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DIVISÃO DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA
Autor: Supervisores:
DIVISÃO DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA
Autor: Supervisores:
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, o criador dos criadores por ter abençoado o meu
caminho e por ter dado sempre forças de me levantar.
De seguida quero agradecer a minha família por sempre estarem do meu lado, pelo
apoio financeiro e apoio moral, obrigado pai e mãe por tudo de bom que vocês têm
feito por mim.
Agradeço a todos os meus amigos que de uma ou de outra forma contribuíram directa
ou indirectamente pra que eu esteja onde estou agora, obrigado Domingos Fifitine,
Inácio Zimbulane Leonel Chichava, Hélio Mamite, Ernesto Magaia, Idelson Chongo por
todo apoio que vocês têm fornecido, a vossa amizade significa muito para mim.
ii
EPÍGRAFE
(MIA COUTO)
iii
RESUMO
Falar em proteger é literalmente falar em salvar, ou seja, é basicamente falar de
garantir que o activo a ser protegido, tenha um tempo de vida útil prolongado.
iv
Abstract
Talking about protecting is literally talking about saving, that is, it is basically talking
about ensuring that the asset to be protected has an extended useful life.
An electrical power system, has its origin in the generation of electrical energy, these
plants are equipped with large machines with a literally complex protection system that
guarantees that the generation system does not work out of standards.
This report was prepared during a professional internship at the Mavuzi Hydroelectric
Power Plant, which belongs to the public company Electricidade de Moçambique. The
same, makes a study of the excitation system of the generating units of the Mavuze
Central and proposes the implementation of a relay for the protection against loss of
excitation that will work with backup.
Through information collected in several bibliographies, this work treats subjects related
to synchronous generators, their types, characteristics of the inductor and the armature,
protection functions and methods applied in the protection against loss of excitation,
being approached in this work the methods of MASON (1949), BERDY (1975) and the
positive offset method.
Data surveys were carried out on the ground as well as some occurrences related to the
defect under study, from this information it was possible to determine the method to
apply in this protection, as well as the proper functioning of the relay proposed for use
as a backup.
Through the Simulink simulator of the MATLAB software, it was possible to simulate the
partial and total excitation losses of the generating units of the Mavuzi Hydroelectric
Power Plant, these defects were simulated taking into account several loads of those
generated in the order of 25%, 75% and 100% of the nominal capacity of the generating
units.
v
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ................................................................................................................. i
AGRADECIMENTOS ...................................................................................................... ii
EPÍGRAFE ..................................................................................................................... iii
RESUMO ........................................................................................................................ iv
Abstract ........................................................................................................................... v
LISTA DE ABREVIATURAS SIMBOLOS E ACRÓNIMOS ........................................... viii
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................ x
CAPÍTULO 1:INTRODUÇÃO........................................................................................... 1
1.1. Formulação do problema.................................................................................... 2
1.2. Hipóteses ........................................................................................................... 2
1.3. Delimitação do Tema.......................................................................................... 2
1.4. Objectivos ........................................................................................................... 3
1.4.1. Geral ............................................................................................................ 3
1.4.2. Específicos................................................................................................... 3
1.5. Metodologia ........................................................................................................ 3
CAPÍTULO 2: DESCRIÇÃO DA CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE MAVUZI ................ 4
CAPÍTULO 3: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 7
3.1. Máquinas Síncronas ........................................................................................... 7
3.2. Gerador Síncrono ............................................................................................... 8
3.2.1. A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DE UM GERADOR SÍNCRONO ............ 11
3.2.2. A TENSÃO INTERNA GERADA POR UM GERADOR SÍNCRONO ......... 12
