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A capacidade dos seres humanos em calcular

quantidades nos mais variados modos foi um dos


fatores que possibilitaram o desenvolvimento da
matemática e da lógica. Nos primórdios da
matemática e da álgebra, utilizavam-se os dedos das
mãos para efetuar cálculos até a invenção dos
computadores. Eles são máquinas capazes de
realizar vários cálculos automaticamente, além de
possuir dispositivos de armazenamento e de entrada
e saída. Mas para chegar em que são atualmente,
os computadores passaram por algumas gerações:
A primeira Geração:

No site: https://introducao-a-informatica.webnode.com/ o
autor destaca os computadores da primeira geração:
Os computadores da primeira geração não contavam com
uma linguagem padronizada de programação. Ou seja,
cada máquina possuía seu próprio código e, para novas
funções, era necessário reprogramar completamente o
computador.

Alguns Destaques da 1ª Geração


(1940-1952)
• Mark I
• Eniac
• Valvulas
• Programação através de fios
• Utilização de linguagem de máquina

• Mark I
O MARK I era um computador, totalmente electromecânico, construído em
1944 pelo professor Howard Aiken da Universidade de Harvard em Cambridge
U.S.A
Tinha cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e uma
massa de cerca de 5 toneladas. Quando em funcionamento, diz-se que
reproduzia o ruido de uma grande sala cheia de de velhinhas todas a tricotar ao
mesmo tempo.
A memória e os totalizadores compreendiam 3.000 engrenagens com 10
"dentes", 1.400 comutadores rotativos e tudo era ligado por cerca de 800 Km
de condutores eléctricos. O MARK I trabalhava números com 23 decimais e
realizava as quatro operações aritméticas. Dispunha ainda de subrotinas
integradas que calculavam funções logarítmicas e trigonométricas.
Quando em Maio de 1944, o MARK I é inaugurado, a polémica entre a
Universidade de Harvard, em sintonia com Aiken, e a ibm era tal que Thomas
Watson ("patrão" da ibm) não foi convidado para a cerimónia. Como resultado
desta polémica o computador teve dois nomes de baptismo: MARK I, ou ibm
Automatic Sequence Controlled Calculator (ASCC).
Ao MARK I seguiu-se uma versão totalmente electrónica denominada MARK II,
também construida pelo professor Aiken, que começou a funcionar em 1947

• Eniac
 
Desenvolvido a pedido do exército dos EUA para seu laboratório de pesquisa
balística, o ENIAC era um monstrengo de 30 toneladas de peso que ocupava
uma área de 180 m² de área construída. Sua produção custou nada menos do
que US$ 500 mil na época, o que hoje representaria aproximadamente US$ 6
milhões e a máquina contava com um hardware com 70 mil resístores e 18 mil
válvulas de vácuo que em funcionamento consumiam vorazmente 200 mil watts
de energia. Já seu “sistema operacional” eram cartões perfurados que eram
operados por um time de funcionárias do exército – o que de quebra as
classifica como as primeiras programadoras que se tem notícia. Sua
construção de iniciou em plena guerra, em 1943, e apesar de ser mostrado em
46 só foi ser ligado pela primeira vez em julho de 47.
Apesar de ter uma capacidade de operação menor do que qualquer
calculadora de mão moderna, durante seus 10 anos de operação o ENIAC
“realizou mais contas do que toda humanidade já havia feito em sua história”.
No final de sua carreira, um concorrente com o dobro da capacidade custava o
equivalente a US$ 200 mil e tinha apenas 10% de seu tamanho.

Linguagem de máquina

Para os humanos a interação não seria completamente nada sem o alfabeto e


os números não é mesmo?
Mas atualmente com os computadores isso é um pouco diferente. Chamada de
"linguagem binaria", os famosos 1 e 0 é o que dão origem a essa linguagem.
Durante a 1ª Geração a programação era feita diretamente em linguagem de
máquina que além de difícil era demorado.
As operações de cálculos eram realizadas em  milissegundos. Realizando
39.000 adições/segundos. 
Era constituída por todos os  computadores construídos a base de válvulas a
vácuo, e que eram aplicados em campos  científicos e militares. A única forma
de armazenar dados era através de cartões perfurados. 
Alguns Destaques da 2ª Geração

 (1953-1964)
• Tecnologia:Transistor e Memórias Magnéticas
• Primeiras Linguagens de Programação: Assembly,Fortran,Cobol
• Primeiros sistemas operacionais
• Dispositivo de E/S:cartões perfurados e fitas magnéticas

Transistor e a redução dos computadores

Em meados de 1947 e 1948, os estudos realizados por Willian Shockley, Jonh


Bardeen e Walter Brattain, levam ao aparecimento de um novo componente
que revolucionou o mundo da eletrônica e da informática: Transistor.
Desenvolvido em 1952 pela Bell Laboratories, o Transistor passou a ser um
componente básico na construção de computadores, assinalando o início da
Segunda Geração de Computadores. Este componente baseava-se nas
propriedades semicondutoras de alguns elementos tais como o germânio e o
silício, representando assim uma versão de válvula em estado sólido. Suas
principais vantagens sobre a válvula: tamanho reduzido, menor dissipação de
calor, menor consumo de energia elétrica, apresentava maior velocidade de
operação, mais confiável e sujeito a menores danos mecânicos, mais
econômicos.

Linguagem de programação

Nesta geração de computadores inicia-se a imposição do termo Software para


a parte lógica da informática, composta basicamente por programas e dados, e
Hardware, para a parte física da informática, composta por discos, máquinas,
cabos entre outros. Se houve uma crescente evolução nos computadores em
termos de hardware, também o mesmo aconteceu com as linguagens de
programação desde o ENIAC. Até então a programação era feita em linguagem
de máquina, classificada como linguagem de baixo nível, por razão de muito se
distanciar da linguagem utilizada por nós. Além de a codificação ser feita toda
de acordo com o sistema binário, não apresentava nenhuma facilidade para ser
projeta, editada e ser efetuada manutenção de programas. 
Estas linguagens foram substituídas pelas linguagens de montagem,
conhecidas como Assembly, que contém a mesma instrução das linguagens de
máquina, só que representadas por uma sequencia de códigos simbólicos, que
se convencionou chamar de mnemônicos. A vantagem que esta linguagem
apresentou sobre as linguagens de máquina foram que ao invés de utilizar uma
seqüência numérica desde o seu desenvolvimento, passaram a ser
desenvolvidas através do formato de códigos, que permitiram uma melhor
visualização, aumentando a confiabilidade, eficiência e rapidez no seu
desenvolvimento. 
Porém ainda que a linguagem Assembly tenha proporcionado um grande
avanço tecnológico, manteve a certas dificuldades como, por exemplo, o fato
de que os programas só poderiam ser executados em computadores com o
mesmo sistema operacional, do qual o programador era obrigado conhecer
detalhes. Embora possuíssem as dificuldades apresentadas acima, as
linguagens de montagem são utilizadas até hoje, mais precisamente no
desenvolvimento de software básico, mas desde meados da década de 90, o
seu uso decaiu de maneira drástica. Visando uma solução menos complicada,
surgiram anos após as linguagens de Alto Nível. Dentre as primeiras podemos
destacar a Fortran e a Cobol. 

