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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE


SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO


DE SARGENTOS – CEFS II / 2023

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

ATUALIZADO EM 06/2023

NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.


UNIDADE I

-Apresentação do professor/tutor e discentes;


-Apresentação do conteúdo;
-Esclarecimentos sobre a prova e trabalho;
-Bibliografia básica e complementar;
-Ementa do curso;
-Programa de componente curricular;
-Plano de tutoria;
-Princípios da hierarquia, disciplina e ética militar (Art. 6º, 8º e 9° do CEDM)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do conteúdo, tutor e discentes
1.2 Contextualização da aula
1.3 Objetivo geral
1.4 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Generalidades
2.2. Princípios da hierarquia e disciplina
2.3 Ética militar
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

O Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais é a norma deontológica e
disciplinar dos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do estado;

Tem como fundamento constitucional os princípios da Hierarquia e Disciplina e discorre, dentre outros
aspectos, sobre o exercício do Poder Disciplinar no âmbito das Instituições Militares Estaduais (IME);

Deve ser aplicado e interpretado e aplicado à luz da Constituição Federal, do Estatuto dos Militares do
Estado de Minas Gerais (EMEMG), do Manual de Processos e Procedimentos Administrativos e
Disciplinares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (MAPPA), da Instrução Conjunta
de Corregedorias nº 01/2014 – PMMG/CBMMG, sem prejuízo de outras normas subsidiárias.
INTRODUÇÃO

Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá estar apto a identificar as principais
normas administrativas em vigor na Corporação e aplicá-las corretamente em
situações diversas, interpretando-as adequadamente à legislação vigente, no
espaço de sua responsabilidade funcional.
Objetivos Específicos
• Identificar as normas éticas que regem a Instituição Militar Estadual, bem como
os princípios da hierarquia e disciplina militares;
• Desenvolver os seguintes atributos da área afetiva: apresentação; camaradagem;
civismo; coerência; disciplina; ética; espírito de corpo; hierarquia; integridade;
representatividade; respeito; sentimento de dever; e sobriedade.
DISTRIBUIÇÃO DA PONTUAÇÃO

Prova: valor: 7,00 (sete) pontos. Prova com questões fechadas,


podendo haver questões abertas. Prova com consulta ampla e
irrestrita à legislação federal, estadual, institucional, anotações de
aula e slides, exceto provas antigas. Prova elaborada com base na
legislação e observações de aula, slides e temas dos trabalhos.

Trabalho: valor 3,00 pontos. Sendo 02 (dois) pontos para um


questionário que será disponibilizado no SiGE e 1,00 (um) ponto
para as participações nos quatro fóruns, sendo 0,25 cada fórum.
DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPLINA

Art. 6º – A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das IMEs.

§ 1º – A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes,


dentro da estrutura das IMEs.

§ 2º – A disciplina militar é a exteriorização da ética profissional dos


militares do Estado e manifesta-se pelo exato cumprimento de deveres, em
todos os escalões e em todos os graus da hierarquia, quanto aos seguintes
aspectos:
DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPLINA

I – pronta obediência às ordens legais;


II – observância às prescrições regulamentares;
III – emprego de toda a capacidade em benefício do serviço;
IV – correção de atitudes;
V – colaboração espontânea com a disciplina coletiva e com a efetividade
dos resultados pretendidos pelas IMEs.
DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPLINA

Art. 8º – O militar que presenciar ou tomar conhecimento de prática de


transgressão disciplinar comunicará o fato à autoridade competente, no
prazo estabelecido no art. 57, nos limites de sua competência.

Por militar, entenda-se, neste caso, SUPERIOR HIERÁRQUICO.


(Vide art. 28 do MAPPA)
DESENVOLVIMENTO

PRINCÍPIOS DE HIERARQUIA E DISCIPLINA

Art. 28. Todo militar que preseAnciar ou toCmar conhecimento da


prática de transgressão disciplinar ou qualquer outro ato irregular deverá
levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente por meio de Comunicação
Disciplinar ou Relatório Reservado, observando-se os requisitos legais acerca
de cada documento.
[...]
§2º. Ato irregular é toda conduta, ainda que não tipificada objetivamente no
CEDM, contrária às normas ou à justiça. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

Art. 9º – A honra, o sentimento do dever militar e a correção de atitudes


impõem conduta moral e profissional irrepreensíveis a todo integrante das
IMEs, o qual deve observar os seguintes princípios de ética militar:

I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade


profissional;

II – observar os princípios da Administração Pública, no exercício das


atribuições que lhe couberem em decorrência do cargo;

III – respeitar a dignidade da pessoa humana;


DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

IV – cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e ordens


das autoridades competentes;

V – ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos praticados por


integrantes das IMEs;

VI – zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar a mesma prática


nos companheiros, em prol do cumprimento da missão comum;
DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

VII – praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;

VIII – ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e


observar as normas da boa educação;

IX – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos


das IMEs ou de matéria sigilosa;
DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

X – cumprir seus deveres de cidadão;

XI – respeitar as autoridades civis e militares;

XII – garantir assistência moral e material à família ou contribuir para ela;

XIII – preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou quando já na reserva


remunerada, os preceitos da ética militar;
DESENVOLVIMENTO
ÉTICA MILITAR

XIV – exercitar a proatividade no desempenho profissional;

XV – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidade


pessoal de qualquer natureza ou encaminhar negócios particulares ou de
terceiros;

XVI – abster-se, mesmo na reserva remunerada, do uso das designações


hierárquicas:

a) em atividades liberais, comerciais ou industriais;


DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de


assuntos institucionais;

c) no exercício de cargo de natureza civil, na iniciativa privada;

d) em atividades religiosas;

e) em circunstâncias prejudiciais à imagem das IMEs.


DESENVOLVIMENTO

ÉTICA MILITAR

Parágrafo único – Os princípios éticos orientarão a conduta do militar e as


ações dos comandantes para adequá-las às exigências das IMEs, dando-se
sempre, entre essas ações, preferência àquelas de cunho educacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os princípios da hierarquia e disciplina e a ética militares permeiam
todas as situações da vida professional e pessoal dos militares da Polícia
Militar.
O conhecimento dos princípios e normas que regem a conduta dos
militares estaduais é fundamental para que o Sargento saiba como se
portar nas diversas situações do seu cotidiano e como estas impactam
sua carreira na corporação.

Sugere-se a leitura do livro Comentários ao Código de Ética e Disciplina


dos Militares de Minas Gerais, do Ten Cel Maurício José de Oliveira.
REFERÊNCIA

MINAS GERAIS. Lei nº 14.310, de 19/06/2002 - Dispõe sobre o Código de


Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais.
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO


DE SARGENTOS – CEFS II / 2023

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

ATUALIZADO EM 06/2023

NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.


UNIDADE II

-CEDM
-IC 01/14
-MAPPA
-IRH 239
-Boletim Técnico Conjunto 01/14 e demais normas previstas na
bibliografia básica.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da aula
1.2 Objetivo geral
1.3 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
 Transgressão disciplinar: Definições, classificação e
especificações; Julgamento da transgressão;
 Sanções disciplinares: Natureza e Amplitude;
 Sanções disciplinares: Execução, Regras de aplicação, competência
para aplicação de sanção;
 Anulação da sanção.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

O Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais é a norma deontológica e
disciplinar dos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do estado;

Tem como fundamento constitucional os princípios da Hierarquia e Disciplina e discorre, dentre outros
aspectos, sobre o exercício do Poder Disciplinar no âmbito das Instituições Militares Estaduais (IME);

Deve ser aplicado e interpretado e aplicado à luz da Constituição Federal, do Estatuto dos Militares do
Estado de Minas Gerais (EMEMG), do Manual de Processos e Procedimentos Administrativos e
Disciplinares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (MAPPA), da Instrução Conjunta de
Corregedorias nº 01/2014 – PMMG/CBMMG, sem prejuízo de outras normas subsidiárias.
INTRODUÇÃO

Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá estar apto a identificar as principais normas
administrativas em vigor na Corporação e aplicá-las corretamente em situações
diversas, interpretando-as adequadamente à legislação vigente, no espaço de sua
responsabilidade funcional.
Objetivos Específicos
• Compreender a subsunção da norma (tipo administrativo) à conduta aética;
• Relacionar a transgressão disciplinar capitulada no regulamento disciplinar com a
sanção perpetrada.
• Desenvolver os seguintes atributos da área afetiva: apresentação; camaradagem;
civismo; coerência; disciplina; ética; espírito de corpo; hierarquia; integridade;
representatividade; respeito; sentimento de dever; e sobriedade.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
Observar casos práticas com as devidas padronizações da IC 01/14

Art. 13 – São transgressões disciplinares de natureza grave:

I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda os princípios


da cidadania e dos direitos humanos, devidamente comprovado em
procedimento apuratório;

Para se configurar a mencionada transgressão, deve haver a comprovação


desta em qualquer processo disciplinar, desde que este observe os
primados constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

II – concorrer para o desprestígio da respectiva IME, por meio da prática de


crime doloso devidamente comprovado em procedimento apuratório, que,
por sua natureza, amplitude e repercussão, afete gravemente a credibilidade
e a imagem dos militares;

É imprescindível a existência de condenação com trânsito em julgado


da sentença condenatória do acusado, por crime doloso, para a
configuração dessa transgressão.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

III – faltar, publicamente, com o decoro pessoal, dando causa a grave


escândalo que comprometa a honra pessoal e o decoro da classe;

Para a configuração dessa transgressão, não há


necessidade de que o fato ocorra em local
são se aplica ao militar da reserva (art. 92, CEDM)
público, uma vez que a publicidade exigida para
que se configure a falta diz respeito ao
comprometimento do decoro pessoal, aqui
entendido como um sentimento de decência
particular.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

IV – exercer coação ou assediar pessoas com as quais mantenha relações


funcionais;
O assédio (sexual ou moral) caracteriza-se pelo
A coação constitui uma forma de constrangimento, por meio de ameaças,
constrangimento e de violência, podendo insinuações, propostas e até mesmo de insistentes
questionamentos praticados por militares
serpraticada física (material) ou
(superiores, pares ou mesmo subordinados) entre
moralmente, pelo superior ou
si, ou por militares em desfavor de servidores civis
subordinado.
com quem mantenham relação funcional.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

VI – apresentar-se com sinais de embriaguez alcoólica ou sob efeito de outra


substância entorpecente, estando em serviço, fardado, ou em situação que
cause escândalo ou que ponha em perigo a segurança própria ou alheia;

Art. 202, doCPM: Para o cometimento dessa transgressão, basta que o


Embriagar-se omilitar, militar apresente qualquer sinal de embriaguez (voz
quandoemserviço,ou enrolada, hálito etílico, andar cambaleante, etc.).
apresentar-se embriagado para prestá-lo:

Esta transgressão se aplica ao militar da reserva?? Ou não? (art. 92, c/c art. 64,
parágrafo único do CEDM)
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

IX – utilizar-se de recursos humanos ou logísticos do Estado ou sob sua


responsabilidade para satisfazer a interesses pessoais ou de terceiros;

Para a configuração da presente transgressão, não há necessidade da


ocorrência de vantagem pessoal ou de terceiro, basta que a utilização dos
meios logísticos tenha por finalidade a satisfação de interesse pessoal ou
de terceiro.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

X – exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente ou por


interposta pessoa, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba à Polícia Militar
ou ao Corpo de Bombeiros Militar ou que se desenvolva em local sujeito à sua
atuação;

O exercício do “bico” de segurança em estabelecimentos comerciais e industriais, boates, casas de


espetáculos, restaurantes, farmácias, padarias, supermercados, agências prestadoras de serviço,
condomínios abertos e fechados ou outros locais congêneres, ainda que o militar se encontre à
paisana, de folga, férias, dispensado ou licenciado médico, caracteriza a transgressão disciplinar.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

XIV – agir de maneira parcial ou injusta quando da apreciação e avaliação de


atos, no exercício de sua competência, causando prejuízo ou restringindo
direito de qualquer pessoa;

Não havendo o resultado ou sendo a conduta interrompida antes que haja a produção
do resultado, a conduta poderá, conforme o caso, constituir-se em outra transgressão
disciplinar, a exemplo da prevista no art. 14, II, do CEDM, ou poderá ainda ser atípica.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

XV – dormir em serviço;

Art. 203,CPM: ...a transgressão disciplinar constitui-se numa conduta muito mais
dormiromilitar, ampla do que o crime militar, bastando, pois, para sua
configuração, que o transgressor esteja em qualquer situação de
[...] em serviço de sentinela,
[...]ou vigia, serviço, tais como: durante instrução e expediente de serviço,
em serviço natureza salvo em situações devidamente autorizadas.
qualquer
de
semelhante:
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

XVI – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

Retardar quer dizer fazer com atraso, adiar, tornar mais lento. Nessa circunstância, o transgressor
pratica o ato de ofício fora de um lapso temporal razoável.

Deixar de praticar significa dizer que o transgressor foi omisso, não agiu quando assim deveria
fazê-lo.

A expressão “indevidamente” deve ser entendida como falta de amparo legal para retardar ou
deixar de praticar o ato de ofício.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

XIX – fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que


terceiros obtenham vantagem pecuniária indevida;

Para a configuração do tipo transgressivo em comento, não há necessidade de que o


militar ou terceiro obtenha a vantagem pecuniária indevida, basta que o militar faça
uso do posto ou da graduação com essa finalidade.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES

XX – faltar ao serviço.

Para a configuração da transgressão, o serviço para o qual o militar faltou deve estar previsto em
escala antecipada ou por ordem emanada por quem de direito.

No caso em que as faltas ao serviço ensejarem o crime de deserção, [...] o aspecto disciplinar residual dev
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES GRAVES
SITUAÇÕES PECULIARES (FALTA AO SERVIÇO) TIPO
Faltar ao TPB Art. 13, inc. XX
Falta à escala para cumprimento de sanção de prestação de serviço Art. 14, inc. III

Falta à escala para cumprimento de transação penal de prestação de Art. 14, inc. III
serviço
Atraso que compromete o serviço como um todo Art. 15, inc. I
Militar que se apresenta para o expediente somente à tarde Art. 15, inc. I

Militar que se apresenta para o expediente pela manhã e não volta à Art. 14, inc. II
tarde
Licença ou dispensa médica sem homologação Art. 13, inc. XX
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

Art. 14 – São transgressões disciplinares de natureza média:


I – executar atividades particulares durante o serviço;

Tal transgressão decorre da prática de ato estranho ao interesse do serviço, ou seja,


revestindo-se de uma natureza ou finalidade eminentemente particular e que não
necessariamente traga prejuízo ao serviço público.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

II – demonstrar desídia no desempenho das funções, caracterizada por fato


que revele desempenho insuficiente, desconhecimento da missão,
afastamento injustificado do local ou procedimento contrário às normas
legais, regulamentares e a documentos normativos, administrativos ou
operacionais;
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

a) Desempenho insuficiente:

...refere-se ao cumprimento de atribuições ou ordens, de forma a não satisfazer por


completo aquilo que fora previamente determinado. Para a ocorrência desse
elemento, deve preexistir uma atribuição determinada, que seja objetivamente mal
desempenhada;
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

b) Desconhecimento da missão:

...caracteriza-se pela falta de informações, por parte do militar, acerca da tarefa que
lhe foi incumbida e da qual deveria inteirar-se para o fiel e efetivo cumprimento;
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

c) Afastamento injustificado do local:

...configura-se pela falta de razões plausíveis que possam escudar seu afastamento,
sem autorização, do lugar onde deveria estar. Acrescenta-se que, dependendo da
situação, poderá configurar, também, o crime previsto no art. 195 CPM (abandono
de posto);
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

d) Procedimento contrário às normas legais, regulamentares e a


documentos normativos, administrativos ou operacionais;

...é fundamental a identificação da norma violada como aquelas de cunho genérico,


emanadas por meio de memorando, ofício circular, instrução ou outro documento
interno correlato que, neste caso, deverá ser mencionado no termo de abertura de
vista, para apresentação de defesa.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

Art. 10. O cometimento de infração de trânsito por parte de militar, quando da


condução de viatura policial/bombeiro ou outro veículo oficial, destinado ao
exercício de suas funções, constituirá, em tese, a transgressão disciplinar descrita
no art. 14, II, do CEDM (desídia no desempenho das funções caracterizada por fato
que revele procedimento contrário às normas legais), cuja motivação se fará com a
respectiva infração de trânsito descrita na Lei n. 9.503/97 (Código de Trânsito
Brasileiro) e/ou no dispositivo correspondente do Manual de Gerenciamento da
Frota. (ICCPM/BM n. 01/2014)
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

III – deixar de cumprir ordem legal ou atribuir a outrem, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atividade que lhe competir;

A ordem pode ser verbal e direta, ou de cunho genérico (memorando, ofício circular, instrução,
etc., que, neste caso, deverá ser mencionado no termo de abertura de vista para apresentação
de defesa.

A segunda figura do tipo transgressivo consiste em atribuir a outra pessoa (militar ou civil) tarefa, missão, fu
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

VI – descumprir norma técnica de utilização e manuseio de armamento ou


equipamento;

Trata-se de norma transgressiva em branco, cuja aplicação


Exemplos de normas:
requer um complemento, ou seja, a indicação da norma técnica
Manual de Armamento Convencional,
violada pelo militar, que deverá vir expressa na notificação
Manual para apresentação de defesa prévia e/ou no termo de abertura
dePrática Policial, de vista.
Cadernos Doutrinários,
Resolução 4.085 (ou outra que venha substituir), Manual do Fabricante, etc.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

X – danificar ou inutilizar, por uso indevido, negligência, imprudência ou


imperícia, bem da administração pública de que tenha posse ou seja
detentor;
BEM: todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, suscetíveis de valor econômico, INCLUINDO,
terceirizados.
Configura a presente transgressão qualquer espécie de
danificação ou inutilização, mesmo que estas se deem por culpa
[...] do militar, uma vez que este possui o dever de bem cuidar e
administrar os bens públicos.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XI – deixar de observar preceito legal referente a tratamento, sinais de


respeito e honras militares, definidos em normas específicas;

Tal transgressão se refere essencialmente às normas alusivas à


Norma transgressiva em branco!
inobservância de regras de tratamento (a necessidade de se referir a
um superior por senhor(a), a uma autoridade, por vossa excelência,
dependendo do caso); sinais de respeito e honras militares (continência
individual, continência à bandeira, ao hino nacional e outros).
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XV – deixar de observar prazos regulamentares;

Trata-se
Aplicável aos prazos regulamentados de transgressão
(conclusão disciplinar
de IPM, SAD, permanente,
PCD, etc.). Nos ou seja, aquela
demais, casos, art. que se renova a cada dia em que o documento está em atraso na
15, inc. V. posse do militar, sem que haja a sua devolução. Nesses termos, a
data da devolução será considerada a data da falta, para fins do
cômputo do prazo da prescrição da pretensão punitiva.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XVI – comparecer fardado a manifestação ou reunião de caráter político-


partidário, exceto a serviço;

Caso algum militar, não estando de serviço, compareça fardado a reuniões político-
partidárias, pode denotar o entendimento de que a Polícia Militar [...] está apoiando
e/ou defendendo as ideias de determinado partido ou ideologia política, o que
caracterizaria a transgressão disciplinar mencionada no referido tipo.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XVII – recusar-se a identificar-se quando justificadamente solicitado;

... a exigência de identificação deve ser justificada por pessoa legalmente investida
de cargo ou função pública, sempre em razão desta, podendo partir de um
integrante das Forças Armadas, Poder Judiciário, Polícia Civil, Federal, Corpo de
Bombeiros Militar, Polícia Militar ou outro órgão público qualquer.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XVIII – não portar etiqueta de identificação quando em serviço, salvo se


previamente autorizado, em operações policiais específicas;

Caso militar não estiver em serviço, a transgressão


A etiqueta será a tipificada
de identificação deveno estar
art. no seu devido lugar,
15, inc. II. conforme normas específicas de apresentação pessoal, ou seja,
propiciando a boa visibilidade e a consequente identificação do
militar, quando em serviço.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MÉDIAS

XIX – participar, o militar da ativa, de firma comercial ou de empresa


industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego
remunerado.
... é permitido aos militares titulados o exercício de atividade de magistério e
técnico-profissionais, desde que não se enquadre como proprietário ou consultor de
empresa de projeto, comercialização, instalação, manutenção e conservação nas
áreas de prevenção e combate a incêndio e pânico ou outras restrições previstas em
lei.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES LEVES

Art. 15 – São transgressões disciplinares de natureza leve:

I – chegar injustificadamente atrasado para qualquer ato de serviço de que


deva participar;

Em conformidade com a Resolução que trata da jornada de trabalho [...] a chamada


para todos os turnos operacionais [...] se dará 30 minutos antes do lançamento, para
fins do treinamento tático, sendo o atraso computado a partir da aludida chamada.
DESENVOLVIMENTO
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES LEVES

II – deixar de observar norma específica de apresentação pessoal definida


em regulamentação própria;

Vide Regulamento de Uniformes eTrata-se


Insígnias
dedanorma
PMMGtransgressiva
(RUIPM) e em branco, cuja aplicação requer
normas um complemento, ou seja, a indicação da norma de apresentação
complementares. pessoal violada pelo militar, que deverá vir expressa na notificação
para apresentação de defesa prévia e/ou no termo de abertura de
vista.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES LEVES

III – deixar de observar princípios de boa educação e correção de atitudes;

Nos termos da ICCPM/BM n. 01/2014, o


Alguns princípios da ética militar podem ser invocados para
descumprimento da prescrição médica pelo militar,
sustentar a depender
a falta do como,
epigrafada, caso concreto, configura
por exemplo, os esta transgressã
incisos
VII, VIII, X e XII do art. 9º do CEDM, o que reforça a ideia de
que a boa educação e a correção de atitudes são predicados
essenciais ao militar estadual, que deve ser considerado um
referencial no meio social.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES LEVES

V – retardar injustificadamente o cumprimento de ordem ou o exercício de


atribuição;

... o que se deve levar em conta é a legalidade da ordem e do exercício da atribuição.


Ressalta-se que a ordem e/ou a atribuição devem ser cumpridas, entretanto, de forma
intempestiva.
DESENVOLVIMENTO

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES LEVES

VII – permutar serviço sem permissão da autoridade competente.

Ao militar em disponibilidade cautelar é vedada a permuta de serviço, durante a


vigência da medida.
DESENVOLVIMENTO

Substituição da Sanção Disciplinar

Art. 10 – Sempre que possível, a autoridade competente para aplicar a sanção


disciplinar verificará a conveniência e a oportunidade de substituí-la por
aconselhamento ou advertência verbal pessoal, ouvido o CEDMU.

Art. 556. Caso seja aplicado o disposto no Art. 10, do CEDM – aconselhamento ou advertência
verbal pessoal – esta medida deve ser inserida e publicada no contexto do mesmo ato
administrativo, haja vista ter existido a falta e definida a sanção aplicável, sendo, contudo
verificada a conveniência e oportunidade de sua substituição. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO
DÚVIDAS COMUNS SOBRE O ART. 10
PERGUNTAS RESPOSTAS
O artigo 10 pode ser aplicado mais de uma vez para o Sim. Poder discricionário da autoridade.
mesmo militar?
Após receber o art. 10 há um prazo para nova concessão? Não.

A aplicação do art. 10 é óbice para o recebimento da Não. O óbice é existir sanção e não
Medalha de Mérito Militar? transgressão.

A aplicação do art. 10 é considerada para efeitos de Sim. A reincidência considera transgressão, e


reincidência? não sanção.
Quando haverá discordância entre o Cmt e o CEDMU Somente quando o CEDMU for contrário e o
quanto ao artigo 10? Cmt quiser aplicar.
DESENVOLVIMENTO

JULGAMENTO DA TRANSGRESSÃO

Art. 17 – No julgamento da transgressão, serão apuradas as causas que a


justifiquem e as circunstâncias que a atenuem ou agravem.

Parágrafo único – A cada atenuante será atribuído um ponto positivo (+01) e


a cada agravante, um ponto negativo (-01).
DESENVOLVIMENTO

JULGAMENTO DA TRANSGRESSÃO

Art. 18 – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora da sanção


atribuirá pontos negativos dentro dos seguintes parâmetros:

I – de 01 a 10 pontos para infração de natureza leve;


II – de 11 a 20 pontos para infração de natureza média;
III – de 21 a 30 pontos para infração de natureza grave.
DESENVOLVIMENTO

JULGAMENTO DA TRANSGRESSÃO

§ 1º – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora tomará por base a


seguinte pontuação, sobre a qual incidirão, se existirem, as atenuantes e
agravantes:

I – 05 para transgressão de natureza leve;


II – 15 para transgressão de natureza média;
III – 25 pontos para transgressão de natureza grave.
DESENVOLVIMENTO

JULGAMENTO DA TRANSGRESSÃO

§ 2º – Com os pontos atribuídos, far-se-á a computação dos pontos


correspondentes às atenuantes e às agravantes, bem como da pontuação
prevista no art. 51, reclassificando-se a transgressão, se for o caso.
DESENVOLVIMENTO

SANÇÕES APLICÁVEIS PELA PONTUAÇÃO

Art. 22 – Obtido o somatório de pontos, serão aplicadas as seguintes


sanções disciplinares:

I – de 01 a 04 pontos, advertência;
II – de 05 a 10 pontos, repreensão;
III – de 11 a 20 pontos, prestação de serviço;
IV – de 21 a 30 pontos, suspensão.
DESENVOLVIMENTO
SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 23 – A sanção disciplinar objetiva preservar a disciplina e tem caráter


preventivo e educativo.

Art. 24 – Conforme a natureza, a gradação e as circunstâncias da


transgressão, serão aplicáveis as seguintes sanções disciplinares:

I – advertência;
II – repreensão;
DESENVOLVIMENTO

SANÇÕES DISCIPLINARES

III – prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional,


correspondente a um turno de serviço semanal, que não exceda a 8 horas;
IV – suspensão, de até 10 dias;
V – reforma disciplinar
compulsória; VI – demissão;
VII – perda do posto, patente ou graduação do militar da reserva.
DESENVOLVIMENTO
Critérios de conexão e
simultaneidade de transgressões

Art. 2º [...]

§ 1º São simultâneas as transgressões praticadas pelo mesmo militar, ao


mesmo tempo e lugar. Por exemplo: o militar que, durante o serviço, esteja
portando duas armas de fogo em situação irregular, com o fardamento
alterado e a barba por fazer. (IC 01/14)
DESENVOLVIMENTO

§ 2º São conexas as transgressões que estão intimamente ligadas entre si. Em


suma, uma não existe sem a outra ou não pode ser objeto de conhecimento
perfeito, sem que também se tome conhecimento da outra. Citam-se como
exemplos os seguintes casos: militar que, após chegar atrasado para uma
chamada, simula doença; o militar que falta ao serviço, a fim de comparecer
fardado a uma reunião de caráter político-partidário; militar que, por estar
embriagado, efetua disparo de arma de fogo.
(ICCPM/BM n. 02/2014)
DESENVOLVIMENTO

CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO
Art. 19 – São causas de justificação:

I – motivo de força maior (humano) ou caso fortuito (natureza), plenamente


comprovado;
II – evitar mal maior, dano ao serviço ou à ordem pública;

Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa


de justificação!! (Art. 19, parágrafo único)
DESENVOLVIMENTO
CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO

III – ter sido cometida a transgressão:


a) na prática de ação meritória;
b) em estado de necessidade;
c) em legítima defesa própria ou de outrem;
d) em obediência a ordem superior, desde que manifestamente legal;
e) no estrito cumprimento do dever legal;
f) sob coação irresistível.
DESENVOLVIMENTO
CAUSAS DE ABSOLVIÇÃO
Art. 7º São causas de absolvição que motivam e fundamentam o parecer e/ou
o julgamento e possibilitam, legalmente, arquivar os autos, sem
responsabilização do investigado/acusado:
I – estar provada a inexistência do fato ou não haver prova da sua existência;
II – não constituir o fato transgressão disciplinar;
III – não existir prova de ter o acusado concorrido para a transgressão
disciplinar;
As causas de absolvição estão previstas no MAPPA, e tiveram por base o art. 439
DESENVOLVIMENTO

IV – estar provado que o acusado não concorreu para a transgressão


disciplinar;

V – existir circunstância que exclua a ilicitude do fato ou a culpabilidade ou


imputabilidade do acusado;

VI – não existir prova suficiente para o enquadramento

disciplinar; VII – estar extinta a punibilidade. (MAPPA)


DESENVOLVIMENTO
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

Art. 20 – São circunstâncias atenuantes:

I – estar classificado no conceito “A”;


II – ter prestado serviços relevantes;
III – ter o agente confessado espontaneamente a autoria da transgressão,
quando esta for ignorada ou imputada a outrem;
IV – ter o transgressor procurado diminuir as consequências da
transgressão, antes da sanção, reparando os danos;
DESENVOLVIMENTO
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

V – ter sido cometida a transgressão:


a) para evitar consequências mais danosas que a própria transgressão
disciplinar;
b) em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, desde que isso não
constitua causa de justificação;
c) por falta de experiência no serviço;
d) por motivo de relevante valor social ou moral.
DESENVOLVIMENTO
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
Art. 21 – São circunstâncias agravantes:

I – estar classificado no conceito “C”;


II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III – reincidência de transgressões, ressalvado o disposto no art. 94;
IV – conluio de duas ou mais pessoas;

A definição de transgressões simultâneas ou conexas está na


ICCPM/BM n. 01/2014
DESENVOLVIMENTO

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

V – cometimento da transgressão:
a) durante a execução do serviço;
b) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;
c) estando fardado e em público;
d) com induzimento de outrem à prática de
transgressões mediante concurso de pessoas;
DESENVOLVIMENTO

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

e) com abuso de confiança inerente ao cargo ou função;


f) por motivo egoístico ou para satisfazer interesse pessoal ou de terceiros;
g) para acobertar erro próprio ou de outrem;
h) com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou
judicial, ou o esclarecimento da verdade.
DESENVOLVIMENTO

ANULAÇÃO

Art. 48 – A anulação da punição consiste em tornar totalmente sem efeito o


ato punitivo, desde sua publicação, ouvido o Conselho de Ética e Disciplina
da Unidade.

§ 1º – Na hipótese de comprovação de ilegalidade ou injustiça, no prazo


máximo de 5 anos da aplicação da sanção, o ato punitivo será anulado.
DESENVOLVIMENTO

ANULAÇÃO
Art. 48

§ 2º – A anulação da punição eliminará todas as anotações nos


assentamentos funcionais relativos à sua aplicação.

Art. 49 – São competentes para anular as sanções impostas por elas mesmas ou por seus subordinados
as autoridades discriminadas no art. 45.
DESENVOLVIMENTO

REGRAS DE APLICAÇÃO

Art. 43 – O militar será formalmente cientificado de sua classificação no


conceito “C”.

Art. 44 – O cumprimento da sanção disciplinar por militar afastado do


serviço ocorrerá após sua apresentação, pronto, na unidade.
DESENVOLVIMENTO

COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 56 – A comunicação disciplinar é a formalização escrita, assinada por


militar e dirigida à autoridade competente, acerca de ato ou fato contrário à
disciplina.

§ 1º – A comunicação será clara, concisa e precisa, sem comentários ou


opiniões pessoais, e conterá os dados que permitam identificar o fato e as
pessoas ou coisas envolvidas, bem como o local, a data e a hora da
ocorrência.
DESENVOLVIMENTO

COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 56 ...

§ 2º – A comunicação deve ser a expressão da verdade, cabendo à autoridade


a quem for dirigida encaminhá-la ao acusado, para que, no prazo de 5 dias
úteis, apresente as suas alegações de defesa por escrito. (CEDM)
DESENVOLVIMENTO
COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 57 – A comunicação será apresentada no prazo de 5 dias úteis contados


da observação ou do conhecimento do fato.

§ 1º – A administração encaminhará a comunicação ao acusado mediante


notificação formal para que este apresente as alegações de defesa no prazo
improrrogável de 5 dias úteis.
DESENVOLVIMENTO
COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 57 ....

§ 2º – A inobservância injustificada do prazo previsto no § 1º não


inviabilizará os trabalhos da autoridade, operando-se os efeitos da revelia.

Art. 33. Toda comunicação ou notícia que traga indícios de transgressão disciplinar comprovadamente
prescrita deverá ser arquivada, por intermédio de despacho administrativo motivado e
fundamentado, da autoridade competente, que fará publicar o ato em Boletim. (MAPPA)
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conhecer as transgressões disciplinares e respectivas sanções e demais institutos aplicáveis ao Direito


Administrativo Disciplinar é importante, especialmente para os futuros Sargentos que irão atuar
diretamente na apuração e julgamento de transgressões disciplinares.

O conhecimento dos princípios e normas que regem a conduta dos militares estaduais é fundamental
para que o militar saiba como se portar nas diversas situações do seu cotidiano e como estas
impactam sua carreira na corporação.

Sugere-se a leitura do livro Comentários ao Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais,
do Ten Cel Maurício José de Oliveira.
REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Lei nº 14.310, de 19/06/2002 - Dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares
do Estado de Minas Gerais.
MINAS GERAIS. Decreto nº 42.843, DE 16/08/2002 - Regulamenta a concessão de recompensas, o
Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade - CEDEMU, de que trata a Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002, que dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais
- CEDM, e dá outras providências.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando-Geral. Resolução Conjunta nº 4.220, de
28/06/2012 - Cria o Manual de Processos e Procedimentos Administrativos das Instituições Militares de
Minas Gerais (MAPPA), visando à proteção dos direitos dos militares e o interesse público da
Administração Militar e o reconhece como Trabalho Técnico-Profissional.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando-Geral. Instrução Conjunta de Corregedorias nº
01/14.
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO


DE SARGENTOS – CEFS II / 2023

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

ATUALIZADO EM 06/2023

NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.


UNIDADE III

-Conselho de Ética e Disciplina dos Militares da Unidade CEDMU – MAPPA –


Decreto 42.843/02.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da aula
1.2 Objetivo geral
1.3 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
 CEDMU

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá estar apto a identificar as
principais normas administrativas em vigor na Corporação e aplicá-las
corretamente em situações diversas, interpretando-as adequadamente
à legislação vigente, no espaço de sua responsabilidade funcional.
Objetivos Específicos
• Conhecer o correto funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina
dos Militares da Unidade - CEDMU;
• Atuar como membro do CEDMU e assessorar os Comandantes nos
diversos níveis.
DESENVOLVIMENTO
CONSELHO DE ÉTICA E
DISCIPLINA MILITARES DA
UNIDADE - CEDMU

Art. 78 – O Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade – CEDMU – é


o órgão colegiado designado pelo Comandante da Unidade, abrangendo até
o nível de Companhia Independente, com vistas ao assessoramento do
Comando nos assuntos de que trata este Código.
Art. 515. O CEDMU é órgão colegiado que tem por finalidade assessorar o Comandante, Diretor ou Chefe de
Unidade nos assuntos de natureza disciplinar, na análise de mérito para concessão de recompensas e nos recursos
disciplinares, nos casos de retratação, analisando e emitindo parecer motivado sobre a documentação que lhe for
encaminhada. (MAPPA) – Vide art. 37 do Dec. 42843/02
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

Art. 79 – O CEDMU será integrado por 3 militares, superiores hierárquicos ou


mais antigos que o militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo
caráter consultivo.
Art. 523 [...]
§3º. Em caso de impossibilidade de nomeação de CEDMU no âmbito da PMMG/CBMMG, nos
moldes e requisitos exigidos pelo art. 79, caput, do CEDM, a decisão fundar-se-á somente nos
autos, elidindo-se a hipótese de assessoramento pelo Conselho. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

§ 1º – Poderá funcionar na Unidade, concomitantemente, mais de um


CEDMU, em caráter subsidiário, quando o órgão colegiado previamente
designado se achar impedido de atuar.
Art. 38 - Funcionarão na Unidade tantos conselhos quantos forem necessários para atender a
demanda [...], respeitadas as prescrições legais [...].
[...]
§ 2º - A designação para atuar como membro do CEDMU constitui um encargo a ser cometido pelo
Comandante da Unidade, o qual, na composição do Conselho, deverá pugnar por uma participação
democrática e legítima de oficiais e praças, inclusive do mesmo ciclo, porém mais antigos.
(Decreto 42.843/2002)
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

§ 2º – A qualquer tempo, o Comandante da Unidade poderá substituir


membros do Conselho, desde que haja impedimento de atuação ou
suspeição de algum deles.

§ 3º – A Unidade que não possuir os militares que preencham os requisitos


previstos neste Código solicitará ao escalão superior a designação dos
membros do CEDMU.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

§ 4º – Tratando-se de punição a ser aplicada pela Corregedoria da IME, esta


ouvirá o CEDMU da Unidade do militar faltoso.

Art. 526. Nos processos determinados pelo Comandante-Geral, Chefe do Estado-Maior, Corregedor ou
por titular de Unidade de Direção Intermediária, em que se verificar a prática de transgressão
disciplinar, deverá ser ouvido o CEDMU onde o militar for lotado.

Parágrafo único. O processo disciplinar que apura a prática de transgressão disciplinar por militares
pertencentes a Unidades distintas, mas a um mesmo Comando Intermediário, por questão de economia
e celeridade processual, deverá ser analisado pelo CEDMU da respectiva Unidade de Direção
Intermediária. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

§ 5º – O integrante do CEDMU será designado para um período de 6 meses,


permitida uma recondução.

§ 6º – Após o interstício de 1 ano, contado do término do último período de


designação, o militar poderá ser novamente designado para o CEDMU.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU
Art. 80 – Recebida qualquer documentação para análise, o CEDMU lavrará
termo próprio, o qual será seguido de parecer destinado ao Comandante da
Unidade, explicitando os fundamentos legal e fático e a finalidade, bem como
propondo as medidas pertinentes ao caso.

Art. 522. Por questão de economia e celeridade processual, caso o CEDMU entenda pela existência de
transgressão disciplinar deverá, opinar, em seu parecer inicial, sobre a conveniência ou não da aplicação
da medida prevista no art. 10 do CEDM (aconselhamento ou advertência verbal pessoal) e da divulgação
ostensiva e coletiva do enquadramento disciplinar, em conformidade com o art. 25, § 2º do mesmo
diploma legal.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

Art. 81 – O CEDMU atuará com a totalidade de seus membros e deliberará


por maioria de votos, devendo o membro vencido justificar de forma
objetiva o seu voto.

Parágrafo único – A votação será iniciada pelo militar de menor posto ou


graduação ou pelo mais moderno, sendo que o presidente votará por último.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

Art. 82 – Após a conclusão e o encaminhamento dos autos de procedimento


administrativo à autoridade delegante, e havendo em tese prática de
transgressão disciplinar, serão remetidos os documentos alusivos ao fato
para o CEDMU.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU

Art. 83 – O militar que servir fora do município-sede de sua Unidade, ao ser


comunicado disciplinarmente, será notificado por seu chefe direto para a
apresentação da defesa escrita, observando-se o que prescreve o art. 57.

Parágrafo único – É facultado ao militar comparecer à audiência do CEDMU.

Art. 523 [...]


§5º. O militar não fará jus a passagem, diária e nenhuma outra indenização, caso queira
comparecer à audiência deliberativa do CEDMU. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

Art. 84 – Havendo discordância entre o parecer do CEDMU e a decisão do


Comandante da Unidade, toda a documentação produzida será
encaminhada ao comando hierárquico imediatamente superior, que será
competente para decidir sobre a aplicação ou não da sanção disciplinar.

(Vide art. 521 do MAPPA)


DESENVOLVIMENTO

CEDMU

Art. 521. Para os efeitos do art. 84 do CEDM, o parecer do CEDMU terá


caráter vinculante quando se referir:

I – à existência ou não da transgressão disciplinar (sem especificação de


enquadramento legal da falta);

II – sobre o mérito da ação nos casos de julgamento de recompensas (sem


alusão ao tipo de recompensa a ser concedida);
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

Art. 521...

III – pelo arquivamento dos autos com fundamento em uma das causas de
justificação ou absolvição, contrariando o entendimento da autoridade pelo
cometimento da transgressão disciplinar.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

§1º. As demais manifestações do CEDMU devem ser recepcionadas pela


autoridade na forma de sugestões que, se não acatadas, deixam de configurar
a hipótese de remessa obrigatória ao escalão imediatamente superior [...].

§2º. Na hipótese de discordância, a decisão que caberá ao escalão


imediatamente superior, independe de manifestação do CEDMU [...].
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

§4º. Nos casos de concessão de medalhas, nos termos da legislação vigente,


a manifestação do CEDMU deverá ocorrer após a certificação pela
autoridade competente sobre o mérito do agraciado (quando o CEDMU
aborda todos os elementos levados à sua apreciação, inclusive o atestado de
mérito e dá seu parecer).
DESENVOLVIMENTO

CEDMU

§5º. Caso a manifestação do CEDMU seja pelo arquivamento, deverá ser


fundamentada em ata a existência de alguma causa de justificação ou
absolvição, descritas neste Manual e no CEDM sendo, ainda, caso de
discordância, nos termos do caput deste artigo.
(MAPPA)
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – Dec. 42.843/2002

Art. 39 - Nenhum militar poderá compor mais de um conselho


simultaneamente.
Art. 516. Poderá ser criado mais de um CEDMU e seus membros deverão ser mais antigos ou de maior
grau hierárquico que o militar cujo Processo ou Procedimento administrativo esteja sendo analisado.

§1º. A composição do CEDMU será integrada por Oficiais e/ou Praças, para que possa apreciar a
maioria dos documentos que se encontram pendentes ou em andamento nas Unidades, podendo ser
subsidiado por outros Conselhos compostos por militares de outros postos e graduações.

§2º. Nenhum militar poderá compor mais de um Conselho simultaneamente, exceto se de Unidades
diferentes na mesma linha de comando. (MAPPA)
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – Dec. 42.843/2002

Art. 40 - O Comandante, Diretor ou Chefe é a autoridade competente


para designar formalmente os membros do CEDMU para funcionar no
âmbito da sua Unidade.

§ 1º - O militar designado para fazer parte do CEDMU deverá estar, no


mínimo, no conceito “B”, sem pontuação negativa.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – Dec. 42.843/2002

§ 2º - O membro de um Conselho que estiver no exercício do seu encargo


e for devidamente apenado será imediatamente substituído.

Art. 519. O membro de um Conselho que estiver no exercício do seu encargo e for punido
disciplinarmente ou apenado judicialmente, será imediatamente substituído, depois de aplicada a
sanção administrativa ou sentença judicial, no primeiro caso, decorrido o trânsito em julgado, e no
segundo, após a decisão que o condenou em primeira instância.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese descrita no caput deste artigo, o membro substituído somente
poderá compor novo CEDMU após o interstício de 01 ano, contado do dia da sua substituição.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – Dec. 42.843/2002

§ 3º - O membro mais moderno do CEDMU é o responsável pelo


recebimento da documentação que for encaminhada pela Secretaria, bem
como pela manutenção do seu controle.

[...]
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – Dec. 42.843/2002

Art. 44 - Consideram-se casos de impedimento para o militar fazer parte


do CEDMU os relacionados no § 3º do artigo 66 da Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002.

Art. 45 - São considerados casos de suspeição para o militar compor o


CEDMU os especificados no § 4º do artigo 66 da Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – Dec. 42.843/2002

Art. 48 - Em caso de dúvidas que inviabilizem a formação de juízo de valor


por parte dos membros do CEDMU, o Presidente retornará toda a
documentação ao Comandante da Unidade, solicitando providências para
que sejam complementadas informações ou realizadas diligências
complementares.

