Você está na página 1de 32

Diâmetro mínimo de sub-ramais de alimentação

Banheiro social

Aparelho Diâmetro Vazão unitária de Projeto


Quantidade
sanitário (L/s)
Nominal (mm)
Vaso sanitário
com válvula de 1 50 1,70
descarga
Chuveiro 1 15 0,20
Lavatório 1 15 0,15
Cozinha

Aparelho Diâmetro Vazão unitária de Projeto


Quantidade
sanitário (L/s)
Nominal (mm)
Máquina de lavar
1 20 0,30
louça
Pia de cozinha 1 15 0,25
Filtro de água
1 15 0,15
(filtro de pressão)

Área de Serviço
Aparelho Diâmetro
Quantidade Vazão de Projeto (L/s)
sanitário Nominal (mm)
Máquina de lavar
1 20 0,30
roupa
Tanque de lavar
1 20 0,25
roupa
Cada Lavabo
Aparelho Diâmetro
Quantidade Vazão de Projeto (L/s)
sanitário Nominal (mm)

Lavatório 1 20 0,15
Vaso sanitário
com válvula de 1 50 1,70
descarga
Banheiro da suíte

Aparelho Diâmetro Vazão unitária de Projeto


Quantidade
sanitário (L/s)
Nominal (mm)
Vaso sanitário
com válvula de 1 50 1,70
descarga
Chuveiro 1 15 0,20
Lavatório 1 15 0,15
O dimensionamento dos ramais é feito através do método das seções
equivalentes, que consiste em expressar o diâmetro de cada trecho da
tubulação em função da vazão equivalente obtida com diâmetros de 15 mm

1
(1/2 pol). A Tabela 4 apresenta os diâmetros equivalentes para a aplicação
deste critério.
Tabela 4: Correspondência de tubos de diversos diâmetros com o equivalente de 15 mm.

A seguir encontram-se os valores dos diâmetros dos ramais para cada


trecho considerado.

Tabela 5: Dimensionamento dos ramais do banheiro social e suíte

Banheiro social

Tabelado-
Trecho Aparelho sanitário
Equivalente
Diâmetro
Chuveiro 1 peça equivalente
Abastece Lavatório 1 peça (mm)
1 Vaso com
37,8 peças
VD
total 39,8 peças 65,5 60

Foi considerado um ramal saindo diretamente do reservatório


dimensionado à bacia sanitária (D =60 mm) para não ocasionar problemas de
vazão quando solicitada uma peça sanitária ao mesmo tempo em que houver a
solicitação da referida bacia.

Tabela 6: Dimensionamento dos ramais da área de serviço

Área de Serviço
Trecho Aparelho sanitário Tabelado
Diâmetro
Abastece Tanque 2,9 peças equivalente
1 (mm)
Máquina 2,9 peças

2
total 5,8 peças 6,2 25

Tabela 7: Dimensionamento dos ramais da cozinha

Cozinha
Trecho Aparelho sanitário Tabelado Diâmetro
equivalente
Pia 1 peça (mm)
1
total 1 peça 1,0 15
Abastece
Filtro
1 peça
d’água
Máquina
2,9 peças
de lavar
total 3,9 peças 6,2 25

Tabela 8: Dimensionamento dos ramais de cada lavabo

Lavabo
Trecho Aparelho sanitário Tabelado
Diâmetro
Vaso com 1,0
37,8 equivalente
Abastece VD
1 (mm)
Lavatório 1 1,0
total 38,8 peças 65,5 60

3.2.3 Especificação e considerações a respeito de tubulação utilizada


De acordo com a NBR 5626, os tubos como as conexões, constituintes
de instalação predial de água fria, podem ser de aço galvanizado, cobre, ferro
fundido, PVC rígido ou de outros materiais, que satisfaçam a condição de que a
pressão de serviço não deva ser superior a pressão estática no ponto
considerado.
No projeto, foram escolhidos tubos de PVC.

