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Módulo: Prover e instalar sistemas de tecnologias de informação (TI)

Código: UC EPI023022192 Nível do Certificado Vocacional Nivel 3


QNQP:
Campo: Engenharia e Produção Sub Campo: Electricidade, Electrónica e
Industrial Energias

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I. Sistema computacional

Um sistema computacional consiste num conjunto de dispositivos electrónicos (hardware)


capazes de processar informações de acordo com um programa (software). O software mais
importante é o sistema operacional, porque ele fornece as bases para a execução das aplicações, às
quais o usuário deseja executar. Exemplos de sistemas operacionais são o Windows, o Macintosh e
o Linux, dentre outros. Um dos mais utilizados por usuários domésticos hoje é o Windows,
produzido pela Microsoft.

Um sistema computacional (ou baseado em computador) é aquele que automatiza ou apoia a


realização de actividades humanas através do processamento de informações.

Um sistema baseado em computador é caracterizado por alguns elementos fundamentais.

• Hardware
• Software

1.1. O QUE É UM COMPUTADOR?

Máquina Eletrônica programável com grande capacidade para processar e armazenar dados, na
realidade, os mais diversos tipos de processamento podem ser feitos, desde que, haja um programa
específico para essa tarefa.

A capacidade de processamento e de armazenamento de dados de um computador é bastante


superior a outros equipamentos que são utilizados no nosso dia-a-dia, tais como: celular, aparelho
de som, DVD, etc.

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1.2 DIVISÕES DO COMPUTADOR

O computador é um equipamento que possui várias partes, normalmente os manuais de TI –


Tecnologia da Informação, dividem um computador em 3 partes: Hardware, Software e
Peopleware.

1.2.1 - Hardware

O hardware corresponde às partes eletrônicas e mecânicas (rígidas) que possibilitam a existência do


software, o armazenamento de informações e a interação com o usuário

É a parte física do computador; digamos que é tudo aquilo que podemos tocar, segurar. Por
exemplo: monitor, teclado, mouse, CPU, CD-ROM, scanner., os periféricos, os componentes de
redes de computadores. (HARDWARE, 2009).

Segundo a Wikipédia (HARDWARE, 2009), o termo hardware não se refere


apenas aos computadores pessoais, mas também aos equipamentos embarcados em produtos que
necessitam de processamento computacional, como os dispositivos encontrados em equipamentos
hospitalares, automóveis, aparelhos portáteis, entre outros.

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1.2.2 - Software

Software – É a parte lógica do computador. Diferentemente do hardware,


não podemos tocar, é algo abstrato. São os programas.

Segundo a Wikipedia (SOFTWARE, 2009), Software ou logiciário é uma sequência de instruções a


serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redireccionamento ou modificação de um
dado/informação ou acontecimento.

O software é a parte abstrata do sistema computacional que funciona num hardware a partir de
instruções codificadas numa linguagem de programação. Estas instruções permitem o
processamento e armazenamento de informações na forma de dados codificados e podem ser
controladas pelo usuário. Este controle, bem como a troca de informações entre o usuário e o
sistema é feita através da interface de usuário, composta por hardware e software.

Os programas de computadores podem ser categorizados como software de


sistema e software de aplicativo. O primeiro é aquele que roda em segundo plano
gerenciando o hardware e dando suporte aos aplicativos. Este tipo de sistema é
conhecido como Sistema Operacional (SO). Temos como exemplo o Windows, Unix,
Linux, Mac OS, OS2, AIX, entre outros diversos. O segundo é responsável por auxiliar
o usuário a realizar as suas tarefas. Eles são bem mais específicos que um SO.

1.2.2.1 Software de Sistema

Os Software de Sistemas, ou simplesmente SO, é o principal software que existe


em um computador. Este tipo de programa gerencia directamente o hardware e deve ser
adequado a cada tipo de máquina. Fazendo uma analogia: para toda panela existe uma
tampa, portanto não adianta eu comprar uma tampa que não seja adequada para aquela
panela. Com os SOs acontece o mesmo. Se um determinado usuário possui um super
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sistema de hardware, não adianta instalar um SO muito antigo, pois, se isso acontecer, o
hardware vai ser subutilizado.

A Microsoft desenvolveu o SO Windows, considerado o mais popular do mundo. Ele


sofreu diversas alterações acompanhando a evolução do Hardware. O primeiro SO fabricado
pela empresa foi o DOS, em uma época em que não existia mouse e todas as actividades
eram feitas mediante a execução de linhas de comando. Tempos depois, surgiu o Windows
SO que revolucionou a forma com que o usuário interagia com o computador. A partir de
sua primeira versão, o mouse era parte integrante do SO. A evolução da interface gráfica foi
mudando gradativamente e hoje, comparado com a primeira versão, o SO se tornou bem
mais bonito e mais simples de trabalhar. Actualmente, a última versão vendida no mercado
é o Windows 10, mas a Microsoft traz todos os anos bastante novidade

O Windows divide a fatia do mercado com os outros SOs. Para os amantes do


software livre, existe o Linux que é muito estável, possui uma interface gráfica amigável
e é distribuído gratuitamente. Além das vantagens supracitadas, ele possui sistema de arquivo
diferente do Windows, ou seja, na prática, vírus do Windows não tem efeito no Linux.