3.2.3. O CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM GERADOR SÍNCRONO ................ 13
3.2.4. FUNCIONAMENTO DE ALTERNADORES EM PARALELO ..................... 14
3.3. Protecção de geradores síncronos ............................................................... 21
CAPÍTULO 4: PERDA DE EXCITAÇÃO NO GERADOR SÍNCRONO .......................... 25
4.1. Curva de Capacidade ....................................................................................... 26
4.2. Protecção contra perda de excitação de um gerador síncrono ........................ 27
4.2.1. Métodos de protecção contra perda de excitação ..................................... 29
vi
4.2.1.1. Método de Mason ................................................................................... 30
4.2.1.2. Método de Berdy .................................................................................... 31
4.2.1.3. Método Offset positivo ............................................................................ 33
CAPÍTULO 5: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................ 36
5.1. Descrições técnicas da unidade geradora 2 da CHM ...................................... 36
5.1.2. Apresentação das grandezas eléctricas. ................................................... 36
5.2. Descrição do sistema de excitação .................................................................. 36
5.2.2. Funcionalidades ......................................................................................... 37
5.2.3. Aplicação ................................................................................................... 37
5.2.4. Descrição funcional.................................................................................... 39
5.3. Caso de estudo ................................................................................................ 41
CAPÍTULO 6: PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROTECÇÃO ANSI 40 PARA
RETAGUARDA NAS UNIDADES GERADORAS DA CHM ........................................... 44
6.1. Determinação dos ajustes da protecção para os grupos pequenos da CHM ... 44
6.2. Determinação dos ajustes da protecção para os grupos grandes da CHM ...... 45
CAPÍTULO 7: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................. 48
8.1. Referências bibliográficas ................................................................................ 50
8.2. Outras referências Bibliográficas ...................................................................... 51
APÊNDICES .................................................................................................................. 52
ANEXOS........................................................................................................................ 64
vii
LISTA DE ABREVIATURAS SIMBOLOS E ACRÓNIMOS
ANN aArtificial neural networks
CA Corrente alternada
CC Corrente Contínua
Fe Frequência eléctrica
GE General electric
Hz hertz
Corrente de Campo
kV Quilovolt
Auto-indutancia
MW Mega watt
nm Velocidade mecânica
viii
OEL Limitador de sobreexcitação (do inglês Over excitation Limitator)
PF Factor de Potencia
Q Potencia reactiva
SE Subestação eléctrica
TC Transformador de corrente
TP Transformador de potencial
Tenção nominal
Fluxo da máquina
Velocidade angular
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 3. 1 VISTA ESQUEMÁTICA DE UM GERADOR SÍNCRONO MONOFÁSICO COM UM ÚNICO
ENROLAMENTO E DOIS PÓLOS ....................................................................................... 8
FIGURA 3. 2 O RÓTOR DE DOIS PÓLOS NÃO SALIENTES DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA................. 9
FIGURA 3. 3 (A) RÓTOR DE SEIS PÓLOS SALIENTES DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA. FONTE:
(STEPHEN 2014) (B) FOTOGRAFIA DE RÓTOR DE OITO PÓLOS SALIENTES DO GERADOR DA
CHM, PODENDO-SE VER OS ENROLAMENTOS DOS PÓLOS INDIVIDUAI. FONTE (O AUTOR,
2022) ....................................................................................................................... 10
FIGURA 3. 4 ESCOVAS USADAS COMO MEIO PARA FORNECER POTÊNCIA CC AO RÓTOR .......... 11
FIGURA 3. 5 (A)GRÁFICO DE FLUXO VERSUS CORRENTE DE CAMPO DE GERADOR SÍNCRONO. (B)
A CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO GERADOR SÍNCRONO................................................... 13
FIGURA 3. 6 O CIRCUITO EQUIVALENTE COMPLETO DE UM GERADOR SÍNCRONO TRIFÁSICO..... 14
FIGURA 3. 7 DISTRIBUIÇÃO ESTÁVEL DE REACTIVOS ............................................................ 15
FIGURA 3. 8 CARACTERÍSTICA DE VELOCIDADE ................................................................... 16
FIGURA 3. 9 SISTEMA DE EXCITAÇÃO ESTÁTICO DE UM GERADOR SÍNCRONO ......................... 18
FIGURA 3. 10 TEMPO PARA REGULAR A TENSÃO ................................................................. 20
FIGURA 3. 11 TEMPO DE REGULAÇÃO DE TENSÃO ............................................................... 21
x
LISTA DE TABELAS
xi
CAPÍTULO 1:INTRODUÇÃO
Sabendo que o SEP está sujeito a falhas, perturbações internas e externas, o SEP
é equipado com aparelhagens de protecção de modo a garantir fiabilidade do sistema e
salvaguardar a integridade dos equipamentos.
