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TEMA: MARIA, RAINHA DA PAZ: MODELO DE VOCAÇÃO E MISSÃO

LEMA: “CORAÇÕES ARDENTES, PÉS A CAMINHO” (CF. LC 24, 32-33).

TEXTO ILUMINADOR:

Para nós, Maria, além de Esposa do Espírito, é a Rainha da Paz. Este título de
Maria evoca as aparições de Medjugorje. Tais aparições tenham sido de grande
importância no início de nossa caminhada, como afirma nosso fundador: “Junto a eles
está a Rainha da Paz, como Maria se intitula nas aparições de Medjugorje, na
Iugoslávia. Antes mesmo de conhecer o conteúdo de sua mensagem nestas aparições,
Deus já colocava em meu coração que a Rainha da Paz tinha muito a nos falar. Foi
grata a surpresa de ver enunciado em sua mensagem o muito que Deus já colocara em
nossa vocação. Apeguemo-nos profunda e verdadeiramente Àquela que é a Esposa do
Espírito Santo e imploremos sua intercessão para que Ele gere em nossos corações
o Amor Esponsal a seu Filho Jesus” (Escrito Amor Esponsal, 15).
Por outro lado, o título de Rainha da Paz na tradição da Igreja ultrapassa em
muito as aparições da Iugoslávia. Para nós, tornou-se o símbolo da Mãe que exorta à
oração: Não haverá novo se não houver uma profunda vida de oração em cada um de
nós! A cada dia isto se torna mais real para mim. A Rainha da Paz (Medjugorje) que
fale por nós! (Escrito Obra Nova, 5).
Além do inequívoco apelo à vida de intensa oração, a Rainha da Paz foi, nos inícios
de nossa caminhada, indicação de que poderíamos servir a Deus em qualquer estado de
vida e que nosso chamado ao Amor Esponsal independia deste estado, como o
fundador expressa no Escrito Estados de Vida: “Abertos a outros caminhos, à vocação
(= estado de vida) que o Senhor tem para nós, querendo buscar a verdade para a qual
Ele nos criou e não aquilo que já colocamos em nossa cabeça e não temos a coragem
de entregar em Suas mãos, estaremos no rumo certo da felicidade. Consola-me ouvir a
este respeito as declarações da Rainha da Paz, em Medjugorje”.
O lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33) fala do coração e dos
pés. Recorda os discípulos de Emaús. O coração que arde ao escutar a Palavra do
Ressuscitado e os pés que se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo.
Como afirma o apóstolo Paulo, o amor de Cristo conquista-nos e impele-nos (cf. 2
Cor 5, 14). Trata-se aqui do duplo amor: o de Cristo por nós que apela, inspira e suscita
o nosso amor por Ele. E é este amor que torna sempre jovem a Igreja em saída, com
todos os seus membros em missão para anunciar o Evangelho de Cristo, convencidos de
que «Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si
mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou» (2 Cor 5, 15). Todos
podem contribuir para este movimento missionário: com a oração e a ação, com ofertas
de dinheiro e de sofrimento, com o próprio testemunho. Assim como aqueles dois
discípulos narraram aos outros o que lhes tinha acontecido pelo caminho (cf. Lc 24, 35),
assim também o nosso anúncio há de ser uma jubilosa narração de Cristo Senhor, da sua
vida, da sua paixão, morte e ressurreição, das maravilhas que o seu amor realizou na
nossa vida.
Portanto saiamos também nós, iluminados pelo encontro com o Ressuscitado e
animados pelo seu Espírito. Saiamos com corações ardentes, olhos abertos, pés ao
caminho, para fazer arder outros corações com a Palavra de Deus, abrir outros olhos
para Jesus Eucaristia, e convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da
salvação que Deus, em Cristo, deu à humanidade.

SUBTEMAS PARA MEDITAÇÕES DA NOITE

 1° NOITE: MARIA MODELO DE PACIÊNCIA

A trajetória de nossa Boa Mãe foi repleta de provações e sofrimento, mas ela
suportou seu caminho com muita paciência. Imagine o quanto foi doloroso para nossa
Mãe ver seu filho na cruz, por exemplo. A maneira como soube confiar em Deus o seu
destino é uma virtude de Maria que nos serve como inspiração.

