periimplantares; 2 a consulta: moldagem
c) Tomografia computadorizada: objetiva anatômica e confecção de modelos de estudo
todas as imagens relatadas anteriormente, e funcional para tomada de registro oclusal
permitindo ainda esclarecer a densidade e e montagem em Articulador Semi-Ajustável
espessura óssea dos rebordos remanescentes, (ASA); bases experimentais (rolete de
tanto em maxila como em mandíbula, além de cera); tomada dos planos de orientação,
evidenciar acidentes anatômicos importantes. registro de dimensão vertical (Compasso
d) Hemog rama completo: p e r m i t e DE 7ILLIS  VERIFICAÀâO DO PLANO OCLUSAL
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 113

(régua de Fox); registro da relação maxilo- relação cêntrica, máxima intercuspidação


mandibular (desgaste de Paterson) através coincidentes e adequadas estética, dimensão
da montagem do arco facial; seleção de vertical e fonação.
formato e cor dos dentes; escolha do sistema
Seqüência de intervenção
de retenção da sobredentadura e decisão
1a consulta: anamnese; exame clínico;
se esta será submetida à função imediata
requisição de exames complementares;
ou tardia; produção do guia cirúrgico
o r i e n t a ç ã o d o u s u á r i o s o b re : t e r a p i a
multifuncional; 3 a consulta: cirurgia para
com implantes óssseointegrados; uso da
instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo,
sobredentadura implanto-suportada, sua
4 implantes com tratamento de superfície;
higienização e manutenção dos tecidos
confirmação da escolha do sistema de
periimplantares; 2 a consulta: moldagem
retenção da sobredentadura previamente
anatômica e confecção de modelos de estudo
planejado na 2ª consulta de acordo com o
e funcional para tomada de registro oclusal
posicionamento definitivo dos implantes;
e montagem em Articulador Semi-Ajustável
indexação e tomada de registros para função
(ASA); estabilização da prótese; criação de 2,
imediata através da instalação dos pilares
3 ou 4 aberturas na própria prótese pela face
intermediários (“abutments”) do sistema
lingual (servirão de guia para a instalação
de botões tipo bola (sistema “O’ring”) ou
dos implantes ósseointegrados que a
tipo barra-clip. (Obs.: A prótese deve ser
suportarão em forma de sobredentadura);
enviada ao laboratório onde estes registros
uso da própria prótese como guia cirúrgico
serão capturados em seu interior de acrílico
(após esterilização ou desinfecção com
e retornará à boca do paciente para pequenos
solução de clorexidina a 0,2%); 3a consulta:
ajustes, constituindo um encaixe macho-
cirurgia para instalação de, no mínimo, 2 e,
fêmea, ou ainda nos casos de função tardia,
no máximo, 4 implantes; indexação e tomada
apenas colocação de tapa-implantes e
de registros para função imediata através
realização de sutura. Neste caso, o usuário
da instalação dos pilares intermediários
deverá retornar num prazo de 4 a 6 meses
(“abutments”) do sistema de botões tipo bola
para confecção da prótese definitiva); 4 a
(sistema “O’ring”) ou tipo barra-clip. (Obs.:
consulta: retorno do usuário para remoção
A prótese deve ser enviada ao laboratório
de sutura e avaliação de possíveis ajustes na
onde estes registros serão capturados em
sobredentadura.
seu interior de acrílico e retornará à boca da
7.2.5.2 Rebordos totalmente edentados de pessoa para pequenos ajustes, constituindo
indivíduos que utilizaram anteriormente um encaixe macho-fêmea, ou ainda nos
prótese total casos de função tardia, apenas colocação
de tapa-implantes e realização de sutura.
Definição
Neste caso, a pessoa deverá retornar num
Instalação de, no mínimo, 2 e, no
prazo de 4 a 6 meses para confecção da
máximo, 4 implantes com tratamento de
prótese definitiva); 4 a consulta: retorno da
superfície.
pessoa para remoção de sutura e avaliação
Indicações de possíveis ajustes na sobredentadura.
Rebordos que não apresentem
7.2.5.3 Rebordos parcialmente edentados
possibilidade de adaptação de prótese total
convencional por falta de retenção mecânica Definição
onde a função imediata ou tardia dos Instalação de, no mínimo, 2 e, no
implantes será reavaliada. A prótese total já máximo, 4 implantes com tratamento de
existente pode ser utilizada como referência, superfície.
desde que respeite os princípios básicos de
114 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Indicações prótese; 6 a consulta: retorno do usuário para


