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Plantas utilizadas com fins medicinais nas comunidades de Milho Verde e São Gonçalo
do Rio das Pedras – Serro (MG)
Diamantina
2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Plantas utilizadas com fins medicinais nas comunidades de Milho Verde e São Gonçalo
do Rio das Pedras – Serro (MG)
Diamantina
2012
Plantas utilizadas com fins medicinais nas comunidades de Milho Verde e São Gonçalo
do Rio das Pedras – Serro (MG)
Orientadora:
Profª Drª Cristiane Fernanda Fuzer Grael
APROVADO em / /
_______________________________
Prof. Dr. Luiz Elídio Gregório – UFVJM
_______________________________
Prof. Dr. Carlos Victor Mendonça Filho - UFVJM
_______________________________
Profª Drª Cristiane Fernanda Fuzer Grael – UFVJM
AGRADECIMENTOS
Medicinal plants have been used since ancient times, being in some cases, the only
therapeutic resource in many communities. The information about medicinal plants of
popular use, furnished by the communities associated with phytochemical studies,
represent improvements in pharmacological investigation, and can provide knowledge
for validation on its medicinal employment. In addition, the traditional information can
reduce the expended time in research for a particular plant, which can be the possible
supplier of raw material for development of phytotherapics or phytopharmaceuticals.
It’s essential to enhance the popular knowledge, recognizing and rescuing those in
which most of the times are not being transferred, for various reasons, to the future
generations. Having the objective to regain information about medicinal plants
(especially those native plants of savanna), 10 key informants were interviewed in the
localities of Milho Verde and São Gonçalo do Rio das Pedras, in the city of Serro-MG.
The 10 respondents have between 44 and 80 years of age and 6 are females. Half of
them went to school until Elementary School, 2 attended High School, 2 have college
graduation and 1 declared to be illiterate. Most of them acquired knowledge about
medicinal plants with parents or grandparents and 4 informants assumed that those
information are not being transmitted to other generations. During the interviews,
samples of cited plants were collected to make herbarium specimens and in taxonomic
identifications. The most mentioned plant was the “Pacari” (in identification process),
followed by “Carobinha” (Jacaranda caroba), “Carqueja” (Baccharis crispa), and
“Espinheira Santa” (not collected). The leaf is the most utilized part of the plants,
having the tea as the most cited form of preparation. Among the various therapeutic
applications attributed to the plants, the most cited usage was “blood depurative”. It was
verified that the informants are not concerned with posology and only believe on
benefits brought by the plants. Some cited plants in the interviews are not native to the
region, neither from savanna, even after being solicited to the key informants
information only about medicinal species native to the region. Many plants deserve
studies that prove their therapeutic activity and ethnobotanical surveys become
important to register popular knowledge, so that it is not lost.
ILUSTRAÇÃO 10: Gráfico indicativo das partes utilizadas no preparo das plantas para
fins terapêuticos segundo entrevistas com informantes chaves de Milho Verde e São
Gonçalo do Rios das Pedras (Serro – MG). ................................................................... 48
TABELA 1. Nomes populares, em ordem alfabética, das plantas citadas pelos entrevistados de
Milho Verde (MV) e São Gonçalo do Rio das Pedras (SG) com respectivo número de
entrevistados que as citaram. ....................................................................................................... 37
TABELA 2. Forma de uso medicinal das plantas citadas por três ou mais informantes-chave
entrevistados em Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG). ....................... 38
TABELA 3. Plantas medicinais citadas pelos informantes chave entrevistados em Milho Verde
e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG). ........................................................................ 40
TABELA 4. Comparação entre o uso das plantas medicinais citadas por naturalistas que
estiveram no Brasil no séc. XIX e o uso de plantas medicinais citados por informantes-chaves
entrevistados em Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro-MG) em 2010/2011... 47
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tempo colonial, em que esta tradição teve influência da cultura indígena, européia e
africana (GRANDI et al., 1989).
O Brasil do início do século XX era predominantemente rural e usava
abundantemente a flora como recurso medicinal. No entanto, foi a difusão do
conhecimento entre gerações e as uniões étnicas entre imigrantes, que resultaram na
medicina popular brasileira dos dias atuais (BRASIL, 2006).
Com a industrialização brasileira, o acesso aos medicamentos sintéticos e aos
profissionais de saúde se tornou mais fácil, e a falta de comprovação farmacológica das
plantas medicinais virou sinônimo de atraso tecnológico. Assim, o conhecimento
tradicional passou a ser relegado (BORGES & ALMEIDA, 2008).
No entanto, recentemente, a medicina tradicional ganhou popularidade devido ao
incentivo dado por profissionais que atuam em serviços de saúde onde predominam a
medicina convencional e por profissionais da rede básica de saúde dos países em
desenvolvimento (BRASIL, 2006).
A valorização do uso de plantas medicinais e fitoterápicos tem se fortificado
desde o momento em que a OMS recomendou que os países criassem e desenvolvessem
ações com intuito de incluir plantas medicinais na Atenção Primária em Saúde
(BORGES & ALMEIDA, 2008).
Os estudos na área ainda são escassos e insuficientes quando se trata da riqueza
da flora brasileira. Percebe-se assim, a necessidade de estimular estudos acerca do
assunto, possibilitando o uso adequado das plantas medicinais (BRASIL, 2006).
Em 2001, em Brasília, 400 profissionais de diversos segmentos discutiram a
proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos tendo como
objetivo garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas
medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o
desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional (BRASIL, 2006).
Dessa forma, em dezembro de 2008 foi instituído o Programa Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos a fim de garantir segurança, eficácia e qualidade às
plantas e fitoterápicos nos serviços relacionados à Fitoterapia no SUS. Este programa
também busca reconhecer as práticas populares à respeito do uso de plantas medicinais
e sua utilização como remédios caseiros, sobretudo através de pesquisas etnobotânicas
(BRASIL, 2009).
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A criação de programas de fitoterapia no Brasil foi influenciada pelo programa
Farmácias Vivas, criado pelo professor Francisco José Abreu Matos, da Universidade
Federal do Ceará. Foi o primeiro programa de assistência social farmacêutica baseado
no emprego de plantas medicinais desenvolvido no Brasil. Tem entre seus objetivos
produzir e utilizar produtos com fins terapêuticos oriundos da flora medicinal da região.
Após a criação, o programa tornou-se referência para todo o país (SILVA et al., 2006).