Um grupo gerador com máquina primária uma turbina hidráulica, pode suportar sem
o seu sistema de excitação, carregamentos de até 25% do nominal sem perder o
sincronismo. No entanto, no caso de carregamentos próximos ao nominal, as
consequências são severas.
SINGANO RJ 1
1.1. Formulação do problema
1.2. Hipóteses
A Central de Mavuzi, possui cinco (5) grupos geradores, todos com um sistema
de controlo de subexcitação similar, mas, certos grupos possuem características
eléctricas diferentes, assim sendo, o trabalho em questão, se limitará em procurar
propor um método de protecção contra perda de excitação que funcionará como Back-
Up para as unidades geradoras da CHM, sem entrar em detalhes profundos do tipo de
protecção aplicada nas unidades geradoras da CHM e nem dos sistemas de excitação
DC e AC.
SINGANO RJ 2
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Modelar o sistema de protecção contra perda de excitação nas unidades
geradoras da central hidroeléctrica de Mavuzi.
1.4.2. Específicos
Estudar os efeitos da ausência parcial e total de excitação em uma unidade
geradora;
Ensaiar perdas de excitação parcial e total nos grupos geradores da CHM; e
Propor um método como back up para protecção contra perdas de excitação.
1.5. Metodologia
SINGANO RJ 3
CAPÍTULO 2: DESCRIÇÃO DA CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE
MAVUZI
SINGANO RJ 4
O estágio foi realizado na direcção de produção, sendo essa estruturada como ilustra a
figura a baixo.
SINGANO RJ 5
Figura 1. 3 Açude da CHM
Fonte: (O Autor, 2022)
A Central produz uma tensão a nível de 6,6kV, converte para 110kV e transporta
através de três LTEE denominadas CL77 (Casa Nova), CL71 (Beira 1) e CL73
(Chicamba).
Ela encontra-se em anel através da Linha B00 de 220 kV, que sai da subestação
eléctrica de Matambo na província de Tete, para Subestação eléctrica de Chibata na
província de Manica cidade de Chimoio.
Detsa SE, é ligada uma linha de 110kV denominada CL76 que vai a Central
hidroeléctrica de Chicamba e por sua vez, através da linha CL73 vai a central
hidroeléctrica de Mavuzi.
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CAPÍTULO 3: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
SINGANO RJ 7
Figura 3. 1 Vista esquemática de um gerador síncrono monofásico com um único
enrolamento e dois pólos
Fonte: (STEPHEN 2014)
SINGANO RJ 8
íman permanente ou de um electroíman, obtido pela aplicação de uma corrente CC a
um enrolamento desse rótor. O rótor do gerador é então accionado por uma máquina
motriz primária, que produz um campo magnético girante dentro da máquina. Esse
campo magnético girante induz um conjunto de tensões trifásicas nos enrolamentos de
estátor do gerador.
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Fonte: (Stephen 2014)
Um rótor com pólos salientes está mostrado na Figura 4-2. Observa-se que aqui
os enrolamentos do electroíman estão envolvendo o próprio polo, em vez de serem
encaixados em ranhuras na superfície do rótor.
Figura 3. 3 (a) Rótor de seis pólos salientes de uma máquina síncrona. Fonte: (Stephen
2014) (b) Fotografia de rótor de oito pólos salientes do gerador da CHM, podendo-se
ver os enrolamentos dos pólos individual. Fonte (O autor, 2022)
Os rótores de pólos não saliente são usados normalmente em rótores de dois e
quatro pólos, ao passo que os rótores de pólos salientes são usados normalmente em
rótores de quatro ou mais pólos. Como o rótor está sujeito a campos magnéticos
variáveis, ele é construído com lâminas delgadas para reduzir as perdas por corrente
parasita. Se o rótor for um electroíman, uma corrente CC deverá ser fornecida ao
circuito de campo desse rótor. Como ele está girando, um arranjo especial será
necessário para levar a potência CC até seus enrolamentos de campo. Há duas
abordagens comuns para fornecer a potência CC: (STEPHEN 2014)
1. A partir de uma fonte CC externa, fornece a potência CC para o rótor por meio
de escovas e anéis colectores (ou deslizantes).