3.2.4 Vazão das Peças de Utilização


As peças de utilização são projetadas para funcionar mediante certa
vazão, que não deverá ser inferior:
Tabela 8: Vazão mínima e pesos relativos das peças de utilização.

3
3.2.5 Perdas de carga
PERDA DE CARGA NO TUBO: depende do seu comprimento e
diâmetro interno, da rugosidade da sua superfície interna e da vazão. No
projeto usou-se asexpressões de Fair-Whipple- Hsiao.
PERDA DE CARGA NAS CONEXÕES: expressa em termos de
comprimentos equivalentes desses tubos. Como o material utilizado foi o PVC.
No projeto foi considerado um pé direito de 2,80m.

Tabela 9: Verificação das velocidades e perdas de cargas nas tubulações de projeto

Subramais
Q dmin V Altura J Compr Leq Compr Perda
Equipamentos P A (m²) Verif
(L/s) (mm) (m/s) (m) (m/m) (m) (m) total (m)
Área

Pia 0,25 0,7 15 0,0002 1,41 OK 0,85 0,19 1,15 1,1 2,25 0,43
Máquina de
Cozinha 0,3 1 20 0,0003 0,95 OK 0,9 0,09 1,98 1,2 3,18 0,29
lavar louça
Filtro 0,1 0,1 25 0,0005 0,32 OK 0,5 0,018 6,58 4,5 11,08 0,20
Máquina de
0,3 1 20 0,0003 0,95 OK 0,9 0,07 1,98 1,2 3,18 0,22
Área de lavar roupa
serviço
Tanque 0,25 0,7 20 0,0003 0,80 OK 0,75 0,05 2,93 2,4 5,33 0,27

4
Vaso sanitário
1,72 32 50 0,0020 0,87 OK 0,5 0,018 5,18 13,6 18,78 0,34
Lavabo 1º com VD
andar
Lavatório 0,15 0,3 20 0,0003 0,48 OK 0,8 0,02 2,88 2,4 5,28 0,11
Vaso sanitário
1,72 32 50 0,0020 0,87 OK 0,5 0,018 5,18 13,6 18,78 0,34
Lavabo 2º com VD
andar
Lavatório 0,16 0,3 20 0,0003 0,48 OK 0,8 0,02 2,88 2,4 5,28 0,11
Vaso sanitário
1,72 32 50 0,0020 0,87 OK 0,5 0,018 5,18 13,6 18,78 0,34
com VD
Banheiro
social e Lavatório 0,16 0,3 20 0,0003 0,48 OK 0,8 0,02 2,88 2,4 5,28 0,11
suíte
Chuveiro
0,1 0,1 20 0,0003 0,32 OK 2,1 0,04 3,28 3,2 6,48 0,26
elétrico

 Cálculo da Vazão em cada trecho da tubulação, utilizando a equação:

Q=0,3 √ ΣP (L/s)

Pia e Tanque:

Q=0,3 √ ΣP=0,3 √ 0,7=0,25(L/s)

Vaso Sanitário com Válvula de Descarga:

Q=0,3 √ ΣP=0,3 √ 32,7=1,72 (L/s)

Lavatório:

Q=0,3 √ ΣP=0,3 √ 0,3=¿ 0,16 (L/s)

Máquina de lavar louça e máquina de lavar roupa:

Q=0,3 √ ΣP=0,3 √ 1,0=0,30 (L/s)

Chuveiro elétrico e filtro d’água:

Q=0,3 √ ΣP=0,3 √ 0,1=0,095 (L/s)

 Cálculo das perdas de carga em cada trecho da tubulação, utilizando a


equação:
5 1,75 −4,75
J=8,69 .10 . Q .D

Banheiro social e suíte:


