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NO PAÍS DE OLUPANDU
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CENA 1
Vocês precisam entender que “ o nosso medo mais profundo é reconhecer que somos
inconcebivelmente poderosos”. O mal jamais pode ser temido. O mal deve ser combatido! E o
mal, não se combate com o mal. O bem é uma arma muito mais poderosa que o mal.
Portanto, é com o ele que nós devemos lutar e vencer o mal...
Dr. Quer fazer o favor de nos acompanhar? - Disse em uma voz grossa e irada o comandante
Sabata, ele era um homem temido no país de Olupandu, havia sozinho derrotado mais de 300
homens em duas batalhas no Congo e na R.C.A, era o homem pessoal de Wassaka, a ele recaia
o trabalho sujo do presidente.
Num ataque súbto, Lucas um dos melhores estudantes do professor, levanta-se e se coloca na
dianteira do professor com a intenção de impedir que o levassem. Não podem levá-lo! – disse
Lucas. – com que direito vocês se julgam de fazer o que estão fazendo?
Mal terminou de reivindicar,foi impedido pelo choque da coronha da arma que impeliu no seu
rosto um clarão que o levou ao desmaio.
Levem-me! Exclamou o professor na tentativa de evitar que que continuassem a agredir Lucas.
Dois guardas seguraram-no pelos braços e o conduziram para fora junto de uma das viaturas
do exército. Outros guardas no entanto, dirigiram-se para o interior da sala sob a ordem de
matar todos os 17 estudantes daquela classe, e assim o fizeram. Metralhadoras foram
descarregadas sobre aqueles jovens desarmados, indefesos e inofensívos. Uma autêntica
carnificina. O professor Mackenze não conseguia acreditar no que os seus olhos estavam a ver.
Deseperadamente gritava; parem-parem por favor! Eles não causam nenhum perigo, não
façam isso. Algemado e preso entre os dois guardas não podia ajudar e ainda que quisesse,
seria outra vítima daquele imbroglio. Chorava desalmadamente, o seu rosto ficou inundado de
lágrimas, ranho e saliva viscosa que escorriam da sua boca. Caiu de joelhos no chão perdendo
todas as suas forças, quase sem voz questionava: porquê? Porquê? Porquê meu Deus?
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De seguida, foi colocado em uma viatura arrastado pelos homens em um estado de choque e
seguiram viagem deixando para trás em volto em poeira um cemitério ao descoberto.
CENA Nº 2
Ha um caminho só,
É uma igreja pequena e símples típica das contruções rurais da África, no interior, rostos
pálidos e humildes entoam com fé as estrofes do hino inicial que antecede ao culto solene.
Mackenze está sentado junto de sua mãe e sua irmã mais nova. Ele tem apenas 14 anos de
idade mas ja pensa como homem grande. Talvés devesse pelo facto de seu pai o pastor
Lupandu fosse muito dedicado a educação do menino. Sua mãe, Maria Lupandu era uma
mulher bastante virtuosa, apesar de ser uma mulher iletrada sempre soube cuidar da sua
família. Ela é muito bonita, tem os cabelos lisos e a pele clara e sempre se veste com o maior
pudor e decência, afinal, ela é a esposa do pastor. Seu pai o Pastor Lupandu, é um homem
robusto, escuro, tem os olhos rasgados e brancos, mede cerca de 1m e 87 cm, pesa cerca de
100 kg. Apesar da sua enorme barba preta e grisalha que lhe oferece um ar de bastante
autoridade, ele é um homem de coração tino temente a Deus que procura sempre educar seus
filhos dentro dos padrões bíblicos.
Mackenze brincava com sua irmã quando sua mãe os interrompeu advertindo-o que se calasse
e prestasse atenção ao culto. Meninos – disse ela. É hora de ouvir a palavra; silêncio!
Mackenze gostava de ver e ouvir seu pai pregar, por isso, cedeu imediatamente a advertência
de sua mãe.
Então, uma voz grossa e afinada irrompeu os ouvidos dos crentes. Irmãos, hoje é o dia da
salvação. Hoje é o dia em que o senhor pergunta! Ha quem servirás?
Ha quem servirás?
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Estas palavras introdutórias parecem despertar a atenção dos crentes, eles ouvem com
bastante atenção a medida em que o pastor esplana sua omilia como se fosse o próprio Cristo
falando.
Há dois caminhos a seguir, dois caminhos estão diante de nós – continuou o pastor. Entre estes
dois caminhos ha que decidir para qual seguir, ao largo ou ao estreito? Ao longo ou de perto?
Com o povo ou com a multidão caminharás? Tens de ver hoje com quem vais seguir oh meu
irmão, e te advirto! Não te percas na multidão. Jesus disse: ” Eis que Estou as portas e bato!