Grande parte das drogas derivadas de plantas medicinais, são usados hoje no
mesmo intuito em que se utilizavam nas comunidades tradicionais, fazendo com que os
estudos etnobotânicos sejam alvo de interesse pela indústria farmacêutica (BORGES &
ALMEIDA, 2008).
Como resultado do crescimento da biopirataria, técnicas de colheita errôneas,
perda de habitat e comércio de plantas medicinais, a biodiversidade genética de plantas
medicinais tradicionais está constantemente sob a ameaça de extinção (HOAREAU &
DA SILVA, 1999).
Os derivados de plantas medicamentosas atuam na manutenção da saúde em
várias sociedades desenvolvidas. Por isso, as plantas com funções medicinais são
componentes em pesquisas desenvolvidas pelas indústrias farmacêuticas. Essas
investigações objetivam-se em isolar e usar diretamente o princípio ativo, ou
desenvolver produtos sintéticos (HOAREAU e DA SILVA, 1999). Em suma, US$320
bilhões/ano movimentados pelos produtos farmacêuticos, US$20 bilhões são originários
de substâncias ativas derivadas de plantas (BORGES & ALMEIDA, 2008).
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medicinais, se destacam quatro principais abordagens: randômica (coleta ao acaso de
plantas para análises fitoquímicas e farmacológicas), etológica (baseado nos estudos de
comportamento animal como primatas), quimiotaxionômica (seleção de espécies de
uma família ou gênero, do qual já se tem algum conhecimento fitoquímico) e o
etnodirigido (seleção de espécies de acordo com a indicação de grupos populacionais,
onde se destaca a etnofarmacologia e a etnobotânica) (ALBUQUERQUE &
HANAZAKI, 2006).
Atualmente a bioprospecção é regulamentada por legislação no Brasil. Até a
Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) começar a entrar em vigor, os recursos
genéticos tinham acesso livre, por ser considerados patrimônio da humanidade. Esta
Convenção tem como objetivos a conservação da diversidade biológica, a utilização
sustentável de seus componentes e a divisão dos benefícios derivados do uso dos
recursos genéticos (SILVA, 2012).
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das plantas medicinais, causam a perda dessa valiosa transmissão oral de conhecimentos
acerca de plantas nativas (MEDEIROS et al., 2004).
A abordagem etnobotânica é uma estratégia que tem atingido sucesso na
identificação de novas moléculas bioativas de diversas plantas. Nessa abordagem, a
informação trazida das comunidades juntamente com os estudos fitoquímicos representa
avanço na investigação farmacológica e tem produzido resultados positivos (MELO et
al., 2011).
Os estudos etnobotânicos cresceram consideravelmente na última década, em
muitas partes do mundo, inclusive na América Latina. Em 52% artigos publicados em
periódicos internacionais, baseados em pesquisas desenvolvidas na América Latina,
41% foram de levantamentos etnobotânicos na América do Sul (desenvolvidos por
pesquisadores nacionais de países como Uruguai, Argentina, Chile, Brasil e Paraguai).
Dessa forma, torna-se importante acompanhar o desenvolvimento da etnobotânica no
Brasil, considerando sua diversidade cultural e biológica (OLIVEIRA et al., 2009).
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A flora brasileira é a mais rica do planeta, com aproximadamente 55 mil
espécies de plantas superiores (cerca de 22% do total mundial) (MMA, 2002). Além de
apresentar um dos maiores índices de diversidade biológica, o Brasil ostenta também
uma grande diversidade cultural. Nosso país foi constituído por sociedades
diferenciadas culturalmente, capazes de se adaptar aos diferentes ecossistemas
brasileiros, seja por sobrevivência ou pela maneira como utilizam os recursos naturais
(DIEGUES et al., 2000).
Considerando os biomas brasileiros, o Cerrado contém cerca de 5% da
biodiversidade mundial (BORGES & ALMEIDA, 2008).
1.5 Cerrado
20
Na diferenciação dos tipos fitofisionômicos, adota-se critérios baseados na
fisionomia, aspectos do ambiente e da composição florística. Ao todo são descritos doze
tipos principais de vegetação para o Bioma, enquadrados em formações florestais (Mata
Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), savânicas (Cerrado sentido restrito,
Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e
Campo Rupestre) (RIBEIRO & WALTER, 2008).
O bioma Cerrado é uma das regiões mais importantes do país, devido à riqueza
de vegetação que compreende plantas lenhosas (como as árvores e os arbustos) até
herbáceas. Caracterizando a região como singular e diversificada fisionomicamente. É
uma das regiões de maior biodiversidade do mundo e cobre 25% do território nacional.
Localizado na porção central do continente sul-americano e no sentido nordeste-sudeste
brasileiro (ILUSTRAÇÃO 2) (PAGOTTO & SOUZA, 2006). Cálculos indicam mais de
6.000 espécies de árvores e 800 espécies de aves, além de grande variedade de peixes e
outras formas de vida (MMA, 2002). No entanto, mesmo sua flora sendo considerada a
mais rica entre as savanas do mundo, ainda é pouco conhecida. E ainda são poucos os
estudos voltados para a identificação de plantas úteis (CUNHA & BORTOLOTTO,
2011).
A variedade taxonômica no Cerrado se deve à diversidade relativa aos táxons
mais elevados como gênero, família e ordem. Quanto maior for a diversidade
taxonômica em níveis superiores, maior é o distanciamento filogenético entre as
espécies e maior é a diferença e diversidade química entre elas, o que implica na
importância do Cerrado nas pesquisas com plantas medicinais (NETO & MORAIS,
2003).
Estima-se que aproximadamente 40% do bioma Cerrado já tenha sido devastado
e 1,5% de sua extensão é protegida por lei, sendo portanto a vegetação em maior risco
no país (ILUSTRAÇÃO 3). É válido ressaltar que os recursos naturais oferecidos pelo
Cerrado, dentre eles a capacidade terapêutica oferecida pelas plantas, uma vez extintos,
estarão indisponíveis às futuras gerações (NETO & MORAIS, 2003).
21
ILUSTRAÇÃO 2: Mapa de distribuição dos biomas brasileiros
Fonte: Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=169.
22
Nas últimas décadas, tem sido proposta a exploração mais intensa do Cerrado,
(seja por expansão agrícola, seja por plantios florestais para fixar carbono atmosférico)
uma vez que esta região está sendo considerada uma alternativa ao desmatamento na
Amazônia (MMA, 2002).