Sistema operacional

O sistema operacional permite a organização dos processos criando a interfase


necessária para que os elementos como, teclado, mouse, monitor, memória,
HD, processador e demais periféricos, sejam controlados e utilizados por um
usuário final.
Os sistemas operacionais são parte fundamental dos computadores, são
responsáveis por organizar os processos (programas), que estão sendo
executados pelo processador, criando uma fila de processos que garante que
todos receberão sua parcela de processamento.

Existem diversos tipos de Sistemas Operacionais

Sistema operacional é o software responsável pela criação do ambiente de


trabalho da máquina. Sendo a camada intermediária entre o aplicativo e o
hardware da máquina. Além de organizar o controle de processos da CPU.
 
 Sistemas Monotarefas
Os primeiros sistemas operacionais eram capazes de executar apenas uma
tarefa de cada vez, o que causava o travamento da máquina ate o processo
desocupar o processador.
 
Sistemas Multitarefas
Permite ao sistema realizar diversas tarefas simultaneamente em um único
processador. Na verdade, ele divide o uso do processador de acordo com as
necessidades do sistema, afim de manter todas as tarefas em execução ao
mesmo tempo.
 
Sistemas Multiprocessadores
Sistemas formados pela combinação de 2 ou mais processadores o que
permite uma melhor distribuição dos cálculos acelerando os processos e
disponibilidade do sistema.
 
Sistemas embarcados
São sistemas direcionados para máquinas pequenas e aparelhos autônomos
como computadores de bordo e sondas espaciais. Geralmente possuem a
capacidade de trabalhar com recursos limitados.
 
Sistema em tempo Real
Sistemas geralmente utilizados na indústria, com precisão quanto a questão do
tempo de resposta e execução das tarefas.  Esses sistemas não podem
apresentar falhas, pois muitos recursos podem depender de seu
funcionamento, e algumas vezes até vidas humanas.
Sistemas Operacionais podem ser criados para funções específicas como
sistemas multiusuários, servidores, dispositivos portáteis, redes, controle de
máquinas e sistemas distribuídos.

Os primeiros sistemas operacionais

Década 50 – O conceito de sistema operacional apareceu durante a segunda


geração da computação moderna (1955 – 1965), desenvolvido pela GM
Laboratories  para o computador IBM 701 através da programação em Batch
que utilizava cartões perfurados e depois fitas magnéticas.
1961 –  O grupo do pesquisador Fernando Corbató, do MIT, anuncia o
desenvolvimentodo CTSS – Compatible Time-Sharing System, o primeiro
sistema operacional que possuía compartilhamento de tempo.
1965 – A IBM lança o OS/360, um sistema operacional avançado, com
compartilhamentode tempo e excelente suporte a discos.1965 : um projeto
conjunto entre MIT, GE e Bell Labs define o sistema operacionalMultics, cujas
idéias inovadoras irão influenciar novos sistemas durante décadas.
1969 –  Ken Thompson e Dennis Ritchie, pesquisadores dos Bell Labs, criam a
primeiraversão do UNIX.
1981 –  A Microsoft lança o MS-DOS, um sistema operacional comprado da
empresaSeattle Computer Products em 1980.
1984 –  A Apple lança o sistema operacional Macintosh OS 1.0, o primeiro a ter
umainterface gráfica totalmente incorporada ao sistema.
1985 –  Primeira tentativa da Microsoft no campo dos sistemas operacionais
com interfacegráfica, através do MS-Windows 1.0.
1987 –  Andrew Tanenbaum, um professor de computação holandês,
desenvolve umsistema operacional didático simplificado, mas respeitando a
API do UNIX, quefoi batizado como Minix.
1987 –  IBM e Microsoft apresentam a primeira versão do OS/2, um sistema
multitarefadestinado a substituir o MS-DOS e o Windows. Mais tarde, as duas
empresasrompem a parceria; a IBM continua no OS/2 e a Microsoft investe no
ambienteWindows.
1991 –  Linus Torvalds, um estudante de graduação finlandês, inicia o
desenvolvimentodo Linux, lançando na rede Usenet o núcleo 0.01, logo
abraçado por centenas deprogramadores ao redor do mundo.
1993 –  A Microsoft lança o Windows NT, o primeiro sistema 32 bits da
empresa.
1993 –  lançamento dos UNIX de código aberto FreeBSD e NetBSD.
2001 –  Apple lança o MacOS X, um sistema operacional derivado da família
UNIXBSD.
2001 –  Windows XP.
2004 –  Núcleo Linux 2.6.c
2006 –  Windows Vista
2009 – Windows 7
Cartões perfurados e fitas magnéticas

 
São muitas as histórias que se contam da era do cartão perfurado. Herman
Hollerith criou a tabulating machine (máquina de tabular) em 1890, nos Estados
Unidos, e testou os cartões perfurados no censo norte-americano desse ano,
obtendo enorme sucesso. Sua técnica foi então exportada para a Rússia,
Áustria, Canadá, França, Noruega, Porto Rico, Cuba e Filipinas. Em 1924, a
Computing-Tabulating-Recording Company (CTR), resultado de uma fusão da
empresa de Hollerith com duas outras, se transformou na International
Business Machines Corporation (IBM), que trouxe as primeiras máquinas de
tabular para o Brasil na década de 1960.O volume de informações que o
Serpro processava para a Receita Federal era muito maior do que imaginavam
os criadores dos primeiros sistemas. E surgiram no Brasil algumas invenções
para racionalizar o trabalho: é o caso do concentrador de teclados, uma só
máquina recebendo dados de 32 teclados, simultaneamente. As digitadoras – a
maioria, mulheres – ficavam numa espécie de estrela formada pelas mesas
dispostas em círculo. Para quem viveu nessa época, o equipamento era
chamado STV- 1600 “telinha e telão”.
 