Figura 1.5: Tela da área de trabalho do Windows

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Figura 1.6: Tela principal do Microsoft Word

Figura 1.7 – Área de trabalho padrão do (Linux) Ubuntu

PEOPLEWARE – são as pessoas que trabalham com um computador

1.3 Evoluções dos computadores

O primeiro computador que surgiu foi o ENIAC, sigla em inglês que significa Integrador e
Computador Numérico e Eletrônico.

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Segundo a Wikipédia (COMPUTADOR, 2009), o computador surgiu na década de 1940, durante a
Segunda Guerra Mundial, para ajudar o exército americano a realizar cálculos de precisão
necessários para o lançamento de mísseis e bombas, pois através de cálculos manuais os resultados
eram obtidos em 12 horas. Com o ENIAC, os mesmos cálculos levavam 30 segundos!

Computador (ou ordenador) é uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de
informações ou processamento de dados. Exemplos de computadores incluem o ábaco, a
calculadora, o computador analógico e o computador digital. Um computador pode prover-se de
inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em
grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento
e cultura.

Esse computador pesava cerca de 30 toneladas, era enorme, ocupava uma sala inteira, produzia
muito calor e precisava de vários homens para operá-lo. Com o passar dos anos, o ENIAC inspirou
outros computadores.

Sua tecnologia foi aprimorada e surgiram computadores que aqueciam menos, com menor custo e
muito mais rápido.

Segundo Wikipédia (ÁBACO, 2009), o ábaco é uma calculadora cujo relato mais antigo de uso é de
aproximadamente 500 a.C. pela civilização chinesa.

A adição, a subtração, a divisão e a multiplicação podem ser executadas em um ábaco padrão.


Desde 1600 d.C., o uso e a evolução do ábaco foram sendo aprimorados pelos japoneses.

1.8 – Ábaco

Os PCs são microcomputadores que foram desenvolvidos com o objectivo de


atender ao uso pessoal, tendo em vista que os primeiros computadores foramcprojectados com a
finalidade de atender às necessidades de grande porte. O seu custo era altíssimo e sua estrutura
física não era compatível com o uso pessoal.

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1.3.1 O primeiro PC

Já sabemos que os computadores surgiram para facilitar cálculos, armazenamento de dados e


atender às necessidades do Exército e de grandes empresas. Entretanto, com o avanço da tecnologia,
esses equipamentos deixaram de pertencer exclusivamente a grandes empresas e começaram a se
popularizar na sociedade.

Tudo começou no início da década de 1980, quando a empresa IBM lançou o seu primeiro
computador pessoal, o IBM PC.

Segundo a Wikipédia (IBM PC, 2009), o IBM PC foi a versão original e progenitor da plataforma
de hardware dos “IBM PC compatíveis”. Lançado em 12 de Agosto de 1981, o modelo original
recebeu a denominação IBM 5150. Seu desenvolvimento ficou a cargo de uma equipe de 12
engenheiros e projectistas sob a direção de Don Estridge da IBM Entry Systems Division em Boca
Raton, Flórida.

É importante ressaltar que a IBM não fabricou o PC, mas o montou e lançou no mercado.

No interior desse micro existia uma peça fundamental para o seu funcionamento, denominada
microprocessador, fabricada por outra empresa chamada Intel.

Como você já viu na aula anterior, o computador é dividido basicamente em duas partes, hardware
e software. Tendo em vista que a Intel era responsável pelo hardware, ainda era necessário o
software.
Foi então que a Microsoft desenvolveu o software necessário para esse computador pessoal.

Com essa parceria entre a Intel e a Microsoft, a IBM montou e lançou o primeiro PC, com o
processador chamado 8088. Mais adiante a IBM lançou outros computadores pessoais

Em pouco tempo a IBM deixou de ser a única empresa que “montava” PCs. Surgiram então
diversas outras, usando o mesmo processador da Intel. Nessa mesma época, a Intel também teve
seus primeiros concorrentes, como, por exemplo, a empresa AMD, que começou a fabricar
processadores similares aos dela.

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Enfim, desde então, a concorrência desses dois fabricantes de processadores (Intel e AMD) se
tornou uma disputa de tecnologia, preços e mercado.

