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Nome do aluno: Nº: Série: 2ª

Nome do professor: Cláudio Valor:

Data: Disciplina: Projeto de Vida Nota:

Discussão sobre o filme


Protagonismo
Discussão sobre o filme Saneamento básico:
https://www.youtube.com/watch?v=JkmDYKDrCmA

1) Quais características dos personagens do filme possibilitaram a resolução dos problemas da


comunidade?

2) Podemos dizer que essas características representam o avesso de Dona Chica?

3) Qual o perfil dessa comunidade?

Atividade:
Leitura coletiva do texto:

A árvore das perguntas

O artista plástico Jaime Prades estava incomodado com a sujeira que se amontoava em um espaço
público localizado na rua Soledade, em Perdizes, a poucos metros de sua casa. O lixo atraía ratos
e baratas. O incômodo resultou numa descoberta sobre o poder da arte contra a solidão.
“Descobri, pela primeira vez, que eu tinha uma vizinhança”.

Formado em Letras pela USP, Prades preferiu seguir as artes plásticas e fez parte da primeira
geração transgressora de grafiteiros que, na década de 1980, fazia intervenções em espaços
públicos. Foi o grupo que abriu espaço para a moda da arte de rua que iria, na década seguinte,
ganhar espaço em São Paulo e projetar grafiteiros no mercado das artes.

A primeira ação de Prades, na esquina da rua Soledade, foi limpar o lixo e impedir novos entulhos.
Depois, fez desenhos, como se montasse uma espécie de instalação urbana – a melhor instalação,
porém, seria humana.

Entusiasmados, alguns vizinhos começaram a se reunir naquela esquina grafitada. Um deles


decidiu fazer um jardim e aquele ponto ficou com um jeito de praça. Mais pessoas vieram colocar
flores.

Na árvore que fica na praça que nascia, Prades fez outra intervenção. Fios amarrados nos galhos
movimentavam dezenas de pequenos cartões com perguntas do tipo:
“Você é um espectador?”; “Você realiza seus talentos?”; “Quem é você?”.
Ele batizou a obra de “Árvore das Perguntas”. Aquela árvore chamou ainda mais a atenção dos
moradores da redondeza, especialmente das crianças, curiosas com as perguntas, e algumas delas
interessadas em também prender seus cartões.

Naqueles encontros, Prades ia descobrindo, a cada dia, novos vizinhos. Um professor de Literatura
francesa na USP (Álvaro Faleiros) até escreveu uma poesia, intitulada “Encruzilhada”, em
homenagem a todo aquele movimento. “Aquele ponto gerou uma corrente de pertencimento”,
conta Prades, que ontem teve mais uma surpresa. Perguntei-lhe o que significava Soledade em
português. Não sabia. Poucos minutos depois, voltou com o Aurélio na mão, onde está escrito: 1)
Lugar ermo, deserto, solidão; 2) Tristeza característica de quem se acha só ou abandonado. O
poeta Faleiros sabia. Um dos trechos de “Encruzilhada” fala na “rosa no deserto de um tempo
frio”.
DIMEINSTEIN, Gilberto. A árvore das perguntas. Folha de S.Paulo, 4 mar. 2009. Disponível em:
www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0403200905.htm.
Acesso em: 11 nov. 2020.

Discussão em grupos
Pauta:
1) Como o protagonista da história vira o jogo da dependência e da submissão?

2) Como a ação dele leva as pessoas a tomarem conhecimento de si mesmas?

3) Quais elementos contribuíram para o protagonista aprender a fazer e a sonhar?

4) O que tudo isso tem a ver com nossos estudos anteriores sobre autoconhecimento, ideologia,
dependência, criatividade e motivação?

Reflexão individual
Agora é sobre você!
1) Como você se vê frente ao processo de construção da sua autonomia?

2) Qual o seu nível de dependência de outras pessoas para a resolução e o encaminhamento de


suas questões no cotidiano?

3) Faça uma lista de possibilidades em que você enxerga o exercício da sua autonomia.

4) Quais as relações você percebe entre autonomia, busca de soluções e projetos de vida? Faça o
registro de suas reflexões e guarde-as com carinho para consultas futuras.

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