A fita K7, também chamada de fita magnética, era utilizada por ser considerada
uma das maneiras mais viáveis, ou seja, mais baratas, de armazenar
informação. Essas informações poderiam ser textos, fotografias e sons. A
tecnologia da gravação magnética era utilizada nos gravadores de fita K7,
disquetes, discos rígidos e cartões magnéticos, mais conhecidos como cartões
de créditos.
Fita magnética é uma mídia de armazenamento não-volátil que consiste em
uma fita plástica coberta de material magnetizável. A fita pode ser utilizada
para registro de informações analógicas ou digitais, incluindo áudio, vídeo e
dados de computador.
As fitas cassete (K7) possuem uma camada muito fina de partículas
magnéticas formadas pelos elementos Fe2O3 ou Cr2O3, com a finalidade de
armazenar as informações, nelas gravadas, na forma de regiões magnetizadas.
As partículas magnéticas possuem tamanhos muito pequenos, de apenas
alguns micrômetros e consistem de uns poucos domínios magnéticos.
 

Alguns Destaques da 3ª Geração

(1965-1971)
•Tecnologia:Circuitos Integrados(CI)
•IBM/360(mainframe)
•Multiprogramação
•Surgimento do UNIX
•Grande variaçao na capacidade de memória
•Avanço nos periféricos de entrada e saída
•Dispositivos de E/S:terminal de vídeo,teclado,disco magnético
 
• Circuitos Integrados

 
O emprego de materiais de silício, com condutividade elétrica maior que a de
um isolante, mas menor que a de um condutor, foi chamado de semicondutor.
Esse novo componente garantiu aumentos significativos na velocidade e
eficiência dos computadores, permitindo que mais tarefas fossem
desempenhadas em períodos de tempo mais curtos.
Com a terceira geração dos computadores, surgiram também os teclados para
digitação de comandos. Monitores também permitiam a visualização de
sistemas operacionais muito primitivos, ainda completamente distantes dos
sistemas gráficos que conhecemos e utilizamos atualmente.
 
 
Apesar das facilidades trazidas pelos semicondutores, os computadores dessa
geração não foram reduzidos, sendo que um dos modelos de mais sucesso (o
IBM 360, que vendeu mais de 30 mil unidades) chegava a pesar mais do que
os antecessores. Nessa época (final da década de 1970 e início da década de
1980) os computadores passaram a ser mais acessíveis.
Outro grande avanço da terceira geração foi a adição da capacidade de
upgrade nas máquinas. As empresas poderiam comprar computadores com
determinadas configurações e aumentar as suas capacidades de acordo com a
necessidade, pagando relativamente pouco por essas facilidades.
 
• IBM/360(mainframe)

 
O IBM System/360 (S/360) constitui-se numa família de mainframes lançada
pela IBM em 7 de abril de 1964. Foi a primeira família de computadores a fazer
uma distinção clara entre a arquitetura e a implementação, permitindo que a
IBM lançasse um conjunto de projectos compatíveis em várias faixas de preço.
Foi comercialmente muito bem-sucedido, permitindo que os consumidores
comprassem um sistema menor sabendo que sempre poderiam migrar para um
modelo mais avançado em caso de necessidade. O projecto é considerado por
muitos como sendo um dos mais bem-sucedidos da história dos computadores,
influenciando o desenho de novas máquinas por anos a fio. O responsável pela
arquitetura do S/360 foi Gene Amdahl.
 
Um dos primeiros computadores a utilizar circuitos integrados foi o IBM/360,
lançado em 1964.
1964 – A “IBM”, sob a influência do programa espacial americano, lançou, em 7
de abril de 1964, a primeira máquina da família criada por Gene Amdahl,
chamada IBM System 360. Esses computadores foram projetados para
finalidades comerciais e marcaram a tendência de usar circuitos integrados (CI)
ou pastilhas, que ficaram conhecidas com chips.
 
O 360 incluía um processador central e muitos periféricos, determinando várias
opções de expansão. Ou seja, o 360 foi o primeiro a apresentar o conceito de
modularidade: o comprador poderia adquirir diferentes módulos, conforme suas
necessidades. Essa flexibilidade permitiu que várias empresas comprassem
seu primeiro computador.
 
 
• Multiprogramação
Os sistemas anteriores só se tornaram possíveis através da utilização dos
mecanismos de interrupção que permitem multiplexar o processador entre
diversas atividades executadas concorrentemente. As atividades concorrentes
não tem que se restringir apenas a um programa e a tarefas de E/S, podendo
facilmente pensar-se na existência simultânea de vários programas utilizadores
em memória.
A execução concorrente de vários programas permite otimizar a utilização da
unidade central.
É evidentemente preferível, depois de lançar a operação de acesso ao disco,
retirar o programa de execução e permitir que um outro utilize o processador. O
acesso ao disco será executado em paralelo por rotinas do sistema que gerem
uma interface hardware, normalmente designada por controlador de disco, que
implementa o protocolo de controlo das unidades físicas de disco. O tempo
necessário para o posicionamento das cabeças de leitura do disco e de
transferência de dados pode ser utilizado por outro programa. Esta solução
torna o sistema multiprogramado permitindo que diversos programas estejam
simultaneamente cativos 
A multiprogramação só é eficaz se os diversos programas residirem na
memória central, pois só assim a mudança de contexto se poderá processar
rapidamente. 
 
A quarta geração teve início em 1971, quando a Intel
lançou o primeiro microprocessador, o Intel 4004,
muito mais potente que os circuitos SSI e MSI de até
então, e só terminou em 1981 com o lançamento dos
circuitos ULSI (Circuitos de Escala Ultra Grande).
 
Alguns Destaques da 4ª Gerações
(1972-1980)
• Tecnologia:Microprocessadores
• Inicio da ultilização do disquete como unidade de armazenamento.
• Surgimento de grande quantidade de linguagens de programação.
 

