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APOSTILA NÍVEL 3
AVENIDA BRASIL 2
Av. San Juan Bosco con 6ª.transversal_quinta 65.Urbanización Altamira, zona postal 1060.
Teléfonos: (0212) 266-14-76 / 43-02
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ÍNDICE GERAL
EXPRESSOES IDIOMÁTICAS................................................................................................................5
TEXTO: A SOGRA.................................................................................................................................10
PARTICÍPIO...........................................................................................................................................12
ACENTUAÇAO GRÁFICA...................................................................................................................18
TEXTO:DIMINUTIVOS........................................................................................................................20
TEXTO:A ROCHA.................................................................................................................................26
REGÊNCIA
VERBAL............................................................................................................................211
ROUPAS E ACESSÓRIOS
1. Entre vale tudo e dilemas cruéis, dicas de como seguir o figurino certo para cada
2. ocasião para você não ser uma vítima da moda nem passar vexame.
3. Viagem de avião
4. Bilhetes de avião não trazem recomendações quanto ao figurino que se deve usar a
5. bordo. Há nessa situação dois tipos de passageiros que chamam a atenção. O
6. primeiro é o que faz a linha desleixado-esportiva e viaja de moletom velho, tênis
7. escorchado e bonezinho, no melhor estilo domingo à tarde na frente da TV. O
8. outro tipo (muitas vezes acompanhando o primeiro) confunde viagem de avião com
9. um grande acontecimento, como era no passado. Pior ainda, quando a pessoa
10. imagina que está vestida para um grande acontecimento, como conta a estilista
11. Zeleana Davidson: “Certa vez, viajei com uma mulher que estava de microssaia;
12. sapato de salto alto agulha e um casaquinho de pele de coelho.”
13. O ideal é usar uma roupa que não amarrota, não aperta nem tolhe os movimentos.
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15. Num país como o Brasil, que contribui para as regras mundiais
16. de etiqueta com criações inéditas como o “esporte fino”, a
17. terminologia dos trajes sociais é motivo de muita dor de cabeça.
18. Esses termos, que vêm impressos nos convites, podem até estar
19. meio ultrapassados, mas ainda não se decretou seu enterro. Se o
20. convite pede traje black-tie, o homem deve tirar o smoking do
21. armário. As mulheres podem iniciar a pesquisa no guarda-roupa,
22. contendo os ímpetos peruísticos. O passeio completo - terno de
23. padrão único para homens mais formais- está na lista dos mais
24. pedidos. As mulheres acompanharão bem esse clima num
25. tailleur.
Praticando a oralidade:
1. Vamos arregaçar as mangas e terminar este trabalho de uma vez por todas.
Morrer
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5) Sempre que Maria _______________ me visitar, ela passava o dia comigo, mas agora ela não
____________________ mais e nunca a vejo.
9) Ontem eles ________________ e não viram vocês. De onde você _____________ agora?
12) No ano passado, quando eu _____________ para cá, eu ________________ com pouca
bagagem.
13) Antigamente nós _________________ aqui muito, hoje em dia _______________ muito pouco.
14) Carolina e José _________________ em minha casa hoje, mas eu não estava.
TEXTO: A SOGRA
1. Ele morava no Rio era funcionário público estadual. Casado com uma
2. mineira, levava uma vidinha quieta e sossegada.
3. Um dia, no entanto, algo aconteceu. Sua sogra precisava ir a Minas ver uma
4. fazendinha que o marido tinha deixado. A fazenda, cujas terras estavam
5. abandonadas, ficava no Triângulo Mineiro. Foram os três, de Volks, ele, a mulher e
6. a sogra. Na fazenda, a velha teve uma síncope fulminante. Levaram-na correndo
7. para Uberaba. Tinha morrido mesmo. Enterrar, onde? Ali? O sogro estava no
8. túmulo da família, no Caju.
9. O jeito era voltar logo para o Rio, para
10. fazer o enterro. Voltaram.
11. A sogra deitada no fundo do carro, coberta
12. com uma mantilha de renda, a mulher chorando
13. baixinho, entre o desconsolo e a compreensão, e
14. ele, a noite inteira, firme no volante, comendo
15. asfalto. Não parava para nada. Só uma vez, por
16. causa da gasolina, mas arrancou logo. Lá atrás,
17. balançando, o cadáver miúdo da velhinha.
18. Depois de Juiz de Fora, já madrugada, a
19. fome apertou. No primeiro posto, saíram um
20. instante para ir ao banheiro e comer sanduíche. A chave ficou no carro. Era um
21. minuto só e a sogra estava ali, embora morta, vigilante. Quando voltaram, o pior
22. tinha acontecido. O carro não estava onde ele o tinha deixado. Alguém o tinha
23. levado. Polícia, amigos, anúncio em jornal. Tentaram tudo.
24. Até hoje, nem carro, nem sogra.
(Adaptação de “A sogra” Sebastião Nery- Folha de São Paulo 2/12/79)
Produção escrita: Trabalhe com seu colega criando um final para o texto.
Vira casaca
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Érico Veríssimo
1. Por causa de uma dor de dentes eu me vi envolvido
2. num dos dramas mais sérios e importantes da História do
3. Brasil. Eu conto. Foi lá por fins do século XVIII. Os
4. ventos da sorte me tinham empurrado para Minas Gerais
5. e eu me encontrava parado na Vila Rica¹. Como um
6. navio que, de repente, esquecido do rumo, tivesse
7. estacado em meio do oceano.
8. Lembro-me bem de que passei uma noite em claro,
9. por causa de um dente que me doía horrivelmente. A verdade era que nos meus
10. tempos de índio livre eu não sentia nada na dentadura, apesar de lhe dar sempre um
11. serviço duro e perigoso.
12. Vi clarear o dia. O meu desespero aumentou. Na rua mal tive voz para perguntar
13. ao primeiro homem que encontrei:
14. - Moço, onde é que eu encontro o dentista?
15. Resposta:
16. - Vá a casa do Alferes Joaquim José.
17. Julguei que ele estava troçando²e fiquei vermelho de raiva.
18. - Sou índio, mas não sou burro. Onde se viu um alferes tirar dentes?
19. Disse isso e fiquei com vontade de brigar.
20. - Bom homem, não se zangue, Joaquim José da Silva Xavier é alferes de dragões,
21. mas nas horas vagas faz o dentista. Deram-lhe até o apelido de Tiradentes. É um
22. sujeito muito habilidoso. Vá e não ficará arrependido.
23. Deu-me o endereço do alferes-dentista. Fui.
24. Encontrei um homem impressionante. Olhos escuros, brilhantes, cabelos pretos.
25. O rosto pálido tinha um ar de decisão e de coragem.
26. Dentro de um minuto eu estava na cadeira do Tiradentes. Enquanto preparava os
27. ferros ele ia fazendo perguntas.
28. - Como se chama?
29. - Tibicuera.
30. - Descendente de índio?
31. - Não. Índio puro.
32. - Ah! Abra a boca e tenha coragem.
33. Vinte segundos depois Tiradentes me mostrava na ponta de um ferro o meu dente
34. cariado. A dor foi aguda e forte mas eu a suportei sem gemer.
35. - Agora faça bochechos com isto.
36. Deu-me um copo com água salgada. E enquanto eu bochechava, o dentista me
37. fazia novas perguntas sobre minha vida.
38. De repente parou diante de mim e disse:
39. - O Brasil também está com dor de dentes.
40. Olhei para ele espantado. Meus olhos perguntaram:
41. - Como?
42. - O dente que dói, o dente que é preciso tirar são os portugueses. Devemos
43. mandá-los embora para sua terra e tomar conta deste grande país para nós,
44. brasileiros.
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45. Eu estava espantado. Esqueci o dente e fiz uma série de perguntas. Não me
46. passara nunca pela cabeça a ideia de que fosse possível fazer o que Tiradentes queria.
47. - Mas os portugueses concordam em ir embora? – Perguntei
48. O alferes soltou uma risada.
49. - Havemos de vencê-los pelas armas. Faremos uma revolução!
50. De repente se calou, ficou sombrio, como que arrependido de ter falado tanto na
51. frente de um desconhecido. Levantei-me.
52. - Quanto custa? – Indaguei.
53. - Não custa nada.
54. - Mas eu quero pagar.
55. - Então me pague da seguinte forma: pense no que lhe disse, procure amar o
56. Brasil, desejar-lhe a liberdade, fazer dele uma nação independente, grande.
57. À medida que falava, Tiradentes ia se exaltando de tal forma que por fim já
58. haviam lágrimas em seus olhos. Disse-me que os brasileiros viviam esmagados pelos
59. impostos.
60. O governo em breve ia fazer a cobrança de impostos atrasados. Vila Rica não
61. progredia, era até chamada de “Vila Pobre”. Outros países já se tinham livrado dos
62. seus opressores. Os Estados Unidos da América do Norte, por exemplo, haviam
63. proclamado a sua independência, separando-se da Inglaterra. Era um povo novo
64. como o nosso. Por que não podíamos nós também ser uma nação independente?