Presença de dentes remanescentes que remoção de sutura e avaliação de possíveis
tenham sido condenados pela Periodontia, ajustes na sobredentadura no caso de não
seja por doença periodontal avançada ou adaptação da prótese na 3a consulta.
pela falta de função dos mesmos.
7.2.6 Implantes ósseointegrados
Seqüência de intervenção
com função imediata
1a consulta: anamnese; exame clínico;
requisição de exames complementares; Técnica cirúrgica para instalação
o r i e n t a ç ã o d o u s u á r i o s o b re : t e r a p i a 1. O usuário deverá ser submetido
com implantes óssseointegrados; uso da à profilaxia com antibiótico com
sobredentadura implanto-suportada, sua a utiliz ação de 2,0 gramas de
higienização e manutenção dos tecidos amoxicilina administrada via oral
periimplantares; 2 a consulta: moldagem 1 hora antes do procedimento.
anatômica e confecção de modelos de estudo No c aso de alergia, a segunda
e funcional para tomada de registro oclusal escolha é a Clindamicina 600 mg ou
e montagem em Articulador Semi-Ajustável Azitromicina/Claritromicina 500 mg,
(ASA); estabilização da prótese; caso o VO, 1 hora antes do procedimento.
usuário utilize prótese parcial removível ou Deverá ainda realizar bochecho com
total provisória, criação de 2, 3 ou 4 aberturas solução de clorexidina a 0,12% por
na própria prótese pela face lingual (servirão 3 minutos como meio de assepsia
de guia para a instalação dos implantes intrabucal. O usuário deverá ser
ósseointegrados que a suportarão em forma encaminhado ao equipo, previamente
de sobredentadura); uso da própria prótese paramentado para que não haja
como guia cirúrgico (após esterilização ou risco de contaminação do campo
desinfecção com solução de clorexidina a cirúrgico;
0,2%); 3a consulta: exodontia, instalação de, 2. Após acomodação do paciente
no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes; no equipo, degermação e assepsia
indexação e tomada de registros para função extrabucal e colocação de campo
imediata através da instalação dos pilares fenestrado, segue anestesia infiltrativa
intermediários (“abutments”) do sistema ou troncular dependendo da região
de botões tipo bola (sistema “O’ring”) ou intrabucal a ser abordada com uso de
tipo barra-clip. (Obs.: No caso da prótese mepivacaína 2% com noradrenalina;
estar adaptada devido à presença de rebordo 3. Posicionamento do guia cirúrgico
remanescente suficiente para receber os para instalação dos implantes. Incisão
implantes, deve ser enviada ao laboratório supra-crestal respeitando os limites
onde estes registros serão capturados em de gengiva inserida/queratinizada
seu interior de acrílico e retornará à boca do quando presente no rebordo
paciente para pequenos ajustes, constituindo remanescente. Quando da presença
um encaixe macho-fêmea. Caso a prótese de dentes e restos radiculares, os
não esteja adequada, deve ser repetida e a mesmos deverão ser extraídos através
cirurgia de instalação dos implantes deve ser do uso de periótomos. Um retalho
prorrogada para uma 4 a consulta); 4a ou 5 a mucoperiosteal deverá ser rebatido
consulta: retorno do usuário para remoção e deslocado com uso de descolador
de sutura e avaliação de possíveis ajustes de periósteo Molt. Quando o guia
na sobredentadura no caso de adaptação cirúrgico coincidir com um alvéolo
da prótese ou cirurgia de instalação dos fresco, este rabatimento de tecidos
implantes no caso de não adaptação da não será necessário;
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 115