• Microprocessadores
O microprocessador Intel 4004 trabalhava com 4 bits, clock de 740khz e
possuía certa de 2300 transistores, podendo calcular até 92 mil instruções por
segundo, capacidade de processamento equivalente ao ENIAC em 1946. No
começo da década de 70 ele era usado em calculadoras eletrônicas.
No ano seguinte, a Intel lançou o 8008, primeiro microprocessador de 8 bits,
com barramento externo de 14 bits, capaz de endereçar 16 KB de memória e
com clock de 0,8 MHz.
Em 1974 saiu um novo modelo, o 8080, que ainda era de 8 bits, mas conseguia
executar, com limitações, operações de 16 bits. Seu clock era de 2MHz e
endereçava centenas de milhares de operações por segundo, até 64KB de
memória. Seu objetivo inicial era controlar mísseis. 3
 
• Disquete
O disquete, como o conhecemos hoje, foi inventado em 1737 (junto com a
pochete masculina) por Felipios Pierreis Conteinêr, na antiga provincia dos
Mozzilas (que hoje fica no continente que chamamos de *Firefox*). Muitos
acham que quem inventou o disquete foi Dioguito Moralito, chefe de Felipios,
mas trata-se de uma grave infâmia.
Foi em meados de 1801 que o disquete começou a ser usado com o vigor que
é ainda hoje. Virou objeto hype, citado em várias musicas de Caetano Veloso.
Felipios Pierreis Conteinêr não chegou a se dar conta do sucesso de seu maior
invento, pois estava travando uma ferrenha briga judicial com Dioguito Moralito
acerca da paternidade da invenção da carroça de boi.
O Disquete continua tendo as mesmas caracteristicas de quando foi inventado:
pretinho, pequeno, fácil de perder, fácil de quebrar, temperamental e prestativo.
Felipios Pierreis Conteinêr recebe até hoje os royaltes de sua invenção, com os
quais compra revistas de HQ adulto.
 

 
• Linguagens e sistemas de programação
Com o avanço da tecnologia e com o uso dos microcomputadores, os preços
dos computadores caíram e muitas pessoas começaram a ter acesso a eles.
Mas a interface para o usuário precisava ser menos complexa, por isso
começaram a surgir os sistemas operacionais.
Os primeiro Sistemas Operacionais foram os Monousuários e monotarefa,
criados para que o usuário pudesse executar uma única tarefa por vez. Estes
sistemas se caracterizam por permitir que os recursos da máquina
(processador,memória e periféricos) fiquem alocados exclusivamente para uma
tarefa. O MS-DOS, sistema operacional para computadores baseados no IBM
PC, e o Palm OS dos computadores Palm são exemplos de sistemas
Monousuário e monotarefa.
O MS-DOS da Microsoft e o UNIX foram sistemas operacionais que tiveram um
amplo uso nos computadores pessoais. Depois o surgiu o Windows que a
princípio era mais uma shell do que um S.O., mas então surgiu o Windows95,
que substituiu de vez o uso do MS-DOS.
Em 1972 surge a primeira versão do C, criada por Dennis Ritchie nos
laboratórios Bell para ser incluído nos softwares a serem distribuídos
juntamente com o sistema operacional Unix do computador PDP-11, na equipe
certificada por Ken Thompson. Por muitos anos, a sintaxe utilizada como
padrão da linguagem C foi a fornecida com o UNIX versão 5.0 do Bell Labs.
Em 1979 surgiu uma versão expandida de C, inventada por Bjarne Stroustrup
no Bell Laboratories em Nova Jersey, para suprir a complexidade e o tamanho
que os programas começaram a requisitar. Inicialmente a nova linguagem foi
chamada de "C com classes"
Os sistemas, que até então usavam sistemas de arquivos do S.O. para
armazenar suas informações, passaram a utilizar Sistemas de gerenciamento
de banco de dados (SGBD), surgidos nessa mesma década.

A Quinta Geração de Computadores tem como característica a simplificação e


miniaturização do computador, além de melhor desempenho e maior
capacidade de armazenamento. O marco nesta evolução, para chegarmos aos
computadores como conhecemos hoje, foi a invenção dos sistemas
operacionais, dos quais o Windows é um exemplo. Estes sistemas permitem
que vários programas estejam rodando ao mesmo tempo, conferindo grande
flexibilidade ao uso do computador.
Por conta disso tudo, os computadores começaram a se tornar mais baratos,
mais "amigáveis" e mais "úteis" às pessoas comuns. Por isso, sobretudo a
partir da década de 80, os computadores começaram a se popularizar, e hoje
são realidade para milhões de pessoas no mundo inteiro
 
Alguns Destaques da 5ª Geração

(1980-????)
• Surgimento dos PC's
• Surgimento do DOS
• Expansão da Internet
• Inteligência Artificial
• Sistemas Operacionas de Interface Gráfica
• Arquiteturas Paralelas
 
• Surgimento dos PC's

O primeiro PC foi lançado pela IBM em 1981 e tinha uma configuração


bastante modesta, com apenas 64 KB de memória, dois drives de disquetes de
5¼, um monitor MDA somente texto (existia a opção de comprar um monitor
CGA) e sem disco rígido. O preço também era salgado, 4000 dólares da época.
A Apple havia lançado o Apple III poucos meses antes do PC. Os dois
equipamentos bateram de frente, pois disputavam o mesmo mercado e Apple
III acabou levando a pior, apesar da sua configuração não ficar devendo à do
PC e o preço dos dois ser quase o mesmo. O Apple III vinha com 128 ou 256
KB de memória, dependendo da versão, um processador Synertek 6502A de 2
MHz e drive de disquetes de 5¼. O grande pecado foi o uso de um barramento
de expansão proprietário, o que limitou as possibilidades de upgrade aos
acessórios oferecidos pela própria Apple, uma característica que acabou sendo
a grande responsável pela supremacia do PC.
A Apple havia lançado o Apple III poucos meses antes do PC. Os dois
equipamentos bateram de frente, pois disputavam o mesmo mercado e Apple
III acabou levando a pior, apesar da sua configuração não ficar devendo à do
PC e o preço dos dois ser quase o mesmo. O Apple III vinha com 128 ou 256
KB de memória, dependendo da versão, um processador Synertek 6502A de 2
MHz e drive de disquetes de 5¼. O grande pecado foi o uso de um barramento
de expansão proprietário, o que limitou as possibilidades de upgrade aos
acessórios oferecidos pela própria Apple, uma característica que acabou sendo
a grande responsável pela supremacia do PC.
Em 1984 já existia também a primeira versão do Windows, que era uma opção
para os usuários de PCs interessados em rodar uma interface gráfica.
 

