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POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS POLICIAIS

TC Renata Braz, comandante do BPEsc é uma potencial orientadora.

Rafael Sanromã Costa – CAD PM


Matrícula: 735.261/1

1. TEMA

Violência contra a mulher e feminicídio: a perspectiva dos futuros oficiais da Polícia


Militar do Distrito Federal

Problematização:

Qual é a percepção dos futuros oficiais da PMDF frente às temáticas violência contra
a mulher e feminicídio?

Relevância do tema:

A violência contra a mulher, fenômeno que atinge a sociedade desde os primórdios


da sua existência, é um problema de segurança pública que deve ser combatido e/ou mitigado
pelas autoridades competentes da área. A violência contra a mulher – seja física, psicológica,
patrimonial, verbal/moral e/ou sexual – também é um fator importante que pode contribuir
para as estatísticas de feminicídio no Brasil.
Ao longo dos séculos, este tipo de violência foi sendo visto como problema de saúde
pública (FONTE??) e, na segunda metade do século XX, ganhou visibilidade maior com o
advento do movimento denominado Lobby do Batom, na década de 70, e com a inserção de
direitos iguais no Artigo 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
(Constituição Brasileira vigente). Assim, através destes mecanismos, foram criadas a Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006, chamada Lei Maria da Penha e a Lei nº 13.104, de 9 de março
de 2015, além de políticas públicas de combate à violência doméstica, contra a mulher e ao
feminicídio.
Porém, mesmo com os diversos métodos e metodologias criados para erradicar esse
problema, é possível observar um alto índice de casos e denúncias realizadas nos órgãos
competentes de proteção à mulher, família e direitos humanos. O site da Secretaria Nacional
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de Políticas para as Mulheres – Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos – revela


que, apenas no ano de 2019, foram registradas mais de um milhão de ligações a respeito de
violência doméstica por meio do canal Ligue 180. Segundo o ranking mundial de segurança
pública, o Brasil ocupa o 5º lugar no mapa de feminicídio mundial (FRANCHESCHINI,
2015) e Brasília, sua capital, ocupa a 5ª posição no ranking nacional, de acordo com o jornal
Correio Braziliense (PERES, 2020).

Justificativa(s):

A violência doméstica, contra a mulher e o Feminicídio são problemas sociais e de


segurança pública e à Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com o Art. 2º da Portaria
PMDF nº 1.12, de 12 de janeiro de 2021, compete a “instituição permanente organizada
constitucionalmente com base na hierarquia e na disciplina, essencial à segurança pública e
subordinada ao Governador do Distrito Federal, a polícia ostensiva e a preservação da
ordem pública, além de outras competências previstas na legislação” (GOVERNO DO
DISTRITO FEDERAL, 2021).
Desta forma, essas temáticas se tornam relevantes na medida em que é uma
adversidade social grave em que as forças policiais têm que enfrentar de acordo com o que
lhe é cabível segundo a Lei. Implica dizer que policiais bem preparados devem ter
conhecimento sobre o problema, sensibilidade aos temas e às vítimas e devem conhecer as
políticas públicas já formuladas e que estão em vigor para combaterem esse tipo de
violência sem que haja impulso próprio e/ou abuso de poder.

2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO)

Pretende-se identificar a percepção dos futuros oficiais da PMDF frente às temáticas


violência contra a mulher e feminicídio. Outrossim, tenciona-se com este artigo:

1. Analisar o grau do conhecimento, da sensibilidade e o ponto de vista político


público dos futuros oficiais da PMDF em relação à violência contra a mulher e ao
feminicídio;
2. Apresentar as novas formas de denúncias afim de mitigar os casos violentos de
atentados contra a mulher;
3. Identificar se a PMDF, como instituição da segurança pública, tem feito o seu
papel ao tratar desses problemas de seguridade.
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3. MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo em que “expõe características de


determinada população ou de determinado fenômeno” (VERGARA, 2023, p.45). Os
resultados serão analisados por meio de abordagem quantitativa e os dados foram obtidos
por meio de fontes primárias – elaboradas por este autor – e por meio de fontes secundárias
– revisão de literatura.
Para se chegar aos resultados, será aplicado um questionário, na modalidade online,
para os 48 alunos da vigésima quinta turma do curso de formação de Oficiais da Polícia
Militar do Distrito Federal. A inquirição é composta por XX questões fechadas que têm por
objetivo analisar os graus de conhecimento, sensibilidade e ponto de vista dos futuros
oficiais acerca das políticas públicas direcionadas ao problema em questão.

