Você está na página 1de 60

Dimensionamento de Instalações

Sanitárias

Profª: Gabriela Linhares Landim


Disciplina: Instalações Hidrossanitárias
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Objetivo do Projeto de Esgoto


• Higiene dos ambientes com sanitários, evitando contato com
os gases poluentes;

• Bom escoamento da rede coletora;

• Facilidade de manutenção da rede coletora;

• Impedir a poluição ambiental, seja a terra, rios, lagos, lençol


freático, etc.
2
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Importância socio-ambiental
• Saúde pública;

• Expectativa de vida da população;

• Higiene e proteção ambiental.

3
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais de Tubos e Conexões


• PVC:
• Série comum;
• Série reforçada;
• Série vinilfort.
• Polietileno de Alta Densidade (PPR);
• Poliéster Armado com Fibra de Vidro;
• Ferro Fundido;
• Aço;
• Cerâmicos;
• Concreto.
4
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais de Tubos e Conexões

5
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais de Tubos e Conexões

6
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Ramais

Ramal de Descarga Ramal de Esgoto


7
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Ramais

1 UHC = 28 L/min
8
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Ramais


• Para aparelhos não listados:

9
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Diâmetros dos Aparelhos Sanitários


Aparelho Sanitário Diâmetro Adotado Sifão Próprio
Lavatório Ø40mm Não
Ralo Seco Ø40mm Não
Caixa Sifonada Ø50mm Sim
Vaso Sanitário Ø100mm Sim
Ventilação Ø40 a Ø100mm -
Tanque Ø50mm Não
Máquina de Lavar Ø75mm Sim
Roupa
Pia Ø50mm Não
Máquina de Lavar Louça Ø75mm Sim
10
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Diâmetros dos Aparelhos Sanitários

50mm
40mm 40mm

11
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Ligação da tubulação de ventilação

Os tubos horizontais de esgoto


NÃO PODEM
fazer curvas maiores que 45º

12
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento de Ramais
• Quando o esgoto de diferentes aparelhos se unem,
deve-se verificar a capacidade máxima da rede;

• O dimensionamento é feito para 3 situações:


• Ramais Horizontais;
• Ramais Verticais;
• Coletores de Esgoto

13
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Ramais


• Capacidade máxima para redes
horizontais:

14
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Exemplo (Rede horizontal)


• Têm-se um banheiro com 6 bacias
sanitárias e 3 chuveiros
6 × 6 + 3 × 4 = 48 UHC

∅100

15
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Tubos de Queda


• Os tubos de queda de esgoto comum, de gordura e
de sabão também são feitos por UHC

16
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Exemplo (rede vertical)


• Dimensione 2 tubos de queda, um de esgoto comum
e um de gordura, de uma torre com 9 andares:
• Tubo de queda de esgoto comum:
• 10 vasos, 3 chuveiros e 12 lavatórios.
• Tubo de queda de gordura:
• 4 pias e 2 máquinas de lavar louça.

17
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Tabela de Dimensionamento
Aparelho Somatória
UHC unitário Quantidade
Sanitário UHC

18
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Tabela de Dimensionamento
Aparelho Somatória
UHC unitário Quantidade
Sanitário UHC
Bacia
6 10 60
Sanitária TQ-1
Chuveiro 2 3 12 78 UHC
∅100
Lavatório 1 12 12

Pia 3 4 12 TQ-2
Máquina de 16 UHC
2 2 4 ∅75
Lavar Louça
19
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento do Ramal de Ventilação


• Distância Máxima de um desconector ou aparelho sanitário ao
ponto de ventilação:

20
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento do Ramal de Ventilação

21
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento do Ramal de Ventilação

22
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento da Coluna
de Ventilação

23
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais


• As tubulações lançadas em um mesmo pavimento são
dimensionadas como ramais de esgoto, enquanto as
tubulações que recebem descargas de outros
pavimentos são consideradas coletores prediais;
• Os (sub)coletores iniciam-se a partir da primeira Caixa de
Inspeção;
• Têm a função de permitir manutenção na rede de esgoto,
levando o esgoto para seu destino final.

24
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais


CAIXAS DE INSPEÇÃO
• Profundidade mínima de 0,40 m e máxima de 1,00m;
• Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo
de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
• Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
• Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar
formação de depósitos.