No momento, o importante é saber que desde o surgimento do ENIAC, passando pelo primeiro
computador pessoal, até os dias atuais, os computadores vêm evoluindo para atender melhor às
nossas necessidades (bem como às necessidades de venda das empresas fabricantes).

1.4 Classificação dos Computadores

Actualmente existem computadores pequenos, médios e de grande porte, cada um


com a sua especificidade. Eles podem ser classificados como:

a) Computador Pessoal (PC): é um computador que possui um baixo custo e que


se destina ao uso individual ou por um pequeno grupo de pessoas. Até o final dos anos 70
reinavam os supercomputadores, que eram manipulados por poucas pessoas. A ideia de criar
computadores pessoais não fazia muito sentido, as pessoas se perguntavam: para que utilizar um
computador? Hoje resposta é óbvia, mas antigamente não.

b) Computador Notebook: este computador tem as mesmas funcionalidades de um


computador de mesa e iguala-se em tecnologia. Com um tamanho reduzido e um preço
atraente, eles estão ganhando mercado. A variedade de modelos também é muito grande
e atende os diferentes grupos de usuários.

A tendência dos notebooks é incorporar cada vez mais tecnologia e tornarem-se ainda menores e
mais leves. Em menos de 30 anos os laptops deixaram de ser uma maleta de 12kg com funções
limitadas para se tornarem o que são hoje.

c) Computadores Handheld: Denominado como Personal Digital Assistants (PDA),


ou em português: Assistente Digital Pessoal. Normalmente, são utilizados em tarefas mais
simples, como agendamento de reuniões, nomes e telefones de clientes ou mesmo uma
agenda pessoal. A grande maioria destes computadores oferecem uma tela sensível ao
toque – o touchscreen – o que facilita a inserção de dados.

Existe também um computador de bolso ou PC de bolso que executa tarefas mais


complexas como a execução de arquivos de textos, planilhas electrônicas e leitura de arquivos
na extensão PDF. Porém, o seu poder de processamento e sua capacidade de armazenamento
são inferiores ao de um computador convencional. Atualmente o PDA e o PC de bolso são
integrados aos celulares.
Para aqueles que procuram agilidade e praticidade, o handheld é uma excelente opção.
As pessoas que utilizam este tipo de equipamento não têm tempo para ligar um computador e
realizar consultas. Elas, normalmente, estão na rua trabalhando em pé, no trânsito ou não estão em
locais que permitam o uso de um equipamento maior. Podemos citar alguns exemplos de

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profissionais que frequentemente utilizam este equipamento: entregadores de produtos, garçons,
corretores, médicos, entre outros.

d) Computadores Midrange: são computadores pequenos que permitem o acessos


de diversos usuários simultaneamente. São projectados para atender à necessidade das
organizações de pequeno e médio porte. Computadores podem se comunicar com um
midrange por meio de terminais ou PCs interligados em rede para acessar aplicativos que
são utilizados em empresas, como controle de estoque ou lançamento de produtos, por
exemplo. Este tipo de computador precisa ter um bom processamento para poder tratar
todas as informações que recebe dos terminais conectados a ele.

e) Computador Mainframe: este é um computador de grande porte, os primeiros ocupavam uma


sala inteira ou mesmo um andar inteiro de um prédio. Com o passar do tempo, o seu tamanho foi
diminuindo e o seu poder de processamento aumentando.
Actualmente ele é mais conhecido como servidor corporativo (enterprise server). Os clientes
que costumam comprar este tipo de equipamentos são grandes empresas, como bancos. Enfim, eles
são utilizados em ambientes que necessitam de um equipamento que processe um enorme número
de informações.

1.5 Esquema funcional de um computador

Um computador é uma máquina composta de componentes eletrônicos que tem a


função de realizar algum tipo de processamento de dados. O processamento de dados ocorre
mediante alguma informação fornecida ao computador, como por exemplo, digitar dados no
teclado, movimentar o mouse, inserir um CD. Esse fornecimento de dados (entrada) é analisado
pelo computador que executa alguma ação, o que caracteriza a fase de processamento.
Nesta fase, o computador pode fazer cálculos, executar tarefas ou instruções. Ao finalizar a
fase de processamento dos dados, o computador entrega um resultado, o qual chamamos de
saída. A exibição do texto digitado no monitor, a execução de um programa de vídeo ou som,
a impressão de textos no papel, o armazenamento de informações em disco ou o simples
movimento do ponteiro na tela do monitor são exemplos de saída.