5 1,75 −4,75
J=8,69 .10 . 1,89 . 32 =0,19 mca/ mL

Lavabo
5 1,75 −4,75
J=8,69 .10 . 1,88 . 32 =0,19 mca/mL

5
Área de Serviço

J=8,69 .105 . 0,551,75 . 20−4,75=0,20 mca/m

Cozinha
5 1,75 −4,75
J=8,69 .10 . 0,56 .20 =0,20 mca/m
Tabela 10: Verificação das velocidades e perdas de cargas nos ramais

dmin Vel Compr Compr


Ramais ∑P Q(l/s) A (m²) Verif J (m/m) Compreq Perda (m)
(mm) (m/s) (m) total
Bacias sanitárias 32 1,70 50 0,0020 0,864 OK 0,018 0,37 5,7 6,07 0,11
Torneira+Máquina
1,4 0,35 25 0,0005 0,723 OK 0,032 1,5 3,1 4,6 0,15
de lavar louça
Torneira+Máquina
2,1 0,43 25 0,0005 0,886 OK 0,046 1,8 3,1 4,9 0,23
de lavar louça+Pia
Tanque+ Máquina
1,7 0,39 25 0,0005 0,797 OK 0,038 0,5 3,1 3,6 0,14
de lavar roupa
Torneira+Má de
louça+Pia+Tanque+ 3,8 0,58 25 0,0005 1,191 OK 0,072 0,1 3,1 3,2 0,23
Máq.Roupa

Chuveiro+Lavatório 0,25 0,15 20 0,0003 0,477 OK 0,145 0,2 2,4 2,6 0,38
Torneira+Máq
prato+Pia+Tanque+
4,05 0,60 25 0,0005 1,230 OK 0,088 2 3,1 5,1 0,45
Máq.Roupa+Chuvei
ro+Lavatório

Tabela 11: Verificação das velocidades e das perdas de carga nas colunas de
alimentação

J Compr Compr Perd


Colunas ∑P Q(L/s) d (mm) A (m²) V (m/s) Verif Leq
(m/m) (m) total a (m)

Torneira+Máq.pratos+Pi
a+Tanque+Máq.Roupa+ 4,05 0,60 25 0,00049 1,2299228 OK 0,088 2,15 1,5 3,65 0,32
Chuveiro+Lavatório

Bacias sanitárias 32 1,70 50 0,00196 0,8643016 OK 0,1 2,4 13,6 16 1,6

6
PROJETO
Instalações de águas
pluviais e de esgoto
sanitário

7
1. INTRODUÇÃO

A instalação de esgoto doméstico tem a finalidade de coletar e afastar da


edificação todos os despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos,
encaminhando-os para um destino adequado. Com a elaboração do projeto
pretende-se atingir alguns objetivos bem específicos:
a) Evitar contaminação da água fria/quente;
b) Permitir rápido afastamento dos despejos, sem vazamento e formação de
depósitos;
c) Impedir entrada de gases do sistema;
d) Impedir acesso de corpos, estranhos para dentro do sistema;
e) Permitir inspeções;
f) Impedir acesso do esgoto no sistema de ventilação;
g) Permitir a fixação dos aparelhos de forma a facilitar sua remoção para
manutenções eventuais;
h) Evitar mistura de esgotos com águas pluviais (sistema separador
absoluto);
i) Evitar o máximo possível a passagem de tubulação em ambientes de
permanência prolongada (dormitórios). Caso contrário: atenuar ruídos.
Já o projeto de água pluvial destina-se a dimensionar e prever dispositivos
que tem como principais objetivos:
a) Afastar as águas de chuvas para rua ou coletor público para evitar
inundações;
b) Proteger as paredes de umidade;
c) Evitar desconforto de moradores etranseuntes.

2. OBJETIVOS

8
Propiciar ao aluno a oportunidade de consolidar os conhecimentos
técnicos obtidos durante as aulas e torná-lo apto a projetar, interpretar e
analisar projetos de instalações prediais de esgotos sanitários e de águas
pluviais, bem como especificar e orçar materiais e equipamentos inerentes.

3. MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

6.1 Informações gerais


O projeto de instalação hidráulica é de uma residência de dois andares tipo,
com 52,20 m² de área cada (totalizando 104,40 m² a área total construída),
situado em um terreno de 20 x 50 m, situado na Quadra 29 Lote 27 Rua 07,
Parque Nápolis - Gleba A, na Cidade Ocidental. A casa de dois pavimentos
engloba (Figura 1):
 1 quarto de 3,30 x 2,10 m;
 1 quarto de 2,40 x 3,40 m;
 1 escritório de 2,60 x 2,10 m;
 1 suíte de 3,10 x 3,25 m com banheiro de 2,40 x 1,40 m;
 1 sala de estar de 3,90 x 3,60 m;
 1 banheiro social de 2,40 x 1,20 m;
 1 escritório
 2 lavabos de 1,50 x 1,20 m;
 1 cozinha de 3,90 x 2,40 m;
 1 área de serviço de 3,10 x 1,20 m;
 1 escada.

9
Figura 1: Planta da residência

Figura 2: Planta do 2º pavimento

10
O dimensionamento foi baseado nas normas da NBR 10844/89 –
Instalações prediais de águas pluviais e NBR 8160/99 – Sistemas prediais de
esgotos sanitários.
6.2 Memoriais de cálculos
6.2.1 Instalações de águas pluviais
Na determinação da intensidade pluviométrica (I), os valores da duração
da precipitação e do período de retorno foram fixados. A duração da
precipitação foi fixada em 5 minutos e o período de retorno (T) em 5 anos,
segundo a NBR 10844. Esses valores foram escolhidos de acordo com as
características da área a ser drenada. No projeto se trata da área de uma
cobertura. Como a área de projeção horizontal da cobertura é inferior a 100m²,
deve-se utilizar a intensidade de precipitação igual a 150mm/h.
Segundo a norma para se obter a área de contribuição, deve-se
considerar o formato do telhado do projeto para se obter o respectivo critério.
Os critérios levam em consideração o fato de que as chuvas não caem
horizontalmente. Para o projeto foi utilizada o critério da superfície plana
inclinada, onde a fórmula e os valores calculados estão apresentados logo
abaixo na Tabela-1.

11
12
Figura 3: Dimensões do telhado para consideração do cálculo da área de
contribuição

13
Figura 3: Divisão do telhado em regiões de influência para a área de contribuição 1º
pavimento

Figura 4: Divisão do telhado em regiões de influência para a área de contribuição 2º


pavimento

Tabela 1: Área de contribuição de cada região do telhado

ÁREA DE
 REGIÃO DO TELHADO a h b
CONTRIBUIÇÃO
A1 3.45 1.7 3.5 15,05
A2 3.45 1.7 3.5 15,05
A3 3.45 1.7 2.6 11,18
A4 3.45 1.7 2.6 11,18
A5 3.45 1.7 2.6 11,18
A6 3.45 1.7 2.6 11,18

14
Para a determinação da vazão de projeto é necessário se saber a
intensidade pluviométrica (determinada através de valores tabelados em
função do local de ocorrência e do período de retorno) e as áreas de
contribuição calculadas acima.
Assumindo que o projeto será realizado em Brasília e que o período de
retorno é de 5 anos, a intensidade pluviométrica é 176mm/h. A vazão é
determinada a partir da fórmula abaixo. Os valores das vazões de projeto estão
listados na Tabela-2.
IxA
Q=
60
Tabela 2: Vazão de projeto para condutores e calhas.

CONDUTOR CALHAS
VAZÃO DE VAZÃO DE
I I
A (m²) PROJETO A (m²) PROJETO
(mm/h) (mm/h)
(l/min) (l/min)
44.15 44.15
A1 176 15,05 A1 176 15,05
44.15 44.15
A2 176 15,05 A2 176 15,05
32.80 32.80
A3 176 11,18 A3 176 11,18
32.80 32.80
A4 176 11,18 A4 176 11,18
32.80 32.80
A5 176 11,18 A5 176 11,18
32.80 32.80
A6 176 11,18 A6 176 11,18

Através da fórmula de Manning-Strickler abaixo é possível fazer o


dimensionamento das calhas.