25
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais

26
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais

27
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais


POÇOS DE VISITA
• Profundidade superior a 1,00m;
• Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 1,10 m, ou
cilíndrica com diâmetro interno mínimo igual a 1,10 m;
• Degraus que permitam o acesso ao seu interior;
• Tampa removível que garanta perfeita vedação;
• Fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de
sedimentos;
• Duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte
inferior formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte
superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno
mínimo de 0,60 m.
28
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais

29
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais


TQ a CI1 CI4 a Rede
< 2m < 15m

Muro do
Terreno

CI1 CI2 CI3 CI4

Rede Pública de
Esgoto
* A cota final deve ser superior à rede pública de esgoto.
30
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais


1. Não admite conexões de curva. Haverá uma nova caixa sempre que
houver mudança de direção.

2. Distância máxima entre caixas: 25 metros;

3. Profundidade mínima: 0,40 metros;

4. Declividade e diâmetro: conforme tabela

31
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento dos Coletores Prediais

No dimensionamento dos coletores, quando o tipo de edificação for Residencial, deve


ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro.

32
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Destino Final do Esgoto


1. Concentração de bactérias patogênicas e não patogênicas

Composição do Esgoto
Principais Doenças:
- Cólera;
- Hepatite Infecciosa;
- Tuberculose;
- Poliomielite;
- Outras gastrointestinais.

33
Água Sólidos Suspensos Ar dissolvido
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Destino Final do Esgoto


• Todo esgoto deve ser tratado antes de ser devolvido a natureza;
• Cada corpo receptor tem uma capacidade diferente de absorver o
esgoto tratado, sem prejudicar os seres vivos:
• Terra
• Rios
• Lagos
• Oceano

34
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Destino Final do Esgoto


• Rede Pública de Esgoto
• Tratamento unitário;
• Favorável a economia e responsabilidade sócio ambiental;
• Compulsório quando disponível.
• Tratamento Privado:
• Responsabilidade do proprietário;
• Pré-Moldado (ETE)
• Construído in loco (Fossa + Complementar)
35
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Rede Pública
• Deve-se atentar a profundidade da rede pública. A saída do
coletor de esgoto do prédio deve estar acima da cota da
rede.

• Se houver rede de esgoto pública disponível, não é


permitido construir fossa séptica.

36
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Rede Pública

37
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Rede Pública

38
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Rede Pública

39
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

40
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

41
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Tratamento Privado
• Ausência da rede pública de coleta de esgoto;

• Edificações residenciais:
• Fossa Séptica;

• Edificações comerciais:
• ETE

• Edificações destinadas a saúde:

• Fossa ou ETE acrescidos de pré e/ou pós tratamento das


autoridades sanitárias. 42
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Fossa Séptica
• A fossa é uma unidade de tratamento de separação e a transformação
físico-química da matéria sólida contida no esgoto.
• Sólidos leves flutuam em forma de escuma
• Líquido decanta na região intermediária;
• Sólidos pesados sedimentam em forma de lodo orgânico;

43
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Fossa Séptica

44
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Fossa Séptica - Tratamentos


Lodo e Escuma
• Os sólidos suspensos e sedimentados são retirados durante a
limpeza:
• Mão de obra especializada, com equipamentos que inibam
contato com a matéria orgânica
• Abrir tampa 5 minutos antes para remover gases tóxicos e
explosivos
• Deve-se deixar cerca de 10% deste na fossa.
• Periodicidade de Limpeza: 1 a 5 anos 45
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Fossa Séptica - Tratamentos


Efluente líquido
• Reuso
• Descarte no corpo receptor

• No caso predial, o corpo receptor habitualmente é a própria terra.


Sua infiltração é realizada por um dos seguintes dispositivos:
• Vala de Infiltração
• Sumidouro

46
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Fossa Séptica - Tratamentos

47
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento da Fossa Séptica


• Volume da fossa, para remoção de 40% a 70% da matéria orgânica do
esgoto bruto:

• V = volume útil do tanque (litros);


• N = número de pessoas;
• C = esgoto per capita (litros/pessoa.dia);
• T = tempo de detenção (dias);
TABELAS
• K = taxa de acumulação de lodo;
• Lf = taxa diária de contribuição de lodo (litros.pessoa.dia)
48
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento da Fossa Séptica