 
• Expansão da Internet
Na atualidade, a internet ocupa um espaço assombrosamente titânico nas
nossas vidas, tanto na esfera pessoal, como profissional. Aliás, tudo o que se
possa dizer sobre este tema em particular resultará num enorme lugar-comum,
uma vez que o fenómeno já foi entranhado e infinitamente pensado. A sua forte
expansão começou a dar-se em finais dos anos 90 e a sua popularidade
alimentou-se, essencialmente, de personalidades famosas, de coberturas
mediáticas e de web-novidades. A web-avalanche revelou-se de tal forma
avassaladora que, em apenas uma década tudo mudou e a vida passou a girar
do misterioso  e simultaneamente transparente "mundo da internet"
Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população
em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World
Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de
sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a
Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem, que foi a maior criação
tecnológica, depois da televisão na década de 1950.
A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a
navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por
exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator.O surgimento
acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram
para este crescimento. A Internet passou a ser utilizada por vários segmentos
sociais. Os estudantes passaram a buscas informações para pesquisas
escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games.
As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a
qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de
sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas
descobriram na Internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as
vendas on line dispararam, transformando a Internet em verdadeiros shopping
centers virtuais.
 

 
• Inteligência Artificial

Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que se propõe a


elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar,
perceber, tomar decisões e resolver problemas, enfim, a capacidade de ser
inteligente.
Existente há décadas, esta área da ciência é grandemente impulsionada com o
rápido desenvolvimento da informática e da computação, permitindo que novos
elementos sejam rapidamente agregados à IA.
Iniciada dos anos 1940, a pesquisa em torno desta incipiente ciência eram
desenvolvidas apenas para procurar encontrar novas funcionalidades para o
computador, ainda em projeto. Com o advento da Segunda Guerra Mundial,
surgiu também a necessidade de desenvolver a tecnologia para impulsionar a
indústria bélica.
Com o passar do tempo, surgem várias linhas de estudo da IA, uma delas é a
biológica, que estuda o desenvolvimento de conceitos que pretendiam imitar as
redes neurais humanas. Na verdade, é nos anos 60 em que esta ciência
recebe a alcunha de Inteligência Artificial e os pesquisadores da linha biológica
acreditavam ser possível máquinas realizarem tarefas humanas complexas,
como raciocinar.
Depois de um período negro, os estudos sobre redes neurais volta à tona nos
anos 1980, mas é nos anos de 1990 que ela tem um grande impulso,
consolidando-a verdadeiramente como a base dos estudos da IA.
 

 
• Sistemas Operacionais de Interface Gráfica
Da mesma forma que os drivers fornecem uma maneira dos aplicativos
utilizarem os subsistemas de hardware sem que eles conheçam cada detalhe
de operação destes subsistemas, as APIs, interfaces de programação de
aplicativos, permitem que os programadores utilizem funções do computador e
do sistema operacional sem conhecer todos os detalhes de operação da CPU.
Vamos examinar o exemplo da criação de um arquivo de disco rígido que
armazena dados.
Da mesma forma que as APIs provêem um meio consistente para que os
aplicativos utilizem os recursos do computador, a interface com o usuário
estrutura a interação entre o usuário e o computador. Na última década, quase
todo o desenvolvimento de interfaces de usuário foi feito na área da interface
gráfica (GUI - graphical user interface). Duas empresas receberam mais
atenção e conquistaram maior fatia de mercado: Apple Macintosh e Microsoft
Windows. O popular sistema operacional com código-fonte aberto, o Linux,
também utiliza uma interface gráfica.
 

No Site : https://www.todamateria.com.br/historia-e-
evolucao-dos-computadores/
A Autora ressalta a palavra “computador” vem do
verbo “computar” que, por sua vez, significa
“calcular”. Sendo assim, podemos pensar que a
criação de computadores começa na idade antiga, já
que a relação de contar já intrigava os homens.
Dessa forma, uma das primeiras máquinas de
computar foi o “ábaco”, instrumento mecânico de
origem chinesa criado no século V a.C.

Ábaco
Assim, ele é considerado o “primeiro computador”, uma espécie de calculadora
que realizava operações algébricas.

No século XVII, o matemático escocês John Napier foi um dos responsáveis


pela invenção da "régua de cálculo". Trata-se do primeiro instrumento
analógico de contagem capaz de efetuar cálculos logaritmos. Essa invenção foi
considerada a mãe das calculadoras modernas.

Régua de cálculo
Por volta de 1640, o matemático francês Pascal inventa a primeira máquina de
calcular automática. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada nas décadas
seguintes até chegar no conceito que conhecemos hoje.

A primeira calculadora de bolso capaz de efetuar os quatro principais cálculos


matemáticos, foi criada por Gottfried Wilhelm Leibniz.

Esse matemático alemão desenvolveu o primeiro sistema de numeração


binário moderno que ficou conhecido com "Roda de Leibniz".

Roda de Leibniz
A primeira máquina mecânica programável foi introduzida pelo matemático
francês Joseph-Marie Jacquard. Tratava-se de um tipo de tear capaz de
controlar a confecção dos tecidos através de cartões perfurados.

George Boole (1815-1864) foi um dos fundadores da lógica matemática. Essa


nova área da matemática, se tornou uma poderosa ferramenta no projeto e
estudo de circuitos eletrônicos e arquitetura de computadores.

Já no século XIX, o matemático inglês Charles Babbage criou uma máquina


analítica que, a grosso modo, é comparada com o computador atual com
memória e programas.

Através dessa invenção, alguns estudiosos o consideram o “Pai da


Informática”.

Assim, as máquinas de computar foram cada vez mais incluindo a variedade de


cálculos matemáticos (adição, subtração, divisão, multiplicação, raiz quadrada,
logaritmos, etc).

Atualmente é possível encontrar máquinas de computar muito complexas.

De acordo com a autora, a história da computação está dividida em 4


períodos

De acordo com os sistemas e ferramentas utilizados, a história da computação


está dividida em quatro períodos.
Primeira Geração (1951-1959)
Os computadores de primeira geração funcionavam por meio de circuitos e
válvulas eletrônicas. Possuíam o uso restrito, além de serem imensos e
consumirem muita energia.

Um exemplo é o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer) que


consumia cerca de 200 quilowatts e possuía 19.000 válvulas.

ENIAC
(Eletronic Numerical Integrator and Computer)

Segunda Geração (1959-1965)


Ainda com dimensões muito grandes, os computadores da segunda geração
funcionavam por meio de transistores, os quais substituíram as válvulas que
eram maiores e mais lentas. Nesse período já começam a se espalhar o uso
comercial.

Computador da segunda geração com transistores


Terceira Geração (1965-1975)
Os computadores da terceira geração funcionavam por circuitos integrados.
Esses substituíram os transistores e já apresentavam uma dimensão menor e
maior capacidade de processamento.

Foi nesse período que os chips foram criados e a utilização de computadores


pessoais começou.

Computador da terceira geração


com circuitos integrados

Quarta Geração (1975-até os dias atuais)


Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, os computadores
diminuem de tamanho, aumentam a velocidade e capacidade de
processamento de dados. São incluídos os microprocessadores com gasto
cada vez menor de energia.

Nesse período, mais precisamente a partir da década de 90, há uma grande


expansão dos computadores pessoais.

computador da quarta geração


Além disso, surgem os softwares integrados e a partir da virada do milênio,
começam a surgir os computadores de mão. Ou seja, os smartphones, iPod,
iPad e tablets, que incluem conexão móvel com navegação na web.

Segundo a classificação acima, nós pertencemos à quarta geração dos


computadores, o que tem revelado uma evolução incrível nos sistemas de
informação.

Observe que antes a evolução dos computadores ocorria de maneira mais


lenta. Com o desenvolvimento da sociedade podemos ver a evolução dessas
máquinas em dias ou meses.

Alguns estudiosos preferem acrescentar a “Quinta Geração de Computadores”


com o aparecimento dos supercomputadores, utilizados por grandes
corporações como a NASA.

Nessa geração, é possível avaliar a evolução da tecnologia multimídia, da


robótica e da internet.

Já o site
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/
o-primeiro-computador-da-historia-conheca-o-
artefato-de-2-mil-anos-que-e-o-objeto-mais-
misterioso-da-historia-da-tecnologia.html
Acredita que o primeiro computador da história é um
artefato de 2 mil anos que é o objeto mais misterioso da
história da tecnologia!
Equipe internacional que investiga artefato acaba de
revelar mais detalhes sobre incrível calculadora
astronômica grega movida a engrenagens.
Da BBC

Frágil, intrigante e cheio de surpresas: item 15.087 do Museu Arqueológico


Nacional em Atenas. (Foto: BBC)

Se não fosse uma forte tempestade na ilha grega de Anticítera, há pouco mais de
um século, um dos objetos mais desconcertantes e complexos do mundo antigo
jamais teria sido descoberto.
Após buscar abrigo na ilha, um grupo de catadores de esponjas marinhas decidiu
ver se dava sorte naquelas águas.
Eles acabaram encontrando os restos de uma galé romana que havia naufragado
havia 2 mil anos, quando o Império Romano começou a conquistar as colônias
gregas no Mediterrâneo.
Nas areias do fundo do mar, a 42 metros de profundidade, estava a maior reunião
de tesouros gregos encontrada até então. Entre belas estátuas de cobre e
mármore estava o objeto mais intrigante da história da tecnologia.
Trata-se de um instrumento de bronze corroído, do tamanho de um laptop
moderno, feito há 2 mil anos na Grécia antiga. É conhecido como máquina (ou
mecanismo) de Anticítera. E mostrou ser uma espécie de máquina do futuro.
No começo, as peças, cobertas por uma crosta e unidas após passar 2 mil anos no
leito do mar, ficaram esquecidas. Mas um olhar atento mostrou que eram objetos
feitos com esmero, engrenagens talhadas à mão.
"Se não tivessem descoberto a máquina em 1900, ninguém teria imaginado, ou
nem mesmo acreditado, que algo assim existia, pois é muito sofisticada", disse à
BBC o matemático Tony Freeth, da Universidade de Cardiff.

No começo o artefato não dizia nada aos cientistas, mas eles logo notaram que
as peças traziam marcas e inscrições. (Foto: BBC)

