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Resultados: Somente uma puérpera referiu que o parceiro realizou o tratamento.

As mulheres
sabiam como prevenir a SC, entretanto, nenhuma utilizava o preservativo alegando confiar no
marido ou que eles não aceitavam o uso. Referiram ter praticado sexo desprotegido após serem
tratadas mesmo tendo ciência do não tratamento dos parceiros e da possibilidade de
recontaminação. A comunicação do diagnóstico ao parceiro gerou desconfiança e tensão, além
de medo da reação dos mesmos. Algumas mulheres foram responsabilizadas pela infecção,
mesmo sem ter tido outro parceiro na vida. Na percepção das mesmas, a invulnerabilidade
masculina, o desconhecimento acerca da doença e a ausência de sintomas são motivos que
comprometem o tratamento do parceiro.

Discusión: Os motivos que levam as gestantes a se submeterem ao sexo desprotegido mesmo


em contexto da transmissão da sífilis para o bebê são complexos e envolvem questões culturais
e de gênero. Apesar dos avanços em relação à igualdade de direitos entre homens e mulheres,
na maioria das situações ainda predomina na sociedade brasileira um modelo dominação
masculina, que compromete a possibilidade da adoção de medidas preventivas entre as
mulheres, especialmente a negociação do uso do preservativo com seus parceiros sexuais. Essa
situação pode ser advinda do modelo cultural patriarcal que orienta as relações de gênero no
Brasil e que dá espaço à dominação masculina.

Conclusión: A dominação masculina, muito presente nas relações entre homens de mulheres
no Brasil, prejudica a prevenção da SC, pois as gestantes não conseguem adotar as medidas
preventivas, principalmente relacionadas ao parceiro, situação que precisa ser melhor
trabalhada durante a assistência pré-natal.

36. Giovanna AngelaLeonel Oliveira; Karine Anusca Martins; Ingryd Garcia de Oliveira
Ana ClaraSena Soares da Silva; Estelamaris Tronco Monego. Universidade Federal de
Goiás. (Área temática: Salud comunitaria)
Alimentação e nutrição no currículo escolar proposto no Programa Nacional de
Alimentação Escolar: o discurso dos professores brasileiros.

Introducción: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é a prática permanente,


transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional para promoção de hábitos alimentares
saudáveis, sendo um dos eixos do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE).

Objetivos:
escolar no discurso do professor.

Métodos: Estudo qualiquantitativo com entrevistas individuais aos professores sorteados,


indicados como executores das ações de EAN nas escolas de 52 municípios brasileiros, sobre
s foram
gravadas, transcritas e analisadas pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), que
permite o resgate das representações sociais, em que o sujeito coletivo se expressa pelo eu
sintático, sinalizando a presença de um sujeito individual a expressar uma referência coletiva.

Resultados: Foram construídos quatro discursos, agrupados segundo as ideias centrais, de

projetos ao longo do ano/nos livros (n=20) 38,5 %; em eventos pontuais, como: feira de
ciências, semana da alimentação, datas comemorativas (n=6) 11,5 %; nas atividades lúdicas,
realizadas esporadicamente em sala de aula (n=14) 26,9 %; e no incentivo/conscientização, aos
alunos ou pais, sobre alimentação saudável por meio de diálogo (n=12) 23,1 %.

Discusión: Destaca-

letivo, então é trabalhado em todas as matérias a nutrição. Nas disciplinas, a gente trabalha
muito interdisciplinar então todos os momentos a gente têm oportunidade de falar de

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alimentação não perde as oportunidades. O professor ele é livre pra decidir qual a disciplina ele
acha melhor ser trabalhado. É trabalhado através do nosso planejamento diário e também
através dos projetos realizados na escola. Procuro fazer alguns projetos através de estudos
mesmo, mostrando a importância de cada alimento, das vitaminas de cada um. A partir do
momento que você trabalha com o livro didático, com a própria alimentação, com a higiene, a

Conclusión: A visão do professor sobre alimentação e nutrição, na EAN no PNAE, retrata


uma preocupação em realizar uma prática contínua das ações dentro do ambiente escolar,
apesar que metade dos entrevistados referiu-se trabalhar como atividades pontuais
esporadicamente. Destaca-se assim, que é primordial a formação permanente de professores na
garantia da Segurança Alimentar e Nutricional.

37. Yara Macambira Santana Lima Yara; Sheyla Mara Silva de Oliveira Sheyla; Aldine
Cecília LimaCoelho Aldine; Layla de Cássia Bezerra Bagata Layla. Universidade do
Estado do Para. (Área temática: Salud comunitaria)
Representação social de adolescentes sobre gravidez na Amazona Brasileira.

Introducción: A gravidez precoce exerce grande repercussão na vida pessoal e social das
adolescentes, muitos estudos já apresentaram tal temática sob a percepção de adolescentes que
já engravidaram, por conseguinte consideramos ser necessário também trabalhar o assunto com
aquelas que nunca engravidaram, tanto para compreender a representação sobre a gravidez
neste período da vida, como para instigar a reflexão sobre o tema.

Objetivos: Conhecer as representações sociais de adolescentes sobre a gravidez precoce, bem


como identificar sua reação inicial; Identificar as reações das adolescentes diante da
possibilidade de uma gravidez precoce; - Analisar as decisões das adolescentes frente a uma
suposta gravidez;

Métodos: Estudo qualitativo descritivo fundamentado na Teoria das Representações Sociais,


realizado em Santarém Pará - Brasil, com adolescentes entre 10 e 19 anos não gravidas, que
foram colocadas diante de uma suposta gestação.

Resultados: As adolescentes expressaram diversos sentimentos negativos, tidos como sua


reação inicial ao descobrir que estavam grávidas, dentre eles: desespero, medo e tristeza A
gravidez precoce assume um caráter de transgressão e é visto de forma negativa na sociedade.

Discusión: Os discursos representam toda a negatividade e o peso que uma gestação exerce na
vida das adolescentes, devido todos os fatores que envolvem uma gravidez precoce o medo
da reação dos pais, a dependência financeira, perda da liberdade, injurias, dentre outros. E
também pelo fato de ainda estarem no período de construção de sua identidade, aprendendo a
viver com as novas descobertas da adolescência, onde elas querem curtir os amigos, a escola e
os possíveis relacionamentos afetivos de sua vida.

Conclusión: Percebemos que todas as adolescentes representaram a gravidez como um


sentimento extremamente negativo, essa representação parte também de uma construção social
em que a adolescente ancora todo o caráter intempestivo que envolve a gravidez precoce.

38. Mª del Pilar Domínguez Castillo. Universidad de Valencia (Área temática: Enfoques
metodológicos)
La aproximación narrativa y la teoría fundamentada como metodología para el
estudio de la salud bio-psico-social

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