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FESTAS PAGÃS

As festas pagãs foram sendo substituídas por solenidades do Cristianismo, com o


avanço da igreja católica durante seus séculos de poderio, com o objetivo de atrair
mais fiéis e eliminar práticas ritualísticas pagãs. Elementos das festas pagãs foram
ressignificados, ou readequados, adaptados á cultura cristã, sem eliminar totalmente
algumas práticas.

POR EXEMPLO:

A Saturnália era um festival realizado pelos romanos antigos para celebrar o que


chamavam de "renascimento" do ano, para marcar o solstício de inverno no calendário
juliano (prevalente no império romano e na Europa durante séculos) que,
curiosamente, era celebrado em 25 de dezembro. Na noite do solstício, aconteciam
grandes festas que buscavam fertilidade e o renascimento do sol. Um dos deuses
pagãos adorados era o Sol Invicto, que depois foi substituído por Mitra, e adorado por
romanos durante muito tempo. Em Yule ou Jól, festa de origem nórdica, os vikings
faziam sacrifícios e ofertas em prol da fertilidade. (Natal)

Entre os gregos e romanos, costumava-se fazer um cortejo com uma nave, dedicado
ao deus Dionísio ou Baco, festa que chamavam em latim de currus navalis, que, em
português, significa nave carruagem, de onde teria vindo a forma carnavale. As mais
antigas notícias do que hoje chamamos de “carnaval” datam, como se crê, do século
VI antes de Cristo, na Grécia. Há pinturas gregas em vasos, com figuras mascaradas,
desfilando em procissão ao som de músicas, com fantasias e alegorias certamente
anteriores à era cristã. Outras festividades semelhantes aconteciam na entrada do
novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera, na despedida do
inverno. Eram festas religiosas dentro da concepção pagã e da mitologia, cuja
intenção era de, com esses ritos, expiar as faltas cometidas no inverno ou no ano
anterior, e pedir aos deuses a fecundidade da terra e a prosperidade para a primavera
e o novo ano. (Quaresma, etc.)

Festivais para celebrar o nascimento da primavera eram organizados em honra a


Eostre no final de março tempo em que o inverno acabava e a primavera começava a
brotar no hemisfério norte. As tribos pagãs da Europa adoravam a bela deusa da
primavera –EE-ah-tra ou Eostre. Eostre evoluiu em inglês para Easter e em alemão
para Ostern, que significa Páscoa. Outros associam a palavra Easter com o nascer do
sol no Este (Leste).

Nesse período, muitos desses povos realizavam rituais de adoração para Eostre, a
deusa da Primavera. Em suas representações mais comuns, observamos esta deusa
pagã representada na figura de uma mulher que observava um coelho saltitante
enquanto segurava um ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos
(a mulher, o ovo e o coelho) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre
os pagãos.

Para os judeus antes mesmo do nascimento de Jesus a páscoa já era celebrada onde
para eles era chamado de Pessach e tinha outro sentido: o de liberdade, após anos de
escravidão no Egito. Para os judeus a páscoa significa “passagem”, por isso o nome
da festa é Pessach. De acordo com a tradição judaica, a primeira celebração de
Pessach ocorreu há 3500 anos. (PÁSCOA)

Um antigo festival pagão dos celtas chamado Samhain, que significa “fim do verão”.
Esse festival, realizado no dia 31 de outubro, seria uma homenagem ao Rei dos
Mortos e tinha como características principais as fogueiras e a fartura de comida, pois
ocorria logo após a época de colheitas. A celebração também simbolizava a passagem
do ano celta, que iniciava no dia 1ª de novembro. À época, os celtas acreditavam que
os mortos se levantavam de suas tumbas e se apoderavam dos corpos dos vivos.
Para poderem se defender desses espíritos malignos, eles usavam fantasias e
artefatos sombrios. Justamente por isso, e também por ser pagã, durante a Idade
Média, a Igreja passou a condenar a celebração. Para desqualificá-la, eles a
chamaram de “Dia das Bruxas”. (halloween/dia de todos os santos)

Na segunda quinzena do mês de junho, quando ocorria o solstício de verão na


Europa, havia em todo o continente o culto a deuses da natureza. (Um desses deuses
era Adônis, que, segundo o mito grego, foi disputado por Afrodite, deusa do amor,
e Perséfone, deusa das ervas, frutos e perfumes, que foi obrigada por Hades a viver,
como sua esposa, no seu mundo dos mortos, embaixo da terra. A disputa foi
apaziguada por Zeus, que determinou que Adônis passaria metade do ano com
Afrodite, no mundo superior, à luz do Sol, e a outra metade com Perséfone, no mundo
inferior, nas trevas. Essa disputa entre deusas acabou sendo associada aos ciclos
naturais da vegetação, que morre no inverno e renasce e se revigora na primavera e
verão). O culto a Adônis, cujo dia específico era 24 de junho, tinha por objetivo a
celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza. Essa ideia foi
assimilada pelo Cristianismo, que substituiu Adônis por São João Batista.

Para os católicos, a fogueira é símbolo de um acordo entre as primas Maria e Isabel.


Santa Isabel teria ido à casa de Maria (Nossa Senhora) para contar que em breve teria
um filho. As duas combinaram então que Maria seria informada do nascimento de
João através de uma fogueira que seria acesa na casa de Isabel. Assim, a fogueira
tornou-se na Idade Média um símbolo da festa de São João Batista, e um traço
comum que une todas as Festas de São João europeias. (São João, Santo Antônio e
São Pedro)

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