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Um computador é uma máquina que pode executar sequências de operações mais ou menos longas,
complexas e repetitivas a uma velocidade muito alta. Estas operações são aplicadas à
informação(dados) fornecida pelo utente, para produzir mais informação (resultado) de que o
utilizador necessita.
Todo o computador deve ser capaz de :

a) aceitar dados;
b) produzir resultados;
c) armazenar informação num formato logicamente consistente (binário);
d) realizar operações aritméticas e lógicas sobre os dados de entrada ou armazenados;
e) monitorar, controlar e dirigir todas as operações e fluxos de informações de todo o sistema;

A figura 1.9, ilustra os principais componentes do hardware de um computador que suportam as


capabilidades acima indicadas.

Fig 1.9 - Diagrama em bloco do computador

O hardware de um computador normalmente divide-se em: CPU, Memória e Periféricos.

Existem alguns nomes que normalmente são usados para se referir a este dispositivo: Processador,
ou Microprocessador, UCP – Unidade Central de Processamento que é a tradução do termo CPU. É
muito comum usarmos no dia-a-dia este termo para nos referirmos ao Gabinete (torre) do
computador, no entanto, o mais adequado é pensarmos na CPU, ou UCP, como um chip que está
dentro do gabinete que é o cérebro do computador.

i. A Unidade Central de Processamento

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É considerado o cérebro do computador. A CPU tem como funções : Executar Instruções, Controlar
Operações, Comunicar com subsistemas I/O. Devido sua complexidade , a CPU é normalmente
dividida para fins de estudo e projecto em : Unidade Lógica e Aritmética (ALU), responsável pela
execução de operações e um Unidade de Controlo, responsável pelo comando dos fluxos de dados
no computador.

A ULA executa as principais operações lógicas e aritméticas do computador. Ela soma, subtrai,
divide, determina se um número é positivo ou negativo ou se é zero. Além de executar funções
aritméticas, uma ULA deve ser capaz de determinar se uma quantidade é menor ou maior que
outra e quando quantidades são iguais. A ULA pode executar funções lógicas com letras e com
números.

A Unidade de Controlo dirige e coordena todo o funcionamento do computador (CPU, memórias,


periféricos), controla o fluxo de informação entre a memória central e os periféricos. É responsável
pela busca de instruções da memória principal e determinação de seus tipos. É responsável pelas
actividades dentro da máquina.

De forma bem simplificada, um computador tem uma unidade central de processamento


(CPU – Central Processing Unit), também chamado de processador, memórias (memória principal
e secundária) e barramento.

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1.6 Componentes de um computador e periféricos

1.6.1 Sistema binário

Antes de falarmos da estrutura física de um computador, é bom compreendermos como são


representadas as informações em um computador. Primeiramente, devemos ter em
mente que um computador é uma máquina composta de vários componentes eletrônicos.
Sabemos que esses componentes precisam de eletricidade para funcionar. Adicionalmente,
os sinais elétricos são responsáveis pela comunicação entre os componentes eletrônicos do
computador e o seu armazenamento de estado. Em outras palavras, podemos dizer que em
um computador os dados e informações estão sob a forma de sinais elétricos.
Há dois tipos de sinais elétricos em um computador: os sinais que indicam a ausência
de eletricidade e os que indicam a presença de eletricidade. Para identificar a ausência de
eletricidade utilizamos o número 0. A presença de eletricidade é identificada pelo número 1.
Logo, em um computador os dados são representados por 0 e 1. Essa representação dada
pelos dígitos 0 e 1 é chamada de sistema binário, que é a base do sistema digital do mundo
da informática que conhecemos.

No sistema binário, um dígito binário (0 ou 1) é chamado de bit1, do inglês Binary


Digit. O bit é a menor unidade de informação de um computador. Qualquer tipo de dado,
como um arquivo de texto, uma imagem, um vídeo ou um programa, é uma sequência de
bits armazenados no computador. Logo, concluímos facilmente que deve existir uma forma
de codificação para que as coisas que conhecemos sejam convertidos para o sistema binário.
Os números que utilizamos no nosso dia a dia correspondem basicamente aos dígitos
de 0 a 9. São apenas 10 dígitos, sendo por essa razão chamados de sistema decimal. Na
informática, frequentemente devemos converter os números em decimal para números
binários (0 ou 1). A tabela a seguir apresenta os primeiros números decimais e os respectivos
números binários.

Uma codificação bastante utilizada na informática para a conversão de texto para o


sistema binário é o código ASCII (acrônimo de American Standard Code for Information
Interchange). O código ASCII é um mapeamento dos caracteres (letras, números e símbolos)
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para números binários de 1 byte. A medida 1 byte corresponde a 8 bits. Por exemplo, na
tabela 3.2, com alguns códigos ASCII, a letra “a” é codificada no byte 01100001; o símbolo
@ é codificado no byte 01000000. A tabela completa com os códigos ASCII pode ser
encontrada facilmente na Internet.

É comum utilizar os chamados prefixos binários para organizar as quantidades de bits


de alguma informação. Os prefixos binários abreviam a forma de escrever as quantidades de
bits, sendo bastante úteis quando lidamos com uma quantidade muito alta. Por exemplo,
ao invés de termos que declarar a quantidade 17 bilhões e 980 milhões de bits, seria
equivalente declarar 2,25 GB (Gigabytes). A tabela 3.3 apresenta os prefixos binários que
podem ser utilizados, com suas respectivas representações e quantidades equivalentes.

De forma bem simplificada, um computador tem uma unidade central de processamento


(CPU – Central Processing Unit), também chamado de processador, memórias (memória
principal e sencundária) e barramento.

O processador é o cérebro de um computador. É a parte do computador que realiza as


tarefas e as instruções passadas pelo usuário por meio da entrada de dados.
A memória principal é indispensável ao computador. O processador a acessa
diretamente e seu objectivo é armazenar uma informação em um dado momento para ser
utilizado pelo processador.

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A memória secundária é destinada ao armazenamento permanente dos dados,
também chamada de memória de armazenamento.

O barramento é uma via de comunicação interna do computador e permite a troca


de dados entre os demais componentes internos do computador. Funciona como um
caminho principal pelo qual os dados são movidos internamente entre os componentes de
um computador.

1.7- Processador

Como já dissemos, o processador é a parte central de um computador, funcionando como


uma espécie de cérebro da máquina realizando cálculos, fazendo tarefas, transformações e
manipulações de dados. De uma forma geral, tudo que fazemos em um computador, quem faz
é o processador. Fisicamente, o processador, ou CPU (Central Processor Unit) como também
é conhecido, é um chip eletrônico com milhões de componentes eletrônicos microscópicos
chamados de transistores responsáveis por controlar os sinais elétricos existentes em um
computador.

O microprocessador é uma das peças mais importantes de um computador. Fazendo


analogia ao ser humano, ele seria o “cérebro” da máquina, ele é um circuito integrado que realiza a
tomada de decisões e os cálculos. Devido à grande importância deste componente, descreveremos a
seguir as principais marcas e modelos.

A Intel é a mais antiga empresa do ramo, trabalha com microprocessadores desde


1970 e atualmente fabrica alguns dos mais populares microprocessadores do mercado, tais
como: i3, i5 e i7. A AMD também fabrica poderosos processadores. Na hora da compra é
importante observar o prazo de garantia e a geração do processador. Os processadores mais
antigos normalmente são opções mais baratas. Consideramos antigos os processadores
lançados antes da linha Core 2010, por exemplo: Core 2 Duo, QuadCore e similares.
A AMD normalmente lança modelos de processadores para competir com a sua
concorrente Intel. Pessoas que gostam de jogar ou que necessitam processar grande volume
de informações podem optar por processadores da linha AMD X4 Phenom ou pelo i7 da
concorrente, Intel.

A figura mostra um processador típico.

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1.8 Memórias

O termo memória em informática se refere aos componentes que armazenam


dados no computador. Já vimos que a memória é essencial para o computador funcionar.
De fato, não existe computador que funcione sem memória. Tanto as calculadoras mais
simples quanto os computadores de última geração utilizam a memória para auxiliar o
processador e armazenar informação.
Como já vimos, temos essencialmente dois tipos de memórias num computador: a
memória principal e a memória secundária. A memória principal é a memória que auxilia
o processador no processamento dos dados. Já a memória secundária é destinada ao
armazenamento definitivo de informações.

As memórias existentes no computador são diversas, portanto, existe um sistema de


memória que é administrado pelo processador. Podemos notar que quanto
mais próximo da base da pirâmide, maior é a capacidade de armazenamento, menor é a
velocidade e menor é o preço.

Um computador precisa de memória para armazenar os dados e as informações, seja


de forma temporária (volátil) ou permanente (não volátil). Entre o conjunto de memórias do
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computador, existe a memória RAM. Ela possui um conjunto de chips semicondutores que
armazenam dados na forma de pulso elétrico, o que significa que a memória RAM é volátil,
ou seja, no caso de ausência de energia os dados serão perdidos.

1.9 Encapsulamento de Memorias

• - DIP (Dual In Line Package) - esse é um tipo de encapsulamento de memória antigo e que
foi utilizado em computadores XT e 286, principalmente como módulos EPROM (que eram
soldados na placa). Também foi muito utilizado em dispositivos com circuitos menos
sofisticados;

SIPP (Single In Line Pin Package) - esse tipo encapsulamento é uma espécie de evolução do DIP.
A principal diferença é que esse tipo de memória possui, na verdade, um conjunto de chips DIP que
formavam uma placa de memória (mais conhecida como pente de memória). O padrão SIPP foi
aplicado em placas-mãe de processadores 286 e 386;

- é o formato que deu origem ao termo “pente de memória”.

