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A Última Noite do Mundo

C S lewis

O medo e uma emoção, e e praticamente impossível manter qualquer emoção


por muito tempo. Uma empolgação perpetua de esperança sobre a segunda
vinda e impossível pela mesma razão. Os sentimentos vem e vão, e, quando
vem pode se fazer bom uso deles -eles nao podem ser nossa dieta espiritual
regular. O importabte nqo e que que devemos sempre temer o Fim, mas que
devemos sempre nos lembrar dele, levá-lo em conta.

Parece que a razão e agora tambem a emoção serve apenas ate certo ponto que
e onde aprendemos algumas coisas mas que devemos depois, qdo mais
maduros, leva-las conosco sem a necessidade de sentir ou entender. E portanto
algo passageiro que nos leva a algo, um aprendizado sobre a vida, Deus etc

Enquanto os cientistas esperam apenas uma lenta decadência a partir de


dentro, nós contamos com uma interrupção súbita de fora.

Tomadas por si mesmas, essas considerações podem parecer um abrandamento


de nossos esforços para o bem da posteridade, porém, se no lembrarmos de
que o que pode vir sobre nós a qualquer momento não é meramente um Fim,
mas um Julgamento, elas não devem produzir esse resultado. Elas podem, e
devem corrigir a tendência de alguns modernos de falar como se deveres com a
posteridade fossem os únicos deveres que tínhamos. Não posso imaginar um
homem que olhe com mais horror para o Fim do que um revolucionário... que
justificou crueldades e injustiças... pelos benefícios que ele espera conferir as
gerações futuras... que nunca existirão. Então, ele verá os massacres, os
julgamentos falsos, as deportações, todos inefavelmente reais, como uma parte
essencial, sua partem, no drama que acaba de terminar, enquanto a futura
Utopia nunca foi nada além de uma fantasia.

A administração frenética de panaceias para o mundo é certamente


desencorajada pela reflexão de que “a noite presente” pode ser “a ultima noite
do mundo”; o trabalho sóbrio para o futuro, dentro dos limites da moralidade e
da prudência ordinárias, não é. Pois o que vem é o Juizo: felizes são aqueles que
ele encontrar trabalhando em suas vocações, quer estivesse apenas saindo para
alimentar os porcos ou mesmo preparando bons planos para livrar a
humanidade daqui a cem anos de algum grande mal. A cortina de fato agora
desceu. Esses porcos nunca serão, de fato, alimentados; a grande campanha
contra a Escravidão Branca ou a Tirania Governamental nunca chegara a vitória.
Não importa. Você estava no seu posto quando a Inspeção chegou.

Nossos ancestrais tinham o habito de usar a palavra “julgamento”, ou “juízo”,


nesse contexto como se significasse simplesmente “punição, castigo”. Acredito
que as vezes podemos tornar a coisa mais viva para nós mesmos por tomar juízo
em um sentido de Veredito. Algum dia, um veredito absolutamente correto – se
você preferir uma crítica perfeita – será dado ao que cada um de nós é.

Todos nós entramos julgamentos ou vereditos a respeito de nós mesmos nesta


vida. De vez em quando, descobrimos o que nossos semelhates realmente
pensam de n´os, Não quero dizer, é claro, o que eles nos dizem diante de nos
(ao que geralmente temos de dar um desconto”. Estou pensando no que as
vezes ouvimos por ação ou nas opiniões sobre nos que nossos vizinhos,
funcionários ou subordinados revelam inconscientemente em suas ações, e nos
terríveis, ou adoráveis, julgamentos tradios por crianças ou mesmo animais.
Essas descobertas podem ser as experiências mais amargas ou as mais doces
que temos. Mas pé claro que tanto o amargo quanto o doce são limitados por
nossa dúvida quanto a sabedoria daqueles que julgam. Sempre esperamos que
aqueles que tão claramente nos consideram covardes ou valentões sejam
ignorantes e maliciosos; nos sempre tememos que aqueles que confiam em nos
ou nos admiram sejam enganados peça parcialidade. Suponho que a
experiência do Juízo Final será como essas pequenas experiências, mas elevada
à enésima potência.

Pois será um julgamento inevitável. Se for favorável, não teremos medo; se


desfavorável, sem esperança de que esteja errado. Nós não apenas
acreditaremos, nós saberemos, saberemos além de qualquer dúvida em cada
fibra de nosso apavorado ou deleitado ser, que, como o Juiz disse, assim nós
somos: nem mais nem menos nem outro. Talvez nos apercebamos que, de
alguma forma obscura, poderíamos ter sabido isso o tempo todo. Nós
saberemos e toda a criação também saberá: nossos ancestrais, nossos pais,
nosso cônjuge, nossos filhos. A verdade irrefutável e (até então) evidente sobre
cada um deles será conhecida de todos.
Como aquilo que estamos dizendo ou fazendo a cada momento parecera
quando a luz irresistível fluir sobre ela;

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