65. Fui-me da casa daquele homem levando um peso na alma. O Brasil podia ser
66. livre! Esta ideia não me deixou o resto daquele dia, fez parte dos meus sonhos
67. daquela noite. Ao amanhecer um novo dia, fui procurar Tiradentes. Contei-lhe que
68. era só no mundo e não tinha planos. Eu queria me entregar a ele. Seria um amigo seu,
69. disposto a tudo. Eu não tinha influência política, nem dinheiro; mas sabia brigar,
70. podia repetir sem erro um recado e conhecia os caminhos do litoral.
71. Para encurtar o caso: fiquei com Tiradentes.
72. O alferes não descansava. Fazia propaganda da sua ideia. Conseguia novos
73. soldados para a revolução. Havia gente de posição metida na conspiração. Mas eu
74. não sei que pressentimento me estava dizendo que aquilo tudo ia acabar mal.
PARTICÍPIO
3 – Existem outros verbos (abundantes) que apresentam duas formas para o Particípio:
regular e irregular.
a) A forma regular é usada com os verbos TER e HAVER (voz ativa) para formar os
tempos compostos. Nesse caso, o Particípio mantém-se invariável.
Ex.: O diretor da faculdade tinha aceitado o convite para a conferência.
b) A forma irregular é usada com os verbos SER, ESTAR, FICAR (voz passiva), e nos
outros casos em que o Particípio funciona como predicativo ou adjetivo. Assim, deverá sempre ser feita
a concordância em gênero e número.
Observação Importante:
Os particípios regulares gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso, sendo substituídos
pelos irregulares gasto, ganho e pago.
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VERBOS ABUNDANTES
Expressa uma ação que se iniciou no passado e continua no presente ou se aproxima dele.
Exemplo: Tenho tido problemas ultimamente. (verbo ter PRES.IND. +Part.)
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando
sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que
vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito
segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era
claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que
iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
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— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu
já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações.
O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero,
uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por
nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez
ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
4. Hiatos: devem ser acentuados o i ou o u tônicos que formam sílabas sozinhas ou seguidas de
s e se apresentam em hiato com uma vogal anterior.
Ego-ís-ta sa-í-da ra-í-zes pa-ís ba-ú
Exceção: Se no mesmo caso acima, ocorrer nh depois de i tônico, este não se acentua.
Ex.: rainha, bainha
1. Talvez voce sempre tenha pensado que meditação e uma pratica ligada a
2. religião, a cultos esoterico e coisas do genero. Ou seja, algo de eficiencia proxima a
3. nada. Cada vez mais estudos mostram, porem, que a tecnica milenar pode ajudar
4. no tratamento da estresse, depressão e ate mesmo doenças como dores mais
5. cronicas. Meditar regularmente durante dez minutos traz o equilibrio fisiologico,
6. garante o cardiologo Herbert Benson, do Instituto Medico da Universidade de
7. Harvard (EUA)... Em seus estudos, Benson observou os beneficios da meditação
8. em casos relacionados a hipertensão, as dores de cabeça e a insonia.
9. A psicologa Ana Maria Rossi, ex-diretora da Clinica para o tratamento do
10. Estresse e da Ansiedade da Universidade de Nebraska (EUA)... Faz meditação ha
11. 17 anos. Ela aplica a tecnica em seu consultorio. “A pratica leva a redução da
12. pressão arterial e dos batimentos cardiacos”, afirma: “A respiração mais eficiente
13. oxigena o cerebro”, e como se o corpo assumisse nova velocidade, mesmo ansiosa.
14. No ocidente existe tres escolas de meditação, explica o medico acupunturista
15. e professor de meditação Jou Eel Jia. A primeira corrente prega a concentração (em
16. que um objeto em foco, que pode ser uma imagem ou a entonação de um mantra).
17. A segunda linha e baseada em atenção (o treino e ficar quieto, mas ligado em tudo
18. o que acontece a sua volta). A terceira via e a meditação integrada (que combina as
19. duas primeiras, e e menos difundida).