"Imagine: alguém, em algum lugar da Grécia antiga, fez um computador


mecânico", afirma o físico grego Yanis Bitzakis. Como Freeth, ele integra a equipe
internacional que investiga o artefato. "É um mecanismo de genialidade
surpreendente", acrescenta Freeth. E eles não estão exagerando.
Foram cerca de 1.500 anos até algo parecido com a máquina de Anticítera voltar a
aparecer, na forma dos primeiros relógios mecânicos astronômicos, na Europa.
Mas essas são as conclusões da história: entender o que era o misterioso objeto
tomou tempo, conhecimento e esforço.
Vanguarda
O primeiro a analisar em detalhes os 82 fragmentos recuperados foi o físico inglês
Derek John de Solla Price (1922-1983). Ele começou o trabalho nos anos 1950 e
em 1971, juntamente com o físico nuclear grego Charalampos Karakalos, fez
imagens das peças com raios-X e raios gama.
Eles descobriram que o mecanismo era extremamente complexo, com 27 rodas de
engrenagem em seu interior. Os especialistas conseguiram datar algumas outras
peças com precisão, entre os anos 70 A.C. e 50 A.C.
Mas um objeto tão extraordinário não podia ser daquela época, pensavam os
especialistas. Talvez fosse mais moderno e tivesse caído no mesmo local por
casualidade.
127 e 235 dentes
Price deduziu que contar os dentes em cada roda poderia fornecer pistas sobre as
funções da máquina. Com imagens bidimensionais, as rodas se sobrepunham, o
que dificultava a tarefa, mas ele conseguiu chegar a dois números: 127 e 235.
"Esses dois números eram muito importantes na Grécia antiga", diz o astrônomo
Mike Edmunds.
Seria possível que os gregos antigos estivessem usando a máquina para seguir o
movimento da Lua? A ideia era revolucionária e tão avançada que Price chegou a
questionar a autenticidade daquele objeto.
"Se cientistas gregos antigos podiam produzir esses sistemas de engrenagens há
dois milênios, toda a história da tecnologia do Ocidente teria que ser reescrita", diz
o matemático Freeth.
Mecanização do conhecimento?
A cultura grega de dois milênios atrás é uma das mais criativas da humanidade, e
os investigadores daquele objeto não questionavam o desenvolvimento da
civilização grega, inclusive na astronomia.
Os gregos sabiam, por exemplo, como os corpos celestes se moviam no espaço,
podiam calcular suas distâncias da Terra e a geometria de suas órbitas.
Mas teriam sido capazes de fundir astronomia e matemática em um artefato e
programá-lo para seguir o movimento da Lua? O número 235 que Price havia
encontrado era a chave do mecanismo para computar os ciclos da Lua.
"Os gregos sabiam que de uma nova Lua a outra se passavam, em média, 29,5
dias. Mas isso era problemático para seu calendário de 12 meses no ano, porque
12 x 29,5 = 354 dias, 11 dias a menos do que o necessário", afirmou à BBC
Alexander Jones, historiador especializado em astronomia antiga.
"O ano natural, com as estações, e o ano-calendário perderiam a sincronia." Os
gregos, contudo, sabiam que 19 anos solares são exatamente 235 meses lunares,
o chamado ciclo Metônico.
"Isso significa que se você tem um ciclo de 19 anos, a longo prazo seu calendário
estará em perfeita sintonia com as estações." O ciclo Metônico foi identificado em
um dos fragmentos da máquina de Anticítera.
Revoluções
Graças aos dentes das engrenagens, a máquina começou a revelar seus
segredos. As fases da Lua eram extremamente úteis na época dos gregos antigos.
De acordo com elas determinavam-se épocas de plantio, estratégias de batalha,
festas religiosas, momentos de pagar dívidas e autorizações para viagens
noturnas.
O outro número, 127, serviu para Price entender outra função da máquina
relacionada com nosso satélite natural: o aparelho também mostrava as
revoluções da Lua ao redor da Terra.
Após 20 anos de investigação intensa. Price concluiu que havia desvendado
aquele artefato. Mas ainda havia peças do quebra-cabeças por encaixar.
O futuro 223
O passo seguinte demandou tecnologia feita sob encomenda para aquele desafio.
Uma equipe internacional dedicada a estudar a máquina conseguiu convencer o
engenheiro de raios-X Roger Hadland a criar um equipamento especial para fazer
imagens do mecanismo.
E usando outro aparelho que havia realçado os escritos que cobrem boa parte dos
fragmentos, encontraram uma referência às engrenagens e a outro número chave:
223.
Três séculos antes da idade de ouro de Atenas, astrônomos babilônios antigos
descobriram que 223 luas após um eclipse (cerca de 18 meses e 11 dias, período
conhecido como ciclo Saros), a Lua e a Terra voltavam para a mesma posição, de
modo a provavelmente produzir outro eclipse.
"Quando havia um eclipe lunar, o rei babilônio deixava o posto e um substituto
assumia o poder, de modo que os maus agouros fossem para ele. Logo o
substituto era morto e o rei voltava a assumir sua posição", conta John Steele,
especialista em Babilônia do Museu Britânico. E o 223 era o número de outra roda
do mecanismo.
A máquina de Anticítera podia prever eclipses. Não apenas o dia, mas a hora,
direção da sombra e cor com a qual a Lua apareceria.
Tudo dependia da Lua
Como se tudo isso não fosse bastante, os pesquisadores descobriram outra
maravilha. O ciclo Saros, uma interação repetitiva de 223 meses do Sol, da Terra e
da Lua, dependia do padrão da Lua e "nada sobre a Lua é simples", diz Freeth.
"Não apenas a Lua tem a órbita elíptica - assim viaja mais rapidamente quando
está mais perto da Terra -, mas essa elipse gira lentamente, em um período de 9
anos. Podia então a máquina de Anticítera rastrear o caminho flutuante da Lua?
Sim, podia: duas engrenagens menores, uma delas com uma pinça para regular a
velocidade de rotação, replicavam com precisão o tempo de órbita da Lua, e outra,
com 26 dentes e meio, compensava o deslocamento dessa órbita.
E ao examinar o que sobrara da parte frontal do aparelho, os investigadores
concluíram que ele tinha um planetário como os gregos entendiam o Universo
naquele momento: a Terra no centro e cinco planetas ao redor.
"Era uma ideia extraordinária: pegar teorias científicas da época e mecanizá-las
para ver o que aconteceria dias, meses e décadas depois", diz o matemático.
Mistério dentro de um enigma
"Essencialmente, foi a primeira vez que a raça humana criou um computador",
acrescenta Freeth. "É incrível como um cientista daquela época descobriu como
usar engrenagens para rastrear os complexos movimentos da Lula e dos
planetas."
Mas quem foi esse cientista? Uma pista estava em outra função da máquina. O
aparelho também previa a data exata dos Jogos Pan-Helênicos: quatro festivais
separados que se realizavam periodicamente na Grécia Antiga: Jogos Olímpicos,
ou de Olímpia, Jogos Píticos, Jogos Ístmicos e Jogos Nemeus.
O curioso é que embora os Jogos de Olímpia tivessem mais prestígio, os Jogos
Ístmicos, em Corinto, apareciam em letras maiores. Os investigadores já tinham
notado que os nomes dos meses que apareciam em outra engrenagem da
máquina eram coríntios.
As evidências sugeriam que o criador da máquina era um coríntio que vivia na
colônia mais rica governada pela cidade: Siracusa. Siracusa era lar do mais
brilhante dos matemáticos e engenheiros gregos: Arquimedes.
Trata-se, talvez, do cientista mais importante da Antiguidade clássica, que
determinou a distância da Terra à Lua, descobriu como calcular o volume de uma
esfera, o número fundamental π e havia garantido que moveria o mundo com
apenas uma alavanca.
"Só um matemático brilhante como Arquimedes poderia ter desenhado a máquina
de Anticítera", opina Freeth.
Sabe-se que Arquimedes estava em Siracusa quando romanos conquistaram a
cidade, e que o general Marco Claudio Marcelo havia ordenado que o cientista não
fosse morto, mas um soldado acabou assassinando o matemático.
Siracusa foi saqueada e seus tesouros foram enviados a Roma. O general Marcelo
levou consigo duas peças - ambas, diziam, eram de Arquimedes. Os
investigadores acreditam que fossem versões anteriores da máquina.
Um indício está em uma descrição que o orador Cícero fez de uma das máquinas
de Arquimedes que viu na casa do neto do general Marcelo:
"Arquimedes encontrou a maneira de representar com precisão, em apenas um
aparato, os variados e divergentes movimentos dos cinco planetas com suas
distintas velocidades, de modo que o mesmo eclipse ocorre no globo (planetário) e
na realidade."
Mas o que aconteceu com a brilhante tecnologia da máquina? Por que ela se
perdeu? Como tantas outras coisas, com a queda da civilização grega e, mais
tarde, da romana, os conhecimentos "imigraram" para o Oriente, onde foram
mantidos por bizantinos e árabes eruditos.
O segundo artefato com engrenagens de bronze mais antigo é do século 5 e tem
inscrições em árabe. E no século 8 os mouros levaram esses conhecimentos de
volta à Europa.

Todas as peças para introduzir os conhecimentos em uma só máquina. (Foto:


BBC)

Investigações anteriores apontaram que a máquina estava dentro de uma caixa de


madeira que não sobreviveu ao tempo. Uma caixa que continha todo o
conhecimento do planeta, do tempo, espaço e Universo.
"É um pouco intimidador saber que, logo antes da queda de sua grande civilização,
os gregos antigos tinham chegado tão perto de nossa era, não apenas em
pensamento mas na tecnologia científica", disse Derek J. de Solla Price.

O site https://www.tecmundo.com.br/historia/6122-conheca-o-
primeiro-computador-da-historia.htm acredita também que o
mecanismo Antikythera foi o primeiro computador da história
humana;
Fonte da imagem: Antikythera Mechanism Research Project
Encontrado em meio a destroços submersos próximos à ilha grega de
Antikythera por uma tripulação de mergulhadores locais, o conjunto de
engrenagens que viria a ser conhecido como mecanismo Antikythera passou
quase um século sem ser compreendido. Apenas com técnicas recentes de
pesquisa – como os microscópios eletrônicos e imagens por raios-x – o
funcionamento e razão de ser do mecanismo puderam ser compreendidos.
Financiado pelo governo grego em parceria com grandes empresas de
tecnologia como a HP, o Antikythera Mechanism Research Project (projeto de
pesquisa do mecanismo Antikythera) conta com cientistas gregos e britânicos
para resolver e identificar todos os detalhes do aparelho datado do século 2
a.C.

Precisão suíça

Ou talvez a expressão devesse ser alterada para precisão grega, já que o


mecanismo Antikythera precede os grandes relojoeiros helvéticos em pelo
menos mil anos.
Fonte da imagem: HP / Antikythera Mechanism Research Project
Acredita-se que o dispositivo, construído em madeira e bronze, tenha sido fruto
de um longo processo de desenvolvimento tecnológico que, infelizmente, não
resistiu ao passar do tempo. Certamente protótipos menos desenvolvidos
existiram até que se chegasse à precisão de construção do mecanismo
Antikythera.
Como comparação, a fineza e qualidade do trabalho encontrado no fundo do
mar da Grécia só são encontradas novamente em relógios construídos a partir
dos anos 1600, já na Idade Moderna.

Calendário celestial

A partir de imagens especiais obtidas pelos grupos da HP e da X-Tek, os


pesquisadores do projeto conseguiram identificar vários detalhes nos discos de
bronze do mecanismo Antikythera.
A parte traseira do mecanismo Antikythera possuía dois indicadores em espiral.
O superior, com 47 divisões, exibia os 235 meses sinódicos que compunham
os 19 anos do ciclo metônico. Esse período de 19 anos era utilizado pelos
gregos para ajustar seus calendários às observações da abóbada celeste.
Fonte da imagem: HP / Antikythera Mechanism Research Project
Já o painel inferior apresentava as 223 divisões que compunham um segundo
ciclo – o ciclo de Saros –  dos caldeus. Este ciclo era baseado no período de
18 anos, 11 dias e 8 horas entre a ocorrência de um eclipse particular.
Combinando a informação de ambas as espirais traseiras do mecanismo
Antikythera, tornava-se possível o ajuste de calendários, de maneira
semelhante à feita pela inclusão de anos bissextos no nosso calendário atual.

Indicador Olímpico

As inscrições no metal da parte frontal do mecanismo indicam que o aparelho


era utilizado como uma espécie de calculadora celeste  – e daí vem a
nomenclatura de primeiro computador da história – usada para prever eclipses
e outros fenômenos astronômicos.
Além das marcações de data, também existentes na face frontal do mecanismo
Antikythera, ponteiros semelhantes aos de um relógio também se colocam em
frente ao disco de bronze.
Fonte da imagem: HP / Antikythera Mechanism Research Project
Os ponteiros serviam como marcação de data e da posição de diversos astros
– sol, lua e os cinco planetas conhecidos pelos gregos – no zodíaco. Um
pequeno modelo esférico da lua também estava presente na parte da frente do
mecanismo.
Porém uma marcação secundária no bronze chamou a atenção dos
pesquisadores quando encontrada. Em uma pequena área próxima ao centro
da escala, uma circunferência dividida em quartos indicava os períodos
propícios para a realização de jogos, como as Olimpíadas clássicas.

Funcionamento à manivela

O mecanismo Antikythera é uma obra-prima mecânica, e um dos artefatos mais


impressionantes do mundo antigo. Todas as várias engrenagens – formadas
por triângulos equiláteros na borda do círculo de bronze – eram ativadas por
manivela, como você pode ver no vídeo acima.
…..
Os estudos sobre o mecanismo Antikythera ainda estão em curso. Ainda há
muito a ser descoberto sobre suas funções e também sobre a sua construção.
Com o auxílio da tecnologia de ponta em termos de imagem, o projeto está
cada vez mais perto de compreender toda a complexidade do aparelho, mesmo
sem ter o equipamento completo em seu poder.
O próximo passo será dado na cidade de Atenas, Grécia, em 2011, quando um
simpósio será realizado para discutir a informação astronômica e as inscrições
existentes na placa frontal do mecanismo. Até lá, o que mais poderá ser
encontrado no fundo do mar?
No site https://www.showmetech.com.br/12-fatos-sobre-a-
historia-do-computador/
acredita-se que Stonehenge tenha sido o primeiro
computador, visto que sua função básica era auxiliar nos
cálculos de fenômenos como eclipses, por exemplo.
Através das pedras, era possível prever o alinhamento dos
corpos celestes e tais fatos orientavam ações nos
costumes da época, como a agricultura e a guerra. Isso faz
do computador algo muito mais antigo do que podemos
imaginar (e desde essa época ele já controlava a vida das
pessoas).

Stonehenge que estamos falando é aquela estrutura de


pedras misteriosas que devem parecer assustadoras em
uma noite de sexta-feira 13, sim, é ela mesma. Pois bem,
acredita-se que a estrutura erguida em cerca de 3.000 a.C,
com três fases distintas de construção (separadas por
muitos anos de diferença) foi, na verdade, o primeiro
computador, já que era usada para prever alguns eventos
astronômicos.
Sites pesquisados:
https://introducao-a-informatica.webnode.com/
https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-
dos-computadores/
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/
2016/07/o-primeiro-computador-da-historia-conheca-
o-artefato-de-2-mil-anos-que-e-o-objeto-mais-
misterioso-da-historia-da-tecnologia.html
https://www.tecmundo.com.br/historia/6122-conheca-o-
primeiro-computador-da-historia.htm
https://www.showmetech.com.br/12-fatos-sobre-a-historia-
do-computador/

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