JUSTIFICATIVA

1.

Projetar e construir em cidades litorâneas, como Peruíbe, requer maior

atenção quanto aos materiais. No caso do concreto armado, material escolhido para
execução da viga, os agentes agressivos provocam tanto a corrosão das armaduras
quanto a corrosão do concreto.
De acordo com Lima e Morelli (2004, p. 1), o ambiente marinho é
notoriamente agressivo às estruturas de concreto. A influência desse ambiente na
durabilidade das estruturas de concreto depende do microclima no qual a região da
estrutura se encontra. Diante disso, é necessário garantir um cobrimento mínimo,
sendo sua uniformidade tão importante quanto o fato de se ter esse cobrimento
mínimo garantido. Além disso, a durabilidade de uma estrutura em um ambiente
agressivo, como é o caso do meio marinho, está ligada ao projeto bem realizado e a
uma execução cuidadosa.

2.

A altura das vigas depende de diversos fatores, entre eles: o vão, o

carregamento e a resistência do concreto. Essa altura deve ser suficiente para
proporcionar resistência mecânica e baixa deformabilidade (flecha). Uma indicação
prática para a estimativa da altura é dividir o vão efetivo por doze (BASTOS, 2017, p.
4).

3.

Segundo Bastos (2017, p. 4), a altura mínima indicada é de 25cm e deve ser
preferencialmente modulada de 5 em 5 cm ou de 10 em 10 cm. As vigas contínuas
devem ter a altura dos vãos obedecendo uma certa padronização, a fim de evitar
várias alturas diferentes. Entretanto não é o caso, pois há dois trechos diferentes.

4.

Em geral, a preferência na construção civil é de que as vigas fiquem

embutidas nas paredes de vedação, de tal forma que não possam ser percebidas
visualmente. Para que isso ocorra, a largura das vigas deve ser escolhida em função
da espessura final da parede, a qual depende basicamente das dimensões e da
posição de assentamento das unidades de alvenaria e da espessura da argamassa
de revestimento nos dois lados da parede (BASTOS, 2017, p. 4).

5.

Os blocos cerâmicos vazados apresentam bom isolamento térmico e acústico,

além de oferecerem proteção contra umidade. Além disso, exigem uma espessura
mínima de revestimento, resultando em um gasto menor com material (Cerâmica
Ermida, 2020).
6.

Em locais externos em áreas costeiras, recomenda-se a utilização de

madeiras como Ipê, Cumaru, Cedro, eucalipto tratado, entre outras (A Gazeta,
2022).
Para a execução do guarda-corpo, foi escolhido o Cedro devido ao seu peso
específico baixo.

7.

A cidade de Peruíbe está localizada na Região 3, conforme Figura 1, em que

a velocidade básica do vento é 35m/s.

Figura 1 – Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento em m/s no estado de SP

Fonte: Trifel (2006)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Gazeta. Casa na praia: veja 9 materiais que são resistentes à maresia (2022).
Disponível em: https://www.agazeta.com.br/imoveis/casa-na-praia-veja-9-materiais-
que-sao-resistentes-a-maresia-0722
Acesso em 21 abr. 2023

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6118. Projeto de

estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6120. Cargas para o
cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6123. Forças devidas

ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.

BASTOS, P. S. Vigas de Concreto Armado (2017). Universidade Estadual Paulista,

Campus de Bauru/SP. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Disponível
em: wwwp.feb.unesp.br/pbastos
Acesso em 21 abr. 2023

Cerâmica Ermida. Blocos de cerâmica são uma das tendências na construção civil
em 2020 (2020). Disponível em: https://ceramicaermida.com.br/blocos-de-ceramica-
sao-uma-das-tendencias-na-construcao-civil-em-2020/
Acesso em 21 abr. 2023

LIMA, M. G.; MORELLI, F. Caracterização da agressividade do ambiente marinho às

estruturas de concreto (2004). Disponível em:
https://semengo.furg.br/images/2004/07_2004.pdf
Acesso em 21 abr. 2023

TRIFEL. Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento em m/s no estado de

SP (2006). Disponível em:
http://www.trifel.com.br/arquivos_pdf/mapa_isopletas_sp.pdf
Acesso em 21 abr. 2023

Diagrama de Esforços Cortantes:

Diagrama de Momento Fletor: