ANGLO VESTIBULARES

NOME NÚMERO

PROVA GERAL - P • 2 - ALFA TIPO B-1

INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA

LEIA COM MUITA ATENÇÃO
1. Esta prova contém 105 questões, cada uma com 5 alternativas, das quais so-
mente uma é correta.
ATENÇÃO:
As questões 1 a 6 são relativas à Literatura – Obras Fuvest e Literatura – Alfa. Você
deverá responder somente a um dos tipos e assinalar no cartão de respostas a
opção escolhida.
As questões 91 a 105 são relativas às Disciplinas Complementares. Essas ques-
tões somente deverão ser respondidas caso o material tenha sido trabalhado em
sala de aula.
2. O cartão de respostas será entregue com o caderno de questões. Ele deve ser
preenchido e devolvido ao examinador ao término da prova.
3. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que
estiver em branco.
4. Assinale a resposta preenchendo totalmente, com caneta preta, o respectivo
alvéolo, com o cuidado de não ultrapassar o limite dele.
5. Não assina­le as respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO

6. Preencha os campos “nome” e “número” cuidadosamente para não ultrapassá-los.

7. Não rasure, não dobre nem amasse a folha de respostas.
8. Não escreva nada no cartão de respostas fora dos campos reservados.
9. É terminantemente proibido retirar-se do local da prova antes de decorridos
90 minutos (1 h e 30 min) após o início, qualquer que seja o motivo.

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CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS
1 18
1 2

H He
hidrogênio hélio
1,008 4,0
2 13 14 15 16 17
3 4 5 6 7 8 9 10

Li Be B C N O F Ne
lítio berílio boro carbono nitrogênio oxigênio flúor neônio
6,94 9,0122 10,81 12,011 14,007 15,999 18,998 20,180

11 12 13 14 15 16 17 18

Na Mg A Si P S C Ar
sódio magnésio alumínio silício fósforo enxofre cloro argônio
22,990 24,305 26,982 28,085 30,974 32,06 35,45 39,948
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
potássio cálcio escândio titânio vanádio crômio manganês ferro cobalto níquel cobre zinco gálio germânio arsênio selênio bromo criptônio
39,098 40,078(4) 44,956 47,867 50,942 51,996 54,938 55,845(2) 58,933 58,963 63,546(3) 65,38(2) 69,723 72,630(8) 74,922 78,971(8) 79,904 83,798(2)

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
rubídio estrôncio ítrio zircônio nióbio molibdênio tecnécio rutênio ródio paládio prata cádmio índio estanho antimônio telúrio iodo xenônio
85,468 87,62 88,906 91,224(2) 92,906 95,95 [98] 101,07(2) 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60(3) 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86

Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
césio bário háfnio tântalo tungstênio rênio ósmio irídio platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polônio astato radônio
132,91 137,33 178,49(2) 180,95 183,84 186,21 190,23(3) 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 [209] [210] [222]

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118

Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh F Mc Lv Ts Og
frâncio rádio rutherfórdio dúbnio seabórgio bóhrio hássio meitnério darmstádtio roentgênio copernício nihônio fleróvio moscóvio livermório tenessino oganessônio
[223] [226] [267] [268] [269] [270] [269] [278] [281] [281] [285] [286] [289] [288] [293] [294] [294]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Número Atômico
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Símbolo lantânio cério praseodímio neodímio promécio samário európio gadolínio térbio disprósio hólmio érbio túlio itérbio lutécio
Nome 138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36(2) 151,96 157,25(3) 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
Massa Atômica 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103

Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
( ) = nº- de massa do actínio tório protactínio urânio netúnio plutônio amerício cúrio berquélio califórnio einstênio férmio mendelévio nobélio laurêncio
isótopo mais estável [227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]

(IUPAC*. 28.11.2016.)
* Valores de Massa Atômica arredondados

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LITERATURA – OBRAS FUVEST
1. — Deus fez pretos porque tinha de os haver. Tinha
de os haver, meu filho, Ele pensou que realmente tinha
de os haver... Depois arrependeu-se de os ter feito por-
que os outros homens se riam deles e levavam-nos pa-
ra as casas deles para os pôr a servir como escravos ou
pouco mais. Mas como Ele já os não pudesse fazer ficar
todos brancos porque os que já se tinham habituados a
vê-los pretos reclamariam, fez com que as palmas das
mãos deles ficassem exatamente como as palmas das
mãos dos outros homens. E sabes por que é que foi? Cla-
ro que não sabes e não admira porque muitos e muitos
não sabem. Pois olha: foi para mostrar que o que os ho-
mens fazem, é apenas obra de homens... Que o que os
homens fazem é feito por mãos iguais, mãos de pessoas
que se tiverem juízo sabem que antes de serem qualquer
outra coisa são homens. Deve ter sido a pensar assim
que Ele fez com que as mãos dos pretos fossem iguais às
mãos dos homens que dão graças a Deus por não serem
pretos.
HONWANA, Luís Bernardo. “As mãos dos pretos”.
In: Nós matamos o cão tinhoso.
São Paulo: Kapulana, 2017, p. 109.
O discurso da personagem para uma criança
A) propõe-se a elaborar uma justificativa para revoltas
sociais.
B) vale-se do mito para conscientizar sobre exploração
social.
C) volta-se contra o discurso religioso assegurando valo-
res morais.
D) centra-se no desprezo contra uma parcela opressora
da população.
E) inclina-se a considerar justas todas as formas de dife-
renciação social.
2. Quando Yaqub chegou do Líbano, o pai foi buscá-lo
no Rio de Janeiro. O cais da praça Mauá estava apinha-
do de parentes de pracinhas e oficiais que regressavam
da Itália. Bandeiras brasileiras enfeitavam o balcão e as
janelas dos apartamentos e casas, rojões espocavam no
céu, e para onde o pai olhava havia sinais de vitória. Ele
avistou o filho no portaló do navio que acabara de chegar
de Marselha. Não era mais o menino, mas o rapaz que
passara cinco dos seus dezoito anos no sul do Líbano. O
andar era o mesmo: passos rápidos e firmes que davam
ao corpo um senso de equilíbrio e uma rigidez impensá-
vel no andar do outro filho, o Caçula.
HATOUM, Milton. Dois irmãos.
São Paulo: Companhia das letras, 2000, p. 13.
No trecho, o narrador
A) inclui-se na narrativa, referindo-se ao próprio pai.
B) destaca o entusiasmo de Yaqub ao retornar ao Brasil.
C) celebra a volta de Yaqub, consagrado com vitórias in-
ternacionais.
D) situa temporalmente a narrativa no final da Segunda
Guerra Mundial.
E) mostra a alegria do povo brasileiro com a vitória em
um torneio esportivo mundial.
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3. Padrão
O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
PESSOA, Fernando. Mensagem.
Cotia: Ateliê Editorial, 2015, p. 132.
A segunda parte de Mensagem, composta por textos que
abordam o processo de expansão marítima, elenca uma
série de personagens históricas ligadas à conquista de
ação lusitana de enfrentar oceanos desconhecidos. No
poema, Diogo Cão, em primeira pessoa,
A) lamenta, na referência à “Cruz ao alto”, as derrotas
portuguesas.
B) sugere, pela repetição da palavra Deus, que a obra lu-
sitana superou a divina.
C) indica, por meio de vocábulos religiosos, que a Histó-
ria cumpre desígnios místicos.
D) revela, pela menção a impérios antigos, a superiorida-
de do passado sobre o futuro.
E) reconhece, por meio da expressão “obra ousada”, a
ambição desmesurada dos portugueses.
4. Maria Benedita pouco mais resistiu; gastara as for-
ças e sentia a necessidade de revelar alguma cousa. D.
Fernanda escutou-a comovida. O Sol vinha já lambendo
as cercanias do banco, não tardou que lhes trepasse aos
sapatos, à barra dos vestidos e aos joelhos; mas nenhu-
ma deu por ele. O amor as absorvia; a exposição de uma
tinha para a outra um enlevo raro. Era uma paixão não
sabida, não compartida, não adivinhada; paixão que ia
perdendo de índole e de espécie para se converter em
adoração pura. A princípio, quando ela via a pessoa ama-
da, passava por dous estados mui diversos, – um que
não podia definir, alvoroço, tonteira, pancadas no cora-
ção, quase um desmaio; o segundo era de contempla-
ção. Agora era quase que só este. Tinha chorado muito,
consigo, perdera noites e noites de saudades; pagou
caro a ambição das suas esperanças. Mas não perderia
nunca a certeza de que ele era superior a todos os de-
mais homens; um ente divino, que, ainda não fazendo
caso dela, mereceria sempre ser adorado.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba.
São Paulo: Moderna, 2016, p. 197.
Considerado no contexto do romance Quincas Borba, o
trecho atesta
A) o moralismo que condena as ambições desmesura-
das ao fracasso.
B) a recuperação do estilo barroco ao trabalhar a duali-
dade das emoções.
C) o apego a descrições naturalistas que associam o Sol
a paixões ardentes.
D) o gosto pelo pessimismo e pelo macabro da relação
entre paixão e morte.
E) a ironia do romance realista em relação à passionali-
dade de molde romântico.
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5. [...] B) profetizam a pobreza do Brasil e a exclusão social da
Dorme, meu menino, dorme... população.
Dorme e não queiras sonhar. C) defendem as disposições reinóis contra a sede de am-
Morreu Felipe dos Santos bição dos brasileiros.
e, por castigo exemplar, D) mostram como a repressão não distinguia ricos e po-
depois de morto na forca, bres no Brasil setecentista.
mandaram-no esquartejar! E) configuram Felipe dos Santos como maior herói na-
cionalista do século XVIII em Minas Gerais.
Cavalos a que o prenderam,
estremeciam de dó,
6. Bom camarada, Moisés. Dera-me um livro para me
por arrastarem seu corpo
distrair. A réstia descia a cadeira, atravessava os tijolos
ensanguentado, no pó.
e ganhava a parede. O cego dos bilhetes de loteria apre-
Há multidões para os vivos:
goava o número, batendo com o cajado no chão do café;
porém quem morre vai só.
a mulher da Rua da Lama cruzava os dedos magros nos
Dentro do tempo há mais tempo, joelhos; Lobisomem parecia um velho decrépito. Essas
e, na roca da ambição, figuras vinham sem nitidez, confundiam-se. Antônia ar-
vai-se preparando a teia rastava os chinelos, mostrava as pernas cobertas de mar-
dos castigos que virão: cas de feridas e cantava uma cantiga vagabunda. Mas a
há mais forcas, mais suplícios cantiga se transformava: “Assentei praça. Na polícia eu
para os netos da traição. vivo...” E Antônia era o cabo José da Luz. Em pé, defron-
te da prensa de farinha, oferecia-me uma xícara de café.
Embaixo e em cima da terra, Antônia, cabo José da Luz, Rosenda – uma pessoa só.
O ouro um dia vai secar. Às vezes apareciam três corpos juntos com rostos iguais,
Toda vez que um justo grita, outras vezes era um corpo com três cabeças.
um carrasco o vem calar. RAMOS, Graciliano. Angústia.
Quem não presta, fica vivo: Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 220.
quem é bom, mandam matar.
[...] O trecho é expressivo de características típicas do ro-
mance Angústia na medida em que compõe uma atmos-
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência.
São Paulo: Global, 2015, p. 33-34. fera de
A) amizade fraterna e crítica social.
No trecho do “Romance V – ou da Destruição de Ouro
B) diversidade social e traços humorísticos.
Podre”, as reflexões sobre o tempo e os acontecimentos
C) densidade psicológica e perturbação mental.
históricos
D) traços grotescos e eliminação da expressão individual.
A) prefiguram lances futuros e a persistência de injus­ E) sátira à intelectualidade e redução humorística das
tiças. personagens.

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 ANGLO VESTIBULARES ✉

LITERATURA – ALFA 3. Cessem do sábio Grego e do Troiano

As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
1.

REPRODUÇÃO/MUSEU METROPOLITANO DE ARTE, NOVA YORK, EUA

Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas.
A estrofe de Os Lusíadas, entendida no contexto da obra
de que faz parte, atesta
A) o menosprezo renascentista por referências antigas,
como em “Cessem do sábio Grego e do Troiano / As
navegações grandes que fizeram;”.
B) a convicção de que os portugueses superaram gran-
des referências históricas, como em “Que outro valor
mais alto se alevanta.”.
C) o impulso pacifista das ações lusitanas, como em
“Cale-se de Alexandre e de Trajano / A fama das vitó-
rias que tiveram;”.
Claude Monnet. Banhistas em Grenouillère (1867) D) a descrença na força estética da poesia, como em
Claude Monet foi contemporâneo da popularização da “Cesse tudo o que a Musa antiga canta”.
fotografia no século XIX. Sua visão do espaço marca di- E) o resgate da fé em divindades antigas, como em “A
ferença em relação à expressão fotográfica ao quem Netuno e Marte obedeceram.”.