KxSx √ R ² x √ i 60000 x 0,008 x √ 0 ,0308² x √ 0,01


3 3
Q= = =428,76 L/min
n 0,011
O valor do coeficiente de rugosidade foi obtido através da Tabela-3. O
material escolhido para as calhas do projeto foi o aço galvanizado, cujo
coeficiente de rugosidade (n) é igual a 0,011. Sendo que as dimensões das
calhas são 10x16cm. Elas devem ser construídas apresentando uma
declividade de 1% (valor mínimo é 0,5%). Analisando-se o valor obtido de Q,
pode-se verificar que a calha suportará a vazão de projeto, já que o valor de
428,76 l/min é superior aos valores das vazões de projeto das calhas.

15
Tabela 3: Coeficiente de rugosidade de alguns materiais

Material Coeficiente (n)


Plástico, fibrocimento, alumínio, aço inoxidável,
0.011
aço galvanizado, cobre, latão
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria
0.012
revestida
Cerâmica e concreto não alisado 0.013
Alvenaria de tijolos não revestida 0.015

Nos condutores de seção vertical, por se tratar de peças verticais não é


possível realizar o dimensionamento por meio das fórmulas de escoamento de
canal. Logo é necessário o conhecimento da vazão de projeto, da altura da
lâmina de água na calha e do comprimento do condutor vertical, para que se
possa fazer a utilização dos ábacos em anexo existentes na norma (calha com
saída em aresta viva e calha com funil de saída).
A escolha do tipo de saída se dá pelo fato de que no transporte de água
pluvial proveniente das calhas ou platibandas em um condutor, a tomada de
água é realizada em canto vivo, formando uma aresta no fundo da calha. A
formação dessa aresta dificulta a entrada de água da calha no condutor
vertical, já que há uma mudança na forma de regime de escoamento. Também
há o arraste de ar atmosférico por atrito junto ao fluxo de água dentro do
condutor. Para evitar a ocupação de espaço de ar dentro do condutor, pode-se
adotar uma redução gradual da seção de embocadura do condutor vertical.
Assim o efeito de aresta viva é reduzido pela interposição de um funil de saída.
A partir do ábaco abaixo é possível encontrar um respectivo diâmetro para os
dados analisados, em que os diâmetros dos condutores utilizados no projeto
devem ser iguais ou superiores aos encontrados no ábaco.
No projeto foram utilizados condutores com saídas em arestas vivas.
Sendo considerada uma chuva de 150 mm/h, a área de cada ala igual a
39,41m² e a vazão de projeto igual aos valores apresentados na Tabela-2. A
partir desses valores, foram encontrados os diâmetros listados abaixo na
Tabela-4.
Tabela 4: Dimensionamento dos condutores verticais para cada região de influência

CONDUTOR VERTICAL
VAZÃO DE PROJETO
DIÂMETRO (mm)
(l/min)
A1 44,15 75
A2 44,15 75
A3 32,80 50
A4 32,80 50
A5 32,80 50
A6 32,80 50

16
Como a chuva considerada foi de 150 mm/h, pode-se utilizar a Tabela-5
para se obter o diâmetro do condutor.
Tabela 5: Diâmetro mínimo dos condutores verticais

Para o dimensionamento dos condutores horizontais, utiliza-se a Tabela-


6. A tabela proporciona os valores do diâmetro a partir da rugosidade, da
declividade e da vazão necessária. A correlação entre esses dados foi
realizada utilizando-se a fórmula de Manning-Strickler, em que se considerou
uma altura de lâmina igual a 2/3 do diâmetro.
Tabela 6: Diâmetro mínimo dos condutores horizontais

Os valores obtidos para o diâmetro do condutor horizontal a partir da


Tabela-6, considerando o material do condutor sendo aço galvanizado
(n=0,011), a declividade igual a 1% e a vazão necessária apresentada na
Tabela-4 estão apresentados abaixo na Tabela-7.