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• SIMM (Single In Line Memory Module) - o encapsulamento SIMM é uma evolução do
padrão SIPP. Foi o primeiro tipo a usar um slot (um tipo de conector de encaixe) para sua
conexão à placa-mãe. Existiram pentes no padrão SIMM com capacidade de armazenamento
de 1 MB a 16 MB. Este tipo foi muito usado nas plataformas 386 e 486 (primeiros
modelos).

• Na verdade, houve dois tipos de padrão SIMM: o SIMM-30 e o SIMM-72. O primeiro é o


descrito no parágrafo anterior e usava 30 pinos para sua conexão. O segundo é um pouco
mais evoluído, pois usa 72 pinos na conexão e armazena mais dados (já que o pente de
memória é maior), variando sua capacidade de 4 MB a 64 MB. O SIMM-72 foi muito
utilizado em placas-mãe de processadores 486, Pentium e em equivalentes deste;

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• - DIMM (Double In Line Memory Module) - esse é o padrão de encapsulamento que surgiu
após o tipo SIMM. Muito utilizado em placas-mãe de processadores Pentium II, Pentium III
e em alguns modelos de Pentium 4 (e processadores equivalentes de empresas
concorrentes), o padrão DIMM é composto por módulos de 168 pinos.
• Os pentes de memória DIMM empregam um recurso chamado ECC (Error Checking and
Correction - detecção e correção de erros) e tem capacidades mais altas que o padrão
anterior: de 16 a 512 MB. As memórias do tipo SDRAM e as DDRs utilizam o
encapsulamento DIMM.

Memória ou memória de acesso aleatório (RAM), vem em diferentes tipos. As diferenças são
devidas à função e tecnologia da memória e de outro hardware do computador. Existem memórias
do tipo: DDR RAM e SDRAMM, e os diferentes tipos de DDR.
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SDRAM

A memória de acesso aleatório dinâmica síncrona (SDRAM) foi desenvolvida em resposta ao


aumento de velocidade em outros componentes de computador. Conforme outros componentes do
computador aumentaram a velocidade, também foi necessário aumentar a velocidade da memória.

A taxa dupla de transferência (DDR) foi desenvolvida e a tecnologia anterior tornou-se conhecida
como taxa única de transferência ou SDR. A DDR era mais rápida e usava menos energia do que a
SDR. A memória DDR transfere dados para o processador nas bordas de subida e descida do sinal
de clock.

DDR

A taxa dupla de transferência (DDR) foi a geração posterior à memória de acesso aleatório
dinâmica síncrona e foi introduzida em 2000. Ela atingiu uma largura de banda e velocidade
maiores que a memória de taxa única de transferência anterior. A DDR transfere dados ao
processador nas bordas de subida e descida do sinal de clock, portanto, duas vezes por ciclo. Um
sinal de clock é constituído de uma batida para baixo e uma batida para cima. O uso de ambas as
batidas para transferir os dados torna a memória de taxa dupla de transferência muito mais rápida do
que a memória de taxa única de transferência, que usava apenas uma borda do sinal de clock para
transferir dados.

A DDR transfere dois bits de dados por ciclo de clock a partir da memória para o buffer de
entrada/saída interno. Isso é chamado de pré-busca de 2 bits. As taxas de transferência DDR
geralmente estão entre 266 MT/s e 400 MT/s.

DDR2

A DDR2 foi lançada em 2003 e opera dados externos duas vezes mais rápido do que a DDR devido
a um sinal de barramento aprimorado. A DDR2 opera na mesma velocidade do clock interno em
relação à DDR, porém, as taxas de transferência são mais rápidas para o sinal de barramento de
entrada/saída aprimorado. A DDR2 tem uma pré-busca de 4 bits, duas vezes superior à pré-busca da
DDR. A DDR2 pode atingir de 533 MT/s a 800 MT/s.

Memória DDR2 (Double Data Rate 2)- infowester.com

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DDR3

Em 2007, a DDR3 trouxe uma redução no consumo de energia de aproximadamente 40% em


comparação à DDR2 e o dobro de dados de pré-busca para 8 bits. Essa redução de consumo permite
correntes e tensões operacionais inferiores. As operações de DDR têm cerca de 2,5 V e as médias
de DDR2 1,8 V aproximadamente, já na DDR3, a tensão é reduzida para 1,5V V. A DDR3 tem
taxas de transferência entre 800 MT/s e 1.600 MT/s.

DDR4

A DDR4 é a última geração (2014) de memória de acesso aleatório de taxa dupla de transferência.
Ela tem a tensão operacional mais baixa de 1,2 V e taxas de transferência superiores às gerações
anteriores. A DDR4 lançou grupos de bancos para evitar a ocorrência de uma pré-busca de 16, o
que não é desejável. Com os grupos de bancos, cada grupo pode executar 8 bits de dados,
independentemente do outro. Isso significa que a DDR4 pode processar várias solicitações de dados
dentro de um ciclo.