A) inverter a paleta de cores típica da paisagem. 4. Pelo sertão adentro nos pareceu muito grande vista
B) expor criticamente formas de convivência burguesas. do mar, porque ao estender olhos, não víamos senão ter-
C) criar um ambiente onírico desvinculado da realidade. ra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até
D) condensar elementos da paisagem em pinceladas rá- agora, não pudemos saber se há ouro ou prata, nem aqui
pidas. vimos sinais de metal ou ferro. Porém a terra em si é de
E) intensificar o detalhismo pouco explorado nas foto- muito bons ares, tão frios e temperados como os de Entre
grafias. Douro e Minho, porque neste tempo de agora os sentimos
exatamente como os de lá. As águas são muitas, infindas.
2. Para as cidades europeias, a passagem dos sécu- Esta terra é de tal maneira graciosa que, querendo-a ex-
los constitui uma promoção; para as americanas, a dos plorar, dar-se-á nela tudo, em virtude das águas que tem.
anos é uma decadência. Pois não são apenas construídas Porém, o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece
recentemente; são construídas para se renovarem com que será salvar esta gente, e esta deve ser a principal se-
a mesma rapidez com que foram erguidas, quer dizer, mente que Vossa Alteza nela deve lançar.
mal. No momento em que surgem, os novos bairros nem CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de achamento do Brasil.
sequer são elementos urbanos: são brilhantes demais, Campinas: Editora da Unicamp, 2021, p. 115.
novos demais, alegres demais para tanto. Mais se pensa-
ria numa feira, numa exposição internacional construída O trecho da carta de Pero Vaz de Caminha deu origem
para poucos meses. Após esse prazo, a festa termina e a uma conhecida expressão brasileira, conhecida pela
esses grandes bibelôs fenecem: as fachadas descascam, redação
a chuva e a fuligem traçam seus sulcos, o estilo sai de A) “em se plantando, tudo dá”.
moda, o ordenamento primitivo desaparece sob as de- B) “nem tudo que reluz é ouro”.
molições exigidas, ao lado, por outra impaciência. Não C) “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
são cidades novas contrastando com cidades velhas; D) “quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
mas cidades com ciclo de evolução curtíssimo, compa- E) “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
radas com as cidades de ciclo lento. Certas cidades da
Europa adormecem suavemente na morte; as do Novo
Mundo vivem febrilmente uma doença crônica; eterna-
mente jovens, jamais são saudáveis, porém.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos.
São Paulo: Companhia das letras, 1996, p. 91-92.
O livro Tristes trópicos, do antropólogo francês Claude
Lévi-Strauss, é uma obra híbrida, em que se fundem,
dentre outros, elementos de Antropologia, Sociologia e
Literatura. O aspecto literário de suas considerações po-
de ser associado ao
A) emprego de metáforas e de personificações, que ex-
pandem o sentido do texto.
B) ritmo bem acentuado, que evoca a típica musicalida-
de de um texto em versos.
C) dinamismo típico dos espaços modernos, acentuado
pela sonoridade expressiva.
D) destaque à subjetividade, capaz de suprimir senti-
mentos à dicotomia entre cidades.
E) jogo de opostos, responsável por atribuir sentido ne-
gativo ao tradicionalismo europeu.

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5. Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem
que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez
Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores
fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte
há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma
parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma
parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta
que não havemos de ver num sermão duas palavras em
paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu
contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e
também o das palavras. As estrelas são muito distintas e
muito claras. Assim há-de ser o estilo da pregação; muito
distinto e muito claro. E nem por isso temais que pare-
ça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas e muito
claras, e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito
alto; tão claro que o entendam os que não sabem e tão
alto que tenham muito que entender os que sabem.
VIEIRA, Pe. Antonio. Sermão da sexagésima.
In: www.dominiopublico.org
No Sermão da sexagésima, padre Antonio Vieira defen-
de como devem ser os sermões, adotando como estraté-
gia discursiva
A) usar metáforas celestes para destacar a ignorância do
auditório.
B) incorporar ao discurso religioso referências astroló­
gicas.
C) criticar o excesso de racionalismo dos padres.
D) acusar os padres de não promoverem a paz.
E) imita o discurso daqueles que ataca.
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✉ PROVA GERAL — P-2
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6. Ó tu do meu amor fiel traslado 1
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida 2,
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.
Ambos, de firmes, anelando 3 chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro,
Nas constâncias iguais, iguais nas famas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro;
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 239.
1. traslado: imitação.
2. apetecida: cheia de desejo.
3. anelando: desejando com veemência.
O soneto de Gregório de Matos, exemplar de princípios
barrocos tanto na linguagem quanto na visão de mundo,
apresenta uma temática expressa por
A) sátira dos orgulhosos e ambiciosos.
B) religiosidade marcada pela humildade.
C) lirismo amoroso pautado pela frustração.
D) caráter erótico na metáfora do ardor sexual.
E) resignação perante a grandiosidade de Deus.
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DISCIPLINAS DE NÚCLEO COMUM
Texto para as questões de 7 a 10
Os versos a seguir foram extraídos da canção “Flor da
idade”, de Chico Buarque.
A gente faz hora, faz fila na vila do meio-dia,
Pra ver Maria.
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia.
A porta dela não tem tramela,
A janela é sem gelosia,
Nem desconfia.
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor...
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família,
A armadilha,
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha,
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha,
Que maravilha.
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor...
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua,
A gente sua.
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua.
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua.
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor...
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que
[amava Paulo
Que amava Juca que amava Dora que amava...
Carlos que amava Dora que amava Rita que amava Dito
[que amava Rita
Que amava Dito que amava Rita que amava...
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto
[que amava a filha
que amava Carlos que amava Dora que amava toda a
[quadrilha.
Disponível em: www.chicobuarque.com.br/obra/cancao/149.
Acesso em: 1o dez. 2022.
7. Em uma canção, é comum o emprego de expressões típi-
cas da oralidade cotidiana. É o que acontece nas seguin-
tes passagens do texto:
A) “Pra ver Maria” e “Vê passar ela”
B) “A janela é sem gelosia” e “Que maravilha”
C) “Nem desconfia” e “A gente sua”
D) “Na hora certa” e “Ai, a primeira dama”
E) “E continua” e “Carlos amava Dora”
8. Os versos finais de cada uma das estrofes iniciais trazem
substantivos que figurativizam
A) o consumo de álcool pela juventude.
B) as descobertas típicas da adolescência.
C) o desejo de superar o amor romântico.
D) as experiências sexuais frustradas.
E) os amores proibidos da vida adulta.
9. O uso sistemático da expressão “a gente” no texto mos-
tra que certos comportamentos são
A) exclusivos das mulheres da “vila do meio-dia”.
B) provocados pela insegurança dos moradores.
C) comuns a várias pessoas simultaneamente.
D) pouco habituais entre os jovens da região.
E) típicos de uma classe social mais abastada.
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10. A expressão “que amava toda quadrilha”
A) sugere que as relações afetivas do texto não eram
aceitas pela sociedade da época.
B) confirma a intertextualidade cúmplice estabelecida
com o famoso poema de Drummond.
C) retoma outras expressões polissêmicas do texto,
como “armadilha” e “despudorada”.
D) encerra canção aproximando-a do universo discursi-
vo da malandragem e da rebeldia.
E) rompe com a expectativa intertextual criada pela re-
petição da expressão “Carlos amava”.
11. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu a um
pedido da fabricante do uísque Johnnie Walker e proibiu
uma marca mineira de cachaças de operar sob o nome
de “João Andante”.
Por unanimidade, a Terceira Turma considerou ha-
ver semelhança entre as duas marcas e determinou o pa-
gamento de R$ 50 mil em danos morais a Diaego, dona
da Johnnie Walker.
A decisão confirma parcialmente sentença anterior
do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), para quem
a produtora de cachaça fez uma “nítida paródia” da mar-
ca Johnnie Walker. A única diferença foi que, no STJ, o
valor de danos morais, antes fixado em R$ 200 mil, foi
reduzido.
Na defesa perante o STJ, a Johnnie Walker alegou
que a semelhança vinha causando prejuízos e danos à
imagem da marca. Já a empresa mineira, que já trocou o
nome para “O Andante”, argumentou que a associação
dos nomes não causava nenhum dano à reputação da
fábrica de uísque, especialmente por se tratar de outro
tipo de produto, a cachaça.
Disponível em: valor.globo.com/empresas/noticia/2021/09/14/
stj-atende-pedido-de-dona-do-johnnie-walker-que-
probe-uso-da-marca-joo-andante-por-cachaa.ghtml?
utm_source=pocket_mylist. Acesso em: 1o dez. 2022.
De acordo com o texto, o fabricante de uma cachaça na-
cional precisou mudar o nome de seu produto de João
Andante para O Andante devido a um processo judicial
movido pela marca de uísque Johnnie Walker. A respei-
to do nome mais recente adotado pela empresa mineira
para a sua bebida, pode-se afirmar que ele
A) mantém explícita a paródia em relação à fabricante de
uísque.
B) desfruta de uma conotação exclusivamente positiva.
C) refere-se diretamente a todos aqueles que apreciam a
bebida mineira.
D) estabelece uma relação de reverência com a fabrican-
te de uísque.
E) foi motivado mais pela ação judicial do que pelo seu
caráter popular.
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Texto para as questões 12 e 13
As gramáticas normativas sempre se basearam nos
usos escritos, literários, para fazer o seu trabalho de
prescrição. Por isso, é claro que nelas não vamos encon-
trar uma descrição fiel e detalhada do que é, de fato, a
língua em seus usos mais espontâneos, característicos
dos estilos falados menos monitorados, nos dias de
hoje. Também nelas quase nunca aparecem as formas
inovadoras que já se firmaram também na escrita (ou,
quando aparecem, é para ser alvo de censura). As gra-
máticas prescritivas, em geral, fazem uma apresentação
anacrônica da língua, isto é, desvinculada dos usos reais
contemporâneos, até mesmo da escrita literária atual.
Por isso, as gramáticas prescritivas não podem servir de
material pedagógico para quem ensina língua hoje, no
Brasil, ou para quem ensina o PB [português brasileiro]
como língua estrangeira. [negrito do autor].
BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do
português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial.
12. No contexto em que ocorre a expressão “formas inova-
doras que já se firmaram também na escrita”, os termos
destacados sugerem que:
A) a escrita deve ser tomada como modelo de correção
para a língua falada.
B) o surgimento de variantes linguísticas se dá costu-
meiramente na língua falada.
C) as gramáticas tradicionais tomam a fala como modelo
de correção para a escrita.
D) a língua escrita abriga formas arcaicas que não se uti-
lizam na modalidade oral.
E) a mudança linguística é um processo lento que só
ocorre de fato na língua escrita.
13. Com base no fragmento lido, pode-se inferir o posicio-
namento do autor sobre o ensino e a aprendizagem da
língua. Segundo ele, tal ensino deve:
A) Priorizar usos típicos da norma-padrão, com o fim de
viabilizar o acesso dos estudantes a textos mais com-
plexos e formais.
B) Igualar as variadas manifestações linguísticas, valori-
zando a espontaneidade dos erros cometidos na fala
cotidiana.
C) Neutralizar a distinção entre variantes orais e escritas,
reconhecendo ambas como manifestações da identi-
dade dos falantes.
D) Abordar diversas variedades linguísticas, sem se limi-
tar apenas aos usos registrados nas gramáticas tradi-
cionais.
E) Privilegiar a língua falada contemporânea em detri-
mento da escrita literária, para valorizar os usos reais
da atualidade.
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Texto para as questão 14 a 16
É muito comum ouvirmos o argumento segundo o
qual produções culturais que reproduzem estereótipos
racistas não são discriminatórias porque promovem a
descontração das pessoas. Isso sempre ocorre durante
discussões sobre a representação de minorias raciais em
programas humorísticos. Por exemplo, Tião Macalé era
um personagem muito popular em um passado recente.
Vários indivíduos diziam que o programa do qual ele fa-
zia parte propagava o racismo, mas essa afirmação sem-
pre era imediatamente rejeitada. As cenas nas quais ele
aparecia envolviam situações bem similares. Ele estava
sempre em contextos nos quais o elemento cômico esta-
va associado a sua aparência física: sua pretensão de se
envolver sexualmente ou amorosamente com mulheres
brancas era vista como absurda por causa de sua feiura,
associada ao fato de ele ser negro. O ator que o interpre-
tava reproduzia expressões faciais que o faziam parecer
um símio. Essa referência simbólica era utilizada para
enfatizar o que para muitos era uma aparência repulsi-
va, motivo pelo qual os telespectadores só poderiam rir
de sua intenção de ser um par romântico de mulheres
brancas.
MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo.
São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019, p.18-19.
14. No excerto, o enunciador cita um posicionamento con-
trário à sua tese, recorrendo a uma relação interdiscursi-
va com a finalidade de:
A) sustentar sua argumentação por embasá-la em um
discurso dominante.
B) condenar a polarização entre diferentes atores no de-
bate sobre preconceito.
C) relatar de modo imparcial diferentes opiniões sobre
um mesmo fenômeno.
D) denunciar a predominância do racismo como estraté-
gia humorística no Brasil.
E) expor fragilidades de um posicionamento contrário,
com vistas a refutá-lo.
15. O termo em destaque pertence à classe dos substantivos
e contribui mais decisivamente para sintetizar um julga-
mento do enunciador em:
A) “reproduzem estereótipos racistas”.
B) “promovem a descontração das pessoas”.
C) “discussões sobre a representação de minorias ra-
ciais”.
D) “era vista como absurda”.
E) “era uma aparência repulsiva”.
16. “Essa referência simbólica era utilizada para enfatizar o
que para muitos era uma aparência repulsiva”.
Considerando o excerto lido, o termo em destaque na
passagem anterior permite inferir que:
A) a atuação do ator citado ridicularizava traços físicos
normalmente valorizados.
B) a caricatura é recurso usado para criar interpretações
desvinculadas da realidade.
C) os traços físicos associados à negritude eram vistos
por muitos como repulsivos.
D) os recursos dramáticos utilizados pelo artista amplia-
vam seu impacto cômico.
E) a criação de uma aparência repulsiva resultava essen-
cialmente do exagero cênico.
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17. Um dos minerais utilizados como fonte de magnésio é a Dolomita, cuja fórmula é CaMg(CO3)2, um sal de nome carbonato
duplo de cálcio e magnésio, nesse mineral são encontrados os três isótopos naturais do magnésio.
A massa atômica do elemento magnésio é igual a 24,30 u, valor obtido pela média ponderada dos seus isótopos representa-
dos a seguir:

Isótopos Massa atômica Percentagem em número de átomos

I Mg 24u 79%
II Mg 25u 10%
III Mg x 11%

A massa atômica do isótopo III e o número de átomos desse isótopo existentes em 106 fórmulas de dolomita são, respectiva-
mente, iguais a:
A) 24,4 u e 1,0 · 106 átomos D) 25,8 u e 2,0 · 104 átomos
B) 24,4 u e 1,4 · 106 átomos E) 25,2 u e 6,0 · 103 átomos
C) 25,8 u e 1,1 · 105 átomos

