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Professora: Ana

Paula

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PPp
INTRODUÇÃO

A depilação não deve ser praticada apenas com objetivos estéticos, mas também pode e
deve ser considerada um procedimento de higiene, bem-estar e saúde.

O profissional de depilação deve estar comprometido com as expectativas e a qualidade


de vida dos clientes.

O mercado de trabalho exige que um profissional de depilação tenha uma escolaridade


mínima, assim como as qualificações, a formação específica e a capacidade técnica,
sabendo a forma correta e segura da aplicação dos procedimentos depilatórios para cada
região do corpo a ser depilada, entender sobre pele e pêlos – pois existem efeitos
colaterais da prática inadequada do procedimento – e não ultrapassar seus limites ao
invadir as áreas de atuação médica. É importante que esse profissional tenha um
diploma expedido por instituições autorizadas a ministrar o curso.

Ser depilador, hoje em dia, é optar por uma profissão séria e cada vez mais valorizada
no mercado de trabalho.

“Depilação é coisa séria, pois não se trata apenas de estética, mas também de saúde.”
Fonte: Depilação: o profissional, a técnica e o mercado de trabalho (Editora Senac
Rio)

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CAPÍTULO 1
ÉTICA

É característico dos seres humanos viver em sociedade, buscar o convívio de seus


semelhantes e formar grupos. Em nosso relacionamento com outras pessoas, queremos e
devemos ser tratados com respeito, dignidade e justiça. A ética trata exatamente dessa
preocupação – de como as pessoas agem em relação às outras.

Os relacionamentos entre as pessoas nunca são iguais. Por isso, a ética é mais do que
um conjunto de normas e mandamentos que devem ser seguidos à risca. A ética lida
com critérios, valores e princípios que orientam as ações sociais. É preciso ter bom
senso, disposição e flexibilidade para se adaptar a cada situação.
Em termos profissionais, o conjunto de princípios que um grupo estabelece para a sua
prática compõe a ética profissional (por exemplo, o código de ética médica, dos
advogados, etc.). Pensando na ética como os princípios que orientam a conduta
profissional, o que está envolvido na ética do profissional de depilação?

Ética com relação a si mesmo

Para agir com ética em relação às outras pessoas, é preciso, antes de tudo, respeitar a si
mesmo como pessoa e como profissional. Estar ciente de seu valor como representante
de uma profissão, conhecer a importância de seu trabalho para o cliente e valorizar a
responsabilidade envolvida na prestação de seus serviços são pontos que devem
constantemente guiar a conduta do profissional de depilação.

Ética com os clientes

O respeito ao cliente é igualmente fundamental. Envolve as várias ações do


profissional de depilação:

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 Dedicar ao cliente a atenção pessoal e profissional devida, tratando-o com
educação e cortesia;
 Cumprir o acordo profissional firmado: o cliente pagou por um serviço, e esse
serviço deve ser prestado com rapidez e qualidade;
 Respeitar as diferenças sociais, culturais e étnicas, rejeitando qualquer forma de
preconceito;
 Conhecer e considerar os limites do cliente: ao tocá-lo fisicamente, ao tratar de
assuntos de sua vida, ao preservar o seu direito a privacidade;
 Fixar um preço justo, que lhe permita oferecer um serviço de qualidade, com
produtos de origem comprovada, em um ambiente de trabalho seguro e
agradável.

Ética no ambiente de trabalho

Em geral, o profissional de depilação desenvolve o seu trabalho em um ambiente no


qual convivem outros profissionais. Estender as atitudes de respeito aos outros
depiladores, aos demais colegas de trabalho que prestam serviços e ao pessoal de apoio
(recepcionistas, equipe de limpeza e de segurança) é essencial para o convívio
harmônico.

Devemos lembrar que o ambiente de trabalho não é formado apenas pelas pessoas que
ali exercem sua profissão. É composto também pela estrutura física do edifício, pelos
equipamentos e pelos utensílios que permitem a prática profissional. É responsabilidade
de todos zelar pelas dependências e pelos recursos materiais que representam um
patrimônio público do qual todos usufruem.

Resumindo, podemos dizer que um profissional de depilação que trabalha com ética é
aquele que é capaz de lidar com outras pessoas:

 Reconhecendo diferentes pontos de vista nas situações de convívio de trabalho;


 Usando o diálogo como instrumento de comunicação;
 Buscando a justiça na solução de problemas e conflitos;
 Participando das atividades comuns com postura de responsabilidade e
colaboração;
 Considerando que suas decisões individuais afetam o contexto mais amplo do
ambiente em que ele está inserido;
 Atuando como cidadão ciente de seus direitos e deveres para com a comunidade.

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CAPÍTULO 2
HIGIENTE E SAÚDE

A base de higiene é adquirida no ambiente familiar, e esses cuidados nos auxiliam na


manutenção da saúde. Na área profissional devemos aplicar esses conhecimentos, com
maior atenção a alguns pontos fundamentais.

Higiene das mãos

A lavagem de mãos deve ser o ato mais importante para a prevenção e o controle das
infecções. As taxas de infecções foram reduzidas ao se determinar a obrigatoriedade de
se lavarem as mãos – o que tem merecido atenção das publicações -, comprovando-se
assim a sua importância.

Existem microorganismos na pele que são facilmente removidos pela lavagem das mãos
– o que chamamos de flora transitória. Outros, de remoção mais difícil, são persistentes
na pele da maioria das pessoas, sendo necessária a fricção rigorosa durante a lavagem
das mãos – o que chamamos de flora residente. Portanto, deve-se proceder da seguinte
forma:

• Retirar os anéis, relógios e pulseiras;


• Molhar as mãos com água corrente;
• Aplicar sabonete líquido;
• Esfregar cuidadosamente as mãos;
• Enxugar as mãos com toalhas descartáveis;
• Usar luvas.

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Observação
Apenas orientar que se lavem as mãos não é suficiente. Deverá ser dada uma
orientação conjunta sobre lavagem de mãos, técnicas de assepsia e uso correto de
luvas. Além disso, a lavagem de mãos enluvadas é contra-indicada, pois é
insuficiente para remover determinados microorganismos que podem ficar
aderidos à borracha das luvas.

Higiene do ambiente de trabalho

Passamos a maior parte do nosso tempo no ambiente de trabalho. Por isso, cuidar da
higiene desse local é preservar a nossa própria saúde e a daqueles que o frequentam.

Grande parte dos utensílios e produtos utilizados na área profissional é de uso único
(ceras, celofanes, toalhas de papel), portanto descartáveis. Outros utensílios e
equipamentos – como tesouras, pinças, macas e carrinhos – devem passar por limpeza e
desinfecção antes e após o uso.

Áreas e superfícies utilizadas pelo profissional de depilação e pelo cliente também


exigem cuidados diários ou a cada novo atendimento.

A varredura seca deve ser evitada, pois favorece a dispersão de microorganismos no ar.
Macas e equipamentos devem estar distribuídos de modo a facilitar a circulação das
pessoas.