As taxas de transferência da DDR4 estão aumentando continuamente, os módulos DDR4 podem


atingir velocidades de 5.100 MT/s e até mesmo superiores ao executar overclock. Os módulos
Crucial Ballistix MAX quebraram vários recordes mundiais na execução de overclock em 2020.

DDR5

A memória DDR5 (2021) marca um salto revolucionário na arquitetura para maior eficiência de
canais, gerenciamento de energia aprimorado e desempenho otimizado, permitindo sistemas de
computação multi-core de última geração. As velocidades de inicialização da DDR5 fornecem
quase o dobro de largura de banda em comparação à DDR4. Ela também permite o

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dimensionamento do desempenho de memória sem reduzir a eficiência de canais em velocidades
mais altas, não somente durante o teste, mas também em situações reais. A memória Crucial DDR5
operará em 4.800 MT/s na inicialização, o que representa 1,5x a velocidade DDR4 padrão máxima.

Cache

A memória secundária pode armazenar grandes quantidades de dados de forma


definitiva no computador e, às vezes, é chamada de memória de massa. Como não é uma
memória que é acessada diretamente pelo processador, o seu acesso é bem mais lento
quando comparado com a memória primária, como a ROM e a RAM. Alguns exemplos de
memória secundária são o disco rígido e as unidades removíveis de CD-ROM, DVD e pen
drive. O disco rígido, também conhecido como HD (Hard Disk), é a memória que utilizamos
rotineiramente para armazenar as informações no computador e tem uma alta capacidade
de armazenamento de dados (há HD’s com capacidade de até 2 TB).

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1.10 Periféricos

Os periféricos são dispositivos que auxiliam o computador na entrada e saída de dados, ou


seja, auxiliam na comunicação entre o computador e o usuário. Normalmente dividimos os
periféricos em três partes: entrada, saída e entrada e saída de dados.

UNIDADES DE MEDIDA DE ARMAZENAMENTO

É usando essas unidades de medidas que poderemos quantificar a informação que caberá em
um dispositivo, por exemplo, quanto cabe de informação em um CD, DVD, HD, disquete, etc. A
menor unidade de armazenamento de dados é o byte.

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1.11- FUNÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS DISPOSITIVOS USADOS EM
UM COMPUTADOR

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1.12 Barramento e Placa-Mãe

Além da CPU, existem outros componentes necessários ao funcionamento pleno do computador,


que são os periféricos de entrada e saída (em inglês, utiliza-se a sigla I/O, de input/output).

Assim, quando o processador acessa alguma informação que está na memória, esta é transportada
por um barramento. A informação que se encontra na memória RAM deve ser armazenada no disco
rígido, ela é transferida também por um barramento.

É um caminho comum eléctrico entre múltiplos dispositivos. Um exemplo comum é Barramento de


sistemas presentes em todos os computadores, que consiste em 50 à 100 fios de cobres paralelos
gravados na Placa-Mãe, com conectores espaçados em intervalos regulares para inserir Placas de
Memória e também possuem funções especiais , tais como , interligar um microprocessador a um
ou mais co-processador ou memórias locais.

Todas essas informações trafegam por um barramento rápido e eficiente, ligado diretamente ao
processador, chamado de barramento local. Este barramento também é chamado de Front Side
Bus(FSB) que, em uma tradução literal, significa barramento frontal, por situar-se diretamente à
frente do processador.

O FSB é o barramento que faz a ligação entre processador e memórias RAM. Um diagrama. em
blocos da arquitectura de um PC é mostrado na figura a seguir. O barramento local, por sua vez, é
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dividido em três partes distintas. Acompanhe, a seguir, os barramentos e as suas funções
específicas.

a) Barramento de dados: o barramento de dados é o mais importante dos três, pois é por ele que as
informações propriamente ditas trafegam, em forma de sinais digitais, lidos pelo software como
bits. Os processadores actuais trabalham com 64 bits. Fazendo uma analogia, é como se houvesse
uma rodovia com várias pistas. O número de pistas é o número de bitsdo barramento e a velocidade
com a qual eles trafegam é chamada de frequência do FSB. Como exemplo, pode-se citar um
processador Pentium IV de 3 GHz – FSB 400 MHz, que tem 64 vias no barramento externo por
onde os dados trafegam a 400 MHz (na verdade, a frequência real não é esta, mas isso você estudará
mais adiante). Processadores mais modernos podem ter a velocidade do FSB mais alta, como 1.066
MHz, 1.333 MHz, 1.600 MHz e superiores.

b) Barramento de endereços: as informações que trafegam no barramento de dados provêm de


algum lugar e devem ser depositadas em algum destino. Pois bem, o local na memória onde o
processador vai buscar a informação ou onde ele vai gravá-la é fornecido pelo barramento de
endereços.

c) Barramento de controle: você já sabe que as informações trafegam pelo barramento de dados e
serão buscadas ou escritas na memória, no local indicado pelo barramento de endereços. Mas como
saber se a operação é de leitura ou de escrita? Bem, essa função é reservada ao barramento de
controle.