17
Tabela 7: Diâmetro de projeto dos condutores horizontais

CONDUTOR HORIZONTAL
DIÂMETRO (mm)
A1 75
A2 75
A3 50
A4 50
A5 50
A6 50

Foram previstos seis caixas de areia junto ao pé de cada tubo de


condutor vertical. Observando que a ligação entre os condutores horizontais e
verticais deverá ser feita através de uma curva de raio longo. Na Figura-5 está
representado um esquema em corte e planta baixa da caixa de areia.

Figura 5: Dimensões da caixa de areia

18
6.2.2 Instalações de esgoto sanitário
O rápido escoamento do esgoto é alcançado através do correto
dimensionamento das tubulações e da declividade adequada delas. Segundo a
NBR 8160, o dimensionamento deverá ser feito a partir das Unidades Hunter
de Contribuição (UHC).
1 UHC = vazão de 28 l/min
Tabela 8: Número de Unidades de Hunter de Contribuição de cada aparelho sanitário

19
6.2.2.1 Dimensionamento do banheiro

No banheiro têm-se os ramais de descarga de um ralo seco e de um


lavatório ligados em uma caixa sifonada (CS) e a tubulação de saída da caixa
sifonada ligada à tubulação do ramal de descarga da bacia sanitária.

Para o dimensionamento das tubulações de esgoto utilizou-se o critério


das Unidades Hunter de Contribuição (UHC). Cada aparelho possui um peso e
em função do peso ou da somatória de pesos determinou os diâmetros dos
ramais de descarga, ramais de esgoto, subcoletores, coletores.

Iniciou-se com o dimensionamentodos ramais de descarga do ralo seco


(RS), do chuveiro e do lavatório utilizando a tabela de UHC's e diâmetros
mínimos:

Tabela 9: Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga para cada aparelho sanitário

Banheiro social e da suíte


Diâmetro nominal
Número de Unidades de
Aparelho sanitário mínimo do ramal de
Hunter de Contribuição
descarga (mm)
Chuveiro 2 40
Lavatório 1 40
Ralo de piso 1 40
TOTAL 4 50

A somatória de pesos na saída da caixa sifonada (CS) é 4UHC's. Para


dimensionar esse ramal de esgoto utiliza-se a tabela de diâmetros em função
das UHC's ou da declividade:

Tabela 10: Diâmetro em função das unidades de descarga ou de declividade

20
Aplicando a tabela, utiliza-se no ramal de esgoto um tubo de 50 mm com
2% de declividade (suporta até 6 UHC's) que é o diâmetro de saída de uma
caixa sifonada em PVC. A mesma tabela pode ser utilizada para determinar a
declividade dos ramais de descarga do ralo seco e do lavatório - 2%.

A NBR-8160/83 determina que o diâmetro mínimo do ramal de descarga


de uma bacia sanitária é 100 mm:

Tabela 11: Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga para a bacia sanitária

Banheiro social e da suíte


Número de Unidades Diâmetro nominal mínimo
Aparelho sanitário de Hunter de do ramal de descarga
Contribuição (mm)
Bacia sanitária 6 100

O ramal de esgoto do banheiro recebe os esgotos da bacia sanitária e


da caixa sifonada (CS):

Tabela 12: Diâmetro do ramal de esgoto de banheiro

Banheiro social e da suíte


Número de Unidades
Aparelho
de Hunter de
sanitário
Contribuição
Chuveiro 2 Diâmetro do ramal de Declividade
esgoto (mm) (%)
Lavatório 1
Ralo de piso 1
Bacia sanitária 6
TOTAL 10 100 2

21
A partir da somatória de pesos do ramal de esgoto, verifica-se na tabela
de diâmetros em função das UHC's ou da declividade para determinar seu o
diâmetro desde que se respeite o diâmetro mínimo que é de 100 mm.

  Em uma residência de dois pavimentos, há vasos sanitários que estão a


uma distância superior a 2.40 m da caixa de inspeção, sendo necessário
ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária. Faz-se, também, a ventilação
direta da caixa de inspeção. Logo, será necessário ventilar a caixa de inspeção
e o ramal de descarga da bacia sanitária.

O diâmetro mínimo de um tubo ventilador é 75 mm. Um tubo de 75 mm é


capaz de atender uma residência com até 3 bacias sanitárias. Acima disso, o
tubo ventilador deve ser de 100 mm (caso do projeto). Os diâmetros foram
baseados no Anexo A2.

Tabela 13: Diâmetro nominal mínimo da coluna de ventilação

Banheiro social e da suíte


Número de
Aparelho Unidades de
sanitário Hunter de Compriment
Contribuição Diâmetro nominal
o máximo
Bacia sanitária 6 da coluna de
permitido
ventilação (mm)
Chuveiro 2 (m)
Lavatório 1
Ralo de piso 1
TOTAL 10 100 8

6.2.2.2. Dimensionamento da área de serviço

Na área de serviço há um tanque, uma máquina de lavar roupa e um


ralo de piso.

Tabela 14: Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga

Área de Serviço
Número de Unidades Diâmetro nominal
Aparelho sanitário de Hunter de mínimo do ramal de
Contribuição descarga (mm)
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar roupas 10 75
Ralo de piso 1 40
TOTAL 14 75

22
A somatória de pesos no ramal de esgoto da área de serviço é 14. Para
dimensionar esse ramal de esgoto utiliza-se a Tabela 9 de diâmetros em
função das UHC's ou da declividade, respeitando o diâmetro mínimo de 75
mm. Aplicando-se a tabela, utiliza-se no ramal de esgoto um tubo de 75mm
com 2% de declividade.

Tabela 15: Diâmetro do ramal de esgoto da área de serviço

Área de Serviço
Número de
Aparelho
Unidades de Hunter
sanitário
de Contribuição
Tanque de lavar Diâmetro do ramal Declividade
roupas 3 de esgoto (mm) (%)
Máquina de lavar
roupas 10
Ralo de piso 1
TOTAL 14 75 2

Em uma tubulação secundária da área de serviço de uma residência de


dois pavimentos, consideramos a caixa sifonada ventilada desde que a
somatória de UHC's seja inferior a 36 e que o ramal de esgoto tenha
comprimento inferior a 8m (distância até o sub-coletor).

6.2.2.3 Dimensionamento da cozinha

A cozinha é formada por uma pia e por uma máquina de lavar louça.
Então, pelo mesmo critério utilizado para o dimensionamento do banheiro e da
área de serviço, baseando-se na Tabela 9, chega-se aos seguintes valores
para o diâmetro nominal do ramal de descarga e do ramal de esgoto:

Tabela 16: Diâmetro nominal do ramal de descarga e do ramal de esgoto

Cozinha  
Número de
Diâmetro nominal
Aparelho Unidades de
mínimo do ramal de Diâmetro do
sanitário Hunter de
descarga (mm) ramal de Declividade
Contribuição
esgoto (%)
Pia 3 50
(mm)
Máquina de
lavar louças 2 50
TOTAL 5 75 75 2

6.2.2.4 Dimensionamento dos lavabos

Tabela 17: Diâmetro nominal do ramal de descarga e do ramal de esgoto

23
Lavabos  
Número de
Diâmetro nominal
Aparelho Unidades de
mínimo do ramal de Diâmetro do
sanitário Hunter de ramal de Declividade
descarga (mm)
Contribuição esgoto (%)
Bacia sanitária 6 100 (mm)
Lavatório 1 40
TOTAL 7 100 100 2

6.2.2.5 Dimensionamento do subcoletor e do coletor predial

Tabela 18: Somatório das Unidades de Contribuição Hunter

Ramais de esgoto Unidade de Contribuição Hunter (UHC)


Banheiro social e suíte 2x10
Lavabos 2x7
Área de serviço 14
Cozinha 5
TOTAL 53

 Aplicando a tabela de subcoletores e coletores prediais:

Tabela 19: Subcoletores e coletores prediais

Até 180 UHC's com declividade de 1%, pode-se adotar o diâmetro de


100 mm.