A iluminação adequada é outro aspecto relevante para a prestação de um serviço de


excelente desempenho técnico. É muito importante assegurar uma temperatura
agradável para o ambiente, já que a nossa atividade requer a exposição do corpo ao
cliente.

Higiene dos equipamentos

Para mantermos a segurança do cliente e evitar riscos de contaminações cruzadas,


devemos adotar os seguintes métodos para a higiene dos equipamentos.

Controle de microorganismos

➢ Remoção mecânica
Remover sujeiras do material através de lavagens com água e sabão com esfregação.

➢ Anti-séptico
Tipo de desinfetante, com baixo poder cáustico ou irritante, utilizado na pele.

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 Desinfetar
Eliminar microorganismos patógenos, exceto algumas formas de resistência de
bactérias, fungos e alguns vírus, como o da hepatite.

 Esterilizar
Eliminar todas as formas de vida dos microorganismos.

Processos de desinfecção
Alguns microorganismos resistem a esses processos.

 Meio físico
Com utilização de calor (estuda a 170ºC durante 30 minutos).

 Meio químico
Álcool 70% (mergulhar o material durante 30 minutos).
Hipoclorito de sódio (cândida) a 1,5% por 30 minutos.
Obs.: É corrosivo de metais.

Processos de esterilização
Por esses processos, todos os microorganismos morrem.

 Meio físico
Com utilização de calor (estufa de 170ºC a 180ºC durante 1 hora).
Calor sob pressão (134ºC por 12 minutos de esterilização com ciclo total de a 50
minutos).

 Meio químico
Glutaraldeído a 2% (material mergulhado de 8 a 18 horas).
Obs.: Este produto é altamente tóxico, pois possui formol na composição.

EPIs – equipamentos de proteção individual

O profissional de beleza e saúde está exposto a uma grande variedade de


microorganismos, que podem ser causadores de doenças infecto-contagiosas.

Esta exposição é facilitada devido à proximidade entre o profissional e o cliente durante


o atendimento.

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) – aventais, luvas, máscaras, toucas e


óculos de proteção – servem, para o profissional, como uma barreira protetora contra
doenças como herpes simples, hepatite B e C, gripe, resfriado, tuberculose e, até
mesmo, AIDS, entre outras.

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 Funções dos EPIs

• Touca: Evita a queda de cabelos, que representam uma grande fonte de infecção,
podendo contar inúmeros microorganismos. É uma medida de segurança e higiene
até mesmo para o cliente que deverá utilizá-la.

•Avental: Fornece uma barreira de proteção e reduz as oportunidades de


transmissão de microorganismos. Previne a contaminação das roupas do profissional
e evita contaminações nos procedimentos, tendo em vista que o profissional também
pode ter as roupas contaminadas.

• Máscara: Representa uma importante forma de proteção, para as mucosas da boca


e do nariz, contra a ingestão ou inalação de microorganismos. Também protege as
vias superiores, durante a fala, tosse ou espirro. A máscara deve ser usada em todos
os atendimentos e, após, deve ser descartada.

• Lucas: As luvas são consideradas barreiras mecânicas para as mãos, consideradas


como a segunda pele. Protegem o profissional e também o cliente. As luvas devem
ser trocadas a cada cliente, e as mãos devem ser lavadas criteriosamente antes da
colocação das luvas e na retirada.

• Óculos de proteção: São utilizados com a finalidade de proteção dos olhos contra
sangue, pus e secreções com salivas. Os óculos devem ser colocados depois da
máscara, ficando sobre a mesma.

Lembrete da ANVISA
“É necessário esclarecer os profissionais, que não acreditam na necessidade de
maiores cuidados com a própria saúde, que a utilização dos EPIs pode favorecer
a sua própria contaminação.”

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CAPÍTULO 3
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA
PELE

O profissional de depilação precisa conhecer a estrutura da pele e o seu funcionamento,


principalmente do folículo piloso e do pêlo, uma vez que no exercício dessa profissão
serão utilizadas substâncias e técnicas que agem nessa estrutura, podendo alterá-la.

Além disso, conhecendo as particularidades de cada região do corpo, pode-se escolher,


e maneira apropriada, o melhor produto e técnica a ser utilizada.

A pele e seus anexos

A pele é o tecido que cobre o corpo humano, correspondendo a aproximadamente 16%


do peso corporal. Tem como funções:
• regulação térmica;
• defesa orgânica;
• controle do fluxo sanguíneo;
• proteção contra diversos agentes do meio ambiente;
• funções sensoriais, como calor, frio, pressão, dor e tato.

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano. É um órgão vital, sendo


impossível, portanto, a sobrevivência sem ela.
Existem dois tipos de pele:

• pilosa, que contém o folículo piloso, cobrindo a maior parte do corpo, com exceção da
palma da mão e as plantas dos pés;

• glabra, que não contém o folículo piloso, cobrindo a palma das mãos e as plantas dos
pés.

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Estrutura da Pele

A pele é composta por três camadas:

Epiderme: é a camada superficial da pele, constituída por células epiteliais


(queratinócitos e melanócitos). Estas células são produzidas na camada mais inferior da
epiderme, a qual é chamada de camada germinativa, que quando evoluem em direção à
superfície entram em processo de queratinização. É nessa fase que surge a camada
córnea. A epiderme é composta por queratinas e proteínas, responsáveis pela
impermeabilização da pele.

Derme: é a camada intermediária da pele, responsável pela resistência e elasticidade. A


derme constitui-se de um tecido conjuntivo fibroso, fibras colágenas e elásticas.
Encontramos também na derme os folículos pilosos, as glândulas sudoríparas (que
produzem o suor), as glândulas sebáceas (que produzem o sebo), vasos sanguíneos e
linfáticos, nervos e terminações nervosas.

Hipoderme ou tecido subcutâneo: é a camada mais profunda da pele, formada por


células gordurosas e conjuntivas, tecido fibroso, nervos e vasos sanguíneos de maior
calibre. Essa camada protege os vasos e os nervos, que se localizam em níveis mais
profundos e se ramificam, atingindo níveis mais superficiais.

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Principais funções

 Produção de melanina: dá o pigmento da pele e a protege contra as radiações


ultravioletas do sol.
 Produção de sebo: mantém a pele hidratada, ao impedir a perda de água, e
forma uma barreira de proteção contra microorganismos.
 Produção de queratina: proteína que forma a camada mais externa da pele,
funcionando como uma barreira contra agentes externos.
 Produção de suor: hidrata a pele e regula a temperatura do corpo.

De todos esses elementos da pele, estudaremos com mais detalhes o folículo piloso e o
pêlo, essenciais para compreendermos o processo de depilação.

O folículo piloso

Folículos pilosos são estruturas, presentes na derme, responsáveis pela produção de


pêlos. Nascem a partir da epiderme, formando um pequeno ângulo em relação a ela e
mergulhando na derme, onde se localiza sua maior porção.

Alguns folículos são mais profundos, chegando até à tela subcutânea, entre as células
adiposas. Todos os folículos pilosos são acompanhados por uma glândula sebácea,
sendo por isso denominados folículos pilossebáceos.

O tamanho do folículo piloso é inversamente proporcional ao da glândula sebácea


correspondente, ou seja, folículos grandes são acompanhados por glândulas sebáceas
pequenas, e vice-versa.

Estima-se que haja cinco milhões de folículos pilosos no corpo de um adulto – sendo
um milhão na cabeça, dos quais 100.000 cobrem o couro cabeludo.

Existem três tipos básicos de folículos pilossebáceos:

 Tipo velus: folículos pequenos, com glândula sebácea de tamanho médio;


produzem pêlos finos e claros, dispostos em toda a superfície corporal.
 Tipo terminal: folículos grandes, com glândula sebácea pequena; produzem
pêlos grossos e com pigmento (couro cabeludo, barba, etc).
 De Horner: folículos bem pequenos, com glândula sebácea muito grande;
praticamente não produzem pêlos. É onde se produz a acne. Localizam-se na
região médio-facial e têm óstios muito dilatados.
 Em alguns folículos, a glândula sudorípara, que recebe o nome de glândula
apócrina, desemboca diretamente na raiz e utiliza o óstio para a saída da
secreção. Esse tipo de folículo encontra-se nas axilas e nas áreas genitais.

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Estrutura do folículo piloso

As principais partes do folículo piloso são:

 Papila: situa-se na base do folículo; é ricamente vascularizada e fornece


nutrientes essenciais ao crescimento dos pêlos.
 Bulbo: onde ficam as células germinativas; é a partir dele que o pêlo cresce.
 Glândulas sebáceas: responsáveis pela produção de sebo.
 Músculo eretor do pêlo: cada folículo piloso está associado a um músculo
eretor do pêlo. Quando esse músculo se contrai (por exemplo, pelo frio), o pêlo
fica ereto.

A matriz é formada por células semelhantes aos queratinócitos epidérmicos,


responsáveis pela divisão celular e pela produção de queratina. Ou seja, são as células
da matriz que, dividindo-se e enchendo-se de queratina, dão origem aos pêlos.

Entre os queratinócitos encontram-se ainda os melanócitos, células responsáveis pela


produção de melanina, a qual, por sua vez, é responsável pela coloração dos pêlos.

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O pêlo

Os pêlos são estruturas filiformes queratinizadas formada pelos folículos pilosos.


Cobrem toda a superfície corporal, com exceção das palmas das mãos e das plantas dos
pés. Os pêlos exercem as funções de controle da temperatura corporal (termo-regulação)
e proteção mecânica.

Em cada pêlo, podemos distinguir duas porções:


 Raiz, que fica dentro do folículo piloso;
 Haste ou talo, que fica fora do
folículo piloso.

Existem dois tipos de pêlos:


 Fetal ou lanugo: pêlos finos e
claros que, quando
desenvolvidos nos adultos,
recebem o nome de velus. O
folículo piloso responsável pela
produção desse pêlo é mais
superficial e, se sofrer estímulo
hormonal, pode passar a
produzir um pêlo mais grosso.
 Terminal: pêlos mais espessos
e pigmentados, encontrados nos
cabelos, barbas, axilas e regiões
pubianas.

A distribuição desses dois tipos de pêlos


é diferente no homem e na mulher, por
causa das concentrações hormonais, que
são diferentes entre os sexos.

No homem, encontramos pêlos


terminais no couro cabeludo,
sobrancelhas, barba, região do tórax, púbis (subindo até a cicatriz umbilical), axilas,
pernas e coxas. Na mulher, os terminais podem ser encontrados no couro cabeludo, nas
sobrancelhas, nas axilas, na região do púbis e, às vezes, nas pernas.

O aparecimento de pêlos do tipo terminal em locais não usuais na mulher, como no


queixo e no buço, é denominado hirsutismo e pode ter como causa fatores genéticos ou
problemas de ordem hormonal, que devem ser diagnosticados e tratados.

Contra-indicações nos processos depilatórios


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Para quem não conhece, a depilação pode parecer um procedimento fácil, mas alguns
cuidados devem ser tomados para se evitar riscos de doenças de pele e de pêlos.

A depilação, nos tempos de hoje, não é mais apenas uma atividade de estética. Trata-se
também de saúde, e devemos prevenir contaminações por fungos, bactérias, vírus e
alergias.

Em determinadas circunstâncias, como nos casos de alergias, micoses, doenças


bacterianas ou provocadas por vírus, a depilação pode até mesmo ser contra-indicada.

Ser praticada por amadores, a depilação pode ser um método traumático, podendo
provocar aspectos desagradáveis, como manchas e hematomas, por exemplo.

Veja as contra-indicações para os procedimentos pré-depilatórios:


-Em peles que não estejam saudáveis, apresentando algum tipo de patologia.
-Em caso de gravidez, deve-se solicitar à cliente uma autorização do médico. Esse
procedimento irá isentar o profissional de depilação da responsabilidade por eventuais
danos.
-Após esfoliações, pois a pele fica sensível, podendo causar irritações.
-Em aplicações de ácidos na pele, deve-se aguardar o prazo de três dias.
-Não se deve realizar uma depilação sem fazer a assepsia pré-depilatória. Esse
procedimento impedirá a contaminação causada por eventuais bactérias que se alojam
na pele.

As contra-indicações para os procedimentos pós-depilatórios são:

• Tomar sol: deve-se orientar o cliente que aguarde o prazo de dois dias.

• Não aplicar talcos, pois, como o óstio folicular aberto, pode ocorrer o entupimento do
mesmo, causando assim o aparecimento de pêlos encravados.

• Aplicar loções ou géis que contenham álcool, cânfora ou mentol na composição pode
causar irritações e ardores na pele, e o álcool também pode ressecá-la.

• Pós-cirúrgico: Em cirurgias de abdome, mamas e cesariana, é preciso respeitar o prazo


de seis meses para a cicatrização interna do corte.

• Caso o cliente tenha extraído nódulos das axilas e/ou virilhas, o profissional de
depilação deve solicitar um atestado médico que especifique as causas do aparecimento
dos nódulos e esclareça as indicações e contra-indicações para a depilação da área.

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CAPÍTULO 4
AFECÇÕES DA PELE E DOS PÊLOS

É importante que o profissional de depilação conheça os vários tipos de alterações que


podem ocorrer na pele e nos pêlos de seu cliente, decorrentes ou não dos processos
depilatórios, para que possa avaliar com critério as condições do cliente e, quando
necessário, encaminhá-lo à orientação médica.

Mesmo que o profissional de depilação perca um atendimento por causa disso, e que seu
cliente fique momentaneamente insatisfeito por não receber o serviço desejado, o
profissional ganhará credibilidade ao demonstrar respeito pela saúde do cliente e
consciência sobre a sua própria área de atuação.

Afecções da pele

Micoses

Micoses são doenças causadas por fungos e, popularmente, recebem os nomes de


“frieira”, “unheiro” e “impingem”. Por serem contagiosas, os portadores não devem
sofrer processo depilatório. Todos os quadros de micose devem ser encaminhados para
tratamento médico.