18. Considere que em um formigueiro existam 10 mil formigas e que cada formiga consuma, por dia, 2 000 moléculas de sacarose,
açúcar comum, (C12H22O11).
Quantos milhões de átomos de carbono são consumidos por essas formigas em 1 dia?
A) 2 milhões D) 24 milhões
B) 20 milhões E) 240 milhões
C) 20,4 milhões

19. Observe a ilustração.

n51 n52 n53 n54

III
II
e2
I

IV
e2

núcleo
V

–13,6 eV
Considerando que a energia dos níveis pode ser calculada pela expressão: En =
n2
Dados:
• n = nível de energia.
• eV = elétrons-volt (unidade de energia)
• ∆E = Emaior – Emenor

Espectro de radiação eletromagnética

Comprimento de onda
Região Frequência (Hz) Energia (eV)
(angstroms)
Rádio > 107 < 3 ? 1011 < 1023
Micro-ondas 107 2 2,5 ? 105 3 ? 1011 2 1013 1023 2 0,05
Infravermelho 5
2,5 ? 10 2 7 500 13
10 2 4 ? 10 14
0,05 2 1,5
Visível 7 500 2 4 000 14
4 ? 10 2 7,5 ? 10 14
1,5 2 3
Ultravioleta 4 000 2 10 14
7,5 ? 10 2 3 ? 10 17
3 2 103
Raios-X 10 2 0,01 17
3 ? 10 2 3 ? 10 20
103 2 105
Raios gama < 0,01 > 3 ? 1020 > 105

A transição que ocorre com maior liberação de energia está relacionada a uma determinada faixa do espectro eletromagnéti-
co, sendo que essa radiação se encontra na região:
A Infravermelho D) Raio-X
B) Visível E) Raios gama
C) Ultravioleta

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20. A mistura dos ácidos clorídrico e nítrico forma um agente 23. A análise elementar é um método clássico para a deter-
fortemente oxidante, capaz de dissolver metais nobres minação da composição de substâncias desconhecidas.
como o ouro. Sua ação é baseada na formação de cloro A análise de um composto orgânico determinou a se-
livre, conforme representado na equação não balancea- guinte composição percentual:
da a seguir:
HNO3 + HCℓ + Au → NOCℓ + Au3+ + H2O + Cℓ – H 7,86%

A soma dos coeficientes estequiométricos dos produtos O 35,95%

que contém o elemento cloro é igual a: C 40,45%
A) 3 N 15,74%
B) 6
C) 9 Sabendo que a massa analisada foi de 89 g, qual é a fór-
D) 12 mula molecular do composto?
E) 18 Dado:
• (Z): H = 1, C = 12, N = 14, O = 16.
21. O chimarrão é uma bebida à base de erva-mate típica
A) C2H6NO
da região Sul do país, consumida em diversos locais e
B) C5H2NO
ocasiões. Seu preparo consiste na adição de água quente
C) C3H5NO2
à erva-mate seca, dentro de uma cuia, da qual a bebida
D) C3H7NO2
é consumida diretamente com o uso de um tipo especial
E) C4H5NO2
de canudo (chamado também de bomba), tal qual mos-
trado na imagem.
24. Em uma aula de laboratório no Ensino Médio, um pro-
fessor dividiu os alunos em quatro grupos. Esses grupos
MARCUS Z-PICS/SHUTTERSTOCK deveriam verificar a condutibilidade elétrica de alguns
sistemas químicos e dar a correta explicação para o fa-
to observado. As experiências realizadas por cada  gru-
po são apresentadas a seguir:
Grupo A
Análise da condutividade elétrica do C12H22O11 puro no
estado líquido e do C12H22O11 aquoso.
Grupo B
Análise da condutividade elétrica do HCℓ puro no estado
líquido e do HCℓ aquoso.
Grupo C
Análise da condutividade elétrica do NH3 puro no estado
líquido e do NH3 aquoso.
Os processos envolvidos no preparo e no consumo do Grupo D
chimarrão são
Análise da condutibilidade elétrica do NaCℓ puro no esta-
A) centrifugação e destilação. do sólido e do NaCℓ aquoso.
B) dissolução e levigação.
C) extração e decantação. Considerando os conceitos de ionização e de dissociação
D) destilação e filtração. iônica nos experimentos, é correto afirmar que:
E) extração e filtração. A) A e C obtiveram exatamente o mesmo resultado ex-
perimental para a condutividade elétrica dos compos-
22. Receita de suspiros tos puros em cada grupo (não condutores) e para as
Ingredientes suas soluções aquosas (condutoras); e a explicação
para a condutividade elétrica das soluções envolveu o
• 2 claras mesmo conceito que é o de ionização.
• 10 colheres (sopa) de açúcar B) B e D obtiveram exatamente o mesmo resultado ex-
• Raspas de limão ou de laranja (opcional) perimental para a condutividade elétrica dos compos-
Modo de preparo tos puros em cada grupo (não condutores) e para as
suas soluções aquosas (condutoras);  e a explicação
1) Na batedeira, bata as claras por 8 minutos.
para a condutividade elétrica das soluções envolveu o
2) Ainda batendo, acrescente o açúcar aos poucos e con-
mesmo conceito que é o de dissociação iônica.
tinue batendo até ficar brilhante e firme. Nesse mo-
C) B e C obtiveram exatamente o mesmo resultado expe-
mento, se desejar, acrescente raspas de limão ou de
rimental para a condutividade elétrica dos compostos
laranja.
puros em cada grupo (não condutores) e para as suas
3) Modele pequenos montinhos e leve ao forno médio-
soluções aquosas (condutoras); e a explicação para a
-baixo (160 ºC) por cerca de 15 minutos ou até secar e
condutividade elétrica das soluções envolveu o mes-
dourar levemente por baixo.
mo conceito que é o de ionização.
Disponível em: https://anamariabraga.globo.com/receita/
D) C e D obtiveram exatamente o mesmo resultado ex-
delicioso-suspiro/. Acesso em: 26 out. 2022. (Adaptado).
perimental para a condutividade elétrica dos compos-
As etapas 1, 2 e 3 do preparo da receita correspondem, tos puros em cada grupo (não condutores) e para as
respectivamente, a transformações suas soluções aquosas (condutoras);  e a explicação
A) física, física e física. para a condutividade elétrica das soluções envolveu o
B) física, física e química. mesmo conceito que é o de dissociação iônica.
C) química, química e física. E) Os grupos A e C não obtiveram nenhum sistema con-
D) química, física e química. dutor, seja para a substância pura analisada ou para
E) química, química e química. suas soluções aquosas.

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25. Os fermentos químicos usados na indústria alimentícia

são normalmente sais que se decompõe no aquecimen- Rascunho
to liberando substâncias gasosas. O aumento de volume
da massa é provocado pela expansão dos gases gerados
no processo. Dentre os principais sais usados para essa
finalidade, destacam-se o bicarbonato de sódio, o bicar-
bonato de amônio e o hidrogenofosfato de sódio ou di-
-hidrogenofosfato de sódio.
As fórmulas químicas desses compostos são, respecti-
vamente:
A) NaHCO3, NH3HCO3, Na2HPO4, NaH2PO4
B) NaHCO3, NH3CO3, NaHPO4, Na2HPO4
C) NaHCO3, NH4HCO3, Na2HPO4, NaHPO4
D) NaHCO3, NH4HCO3, Na2HPO4, NaH2PO4
E) NaHCO3, NH4CO3, Na2HPO4, NaH2PO4

26. Alguns medicamentos para evitar a formação de cál-

culos renais contêm grande quantidade de íons citrato,
um ânion trivalente proveniente da ionização do ácido
cítrico, um ácido orgânico abundante em frutas como o
limão e a laranja. Esse íon é capaz de formar com o cálcio
um sal muito pouco solúvel e, com isso, capturar facil-
mente esses cátions presentes em nosso corpo.
Representando-se o ácido cítrico por X e o hidróxido de
cálcio por Y, pode prever que a equação balanceada que
representa a reação de neutralização total para formar o
citrato de cálcio é dada por:
A) 1 X + 3 Y → citrato de cálcio + 3 H2O
B) 1 X + 2 Y → citrato de cálcio + 3 H2O
C) 3 X + 2 Y → citrato de cálcio + 6 H2O
D) 2 X + 3 Y → citrato de cálcio + 6 H2O
E) 1 X + 3 Y → citrato de cálcio + 6 H2O

27. No processo de produção de papel, utiliza-se grande

quantidade de soda cáustica o que gera um efluente
fortemente alcalino necessitando de tratamento quími-
co antes de seu descarte no meio ambiente. Uma das
formas de se tratar esse efluente é pela adição direta de
ácido sulfúrico ou ácido nítrico na amostra básica.
O gráfico mostra algumas proporções de mistura entre
ácidos e bases para que ocorra a neutralização total.

Ácido (mol)
3

A B
2

C
1

1 2 3 Base (mol)
Nesse procedimento, o técnico pretendia utilizar o ácido
nítrico na neutralização total da base, logo o gráfico a
ser consultado é representado pela reta  , porém
ele adicionou incorretamente o ácido sulfúrico à amostra
básica. Ao se utilizar a curva da proporção do ácido nítri-
co, porém se utilizando do ácido sulfúrico, o sal formado
nessa reação foi o  .
As lacunas do texto, na ordem em que aparecem, são
preenchidas, respectivamente, por
A) B, NaHSO4 D) C, Na2SO4
B) B, Na2SO4 E) D, NaNO3
C) C, NaHSO4

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28. Uma partícula, com uma energia cinética de 2–5,0 joules, encontra-se em uma região considerada ponto de partida, e desloca-
-se até uma região considerada ponto de chegada, em que essa energia é de 2x joules.

CHEGADA
2x

multiplica por 2

225,0
PARTIDA
divide por √2

Nesse deslocamento, estando a partícula em uma região que não seja a última, ela passará necessariamente por uma região
adjacente. Se ela passar para a região acima dela, sua energia cinética é multiplicada por 2 e, se passar para a região à direita
dela, sua energia cinética é dividida por √2 .
Nessas condições, qual é o valor de x?
A) –4,0
B) –3,5
C) 3,0
D) –2,5
E) 2,0

29. Em um trabalho escolar, um aluno incluiu a seguinte ilustração de uma ameba, destacando cinco pontos, A, B, C, D e E, para
uma discussão posterior sobre a flexibilidade da membrana celular.

D
E

A C

30 μm

Ele também colocou uma escala gráfica na figura, pois as dimensões da bactéria teriam alguma importância nessa discussão.
A distância, em μm, do ponto A ao ponto C é aproximadamente igual a
A) 20.
B) 25.
C) 35.
D) 45.
E) 50.

30. Um suco concentrado de frutas de certa marca é vendido em garrafas de meio litro. Dos dados que constam na embalagem,
pode-se concluir que, para ser consumido, cada 125 mL desse suco deve ser diluído em 1 litro de água.
Adicionando água, na proporção indicada, ao conteúdo total de três dessas garrafas, quantos litros de suco diluído serão
obtidos?
A) 12,0
B) 12,5
C) 13,0
D) 13,5
E) 15,0

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31. Considere que x, y e z sejam variáveis positivas, tais que

z é diretamente proporcional ao quadrado de x e inversa- Rascunho
mente proporcional a y.
A tabela a seguir mostra alguns valores dos ternos
(x, y, z).

x y z
2 6 2
6 3 P

Qual é o valor numérico de P?

A) 6
B) 12
C) 18
D) 24
E) 36

32. Qual é o maior número de ângulos agudos internos que

um hexágono convexo por ter?
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5
E) 6

33. O hexágono convexo LESTHA  é equiângulo, e tal que

LE = 1, ES = 4, ST = 2 e TH = 4.
Sabendo que a área de um triângulo equilátero de lado

de medida 1 é
√3 , qual é a área desse hexágono?
4
27√3
A)
4
31√3
B)
4
35√3
C)
4
39√3
D)
4
43√3
E)
4

34. Observe as doze imagens.

Quantas delas apresentam simetria axial?

A) 3
B) 4
C) 5
D) 6
E) 7

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35. Sejam as circunferências de centros A e E. Uma reta r1 contém E e é tangente à circunferência de centro A no ponto T e uma
reta r2 é tangente à circunferência de centro A no ponto S. Essas retas interceptam a circunferência de centro E nos pontos B,
C, L e H, conforme ilustra a figura.

r1

T H

250º A 25º
E
C

L
S

r2

Sabendo que a medida do maior arco TS é 250º e que a medida do menor arco BC é 25º, qual a medida do ângulo HL̂E?
A) 17,5º
B) 32,5º
C) 37º
D) 45,5º
E) 60º

36. Considere a equação a seguir, na incógnita real x:

A · x –B = C
A, B e C são números reais.
Sobre essa equação são feitas três afirmações:
I. Independentemente dos valores de A, B e C, a equação admite solução.
II. Se A = 0, a equação não admite solução, independentemente dos valores de B e C.
III. Dependendo dos valores de A, B e C, é possível que a equação não tenha solução.
É(São) verdadeira(s), apenas, a(s) afirmação(ões):
A) I.
B) II.
C) III.
D) II e III.
E) I e III.

37. Leia as afirmações a seguir.

I. É possível que um retângulo tenha perímetro igual a 2 e área igual a 1.
II. É possível que um retângulo tenha perímetro igual a 8 e área igual a 4.
III. É possível que um retângulo tenha perímetro igual a √300 e área igual a 10.
É(São) correta(s), apenas, a(s) afirmação(ões)
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I, II e III.
E) II.

38. João tem três filhos, sendo de dois anos a diferença de idade entre os dois mais velhos e os dois mais novos. Atualmente, ele
tem o quádruplo da idade do filho mais novo e, daqui a dois anos, terá o triplo da idade que o filho do meio terá.
Qual é a idade atual do filho mais velho?
A) 10 anos.
B) 12 anos.
C) 14 anos.
D) 16 anos.
E) 18 anos.

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39. A figura a seguir exibe dois quadrados, sendo que um 41. O epibionte é o organismo que coloniza a superfície
deles tem o lado medindo 1,719 e, o outro, 1,281. de um organismo vivo em uma fase da vida e o basibion-
te é o organismo que serve de base para a colonização.
Em um estudo, que comparou a relação ao potencial bac-
terívoro do basibionte cladócero (um tipo de microcrus-
táceo), foi constatada uma diminuição no consumo de
bactérias por parte do basibionte carregando epibibion-
tes em sua carapaça, quando comparado com o consu-
mo de bactérias realizado por basibionte sem a presença
do epibionte. Já para os epibiontes, houve aumento de
consumo de bactérias em sua fase epibionte quando
comparada à sua fase livre-natante.
Estudo da influência da epibiose do protozoário ciliado
Epistylis pygmaeum Ehrenberg, 1838 sobre o zooplâncton.
Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/
ufscar/10012/MARTINS_Luciana_2018.pdf?sequence=
4&isAllowed=y. Acesso em: 18 nov. 2022. (Adaptado).
Considerando que o símbolo (+) representa favorecimen-
to ou aumento da população, o (−) representa prejuízo ou
a diminuição e (0), a neutralidade ou a manutenção do
tamanho da população, a interação ecológica (A) entre
o epibionte e o basibionte; e a interação (B) entre o basi-
A área exata da superfície destacada em cinza é igual a: bionte e as bactérias citadas podem ser presentadas da
A) 1,332 seguintes maneiras:
B) 1,326 A) (A) ++ e (B) +−
C) 1,320 B) (A) +− e (B) +−
D) 1,314 C) (A) +0 e (B) +−
E) 1,308 D) (A) ++ e (B) +0
E) (A) 0+ e (B) +−
40. Ao longo das cadeias alimentares, a quantidade de ener-
gia transferida em cada nível trófico é decrescente. 42. A broca da cana-de-açúcar ( Diatraea saccharalis),
Considerando que a cada nível trófico de consumidor, uma mariposa, causa prejuízos à cultura desse vegetal,
seja incorporado somente 10% da energia presente no pois a lagarta perfura o caule, facilitando a entrada de
nível trófico anterior, o animal que receberá a menor fungos que, por sua vez, estragam esse vegetal para a
quantidade de energia na teia alimentar representada é o produção de açúcar e álcool.
Uma das formas de controlar essa praga é utilizando
Carcará uma pequena vespinha parasitoide, Cotesia flavipes. A
fêmea adulta coloca seus ovos no interior da lagarta e
Gambá as larvas que eclodem dos ovos, se alimentam da mes-
ma, impedindo seu desenvolvimento e, também, que se
Seriema reproduzam, diminuindo o tamanho da população da
Onça-parda Cascavel praga.
A larva da vespa, na cadeia alimentar, faz o papel de:
A) primeiro nível trófico, com grande quantidade de
energia.
B) consumidor primário, pois se alimenta de um animal
Tamanduá Tatu Lagarto herbívoro.
C) consumidor secundário, pois a lagarta da broca se ali-
menta da cana-de-açúcar.
D) decompositor, pois promove a morte da lagarta da
broca.
E) organismo do topo da cadeia, pois tem mais energia à
Cupim disposição.

Lobeira

A) carcará.
B) onça-parda.
C) carcará e onça-parda.
D) seriema e Carcará.
E) onça-parda e gambá.

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43. Os morcegos são os únicos mamíferos com capacidade
de voar. São animais de hábito noturno saindo de seus
abrigos ao entardecer ou no início da noite. Comunicam-
-se e voam orientados por sons de alta frequência.
A alimentação dos morcegos varia conforme a espé-
cie. Assim, existem os que se alimentam de frutos (frugí-
voros, sendo importantes dispersores de sementes), de
néctar e pólen das flores (nectarívoros, fazendo o papel
de polinizadores), de insetos (insetívoros), de pequenos
vertebrados (carnívoros, regulando o tamanho das popu-
lações desses animais) e sangue (hematófagos, podendo
transmitir doenças). De acordo com o hábito alimentar e
a espécie, os morcegos podem se abrigar em diferentes
locais. Morcegos insetívoros, principalmente em áreas
urbanas, utilizam como abrigo diurno cumeeiras, forro
de edificações, chaminés e dutos de ventilação, entre
outros. Os nectarívoros abrigam-se em espaços mais
amplos, tais como porões, sótãos, garagens ou outros
locais poucos frequentados. Já os frugívoros abrigam-se
geralmente em árvores com copas bem fechadas, sob as
folhagens das árvores ou beirais de edificações.
Apresentam uma gestação de 2 a 7 meses, depen-
dendo da espécie, sendo que, geralmente, nasce um fi-
lhote por gestação.
Disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_
sinantropicos/index.php?p=4533#:~:text=Os%20morcegos%
20s%C3%A3o%20de%20h%C3%A1bito,retornam%20em
%20forma%20de%20ecos. Acesso: 06 de out. de 2022.
A descrição sobre morcegos diz respeito ao:
A) Habitat.
B) Ecossistema.
C) Nicho ecológico.
D) Bioma.
E) Nível trófico.
44. O colesterol  é um composto orgânico do grupo dos ál­
coois (secundário e monoinsaturado) classificado no
grupo dos esteroides, que são compostos que possuem
dezessete átomos de carbono dispostos em quatro anéis.
O colesterol participa de vários processos importantes
em células e organismos, mas o seu excesso pode cau-
sar prejuízos.
Em relação ao colesterol, é correto afirmar que
A) participa da estrutura química da parede celulósica.
B) atua como catalisador acelerando reações químicas.
C) é produzido exclusivamente pelas células animais.
D) deriva de aminoácidos essenciais fosfolipídicos.
E) o Sol estimula sua transformação em vitamina C.
45. O crescimento normal do organismo necessita de uma
dieta rica em proteínas, abundantes em carnes, leite,
ovos e alguns vegetais, como a soja.
A relação entre crescimento e dieta proteica ocorre por-
que as proteínas são
A) sintetizadas somente nas células responsáveis pelo
crescimento dos ossos e dos músculos.
B) fornecedoras de aminoácidos essenciais que não são
produzidos pelo organismo.
C) produtoras dos aminoácidos necessários ao forneci-
mento de energia para a célula.
D) utilizadas diretamente pelas células, sem necessitar
de processo de digestão no intestino.
E) absorvidas principalmente pelos músculos e ossos,
possibilitando o crescimento.
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46. A comparação entre aspectos celulares foi fundamental
para os estudos das relações filogenéticas entre os se-
res vivos com ancestralidade mais antiga. A busca por
essas relações de semelhança pode ser informativa para
apontar uma maior proximidade evolutiva entre táxons.
Entretanto, muitas vezes, esses dados não são conclusi-
vos para determinar relações de parentesco. O desenvol-
vimento da genética evolutiva foi fundamental para re-
solver entraves cujas análises celulares ou morfológicas
eram inconclusivas.
Utilizando-se apenas de aspectos celulares, as caracte-
rísticas que poderiam ser utilizadas para apontar uma
maior semelhança entre o Reino Fungi com o Reino Ani-
malia e Plantae seriam, respectivamente,
A) presença de organelas de origem endossimbiótica e
presença de parede celular.
B) presença de parede celular e moléculas de reserva
energética.
C) moléculas de reserva energética e presença de orga-
nelas de origem endossimbiótica.
D) moléculas de reserva energética e presença de parede
celular.
E) presença de organelas de origem endossimbiótica e
moléculas de reserva energética.
47. “ [...] a preocupação com o material utilizado em pro-
cedimentos invasivos e com o ambiente surgiu em me-
ados do século XIX, chamada Era Bacteriológica. Nesse
contexto, Joseph Lister conseguiu, pelo tratamento dos
fios de sutura e compressas usados nos pacientes com
solução de fenol, diminuir a mortalidade pós-cirúrgica;
fato que impulsionou a evolução das técnicas de esterili-
zação de materiais médico-hospitalares.
Diante disso, surgiu a necessidade de se instalar nas
instituições hospitalares locais apropriados para o trata-
mento desses materiais. As primeiras CME’s (Centrais de
Material e de Esterilização) eram de estrutura logística
muito simples, carente de uma sistematização técnico-
-administrativa. Com o desenvolvimento das técnicas ci-
rúrgicas e, principalmente, com a revolução tecnológica
nas décadas de 60 e 70, mudanças importantes aconte-
ceram na organização da CME, no que diz respeito aos
métodos de esterilização e ao seu gerenciamento.
[...] E é fato que o conhecimento em esterilização de
materiais vem sendo produzido também empiricamente,
haja vista o exemplo da fervura prolongada de materiais
e roupas como uma rotina nos hospitais, até que ficou
demonstrado que os microrganismos estavam resisten-
tes e era necessário elevar a temperatura da água acima
de 100 ºC.
Disponível em: https://scielo.isciii.es/pdf/eg/n15/
pt_reflexion2.pdf. Acesso em: 18 nov. 2022.
A esterilização contra microrganismos foi eficaz porque,
nas proteínas, houve
A) quebra das ligações glicosídicas.
B) rompimento das ligações peptídicas.
C) alteração dos radicais dos aminoácidos.
D) mudança na sequência de aminoácidos.
E) alteração de interações intermoleculares entre amino-
ácidos.
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48. As imagens representam dois cladogramas.

A B C D E A C E D B

1 2

É correto afirmar que no cladograma

A) 2 os terminais C, D e E representam um grupo polifilético.
B) 1, os terminais A, B e C representam um grupo monofilético.
C) 2, o grau de parentesco evolutivo é maior entre A e C do que entre D e E.
D) 2 está representada a mesma hipótese filogenética presente no cladograma 1.
E) 1, novidade evolutiva apresentada por D, certamente está presente em B.

49. Os recifes de coral fornecem os terrenos de desova e de viveiro que as populações de peixes economicamente importan-
tes precisam para prosperar. Os recifes de coral ajudam a proteger as comunidades costeiras dos surtos de tempestades e da
erosão das ondas, que provavelmente aumentarão em face do aumento do nível do mar.
Disponível em: https://reefresilience.org/pt/value-of-reefs/. Acesso em: 15 out. 2022.
O aquecimento global, causado pelo aumento dos gases dos efeitos estufa na atmosfera, tem provocado o aumento do nível
dos mares e prejudicado a sobrevivência dos corais. O dióxido de carbono é um dos principais gases do efeito estufa que
A) aquece a atmosfera e, consequentemente os oceanos, favorecendo a reprodução com alternância de gerações que ocorre
com os cnidários.
B) reage com a água do mar, tornando o pH ácido e contribuindo com a destruição dos esqueletos de carbonato de cálcio dos
recifes de corais.
C) aquece os mares e diminui a reprodução dos peixes economicamente importantes, que deixam de utilizar os corais como
abrigo dos filhotes.
D) ao se dissolver nos oceanos, provoca aumento do pH da água que leva à saída das zooxanthelas dos pólipos dos corais,
causando a morte deles.
E) dissolvido na água, dificulta a respiração dos animais marinhos, como os corais e os peixes que neles desovam, diminuin-
do suas populações.

50. Assim como diversas cidades brasileiras, um município hipotético está enfrentando vários problemas relacionados com as
seguintes doenças:
1) Giardíase
2) Malária
3) Doença de Chagas
4) Leishmaniose tegumentar
5) Toxoplasmose
Após o conselho municipal de saúde se reunir, surgiram as seguintes propostas visando à prevenção das doenças citadas:
A. Melhoria do saneamento básico.
B. Melhoria das condições habitacionais.
C. Diminuição do desmatamento.
D. Campanha para evitar a ingestão de carne crua ou malpassada.
E. Uso controlado de inseticidas.
F. Campanha visando à higienização dos alimentos antes do consumo.
Analise as doenças apresentadas e correlacione-as com as propostas mais adequadas:
A) Doença 1: A, B, C e F; Doença 2: A, C, E e F; Doença 3: B, C, D e F; Doença 4: C e E; Doença 5: A, B, C e D.
B) Doença 1: A e F; Doença 2: C e E; Doença 3: B, C e E; Doença 4: C e E; Doença 5: A, D e F.
C) Doença 1: A e B; Doença 2: C, E e F; Doença 3: D e F; Doença 4: B, C e E; Doença 5: A, B, C e D.
D) Doença 1: A e F; Doença 2: E e F; Doença 3: C, D e F; Doença 4: C e E; Doença 5: A, B e C.
E) Doença 1: A, B, C e F; Doença 2: A, C, E e F; Doença 3: B, C, D e F; Doença 4: C e E; Doença 5: A, B, C, D, E e F.

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51. O lançamento de dardos é uma das mais antigas modalidades olímpicas. Inspirado nas batalhas em que se usavam as lanças
como armas, era um dos principais esportes praticados na Grécia Antiga. Esquecido por muito tempo, só foi reintroduzido
como modalidade olímpica em 1908, nas Olimpíadas de Londres.
Assinale a alternativa que ilustra qualitativamente a trajetória do centro de massa do dardo e seus vetores velocidade V1, V2 e
V3 em três instantes sucessivos. Despreze a resistência do ar.
A) V2 5 0

V3

V1

B) V2

V3

V1

C)
V2

V3

V1

D) V2

V3
V1

E) V2

V3
V1

52. Um barco atravessa um rio, mantendo sua trajetória perpendicular às margens desse rio. Sabe-se que a velocidade desse
barco em relação à correnteza é 15 m/s e que a velocidade da correnteza em relação à Terra é 9 m/s. Assinale a alternativa que
expressa corretamente a velocidade do barco em relação à Terra e o que aconteceria com o intervalo de tempo de travessia,
caso o barco mantivesse o seu eixo perpendicular às margens, sem alterar a sua velocidade em relação à correnteza.
A) 6 m/s; aumenta
B) 12 m/s; aumenta
C) 12 m/s; não muda
D) 12 m/s; diminui
E) 21 m/s; aumenta

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53. A avaliação de automóveis por revistas especializadas

costuma atrair consumidores preocupados com o mo- Rascunho
delo que melhor atende às suas necessidades. Um dos
principais parâmetros de desempenho avaliados por
essas revistas é a “aceleração lateral”, um indicador de
estabilidade em curvas.