 2° NOITE: MARIA MODELO DE ORAÇÃO

A mãe de Jesus buscava o silêncio e a contemplação em suas orações na sua eterna


busca da aproximação com Deus. E assim, teve Deus ao seu lado em toda a sua vida.
Um exemplo de como levar o Senhor conosco, em nossos corações e em todas as horas
e lugares.

 3° NOITE: MARIA MODELO DE OBEDIÊNCIA

Além disso, Maria foi também exemplo de obediência obediente aos anseios de
Deus, que incubiu a ela uma missão extraordinária: dar à luz ao Salvador. Disse “sim”
ao Senhor, o obedeceu em tudo, respeitando de livre e espontânea vontade a autoridade
e os planos divinos.

 4° NOITE: MARIA MODELO DE AMOR MATERNO

A humanidade inteira cabe no amor que Maria sente por cada um de seus filhos. Ao
passo que se tornou a mãe de Jesus, aceitou também a missão de cuidar de cada um de
nós, que somos irmãos de Cristo e filhos de Maria. Dessa maneira, o amor com a força
da alma nos chega e nos toca, nos inspirando a imitar suas virtudes e cuidar do nosso
espaço dentro do coração de Maria.

 5° NOITE: MARIA MODELO DE MORTIFICAÇÃO

Essa é uma virtude de Maria que representa toda sua coragem sobre o doloroso
momento de ver seu próprio filho na cruz. Ainda assim, nossa mãe abraçou sua vida,
repleta de sofrimentos e provações e por meio dessa atitude deu mais uma demonstração
de seu imenso compromisso às causas de Deus.

 6° NOITE: MARIA MODELO DE DOÇURA

A nossa Mãe Maria é a rainha dos anjos e sua doçura angelical é incomparável.
Colocou sua delicadeza e carinho à disposição da humanidade e, como resultado,
conquistou o amor de todos os seus filhos. E essa é, portanto, mais uma virtude que nos
inspira a seguir os passos de nossa Boa Mãe.

 7° NOITE: MARIA MODELO DE FÉ VIVA

Não podemos esquecer do exemplo de fé que Maria nos deixou. Desde o


recebimento da mensagem de que seria a mãe do Filho de Deus, ela se manteve firme e
com uma confiança inabalável nos planos do Senhor. Viveu com máxima intensidade
seu destino e as dificuldades que se apresentaram ao longo de sua vida terrena. Essa
virtude de Maria nos leva a refletir a grandiosidade do modelo deixado por nossa Mãe a
nós, os seus filhos.

 8° NOITE: MARIA MODELO DE IGREJA

Somente uma vez Lucas fala de Maria depois da Ascensão: “Todos perseveravam
unânimes na oração, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus”
(Atos 1,14). Dois termos significativos: a perseverança e a concórdia. Nessa perfeita
caridade, Maria está presente, partícipe da perseverança, da concórdia e oração.
Continuando com a visão de Lucas, anteriormente indicada, pode-se afirmar que Maria
é o modelo do discípulo e do crente que persevera na fé, vive em concórdia com os
irmãos e em comunhão com o Senhor por meio da oração confiante.

 9° NOITE: MARIA MODELO DE ACOLHER E MEDITAR A PALAVRA


DE DEUS

Maria medita a Palavra de Deus no seu coração. Para Lucas, ela é aquela que acolhe
a Palavra de Deus, acredita n’Aquele que falou e a guarda no seu coração, meditando-a.
Essa é a atitude de Maria, depois da visita dos pastores (2,19) e do reencontro com
Jesus, com 12 anos de idade, no Templo (2,51). Mas a mesma expressão se encontra
quando Jesus responde à mulher que proclamava: “Feliz o ventre que te trouxe e os
seios que te amamentaram” (11,27). Vamos continuar lendo: “Mas ele respondeu:
“Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (11,28). Interessante, a
esse respeito, é o comentário que fez Santo Agostinho. “Mãe e discípula ao mesmo
tempo”, e acrescentava com ousadia que ser discípula, para ela, foi mais importante do
que ser Mãe, nestes termos: “Santa Maria fez a vontade do Pai e a fez totalmente, por
isso foi mais importante para Maria ter sido discípula do que Mãe de Cristo” (Sermão
72A,7).

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