As micoses mais comuns são:

• Candidíases: deixam a pele avermelhada, com uma massa esbranquiçada e úmida


parcialmente aderida. Aparecem principalmente em dobras, inclusive virilhas. Nas
unhas, causam inflamações dolorosas e podem drenar pus (os “unheiros”).

• Dermatofitoses: podem aparecer em qualquer local do corpo. Muito comuns nas


plantas dos pés, ocasionam descamação e coceira; nas virilhas, deixam a pele com
coloração mais escura e com coceira; as unhas se tornam amareladas, espessas, como
que esfarelando.

• Pitiríase versicolor: são manchas planas, de cor mais clara do que a pele normal, com
descamação fina (perceptível quando se fricciona). Localizam-se quase sempre no rosto,
nos braços, nas costas e no colo. São conhecidas como “manchas de praia”.

Melasma ou cloasma
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São manchas que variam do marrom-claro ao escuro, distribuídas como uma máscara na
testa, nas maçãs do rosto, no dorso do nariz, no buço e no queixo, poupando pálpebras e
lábios. A causa é a exposição excessiva ao sol, associada ao uso de anticoncepcionais ou
à gravidez.

O tratamento para redução ou eliminação das manhas é feito pelo médico, com o uso de
clareadores e de filtro solar. A depilação pode ser feita normalmente, com o cuidado de
se usar cera para peles sensíveis, apropriada ao rosto. A exposição solar é proibida nos
dias que se seguem à depilação.

Vitiligo

Doença não-contagiosa que se caracteriza por manchas de forma e tamanho variados, de


cor branca. São causadas por despigmentação da pele, que podem surgir em qualquer
fase da vida.

O tratamento é feito por um médico, com uso de substâncias estimulantes de


pigmentação; traz bons resultados quando realizado precocemente. As áreas brancas
podem ser depiladas, mas, por serem excessivamente sensíveis a temperatura e sol,
deve-se usar apenas cera fria. O profissional de depilação também pode orientar o
cliente para usar bases de camuflagem disponíveis no mercado. Algumas são resistentes
a água.

Acne

Doença crônica do folículo pilossebáceo do rosto e do tronco, relacionada à produção


excessiva de sebo e queratina e ao aumento de bactérias na pele.

A acne pode ter origem genética, sendo causada por hormônios sexuais. É mais comum
na adolescência, tendo em vista que é nessa fase que os hormônios começam a ser
produzidos pelo organismo. Caracteriza-se por lesões do tipo comedões (pontos pretos
ou da cor da pele normal), lesões avermelhadas e lesões com pus.

Conforme a gravidade, requer tratamento médico. Quando as lesões estiverem muito


inflamadas e com pus, a depilação deve ser evitada ou realizada de acordo com
orientação médica específica.

Herpes
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Doença causada por vírus que atinge boa parte da população e apresenta-se sob formas
de herpes labial e herpes genital. Após o contágio, o vírus persiste no organismos, sendo
capaz de apresentar reativações periódicas. O herpes não tem cura, mas pode ser
controlado se tratado corretamente. Evitar a depilação durante a vigência do quadro.

Varizes

Caracterizam-se pela dilatação de veias de diversos tamanhos, desde muito finas


(“vasinhos”) até grandes veias (“cordões”) em pernas e coxas. Seu aparecimento está
relacionado a fatores hereditários, vida sedentária, gravidez e obesidade. O tratamento é
realizado por médico especializado.

As varizes não impedem a execução de processos depilatórios. Porém, cabe ao


profissional de depilação:
• Adequar o tipo de procedimento à gravidade do quadro;
• Orientar o cliente a procurar atendimento médico, mesmo para pequenos vasos;
• Em casos graves, aplicar o procedimento apenas com autorização médica.

Eczema de contato

Caracteriza-se por um reação inflamatória que ocorre devido ao contato da pele com um
agente irritativo ou que cause alergia. Suas características são vermelhidões, inchaços,
formação de bolhas, secreção e descamação.

Classificamos os eczemas como:


• Irritante: ocorre no contato direto de substâncias com a pele, desencadeando reação.
• Alérgico: ocorre quando determinada substância que causa alergia entra em contato
com a pele e passa a ser reconhecida como um corpo estranho ao organismo.

Os procedimentos depilatórios devem ser interrompidos imediatamente ao ocorrem


eczemas.

Afecções dos pêlos

Hipertricose

Hipertricose é o desenvolvimento exagerado de pêlos em qualquer parte do corpo de um


indivíduo, quando comparado a outro indivíduo de mesma etnia, idade, sexo e
condições de vida. Pode ser congênita (de nascimento) ou adquirida (decorrente de
doenças internas). Cada caso deve ser avaliado por um profissional médico, para que se

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faça um diagnóstico e, se necessário, o tratamento clínico adequado. Métodos
depilatórios podem e devem ser empregados para conforto do cliente.

Hirsutismo

Hirsutismo é o aparecimento, na mulher, de pêlos do tipo terminal em áreas


predominantemente masculinas, queixo, regiões mandibular e inframandibular, região
supralabial, nariz, orelhas, dorso dos dedos, ombros, peito ou abdome inferior (próximo
ao umbigo).

É comumente associado a alterações hormonais (o mais comum é algum problema nos


ovários). Em alguns casos, não se consegue determinar a causa. Pode ser devido à
herança genética. Deve sempre ser avaliado por um profissional médico, e tratado
quando necessário.

Métodos depilatórios podem e devem ser usados para conforto do cliente, levando em
conta que a pele de certas regiões do corpo, como o rosto e o mamilo, merece cuidados
especiais e uso de produtos específicos.

Pêlos encravados

Pêlo encravado é aquele que, com dificuldade de atingir a superfície da pele através do
óstio folicular (que provavelmente se encontra obstruído), enrola-se sobre si mesmo (na
virilha) ou cresce linearmente entre a epiderme e a camada córnea (nas pernas).

Os processos depilatórios acabam provocando o ressecamento da pele, principalmente


na região das penas, por ser essa naturalmente mais seca, quando voltam a crescer
encravam-se, mas também pode estar relacionado a características particulares da pele,
distúrbios hormonais e processos inflamatórios, como a foliculite, por exemplo.
Portanto, a cliente deve ser orientada a fazer hidratação com produtos específicos.

O profissional de depilação deve ter alguns cuidados para evitar o aparecimento de


pêlos encravados:

• Fazer assepsia cuidadosa pré e pós-depilação;


• Fazer uso de ceras específicas para peles de cada região a ser depilada.

Alguns indivíduos têm pêlos encravados em determinadas regiões do corpo por


deficiência, independentemente do processo depilatório utilizado. Nesses casos, deve-se
orientar o cliente para:

• Hidratar a pele diariamente;


• Evitar o uso excessivo de sabonetes e temperaturas muito elevadas durante o banho;

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• Esfoliar a região a ser depilada três dias antes da depilação;
• Aguardar o crescimento dos pêlos até aproximadamente 0,5 cm antes da nova
depilação.

Foliculite

Foliculite é a infecção do folículo piloso, causada por um tipo de bactéria chamada


estafilococo. Pode também ser decorrente de algum tipo de irritação local, de uso de
produtos depilatórios e para clareamento, de atrito com tecidos ou ocorrer após a
retirada traumática dos pêlos.

Casos de foliculites superficiais caracterizam-se pela formação de pequenas bolhas de


pus centradas por pêlo, com discreta vermelhidão no entorno. Em alguns casos não
apresentam pus, ficando apenas avermelhado ao redor dos pêlos.

No homem, o local mais comum para a ocorrência de foliculite é a barba. Na mulher, é


o rosto pós-depilado, podendo ocorrer também na virilha, nas pernas e nas axilas.

Quando se tratar de um processo infeccioso, a foliculite pode ser transmitida não só a


outras regiões do corpo, mas também a outras pessoas. É necessário que o profissional
de depilação seja capaz de identificar o problema, orientar adequadamente o cliente e
tomar as medidas de asspesia adequadas, evitando, assim, contaminações cruzadas.

Se a foliculite for frequente:


• Oriente o cliente a procurar um médico dermatologista;
• Promova cuidadosa asspesia pré e pós-depilação;
• Faça uso de ceras específicas para peles sensíveis.

O tratamento médico é essencial para que não haja disseminação a outros locais ou o
agravamento do quadro com aparecimento de lesões maiores, verdadeiros abscessos,
chamados furúnculos, ou até mesmo cisto folicular e sebáceos.

Ficha de avaliação para o pré-depilatório

O passo inicial e de maior importância nos procedimentos depilatórios é a ficha de


avaliação do cliente. Esse procedimento deve ser realizado quando o cliente já estiver
posicionado na maca, para que o depilador avalie se a pele que será depilada está
saudável.

A ficha de avaliação também ajudará o profissional a se isentar de qualquer problema


que venha acontecer por falta de informação do cliente, sendo por isso necessário que se
assine ao final de seu preenchimento.

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As perguntas mais frequentes que devem constar na ficha de avaliação estão abaixo:

 Se a cliente está gestante;

 Se o cliente faz tratamento com ácidos;

 Se o cliente tem problemas hormonais;

 Verificar o grau de varizes;

 Verificar as afecções de pele e pêlos;

 Se o cliente fez cirurgias recentemente.

A partir daí, pode ou não aplicar os procedimentos depilatórios.

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CAPÍTULO 5
MÉTODOS DE DEPILAÇÃO

Nos tempos de hoje, não apenas as mulheres, mas os homens também, buscam
alternativas para remover os pêlos do corpo, e conseguem esse objetivo de diversas
maneiras. Nos últimos tempos, contudo, têm sido cada vez mais valorizados os serviços
profissionais de depilação.

Da simples lâmina usada para raspagem ao emprego de tecnologia sofisticada, como o


laser, o profissional de depilação deve conhecer os diferentes métodos disponíveis,
alguns de uso doméstico, outros reservados exclusivamente a aplicação médica, e outros
ainda da alçada da depilação profissional.

A responsabilidade do profissional de depilação é oferecer um serviço de boa qualidade,


que em primeiro lugar respeite a saúde do cliente e também assegure eficácia,
satisfação, segurança, preço justo e economia de tempo.

Lâminas

A raspagem com lâminas é um método rápido, prático e indolor. Mais adotado pelos
homens e exige prática diária. Pode ser realizado em quase qualquer lugar, não requer
auxílio profissional e tem custo muito baixo.

No entanto, os pêlos crescem muito depressa, e a pele acaba ficando áspera ao tato,
porque os pêlos crescem em formato cilíndrico e em todas as direções. Podem ocorrer
irritações, coceiras e alergias ao material usado. Há riscos de ferimentos.

Depilatórios elétricos

Além dos depilatórios elétricos tradicionais, que apresentam bons resultados sem
danificar demais a pele, há os que prendem os pêlos através de um tipo de escova
rotativa, arrancando-os. De aplicação rápida, podem ser utilizados sem auxílio
profissional.

No entanto, como se trata de um processo muito dolorido, não deve ser usado em áreas
sensíveis do corpo, somente nas pernas.

Cremes e loções depilatórios


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A remoção dos pêlos através de cremes e loções depilatórios consiste em um processo
químico de desintegração dos pêlos, que assumem o aspecto de uma massa gelatinosa e
são facilmente retirados. A raiz dos pêlos não é atingida e, por essa razão, eles voltam a
crescer em uma semana.

Esses produtos, apesar de suas fórmulas bem balanceadas, tendem a alterar o pH da


pele, podendo causar irritações. Por isso, é necessário realizar um teste de irritabilidade
em uma pequena parte do corpo antes de proceder à aplicação completa.

São geralmente usados sem ajuda profissional, nas grandes regiões das pernas, mas há
produtos específicos para rostos e axilas. Em todos os casos, convém seguir estritamente
as recomendações do fabricante para sua aplicação.

Laser

As aplicações com laser são realizadas por médicos dermatologistas ou cirurgiões


plásticos, tamanho o nível de especialização dessa tecnologia. Embora bastante caro, o
processo é relativamente simples.

A pele é bombardeada com laser visando a destruição da raiz dos pêlos. No lugar dos
pêlos surge uma mancha vermelha, que pode levar até uma semana para desaparecer.
Após a aplicação, a pele fica irritada e podem sobrar alguns pêlos remanescentes.

Uma vantagem do laser é que ele pode ser utilizado nos pêlos encravados, que são
destruídos dentro dos poros e reabsorvidos pelo organismo. Apesar de, em alguns casos,
não eliminar definitivamente os pêlos, o laser inibe seu crescimento por até sete meses.

A depilação a laser não é indicada para peles escuras ou negras, porque o aparelho
confunde as micropartículas que são cor à epiderme, e pode afetar a pele e não o pêlo. O
aparelho também não identifica a existência de pêlos loiros e extremamente claros e,
portanto, não os elimina.

Pinça

A depilação com pinça é simples, barata e rápida. Tem como grande vantagem em
relação aos outros métodos respeitar as lanugens e arrancar pêlos mais curtos.

Consistindo na retirada pêlo a pêlo, é ideal para pequenas regiões, mas extremamente
demorada para grandes superfícies. Aplica-se bem na depilação de sobrancelhas e como
complemento à depilação com ceras quentes ou frias.

Ceras frias
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As ceras frias funcionam como um esparadrapo, fixando o pêlo a frio com uma
aderência suficiente para permitir sua remoção. São feitas à base de resinas (de pinheiro
e laca, por exemplo) e apresentam-se em tubos, potes ou sob a forma de faixas
embebecidas em cera.

O processo é mais dolorido que o da cera quente e, por isso, recomenda-se que sua
aplicação se restrinja à região das pernas. Esse método ainda é utilizado, sob orientação
médico, para pessoas com problemas vasculares.

Ceras quentes

As ceras quentes só se tornam plásticas e colantes após o aquecimento. São feitas à base
de resinas (pinheiro, cera de abelha e óleos vegetais). Algumas incluem corantes à base
de algas, morango e azuleno.

As ceras quentes de qualidade têm boa aderência aos pêlos, mas não à pele. Aquecidas
entre 38ºC e 42ºC, podem ser usadas sobre qualquer parte do corpo.