Os principais responsáveis pela destruição das grandes áreas do Cerrado são
empreendimentos agrícolas baseados em monoculturas ou devastação de áreas para
criação de gado. Isso causa também a degradação sócio cultural e ambiental
(DELWING & PICCININI, 2007).
São inúmeras as espécies de plantas e animais com risco de extinção. Em áreas
protegidas, 20% das espécies nativas e endêmicas não existem mais. Estima-se que das
espécies de animais que ocorrem no Cerrado, 137 estão ameaçadas de extinção. Dos
biomas brasileiros que sofreram alterações com a ocupação humana, o Cerrado aparece
em primeiro lugar, resultado da exploração extremamente predatória do material
lenhoso para produção de carvão (MMA, 2012).
A destruição da vegetação natural significa a perda do conhecimento sobre o uso
medicinal tradicional das plantas pelas populações, acumulado ao longo dos tempos. Os
detentores deste conhecimento rompem o saber acumulado quando migram para centros
urbanos, o que na maioria das vezes acontece (ALMEIDA, 2003).
Além das riquezas naturais, estão em risco de desaparecer inclusive a cultura de
um povo que detém um conhecimento tradicional da biodiversidade do Cerrado. E ainda
a transmissão ocorre apenas de forma verbal, para as outras gerações (DELWING &
PICCININI, 2007).
As pesquisas com plantas se torna importante no bioma Cerrado, sendo a
categoria medicinal a mais estudada. No entanto os estudos etnobotânicos na região
ainda são escassos (DAMASCENO & BARBOSA, 2008). Faltam também estudos
voltados para a identificação de plantas úteis, principalmente quando comparada à
diversidade e à área ocupada (NETO & MORAIS, 2003).
A gestão da biodiversidade constitui-se também na valorização da cultura local,
dos saberes tradicionais e suas formas regionais de relação com o ambiente. Os
raizeiros têm um importante papel ao transmitir seus conhecimentos populares sobre
plantas medicinais do Cerrado, incentivando as atividades de produção de
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medicamentos e remédios. Podendo proporcionar a diminuição dos impactos gerados
neste bioma e valorizar a sua flora (BORGES & ALMEIDA, 2008).
O presente trabalho foi realizado nos distritos de Milho Verde e São Gonçalo do
Rio das Pedras, situados no alto Jequitinhonha, Serra do Espinhaço, pertencentes ao
município mineiro de Serro (ILUSTRAÇÕES 4 e 5).
O distrito de Milho Verde (18º28’07’’S e 43º29’57’’W) está localizado a 25 km
da sede do município do Serro e a 32 km de Diamantina. A população do distrito é
composta de 490 moradores na área urbana e 1172 na área rural, totalizando 1662
habitantes em todo o perímetro do distrito.
A principal atividade econômica do distrito é o turismo, mas a pecuária e a
agricultura de subsistência também estão presentes, em especial na zona rural. Os
atrativos turísticos compreendem belas cachoeiras, trilhas e campos para
acampamentos. Além da população acolhedora, a atmosfera festiva atrai turistas que
procuram proximidade com a natureza e fuga do estresse das cidades (SERRO.TUR,
2012).
São Gonçalo do Rio das Pedras (18°24'54"S e 43°29'41"W) está localizado a 7
km de Milho Verde e a 29 km do Serro. A população é composta por 746 moradores na
zona urbana e 1023 na zona rural (SERRO.TUR, 2012). A região é uma APA,
denominada Águas Vertentes. Ocupa uma área de 76297.20 ha, com predomínio do
bioma Cerrado (OBSERVATÓRIO, 2012).
24
ILUSTRAÇÃO 4: Mapa da localização do Alto Jequitinhonha.
25
26
2 Objetivos
27
28
3 Metodologia
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Durante a entrevista foi possível obter dados quanto ao perfil dos informantes,
como idade, grau de instrução, como adquiriu o conhecimento sobre a utilização de
plantas medicinais e como o seu conhecimento têm sido transmitido para outras
gerações. Com relação às plantas, foram coletados dados como nome popular, parte
utilizada, indicação, forma de preparo, via de administração e posologia.
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Análise taxonômica
Após a identificação botânica de todos os exemplares coletados, serão aplicadas
algumas técnicas de análises quantitativas de dados comuns na área de etnobotânica.
31
32
4 Resultados e discussão
33
ILUSTRAÇÃO 6- Forma de aquisição do conhecimento citada pelos informantes-chave das
comunidades de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras.
5
Número de entrevistados
4
1
3 2
2 Sexo Masculino
3 Sexo Feminino
1 2
1 1
0
40-49 50-59 60-69 70-79 80-89
(10%) (40%) (40%) (0%) (10%)
Faixa etária
5
Número de entrevistados
2 Sexo Masculino
1 1
Sexo Feminino
1
1 1 1 1
0
40-49 50-59 60-69 70-79 80-89
(10%) (40%) (40%) (0%) (10%)
Faixa etária (anos)
ILUSTRAÇÃO 8: Gráfico da distribuição dos 6 informantes-chave de São Gonçalo do Rio das Pedras.
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5
Número de entrevistados
4
2 Sexo Masculino
1
Sexo Feminino
1 2
1
0
40-49 50-59 60-69 70-79 80-89
(10%) (40%) (40%) (0%) (10%)
Faixa etária (anos)
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Estudo etnobotânico
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TABELA 1. Nomes populares, em ordem alfabética, das plantas citadas pelos entrevistados de Milho Verde
(MV) e São Gonçalo do Rio das Pedras (SG) com respectivo número de entrevistados que as citaram.
37
Na tabela 2 estão as plantas mais citadas (mencionadas por mais de 3
informantes), em sua forma mais detalhada.
TABELA 2. Forma de uso medicinal das plantas citadas por três ou mais informantes-chave entrevistados
em Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG).
38
TABELA 2. Continuação
39
TABELA 3. Plantas medicinais citadas pelos informantes chave entrevistados em Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG).