4. S e q ü ê n c i a d e o s t e o t o m i a s o b prótese pré-fabricada ou pré-


irrigação: existente que já foi desgastada
s "ROCA LANÀA OU ESF£RICA PARA para tal. Coloca-se resina auto-
perfuração de cortical óssea girando polimerizável na fase plástica no
a 1200 rpm; interior da sobredentadura (nos
s "ROCA HELICOIDAL DE   MM DE espaços deixados pelo desgaste),
diâmetro, de forma que se atinja aplica-se resina adicional sobre as
a profundidade necessária para cápsulas (fêmeas) e assenta-se a
receber o comprimento planejado prótese na boca. O paciente deve
previamente para o implante manter a boca fechada em oclusão
girando a 1500 rpm; leve até que o acrílico polimerize.
s "ROCA PILOTO PARA AUMENTAR O A prótese deverá ser removida da
diâmetro do alvéolo para a próxima boca e levada ao laboratório para
broca; os acabamentos e ajustes finais;
s "ROCAHELICOIDALDE MMnBROCA 6. Reinstalação da sobredentadura ao
piloto-broca helicoidal 3,5 mm retornar do laboratório e, se necessário,
girando a 1200 rpm e assim por ajuste à boca do paciente, podendo
diante até que se atinja o diâmetro o mesmo ser liberado no tempo
necessário para instalação do necessário para que o procedimento 5
implante planejado; seja finalizado.
s " R O C A hC O U N T E R S I N Kv P A R A
perfuração do módulo da crista 7.2.7 Implantes ósseointegrados
óssea a 800 rpm; com função tardia
s "ROCA MACHO DE ROSCA A  RPM Técnica cirúrgica
quando necessário em densidades Os itens 1, 2, 3 e 4 apresentados para
ósseas maiores; a técnica cirúrgica para instalação dos
s ) N S E R À â O D O I M P L A N T E C O M implantes ósseointegrados com função
tratamento de superfície planejado imediata de verão ser seguidos, sendo
inicialmente com contra-ângulo que após a instalação dos implantes, os
e torque manual final através de mesmos deverão ser cobertos com parafusos
torquímetro específico; tapa-implantes e os tecidos coaptados de
s #OAPTAÀâODOSBORDOSATRAV£SDESUTURA maneira que seja aguardado um período de
a ser realizada preferencialmente cicatrização que poderá variar entre 4 e 6
COM FIO REABSORV¤VEL VYCRIL   meses para confecção da sobredentadura,
agulha 2,0 cm; como descrito nos itens 5 e 6.
5. Eleição do sistema de retenção para a
Terapia medicamentosa
sobredentadura (Barra – clipe ou O’ring)
s !CIRURGIAPARAINSTALAÀâODEIMPLANTES
de acordo com o posicionamento ideal
ósseointegrados envolve osteotomia
dos implantes alcançado e considerando
com brocas ativadas por motor
o planejamento descrito previamente:
elétrico que poderão ser refrigeradas
s 3ELEÀâODOSPILARESINTERMEDIÖRIOS
automaticamente ou manualmente,
(“abutment”) que serão diretamente
dependendo do equipamento a ser
conectados aos implantes. Estes
utilizado, onde poderão ser usados
passarão a serem chamados de
soro fisiológico ou água destilada
macho. Posiciona-se um espaçador
estéril. Este procedimento exige que
sobre o macho e acopla-se a
o usuário receba profilaxia antibiótica
fêmea. Esta será capturada pela
a ser realizada via oral com uso de
116 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