Quem abrir, ceará comigo e Eu com ele”. Amém! Em alvoroço os crentes respodem... amém!
Jesus disse mais; “ conhecereis a verdade e a verdade vos libertará! Jesus é esta verdade, a sua
palavra contida na bíblia é a verdade, e esta verdade deve ser o nosso código de conduta.
Havia um homem chamado Moisés que lhe foi incumbida a responsabilidade de libertar uma
nação, uma nação real mas que era escarvisada por uma outra, uma nação que se conformou
com a escravidão, uma nação que temeu e deixou de confiar em Deus. Mas Deus, não os
abandonou, porque Ele não abandona os seus filhos. Então, Deus levantou um homem que era
pastor de ovelhas e lhe deu uma missão, uma missão que era impossível aos olhos da
inteligência humana, uma missão suicida. Então disse Deus chamou de cima de uma encosta,
Moisés! E ele respondeu, eis-me aqui! E disse mais Deus, Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob. Tenho visto atentamente a aflição do meu povo
que está no Egipto, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exactores, porque conheci
as suas dores. Esta palavra é a prova de que O Deus todo poderoso conhece o sofrimento do
nosso povo. O país de Olupandu e o seu povo precisa elevar o seu clamor até ao Senhor para
assim como operou na antiguidade, nos enviar também um libertador. E!!! Creio que o Senhor
meu Deus a quem eu confio ja tenha feito diligências quanto a isso.
Este libertador, pode estar algures em Olupandu quem sabe até mesmo aqui conosco.
Lembrem-se, quando ele chegar deverá apenas confiar no Senhor, porque Ele, somente Ele
conhece o princípio e o fim de todas as coisas. Ele é quem dá a sabedoria e a força, Ele, apenas
Ele é o escudo contra os dardos inflamados do malígno.
Estas palavras ecoavam nos ouvidos do pequeno Mackenze com tanta emoção que ele
conseguia se imaginar como o hebreu Moisés a conduzir o seu povo a terra prometida. Ele
podia se ver enfrentando o faraó, imaginava-se com o seu cajado a abrir o mar vermelho...
quando repente voltou para o mundo real com uma ligeira dor no rosto do tapinha que sua
mãe lhe deu enquanto engrenava em suas ilusões.
Vamos – disse a sua mãe - a igreja é um lugar sagrado, deve-se ficar sempre reverente…
CENA 3.
Mufasa era um lider querido e muito estimado pelo seu povo era carismático e dedicado a
causa destes, depois que seu país foi libertado do jugo colonial Inglês em 1980, em um
congresso ele e mais 50 homens juraram e idealizaram uma nação próspera que pudesse ser o
lar do natural e do estrangeiro, um lugar de oportunidades para todos os que quisessem e
estivessem dispostos a fazer de Olupandu o país da verdadeira graça. Um país que brilhasse no
mundo e contrastasse com as histórias hostis que se contam da África. Casou-se com Njolela e
foram abençoados com Marta que era a mascote e símbolo da sua união. Cuidavam-na como o
bem mais precioso que possuiam ela refletia o amor que uniu aquelas duas almas, pois que o
amor do presidente Mufasa e da primeira dama Njolela, era a fonte de poder daquele grande
lider comprovando deste jeito a teoria de que o nosso conjuge pode ser o trampolim para o
nosso sucesso e realização ou nos levar a maior desgraça. No caso de Mufasa, Njolela era o seu
baluarte.
Estava o presidente Mufasa fazendo a sua caminhada matinal com sua esposa, desfrutando da
linda paizagem que decorava o exterior da sua residência quando o seu secretário se
aproximou com o telemóvel na mão. Sem expressar uma palavra, fazendo apenas uso da
linguagem gestual, o presidente perguntou quem estava na linha, - o senhor ministro da
construção- respondeu o secretário. Olhou para o relógio recebeu o telemóvel, afastou-se
alguns metros da primeira dama e permaneceu alguns segundos em silêncio, seguidamente
soltou apenas duas palavras- está bem, nos encontramos em 30 minutos!
Apressadamente dirigiu-se para o interior da casa quando se deparou com Marta a sua
pequena princesa. Marta tinha apenas 12 anos de idade nesta altura. Oh Marttinha! era a
forma carinhosa que o presidente a chamava, - para onde vais?
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Quem? A vovô minha mãe? Oh, preciso que contes ao detalhe este sonho. Vamos tomar o
pequeno almoço enquanto me contas as boas novas da minha mãe.
Seguiram juntos para o inetrior da mansão, quando iam se assentar a mesa, la vinha outra vez
o secretário com o telefone na mão, mas agora com um ar de bastante preocupação – sr
presidente! Exclamou o secretário.
O que foi, o que foi meu car...- ligação de emrgência sr presidente. Interrompeu o secretário.
Precisa atender!
Marta está com um ar de preocupada, ela precisa contar o sonho que teve ao seu pai, era um
recado importante de sua avô para ele. O sonho pareceu tão real que Marta transpirava de
tanta ansiedade. Levantou-se da mesa e saiu apressadamente ao encontro do seu pai no
escritório, assim que abriu a porta e teve acesso a sala, estava o seu pai a gritar ao telefone e
com um ar furioso, como nunca tinha visto antes. Papai, papai – tentava Marta atrair a
atençãio de seu pai, mas o sr presidente estava tão atento a conversa que não ouvia o
chamado da menina. Papai, papai! Insistia MARTA, estava aflita precisava contar tudo ao seu
pai antes que fosse tarde demais. Porém, o assunto que o presidente estava a tratar naquele
momento era de dimensão nacional e de grande relevância. Como o pai não atendia aos
apelos da menina, ela se aproximou e puxou pelo casaco do seu pai para atrair a atenção deste
quando de imediato recebeu um bafo de seu pai como nunca havia recebido antes. – sai
imediatamente daqui. Não vês que estou ocupado? Vai tratar seja o que for com a sua mãe.
Então, Njolela, saiu apressadamente ao encontro de Marta e tirou-lhe da presença do pai.
O que se passa filha? - Perguntou Njolela – partilha comigo. O quê que te encomoda querida?
Recado da vovô ao papá? Qual vovô filha?- da vovô Marta – retorquiu Marta.
Mas, a vovô Marta está no céu filha, como te comunicaste com ela?
Antes mesmo que terminasse de falar, ouviram o bater da porta do escritório e o presidente e
o secretário saíram apressadamente. – tenho um assunto importante para resolver, regresso
amanhã ao final do dia. Disse num tom apressado o sr presidente.
Mas assim, o quê que se passa? Questionou Njolela olhando confusa para o marido e para o
secretário.
Sem mais de longa beijou a boca de sua esposa e a testa de sua filha e saíu sem olhar para trás.
Com o semblante caído e lágrimas a jorrarem dos seus olhos e uma voz cálida disse: - que
impedissemos o papá de fazer esta viagem.
Njolela ficou apavorada, não sabia se poderia acreditar nas palavras da menina. Mas será que
não é um delírio de criança? Mas se for verdade? O que vai acontecer com o meu marido?
Fala-me mais deste sonho filha. Porquê que temos que impedir o papá de fazer esta viagem?
A vovô estava triste – continuou a menina – ela chorava muito e disse que se o papá fizesse
esta viagem nós ficariamos vulneráveis e eu acabaria sozinha no mundo. Mas tinha que ser
forte porque ela estaria sempre comigo.
Cena 4.
Seis carros faziam a escolta do Presidente, o conta Km marcava 120, entre árvores e arbustos
cortavam picadas deixandas para trás nuvens de poeira. A uns 10 Km do local, e todos
apreensivos na viatura Presidencial, subtamente viram-se em uma emboscada. Do lado direio
da vegetação eles vêm se aproximar velozmente um Oral Kamaze vindo em sua direcção, o
pânico aumenta na mediada em que o carro vai se aproximando. De repente, tiros começam a
ser ouvidos, a Tropa e a Policia que faz a escolta do presidente dispara ásperamente contra o
camião na tentativa de impedir que atingisse o carro onde estava o presidente. Segui-se a
resposta do grupo rebelde, homens encapuzados sobre motorizdas lançam garrafas com
gasólina e fogo nas viaturas governamentais fazendo com que estas ficassem em chama, as
forças do governo respondem com disparos, acidentes ocorrem, motas contra árvores, carros
em chama são abandonados pelos ocupantes e desgovernados embatem-se contra árvores e
outros obstaculos.
No interior do seu carro o presidente estupefacto pergunta: porque que estamos a ser
atacados por nós mesmos? Alguém pode me explicar o que está a acontecer?
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O Coronel Wassaka, cego pelo seu orgulho e possuído por uma onda de ira, conduz o camião
com avidez para embater contra o carro de Mufasa.
E como que numa comunicação telepática Wassaka retorquiu; Deus está morto, e acertou o
lado direito do carro do Sr.Presidente atingindo seu secretário e o segurança que não
resistiram ao combate. O Presidente ainda consciente procurava se segurar no interior da
viatura enquanto ela capotava rápido e insensantemente pelo vale.
Wassaka ria-se de Alegria, tinha alcançado o seu objectivo, finalmente poderia ser aquilo que
ele obstinava ser durante muito tempo.
Depois de mais de 5 acrobacias o carro do presidente embateu contra uma árvore que o fez
parar.
Wassaka se a proximou para verificar. Vai tirar dali o Presidente! orientou a um soldado.
Era o motorista que tentava dizer qualquer coisa, mas que não se percebia.
E o que faço com o motorista? Perguntou o soldado, o que não serve, vai pra vala –
hahahahaha. respondeu Wassaka em tom de ironia e gargalhadas.
Então o soldado puxou do coldre a sua 35 mm e disparou duas vezes na cabeça do motorista
sem pestanejar. Voltou a colocar a pistola no coldre e agachou-se para medir a pulsação do sr
presidente colocando-lhe as mãos no pescoço.
Cena n. 5
“ a terra é um planeta do sistema solar, situado entre martes e venus e é até ao momento o
único planeta onde há vida. Existe a mais de 7 milhões de anos e surgiu por meio de uma
explosão que científicamente denomina-se big bang, esta teoria foi apresentada por Charles
Darwin em ...
Em pesquisa...
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Cena n. 6
Marta e seus comparsas procuram por todos os meios esquivar-se dos militares do governo de
Wassaka que procuram encurralá-los para aniquilá-los.
A perseguição é intensa, a medida em que fogem parece se colocarem .am mais alhadas.
Parem! Diz Marta estridente e ofegante – precisamos nos separar, vamos nos encontrar no
ponto “D” dentro de sete horas. Boa sorte a todos.
Separam-se em grupos de três e tomaram direcções diferentes. Alguns entre eles ja nem
podiam correr de tanta exaustão, esgotados e desorientados se tornaram alvos fáceis para os
atiradores de Wassaka liderados pelo comandante Sabatha. Marta e mais dois de seus
comparsas correm desesparados em busca de um abrigo seguro. Ouvem-se tiros ao longe, o
seu grupo está desfeito, a sua etratégia de derrubar Wassaka fracassou completamente. Será o
fim da linha? Questiona-se! Porém recusa-se em aceitar este desfecho para a sua agridoce
vingança.
Do outro lado, outros três resistentes encontram-se literalmente no fim da linha. Correm sem
orientação quando se deparam com uma ribanceira. As tropas inimigas se aproximam
desabridamente, é o fim, não há maneira de escape. Cruzaram os olhares contristados,
chegou o momento que não esperavam mas sabiam que chegaria aqualquer altura. As suas
armas estão descarregadas, haviam jurado preferir a morte que a rendição, então um espírito
de coragem apossou-se deles, abraçaram-se afagadamente num verdadeiro acto de
camaradagem, inspirando profundamente o ar desembainharam suas baionetas e desataram a
correr em magnífico acto heróico em direção a a tropa que não hesitou em acionar o gatilho e
descarregar rajadas de balas sobre aqueles.
Da outra margem do rio, o grupo de Marta observa uma pequena casa abandonada, podia ser
um lugar para se recompor do desgaste físico e organizar as ideias, podia haver água e algum
mantimento, pensavam. Vamos repousar um pouco ali - disse Marta! Não, este lugar é muito
vulnerável, além do mais os soldados de Sabatha daqui a pouco nos alcançam, não temos
tempo. Retorquiu um dos parceiros.
Deixa-me chegar para averiguar, sugeriu o outro homem. Está bem! Consentiu Marta.
Então saíu o homem em direcção a casa enquanto Marta e o outro companheiro davam-lhe
cobertura. O homemem aproximou-se da casa, fez uma vistoria, assobiou e acenou dizendo
que era seguro se aproximarem. Ambos seguiram até a casa. Era um escombro que refletia o
contacto que manteve com balas e projectis, estava toda suja e empoerada. Os móvies todos
quebrados. Revistaram os compartimentos na esperança de achar agum suprimento mas sem
sucesso. A casa estava vazia fazia muito tempo.
Quanto tempo nos resta até ao ponto D? Perguntou Marta. Cerca de quatro horas, respondeu
um dos homens olhando para o sol através de uma janela quebrada e revestida de teias de
aranha.
Okay, vamos esperar pelo cair da noite para escaparmos. Tchaly ficas de vigia durante a
primeira hora, orientou Marta.
Não! Temos que saír já, retorquiu Tchaly espreitando pela janela. Temos companhia!
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Marta aproximou-se da janela e viu o contigente inimigo que rapidamente se aproximava. Era
uma armadilha, eles foram propositadamente conduzidos até ali.
Vamos... precisamos sair, vamos, vamos... mal terminou de falar Marta, um projectil de bazuca
atingiu o escondrijo e tudo escureceu.
Cena n. 7