MIBRO/PIXABAY
A aceleração lateral é definida como a máxima acelera-
ção centrípeta de um automóvel, suposta constante para
qualquer curva que ele consiga executar sem escorrega-
mento. Ela pode ser medida por meio de acelerômetros e
ser expressa em função de g, a aceleração gravitacional.
Suponha que um automóvel esteja sendo testado em
uma curva de raio 100 m e que, no limite do escorrega-
mento, sua velocidade seja 108 km/h. Nesse caso, a sua
aceleração lateral e a sua velocidade máxima em uma
curva de raio 25 m serão, respectivamente iguais a:
A) 0,3 g; 15 km/h
B) 0,3 g; 108 km/h
C) 0,9 g; 30 km/h
D) 0,9 g; 54 km/h
E) 1,5 g; 108 km/h

54. No dia 27/05/2022, um asteroide, chamado 7335

(1989  JA), com um diâmetro aproximadamente igual a
1,8 km, um pouco maior que 47 vezes a altura do Cristo
Redentor, passou “perto” da Terra, a cerca de 4 milhões
de quilômetros (4 · 109 m) do nosso planeta (pode pare-
cer que não é uma distância tão pequena, mas a NASA
considera objetos como potencialmente perigosos
aqueles que se aproximam a uma distância menor que
7 480 000  km). Nesse dia, a velocidade do asteroide era
aproximadamente igual a 48 · 103 km/h.
Caso esse objeto viajasse no sentido da Terra, a partir
dessa data, mantendo sua velocidade constante, quanto
tempo levaria para atingir nosso planeta, aproximada-
mente?
A) 1 ano
B) 6 meses
C) 2 semanas
D) 3 dias
E) 10 horas

55. Considerado um dos maiores atletas de todos os tem-

pos, o jamaicano Usain Bolt fez história nas quebras do
recorde mundial dos 100 metros rasos, além de outros,
como nos 200 m rasos. Em uma das quebras do recorde
dos 100 m rasos, Bolt precisou de 13 passadas para per-
correr os 30 primeiros metros, atingindo a velocidade de
12 m/s em 3,78 s. A aceleração escalar média dele nesse
trecho é aproximadamente igual a:
A) 1 m/s2
B) 2 m/s2
C) 3 m/s2
D) 4 m/s2
E) 5 m/s2

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56. Em corridas de automobilismo ou de motociclismo, a Admita que o coeficiente de dilatação térmica linear do
grande reta é o trecho do percurso em que os pilotos concreto utilizado na construção da ponte seja igual a
atingem máximas velocidades. Em uma prova de Fórmu- 1 · 10–5 ºC–1.
la 1, o piloto que está em primeiro lugar entra na grande Na região próxima aos acessos da ponte, a variação ne-
reta e atinge a velocidade de 288 km/h. Quando o segun- cessária de temperatura, em ºC, para que as duas bordas
do colocado entra no mesmo trecho do percurso e atin- da fenda citada na nota se unam vale:
ge sua máxima velocidade de 306 km/h, vê o primeiro
colocado a uma distância D a sua frente, e como os dois A) 16,25.
pilotos estão mantendo suas velocidades constantes, se B) 32,50.
torna o primeiro após 20 segundos. C) 50,00.
D) 75,00.
O valor de D é: E) 100,00.
A) 10 m
B) 50 m 59. Um ferro de passar roupa utiliza vapor de água para fa-
C) 75 m cilitar a operação de desamassar a roupa. Por precaução
D) 100 m contra eventuais danos, determinada marca estipulou
E) 150 m que apenas 80% da massa de água poderá ser vaporiza-
da, uma vez que o aparelho não pode funcionar a seco.
57. Ultrapassagens em estradas devem ser feitas com muito Em um teste, verificou-se que a massa de água colocada
cuidado. Devendo ser iniciada a uma certa distância do no compartimento destinado a ela, inicialmente a 20 ºC,
veículo a ser ultrapassado, e finalizada quando estiver levou 5 min para iniciar a fervura a 100 ºC, por um peque-
a uma distância segura à frente dele. Um automóvel de no aquecedor acoplado a esse compartimento.
2 metros de comprimento inicia uma ultrapassagem so-
bre um caminhão, de 23 metros de comprimento, quan- Note e adote:
do sua frente está localizada a 15 metros da traseira do • Não há perda significativa de energia;
caminhão, e termina quando sua traseira está localizada • A água usada nesse ferro de passar roupa sempre en-
15 metros à frente da frente do caminhão. tra a 20 ºC;
• O calor de vaporização da água é igual a 540 cal/g;
Sabendo-se que as velocidades do automóvel e do cami- • O calor específico da água é igual a 1 cal/g · ºC.
nhão eram iguais a 90 km/h e 72 km/h, respectivamente,
que elas ficaram constantes durante a manobra, calcule O tempo total, programado pelo engenheiro responsá-
a duração da ultrapassagem. vel pelo projeto desse aparelho, para o desligamento do
temporizador do aquecedor dessa água é igual a:
A) 9 s
B) 11 s A) 5 min
C) 14 s B) 15 min
D) 18 s C) 22 min
E) 22 s D) 27 min
E) 32 min
58. Em 2014, circulou nas redes sociais uma foto de uma su-
posta rachadura na ponte Rio-Niterói.
MARCOS KALIL/SHUTTERSTOCK

Visão geral da ponte Rio-Niterói

Para explicar essas “rachaduras”, a concessionária que
administra a ponte emitiu uma nota. Parte dela diz:
Toda ponte de grandes dimensões precisa deste tipo
de abertura para acomodar a movimentação da estrutu-
ra em função das variações térmicas, evitando tensões
indesejáveis, o que poderia ocasionar fissuras nas lajes
e vigas.
Existem várias juntas como esta ao longo da Ponte
Rio-Niterói. No trecho sobre o mar, essas aberturas ocor-
rem a cada 400 metros, em sua maior parte, e têm cerca
de 13 centímetros de abertura. Nos acessos Rio e Niterói,
ocorrem a cada 30 metros, aproximadamente, e têm cer-
ca de três centímetros de abertura.
Disponível em: https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/
2014/04/concessionaria-diz-que-rachadura-na-ponte-rio-
niteroi-e-necessaria.html. Acesso em: 06 dez. 2022.

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60. Se uma grandeza (G) varia uniformemente em função de 61. Em uma oficina, João Antônio está usando uma esmeri-
outra grandeza (k), o gráfico que relaciona essas grande- lhadeira para dar acabamento a uma peça metálica.
zas é representado por um segmento de reta.

UFABIZPHOTO/SHUTTERSTOCK
G

G2

G1

k1 k2 k Apesar de ter sido alertado muitas vezes, João Antônio

não usa equipamento de proteção nos braços contra as
Nessa circunstância, o valor médio da grandeza G, no centelhas, que são pequenas limalhas de metal muito
intervalo de k1 e k2, é dado pela média aritmética. Alge- aquecidas, devido ao atrito com a pedra do esmeril.
bricamente, entre k1 e k2, o valor médio de G é dado por: Apesar da alta temperatura dessas centelhas ou fagu-
G + G2 lhas, seu contato com o braço de João Antônio não o
Gm = 1 queima porque a limalha
2
Em um experimento, verificou-se que a capacidade tér- A) fica em contato com o braço por um intervalo de tem-
mica de um corpo (C) variou em função da temperatura po muito pequeno.
(θ), de acordo com o diagrama a seguir. B) já esfriou à temperatura ambiente no trajeto da peça
ao braço.
C (cal/ºC) C) possui a capacidade térmica muito pequena.
D) apresenta baixa condutividade térmica.
E) é constituída por um metal de alto calor específico.
14 62. Portanto, não se tratava de um sistema econômico
[...] onde a produção de bens seria organizada segundo
as regras de reprodução do capital. Os níveis de produ-
ção comparativamente baixos em relação aos que passa-
ram a prevalecer na aurora da época contemporânea e as
10 fortes regulações do mercado pela cidade o provam de
maneira eloquente. Todavia, certamente foram as trocas
e o mercado que foram a origem do excepcional cresci-
mento da economia na Grécia antiga.
BRESSON, Alain. Economie de la Grèce Antique.
In: Historiographies I.
0 50 θ (ºC)
Assinale a alternativa que, seguindo o texto, apresenta
A quantidade de calor absorvida por esse corpo ao ser uma afirmação correta sobre o significado do capitalismo:
aquecido de 0 ºC até a temperatura de 50 ºC, em calorias, A) O crescimento econômico a partir de trocas e merca-
é igual a: do atesta a existência do sistema capitalista na Grécia
A) 500 Antiga.
B) 600 B) A compra e venda de escravos foi uma das principais
C) 700 atividades do capitalismo na Grécia Antiga.
D) 1 200 C) A regulamentação do mercado praticada na Grécia
E) 1 400 Antiga contraria o não desenvolvimento do capitalis-
mo na época.
D) A economia grega não era capitalista por não ter sido
dominada pela lógica de reprodução do capital.
E) A Revolução Industrial no início da era contemporâ-
nea levou a um nível e a uma produção relativamente
baixos.

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63. Volume e direção do comércio transatlântico de escravizados (séculos 1501 a 1867)

Número de migrantes
5,000,000
1,000,000
Under 200,000

Embarques Desembarques

NORTHERN U.S Documentado 10,160,000 81% 82%

AMÉRICA EUROPA Estimado 2,351,000 19% 1,940,000 18%
DO NORTE CHESAPEAKE Total 12,521,000 10,703,000
12
9,0 OCEANO 9,0 0
0

27
0 0

,0
ATLÂNTICO

0
CAROLINA/GEORGIA

Meridiano de Greenwich
COSTA DO
GOLFO 211
,00
0
22
,0 0
0
Trópico de Câncer
CUBA

27,000
72,0 0 0
JAMAICA 138
,0 0
,000 0
390
SENEGAMBIA GOLD
COAST
OCEANO 104,0 0 0 SERRA
73,00 0 LEOA
PACÍFICO 256,0 0 0 WINDWARD BENIN
94 ,00 0 ÁFRICA
GUIANA 2 00 COAST BIAFRA
31,0 389,0 0
0
Guiana 0 0
00 337,0 0
Equador Francesa 2,
14

0°
AMAZÔNIA

PERNAMBUCO

BRASIL
BAHIA SUDESTE
51
,0 0 0 AFRICANO

AMÉRICA
DO SUL MADAGASCAR
Trópico de Capricórnio

0 1160
Rio de la Plata 5 4 3,0 0 0
km 9 8,0 0 0

ELTIS, David; RICHARDSON, David. Atlas of the Transatlantic Slave Trade. New Haven: Yale University, 2010, p. 18 e 19.
O tráfico negreiro movimentou intensamente a economia atlântica entre os séculos XVI e XIX. Nesse sentido, essa atividade
comercial
A) foi utilizada majoritariamente para abastecer regiões onde as populações nativo-americanas haviam sido dizimadas pelos
colonizadores europeus.
B) entrou em decadência devido às guerras entre portugueses e espanhóis pelo controle dos principais portos de embarques
de escravizados na África.
C) foi de tal maneira violenta que as memórias e tradições dos povos africanos conseguiram ser preservadas somente em
regiões litorâneas da América.
D) possibilitou o enriquecimento de comerciantes e de grandes proprietários rurais que atuavam ao longo dos territórios co-
loniais no Brasil.
E) foi abastecida por africanos escravizados nascidos no litoral atlântico da África, território conquistado militarmente por
europeus desde o século XV.

64. As grandes instituições religiosas do Brasil colonial e imperial tiveram negros escravizados – e muitos. Pesquisas recen-
tes apontam para um número de escravos muito acima da média do que havia nas grandes propriedades rurais, práticas de
incentivo à procriação para aumentar a quantidade de mão de obra e até mesmo uma tabela de preços para quem quisesse
comprar a alforria – com critérios específicos para precificar cada ser humano.
Os escravizados mantidos por mosteiros e conventos também eram obrigados a professar a fé católica, participando de
missas, momentos de orações e recebendo os sacramentos.
Os que se rebelavam quanto à conversão costumavam ser punidos com castigos “de forma exemplar”, ou seja, com
intensidade suficiente para convencer os demais a não repetir gestos de desobediência.
De quebra, a luta pela aquisição de liberdade – ou seja, a compra de uma carta de alforria – costumava ser mais difícil para
um escravo de ordem religiosa do que para alguém que estivesse sob o jugo de um senhor leigo.
VEIGA, Edison. Como viviam as pessoas escravizadas pela Igreja no Brasil. BBC Brasil, 14 maio. 2021.
Disponível em: www.bbc.com/portuguese/geral-57099524. Acesso em: 11 out. 2022.
No Brasil colonial, a Igreja Católica se beneficiou diretamente da escravidão negra. Acerca dessa situação,
A) a utilização da escravidão negra foi uma estratégia utilizada por poucos padres para desestimular o escravismo sobre indígenas.
B) as pregações religiosas que legitimaram a escravidão foram acompanhadas da exploração econômica da mão-de-obra
escravizada pelo clero colonial.
C) embora os padres em atuação no território colonial fossem contrários à escravidão negra, consideravam-na um método
eficiente de libertar os africanos de seus pecados.