4. HIPÓTESE(S)

A pesquisa quantitativa é baseada em hipóteses iniciais. São as possíveis respostas para o


problema da sua pesquisa. É através dessas hipóteses que o pesquisador inicia o estudo. Nem
sempre as hipóteses são confirmadas no final.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ( REVISÃO):

Os resultados expostos serão adquiridos por meio de abordagem quantitativa,


baseados em informações coletadas de fontes primárias e secundárias. Diante disso, serão
buscados dados disponibilizados em sites especializados em pesquisa científica e as
informações das fontes secundárias serão coletadas por intermédio de artigos científicos,
monografias, livros, sites governamentais, matérias jornalísticas, entre outros que serviram de
base para a escrita deste. As fontes primárias serão adquiridas por meio de dados coletados
em questionário aplicado via Google Forms.

Os autores utilizados na fundamentação teórica, em sua maioria, são estudiosos da


área há bastante tempo, como Saffioti (2004) e Michaud (1989), por exemplo. Ademais,
buscaram-se dados nas leis dispostas pelo site do Planalto. A título de exemplos, citam-se a
Lei Maria da Penha, de 7 de agosto de 2006 (11.340) e a Lei do Feminicídio, de 09 de março
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de 2015 (13.105) , que está alterou o art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de
homicídio

6. CRONOGRAMA

O cronograma abaixo apresenta uma representação de entrega do TCC:

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Observação: As datas são apenas uma representação e podem variar dependendo das
orientações do orientador e o calendário acadêmico da Escola de Formação dos Oficiais.

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7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Lei nº 13.104, de 09 de março de 2015. Presidência da República. Brasília,
DF: Poder Executivo, 9 mar. 2015.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial: REsp 1517 PR
1989/0012160-0. In: FILHO, J. C. C. Jusbrasil. RSTJ, v 20. P 175.

CAVALCANTE, F. A. Dialogando sobre a Lei Maria da Penha. Jusbrasil, 2020.


Disponível em:
https://felipecavalcantealn.jusbrasil.com.br/artigos/838918174/dialogando-sobre-a-lei-
maria-da-penha. Acesso em: 12 de maio. de 2023.

DIAS, L. Mulheres, Violência e a Legislação Brasileira. Notisul, 03 de set. de 2016.


Disponível em:
https://notisul.com.br/opiniao/mulheres-violencia-e-a-legislacao-brasileira/. Acesso
em: 12 maio. 2023.
DÓRIA, Carlos Alberto. “A tradição honrada: a honra como tema de cultura e na
sociedade ibero-americana”. Cadernos Pagu, Campinas. Unicamp. N. 2. 1994. 47-
111 p
FRANCHESCINI, Marina. Brasil é o quinto país do mundo em ranking de violência
contra a mulher. G1, Brasília, 10 nov. 2015. Disponível em:
http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/11/brasil-e-o-quinto-pais-do-mundo-emrankin
g-de-violencia-contra-mulher.html. Acesso em: 10 maio 2023
PERES, S. Feminicídio: capital ocupa o 5º lugar em ranking nacional de mortes.
Correio Braziliense. Brasília, 9 mar. 2020. Disponível em: . Acesso em: 10 maio
2023
PORFíRIO, Francisco. "Feminicídio"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminicidio.htm. Acesso em: 10 maio 2023
RAMOS, M. D. Reflexões sobre o processo histórico-discursivo do uso da legítima
defesa da honra no Brasil e a construção das mulheres. Estudos Feministas.
Florianópolis. Jan-abr. 2012. 53-73 p.
RODRIGUES, A. S. Lei Maria da Penha e a violência contra a Mulher. Jusbrasil,
set. de 2019. Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2023
VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. Editora
Atlas S.A. nº 001.8. V. 494. 2.ed. 2003. 45 p.

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