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Barbacena sempre foi conhecida pelo grande número de manicômios de sua região,
uma aposta em como o clima frio deixaria os doentes mentais menos ativos, o que ajudaria
no tratamento. Claro, que os hospícios também cometiam toda sorte de crimes em seus
tratamentos que beiravam o campo da tortura. Tratamento de eletrochoque, câmaras de
água gelada e até o uso da desumana técnica psico cirúrgica conhecida como lobotomia. O
Hospital Colônia de Barbacena, maior deles era praticamente uma penitenciária, um campo
de concentração dos doentes mentais, e dos desajustados e dos apenas diferentes que a
sociedade queria varrer para longe de suas vistas.
Álvaro trouxe mais que dicas de como sobreviver no Hospital Colônia, ele parecia
saber muito sobre a conspiração, conhecendo detalhes que o repórter demorou anos para
descobrir. Álvaro havia sido psiquiatra na instituição e sofreu o mesmo destino do repórter.
Ele revelava que havia mais envolvido em toda aquela trama, que haviam forças ocultas
terríveis por trás do tráfico de cadáveres. Álvaro também dizia que mesmo que os
conspiradores estivessem sendo úteis a alguma coisa antiga e assustadora, eles também
estavam violando o território de outra coisa ainda mais antiga e assustadora, algo que Álvaro
chamava de Monalisa.
Então, numa noite sem estrelas, depois dos loucos terem arrancado até a última rosa
e gritado até as suas últimas forças... Monalisa veio.