Você está na página 1de 2

2º Domingo da Páscoa – Ano A – 2023

Revm... caros fiéis, Fomos acompanhando ao longo desta semana, os primeiros momentos após
a Ressureição de Nosso Senhor, que celebramos Domingo passado. Tendo Cristo vencido a morte,
escutamos os primeiros efeitos, as primeiras reações dos Apóstolos e discípulos, ao contemplarem o
Cristo Ressuscitado, podemos até dizer, irem recuperando a Fé no Cristo novamente, esta fé que em
muitos se encontrava abalada, após a Paixão e Morte de Nosso Senhor. E a liturgia desde 2º Domingo
do Tempo Pascal, continua a apresentar as experiências vividas com o ressuscitado, e a forma que a
Igreja vai se edificando a partir disso.
Na primeira leitura, retirada do livro dos Atos dos Apóstolos, acompanhamos o Nascimento da
Santa Igreja, os seus primeiros passos, conduzidos pelo Espírito do Ressuscitado. Olhar para o
nascimento da Igreja é para nós motivo de grande alegria. Além de ser um grande motivo de alegria,
deve provocar em nós um exame de consciência: enquanto Igreja de Cristo que somos hoje, alegres
por cada ano contemplar as maravilhas operadas pelo Ressuscitado, buscamos viver com a mesma
disposição e radicalidade dos primeiros cristãos ? Somos nós hoje assíduos ouvintes dos ensinamentos
dos Apóstolos (seus sucessores), nas nossas orações, somos realmente capazes de reconhecer e ajudar
a sanar as necessidades daqueles que vivem ao nosso redor, de se importar realmente com as
pessoas? É preciso ir além da esmola... é preciso ir além de dar um pedaço de pão! É preciso levar a
Boa Nova, conduzir à conversão. É pelas boas obras que realmente se provará nossa vida de fiéis
seguidores do Ressuscitado.
Com o Salmista demos graças ao Senhor porque Ele é Bom! Eterna é a sua Misericórdia! Eterno
é seu amor e interesse por cada um de nós, que fomos comprados com seu sangue precioso.
Resgatados das mãos da morte...
São Paulo na 2ª Leitura, nos recorda que pela Ressureição de Jesus Cristo nascemos de novo,
para a verdadeira vida, somos herdeiros de uma herança que não perece: o Céu. Fomos guardados
para a Salvação. Isso é motivo de verdadeiro Júbilo! São Paulo ainda adverte, Atenção! seremos
provados! Sofreremos provações! Como o ouro precisa passar pelo fogo, também é necessário que
sejamos purificados pelas provações, a fim de abraçarmos mais fortemente nossa Cruz, e confiar mais
em Deus e esperarmos somente Nele; para que assim alcancemos a Glória que não passa. Nós não
Vimos o Senhor Ressuscitado, mas nos alegramos com o testemunho daqueles que O viram, pelos
prodígios que o Ressuscitado operou e ainda opera em nosso meio.
No Evangelho, vemos a profissão de Fé de Tomé, conhecido como aquele que precisou ver,
tocar para acreditar. São Gregório nos diz: “[...] a Clemência celestial conduziu tudo de maneira
espantosa para que este discípulo incrédulo quando tocasse seu Mestre, sarasse em nós as feridas
da infidelidade. Vemos por esta explicação que nada escapa da providência divina, podemos dizer com
certeza que fora necessário este acontecimento para que hoje nós deixássemos de lado toda a
confusão e dúvida para Crer com toda força na Ressureição. Continua São Gregório: “[...] Com efeito, a
infidelidade de Tomé aproveitou mais à nossa Fé que a fé dos discípulos que creram; (e essa parte eu
considero decisiva da citação) pois a medida que ele (Tomé) é reconduzido à fé pelo toque, nossa
mente põe de lado toda dúvida e é consolidada na Fé!
Caros fiéis, assim como crer ingenuamente e de qualquer jeito é marca de leviandade, do
mesmo modo afundar-se em investigações orgulhosas e sem fim é próprio da mente grosseira. Por isso
Tomé foi repreendido, porque buscava apoiar sua fé no mais grosseiro dos sentidos, o tato, e nem
mesmo em seus olhos confiava.
Hoje nós podemos sentir Nosso Senhor que nos vem na Eucaristia, quando escutamos Sua
Palavra, diante das situações difíceis como São Paulo recordou que teremos. Ao senti-lo, ao termos
consciência de sua presença, não deve haver espaço para dúvida, porque temos visto tantas
maravilhas por Ele operadas. É preciso com toda confiança repetir: Meu Senhor e Meu Deus!
Por Fim, tenhamos sempre presente a seguinte sentença: a Fé é o fundamento das coisas que
se esperam, e o argumento das que não se vêem. Bem Aventurados os que crerem ser ter vistos! Estas
palavras são dirigidas a cada um de nós hoje, e devem nos encorajar. Embora não tenhamos visto
Cristo na Carne, o guardamos, todavia, na mente, desde que, é claro, acompanhemos com obras a
nossa Fé: com efeito, o verdadeiro fiel é aquele que pratica com obras o que crê.
Peçamos esta Graça, de agora restaurados pela Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo,
realizar em nossas vidas os Mistérios que celebramos! Permitamos o Cristo Ressuscitado Iluminar
nossa vida, e por nossas vidas: o mundo inteiro.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo !

Você também pode gostar