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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS

ESGOTO SANITÁRIO

Prof. Rideci Farias

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

1.0. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1. OBJETIVOS
a) Apresentar itens importantes e fundamentais da norma de Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e
Execução (NBR 8160: 1999);
b) Destacar os Sistemas de Coleta, Transporte e Ventilação;
c) Apresentar as principais terminologias para esgoto sanitário.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

1.0. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As instalações de esgotos sanitários destinam-se a coletar, conduzir e afastar da edificação todos os despejos
provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes um rumo apropriado, normalmente indicado
pelo poder público competente.

O destino final dos esgotos sanitários pode ser:


a) Rede pública coletora de esgoto;
b) Sistema particular de recebimento e retratamento (regiões que não dispõem de sistema de coleta e de
transporte de esgotos).

As exigências técnicas mínimas a serem atendidas pela instalação de esgoto sanitário estão fixadas em norma.

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2. NBR 8160: 1999


A NBR 8160: 1999 estabelece as exigências e recomendações relativas ao
projeto, execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais de esgoto
sanitário, para atenderem às exigências mínimas quanto à higiene,
segurança e conforto dos usuários, tendo em vista a qualidade destes
sistemas.

A NBR 8160: 1999 não se aplica aos sistemas de esgoto industrial ou


assemelhado, a não ser para estabelecer as precauções que devem ser
observadas quando, neste tipo de construção, estiverem associadas à
geração de esgoto sanitário.

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3. SISTEMAS DE COLETA E ESCOAMENTO

3.1. SISTEMAS INDIVIDUAIS

Nos sistemas individuais de esgoto, cada prédio possui seu próprio sistema de coleta, escoamento e tratamento, como, por
exemplo, o conjunto de fossa séptica e sumidouro.

O dimensionamento da fossa e do sumidouro deverá ser feito por profissional habilitado, em função do número de moradores
e do padrão da construção, uma vez que os resíduos gerados são proporcionais ao volume de água consumido.

Sistema individual de esgoto sanitário (Carvalho Jr., 2011) 5


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3. SISTEMAS DE COLETA E ESCOAMENTO

3.2. SISTEMAS COLETIVOS

Nos sistemas coletivos de esgoto, existem redes coletoras assentadas nas ruas da cidade que encaminham os esgotos até um
determinado local para tratamento e posterior lançamento a um curso de água.

Cada edificação deve ter a própria instalação de esgoto, independentemente dos prédios vizinhos, com ligação a rede coletora
própria, ou seja, cada edificação deve ter um só ramal predial.

Sistema coletivo de esgoto sanitário (Carvalho Jr., 2011) 6


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4. TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO

4.1) Esgoto Primário

4.2) Esgoto Secundário:

4.1. Esgoto Primário: é a parte do esgoto sanitário que está em contato com os gases provenientes do coletor público ou
privado (Ex.: fossa séptica). As instalações desse segmento são protegidas por um fecho hídrico, ou seja, uma camada de água
que evita que qualquer odor retorne pela tubulação. Geralmente tem início após a caixa sifonada, no sentido do escoamento.
Ex.: bacias sanitárias, pias de cozinha, tanques de lavar, máquinas de lavar, ramal de esgoto, tubo de queda, subcoletor predial,
caixa de gordura, caixa de inspeção, caixa coletora etc.

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4. TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO

4.2. Esgoto Secundário: não tem contato direto com os gases da rede coletora, ou seja, são os tubos e conexões instalados até
as caixas sifonadas, no sentido do escoamento.

ESGOTO SECUNDÁRIO

ESGOTO PRIMÁRIO

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4. TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO

R
LV

AS
CH
CS

CV TQ

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4. TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO

R
LV

AS
CH
CS

CV TQ

Esgoto Secundário Esgoto Primário 10


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5. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

A NBR 8160/ 1999 divide os sistemas prediais de esgoto sanitário em:

5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE; e,


5.2. SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE

É composto por aparelhos sanitários, tubulações e acessórios destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino
adequado.

Ramal de descarga: Tubulação que recebe ESGOTO SECUNDÁRIO


diretamente os efluentes de aparelhos sanitários
(lavatório, bidê, bacia sanitária etc.). É uma tubulação
secundária de esgoto.

Obs.: o ramal de descarga da bacia sanitária pode ser


considerado uma tubulação primária de esgoto.

Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os


efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a
partir de um desconector, ou seja, a partir da caixa
sifonada, e portanto uma tubulação primária de
esgoto.

Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o


desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de
ESGOTO PRIMÁRIO
esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma
coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE

Observações:
1. Os ramais do lavatório, do bidê, da banheira e do ralo devem ser ligados a caixa sifonada;
2. Os ramais com efluentes de gordura (pias de cozinha) devem ser ligados a caixa de gordura (Edificações Térreas);
3. As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°
(Item 4.2.3.3). Ex.: na necessidade de uma curva de 90 °, utilizam-se duas curvas de 45 °;
4. Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o
escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante (Item 4.2.3.2).
5. Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Aparelho sanitário: Aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso de água para fins higiênicos ou a receber
dejetos ou águas servidas. Os principais aparelhos sanitários são:
Bacia sanitária, Banheira de residência, Bebedouro, Bidê, Chuveiro (De residência e Coletivo), Lavatório (De residência e De uso geral),
Mictório (Válvula de descarga, Caixa de descarga, Descarga automática e De calha), Pia de cozinha residencial, Pia de cozinha industrial
(Preparação e de Lavagem de panelas), Tanque de lavar roupas, Máquina de lavar louças, Máquina de lavar roupas).

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao
deslocamento do esgoto. Podem impedir também a passagem de alguns insetos para o ambiente da edificação.

Observação: Todo desconector deve


satisfazer às seguintes condições
(Item 5.1.1.1 da NBR 8160: 1999):
a) ter fecho hídrico com altura
mínima de 0,05 m (= 5 cm = 50 mm);
b) apresentar orifício de saída com
diâmetro igual ou superior ao do
ramal de descarga a ele conectado.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.

Observações:
1. Esses dispositivos podem atender um aparelho ou um
conjunto de aparelhos;
2. O sifão, a caixa sifonada e o ralo sifonado são exemplos de
desconectores;
3. Aparelhos sanitários que possuem desconector como parte
integrante de sua estrutura, dispensam a utilização de
dispositivos externos;
4. Todo aparelho sanitário deve ser protegido por desconector;
5. Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema
predial de esgoto sanitário.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.

Observação: Esses dispositivos podem


atender um aparelho ou um conjunto de
aparelhos. 18
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Instalação incorreta do sifão

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Caixa sifonada (tem 3.9) : Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto,
tais como: lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma, assim como as águas provenientes
da lavagem de pisos – nesse caso, deve ser providas de grelha (Item 4.2.2.3)

As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter tampas cegas e não podem receber contribuições de
outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio (Item 4.2.2.4).
Os despejos provenientes de máquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos sobrepostos podem ser
descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial instalada no seu final (Item 4.2.2.6).
A vedação hídrica evita que odores e alguns insetos provenientes dos ramais de esgoto penetrem pelas aberturas dos
ralos.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Caixa sifonada (tem 3.9) : Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto,
tais como: lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma, assim como as águas provenientes
da lavagem de pisos – nesse caso, deve ser providas de grelha (Item 4.2.2.3)

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Caixa sifonada (tem 3.9)

https://www.youtube.com/watch?v=FZWf8nkdADc 23
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Caixas destinadas a receber águas de lavagem de pisos e efluentes. As principais são: caixa de passagem e o ralo seco.

a) Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário. Costuma
receber águas de lavagem de pisos ou efluentes de tubulação secundária, podendo possuir grelha ou tampa cega. Não
possui fecho hídrico, portanto não é um desconector.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


Caixas destinadas a receber águas de lavagem de pisos e efluentes. As principais são: caixa de passagem e o ralo seco.

b) Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, c) Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector,
dotado de grelha na parte superior, destinado a com grelha na parte superior, destinado a receber
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro. águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.

Vista externa Vista interna


Ralo sifonado
Ralo seco (sem sifão)
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


d) Caixa de Gordura (CG): Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto,
formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela
rede, obstruindo a mesma.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


d) Caixa de Gordura (CG): Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto,
formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela
rede, obstruindo a mesma.
Observações:
1. As camadas de gorduras formadas devem ser removidas periodicamente;
2. Em edifícios com pavimentos sobrepostos, os ramais de pia de cozinha devem ser ligados em tubos de queda
independentes (Tubos de Gordura) que conduzirão os efluentes para uma caixa de gordura coletiva, localizada no
pavimento térreo.

As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e posterior remoção da gordura, através das seguintes características:
a) capacidade de acumulação da gordura entre cada operação de limpeza;
b) dispositivos de entrada e de saída convenientemente projetados para possibilitar que o afluente e o efluente escoem
normalmente;
c) altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura, evitando-se o arraste do material juntamente com o
efluente;
d) vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de lavagem de pisos ou de águas
pluviais, etc.
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


d) Caixa de Gordura (CG)

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https://youtu.be/jlPwgavZ4Es
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


e) Caixa de Inspeção (CI): Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade
e/ou direção das tubulações.
Observações:
1. A tampa deve ficar visível e nivelada ao piso e ter vedação que impeça a saída de gases e insetos de seu interior;
2. Instalada em mudanças de direção e declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto (subcoletor
3. Em lugares como garagens, a caixa deve ser localizada de forma a não ser afetada pelo peso dos veículos.

Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas no mínimo as seguintes condições:
a) a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00 m;
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser
superior a 15,00 m; e,
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas
sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.;

Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos mediante o emprego de
caixas de inspeção ou poços de visita.
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a menos de 2,00 m de distância
dos tubos de queda que contribuem para
elas. 29
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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


e) Caixa de Inspeção (CI): Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade
e/ou direção das tubulações.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


f) Tubo de Queda (TQ): Tubulação vertical que
recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto
e ramais de descarga. ESGOTO SECUNDÁRIO

Observações:
1. O tubo de queda não deve ter diâmetro inferior
ao da maior tubulação a ele ligada (normalmente,
o ramal da bacia sanitária que possui diâmetro
de 100 mm;
2. Deve ser instalado, sempre que possível, com
alinhamento vertical (sem desvios) e diâmetro
uniforme;
3. O diâmetro nominal mínimo do Tubo de Queda
que recebe efluentes de pias de copa, cozinha ou
de despejo é igual a 75 mm.

ESGOTO PRIMÁRIO

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


f) Subcoletor (SC): Tubulação que recebe efluentes
de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
Observações:
1. Devem ser construídos, sempre que possível, na
parte não edificada do terreno. Normalmente em
edifícios com vários pavimentos são fixados sob
a laje de cobertura do subsolo, por meio de
braçadeiras;
2. Os subcoletores deverão possuir um diâmetro
mínimo de 100 mm para uma declividade mínima
de 1%, intercalados por caixas de inspeção ou
conexões que possuam tal finalidade;
3. O diâmetro nominal mínimo do Tubo de Queda
que recebe efluentes de pias de copa, cozinha ou
de despejo é igual a 75 mm.

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5.1. SUBSISTEMA DE COLETA E TRANSPORTE


f) Subcoletor (SC): Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

5.2. SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO


Conjunto de tubulações ou dispositivos destinados a encaminhar os gases para a atmosfera e evitar que os mesmos se
encaminhem para os ambientes sanitários.
A NBR 8160: 1999 estabelece que as instalações primárias de esgoto devem ser dotadas de ventilação, visando evitar a
ruptura do fecho hídrico.

a) Coluna de Ventilação (CV): Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.
Observações:
1. Toda edificação de um só pavimento deve ter, pelo menos, um tubo ventilador de DN 100 mm;
2. Em edificações de dois ou mais pavimentos, os tubos de ventilação devem ser prolongados até acima da cobertura;

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

5.2. SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO


a) Coluna de Ventilação (CV): Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

5.2. SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO


a) Coluna de Ventilação (CV): Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

ESGOTO SECUNDÁRIO

ESGOTO PRIMÁRIO

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5.2. SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO


a) Coluna de Ventilação (CV): Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade
superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
6.1. OBJETIVOS
a) Apresentar o dimensionamento do sistema de coleta e transporte (ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda,
coletor e subcoletor predial) de esgoto;
b) Apresentar o dimensionamento do sistema de ventilação (ramal de ventilação e coluna de ventilação).

Observações:
a) O sistema de Esgoto Sanitário funciona por gravidade, isto é, existe uma pressão atmosférica ao longo de todas as
tubulações, característica esta mantida pela ventilação do sistema;
b) As tubulações e componentes dos sistemas prediais de Esgoto Sanitário são dimensionadas com base nas Unidades Hunter
de Contribuição (UHC) e nas declividades mínimas.

3.48 (NBR 8160: 1999) Unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico que representa a contribuição considerada
em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
6.1. Dimensionamento do Sistema de Coleta e Transporte (sistema que recebe e transporta o esgoto sanitário)

a) Ramal de descarga;

b) Ramal de Esgoto;

c) Tubo de Queda;

d) Subcoletor Predial e Coletor Predial.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
a) Cálculo do Ramal de Descarga
1) Definir o diâmetro mínimo do Ramal de Descarga, em
função de cada aparelho sanitário (Tabela 3 da NBR 8160,
página 16)
Observação 1: Adoção de Diâmetro Mínimo DN 40 mm;
Observação 2: Válido para Residências e Prédios. LV
Definir a posição das Caixas Sifonadas e os ramais de descarga
ligados a ela.

BS
b) Cálculo do Ramal de Esgoto

2) Determinar o Diâmetro Nominal do Ramal de Esgoto


Observação 3: Neste trecho desconsidera-se o Vaso Sanitário. CS
Considera-se apenas os que estão conectados a Caixa
Sifonada. CH
LV: lavatório; BS: bacia sanitária; CS: caixa sifonada; CH: chuveiro.
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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
6.0. DIMENSIONAMENTO

a) Cálculo do Ramal de Descarga

Aparelho conectado UHC DN (mm)


1 Chuveiro 2 40
1 Lavatório 1 40
1 Vaso Sanitário 6 100

b) Cálculo do Ramal de Esgoto

Aparelho conectado UHC DN (mm)


1 Chuveiro 2 40

Tabelas 4 e 5 (NBR 8160: 1999, página 17) 1 Lavatório 1 40


Soma = 3

Tabela 3 (NBR 8160: 1999, página 16)


DN = 40 mm

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
c) Tubo de Queda
3) Calcular o somatório de UHC e dos Ramais de Esgoto (Ramal
de Descarga e Ramal de Esgoto) que se conectam a cada Tubo
de Queda, por pavimento.
Observação 1: Os Tubos de Queda devem ter diâmetro
uniforme; LV
Observação 2: O DN mínimo de um Tubo de Queda que
descarregue vaso sanitário é DN = 100 mm.

BS

4) Determinar o Diâmetro Nominal do Tubo de Queda


Observação 3: Neste trecho desconsidera-se o Vaso Sanitário. CS
Apenas os que estão conectados a Caixa Sifonada.
CH

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
c) Cálculo do Tubo de Queda

Soma da UHC por pavimento = 3 (1 CH + 1 LV) + 6 (BS) = 9 UHC


P/ prédio até 3 pavimentos (Tabela 6)
9 UHC / pavimento x 3 pavimentos = 27 UHC

Observação 4: O DN seria 75 mm. Entretanto como há o


vaso sanitário com DN = 100 mm ligado ao Tubo de
Tabela 6 (NBR 8160: 1999, página 18) Queda, e por norma, o TQ tem que ter DN mínimo ao
maior ligado a ele. Então, na prática, o DN do TQ tem
que ser ao mínimo 100 mm.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
d) Subcoletor Predial e Coletor Predial

Tabela 7 (NBR 8160: 1999, página 18)

Observação 5: Escolha pela UHC e da declividade.

Tabela 7 (NBR 8160: 1999, página 18)

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO

6.0. DIMENSIONAMENTO
6.2. Dimensionamento do Sistema de Ventilação

a) Ramal de ventilação;

b) Coluna de ventilação.

LV
Procedimento

a) Ramal de ventilação
1) Calcular o somatório de UHC para cada ramal de ventilação; BS
2) Determinar o Diâmetro Nominal do Ramal de Ventilação (Tabela 8).
b) Coluna de ventilação
3) Apurar o somatório de UHC que se conectam a cada Coluna de CS
Ventilação por pavimento;
4) Determinar o Diâmetro Nominal da Coluna de Ventilação (Tabela 2).
Também especificar a distância máxima de um desconector ao tubo CH
ventilador (Tabela 1).
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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
6.0. DIMENSIONAMENTO

a) Cálculo do Ramal de Ventilação

Somatório de UHC = 9 (Calculado no Item Tubo de Queda)


Obs.: No nosso caso, aparelhos com bacia sanitária.
Então, DN = 50 mm.

Tabela 8 (NBR 8160: 1999, página 21)

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
6.0. DIMENSIONAMENTO

b) Cálculo da Coluna de Ventilação

Soma da UHC por pavimento = 3 (CH + LV) + 6 (BS) = 9 UHC


9 UHC / pavimento x 3 pavimentos = 27 UHC
Adotando-se pé direito de cada pavimento = 3,0 metros
Altura total = 3 pavimentos x 3,0 metros = 9,0 metros
Diâmetro Nominal do Tubo de Queda (já calculado) = 100 mm

Como o DN do TQ (100 mm) é maior (75 mm), deve-se escolher


outro diâmetro igual ou superior para a coluna de ventilação.

Escolhendo-se p/ 100 mm, verifica-se que atende tanto a UHC


(43 > 27) quanto na altura (11,0 m > 9,0 m). Assim, o DN da
coluna de ventilação é igual a 50 mm.

Tabela 2 (NBR 8160: 1999, página 12)


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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO
6.0. DIMENSIONAMENTO

Observação:

Verifica-se que a distância máxima da Caixa Sifonada


para o Ramal de Ventilação, neste caso, seria de 1,20
metros.
Se a distância fosse maior que 1,20 m não se conseguiria
recolher e permitir que a pressão externa fosse igual a
pressão interna, e assim, manter o fecho hídrico, fazendo
com que a ventilação não funcionasse.

Tabela 1 (NBR 8160: 1999, página 11)

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