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D) a formação de quilombos de africanos cristianizados
fez com que a Coroa portuguesa manifestasse contra-
riedade à utilização de negros escravizados pelo clero
colonial.
E) atentando as instruções da Inquisição, o clero colo-
nial no Brasil somente escravizou africanos muçulma-
nos, enfraquecendo a disseminação do islamismo na
América.
65. A cidade de Salvador foi loteada para a instalação de
moradores. Também passou a ter armazéns construídos
para a alfândega, uma igreja e equipamentos próprios
para a defesa. O governador instalou-se na estratégica
baía de São Salvador onde construiu fortificações, a Casa
dos Governadores, a Câmara Municipal, uma cadeia, o
colégio dos padres jesuítas, a sede do bispado, a Casa
dos Contos e a alfândega.
LAIMA, Mesgravis. História do Brasil colônia.
São Paulo: Contexto, 2020, p. 103.
Na primeira metade do século XVI, um dos desafios por-
tugueses para tornar viável a colonização na América foi
a montagem de uma estrutura administrativa. Sobre es-
se processo, pode-se afirmar que:
A) Apesar do êxito das capitanias de São Vicente e de
Pernambuco, o sistema de capitanias hereditárias foi
substituído pelo do Governo Geral, dado o fracasso
das demais capitanias.
B) A forte estrutura burocrática concentrou demasiada-
mente os poderes em Salvador, o que limitou a ação
política e social dos homens bons, componentes das
Câmaras Municipais, que representavam as elites
locais.
C) As ações dos membros do clero católico na colônia,
especialmente dos jesuítas, se restringiam ao aspecto
religioso, dada a nítida separação entre Estado e Igre-
ja herdada de Portugal.
D) O loteamento de Salvador para a instalação de mora-
dores revela que, apesar da importância dos latifún-
dios para a exportação de açúcar, houve o predomí-
nio de pequenas e médias propriedades agrícolas no
Brasil Colonial.
E) A implantação do Governo Geral não extinguiu as ca-
pitanias hereditárias, tão pouco impediu que as Câ-
maras Municipais fossem o espaço do exercício do
poder local dos homens bons.
66. Para tentar conquistar colônias portuguesas e espa-
nholas nas Américas e na África Ocidental, os holande-
ses inspiraram-se no modelo bem-sucedido da Compa-
nhia das Índias Orientais, fundada em 1602. Dotada do
monopólio da navegação e do comércio com a Ásia, esta
Companhia pode ser considerada a primeira multinacio-
nal do mundo e a primeira sociedade a emitir ações. Da
mesma maneira que os Países Baixos queriam excluir
com a Companhia das Índias Orientais os outros países
europeus do comércio com a Ásia, eles pretendiam com
a Companhia das Índias Ocidentais afastar os outros pa-
íses europeus do comércio com as Américas e a África
Ocidental.
ALBUQUERQUE, Roberto Chacon de.
A Companhia das Índias Ocidentais: uma sociedade anônima?
Revista da Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo. Jan/Dez 2010. p. 26.
O texto explicita o modelo de funcionamento da Compa-
nhia das Índias Ocidentais (WIC) e sua busca por contro-
lar áreas de influência nas Américas e na África Ociden-
tal. A criação da WIC, em 1621, teve como efeitos
A) o declínio da produção de açúcar em áreas da costa
atlântica africana e a queda da rentabilidade do tráfico
negreiro para as elites coloniais brasileiras.
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B) a disputa pela hegemonia marítima com a União Ibé-
rica e a diminuição do domínio luso-espanhol em áre-
as produtoras de açúcar e de tráfico negreiro.
C) a busca de novas alianças militares com a Inglaterra
por parte da coroa luso-espanhola sob a figura de Feli-
pe II e os novos empréstimos junto a bancos ingleses.
D) o avanço do protestantismo nas áreas recém domina-
das pelos holandeses e o aumento da tolerância reli-
giosa por parte da coroa luso-espanhola na Europa.
E) a implementação de reformas de cunho liberal na cor-
te da União Ibérica e o enfraquecimento das práticas
mercantilistas por parte da metrópole luso-espanhola.
67. O nascimento e a multiplicação de indivíduos mes-
tiços é um fato; o desenvolvimento de formas de vida
misturadas, procedendo de fontes múltiplas, é outro, não
necessariamente ligado ao anterior.
GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço.
A frase do historiados francês Serge Gruzinski trata de
processos culturais, e está de acordo com a seguinte afir-
mação:
A) Mestiçagem e hibridismo são processos incompatí-
veis entre si.
B) É a partir de casamentos mistos que surge a mestiça-
gem cultural.
C) O conceito de mestiçagem não é adequado para o
exame de processos culturais.
D) Formas de pensamentos são indiferentes, portanto,
inadequadas ao conceito de mestiçagem.
E) A mestiçagem cultural não depende da mestiçagem
entre as etnias.
68. O que é denominado História da Grécia, normal-
mente, é apenas a História de algumas cidades-Estados
enquanto permaneceram como Estados independentes.
Uma História que começa com Homero e vai até Alexan-
dre [...]. Em livros didáticos e manuais, tende a ser essen-
cialmente uma História de Atenas e Esparta [...].
GUARINELLO, Norberto Luiz. Uma morfologia da história: as
formas da história antiga. Revista Politeia, v.3, n. 1, 2003. p. 53.
Disponível em: https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/2454396/
mod_resource/content/1/Guarinello%202003%20-%20
Uma%20morfologia%20da%20Hist%C3%B3ria.pdf.
Acesso em: 29 set. 2022.
Segundo o texto, a História da Grécia Antiga pode ser
definida como um(a)
A) processo abrangente de reconstrução do passado.
B) visão eurocêntrica da trajetória da humanidade.
C) forma de negação da verdadeira História grega.
D) concepção histórica focada no papel das pólis.
E) narrativa igualitária do passado grego.
69. Leia o texto a seguir sobre a formação da democracia na
Grécia Antiga.
Percebendo que a posse da terra cívica, que ocasio-
nava a concentração de maior poder nas mãos de uma
minoria rica, era um dos grandes problemas em Atenas,
a primeira modificação [...] consiste em negar que o lote
de terra seja o sinal concreto da cidadania como ocorria
até o momento.
CABALLERO, Cecília. A gênese da exclusão:
o lugar da mulher na Grécia Antiga. p. 131.
O texto está relacionado ao contexto histórico de
A) transição do regime democrático para o modelo aris-
tocrático.
B) afirmação de uma democracia indireta e inclusiva.
C) indicação da busca de isonomia na participação política.
D) exclusão da aristocracia fundiária na atuação política.
E) articulação cívica em torno da exclusão dos comer-
ciantes.
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70. B) A importância das atividades agrícolas, a hierarquia

REPRODUÇÃO/MUSEUS DO VATICANO, CIDADE DO VATICANO, ITÁLIA.

social e a crença no caráter sobrenatural dos gover-
nantes.
C) O desconhecimento da escrita e a utilização de ima-
gens para a transmissão de crenças e a preservação
da memória de fatos do passado.
D) O trabalho servil, caráter aristocrático da sociedade e
as crenças monoteístas resultantes da influência dos
hebreus.
E) O poder divino dos faraós, a sociedade estamental e
comunal e a importância do comércio fluvial que co-
nectava o Egito a outras civilizações.

72. Muitos adultos se vendiam para não morrer de

fome.
VEYNE, Paul. História da vida privada, v. 1.
Sobre a escravidão na Roma antiga, e levando em consi-
deração a observação, é correto afirmar que
A) foi simultânea a outras formas de exploração do tra-
balho e resultou em escassez permanente de bens de
consumo. 
B) foi adotada na época da oficialização do cristianismo
Analisando a estátua Augusto de Prima Porta, e consi- e legitimada por meio do discurso da remissão ao pe-
derando o contexto do Alto Império Romano, pode-se cado original.
afirmar que: C) foi empregada em larga escala a partir do final do
Império, fortalecendo e ampliando o latifúndio escra-
A) É uma cópia da famosa estátua Doríforo, de Policleto, vista.
produzida no século V a.C., indicando como a cultura D) foi imposta pela camada militar aos homens livres,
grega se sobrepõe à romana. como consequência de sua situação de pobreza e a
B) O menino ao lado da perna direita é uma represen- falta de assistência.
tação de Jesus Cristo, indicando o momento em que E) foi o principal regime de trabalho na civilização roma-
ocorreu a oficialização do cristianismo como religião na e ampliou-se durante a crise da época republicana.
romana.
C) Ela representa a conexão do imperador com o pas- 73. Leia o texto a seguir.
sado, seu papel como vencedor militar, sua ligação
com os deuses e seu papel de responsável pela Pax Neste momento, a expansão econômica no país pas-
Romana. sou a ter o Centro-Sul como o núcleo da reprodução ca-
D) O gestual de Augusto demonstra a intencionalidade pitalista, tornando-se a “região” do café o polo industrial
de representá-lo como um figura piedosa, apontando brasileiro. Ou seja, no trânsito de uma situação em que
como o título de imperador era sobretudo religioso. o mercado exterior determinava a dinâmica das “ilhas
E) A obra é uma demonstração do uso da escultura regionais” exportadoras para uma outra, em que se in-
como propaganda política e indica que a civilização ternalizava a acumulação, teve início um processo de ar-
romana foi a pioneira no emprego da arte como for- ticulação das regiões econômicas do país.
ma de fortalecer suas lideranças. VIEIRA, Rosa Maria. Celso Furtado e o Nordeste no pré-64:
reforma e ideologia. Projeto História. São Paulo, n. 29, t. 1,
dez. 2004, p. 55. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.
71.
WIKIPEDIA/WIKIMEDIA COMMONS

php/revph/article/view/9946/7386. Acesso em: 24 out. 2022.

Considerando as informações apresentadas no texto e o
seu conhecimento sobre o processo de formação territo-
rial brasileiro, é correto afirmar que
A) o Centro-Sul apresenta ainda hoje estruturas arcaicas
de poder herdadas da economia açucareira que pre-
valeceu na região.
B) o avanço da pecuária e da mineração no interior do
país determinaram o pioneirismo industrial da região
Centro-sul.
C) o Brasil permanece sendo um “arquipélago econô-
mico” caracterizado pela desintegração territorial e
grandes desigualdades regionais.
D) a atividade industrial rompeu o modelo de desenvol-
vimento de “ilhas regionais” e iniciou a integração do
mercado interno nacional.
E) a prosperidade da economia cafeeira foi fundamental
para o processo de interiorização e ampla integração
Pintura mural do túmulo de Sennedjem, de todo o território nacional.
em Tebas (1306–1290 a.C.)
A ilustração apresenta importantes características da so-
ciedade egípcia antiga tais como:
A) A importância da arte como elemento decorativo nos
espaços de culto e a relativa mobilidade social.

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74. Se assumir que as condições atuais persistem, de modo que o Atlântico continue a se abrir e o Pacífico continue se fechando,
haverá um cenário em que o próximo supercontinente se formará nos antípodas da Pangeia. As Américas colidirão com a
Antártida à deriva do norte e depois para a já colidida África-Eurásia.

0°
▲ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
▲ ▲
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▲ ▲

Círculo Polar Ártico

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ÁFRICA

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EURÁSIA

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▲ AMÉRICA
DO NORTE
Trópico de Câncer

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ÁSIA

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(ÍNDIA E

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CHINA)

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Equador OCEANIA

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0°

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(AUSTRÁLIA)

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Trópico de Capricórnio ANTÁRTICA

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AMÉRICA

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DO SUL

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▲ ▲▲
▲ ▲

Meridiano de
▲
▲
▲ ▲ ▲
▲

Greenwich
N
Círculo Polar Antártico

0 2 900

km

GREEN, Mattias; DAVIES, Hannah Sophia; DUARTE, João C. Como será a Terra daqui a 200 milhões de anos? Revista Galileu. 30 nov. 2018.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/11/como-sera-terra-daqui-200-milhoes-de-anos.html.
Acesso em: 24 out. 2022.
Sobre a dinâmica da crosta terrestre, é possível afirmar que:
A) as costas africana e brasileira estão se aproximando cada vez mais devido à convergência entre suas placas tectônicas.
B) a formação de uma nova Pangeia poderia ocorrer em razão da expansão do fundo oceânico na região da dorsal Mesoatlân-
tica.
C) a movimentação dos continentes está ocorrendo mais intensamente em razão da ação humana sobre o meio ambiente.
D) o sentido de movimentação das placas tectônicas é determinado pela ação das correntes marítimas superficiais.
E) a movimentação dos continentes ocorre em razão das correntes convectivas de magmas presentes na magnosfera.

75. Leia o trecho da reportagem a seguir.

Em 2004, o mundo enfrentou uma tragédia dupla de proporções monumentais. Um poderoso terremoto no Oceano Índico
foi seguido de um tsunami destruidor, que deixou mais de 260 mil mortos em 14 países.
Sete anos depois, um acontecimento semelhante teria não apenas dois, mas três atos. Um desastre triplo castigou o Ja-
pão, quando um terremoto tão intenso quanto o do Oceano Índico, mas desta vez no Pacífico, provocou um tsunami também
devastador, contra o qual as sólidas defesas japonesas não tiveram chance.
A fúria do mar, por sua vez, provocou um acidente nuclear na usina de Fukushima, 260 quilômetros ao norte de Tóquio.
Mais de 18 mil pessoas foram mortas pelo tsunami, e o acidente em Fukushima forçou a retirada de 160 mil pessoas que
moravam nas imediações.
SIMÕES, Rogério. 10 anos de Fukushima: o dia em que o Japão foi atingido por terremoto, tsunami e acidente nuclear.
BBC News Brasil, 10 mar. 2021. Disponível em: www.bbc.com/portuguese/internacional-55943220. Acesso em: 24 out. 2022.
Esse tipo de tragédia ocorre com maior frequência no Japão devido à
A) maior pressão humana sobre os recursos naturais.
B) formação geológica pré-cambriana do seu arquipélago.
C) sua localização em bordas passivas de placas tectônicas.
D) presença de limites convergentes de placas em seu território.
E) predominante incidência de rochas vulcânicas no interior do país.