2. Fornece a potência CC a partir de uma fonte de potência CC especial, montada
directamente no eixo do gerador síncrono.
Anéis colectores (ou deslizantes) são anéis de metal que envolvem completamente
SINGANO RJ 10
o eixo de uma máquina, mas estão isolados deste. Cada extremidade do enrolamento
CC do rótor é conectada a um dos dois anéis colectores no eixo da máquina síncrona e
uma escova estacionária está em contacto com cada anel colector. Uma “escova” é um
bloco de carbono semelhante a grafite que conduz electricidade facilmente mas que
tem um atrito muito baixo.
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em que: Frequência eléctrica, em Hz
número de pólos
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Figura 3. 5 (a)Gráfico de fluxo versus corrente de campo de gerador síncrono. (b) A
curva de magnetização do gerador síncrono
Fonte: (Stephen 2014)
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As tensões e correntes das três fases estão distanciadas entre si de 120° em ângulo,
mas, fora isso, as três fases são idênticas.
Durante a operação de um gerador, ele pode ser exigido, ora em sua potência nominal
e ora em valores menores que o nominal. Quando o gerador está sendo pouco exigido,
o seu rendimento e da máquina primária caem. Por este e outros motivos, e pelo facto
de termos uma maior fiabilidade no fornecimento de energia, pode-se optar pela
operação em paralelo de geradores. Quando da ligação de geradores em paralelo
devemos observar:
SINGANO RJ 14
reactiva depende da excitação de cada gerador.
Da mesma maneira, para termos uma distribuição estável de reactivos, devemos ter
uma diminuição na excitação do gerador, com aumento dos reactivos. Isto pode ser
mostrado na Figura 3.7, onde a curva característica da tensão é decrescente.
Se um sistema tem características de velocidade tipo "a" (Figura 3.8) e outro tipo "b",
eles irão dividir a carga numa proporção Pa e Pb quando estiverem operando em uma
velocidade S.
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Figura 3. 8 Característica de velocidade
Fonte: (WEG DT-5 revisão 2020)
Os geradores podem ser fabricados com dois tipos de sistemas de excitação, ou seja:
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Este tipo de sistema de excitação, apresenta as seguintes vantagens:
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Figura 3. 9 Sistema de excitação estático de um gerador síncrono
Fonte: (João e Daniel 2020)
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fundamental do gerador síncrono é a constante de tempo transitória do eixo directo
com o circuito de campo aberto, , que é a relação entre a auto-indutância do campo
e a resistência CC:
SINGANO RJ 19
mesma tensão terminal, isto é, sem transformador;
3. Controlar de perto a corrente de campo, para manter a máquina em
sincronismo com o sistema, quando esta opera a factor de potência unitário ou
adiantado;
4. Aumentar a excitação sobre condições de curto-circuito no sistema, para
manter a máquina em sincronismo com os demais geradores do sistema;
5. Amortecer oscilações de baixa frequência que podem trazer problemas de
estabilidade dinâmica.
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O tempo exacto para regular a tensão depende na prática de inúmeros factores.
Portanto só pode ser indicado aproximadamente. A Figura 3.11 dá uma indicação
aproximada sobre os tempos de regulação a serem considerados, e valem para os
degraus de cargas nominais. Em condições diferentes da acima, os tempos podem ser
calculados proporcionalmente à queda de tensão.
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geração, podendo, no entanto, ser resumida nos seguintes itens:
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Na presença de qualquer uma destas causas, podem surgir defeitos no gerador
na forma de curto-circuitos trifásicos, bifásicos e fase terra. (João e Daniel, 2020)
Deve-se acrescentar que não existem relés e esquemas que proporcionem total
protecção ao gerador. Assim, a actuação de qualquer função da protecção para
qualquer falha que ocorra internamente ao gerador síncrono é inútil do ponto de vista
de danos ao gerador. A protecção apenas reduzirá a área de abrangência da falha.
No entanto, é aconselhável que o fabricante seja consultado para que não haja
restrições quanto à perda do seguro da máquina.