Os tubos de PVC foram utilizados para as instalações de esgotos


sanitários.

6.2.2.6 Dimensionamento da caixa de gordura


A caixa de gordura deverá possuir uma chicana intermediária, executada
em concreto armado, destinada a conter as graxas e gorduras, com isso evita-
se que estes acessem fossas ou a rede coletora de esgotos, provocando
entupimentos. A sua inspeção deve ser feita regularmente, junto com a
limpeza, pelo menos, 1 vez a cada 30 dias.

24
Figura 6: Caixa de gordura em planta

Figura 7: Caixa de gordura, corte A-A

6.2.2.7 Dimensionamento da caixa de inspeção


Terão dimensões internas, em planta, de 50 cm x 50 cm e altura de 65
cm. O fundo será constituído por uma camada de concreto simples com 10 cm
de espessura e fck = 13,5 MPa. As paredes da caixa serão de alvenaria de
tijolos cerâmicos maciços de ½ vez, assentados com argamassa traço 1:4:2
(cimento, areia e arenoso). Internamente serão chapiscados com argamassa
traço 1:3. O fundo terá um enchimento com declividade no sentido da
tubulação efluente e acabamento liso.

25
Figura 8: Dimensões da caixa de inspeção, planta

Figura 9: Caixa de inspeção, corte A-A

6.2.2.8 Dimensionamento da fossa séptica


A Norma NB-41 permite o cálculo do volume útil das fossas através da
expressão:
Vu = 1000 + N x (C x T + K x Lf), onde
N = número de contribuintes
C = contribuição de despejos em L/pessoa/dias (Tabela 21)

26
T = período de retenção, em dia (Tabela 20)
K = taxa de acumulação de lodo digerido, em dias.
Lf = contribuição de lodo fresco em L/pessoa (Tabela 21)

Vu = 1000 + 8 x (150 x 1 + 57 x 1) = 2656 L

Tabela 20: Perído de retenção, em dias

Tabela 21: Contribuição diária de esgoto e de lodo fresco

Considerando 4 contribuintes, a contribuição diária de esgoto e lodo


fresco para uma residência de médio porte equivalem 150 L/pessoa e 1
L/pessoa, respectivamente, e a taxa de acumulação de lodo para temperatura
ambiente superior a 20°C corresponde a 57, o volume útil da fossa séptica será
de 2656 L. As dimensões da fossa séptica e do sumidouro estão na planta de
projeto hidro sanitário e de esgoto.

4. CONCLUSÃO

27
Na elaboração dos projetos de instalações hidráulicas, o projetista deve
estudar a interdependência das diversas partes do conjunto, visando ao
abastecimento nos pontos de consumo dentro da melhor técnica e economia.
Com isso pode-se ter uma ideia da complexidade do processo de detalhamento
de um projeto como esses, devido à exigência ao atendimento da norma e da
compatibilização com projetos que fazem parte do empreendimento como um
todo.

5. BIBLIOGRAFIA

 NBR 5626/98 – Instalação predial de água fria


 NBR 10844/89 – Instalações prediais de águas pluviais
 NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgotos sanitários.
 NBR 07229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos
 Notas de aula da disciplina Sistemas Hidráulicos Prediais da
Universidade de Brasília ministrada no primeiro semestre de 2011.
 http://www.labeee.ufsc.br/antigo/arquivos/publicacoes/
AguaFria_EGhisi_atualizada.pdf

28
6. ANEXOS

Anexo A1 – Dimensionamento dos condutores verticais

29
Anexo A2: Diâmetro nominal do ramal de ventilação

30
7. Observações

31
Não foi realizado o dimensionamento de instalação de água quente, porém
há uma demonstração nas pranchas com essa possibilidade de ser realização,
caso solicitado.

32

Você também pode gostar