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76. Analise o esquema referente ao ciclo das rochas.
Processos geológicos
A

Deposição
em oceanos
e continentes

Soerguimento SEDIMENTOS

Litificação
Soerguimento
Soerguimento

Tipo de rocha Tipo de rocha

Y Z
Aumento
de pressão e
temperatura Aumento
de pressão e
temperatura

Processos geológicos
B Tipo de rocha
X
Fusão

MAGMA
Disponível em: www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php. Acesso em: 24 out. 2022. (adaptado).
Assinale a alternativa que indica os processos geológicos e o tipo de rocha correspondentes, respectivamente, às letras A e X.
A) Subducção e orogênese/rocha metamórfica.
B) Intemperismo e erosão/rocha magmática.
C) Arrefecimento e solidificação/rocha vulcânica.
D) Meteorização e erosão/ rocha metamórfica.
E) Arrefecimento e intemperismo/ rocha sedimentar.

77. Observe a sequência a seguir.

Água Gelo Fragmentação da rocha

A transformação da rocha representada nas imagens corresponde ao processo de
A) erosão eólica.
B) pedogênese.
C) intemperismo químico.
D) erosão fluvial.
E) intemperismo físico.

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78. A Fifa anunciou nesta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, os vencedores da corrida para receber as Copas de 2018 e 2022.
A candidatura da Rússia vai ser sede do Mundial daqui a oito anos. Já o Qatar ganhou o direito da organizar a competição
seguinte, a primeira no Oriente Médio. 
Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2010/12/fifa-anuncia-russia-como-sede-da-copa-do-mundo-de-2018.html.
Acesso em: 28 nov. 2022.
Há quase 12 anos o Qatar foi escolhido sede da Copa de 2022. O pequeno país do Oriente Médio está localizado, aproximada-
mente, em qual coordenada geográfica?
160° O 140° O 120° O 100° O 80° O 60° O 40° O 20° O 0° 20° L 40° L 60° L 80° L 100° L 120° L 140° L 160° L 180° L

80° N

70° N

60° N

50° N

40° N

30° N

20° N

10° N

0°

10° S

20° S

30° S

40° S

50° S

60° S

70° S

80° S

A) Latitude: 10º N; Latitude: 60º L

B) Latitude: 25º N; Latitude: 51º L
C) Latitude: 80º N; Latitude: 10º L
D) Latitude: 180º N; Latitude: 80º L
E) Latitude: 0º N; Latitude: 10º L

79. Um casal norte americano com amigos brasileiros pretendia participar da cerimônia de casamento no Rio de Janeiro. Eles
decidiram comprar um voo com duração de 10h que saía às 06h da manhã no fuso GMT -5 para participar da cerimônia às 18h.
Considerando as informações, conclua
A) o casal convidado chegou duas horas atrasado.
B) o casal convidado chegou três horas atrasado.
C) o casal convidado chegou cinco horas adiantado.
D) o casal convidado chegou duas horas adiantado.
E) o casal convidado chegou às 18h no aeroporto.

80. A Geografia se utiliza dos gráficos e tabelas para demonstrar fenômenos, características da paisagem, quantificar evoluções e
involuções populacionais, entre outras pontos.
Considere um climograma, no qual o eixo x é composto por um gráfico de barras e representa a distribuição de pluviosida-
de ao longo do ano, e o eixo y composto por uma linha, que mostra a variação de temperatura também ao longo do ano. A
pluviosidade em milímetros se mantém baixa constantemente, além disso, a linha sobre as barras que indica a variação de
temperatura, em graus Celsius, permanece elevada constantemente.
A) é um clima mediterrâneo. 
B) é um clima equatorial.
C) é um clima desértico. 
D) é um clima tropical.
E) é um clima semiárido. 

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81. Em um Equinócio, podemos dizer que o período
diurno tem a mesma duração do período noturno, ou se-
ja, as 24 horas de um dia são divididas igualmente em
duas partes. O fenômeno ocorre quando os raios solares
incidem diretamente sobre a Linha do Equador, fazen-
do com que os dois hemisférios do planeta recebam a
mesma quantidade de luz e de escuridão. No total, são
dois por ano, sendo eles o Equinócio de Primavera e o
Equinócio de Outono.
Disponível em: www.ufmg.br/espacodoconhecimento/
solsticios-e-equinocios/. Acesso em: 7 dez. 2022.
Considerando as informações do texto e seus conheci-
mentos, indique a resposta correta.
A) A primavera do Hemisfério Norte acontece entre os
meses de setembro e dezembro.
B) O equinócio de outono no Hemisfério Sul acontece no
mês de dezembro.
C) A sucessão das estações do ano está diretamente li-
gada ao movimento de rotação do planeta Terra.
D) O solstício de verão para o Hemisfério Norte aconte-
ce na metade do ano e com raios perpendiculares ao
Trópico de Câncer.
E) O solstício de inverno do Hemisfério Sul acontece
quando os raios solares incidem perpendicularmente
sobre o trópico de Capricórnio.
82. A projeção cartográfica que indica uma perspectiva de
maior deformação de tamanho nos polos é:
A) Projeção Polar
B) Projeção Azimutal  do other conditions,” she said.
C) Projeção de Peters
D) Projeção de Mercator
E) Projeção Cilíndrica-Peters  show recognised signs or symptoms. Anxiety disorders
83. Políticas públicas são ações e programas que são
desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em
prática direitos que são previstos na Constituição Fede-
ral e em outras leis. São medidas e programas criados
pelos governos dedicados a garantir o bem estar da po-
pulação.
Disponível em: https://al.se.leg.br/politicas-publicas-o-que-
sao-e-para-que-existem/. Acesso em: 21 dez. 2022.
[...] Após sofrer um atraso de dois anos para come-
çar por conta da pandemia e questões orçamentárias,
agora, o Censo 2022 enfrenta dificuldades para ser fina-
lizado.Em coletiva realizada nesta terça-feira (6), o Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou
que as visitas aos domicílios vão se estender até o mês
de janeiro de 2023.
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br/nacional/fim-da-coleta-
do-censo-2022-e-adiado-para-janeiro-informa-ibge/.
Acesso em: 07 dez. 2022.
O trecho sobre a definição de política pública e a notícia
sobre o adiamento da finalização do recenseamento in-
dica que
A) não há relação entre elas.
B) a sociedade civil tem responsabilidade na execução
de políticas públicas.
C) o IBGE não tem capacidade de recolher e analisar os
dados do país.
D) ao fim do recenseamento o Brasil promoverá ações
coletivas que garantam o bem estar da população.
E) as ações do Estado são propostas e pautadas nos da-
dos recolhidos e analisados.
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Texto para as questões 84 a 90
Panel says US adults should
get routine screening for anxiety
By Holly Honderich
For the first time, a US government-backed expert
panel has recommended that adults under 65 should be
screened for anxiety disorders.
The influential US Preventive Services Task force
also said that all adults should be checked for depression,
consistent with past guidance.
The task force stopped short of a screening
recommendation for suicide. The panel acknowledged
that suicide is a leading cause of death among American
adults but said there was “not enough evidence on
whether screening people without signs or symptoms
will ultimately help prevent suicide”.
In April, the panel issued similar guidance for
children and adolescents, recommending anxiety
screening for those aged between eight and 18.
The draft guidance is aimed at young and middle-
aged adults, including those who are pregnant and
post-partum. It envisions the mental health screening
as part of routine visits with primary care physicians,
said Dr Lori Pbert, a task-force member and professor
in the Department of Population and Quantitative Health
Sciences at UMass Chan Medical School.
“Mental health conditions are just important as other
physical conditions, and we really need to be treating
mental health conditions with the same urgency that we
The recommendations are only for those who do
not have a diagnosed mental health disorder or do not
– including generalised anxiety disorder, panic disorder
and social anxiety, among others – are the most common
mental illness in the US, affecting some 40 million adults
every year.
“More common than strep throat,” said Eugene
Beresin, a psychiatrist who works as the executive
director for the Clay Center for Young Healthy Minds.
The number of people suffering from mental illness
jumped significantly over the course of the Covid-19
pandemic. A study published last year in the Lancet
estimated that the pandemic led to an additional 53.2
million cases of major depressive disorder and 76.2
million cases of anxiety disorder across the world.
Experts have applauded the screening
recommendation, but some – like Dr Beresin – have
warned that screening alone will be insufficient to
address a mounting mental health crisis.
“The problem is we don’t have the work force to
really take care of this,” he told the BBC, adding that
the country’s 258 million adults had around 125,000
psychiatrists and psychologists between them.
“So what are we going to do?” he said. Dr Pbert said
she shares his concern.
The hope, she said, is that wide-spread screenings
can bring awareness to an overburdened system.
“We know that we have an undersized mental health
care workforce,” she said. “We’ll need to expand that
workforce to meet the demand.”
Disponível em: www.bbc.com/news/world-us-canada-62974686.
Acesso em: 17 out. 2022.
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84. O principal objetivo do texto é: 87. In the segment “The task force stopped short of a
A) Alertar sobre os riscos da ansiedade em pessoas aci- screening recommendation for suicide”. (3rd paragraph),
ma de 65 anos. the expression stopped short of means:
B) Informar sobre a recomendação de um grupo de es- A) believed it was unimportant to have.
pecialistas para a inclusão da ansiedade dentre os B) actually issued.
exames de rotina. C) called for.
C) Divulgar dados de um estudo sobre saúde mental fei- D) advised against.
to por um grupo de especialistas nos EUA. E) came close to.
D) Ressaltar os impactos da pandemia na saúde mental
da população americana especificamente. 88. In “The draft guidance is aimed at young and
E) Analisar dados de um estudo sobre ansiedade, de- middle-aged adults including those who are pregnant
pressão e saúde mental global. and post-partum.” (5th paragraph), the word those
refers to
85. Infere-se pela leitura do texto que:
A) adolescents.
A) mulheres grávidas e pós-parto podem ter algum pro- B) children.
blema de saúde mental como ansiedade e depressão. C) young and middle-aged adults.
B) crianças não fazem parte do grupo de risco de distúr- D) signs.
bios de saúde mental. E) symptons.
C) o número de casos de suicídios nos EUA não é signi-
ficativo. 89. No trecho do parágrafo 8 “More common than strep
D) a saúde mental já é prioridade na maioria dos estados throat, said Eugene Beresin...”, a expressão strep throat
americanos.
pode ser entendida como:
E) antes da pandemia o número de pessoas afetadas por
distúrbios de ansiedade já eram alarmantes em todo A) otite
o mundo. B) amidalite
C) gripe
86. Qual a ressalva feita por Dr. Beresin? D) coriza
E) febre
A) Muitos pacientes não aceitam a ideia de ter algum dis-
túrbio mental.
90. In the sentence “So what are we going to do?”
B) O país não conta com recursos econômicos para tal
(12th paragraph), the word so could be replaced, without
força-tarefa.
C) Não há profissionais suficientes na área de saúde change in meaning, by:
mental para tratar de toda a população. A) Yet
D) Somente um diagnóstico não é suficiente; é preciso B) Although
recursos humanos e econômicos para tal empreitada. C) Instead
E) O sistema de saúde geral já está sobrecarregado e, D) Therefore
portanto, é impossível pensar em tais ações. E) Still

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DISCIPLINAS COMPLEMENTARES 94. TEXTO I

No dia que ele estava vindo para criar o ayé 1
No tempo que a existência começou
91. Não é fácil traçar a fronteira temporal do momen- Olódùmarè 2 era uma massa infinita de ar
to em que surge o pensamento racional. Passaria, pro- Começou a mover-se lentamente, a respirar.
vavelmente, pela epopeia homérica. No entanto, nela é O ar transformou-se em massa de água
tão estreita a interpenetração do elemento racional e do Dessa água nasceu Òrìsà-nlá
“pensamento mítico”, que mal se pode separá-los. Uma O grande Òrìsà-Funfun, o Òrìsà da cor branca.
análise da epopeia, a partir desse ponto de vista, mostra- O que é agora a nossa terra
ria quão cedo o pensamento racional se infiltra no mito e Era um pântano desolado
começa a influenciá-lo. Em cima estava o òrun 3
JAEGER, Werner. Paideia – A formação do homem grego. Onde também moravam os Òrìsà
São Paulo: Martins Fontes, 2013, p. 191. Tudo que eles precisavam estava no òrun
Nos pés da árvore baobá
De acordo com o trecho, o “pensamento mítico” e o ra- Poema sobre a criação do mundo, de origem Nagô.
cional Disponível em: www.revistas.usp.br/africa/article/
A) ocorrem em momentos históricos bastante distintos. view/115347/113005. Acesso em: 06 dez. 2022.
B) entrecruzam-se em um mesmo período histórico. 1. Ayé: terra ou mundo físico.
C) envolvem ambos a rejeição pelo sobrenatural. 2. Olódùmarè: ser supremo
D) estão inteiramente desenvolvidos na epopeia homérica. 3. Òrun: céu
E) opõem-se de maneira absoluta historicamente.
TEXTO II
92. Embora cada sofista fosse perito em uma ou duas Anaxímenes de Mileto, filho de Eurístrates, compa-
técnicas e as ensinasse a alunos que pretendiam especia- nheiro de Anaximandro, afirma também que uma só é a
lizar-se numa profissão determinada, todos os sofistas, natureza subjacente, e diz, como aquele, que é ilimitada,
porém, eram peritos numa arte necessária aos membros não porém indefinida, como aquele (diz), mas definida,
de uma democracia, a arte da palavra; e cobravam para dizendo que ela é ar. Diferencia-se nas substâncias, por
ensiná-la. Podemos avaliar como a maioria dos atenien- rarefação e condensação. Rarefazendo-se, torna-se fogo;
ses foi receptiva a esse ensinamento lembrando que, nos condensando-se, vento, depois, nuvem, e ainda mais,
tribunais, um cidadão assumia pessoalmente tanto a de- água, depois terra, depois pedra, e as demais coisas (pro-
fesa de seus direitos (não havia advogados, como haverá vêm) destas.
em Roma) como a acusação de um outro que ferira seus SIMPLÍCIO. Física. In: Os Pensadores, v. 1 – Pré-socráticos.
direitos ou supostamente não cumprira a lei. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 57.
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: O Texto 1 tem origem em povos da África Ocidental, en-
dos pré-socráticos a Aristóteles, v.1. São Paulo: quanto o Texto 2 trata de concepções surgidas na Grécia.
Companhia das Letras, 2002, p. 162.
Apesar de suas diferenças, as explicações oferecidas pa-
O reconhecimento social dos sofistas vinha do ensino da ra o princípio do mundo têm em comum
A) arte do discurso, de interesse meramente contempla- A) a ausência de seres sobrenaturais no processo de sur-
tivo. gimento do mundo.
B) ciência grega, a qual buscava verdades absolutas. B) a ideia de que elementos da natureza não fazem parte
C) filosofia, relacionada ao amor puro à sabedoria. da criação.
D) retórica, necessária ao exercício da cidadania. C) a referência a elementos naturais que sofrem trans-
E) ontologia, que defendia a permanência do ser. formações.
D) uma origem divina para o primeiro movimento da
93. A sensação empírica do movimento e a realidade criação.
da transformação e a diferença dos entes não atinge em E) um relato místico com cenários e personagens fabu-
nada a formulação parmenídea de que o Ser é imóvel. losos.
Quando Parmênides chama tudo isso de meras ilusões,
ele não quer negar o fato das experiências dos homens.
Ele mesmo, enquanto homem que vive e sente, não pode
negar nada disso. A questão é bem outra.
BOCAYUVA, Izabela. Parmênides e Heráclito: diferença e
sintonia. Kriterion: Revista de Filosofia [on-line]. 2010, v. 51,
n. 122, p. 399-412. Disponível em: https://doi.org/10.1590/
S0100-512X2010000200004. Acesso em: 20 out. 2022.
Para Parmênides, as transformações
A) constituem a essência do real.
B) negam a imobilidade do Ser.
C) percebem-se apenas pela alma.
D) representam a verdade superior.
E) são ilusões da experiência humana.