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podem ser empregues nos geradores são:
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CAPÍTULO 4: PERDA DE EXCITAÇÃO NO GERADOR SÍNCRONO
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Ao contrário. Para valores muito pequenos da corrente de campo, o gerador estará
operando em regime de subexcitação. Pode-se dizer que uma condição de
subexcitação para o gerador síncrono será satisfeita quando o mesmo estiver
absorvendo potencia reactiva do sistema. Nesse caso, visto do lado do sistema, o seu
comportamento se assemelha ao de um reactor. (LIMA,2002).
É bom lembrar que a perda de sincronismo pode ocorrer sem que haja defeito
no sistema de excitação do gerador. Perturbações no sistema de potência que
ocasionem oscilações de potência ou operação da máquina em sobrecarga fazem com
que o gerador absorva potência reactiva da rede.
Durante a perda de excitação, o estátor absorve uma corrente elevada que pode
alcançar cerca de 3 a 5 vezes a sua corrente nominal. Essa corrente tem um forte
componente reactivo e é a causa do sobreaquecimento do estátor. Também o rótor é
submetido a um forte aquecimento devido ao desequilíbrio magnético que ocorre. O
gerador nessas condições deve ser desligado da rede para não sofrer sérias avarias.
(João e Daniel 2020)
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Aplicação nos estudos de comportamento da máquina frente às variações nos
parâmetros do sistema, como tensão ou frequência, e sob condições normais ou
normais de operação.
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maior facilidade de ajuste, normalmente aquelas baseada em relés de impedância.
(GAZEN, 2015)
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nebulosos (fuzzy) e redes neurais artificiais (ANN, acrónimo do inglês artificial neural
networks), vêm sendo objecto de pesquisa nos últimos anos (PAJUELO et al., 2013).
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sempre são os mais adequados. Entre os métodos, o que varia de um para outro, é a
complexidade na sua aplicação e o grau de protecção oferecido.
Este relé utilizado por C.R Mason, obtém medição da impedância através da
tensão fase-fase e a diferença entre as correntes de fase nos terminais do gerador e
assim define quando a impedância está dentro da área operacional (GAZEN, 2015).
O offset negativo introduz uma margem de segurança para que o relé não actue
indevidamente para falhas próximas ao TP. Este tipo de falha teria uma impedância
vista pela protecção como próxima a origem do plano R-X.
SINGANO RJ 30
da protecção na ocasião de possíveis excursões de impedância dentro da
característica durante oscilações estáveis e a actuação deverá ser rápida o suficiente
de forma a não exceder o tempo que representaria danos ao gerador ou a perda de
estabilidade.
Para sanar este problema, fez-se necessária uma sofisticação adicional com
relação ao método de Moson (1949), tal qual o uso de uma unidade mho adicional e
temporização proposto por Berdy (1975). A primeira zona do método de Berdy ( ) não
possui retardo de tempo e seu diâmetro é igual a 1,0 p.u. na base do gerador. Esta
zona tem como função detectar a perda de excitação com o gerador operando entre
100% e 30% do seu carregamento nominal, que se caracterizam como condições mais
severas em termos de danos no gerador e efeitos adversos no sistema (MORAIS,
2008). Por outro lado, a segunda zona ( ) é ajustada com o diâmetro igual à
reactância síncrona do eixo directo ( ), e com uma temporização adicional da ordem
de 0,5 até 0,6 segundos. Esta temporização serve em casos onde o gerador estava
SINGANO RJ 31
operando com baixo carregamento ou para perdas parciais de excitação. As duas
zonas apresentam o ajuste do offset igual à metade da reactância transitória de eixo
directo ( ⁄ ).
SINGANO RJ 32
análise dinâmica dos eventos. Entretanto, a norma IEEE C37.102TM sugere a
temporização de aproximadamente 0,1 s para a Zona 1 e temporização de 0,5 s a 0,6 s
para a Zona 2. O Guia Internacional de Protecção de Geradores Síncronos do Cigré
sugere a temporização da Zona 1 inferior a 0,3 s e temporização para Zona 2 entre 0,5
s e 1,5 s.
Após Berdy (1975) apresentar seu ajuste, passou-se a utilizar o ajuste de Mason
(1949) para máquinas com reactância de eixo directo até 1,2 p.u. e o ajuste de Berdy
(1975) para máquinas com reactância de eixo directo maiores que 1,2 p.u. (LIMA et al,
2003).