Contribuição Lodo fresco
Prédio Unidade
de esgotos (C) (Lf)
1. Ocupantes permanentes
Residência
• Padrão alto pessoa 160 1
• Padrão médio pessoa 130 1
• Padrão baixo pessoa 100 1
• Hotel (exceto lavadeira e cozinha) pessoa 100 1
• Alojamento provisório pessoa 80 1
2. Ocupantes temporários
• Fábrica em geral pessoa 70 0,3
• Escritório pessoa 50 0,2
• Edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0,2
• Escolas (externatos) e locais de longa permanência pessoa 50 0,2
• Bares pessoa 6 0,1
• Restaurantes e similares pessoa 25 0,1
• Cinemas, teatros e locais de curta permanência lugar 2 0,02
• Sanitários públicos bacia sanitária 480 4
Tabela de Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e ocupante 49
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Dimensionamento da Fossa Séptica

Tempo de detenção Intervalo entre Valores de K por faixa de


Contribuição diária (L) limpezas (anos) temperatura ambiente (t), em °C
Dias Horas
Até 1500 1 24 t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20
De 1501 a 3000 0,92 22 1 94 65 57
De 3001 a 4500 0,83 20 2 134 105 97
De 4501 a 6000 0,75 18 3 174 145 137
De 6001 a 7500 0,67 16 4 214 185 177
De 7501 a 9000 0,58 14 5 254 225 217
Mais que 9000 0,5 12
Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo
Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária
entre limpezas e temperatura do mês mais frio

50
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais da Fossa Séptica


• Tanques sépticos pré-moldados

• Alvenaria de tijolo (20cm a 22cm)

• Concreto armado

• Anéis pré-moldados:
• Concreto armado
• Poliéster armado com fibra de vidro
• Chapas metálicas revestidas

51
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais da Fossa Séptica

52
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Materiais da Fossa Séptica

53
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Espaçamentos da Fossa Séptica


• Construções
• Limites do terreno
• Valas de infiltração, sumidouro;
• Ramais de água

• Árvores
3,0 m
• Rede pública de água

• Poços freáticos
• Corpos d’água (rios, lagos) 54
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Tamanhos da Fossa Séptica


Prismática
Circular
Largura interna mínima: 0,80 m;
Diâmetro interno mínimo: 1,10 m;
Comprimento: 2 a 4 vezes a largura
Altura útil (profundidade):
Altura (profundidade):
Volume útil Prof. útil Prof. útil Volume útil Prof. útil Prof. útil
(m³) mínima (m) máxima (m) (m³) mínima (m) máxima (m)
0a6 1,2 2,2 0a6 1,2 2,2
6 a 10 1,5 2,5 6 a 10 1,5 2,5
10 ou + 1,8 10 ou + 1,8

55
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Sumidouro
• São poços absorventes, que recebe os efluentes
diretamente das fossas sépticas, permitindo sua infiltração
no solo;
• Requer menor área superficial do que a vala de infiltração;
• Formato retangular ou circular;
• Comprimento máximo: 30m;
• Menor dimensão: 0,30m;
• Largura máxima: 2m;

56
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Área de Infiltração
• Quando o efluente da fossa séptica vai para o solo, utiliza-se
sumidouros ou valas de infiltração, atentando-se à área de
contato.
𝑁. 𝐶
𝐴=
𝑇𝑖

• Ti = Taxa de infiltração do terreno, em litros/m².dia.

57
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Área de Infiltração
Faixa Constituição provável dos solos Coeficiente de infiltração

Rochas argilas compactas de cor branca, cinza ou preta, variando as


1 menor que 20 L/m² dia
rochas alteradas e argilas medianamente compactas de cor avermelhada

Argilas de cor amarela, vermelha ou marrom medianamente compacta,


2 20 a 40 L/m² dia
variando a argilas pouco siltosas e/ ou arenosas

Argilas arenosas e/ou siltosas, variando a areia argiliosa ou site argiloso de


3 40 a 60 L/m² dia
cor amarela, vermelha ou marrom

Areia ou site argiloso, ou solo arenoso com húmus e turfas, variando a solos
4 60 a 90 L/m² dia
constituidos predominantemente de areis ou siltes

5 Areia bem selecionada e limpa, variando a areia grossa com cascalhos maior que 90 L/m² dia

Tabela equivalente a tabela 7 da NBR 7229/1993- Possíveis Faixas de Variação de Coeficiente de infiltração

58
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Sumidouro Circular
𝐴𝑐𝑐 = 𝜋 × 𝑑 × ℎ + 𝑑ൗ4

𝜋×𝑑×ℎ

h h

𝜋×𝑑

d 𝜋 × 𝑑2 Τ4

h é a altura últil
d é o diâmetro (>30cm)
59
Dimensionamento de Instalações Sanitárias

Múltiplos Sumidouros

60

Você também pode gostar