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95. Como relata Aristóteles, os pitagóricos começaram
observando as razões numéricas das consonâncias mu-
sicais ou harmoniais e, ao encontrarem muitos pontos de
correspondência entre os números e o mundo, concluí-
ram que “o céu todo é harmonia e número”. Esta noção
de uma rede de ligações entre a música, a matemática
e os fenômenos celestes, que é resumida na noção de
música das esferas, constitui um dos dois princípios fun-
damentais do pensamento pitagórico.
KAHN, Charles H. Pitágoras e os pitagóricos – uma breve
história. São Paulo: Edições Loyola, 2007, p. 18.
Os pitagóricos são classificados, junto a outros conjun-
tos de pensadores, como pré-socráticos. Como indica o
trecho, o pensamento grego do período é marcado
A) pela busca de explicações e correlações racionais
para os fenômenos naturais.
B) pela continuidade em relação ao período dominado
pelas narrativas homéricas.
C) pela separação da filosofia em relação a outros cam-
pos de conhecimento.
D) pelo interesse da filosofia por novos assuntos, como a
ética e a política.
E) pelo fato de que suas ideias não despertaram interes-
se de filósofos posteriores.
96. Em plena Antiguidade Clássica, o filósofo grego Aristóte-
les já propôs a ideia do homem como “um ser social”.
A reflexão da sociedade como um agrupamento de pes-
soas que formam uma coletividade, uma comunidade,
ou seja, um conjunto de indivíduos que vivem em um
determinado momento e lugar, que seguem as mesmas
normas e têm valores semelhantes remete a qual das
ideias abaixo relacionadas?
A) Ao individualismo, visto como postura voltada exclu-
sivamente para si na busca da satisfação pessoal a
qualquer custo e na negação da solidariedade.
B) À individualidade, característica de cada ser humano
com suas habilidades, limitações, crenças pessoais,
etc. que garantem sua unicidade em meio ao grupo.
C) À humanidade vista como objeto de estudo abordado
do mesmo modo por vários ramos da ciência, como a
Biologia, Psicologia, Filosofia e a Sociologia.
D) A um conceito de sociedade tão abrangente que pode
designar tanto as cidades-Estados da Antiguidade
como as modernas nações contemporâneas.
E) Exclusivamente às comunidades tribais pré-históricas
que se baseavam em clãs e se caracterizavam pela
vida nômade.
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97. No contexto revolucionário dos séculos XVIII/XIX intelec-
tuais como Saint-Simon, Augusto Comte e outros foram
precursores do pensamento sociológico que viria a se
desenvolver posteriormente com as obras de Karl Marx,
Émile Durkheim e Max Weber. Coube a Comte a elabora-
ção da chamada Física Social por meio da qual, o soció-
logo francês criou a doutrina Positivista.
Considera-se um dos princípios fundamentais do Posi-
tivismo:
A) O conhecimento da realidade social a partir de um
método científico caracterizado por três estágios: ob-
servação, análise e experimentação.
B) O emprego do pensamento materialista dialético,
pelo qual todos os fenômenos sociais se explicam pe-
las bases econômicas da sociedade.
C) A noção de que todo indivíduo é produto de três fato-
res determinantes de sua conduta: sua raça, o meio e
a época em que vive.
D) A visão do cientista como um observador neutro dos
fatos históricos, sem a preocupação de apontar qual-
quer intervenção na vida social.
E) A defesa de que os fenômenos sociais seguem as
mesmas regras da seleção natural que explica a evo-
lução das espécies, devendo, então, ser estudados
pelos mesmos critérios.
98. A realização de eleições gerais nos países regidos pelo
Estado de Direito Democrático pode ser considerada ob-
jeto de estudo da Sociologia, pois identifica um fenôme-
no que o sociólogo francês Émile Durkheim denominou
em sua obra As Regras do Método Sociológico (1895)
como:
A) Fato histórico, uma vez que cada eleição marca o iní-
cio de uma era na evolução política da sociedade.
B) Confronto de classes, que se alternam no exercício do
poder de governo segundo seus interesses.
C) Fato social, que se apresenta aos indivíduos como ex-
terno, repetitivo e coercitivo de seus comportamentos.
D) Revolução social, ou um processo de superação das
crises por meio de mudanças na estrutura econômica.
E) Reação cultural, pois mudanças de mentalidades pro-
vocam ações de setores sociais conservadores.
99. No estudo de fatos sociais aos quais se dedicou ao longo
de sua obra, como trabalho, educação, família, suicídio,
crime, etc., Durkheim partiu da concepção da sociedade
contemporânea como um meio complexo em que os in-
divíduos se relacionam sem contatos necessariamente
diretos e pessoais. Isso ocorre pela interdependência en-
tre vários setores produtivos, administrativos, políticos
e culturais que formam uma “consciência coletiva” dis-
tinta das consciências individuais que a compõem. Essa
heterogeneidade concede um sentido de pertencimento
diferente do sentido nas comunidades menos complexas
e mais homogêneas em termos das funções de cada um.
A essa concepção de sociedade contemporânea
Durkheim conceituou como:
A) Fato social
B) Anomia
C) Eunomia
D) Solidariedade mecânica
E) Solidariedade orgânica
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100. Observe a tirinha de André Dahmer.

ANDRE DAHMER/
ACERVO DO CARTUNISTA
DAHMER, André. Disponível em: www.malvados.com.br. Acesso em: 25 jun. 2015.
Do ponto de vista sociológico, a questão em foco na crítica do autor está relacionada:
A) À estrutura da família na sociedade baseada no patriarcalismo.
B) Às interferências dos avanços tecnológicos sobre o meio ambiente.
C) Ao processo de socialização influenciado pelas tecnologias de comunicações.
D) Ao isolamento individual provocado pelo uso das redes sociais.
E) Ao declínio do fenômeno da alienação e ao aumento da consciência coletiva.

101. Lee el texto y contesta

Hazme un sitio a tu lado
Hazme un sitio a tu lado paralelo al recuerdo,
Largo como un horizonte encendido de anhelos,
Tibio como una caricia de tus manos secretas,
Mío como el gorjeo torrencial de tu pelo.
Hazme un sitio a tu lado donde acostar mi pena,
Refugio del dolor, amparo del combate,
Donde olvide a los muertos:
Toda mi angosta historia y mis heridas,
La espiral del deseo
Y toda una cordillera de memorias.
MARCOS, J. M. Hazme un sitio a tu lado. In: Travesías – voces de la literatura paraguaya. Curitiba: Inverso, 2017, p. 211.
Marca la opción correcta.
A) El dolor del amor no correspondido es la nota dominante del poema.
B) La pérdida del amor contrasta con el sentimiento del yo poético.
C) Se nota que el yo poético vive de malos recuerdos.
D) Retrata la valorización exagerada del ser amado.
E) Se describe el lugar que el yo poético desea estar al lado del ser amado.

102. Observa:
Así es el ‘Angel Shot’: el ‘chupito’ para sacar de un apuro a las mujeres en peligro
Este ‘chupito’ es realmente de un código mediante el que la mujer
puede pedir ayuda en caso de no estar a gusto con su cita
Con el objetivo de salvar a las mujeres de una cita incómoda, desastrosa o incluso peligrosa, el bar ‘Iberian Rooster’, si-
tuado en San Petersburgo, en Florida, ha creado la iniciativa ‘Angel Shot’. Se trata de un código secreto mediante el que una
mujer puede pedir la ayuda de cualquier camarero del establecimiento en caso de encontrarse en peligro.
Disponível em: https://cadenaser.com/ser/2017/01/16/internacional/1484559292_390710.html acesso 16 dez. 2022.
La propuesta del cartel es
A) ayudar a las mujeres en situaciones de peligro.
B) engañar a los hombres que están en una cita aburrida.
C) ganar más dinero con un chupito nuevo.
D) quedar bien con todos los clientes.
E) recuperar la imagen de que los hombres son nobles.

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103. Observa:

Son necesarios para

producir el oxígeno
que consumes al día
Salva la
vida de una
persona al año ÁRBOLES Pueden absorber
los contaminantes
en las ciudades EN LA CIUDAD emitidos por
100 coches al día

Regulan la
temperatura
evitando islas Fijan el suelo
de calor previenen erosión
Producen oxígeno
y filtran agua
y reducen la
al subsuelo
contaminación
Son hábitat
de fauna
silvestre
Ofrecen belleza
escênica y nos
hacen más felices

En el texto:
Producen oxígeno y reducen la contaminación.
Sobre la palabra destacada es posible afirmar
A) es un verbo regular como reducir y regular.
B) es un verbo irregular con cambio vocálico o/ue.
C) es un verbo de irregularidad igual al verbo conducir.
D) es un verbo que se conjuga de la misma manera que fijar.
E) es un verbo de regularidad propia.

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104. Lee el texto y contesta:
¡Como anillo al ojo! Ahora todos los ciegos podrán leer: […] Tiene un algoritmo más avanzado que permite empezar,
parar y saltarse el texto en cualquier momento, leer de manera mucho más rápida y hacerlo con palabras múltiples, no
solamente una por una. Además, detecta cuando el dedo se corre de la línea (y tapa las letras) y los espacios en blanco cuando
comienza y termina una línea, avisándole al lector con sutiles vibraciones.
Disponible en: https://www.eldefinido.cl/actualidad/ mundo/2626/Como_anillo_al_ojo_Ahora_todos_los_ciegos_podran_leer/.
Acceso el: 22 jul. 2019.
Observa:
… parar y saltarse el texto en cualquier momento..
… hacerlo con palabras múltiples…
… avisándole al lector con sutiles vibraciones.
Las palabras destacadas
A) son exemplos de próclise.
B) son exemplos de mesóclise.
C) son exemplos de énclise.
D) son exemplos de acento diacrítico.
E) son exemplos de latinismos.

105. Lee el texto y contesta:

“Grooming”: una nueva figura para condenar el acoso por Internet
Los que contacten a menores con un fin sexual podrían recibir hasta cuatro años de cárcel. El proyecto recibió críticas.
A la sesión se llega con un dictamen de mayoría impulsado por el Frente para Victoria, que recibió disidencias parciales
de bancadas como el Frente Peronista y críticas del radicalismo. También hay otras entidades que cuestionan la amplitud y
vaguedad desu redacción, y una de las principales críticas es que secondene con las mismas penas el intento de abuso y el
abuso sexual concretado.
¿Qué es el “grooming”? Las acciones deliberadas de una persona adulta para ganarse la confianza de un menor a través
de Internet con el fin de obtener concesiones de índole sexual, lo que, de aprobarse esta ley, estaría penado.
El proyecto, que fue aprobado por el Senado en diciembre del 2011, propone incorporar la tipificación de este delito al
artículo 131 del Código Penal. Así, será penado con prisión de seis meses a cuatro años el que, por medio de comunicaciones
electrónicas, telecomunicaciones o cualquier otra tecnología de transmisión de datos, contactarse a una persona menor de
edad con el propósito de cometer cualquier delito contra la integridad sexual de la misma.
[...]
Disponível em: www.clarin.com/sociedad/Grooming-nueva-figuracondenar-Internet_0_949105304.html. Acesso em: jan. 2019.
De acuerdo con el texto, es posible decir que:
A) Grooming es el nombre de la ley que criminaliza la ocurrencia de relaciones sexuales entre adultos y menores de edad.
B) Grooming es una ley que propone la prisión a la persona que se comunicar con un menor de edad por una red social.
C) Grooming es un proyecto de ley que ha recibido muchas críticas porque no trató de la misma forma el intento de acoso
sexual y el acoso concretizado.
D) Grooming es el nombre del proyecto de ley sobre violencia de género.
E) Grooming es cuando un adulto usa la internet con la finalidad de ganarse la confianza de menores de edad para obtener
favores de carácter sexual.

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