amoxicilina como primeira escolha Condutas em caso de urgência/emergência


ou outro quimioterápico de escolha Medicação de controle da dor/
adequada à pessoa caso a primeira inflamação e, se for o caso, infecção. Realizar
seja contra-indicada. Pode ainda ser as abordagens possíveis, de acordo com a
endovenosa caso o procedimento situação de urgência/emergência e, quando
ocorra em ambiente hospitalar. necessário, encaminhar aos outros serviços
s / USUÖRIO DEVERÖ RECEBER   GRAMAS de referência especializados.
de amoxicilina administrada via oral 1
Preparo prévio a ser realizado na Atenção
hora antes do procedimento. No caso
Básica
de alergia, a segunda escolha seria
O usuário deverá ter sido avaliado
Clindamicina 600 mg ou Azitromicina/
previamente e, se necessário, recebido
Claritromicina 500 mg, VO, 1 hora
tratamento básico (restaurações, exodontias,
antes do procedimento. Deverá ainda
raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor,
realizar bochecho com solução de
etc.) e orientações para uma higiene bucal
clorexidina a 0,12% por 3 minutos
adequada.
como meio de assepsia intrabucal.
s ! CONTINUAÀâO DE ANTIBIOTICOTERAPIA Proservação
(amoxicilina 500 mg de 8/8 horas) por s / USUÖRIO DEVERÖ SER INSTRU¤DO
7 dias e antiinflamatório (nimesulida sobre sua nova prótese retida por
100 mg de 12/12 horas por até 5 dias) implantes e or ientado sobre a
dependerá do tempo cirúrgico para importância de sua participação no
instalação dos implantes ósseointegrados, sentido de preservá-la em função,
presença de edema, dor, etc. prolongando sua durabilidade, assim
s 3 ENDO RE A L I Z AD A EM A MBIENTE como também nos cuidados pós-
ambulatorial, a cirurgia para instalação cirúrgicos sobre repouso, alimentação
de implantes osseointegrados deverá ser e higienização.
realizada sob sedação via oral através s / USUÖRIO DEVERÖ RETORNAR AO #%/
do uso de benzodiazepínico e anestesia anualmente para revisão, profilaxia
local. A mesma também poderá ser (sobredentadura e implantes) e ajustes na
realizada em ambiente hospitalar sob sobredentadura implanto-suportada.
sedação endovenosa ou anestesia geral
caso o usuário requeira este cuidado, Observações
mas vale ressaltar a necessidade de Os códigos relativos à implantodontia
consciência e participação do mesmo c o n s t a n t e s n a Ta b e l a d o S i s t e m a d e
durante a instalação da sobredentadura Informações Ambulatoriais do Sistema
em função imediata. Único de Saúde – SIA/SUS contemplam,
atualmente, os seguintes códigos da décima
Cuidados edição da CID - Classificação Estatística
s ! S N O R M A S D E B I O S S E G U R A N À A Internacional de Doenças e Problemas
preconizadas para cirurgia ambulatorial Relacionados à Saúde: Q35 Fenda palatina,
devem ser rigorosamente seguidas, Q36 Fenda labial, Q37 Fenda labial com
considerando-se em especial o trato fenda palatina e Q38 Outras malformações
com os implantes que serão instalados congênitas da língua, da boca e da faringe.
na cavidade bucal, atendendo às normas
do fabricante. Material e instrumental necessários
s /SPRINC¤PIOSBIOMEC½NICOSEANATOMIA s !FASTADOR&ARABEUF
deverão ser respeitados para que não s !FASTADOR-EAD
ocorram lesões irreversíveis. s !FASTADOR-INNESOTA
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 117

s !LAVANCAAPICALMEIACANANŽ s 0EÀA DE CONTRA ½NGULO PARA MOTOR


s !LAVANCA3ELDINRETANŽ de implantes com redução 21:1,
s !LAVANCA3ELDINNŽ, resfriamento interno e externo
s !LAVANCA3ELDINNŽ2 s 0ERI˜TOMORETO
s !LVEOL˜TOMO"LUMENFELD s 0ERI˜TOMOANGULADO
s !LVEOL˜TOMO,UERCURVO s 0INÀA!DSON COMDENTECM
s !LVEOL˜TOMO,UERRETO s 0INÀA!DSON SEMDENTECM
s #ABODEBISTURINŽ s 0INÀA!LLIS
s #ABOPARAESPELHO s 0INÀA!NAT¹MICA CM
s #AIXAPARAINSTRUMENTALCOMFUROS s 0INÀA"ACKAUS CM
x 28 x 12 cm s 0INÀA"ACKAUS CM
s #ONTRA ½NGULOPARAMOTORDEIMPLANTES s 0INÀA#OLLIN CM
com redução 21:1, resfriamento interno s 0INÀA(ALSTEADMOSQUITO CM CURVA
e externo s 0INÀA(ALSTEADMOSQUITO CM RETA
s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM s 0INÀAPARADISSECÀâO CM RETA
s #URETADE,UCASNŽ s 0ONTAPARASUGADOR METÖLICO
s #URETADE,UCASNŽ s 0ORTAAGULHAn#ASTRO6IEJO CM
s #URETADE,UCASNŽ s 3ERINGAPARAANESTESIAn #ARPULE COM
s $ESCOLADORDEPERI˜STEO-OLT refluxo
s %SlGMOMAN¹METRO s 4ESOURACIR¢RGICAÙRIS CURVACM
s %SPELHOBUCALNŽ s 4ESOURACIR¢RGICAÙRIS RETACM
s %STETOSC˜PIO s !GULHAGENGIVALDESCARTÖVEL CURTA
s &˜RCEPSADULTONŽ s !GULHAGENGIVALDESCARTÖVEL LONGA
s &˜RCEPSADULTONŽ, s !GULHA HIPOD£RMICA DESCARTÖVEL
s &˜RCEPSADULTONŽ2 30x7
s &˜RCEPSADULTONŽ s ¬LCOOLET¤LICOA
s &˜RCEPSADULTONŽ! s !NEST£SICOLOCALINJETÖVEL MEPIVACA¤NA
s &˜RCEPSADULTONŽ 2% com levonordef.
s &˜RCEPSADULTONŽ s !NEST£SICOLOCALINJETÖVEL MEPIVACA¤NA
s &˜RCEPSADULTONŽ 2% com noradrenal.
s 'LICOS¤METRO s !NEST£SICOT˜PICOnGEL
s +IT#IR¢RGICOCOMPLETOPARAINSTALAÀâO s !RTICULADOR3EMI !JUSTÖVEL!3!
de implantes ósseointegrados s "ARRAPLÖSTICAPARAFUNDIÀâODOSISTEMA
s +IT 0ROT£TICO BÖSICO PARA INSTALAÀâO barra-clipe
de componentes protéticos sobre s "ROCAPARAUSOODONTOL˜GICOn-AXCUT
implantes osseointegrados – formato de pêra para baixa rotação
s ,IMAPARAOSSO3ELDINNŽ s #LORETODES˜DIO  
s ,IMAPARAOSSO3ELDINNŽ s #LOREXIDINA GLUCONATO  
s ,IMAPARAOSSO3ELDINNŽ s #LOREXIDINA DIGLUCONATO  
s -ARTELOCIR¢RGICOMACIÀO s #LOREXIDINA DIGLUCONATO  SOL
s -ICROMOTORDEBAIXAROTAÀâO degermante
s -OTOR PARA IMPLANTES QUE ATINJA AT£ s #OLETOR ˜SSEO CIR¢RGICO EST£RIL
1600 rpm e que necessite de apenas um descartável
contra-ângulo para perfuração e inserção s #OMPRESSADEGAZEHIDR˜lLA EST£RIL
de implantes, com irrigação acoplada 10x10
s 0EÀADEMâOPONTAnRETAPARABAIXA s #OMPRESSADEGAZEHIDR˜lLA EST£RIL
rotação - com 5 unidades
118 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