20. Para sentir os efeitos, “e necessario manter um ritmo, mostrar disciplina e não ter
21. expectativa em relação a meditação”, diz a psicologa Lourdes Gaspar, ela mesma e
22. uma praticante: “e preferivel fazer dez minutos diarios do que muitas horas num so
23. dia e depois passar um longo periodo sem meditar. E tambem e preciso esquecer o
24. fatos tempo. Meditação e para uma vida toda...”
aqui – cafe – sofa – Jose – metro – tabu – voces – ninguem – algum – caqui – ali – lençois –
heroi – chapeu – o avo – a avo – conta-lo – ama-la – dize-lo – vende-lo – ceu – pasteis
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amigo – amizade – latex – china – duplex – odio – orfã – xerox – item – itens – jovem –
jovens – hifen – hifens – album – predio – regua – orgão – gloria – memoria – lapis –
sauva – sauvinha – gaucha – gauchinha – luis – luisinho – Lais – juiz – juizes – raiz – raizes –
saida – faisca – jesuita – sair – caindo – reune – saindo – rainha – cuidado – moinho –
TEXTO - DIMINUTIVOS
Luis Fernando Veríssimo
3. - Mais um feijãozinho?
8. -Mais um feijãozinho?
9. - Um pouquinho.
10. -E uma farofinha?
11. -Ao lado do arrozinho?
12. - Isso.
13. -E quem sabe mais uma cervejinha?
21
14. -Obrigadinho.
15. O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes
16. porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar horas tomando
17. uma “cervejinha” em cima de “cervejinha” sem nenhum dos efeitos que sofreria
18. depois de apenas duas cervejas.
Diminutivo:
O diminutivo é muito usado no português do Brasil. Ele serve para indicar:
A- Objetos pequenos:
Comprei uma casinha na praia.
B- carinho:
Venha cá filhinha!
C- ênfase:
Ele mora pertinho daqui. (bem perto)
E- desdém:
Aquela mulherzinha é fogo!
Exercícios:
o-e a r- s- z a
ão ã-oa-ona or eira-a
a) a loba faminta____________________________________________________
b) a leitoa preguiçosa_________________________________________________
c) a garota corajosa__________________________________________________
d) a aluna atenciosa__________________________________________________
e) a filha esperta____________________________________________________
f) a mulher educada_________________________________________________
Outros têm uma só forma para os dois gêneros. O que diferencia o masculino do feminino é o
artigo.
Observe: o jovem
a jovem
Exemplos:
Alguns substantivos se referem a pessoas e têm um só gênero tanto para indicar o sexo feminino
como o sexo masculino.
Dê o feminino ou o masculino:
a) leão
b) gigante
c) juíza
d) senhora
e) moça
f) camponês
1. Com o tempo, dona Mimosa adquirira uma sólida autoridade moral sobre a
2. família.
3. Diziam:
4. - A dona Mimosa tem os pés no chão. Também tinha a cabeça no lugar,
5. bom nariz para certas coisas, e enxergava longe. A velhice só aumentava seu
6. prestígio. Agora, além do senso prático e da sabedoria herdada, tinha a experiência.
7. Enterrara um marido, criara 11 filhos, ajudara a criar 20 netos e, se não
8. tivera nada a ver com o começo da República, pelo menos estivera presente. Aos
9. 100 anos, estava lúcida e atenta. Várias gerações da família tinham-se orientado
10. pelo seu nariz. E dona Mimosa não falhava.
11. - Vovó, o nenê está com soluço.
12. - Bota um algodão molhado na testa.
13. - Tia Mimosa, o Olegário não sabe onde
14. aplicar o dinheiro.
15. - Terra.
16. - Mamãe, estou pensando em mudar o forro
17. do sofá....
18. - Cinza.
19. As gerações se sucediam, mas os problemas eram parecidos.
20. - O Maneco não quer estudar.
21. -Traz ele aqui.
22. O Maneco ouvia uma preleção de dona Mimosa. Ouvia casos da família, de
23. vagabundos que acabaram na ruína, de doutores feitos na vida. O importante era ter
24. uma posição. Quem podia estudar e não estudava era pior que um vagabundo. Era
25. um perdulário.
26. - O que é um perdulário, bisa?
27. - Estuda para aprender!
28. Brigas por dinheiro ou propriedade. Caso de desconfiança ou ciúmes entre
29. cunhadas. Dúvidas sobre a saúde: opera ou não opera. Tudo acabava sendo
30. decidido por dona Mimosa. Vez por outra ela tomava uma ação preventiva.
31. Chamava o filho mais velho e dizia:
32. - Meu nariz me diz que o Toninho está em dificuldades. Investiga.
33. Ou:
34. - Tenho notado que a filha da Juraci sua muito, acho que deve casar.
35. E estava sempre certa.
36. Nos momentos de grande crise, dona Mimosa era a rocha da salvação.
37. Como na vez em que descobriram que o Biluca tinha outra família, dona Mimosa
38. não aceitou discutir o assunto reservadamente. Convocou uma reunião de família,
39. vedada só aos menores de dezoito, e expôs o Biluca à reprovação geral sem dizer
40. uma palavra. Depois acertou com o Biluca, reservadamente, o que deveria ser dado
41. como compensação à segunda família, que ele abandonaria rapidamente.
42. A primeira vez na vida em que dona Mimosa não soube o que dizer foi
43. quando lhe contaram que o Sidnei, com 40 anos, estava fazendo jazz.
44. - Eu sabia que ele tocava um instrumento.
45. - Não toca nada. Está numa aula de dança.
46. Pela primeira vez, em 100 anos, dona Mimosa ficou com a boca aberta.
47. Depois foi o tataraneto Duda – o filho do Maneco, o vagabundo que acabara se
27
48. formando em Direito – que surpreendeu a velha com um pedido de dinheiro, já que
49. o pai aplicara tudo no open e estava desprevenido. O Duda queria descolar uma
50. nota pra levar umas gatas a Porto Seguro no maior barato, falou?
51. Dona Mimosa ainda tentou ser categórica. Era difícil viajar com gatos.
52. Devia usar um balaio. Ou caixas de papelão. Mas era óbvio que ela estava
53. tateando.
54. A família continuava procurando dona Mimosa pelos seus conselhos.
55. Mas já não os aceitava como antes.
56. - Vovó, acho que vou botar dinheiro numa butique só de coisas importadas
57. para o banheiro. Já tenho até um nome, “Xixique”.
58. - Não, não. Compra terra.
59. - Ora, vovó, terra...
60. Há dias levaram mais um problema para dona Mimosa.
61. - A Berenice vai sair de casa.
62. - Não deixa.
63. - Não adianta. Ela vai se juntar.
64. - O quê?
65. - Com a Valdirene.
66. - Ah, bom. Vai morar com uma amiga.
67. - Não. Vão formar um casal.
68. Silêncio.
69. - O que é que a senhora acha?
70. Dona Mimosa sentiu que o mundo lhe escapava. Seu nariz não lhe dizia
71. mais nada. Era preciso, no entanto, resguardar a autoridade. Com um esforço,
72. recompôs-se e perguntou:
73. - E essa Valdirene, tem uma posição?
Trabalho em Grupo
Discuta com seu(s) colega(s) e, com base no texto lido, responda o questionário.
Com base no texto lido e discutido, escreva um artigo para o Jornal do ICBV descrevendo
as mudanças ocorridas nas famílias nos últimos anos e as consequências dessas mudanças
para a sociedade atual.
Adaptação de Um português bem brasileiro
FUNCEB – Buenos Aires
1. Embora dona Mimosa ________________ (ter) os pés no chão, sabe que a família já
não a escutará como antes.
2. Quando o Maneco ________________ (falar) que não queria estudar, a dona Mimosa o
________________ (chamar) e lhe ________________ (dizer) que
_______________(dever) estudar senão ele ________________ (ser) pior que um
vagabundo.
5. Dona Mimosa convoca uma reunião de família para que todos ________________
(participar) da decisão que ela ________________ (tomar).
6. Talvez ela não _______________ (ter) muito senso de justiça, mas _____________ (ter)
um sexto sentido.
7. Quando Valdirene decidiu morar com uma amiga dona Mimosa _______________
(sentir) que o mundo lhe ____________ (escapar). É necessário que ela
________________ (compreender) a situação, embora não _____________ (estar) de
acordo.
8. A velhinha já não encontrava sentido para seus conselhos. ___________ (ser) necessário
que ela se ________________ (adaptar) àquelas modernidades.
10. É importante que não _______________ (perder) nossos valores, mas é necessário que
_______________ (acompanhar) a evolução da sociedade.
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Um pouco de REGÊNCIA VERBAL
FIQUE LIGADO!
ASSISTIR
ESQUECER – LEMBRAR
Dica: O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou
alguém de alguma coisa).
PREFERIR
Possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com
preposição)
Dica: Não é correto dizer na linguagem culta: “Prefiro cinema do que teatro”. → Atenção: muito usado
na linguagem coloquial.
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INFORMAR
SIMPATIZAR \ ANTIPATIZAR
Dica:
Estes verbos não são pronominais, portanto, determinadas construções são consideradas erradas quando
tais verbos aparecem acompanhados de pronome oblíquo.