A Zona 1 do relé tem diâmetro com offset negativo com valor de metade da
reactância transitória de eixo directo (X’d/2) e o alcance negativo é ajustado a fim de
encontrar o alcance da Zona 2. A sensibilidade reduzida favorece a não actuação para
os casos de oscilações estáveis, porém, por outro lado, esta unidade pode não actuar
para alguns eventos de perda de excitação.
A Zona 2 tem offset positivo com valor igual a reactância vista a frente do
gerador que é a soma da reactância do transformador elevador com a reactância
equivalente do sistema, considerando a linha de transmissão mais forte fora de serviço.
O alcance negativo da Zona 2 é ajustado em 110% de reactância de eixo directo (Xd).
O maior alcance desta unidade promove maior sensibilidade para os eventos de perda
de excitação, porém aumenta-se o risco para disparo durante oscilações.
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soma das reactâncias de eixo directo e a reactância equivalente do sistema e centro
sobre o eixo X igual a metade da diferença entre as mesmas reactâncias.
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Figura 4. 7 Conversão de LEP para o plano R-X
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CAPÍTULO 5: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
1
Aços eléctricos têm elevada capacidade em amplificar milhares de vezes um campo magnético externamente
aplicado, conhecida como permeabilidade magnética. As classes de aços para fins eléctricos são divididas em dois
grandes grupos: grãos orientados (GO) e grãos não orientados (GNO).
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5.2.2. Funcionalidades
Funções
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Figura 5. 1 Diagrama de blocos da Aplicação típica do DECS-200
Fonte: (EDM)
Potência operacional
Detecção
Limitadores de excitação
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operacionais incluem AVR,FCR, PF e var. Se o sistema de excitação funciona
normalmente online no modo interno e ocorre uma perda de detecção, o DECS-200
pode ser transferido para o modo manual (FCR), onde a perda de detecção não tem
qualquer impacto sobre a capacidade do excitador de manter os níveis de excitação a
níveis adequados.
1. Arranque
2. Paragem
3. AVR
5. Aumentar
6. Diminuir
7. PRE-P (Pré-posicionamento)
8. 52L/M (Unidade/Paralela)
9. 52J/K (Activar Var/Factor de potência)
10. SECEN (Activar secundário)
11. ALEST (Repor Alarme)
Potência operacional
SINGANO RJ 39
existem três possibilidades de tensão nominal de saída: 32, 63 ou 125 Vdc.
Potência de controlo
A potência de controlo pode ser de dois tipos: nominal de 24/48 Vdc ou nominal
de 120 Vac/125 Vdc. Para potência de controlo de 120 Vac/125 Vdc, pode aplicar-se a
tensão de entrada ac e dc em operações de fornecimento de energia redundantes.
FUNÇÕES DO LIMITADOR
Limitador de Subexcitação
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5.3. Caso de estudo
SINGANO RJ 41
Caso 2: Perda de 20% da tensão de campo com um carregamento de 3630kW
SINGANO RJ 42
Figura 5. 5 Representação gráfica do caso 7 na Tabela 5.2
SINGANO RJ 43
CAPÍTULO 6: PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROTECÇÃO
ANSI 40 PARA RETAGUARDA NAS UNIDADES GERADORAS DA CHM
√
Definição dos valores de base
A impedância transitória do eixo directo não saturada no SI, no secundário do relé será:
SINGANO RJ 44
A impedância síncrona do eixo directo não saturada no SI, no secundário do relé será:
Temporização:
√
Definição dos valores de base
SINGANO RJ 45
Determinação da impedância em ohm
A impedância transitória do eixo directo não saturada no SI, no secundário do relé será:
A impedância síncrona do eixo directo não saturada no SI, no secundário do relé será:
Temporização:
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Temporização:
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CAPÍTULO 7: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7.1. Conclusão
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unidades deveu-se ao facto da unidade 2 ter características semelhantes a unidade 1,
e a unidade 4 ter características semelhantes a das unidades 3 e 5, assim sendo, a
proposta pode ser aplicada a todas unidades geradoras da Central.