s #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPR˜TESE s 3ERINGADESCARTÖVEL ML


sobre implantes: pilares intermediários s 3ERINGADESCARTÖVEL ML
(“abutments”) retos e angulados em s 6ASELINAS˜LIDA
estoque para os diâmetros 3,75 mm,
4,0 mm e 5,0 mm
s #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPR˜TESE
sobre implantes específicos para
sobredentaduras (fêmeas) sistema
bola O’ring e Barra-clipe
s #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPR˜TESE
sobre implantes para captura das
fêmeas (machos) dos sistemas O’ring
e Barra-clipe
s &IODESUTURAVYCRIL   AGULHACM
½ círc, trian.
s &IODESUTURAVYCRIL   AGULHACM
½ círc, trian.
s &IO DE SUTURA DE SEDA   AGULHA 
cm, ½ círc, trian.
s &IO DE SUTURA DE SEDA   AGULHA 
cm, ½ círc, trian.
s (EMOSTÖTICOLOCAL ESPONJACOLLIOF
bovino
s )MPLANTES ˜SSEOINTEGRADOS COM
tratamento de superfície conexões
externas (hexágono externo), cônicos e
cilíndricos, em estoque suficiente para
instalação dos diâmetros 3,75 mm, 4,0
mm (plataforma regular) e 5,0 mm
(plataforma larga)
s +ITCIR¢RGICOODONTOL˜GICODESCARTÖVEL
para paramentação do cirurgião,
auxiliar e paciente
s ,½MINADEBISTURI NŽ
s ,½MINADEBISTURI NŽ#
s ,UVACIR¢RGICAEST£RILnTAMANHOSDEA
s -OLDEIRASPLÖSTICASESTERILIZÖVEISTODOS
tamanhos para adultos
s 0ONTAPARASUGADOR CIR¢RGICO EST£RIL
e descartável
s 0LACAPARAARTICULARMODELOSEM!3!
s 2ESINAACR¤LICAAUTO POLIMERIZÖVELCOR
rosa
s 2ESINA ACR¤LICA AUTO POLIMERIZÖVEL
DURALAY
s 2ESINA ACR¤LICA AUTO POLIMERIZÖVEL
incolor
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 119

REFERÊNCIAS
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MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 123

ANEXOS
Anexo A – Ficha Clínica para os pacientes de Estomatologia do CEO
Nome: Idade:

Sexo: Cor: Profissão: Naturalidade:

Estado civil: Telefones:

Endereço:

ENCAMINHADO POR:

NOME DA UBS: TEL:

1) Queixa principal
( ) Estomatológica ( ) Outra marcar com X

Descrever:

2) Duração/ Evolução
( ) Dias ( ) Meses ( ) Anos marcar com o número absoluto

3) Tratamento prévio:
( ) Nenhum ( ) Prescrição Médica ( ) Prescrição Odontológica
( ) Automedicação marcar com X
( ) Outro/Especificar:

4) Sofre de alguma doença?


( ) Sim ( ) Não marcar com X

5) Qual(is)?

6) Faz uso de algum medicamento?


( ) Sim ( ) Não marcar com X

7) Qual?
( ) Anti-hipertensivo ( ) Hipoglicemiante ( ) Analgésico ( ) Corticóides
( ) Antiinflamatório ( ) Antibiótico ( ) Antidepressivo
( ) Imunossupressores ( ) Hormonais ( ) Anticoncepcional ( ) Reposição Hormonal marcar com X
124 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS
MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 125
126 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

