Você está na página 1de 2

ESTUDO 3 – A REFERÊNCIA DOS PRINCÍPIOS – 18-07-2023 (série “Creio e sou Ensinado”). Hoje vamos estudar Mateus 5.

17-20 — “17Não pensem que


vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, mas para cumprir. 18Porque em verdade lhes digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til
jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. 19Aquele, pois, que desrespeitar um destes mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a
fazer o mesmo, será considerado mínimo no Reino dos Céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos
Céus. 20Porque eu afirmo que, se a justiça de vocês não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrarão no Reino dos Céus”.
Antes de tudo se você não é inscrito neste canal faça a sua inscrição e ative o sininho para ser avisado de futuras publicações.
Jesus falou no início do Sermão do Monte sobre o caráter do discípulo e sua influência no mundo, através de boas obras; naturalmente resultantes da fé que
produz obras e não o contrário. Agora prossegue mostrando que o caráter e a influência devem ser usados com uma justiça que exceda aos religiosos de
seu tempo. Em outras palavras, Jesus está mostrando quatro aspectos:
1º.)QUE VEIO CUMPRIR OS PRINCÍPIOS DE DEUS (v.17-18) “17Não pensem que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, mas para
cumprir. 18Porque em verdade lhes digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”. Aqui Jesus
rejeita a acusação dos religiosos de que era um revolucionário destrutivo, que estava rompendo com os laços com o passado, que estava proclamando
novismos e que, portanto, o seu ministério estava em conflito com o Antigo Testamento (v.17). No v.18 Ele afirma que iria cumprir e nada seria tirado – nem
um iota (jota) ou uma keraia (til). Calvino (Com. Mt 5.17) diz: “...devemos nos revestir de prudência e moderação tal que convença o povo de que não
estamos nos opondo à eterna Palavra de Deus, ou introduzindo qualquer novidade que seja contrária às Escrituras...”.
2º.)QUE OS SEUS DISCÍPULOS DEVEM OBSERVAR E ENSINAR OS PRINCÍPIOS (v.19b): “aquele, porém, que os observar e ensinar”. Diz Hendriksen (Mateus, p. 419):
“Os rabinos dividiam a lei em 613 mandamentos. Consideravam que 248 era de caráter positivo e 365 negativo. Mantinham longos debates acerca de
mandamentos mais pesados e mais leves”. Ora, Jesus sem dúvida está considerando a fé e as obras; a prática e o ensino da Palavra de Deus. Em Mt 23.23,
na seção dos “ais”, Nosso Senhor considera que os fariseus e escribas: “...desprezam os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé”.
Portanto, a prática da Palavra de Deus e o ensino devem andar juntos.
3º.)QUE A JUSTIÇA DELES DEVE EXCEDER A DOS RELIGIOSOS DE SEU TEMPO (v.20a): 20Porque eu afirmo que, se a justiça de vocês não exceder em muito a dos
escribas e fariseus...”. Jesus mostra que a justiça requerida por Deus envolve o que a pessoa é e o que faz, pois o Deus santo vê o coração, cf. 1Sm 16.7 –
“...Porque o SENHOR não vê como o ser humano vê. O ser humano vê o exterior, porém o SENHOR vê o coração”. Ora, os fariseus e escribas aceitavam
uma justiça externa no cumprimento da Palavra de Deus, mas a usavam para se justificar diante das pessoas, Lc 16.15 – “Vocês são os que se justificam
diante dos homens, mas Deus conhece o coração de vocês”. Jesus disse que a justiça de seus discípulos deveria exceder em muito a desses religiosos, Mt
6.1 – “Evitem praticar as suas obras de justiça diante dos outros para serem vistos por eles; porque, sendo assim, vocês já não terão nenhuma recompensa
junto do Pai de vocês, que está nos céus”.
4º.)QUE DEUS EXECUTARÁ O SEU JUÍZO (v.19a e 20b): “19Aquele, pois, que desrespeitar um destes mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros
a fazer o mesmo, será considerado mínimo no Reino dos Céus... se a justiça de vocês não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrarão no
Reino dos Céus”. Ora, Deus é o justo e reto juiz, Sl 119.137 – “Justo és tu, SENHOR, e retos são os teus juízos”. Dt 32.4 – “Eis a Rocha! Suas obras são
perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo. Deus é fidelidade, e nele não há injustiça; é justo e reto”. Ele retribuirá a cada um segundo as suas obras,
Mt 16.27 – “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras”. (leia, também
Rm 2.5-11).

Você também pode gostar