7.2. Recomendações
As Unidades com excitação por escova, são mais propensas a falha terra no rótor,
assim sendo, recomenda-se o seguinte:
SINGANO RJ 49
CAPÍTULO 8: BIBLIOGRAFIA
[1[ BERDY, J. "Loss of Excitation Protection for Modern Synchronous Generator". IEEE
Transactions on Power Apparatus and System, vol. 94, no.5, pp. 1457-1463,
Setembro/Outubro 1975.
[6] EDM, CHM. RPN MAV 01 MEU DC 00 436, Unidades G1 & G2- Sistema digital de
controlo de excitação Manual de Operação. Mavuzi, 2022
[7] EDM,CHM, RPN MAV 01 MKF DC 00 296, Mavuzi G1 and G2 Operation and
Maintenance Manual Technical Documentation. Mavuzi, 2022
[8] EDM, CHM. RPN MAV 01 MKC DC 00 297, Mavuzi G1 and G2 Digital Excitation
Control System – DECS-200 INSTRUCTION MANUAL. Mavuzi, 2022
[9] FILHO, João Mamede, MAMEDE, Daniel Ribeiro. 2020- Protecção de sistemas
eléctricos de potência, 2. Ed., Livros Técnicos e científicos Ltda, Rio de Janeiro.
[13] MASON, C. R. "A New Loss of Excitation Relay for Synchronous Generators".
SINGANO RJ 50
AIEE Transactions, vol. 68, 1949.
[16] Nilson, N. E. and Mercurio, J., “Synchronous Generator Capability Curve Testing
and Evaluation”, IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 9, No. 1, January 1994
[20] Walker, J. H., “Operating Characteristics of Salient-Pole Machines”, Proc. IEE, Vol.
100, 1953.
[1] BENMOUYAL, G.; CALERO, F.; GOIN, R.; HERRMANN, H. J.; OTERINO, O. M.;
MESSING, L.; MISRA, N. N.; YALLA, M. V. V. S.; YIP, T.; WROBLEWSKA,
S.."International Guide on the Protection of Synchronous Generators". A Report of
Cigré Working Group B5.04, 2011.
[5] NASAR, Sayed Abu, 1984-Máquinas eléctricas, 1. ed., editora McGraw-hill do brasil
Ltda, São Paulo
SINGANO RJ 51
APÊNDICES
SINGANO RJ APA.52
Apêndice A-Actividades desenvolvidas pelo estagiário
SINGANO RJ APA.53
APA 2- 53 Circuito de teste do núcleo do estátor do G3
SINGANO RJ APA.54
Apêndice B: Simulação do caso em estudo no Simulink, do software MATLAB
SINGANO RJ APB.55
APB 2-55 Parâmetros do bloco UNIDADE G2 representada no APB 3-56
SINGANO RJ APB.56
APB 3-56 Diagrama de blocos do Sistema de Potência da unidade geradora 2 utilizado no Simulink MATLAB
SINGANO RJ APB.57
APB 4-57 Representação gráfica do caso 0 no APB 1-54
SINGANO RJ APB.58
APB 5-58 Resultado gráfico da simulação do caso 3 em APB 1-54
SINGANO RJ APB.59
APB 6-59 Resultado gráfico da simulação do caso 5 em APB 1-54
SINGANO RJ APB.60
Apêndice C: Falha à Terra no rótor
SINGANO RJ APC.61
Apêndice D: TI’s e TP’s para protecção
SINGANO RJ APD.62
Apêndice E: interior da casa das máquinas
SINGANO RJ APE.63
ANEXOS
SINGANO RJ 64
ANEXO 1: Informações técnicas das unidas geradoras
SINGANO RJ A1.65
Anexo 2: Capacidades disponíveis da CHM
Capacidade Capacidade
Grupos Observações
instalada [MVA] disponível [MW]
SINGANO RJ A2.66
ANEXO 3: Unidade DECS 200
SINGANO RJ A3.67
ANEXO 4: Limites operativos das maquinas em regime permanente e sob condicoes pré-determiadas
SINGANO RJ A4.68
Figura A4- 2 Curva de operação da unidade geradora 4 da CHM
Fonte: (CHM, 2022)
SINGANO RJ A4.69
ANEXO 5: Registo de eventos
SINGANO RJ A5.70
ANEXO 6: Perfil Hidráulico
SINGANO RJ A6.71