Trata-se de um processo menos doloroso, porque o calor funciona como anestésico e, ao


dilatar os folículos pilosos, facilita a extração dos pêlos com a raiz. Os resultados duram
de 20 a 25 dias. O processo de aplicação é descrito na seção “Procedimentos de
depilação”.

Roll-on

Uma modalidade mais recente de aplicação de cera quente vem acompanhada de um


aparelho do tipo roll-on, provido de um refil com cera. A cera é aquecida pela
eletricidade, atingindo a temperatura de 37ºC a 38ºC.

A cera é totalmente descartável e permite aplicação rápida e uniforme, em uma


temperatura controlada. Apesar dessas vantagens, aconselha-se o uso de aparelho roll-
on preferencialmente na depilação de pernas.

A aplicação deve obedecer a esta sequência:

1. Aquecer o aparelho com o refil por aproximadamente 20 minutos.

2. Aplicar sobre a pele da região a ser depilada, no sentido do crescimento dos


pêlos. Aplicar o produto com o aparelho formando um ângulo de 45º em relação
à pele.

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3. Pressionar pequenas faixas de papel com tramas especiais (descartáveis) sobre a
cera, pressionando levemente para maior aderência.

4. Com uma das mãos esticar a pele, e com a outra, puxar rapidamente a faixa no
sentido contrário ao crescimento dos pêlos.

5. Aplicar a mesma faixa de papel nas outras regiões a serem depiladas, até perder
seu poder de aderência. Aplicar nova camada e utilizar outra faixa limpa.

6. Ao terminar a depilação, retirar o excesso de depilatório e os últimos resíduos


com removedor depilatório.

Não devemos esquecer que o refil de roll-on é individual, não devendo, portanto, ser
reutilizado em outras clientes.

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CAPÍTULO 6
PROCEDIMENTOS DE DEPILAÇÃO

A preparação

1. Prepare o local de trabalho para receber os clientes, realizando a limpeza das


áreas e superfícies (macas), organizando os materiais necessários e criando no
local um ambiente agradável, com boa ventilação e iluminação.

2. Enquanto isso, coloque a cera em uma termocera, em temperatura máxima, até


ficar no ponto certo para a depilação, na quantidade necessária para realizar de
um a três atendimentos.

3. Reúna, em um carrinho auxiliar, todo o material e instrumental a ser utilizado


(espátulas, tesoura, pinça, talco, gel calmante, removedor de cera, algodão,
toalhas descartáveis, papel celofane e loção adstringente).

A recepção ao cliente

4. É hora de receber o cliente, que deve ser cumprimentado e apresentado ao


ambiente, caso ainda não o conheça. O profissional pergunta ao cliente que
região ele deseja depilar e que tipo de cera prefere.

5. O cliente tira as roupas e as guarda em um local reservado para isso. Então é


acomodado na maca e coberto com uma toalha branca, para que sua privacidade
seja preservada.

6. Antes de iniciar a depilação, é preciso observar com cuidado o estado da pele e


dos pêlos do cliente, verificando a existência de infecções, manchas, vasos e
varizes, cicatrizes pós-operatórias, alergias e sensibilidade extrema (ficha de
avaliação). A partir da análise da pele e dos pêlos do cliente, o profissional deve
proceder à decisão final sobre o método a ser empregado ou, se necessário,
aconselhar o cliente a procurar tratamento médico.

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A depilação propriamente dita

7. A seguir, o profissional deve realizar a assepsia da pele da cliente com uma


loção pré-depilatória de boa qualidade. Esse procedimento elimina a oleosidade
da pele, proporcionando maior aderência à cera depilatória.

8. No caso de cera quente, que já deve ter sido preparada, verifique a temperatura.
O teste é feito colocando-se, com a espátula, uma pequena quantidade de cera no
pulso do profissional. Se a temperatura estiver suportável, está adequada para
aplicação no cliente.

9. Terminada a depilação, faça a assepsia de toda a região depilada, usando óleo ou


removedor de cera, para que sejam retirados da pele quaisquer resíduos. Não se
deve utilizar loção adstringente após o processo depilatório, pois esse produto
contém álcool e pode provocar ardor e irritação na pele recém-depilada,
acarretando ressecamento ou algum tipo de reação.

10. Feita a assepsia de todas as regiões depiladas, hidrate a pele do cliente com gel
pós-depilatório.

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27
Depilação do buço

É uma região tão sensível quanto a dos olhos, e também merece cuidados especiais.
Aconselha-se o uso de cera quente para a depilação de toda a área, conforme detalhado
a seguir:

Como depilar o buço

1. Limpe a região com algodão embebido em loção adstringente.

2. Aplique a cera quente no sentido do crescimento dos pêlos, uma metade de cada
vez, como mostra a figura abaixo.

3. Retire a cera, puxando na direção contrária ao crescimento dos pêlos.

4. Retoque os
cantos, se
necessário.

Depilação de axilas
e virilhas

Axilas e virilhas são


regiões extremamente sensíveis, devido à umidade característica da área e ao constante
atrito com a pele e tecidos. O crescimento de pêlos geralmente é desordenado, ou há
pêlos muito espessos (às vezes por causa das repetidas raspagens com lâminas).

Como depilar axilas e virilhas

1. Limpe a região com algodão embebido em loção pré-depilatória

2. Aplique a cera quente no sentido de crescimento dos pêlos, como mostra a figura
abaixo.

3. Após alguns minutos, retire a cera, puxando na direção contrária ao crescimento


dos pêlos.
4. Repita o procedimento anterior, respeitando a sensibilidade do cliente.

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5. Em caso de pêlos “rebeldes”, pode-se completar o processo depilatório
aplicando-se cera em sentido inverso ao crescimento dos pêlos e retirando-a no
sentido contrário.

Depilação de pernas

Pode ser feita com cera fria, quente ou roll-on.

O processo de aplicação depende da cera que está sendo usada e do tipo de pêlo a ser
retirado.

A figura abaixo mostra o processo de aplicação e retirada da cera conforme o sentido de


crescimento dos pêlos.

Depilação de queixo e laterais do rosto

Em regiões tão sensíveis quanto o queixo e as laterais do rosto, é preciso tomar muito
cuidado ao esticar a pele no momento de aplicar e retirar a cera, para evitar que a pele
fina se dobre e forme pequenos hematomas. Aconselha-se o uso de cera quente,

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aplicada seguindo sempre a direção nascente dos pêlos e retirada no sentido inverso. A
aplicação da cera pode ser repetida até três vezes.

Sentido de crescimento dos pêlos em outras regiões do corpo

CAPÍTULO 7
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
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Hidratação

A pele dos membros inferiores costuma ser mais seca do que em outros locais do corpo,
porque as glândulas sebáceas são menos ativas nesses pontos (isto é, produzem menos
sebo). Por isso, a pele não é tão lisa e brilhante.

Fatores como banho muito quente e prolongado, uso de sabonetes e buchas, períodos de
rios do ano, poluição e exposição ao sol agravam o ressecamento.
Além disso, os processos depilatórios retiram a camada de proteção natural da pele – o
manto hidrolipídico, formado por suor e sebo -, tornando a pele ainda mais ressecada. O
aspecto da pele desidratada, sem brilho, às vezes descamando, pode ser acompanhando
pelo aparecimento de pêlos encravados.

Orientar para se fazer uma boa hidratação é de responsabilidade do profissional de


depilação, que pode sugerir ao cliente:

• realizar esfoliação uma vez por semana;


• aplicar uma loção ou creme hidratante na pele ainda úmida, logo após o banho. Esse
procedimento deve ser realizado diariamente ou o mais frequentemente possível,
prevenindo a longo prazo o aparecimento de pêlos encravados.

Esfoliação

A manutenção da espessura normal da pele é de extrema importância para evitar o


encravamento de pêlos nas áreas de depilação. Uma pele espessa recebe mal os
hidratantes e dificulta a saída dos pêlos pelos óstios foliculares. O pêlo, procurando um
local para emergir na superfície cutânea, caminha entre a epiderme e a derme, causando
inflamações. Além disso, a obstrução dos óstios, causada pelo espessamento da pele,
propicia um crescimento bacteriano maior. Esses dois mecanismos explicam a maioria
dos quadros de foliculite observados na prática clínica diária.

A esfoliação pode ser realizada em casa ou em uma clínica de atendimento de estética.


Há disponíveis no mercado sabonetes abrasivos corporais, para uso semanal.

Produtos como sal e açúcar, usados, comumente em esfoliações (misturados a suco de


limão ou mel), devem ser evitados, pois os cristais irregulares podem causar
microferimentos na pele, e o limão pode provocar manchas.
Hematomas

O hematoma é um extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, decorrente de


traumas variados. Raramente ocorre em áreas recém-depiladas, mas pode surgir se:

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• For usado produto depilatório inadequado na área a ser depilada (por exemplo, cera
fria na região do buço);
• A cera quente for puxada incorretamente;
• Aplicar-se cera repetidas vezes na mesma região.
Ocorrendo hematoma pós-depilatório, o profissional de depilação deve sugerir o uso de
uma pomada adequada para aliviar os sinais.

Cuidados com infecções

A assepsia é de extrema importância quando se realiza qualquer tipo de processo


depilatório. O cuidado com os materiais é de responsabilidade exclusiva do profissional
de depilação. Materiais descartáveis devem ser utilizados sempre que possível, para que
não haja contaminação entre clientes.

Antes de executar qualquer depilação, deve-se fazer uma boa assepsia na pele do
cliente, utilizando loção adstringente. Clientes que possuem alguma doença de pele
infecto-contagiosa, micoses, dermafitoses e pitiríase versicolor não devem ser atendidos
durante a vigência desse processo.

Dicas de cosmetologia nas ações pré e pós-depilatórios

 Arnica: ação antiinflamatória

 Azuleno: antiinflamatório e descongestionante; é extraído da camomila

 Camomila: ação tônica, cicatrizante e antiinflamatória

 Cânfora: calmante e refrescante

 Hamamélis: adstringente e calmante, equilibra a oleosidade da pele

 Mentol: acalma e refresca, muito usado em géis pós-depilatórios

 Própolis: antibactericida, antibiótico e regenerador.

32
CAPÍTULO 8
ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL
DE SERVIÇOS DE DEPILAÇÃO

Os serviços de depilação muitas vezes são prestados por um profissional que trabalha
sozinho, de forma autônoma ou em pequenos institutos de beleza. Mesmo nesses casos,
há orientações legais e administrativas que devem ser conhecidas e respeitadas. Essas
diretrizes colaboram para a prestação de um serviço de boa qualidade, que possibilitará
a permanência do negócio no mercado.

Qual o objeto de trabalho do profissional de depilação?

A depilação, objeto de trabalho do profissional, é uma prestação de serviço, ou seja, é


uma atividade econômica oferecida a pessoas interessadas, mediante o pagamento de
uma remuneração.

Para que exista uma prestação de serviço, é preciso haver um contrato entre as partes
interessadas (entre o profissional de depilação e o cliente) e que o serviço prestado seja
identificado (os vários procedimentos depilatórios). O contrato não precisa ser,
necessariamente, escrito. Por exemplo, um cliente não assina um contrato para comprar
serviços de depilação, mas está implícito que ele deve pagar pelos serviços prestados
pelo profissional e, também, que deve receber serviços correspondentes em troca do
pagamento feito.

O que a legislação brasileira diz sobre os serviços profissionais de


depilação?

Não existe no Brasil uma legislação específica sobre os serviços profissionais de


depilação. Devemos, portanto, conhecer e aplicar partes da legislação geral brasileira às
ações e questões exclusivas de nossa prática profissional:

• Constituição Federal de 1988;


• Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943);
• Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990);
• Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/1990);
• Legislações estadual e municipal específicas, relativa à concessão de autorização para
funcionamento de estabelecimentos de beleza e congêneres.

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A quem o profissional de depilação fornece seus serviços?

Na depilação, o profissional de depilação desempenha a função de fornecedor de


serviços ao consumidor.

Depilador = Fornecedor Depilação = serviço prestado Cliente = consumidor

Fornecedor é a pessoa física ou jurídica que desenvolve atividades de produção,


montagem, criação, transformação, importação, exportação, distribuição,
comercialização e prestação de serviços.

Consumidor é a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços


como destinatário final. O consumidor tem seus direitos específicos, fixados na Lei n.
8.078, de 11 de setembro de 1990, o chamado Código de Defesa do Consumidor.

Esteja o profissional de depilação trabalhando para uma empresa ou administrando seu


próprio negócio, ele deve lembrar sempre que o consumidor quem garante a
possibilidade de prestação de serviços de depilação. Por isso, é fundamental conhecer e
respeitar seus direitos.

Quais são os direitos do consumidor?

De forma geral, o consumidor tem direito a:


• proteção de vida, saúde e segurança;
• educação e divulgação sobre o produto ou serviço a ser utilizado;
•informação adequada e clara sobre os produtos ou serviços e proteção contra
publicidade enganosa e abusiva;
• reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
• acesso aos órgãos jurídicos e administrativos, com vistas a prevenção e reparação de
danos.

No que diz respeito aos produtos e serviços adquiridos, assim determina o Código de
Defesa do Consumidor:

•Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não devem acarretar riscos à
saúde ou segurança do consumidor;
•O fornecedor de produto ou serviço não pode colocar no mercado produtos que
coloquem em risco a saúde ou a segurança do consumidor;
•O consumidor tem o direito de reclamar pelos serviços ou a má conduta dos
fornecedores até 30 dias após a prestação de serviços não-duráveis, e até 90 dias em se
tratando de serviços duráveis. Inicia-se a contagem do prazo para decadência a partir da
entrega de execução do serviço.

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E também deve conhecer os compromissos com o meio ambiente, como diz o inciso II
do art. 5 da Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985, com a seguinte redação:

“II – inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao


consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a
qualquer outro interesse difuso ou coletivo.”

Qual é a responsabilidade do profissional de depilação quanto aos


produtos utilizados em seu trabalho?

