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Hidráulicas
Material Teórico
Instalações prediais de esgoto
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Prof. Dr. Leandro Guimarães Bais Martins
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Instalações prediais de esgoto
• Introdução
• Componentes de um Projeto de Esgoto
• O processo de tratamento do esgoto doméstico
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Contextualização
Para iniciar seus estudos nesta Unidade, leia a reportagem no link abaixo:
Explore: http://nacoesunidas.org/25-bilhoes-de-pessoas-nao-tem-acesso-a-saneamento-basico-em-todo-o-mundo-alerta-onu/
Vídeo: http://nacoesunidas.org/video-um-terco-da-humanidade-ou-25-bilhoes-de-pessoas-nao-tem-acesso-a-saneamento-basico/
Após, reflita sobre a questão da falta de saneamento básico em muitas partes do mundo.
Oriente sua reflexão por meio dos seguintes questionamentos:
• O que pode ser feito para minimizar tamanha carência?
• Quais os projetos economicamente viáveis que poderiam ser aplicados nessas regiões
para que possam melhorar as condições de vida da população em geral?
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Introdução
Você sabe qual norma utilizamos para as instalações de esgoto sanitário em edificações?
Vamos conhecê-la?
Para instalações de esgoto sanitário em edificações, utiliza-se a Norma NBR 8160/1999
da ABNT. Essa norma estabelece os requisitos mínimos a serem obedecidos na elaboração do
projeto, na execução e no recebimento das instalações prediais de esgotos sanitários, para que
elas satisfaçam às condições necessárias de higiene, segurança, economia e conforto aos usuários.
Atualmente, a Norma NBR-5688 de janeiro de 1999 regula os sistemas prediais de água
pluvial, esgoto sanitário, ventilação, tubos e conexões em PVC tipo DN (diâmetro nominal).
Campo de Aplicação
• Essa Norma de aplica às instalações prediais de esgotos sanitários de qualquer tipo de
edifício, seja ele construído em zona urbana ou rural.
• Para edifícios situados em zona urbana, essa Norma se aplica indistintamente nos casos
de a zona ser servida ou não por sistemas públicos de esgotos sanitários.
• Não se enquadram nessa norma aqueles tipos de esgotos que, devido às suas
características de qualidade e temperatura, têm sua ligação vedada ao coletor público,
conforme disposto na Norma.
Agora, vamos conhecer os tipos de esgoto:
É a parte da instalação predial que gases e animais não têm acesso. São
Esgoto Secundário aparelhos e as canalizações que estão antes dos conectores.
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Concepção
Esta é a parte mais importante quanto a questões de análise geral da situação a resolver e a
tomada de decisões de projeto. Nesta etapa, segue-se, geralmente, o seguinte roteiro de projeto:
1. Identificação de todos os pontos na edificação por onde deverão ser eliminados os dejetos
sanitários.
2. Definição e posicionamento dos desconectores: sifões, caixas sifonadas, ralos sifonados,
caixas de inspeção, caixas retentoras de gordura, etc.
3. Definição do sistema de ventilação.
4. Posicionamento dos tubos de queda: do esgoto primário ou de gordura.
5. Definição do acesso às tubulações: para caixas de inspeção, poços de visita, caixas de
gordura, tubulações de inspeção.
6. Definição do destino do esgoto: se para coletor em rede pública ou para tratamento e
destino particular.es
7. Desenho físico de toda a rede de coleta e destinação: rede primária e rede secundária.
Dimensionamento
Critérios para dimensionamento
Para dimensionamento destes ramais, utilizamos duas tabelas a seguir apresentadas: Unidades
Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal dos ramais de descarga e
Unidade Hunter de Contribuição para diâmetros (capacidade de suporte por diâmetros).
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Tabela 1 – Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal dos ramais. (manual da TIGRE)
Número de unidades Diâmetro nominal mínimo do
Aparelho sanitário Tipo
Hunter de contribuição ramal de descarga DN
Bacia sanitária 6 100
Banheira de
2 40
residência
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
De residência 2 40
Chuveiro
Coletivo 4 40
De residência 1 40
Lavatório
De uso geral 2 40
Válvula de descarga 6 75
Caixa de descarga 5 50
Mictório
Descarga automática 2 40
De calha 2 50
Pia de cozinha
3 50
residencial
Pia de cozinha Preparação 3 50
industrial Lavagem de panelas 4 50
Tanque de lavar
3 40
roupas
Máquina de lavar
2 50
louças
Máquina de lavar
3 50
roupas
Conforme NBR 8160 (norma ABNT)
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Tubos de Queda que escoam esgotos de vasos sanitários NÃO PODEM TER
DIAMETRO INFERIOR A 100mm.