Nome popular Família Nome científico Origem Endemismo Distribuição geográfica
Centro-Oeste (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
Alecrim do Não é endêmica no Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo,
Asteraceae Baccharis dracunculifolia DC Nativa
Campo Brasil Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul)
Norte (Pará, Amazonas, Acre), Nordeste (Maranhão, Piauí,
Não é endêmica no Ceará, Pernambuco, Bahia), Centro-Oeste (Goiás, Mato
Alfavaca Laminaceae Ocimum campechianum Mill. Nativa
Brasil Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São
Paulo), Sul (Paraná)
Amora Branca Em processo de identificação
Norte (Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Tocantins,
Acre, Rondônia), Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas),Centro-Oeste (Mato
Não é endêmica no
Araruta Marantaceae Maranta sp Nativa Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
Brasil
Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo,
Rio de Janeiro), Sul(Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul)
Argelou Não coletada *
Arnica Em processo de identificação
Árvore de
Em processo de identificação
Andorinha
Assa Peixe Em processo de identificação
Azedinho Em processo de identificação
Babosa Não coletada *
Norte (Tocantins), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato
Stryphnodendron adstringens (Mart.)
Barbatimão Fabaceae Nativa Endêmica do Brasil Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
Coville
Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo),Sul (Paraná)
Bardana Asteraceae Arctium lappa L. Exótica Ásia
Baspe Não coletada *
Batatinha Em processo de identificação
Butua Não coletada *
40
TABELA 3. Continuação
Caboclinho ou
Não coletada *
Rufão
Canelinha de
Não coletada *
Macaco
Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Bahia), Centro-
Cangussú Branco Amaranthaceae Gomphrena virgata Mart Nativa Endêmica do Brasil Oeste (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo), Sul(Paraná)
Norte (Roraima, Amazonas, Acre), Nordeste (Ceará,
Não é endêmica no Pernambuco, Bahia, Alagoas), Centro-Oeste (Mato
Caapeba Piperaceae Piper umbellatum L. Nativa
Brasil Grosso, Goiás), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São
Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina)
Capuchinha Tropaeolaceae Tropaeolum majus L. Exótica Peru
Caraíba Não coletada *
Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Goiás, Distrito
Carobinha Bignoniaceae Jacaranda caroba (Vell.) DC Nativa Endêmica do Brasil
Federal), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)
Nordeste (Ceará, Pernambuco, Bahia), Centro-
Oeste (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
Não é endêmica no
Carqueja Asteraceae Baccharis crispa Spreng. Nativa Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo,
Brasil
Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul)
Catuaba Em processo de identificação
Cervejinha Em processo de identificação
Norte (Roraima), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato
Echinodorus macrophyllus (Kunth) Não é endêmica no
Chapéu de Couro Alismataceae Nativa Grosso), Sudeste (Minas Gerais, Rio de
Micheli Brasil
Janeiro), Sul (Paraná)
Cipó Trindade Em processo de identificação
Congonha de
Não coletada *
Bugre
Congonha de
Não coletada *
Tropeiro
41
TABELA 3. Continuação
42
TABELA 3. Continuação
43
TABELA 3. Continuação
44
TABELA 3. Continuação
45
TABELA 3. Continuação
46
TABELA 4. Comparação entre o uso das plantas medicinais citadas por naturalistas que estiveram no Brasil
no séc. XIX e o uso de plantas medicinais citados por informantes-chaves entrevistados em Milho Verde e
São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro-MG) em 2010/2011.
Nome científico Nome Citação por Uso citado por Uso relatado
popular naturalistas* naturalistas pelos
informantes-
chave
Stryphnodendron adstringen Barbatimão St.-Hilaire, Spix & Adstringente, Cicatrizante,
(Mart.). Coville Martius, Pohl, leucorréia, infecção de
Langsdorffii, Burton, diarréia, úlceras. garganta.
Warming
Piper umbellatum L. Caapeba Bunbury Imune Doenças
estimulante, hepáticas,
diabetes, feridas, doenças
queimaduras, estomacais.
dor de estômago,
sudorífico.
Jacaranda caroba (Vell.) DC Carobinha Spix & Martius Sudorífico, Alergia,
sífilis, úlceras de depurativo,
pele, doenças vermífugo.
venéreas.
Baccharis crispa Spreng. Carqueja St.-Hilaire, Spix & Atonia geral, Dispepsia,
Martius, Bunbury anemia, tônico, doenças
febrífugo, hepáticas,
dispepsia. alergia,
vitalidade
capilar.
Copaifera langsdorffii Desf. Copaíba St.-Hilaire, Spix & Gonorreia, Cicatrizante
Martius, D’Orbgni, leucorréia,
Burton psoríase, feridas.
Senna occidentalis (L.) Link Fedegoso St.-Hilaire, Spix & anti- Hipertensão,
Martius,Langsdorffii, hemorroidal, tônico,
Burton diurético,tônico, doenças
retenção hídrica, hepáticas.
distúrbios
hepáticos;
purgativo.
Achyrocline satureioides (Lam.) Macela Burton Tônico, Estômago,
DC estimulante, calmante,
antiespasmódico, couro
digestivo, falta cabeludo.
de apetite.
Remijia ferruginea (A.St.-Hil.) Quina St.-Hilaire, Spix & Febre Contusão,
DC. Martius, vermífugo,
Martius, Burton vitalidade,
brilho capilar.
* Brandão et al. (2008b, 2011, 2012).
Quanto às partes das plantas mais utilizadas, a Ilustração 9, mostra que são as
folhas (62,24%), a planta toda (13,99%) e a raiz (13,29%). O uso predominante das
47
folhas se destaca também no estudo de Alves et al. (2008) podendo ser justificado pelo
seu potencial medicinal, pela facilidade de coleta, pela presença na maior parte do ano e
pela preocupação em preservar as espécies vegetais.
Outras partes das plantas citadas, indicadas para fins terapêuticos foram flor
(Alecrim do Campo, Azedinho, Poejo), fruto (Jurubeba, Macaúba), cascas do tronco
(Pacari, Mutamba), leite do caule (Mangaba), óleo do fruto (Macaúba) e semente
(Imburana).
Fruto 2,80%
Flor 3,50%
Raiz 13,29%
Folha 62,24%
ILUSTRAÇÃO 10: Gráfico indicativo das partes utilizadas no preparo das plantas para fins terapêuticos
segundo entrevistas com informantes chaves de Milho Verde e São Gonçalo do Rios das Pedras (Serro –
MG).
48
Maceração (Água) 1,54%
Emplasto 1,54%
Sumo 2,31%
Forma de preparo
Xarope 3,08%
Tintura 8,46%
Chá 70,77%
ILUSTRAÇÃO 11: Gráfico indicativo da porcentagem de plantas listadas e forma de preparo segundo
informantes das comunidades de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG).
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Reumatismo 5
Cicatrizante 5
Doenças hepáticas 6
Caspas 6
Indicação de uso
Vermífugo 7
Pele 7
Inflamação 7
Vitalidade e crescimento capilar 8
Estômago 8
Gripe 11
Rins 11
Depurativo do sangue 15
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Número de citações
ILUSTRAÇÃO 12: Gráfico indicativo das principais indicações de uso segundo informantes das
comunidades de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG).
TABELA 5. Categoria de doenças e indicações terapêuticas das plantas citadas pelos informantes das
comunidades de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro – MG).
Doenças da pele e Pacari, Alecrim do Campo, Erva de Bicho, Adstringente, anti caspas,
do tecido Jaborandi, Mangaba, Dente de Leão, Macela, micoses, acne, manchas, queda
subcutâneo Capuchinha, Bardana, Imbaúba, Macaúba. de cabelo.
50
Carqueja, Pacari, Baspe, Araruta, Espinheira Má digestão, gastrite, úlcera,
Doenças do
Santa, Salsa Parrilha, Butua, Jalapinha, antidiarréico, azia, refluxo,
sistema digestório
Caapeba, Espinheira Santa, Macela, Tomba. laxante, dor no estômago.
TABELA 5. Continuação.
Doenças do
Macela, Mentrasto, Melissa. Depressão, ansiedade, convulsão.
sistema nervoso
Lesões,
envenenamento e
Picada de inseto, contusão e
outras Arnica, Quina.
pancada.
consequências de
causas externas
51
52
5 Conclusão
53
REFERÊNCIAS
BORBA, A. M.; MACEDO, M. Plantas medicinais usadas para a saúde bucal pela
comunidade de Santa Cruz, Chapada dos Guimarães, MT, Brasil. Acta bot. Bras.
20: 771-782, 2006.
54
BRANDÃO, M.G.L. et al. Useful Brazilian plants listed in the field books of the
French naturalist Auguste de Saint-Hilaire (1779–1853); Journal of
Ethnopharmacology 143: 488–500, 2012.
GRANDI, T. S. M. et al. Plantas medicinais de Minas Gerais, Brasil. Acta Bot. Bras.;
3:185-224, 1989.
55
KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A conservação do cerrado brasileiro.
Megadiversidade, 1:147-155, 2005.
MING, L.C. Coleta de Plantas Medicinais. In: STASI, L. C. Pantas Medicinais: Arte
e Ciência. P. 69-85. 1996.
56
OLIVEIRA, F. C. et al. Avanços nas pesquisas etnobotânicas no Brasil.Acta
Botânica Brasil, 23: 590-605, 2009.
PAGOTTO, T.C.S; SOUZA, P.R. Bioma: Cerrado e área estudada. 18-30 In:
PAGOTTO, T.C.P., SOUZA, P.R. Biodiversidade do Complexo Aporé-Sucuriú –
Subsídiosà conservação e manejo do bioma Cerrado. Campo Grande, Ed.UFMS, 2006.
SILVA, F.A. Legislação que incide sobre a coleta, acesso ao patrimônio genético e
aos conhecimentos tradicionais associados. In: SOUZA, G.H.B.; MELLO, J.C.P.;
LOPES, N.P. Farmacognosia: coletânia científica. Ouro Preto: UFOP, 2012.
VEIGA Jr., V.F., et al. Plantas medicinais: Cura segura? Quim. Nova, 28: 519-528,
2005.
57
ANEXOS
ANEXO A. Aprovação do Projeto de Pesquisa pelo CEP/UFVJM.
58
ANEXO A. Continuação.
59
ANEXO B. Autorização concedida pelo IEF.
60
ANEXO C. TCLE.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
61
perguntas ou com a presença do entrevistador. Durante a caminhada pela mata e a coleta
de plantas, os riscos aos quais você estará exposto não diferem dos riscos presentes em
sua rotina de incursão pela mata e coleta de material vegetal para sua utilização; no
entanto, poderá haver o constrangimento da presença do pesquisador. Caso você não
queira a presença do entrevistador durante sua
caminhada rotineira pela mata, solicitamos que você colete partes floridas das plantas
que você citar na entrevista; esse material deverá ser entregue ao entrevistador que o
visitará, quando você marcar data e horário, para pegar o material. Feito dessa forma,
para você, poderá haver o incômodo de coletar mais material que o de costume, pois
parte dele será utilizado na pesquisa.
Na tentativa de diminuir os riscos durante a caminhada pela mata, sugerimos alguns
procedimentos de segurança, que estão sendo entregues para você, agora, em folha
separada deste termo
Os benefícios relacionados com a sua participação são colaborar para a pesquisa de
plantas nativas de sua localidade que são utilizadas pela população. Esse conhecimento
será registrados e ficará disponível para futuras gerações, evitando-se assim, que esse
saber se perca. Ao final da pesquisa, você receberá os resultados impressos. Esses
resultados serão entregues também a líderes de sua localidade e ao IEF, para que juntos
(caso seja interesse de todos os envolvidos), possam discutir sobre a melhor utilização
dos recursos naturais (plantas), sem que ocorra extinção de espécies ou outros danos ao
meio ambiente dos parques (unidades de conservação) e de locais próximos.
Organizaremos encontros com sua comunidade e nas escolas, dos quais você pode
participar ativamente ou não (a decisão é sua). Nesses encontros conversaremos sobre
as plantas nativas úteis para a saúde e tentaremos mostrar o valor e a riqueza de saber.
As informações obtidas através dessa pesquisa poderão ser divulgadas em encontros
científicos (como congressos) ou em revistas científicas, mas não possibilitarão sua
identificação. Desta forma garantimos o sigilo sobre sua participação (seu nome e
endereço não serão divulgados).
Esse trabalho não visa lucros, não estamos recebendo nenhum financiamento para fazê-
lo. Estamos apenas realizando uma das funções da universidade que é a pesquisa e a
divulgação do conhecimento. Assim, não haverá remunerações ou indenizações pela
participação neste trabalho.
62
Você receberá uma cópia deste termo onde constam o telefone e o endereço do
pesquisador principal e do Comitê de Ética em Pesquisa da UFVJM, podendo tirar suas
dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.
63
ANEXO D. Formulário da entrevista.
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº Entrevistador:
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário:
Data e local de nascimento: Grau de instrução:
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas?
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?:
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, Foi possível a
Nome Para que é utilizada a planta
Parte da planta (planta seca ou fresca, em região da pele sem ferimentos; oral, ...) e coleta de material
popular da (doenças, tratamentos,uso
utilizada preparada como posologia (quantas vezes ao dia, de quantas em para a confecção
planta cosmético, etc)
infusão, decocção, etc) quantas horas, quantos dias, ...) de exsicata?
64
ANEXO E: Folder
Você precisa
saber!
65
São muitas as plantas com uso Antes de ingerir qualquer
medicinal.
Lembre-se:
preparação feita com
Elas ajudam na
plantas, fique atento à
prevenção e na cura Apesar de as plantas
de doenças. quantidade e à
serem naturais, elas mistura de plantas
O USO PELA
COMUNIDADE É DE podem prejudicar a diferentes.
LONGA DATA!
Esse conhecimento saúde, quando
deve ser transmitido
utilizadas de forma
entre gerações.
É muito importante que esses valores errada.
não se percam.
As plantas nativas devem ser coletadas
para uso medicinal, tomando-se
cuidados para que não desapareçam.
66
ANEXO F. Entrevistas.
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 01 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 13/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento:12/02/1962 – São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Fundamental Completo
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Cultura local, avós, pais. Curso: Manejo e manipulação de plantas
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim. Faz chá para filhas e as ensina sobre as plantas. Mas de modo geral, os jovens não confiam
nas plantas e não demonstram interesse.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, Foi possível a
Nome Para que é utilizada a planta
Parte da planta (planta seca ou fresca, em região da pele sem ferimentos; oral, ...) e coleta de material
popular da (doenças, tratamentos,uso
utilizada preparada como posologia (quantas vezes ao dia, de quantas em para a confecção
planta cosmético, etc)
infusão, decocção, etc) quantas horas, quantos dias, ...) de exsicata?
Picada de inseto, contusão, Utilizar na região
Arnica Folha Maceração (álcool) Uso tópico Sim
pancada acometida se dor.
Caboclinho Meio copo, 2x/dia até
Raiz Estimulante Infusão Via oral Não
ou Rufão melhorar.
Meio copo, 2x/dia até
Carobinha Raiz Vermífugo Infusão Via oral Sim
melhorar.
Meio copo, 2x/dia, até
Carqueja Folha e raiz Digestivo Decocção Via oral Sim
melhorar.
Imburana Semente Hipertensão Infusão Via oral Meio copo, 2x/dia. Não
Inharé ou Infusão/maceração
Raiz Reumatismo Via oral Meio copo, 2x/dia. Não
mamacadela (água)
Uso medicinal (gastrite, Via oral (uso medicinal),
Cascas do Pomada, Meio copo, 2x/dia (uso
Pacarí úlcera), cosmético (adstrigente uso tópico (solução, ou Sim
tronco maceração(solução) medicinal).
e esfoliante) no shampoo/creme)
Utilizar o macerado na
Pau Santo Folha Cicatrizante e antiinflamatório Maceração Uso tópico (cataplasma) região atingida 2x/dia Sim
até melhorar
Meio copo, 2x/dia, até
Salsa Parrilha Raiz Insuficiência renal Infusão/maceração Via oral Não
melhorar.
67
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 02 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 13/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento:12/06/1950 São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Fundamental incompleto
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com o pai.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Não. Os sobrinhos não demonstram interesse em aprender.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Para que é utilizada a Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, Foi possível a
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca, em região da pele sem ferimentos; oral, ...) e coleta de material
planta utilizada tratamentos,uso preparada como posologia (quantas vezes ao dia, de quantas em para a confecção
cosmético, etc) infusão, decocção, etc) quantas horas, quantos dias, ...) de exsicata?
Meio copo, 2x/dia, até melhorar.
Cangussu Branco Raiz Reumatismo Infusão Via oral Sim
Meio copo, 2x/dia, até melhorar.
Carobinha Folha e raiz Depurativo Maceração (álcool) Via oral Sim
Meio copo, 2x/dia, até melhorar.
Catuaba Folha e raiz Depurativo Maceração (álcool) Via oral Sim
Meio copo, 2x/dia, até melhorar.
Cipó Trindade Folha Reumatismo Infusão Via oral Não
Meio copo, 2x/dia, até melhorar.
Cura Tombo Folha e raiz Reumatismo Maceração (álcool) Via oral Não
Utilizar o óleo até melhorar.
Quina Raiz Contusão Óleo da raiz Uso tópico Sim
68
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 03 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 13/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento:01/01/1924 São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Analfabeto
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com a mãe.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Os filhos tiveram interessem, mas os netos não possuem interesse.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Para que é utilizada a Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, Foi possível a
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca, em região da pele sem ferimentos; oral, ...) e coleta de material
planta utilizada tratamentos,uso preparada como posologia (quantas vezes ao dia, de quantas em para a confecção
cosmético, etc) infusão, decocção, etc) quantas horas, quantos dias, ...) de exsicata?
Meio copo, 2x/dia, até
Baspe Folhas Úlcera estomacal Infusão Via oral melhorar Não
Meio copo, 2x/dia, até
Caraíba Folhas Vermífugo Maceração (álcool) Via oral melhorar Não
Cervejinha Folhas Insuficiência renal Infusão Via oral Meio copo, 2x/dia Sim
Utilizar na região na
Grão de Galo Raiz Dor na coluna Infusão Via tópico coluna se dor. Não
Meio copo, 2x/dia, até
Unha Danta Folhas Vermífugo Maceração (água) Via oral melhorar Não
Meio copo, 2x/dia, até
Mulambeira Raiz Gota Infusão Via oral melhorar Não
Uma colher no momento
Tomba Folha e raiz Convulsão Infusão Via oral da convulsão Não
69
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 04 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 13/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento:18/10/1972 São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Ensino Médio Completo
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Pais, avós, curso de capacitação
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Não percebe interesse por parte dos mais jovens.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Para que é utilizada a Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, Foi possível a
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca, em região da pele sem ferimentos; oral, ...) e coleta de material
planta utilizada tratamentos,uso preparada como posologia (quantas vezes ao dia, de quantas em para a confecção
cosmético, etc) infusão, decocção, etc) quantas horas, quantos dias, ...) de exsicata?
70
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 05 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 13/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento: 08/12/1958 São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Ensino Superior Completo
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com a mãe. Conheceu mulher que fazia essências, aprendeu muito com ela.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Não. Pessoas mais jovens não têm interesse.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Forma de uso – via de administração (via Foi possível a
Forma de preparo
Para que é utilizada a planta tópica, em região da pele sem ferimentos; coleta de
Nome popular da Parte da planta (planta seca ou fresca,
(doenças, tratamentos,uso oral, ...) e posologia (quantas vezes ao dia, material para a
planta utilizada preparada como
cosmético, etc) de quantas em quantas horas, quantos dias, confecção de
infusão, decocção, etc)
...) exsicata?
Alecrim do Campo Flores Micoses Pomada Uso tópico 2x/dia, até melhorar Sim
Meio copo, 2x/dia, até
Amora branca Folha Controle hormonal Infusão Uso oral melhorar Sim
Meio copo, 2x/dia, até
Araruta Folhas Antidiarréico Infusão Uso oral melhorar Sim
Utilizar na região afetada até
Arnica Toda a planta Cicatrizante, repelente Maceração (álcool) Uso tópico melhorar Sim
Meio copo, 2x/dia, até
Azedinho Flor Vermífugo Infusão Uso oral melhorar Sim
Barbatimão Folha Cicatrizante, infecção de garganta Infusão Uso oral Gargarejar, até melhorar Sim
Batatinha For Diurético Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Sim
Carqueja Folha Azia Infusão Uso tópico Meio copo até melhorar Sim
Catuaba Toda a planta Controle hormonal Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Sim
Cervejinha do
Meio copo, 3x/dia
Campo Toda a planta Cálculo renal Infusão Uso oral Sim
Depurativo, controle hormonal,
Meio copo, 2x/dia
Dom Bernardo Toda a planta diurético Infusão Uso oral Sim
Erva de Bicho Toda a planta Melhora a pele (hidratante) Pomada Uso tópico 2x/dia, até melhorar Sim
Uma colher 2x/dia, até
Erva Moura Raiz Tosse Xarope Uso oral melhorar Sim
71
Continuação...
72
Continuação...
73
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 06 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 14/11/2010 - São Gonçalo do Rio das Pedras
Data e local de nascimento: 08/18/1951 São Gonçalo do Rio das Pedras Grau de instrução: Ensino Fundamental incompleto
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com os pais, curso de capacitação.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim, para as filhas.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Foi possível
Forma de preparo
Para que é utilizada a a coleta de
Parte da (planta seca ou Forma de uso – via de administração (via tópica, em região
planta (doenças, material
Nome popular da planta planta fresca, preparada da pele sem ferimentos; oral, ...) e posologia (quantas vezes
tratamentos,uso para a
utilizada como infusão, ao dia, de quantas em quantas horas, quantos dias, ...)
cosmético, etc) confecção
decocção, etc)
de exsicata?
Argelou Raiz Dor muscular Maceração (álcool) Uso tópico Utilizar se dor, até melhorar Não
Uso oral e Utilizar se dor, até melhorar 30 gotas da
Arnica Folha Inflamação, dor muscular Tintura tópico tintura ou aplicar na região afetada Sim
Incorporar tintura em
Barbatimão Folhas Cicatrizante pomada Uso tópico Utilizar se dor, até melhorar Sim
Butua Tubérculo Má digestão Infusão Uso oral Meio copo, até melhorar Não
Congonha de Bugre Folha Edema Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Dom Bernardo Folhas Depurativo, cálculo renal Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Sim
Douradinha do Campo Toda a planta Cistite Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Sim
Erva Botão Toda a planta Doenças hepáticas Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Não
Espinheira Santa Folhas Dor no estômago Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Jalapinha Toda a planta Úlceras Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Pacari Folhas Caspas Tintura Uso tópico Utilizar após lavar os cabelos Sim
Sete-sangria Folhas Depurativo Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia Não
74
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 07 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 02/07/2011 - Milho Verde
Data e local de nascimento: 28/07/1943 Milho Verde Grau de instrução: Ensino Fundamental incompleto
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com o pai.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim, para as filhos e netos.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Foi possível a
Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via
Para que é utilizada a planta coleta de
Nome popular da Parte da planta (planta seca ou fresca, tópica, em região da pele sem ferimentos; oral,
(doenças, tratamentos,uso material para a
planta utilizada preparada como infusão, ...) e posologia (quantas vezes ao dia, de
cosmético, etc) confecção de
decocção, etc) quantas em quantas horas, quantos dias, ...)
exsicata?
Cangussu Branco Folhas Reumatismo Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Tiozinho Folhas e/ou raiz Depurativo do sangue Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Dom Bernardo Folhas Depurativo do sangue Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Pai Antônio Folhas Depurativo do sangue Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Não
75
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 08 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 02/07/2011 - Milho Verde
Data e local de nascimento: 08/06/1954 Montes Claros Grau de instrução: Ensino Superior Completo
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Estudando sozinha
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim, para quem busca.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Forma de preparo Foi possível a
Para que é utilizada a
(planta seca ou Forma de uso – via de administração (via tópica, em região coleta de
Nome popular da Parte da planta planta (doenças,
fresca, preparada da pele sem ferimentos; oral, ...) e posologia (quantas vezes material para a
planta utilizada tratamentos,uso
como infusão, ao dia, de quantas em quantas horas, quantos dias, ...) confecção de
cosmético, etc)
decocção, etc) exsicata?
Caapeba Folhas Fígado e estômago Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Quebra pedra Folhas Cálculo renal Decocção Uso oral Meio copo, 3x dia, até melhorar Sim
Assa peixe Folhas Expectorante Infusão ou tintura Uso oral Uma colher, 3x dia, até melhorar Sim
Fígado, Icterícia,
Picão Preto Folhas e flor antiinflamatório Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Mentrasto Folhas Depressão Infusão ou tintura Uso oral Meio copo, 1x dia, até melhorar Não
Jurubeba Folhas e frutos Fígado Infusão ou tintura Uso oral Uma colher, 1x dia, até melhorar Sim
Fígado, alergia, vitalidade Meio copo, 1x dia, até melhorar. Banhar
Carqueja Folhas capilar Infusão ou tintura Uso oral/tópico os cabelos Sim
Chapéu de Couro Folhas Cálculo renal, depurativo Infusão ou tintura Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Fígado, couro cabeludo, Meio copo, 1x dia, até melhorar. Banhar
Dente de Leão Folhas acne Infusão ou tintura Uso oral/tópico os cabelos. Lavar o rosto. Sim
Fedegoso Folhas Tônico, doenças hepáticas Infusão Uso oral Meio copo, 1x dia, até melhorar Sim
Meio copo ou 30 gotas da tintura 1x dia,
Espinheira Santa Folhas Gastrite Infusão ou tintura Uso oral até melhorar Não
76
Continuação...
Quina de Vaca Folhas Vitalidade e brilho capilar Infusão ou tintura Uso tópico Banhar os cabelos. Não
Vitalidade e crescimento
Jaborandi Folhas capilar Infusão ou tintura Uso tópico Banhar os cabelos. Sim
Pata de Vaca Folhas Diabetes Infusão Uso oral Meio copo, 2x dia, até melhorar Sim
Estômago, calmante, Meio copo, 2x dia, até melhorar. Banhar
Macela Folhas couro cabeludo Infusão Uso oral/tópico o couro cabeludo. Sim
Meio copo, 2x dia, até melhorar. Banhar
Copaíba Folhas Cicatrizante Infusão Uso oral/tópico o couro cabeludo. Sim
Uso oral e tópico
(Incorporação em Meio copo, 2x dia. Utilizar na região
Erva de bicho Folhas Cicatrizante Infusão ou tintura pomada) machucada até melhorar. Sim
77
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 09 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 02/07/2011 - Milho Verde
Data e local de nascimento: 29/12/1945 Milho Verde Grau de instrução: Ensino Fundamental Incompleto
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Com avós e mãe
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim, para filhos.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Foi possível a
Para que é utilizada a Forma de preparo
Forma de uso – via de administração (via tópica, em região coleta de
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca,
da pele sem ferimentos; oral, ...) e posologia (quantas vezes material para a
planta utilizada tratamentos,uso preparada como
ao dia, de quantas em quantas horas, quantos dias, ...) confecção de
cosmético, etc) infusão, decocção, etc)
exsicata?
78
“Levantamento de plantas nativas do cerrado e do campo rupestre da Serra do Espinhaço (MG) utilizadas com fins medicinais e cosméticos”
Questionário nº 10 Entrevistador: Dalila Malaquias e Marina Couto
Data e local (cidade, comunidade rural, etc) da aplicação do questionário: 08/12/2011 - Milho Verde
Data e local de nascimento: 09/01/1962 Milho Verde Grau de instrução: Ensino Médio Completo
Como e com quem aprendeu tudo o que sabe sobre plantas medicinais nativas? Estudando sozinha, curso.
Esse saber tem sido transmitido para pessoas mais jovens? Por que?: Sim, porque algumas pessoas buscam conhecimento. No entanto, filhos não possuem interesse.
Quais as plantas medicinais ou cosméticas nativas da região que o Sr. (a) conhece e faz uso ou indica a sua utilização?
Foi possível a
Para que é utilizada a Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, em
coleta de
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca, região da pele sem ferimentos; oral, ...) e posologia
material para a
planta utilizada tratamentos,uso preparada como (quantas vezes ao dia, de quantas em quantas horas,
confecção de
cosmético, etc) infusão, decocção, etc) quantos dias, ...)
exsicata?
Alecrim do Campo Folhas Gripe Xarope com tintura Uso oral Uma colher, 2x/dia, até melhorar Sim
Distúrbios da menopausa
Amora Branca Folhas (Climatérios) Infusão Uso oral Meio copo, 1x/dia Sim
Depurativo, bom para Uso oral/uso Meio copo, 1x/dia. Banhar o couro
Bardana Folhas caspas Infusão tópico cabeludo Sim
Caapeba Folhas Doenças hepáticas Tintura Uso oral 20 gotas, 2x/dia, até melhorar Sim
Canelinha de
Macaco Folhas Doenças renais Infusão Uso oral Meio copo, 1x/dia
79
Continuação..
Foi possível a
Para que é utilizada a Forma de preparo Forma de uso – via de administração (via tópica, em
coleta de
Nome popular da Parte da planta planta (doenças, (planta seca ou fresca, região da pele sem ferimentos; oral, ...) e posologia
material para a
planta utilizada tratamentos,uso preparada como (quantas vezes ao dia, de quantas em quantas horas,
confecção de
cosmético, etc) infusão, decocção, etc) quantos dias, ...)
exsicata?
Carobinha Folhas Alergia, depurativo Infusão Uso oral Meio copo, 1x/dia, até melhorar Sim
Carqueja Folhas Doenças hepáticas Infusão Uso oral Meio copo, 1x/dia, até melhorar Sim
Melissa Folhas Ansiedade, antidepressivo Infusão Uso oral Meio copo, 1x/dia, até melhorar Não
Utilizar na região afetada, 2x/dia, até
Pacari Folhas Micoses, coceiras na pele Infusão Uso tópico melhorar. Sim
Pata de Vaca Folhas Glicose alta Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
Picão Preto Toda a planta Icterícia Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
Ipê Roxo Folhas Doenças no útero Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Espinheira Santa Folhas Gastrite Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Mentrasto Folhas Antidepressivo Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Estimulante sexual,
resistênica imunológica,
reumatismo, artrite,
Fáfia Paniculada Raiz e Folhas memória Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Não
Catuaba Folhas Estimulante sexual Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
Jurubeba Folhas/Fruto Doenças hepáticas Infusão Uso oral Uma colher, 3x/dia, até melhorar Sim
Gervão Folhas Cicatrizante Infusão Uso tópico Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
Copaíba Folhas Cicatrizante Infusão Uso tópico Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
Caju do cerrado Folhas Gripe Infusão Uso oral Meio copo, 2x/dia, até melhorar Sim
80
ANEXO G. Imagens das plantas identificadas.
81
Gomphrena virgata Mart (“Cangussu Hymenaea stigonocarpa (“Jatobá”)
Branco)
82
Baccharis crispa Spreng (“Carqueja”) Hancornia speciosa Gomes (“Mangaba”)
Copaifera langsdorffii Desf. (“Copaíba”) Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc (“Pau
Santo”)
83
Baccharis dracunculifolia DC (“Alecrim Hancornia speciosa Gomes (“Mangaba”)
do campo”)
84
Croton antisyphiliticus Mart. (“Pé de Remijia ferruginea (A.St.-Hil.) DC.
perdiz”) (“Quina”)
85