O fabricante do produto (ceras, loções, cremes, aparelhos roll-on) é responsável por


apresentar no produto indicações claras sobre a composição e formulação, data de
fabricação e validade do produto e riscos envolvidos em sua utilização.

Por esse motivo, é importante que o profissional de depilação sempre utilize produtos de
origem idônea, registrados no Ministério da Saúde. Além da garantia de qualidade
assegurada pelo registro em órgãos fiscais, esses produtos também fornecem orientação
clara sobre os procedimentos de armazenagem, preparação, aplicação e durabilidade da
cera. Assim, o profissional contará com um parceiro confiável para atingir o maior grau
de excelência em seu trabalho.

Já o fornecedor de serviços (o profissional ou o negócio de depilação) é responsável


por:
• observar prazos de validade e riscos comunicados expressamente pelos fabricantes,
verificando a impropriedade de produtos com prazo de validade vencido;
• inutilizar produtos deteriorados, alterados, adulterados, falsificados, corrompidos ou
fraudados, nocivos à saúde ou à vida do consumidor;
• informar ao consumidor final as características e riscos dos produtos utilizados.

Os fornecedores de produtos ou serviços duráveis ou não duráveis respondem juntos


pelos problemas de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados
ao consumo, devendo:

• substituí-los por outros produtos ou serviços;


• refazer os serviços sem prejuízo ou custo adicional ao consumidor;
• conferir abatimento proporcional ao preço pago.

Quando o produto fornecido não tiver identificação, o fornecedor de serviços


responde, independentemente de existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua função e riscos.

Algumas práticas denominadas "abusivas" são proibidas ao fornecedor de serviços:

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• Condicionar o fornecimento de um produto ou serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como a limites quantitativos;

• Recusar atendimentos a consumidores, por motivos de demanda de estoque e ainda de


conformidade com os usos e costumes;

• Enviar ou entregar ao consumidor qualquer produto ou serviço sem sua solicitação


prévia;

• Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista idade, saúde,


conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seu produto ou serviço;

• Executar serviço sem a prévia autorização do consumidor.

De que maneira o profissional de depilação pode prestar seus serviços?

O profissional de depilação pode prestar serviços de várias formas:

•Como empregado contratado de uma empresa prestadora de serviços: pessoa física


que pessoalmente presta, a outros, serviços contínuos, subordinados e assalariados. A
CLT rege esse tipo de relação de trabalho.

•Como empregado temporário: pessoa física que presta serviços a determinada


empresa e está subordinada a ela, mas se vincula profissionalmente a outra empresa que
oferece serviços temporários. O contrato temporário não pode durar mais de três meses.

•Como trabalhador autônomo: é seu próprio chefe, não está subordinado a outros, não
há direção sobre a sua atividade.

•Como empregador: empresa individual ou coletiva que assume os riscos da atividade


econômica, admitindo funcionários, pagando-lhes salários e dirigindo a prestação
pessoal de serviços.

Como são as relações de trabalho entre o profissional de depilação e


seu empregador?

A chamada legislação trabalhista trata das relações de trabalho no Brasil. Todas as


relações de trabalho entre um empregado e um empregador (contratante) são regidas por
um contrato de trabalho, que é um acordo correspondente à relação empregatícia entre
as partes. Pode ser individual ou coletivo.

Os contratos individuais visam criar direitos e deveres entre partes individuais que agem
por conta própria. Nas convenções coletivas de trabalho, o objetivo é construir uma

36
norma de conduta aplicável a toda uma categoria profissional. As convenções coletivas
exigem contratos individuais para serem concretizadas.

Até o momento, os profissionais de depilação não estão organizador em associações ou


sindicatos, devendo estabelecer com seus empregadores contratos individuais de
trabalho.

No que diz respeito às relações de trabalho, a Constituição Federal oferece disposições


sobre a jornada de trabalho, a remuneração de horas extras de trabalho e do trabalho
noturno, complementadas pelas normas da CLT e das convenções e acordos coletivos.

A CLT estabelece normas sobre salários (importância fixa estipulada no contrato de


trabalho) e remuneração (ganhos totais do empregado); admissão de empregados
(através de contrato escrito e registro na carteira profissional); férias, perda ao direito de
férias, abono pecuniário de férias (direito de o empregado optar pela conversão de um
terço das férias em dinheiro), aviso de férias; faltas e abonos de faltas e rescisão de
contrato (desligamento da empresa).

Quais as condições mínimas para se montar um espaço de depilação?

As condições ambientais mínimas são:

• Sala de 5m x 2m com janela para ventilação e iluminação, paredes brancas e piso frio
ou paviflex;
• Banheiro com lavabo;
• Sala para recepção de clientes.

Os equipamentos mínimos necessários são:


• Maca para depilação fica ou com duas posições;
• Carrinho auxiliar;
• Biombo;
• Panelas específicas para aquecimento de cera (termoceras);
• Cestos de lixo;
• Aparelhos para aquecimento de cera roll-on;
• Espátulas arredondadas tipo abaixador de língua descartáveis.

Deve-se iniciar com um estoque inicial mínimo de:


• Aproximadamente 5kg de cera quente;
• 10 refis de cera roll-on;
• 2 potes de cera fria;
• 3 rolos de lençóis descartáveis.

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É essencial escolher produtos de origem confirmada, com registro no Ministério da
Saúde, e seguir à risca as recomendações do fabricante quanto a condições de
armazenamento, aplicabilidade e prazos de validade.

Manter o ambiente limpo, agradável e exclusivo para o uso profissional, respeitar os


horários agendados, usar material de qualidade e adotar uma postura profissional em
todas as situações garantirá que seus primeiros clientes fiquem satisfeitos, voltem e
indiquem seus serviços a outros.

Quais são os princípios mais importantes para a correção e o


reconhecimento do profissional de depilação?

1. Respeitar as normas técnicas previstas em lei, desde a metragem para o salão,


distâncias entre cadeiras, cores e revestimentos de paredes, tipo de piso, local
adequado para aparelhos, cuidando para que não surjam empecilhos ao exercício
profissional. Todos esses detalhes são previstos no Código Sanitário de cada
Estado.
2. Atender às normas e disposições previstas no Código de Defesa do Consumidor,
dando total transparência e publicidade aos serviços, sua durabilidade, garantia
de qualidade e possibilidade de desistência, além de antecipar ao cliente o
conhecimento dos produtos a serem utilizados.
3. Ser responsável pela utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs),
previstos em legislação trabalhista, evitando, assim, o risco de contaminação.
Não devemos esquecer que vivemos em uma época de doenças e contaminações
facilmente transmissíveis, mas ainda sem cura definitiva.
4. Conhecer bem os profissionais e parceiros que trabalham ao seu lado, trocando
com eles informações de interesse da área. Isto permitirá o desenvolvimento de
todos, além de ser um dispositivo de segurança para que não surjam imprevistos
e prejuízos inesperados.
5. Cercar-se de profissionais ou parceiros que tenham conhecimento de causa,
principalmente na prática, que se mantenham atualizados e conscientes das
exigências e problemas do segmento, evitando dificuldades e problemas
insolúveis.

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