Atenção
Diâmetro
0,5% 1% 2% 4%
nominal
100 xxx 180 216 250
150 xxx 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
(CREDER, 2012)
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Dimensionamento dos ramais de ventilação
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Já estudamos bastante sobre esgotos, mas você deve estar se perguntando: E o esgoto
doméstico?
Compreende a reunião dos despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos.
Vale salientar que os esgotos domésticos contêm enorme quantidade de bactérias. Algumas
são patogênicas, causando doenças.
No esgoto, há ainda bactérias que propiciam a transformação do esgoto. Sem oxigênio não
há condições para a estabilização da matéria orgânica existente no esgoto.
Essa avidez de oxigênio, para atender ao metabolismo das bactérias e a transformação da
matéria orgânica, chama-se Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
E o processo de tratamento do esgoto doméstico? Como será que ocorre? Que tal
conhecermos?
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O processo de tratamento do esgoto doméstico
Em áreas não favorecidas por redes de esgoto públicos, torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuais.
Os despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças como
tifo, disenterias etc.
Fossas Sépticas
As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas, destina-
se a separar e transformar a matéria sólida contida nas águas de esgoto e descarregar no
terreno, onde se completa o tratamento.
Para dificultar a contaminação da superfície do solo por bactérias, a altura mínima do líquido é
de 1,20 m nessas fossas.
Funcionamento
Nessas fossas, as águas servidas sofrem ação de bactérias anaeróbicas – microrganismos
que só atuam onde não circula o ar. Sob a ação dessas bactérias, parte da matéria orgânica
sólida é convertida em gases ou substâncias solúveis que, dissolvidas no líquido contido na
fossa, são esgotadas e lançadas no terreno, conforme apresentado na Figura 1.
Durante o processo, depositam-se, no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e
forma-se, na superfície do líquido, uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias
insolúveis mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das bactérias.
Figura 1 – Seção transversal de uma fossa séptica em funcionamento. (CREDER, 2012)
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Localização
Devem ser localizadas perto da casa, o mais próximo do banheiro, com tubulação mais
reta possível e distanciadas no mínimo 15 m e em um nível do terreno inferior a qualquer
manancial de água (poço, cisterna, entre outros).
Dimensões
Torna-se como base a capacidade de 175 a 265 litros por pessoa e uma capacidade mínima
de 1.200 litros por fossa. A Tabela 3 cita as dimensões usuais das fossas sépticas.
Tabela 3 – Dimensões das fossas sépticas.
Número de Comprimento Largura (m) Altura (m) Capacidade
pessoas (m) (litros)
Até 7 1,60 0,80 1,50 1.535
Até 9 1,80 0,90 1,50 1.945
Até 12 2,10 1,05 1,50 2.645
Até 15 2,35 1,15 1,50 3.240
Até 20 3,00 1,20 1,50 4.320
(CREDER, 2012)
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Material Complementar
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Unidade: Instalações prediais de esgoto
Referências
AZEVEDO NETTO, J.M. et al. Manual de Hidráulica. 8.ed., São Paulo: Edgard Blucher,
1998.
BAPTISTA, M.B.; LARA, M. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Belo Horizonte,
Editora UFMG e Escola de Engenharia da UFMG, 2a. Edição - Revisada, 2003.
Borges, R.S.; Borges, W.L. Manual de Instalações Hidráulico-Sanitárias e de Gás
4.ed., São Paulo, Pini, 1992.
Carvalho JR., R. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura 3. ed. São Paulo,
Blucher, 2010.
Creder, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias 6.ed. São Paulo, LTC, 2012.
Macintyre, A. J. Instalações Hidráulicas - Prediais e Industriais 4 ed. São Paulo, Ltc,
2012.
MELO, V.O. & NETTO, J.M.A. Instalações Prediais Hidráulico-sanitárias. 4.ed. São
Paulo: Blucher, 1988. 185p.
Santos, S. L. Bombas e Instalações Hidráulicas São Paulo, Lcte, 2007.
Sites
www.abnt.org.br
www.tigre.com.br
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Anotações
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