Anexo B – Requisição de exame anátomo-patológico


MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 127

EQUIPE TÉCNICA
Supervisão geral:
Claunara Schilling Mendonça - DAB/SAS

Coordenação geral:
Gilberto Alfredo Pucca Junior - CNSB/DAB/SAS

Elaboração Técnica:
!NT¹NIO$ERCY3ILVEIRA&ILHO $!"3!3
Gilberto Alfredo Pucca Junior - CNSB/DAB/SAS

Organização:
Doralice Severo da Cruz Teixeira - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/SP
Idiana Luvison - Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre/RS
Janaina Rodrigues Cardoso - CNSB/DAB/SAS
José Felipe Riani Costa - CNSB/DAB/SAS
Tânia Izabel B. Forni - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Equipe de elaboração:
Estomatologia
Andréa dos Santos Lusvarghi - Centro de Especialidades Odontológicas da Lapa, São
Paulo/SP - Fundação USP
Cassius C. Torres Pereira - Universidade Federal do Paraná
Periodontia
Cassiano K. Rosing - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Rui Oppermann - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
Dalva Maria Pereira Padilha - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Leógenes Maia Santiago - Faculdade de Odontologia de Caruaru/PE
Renato Maia - Universidade Federal do Ceará
Endodontia
Cleber Ronald Inácio dos Santos - Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco/AC
Egídio Antonio Demarco- Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre/RS
Endodontia - Instrumentação com rotatórios
Anderson de Oliveira Paulo
Prótese Dentária
Eduardo Kurihara - Universidade Federal do Paraná
Sávio Marcelo L. M. da Silva - Universidade Federal do Paraná
Ortodontia
Izabel Cristina de Mendonça C. F. Falcão - Secretaria Municipal de Saúde de Brejo da
Madre de Deus/PE
-ARY2OSEDA3ILVA-IRANDA:APATA 3ECRETARIA-UNICIPALDE3A¢DEDE0OÖ30
Implantodontia
Luciana Diaz
Colaboração:
Christian Mendez Alcântara - Secretaria de Estado de Saúde do Paraná
Fernanda Franco - Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul
128 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS

(ELENITA#ORRäA%LY 0ONTIF¤CIA5NIVERSIDADE#AT˜LICADO2IO'RANDEDO3UL
José Carrijo Brom
Marco Antônio Manfredini - Assessoria Parlamentar da Assembléia Legislativa do Estado
de São Paulo
Marco Aurélio Peres - Universidade Federal de Santa Catarina
-ARCOS!ZEREDO&URQUIM7ERNECK 5NIVERSIDADE&EDERALDE-INAS'ERAIS
Maria Lucia Zarvos Varellis
Moacir Tavares Martins Filho - Conselho Regional de Odontologia do Ceará
Paulo Capel Narvai - Universidade de São Paulo
Petrônio Martelli - Faculdade de Odontologia de Caruaru/PE
Rosângela Camapum - Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Distrito Federal

Revisão técnica:
Adriana Moufarrege - CNSB/DAB/SAS
Alexandre Raphael Deitos - CNSB/DAB/SAS
Andréia Gimenez Nonato - CNSB/DAB/SAS
Cinthia Sampaio Cristo - DERAC/SAS
Elisandrea Sguario - CGAB/DAB/SAS
Francisco Edilberto Gomes Bonfim - CNSB/DAB/SAS
Izabeth Cristina Campos da Silva Farias - CGAB/DAB/SAS
Lívia Maria Benevides de Almeida - CNSB/DAB/SAS
Márcio Ribeiro Guimarães - CNSB/DAB/SAS
Maria Cláudia Rodrigues - Coordenadora do Centro de Especialidades Odontológicas do
#ONS˜RCIO)NTERMUNICIPALDE3A¢DEDO#IRCUITODAS¬GUAS ¬GUASDE,IND˜IA30
.ARDY-ARIA-ORAES.OVAES 3ECRETARIA-UNICIPALDE3A¢DEDE3âO*OS£DOS#AMPOS30
Renato Taqueo Placeres Ishigame - CNSB/DAB/SAS

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