1.12.1 Placa-mãe

A placa-mãe é uma das principais peças do computador e todos os seus periféricos


são acoplados: placa de vídeo, rede, som, memória, HD, processador. Para que estas peças
sejam acopladas, é necessária a utilização de slots disponíveis, tais como: PCI e PCI Express.
Alguns problemas de instabilidade e travamento que o usuário enfrenta podem ser
causados por defeitos diversos na placa-mãe, por isso a escolha da placa-mãe deve ser feita
de maneira cuidadosa. Em geral, vale a pena investir em uma boa placa-mãe e economizar
nos demais componentes, pois uma escolha errada pode comprometer todo o desempenho
do computador.
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Existe no mercado dois tipos de placas-mãe: on-board e off-board. A placa off-board
não possui nenhum componente integrado a si, tais como vídeo, rede ou som. Atualmente,
é muito difícil encontrar uma placa 100% off-board, pois alguns dispositivos como placa
de rede e som já vêm integrados e, na prática, normalmente não causam muita perda de
desempenho. No caso da on-board, todos os dispositivos, com exceção do processador, são
acoplados à placa-mãe. Isso traz comodidade ao cliente, mas o seu desempenho costuma ser
inferior devido à baixa qualidade de uma grande parte das placas on-board e a quantidade
de dispositivos integrados a elas

Em um computador, o barramento fica na placa-mãe. A placa-mãe é o corpo do


computador, pois é o local onde todos os componentes são conectados. Basicamente, a
placa-mãe é uma placa de circuito com vários encaixes, conhecidos como slots, onde os
componentes de um computador são encaixados.

O encaixe do processador (soquete) pode ser diferente, de acordo com o modelo da placa-mãe, de
forma que, se o processador não for compatível, ele não pode ser conectado. Outro aspecto a ser
observado numa placa-mãe é a velocidade do barramento, também medida em frequência, como por
exemplo, 1333 MHz. A velocidade do barramento influi na comunicação de dados entre os
componentes. Logo, quanto maior a velocidade de barramento da placa-mãe mais rápida uma
informação é passada de um componente a outro. Por exemplo, se tivermos uma transferência de
dados da memória para o processador, a informação chegará mais rápido num barramento de 1333
MHz do que se estivesse utilizando uma placa-mãe com barramento de 800 MHz.

1.13 Fontes AT e ATX

A fonte de alimentação do micro

Os computadores, assim como outros componentes, são alimentados pela energia elétrica, ou seja,
utilizam a energia elétrica para funcionar. A fonte de alimentação é que fornece essa energia.

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Sua função principal é transformar a tensão alternada em tensão contínua para fornecer a energia
necessária para os equipamentos dentro do gabinete (drive de CD-ROM, HD, drive de disquete etc.)
e fora dele (em algumas fontes, existe uma saída para ligar o monitor, principalmente)

1.13.1 Tensão alternada & tensão contínua

Tensão alternada é a energia que a fonte de alimentação recebe da rede elétrica quando ligamos o
computador na tomada.
Quase todas as fontes possuem uma chave seletora de voltagem (110 ou 220 volts), isso porque essa
energia pode variar entre 110V ou 220V, dependendo da região do país onde esse micro será ligado.
A tensão contínua é o resultado da transformação da tensão alternada pela fonte de alimentação. Ela
transforma essa tensão para distribuir a energia necessária para os equipamentos internos do
gabinete. Após a transformação da tensão alternada em tensão contínua, os fios internos de uma
fonte de alimentação distribuem diversas voltagens: +3,3V, +5V, +12V, -5V, -12V etc. Essa tensão
contínua alimenta o HD, o drive de disquete, o CDROM, a placa-mãe etc. Como você pôde notar, a
fonte de alimentação é uma peça indispensável ao computador!

1.13.2 Fontes AT e ATX


Os tipos de fontes mais conhecidos são AT e ATX, porém a fonte ATX é a mais utilizada. No
momento de comprar e instalar a fonte, o tipo de computador, o tipo de gabinete e o modelo da
placa-mãe, você precisa saber que as fontes AT já estão fora de mercado. Atualmente os PCs utilizam
o padrão ATX. Este padrão é formado pelo conjunto de três componentes: fonte de alimentação,
gabinete e placa-mãe do tipo ATX.

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