Parágrafo único - A solicitação de providências de que trata este artigo não


poderá ser renovada.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – MAPPA

Art. 517. As atividades dos membros do CEDMU deverão ser desenvolvidas


como encargo, mas as horas trabalhadas deverão ser computadas na carga-
horária semanal do referido militar. O dia, horário e local de funcionamento
do Conselho deverão ser adequados à demanda e às peculiaridades de cada
Unidade.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

Art. 518. [...]

§3º. Os membros do Conselho deverão estabelecer controle rígido de toda a


documentação recebida. Os documentos produzidos devem ser juntados aos
autos em ordem cronológica, dando continuidade à numeração do
processo/procedimento e qualquer folha inserida posteriormente deverá
continuar a receber numeração cronológica sequencial.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§4º. Mesmo que verificadas nos autos, pelo CEDMU, quaisquer


irregularidades formais, tal Colegiado deverá adentrar no mérito do processo
ou procedimento, emitindo o respectivo juízo quanto à existência ou não da
transgressões disciplinar imputada ao militar ou sobre o merecimento da
recompensa, considerando o princípio da economia processual e a não
obrigatoriedade de vinculação daquele entendimento por parte da
autoridade competente.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§5º. Os processos disciplinares de natureza demissionária, reformatória ou


exoneratória serão, obrigatoriamente, instruídos com o ERF do acusado,
devendo a peça ser incluída nos autos antes da abertura de vista para defesa
final. Nos demais processos, a inclusão do ERF ficará condicionado a
eventual pedido da defesa, por ato discricionário da autoridade militar ou do
encarregado.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – MAPPA

§6º. A inclusão do ERF, quando necessária, deve se dar antes da RED final. Os
processos não demissionários a serem encaminhados ao CEDMU que não
possuírem ERF, devem tramitar sem este documento.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

Art. 520. Recebido qualquer processo ou procedimento, cada membro do


Conselho deverá fazer uma detida análise de toda a documentação, sendo
lavrado termo próprio (ata) destinada à autoridade competente,
explicitando a finalidade e os fundamentos legais e fáticos, bem como
propondo as medidas pertinentes ao caso apreciado.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§1º. Cada processo ou procedimento analisado exige a elaboração de ata


específica, conforme modelo sugerido ao final desse capítulo.

(Vide art. 46 do Decreto 42.843/2002)


DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§2º. A audiência do CEDMU poderá ser assistida por qualquer pessoa em


razão da sua natureza pública, sendo vedada a interferência e a livre
manifestação por parte de pessoas que não integram o Conselho. Havendo
discordância ou dúvidas entre os membros, poderá o Presidente solicitar, ao
acusado ou seu defensor, esclarecimentos sobre algum ponto relevante
sobre o fato analisado para, posteriormente, emitir parecer final na
documentação.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§3º. É vedado ao CEDMU proferir críticas ou comentários depreciativos em


relação ao militar, à autoridade ou a ato da Administração, sob pena de
responder, nas esferas cabíveis, pelo excesso que praticar.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§4º. O militar acusado será notificado formalmente, com antecedência


mínima de 48 horas, do dia, hora e local em que o CEDMU se reunirá, no seu
impedimento, caso haja, notifica-se o defensor.

Na análise de procedimentos relacionados a recompensa, a reunião do


Conselho será realizada sem necessidade de notificação do militar
interessado.

(Vide art. 47 do Decreto 42.843/2002)


DESENVOLVIMENTO

CEDMU – MAPPA

§5º. O CEDMU terá prazo de 05 dias úteis para analisar e emitir parecer em
Processo de Comunicação Disciplinar (PCD), Processo de Queixa Disciplinar
(PQD), transgressões disciplinares residuais que adotarem o rito do PCD,
proposta ou procedimento de recompensa e recurso disciplinar e de 10 dias
úteis para PAD/PADS e SAD.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – MAPPA

§6º. Para análise de processos disciplinares ou de procedimentos de


recompensa que envolver militares de Unidades distintas, dentro ou não do
mesmo Comando Intermediário, por observância aos princípios da eficiência
e da razoável duração do processo, os autos devem ser encaminhados ao
CEDMU que tenha atribuição para analisar os fatos, simultaneamente, em
relação a todos os militares.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

Art. 523. [...]

§1º. O fator determinante para se saber se a documentação disciplinar deve ou não


ser encaminhada ao CEDMU é a existência ou não de razões escritas de defesa
(RED) final.

§4º. A notificação do militar, com sua assinatura e contendo data e hora do seu
ciente, caso não compareça à reunião de deliberação do Conselho, deverá,
necessariamente, ser juntada ao processo ou procedimento, visando resguardar a
Administração de futuros questionamentos.
DESENVOLVIMENTO

CEDMU – MAPPA

Art. 524. A autoridade que aplicou a sanção poderá, desde que ouvido o
CEDMU, reconsiderar a sua decisão, sendo desnecessário enviar a
documentação ao escalão imediatamente superior, caso entenda procedente
o pedido do requerente.

§1º. No caso de não reconsideração do pedido, toda a documentação deverá


ser remetida ao escalão superior, sem prévio parecer do CEDMU, que
decidirá o feito.
DESENVOLVIMENTO
CEDMU – MAPPA

§2º. A reconsideração do ato punitivo, pela autoridade que aplicou a sanção


disciplinar, em regra, vincula-se à manifestação do mesmo CEDMU, pois a punição,
a ser eventualmente reconsiderada, decorreu de parecer precedente do referido
Conselho. Assim, como a apenação só foi possível mediante aquiescência do
CEDMU, a reconsideração só se procederá mediante a sua concordância.

§3º. Quando da apreciação do pedido de reconsideração, não estando mais o referido


CEDMU legalmente constituído, a documentação será apreciada por outro Conselho da
Unidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conhecer o correto funcionamento do CEDMU possibilitará ao futuro Sargento da PMMG, atuar na


análise de processos administrativos, com vistas ao assessoramento do Comando nos diversos níveis.

Sugere-se a leitura do livro Comentários ao Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais,
do Ten Cel Maurício José de Oliveira.
REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Decreto nº 42.843, DE 16/08/2002 - Regulamenta a concessão de recompensas, o


Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade - CEDEMU, de que trata a Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002, que dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais
- CEDM, e dá outras providências.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando-Geral. Resolução Conjunta nº 4.220, de
28/06/2012 - Cria o Manual de Processos e Procedimentos Administrativos das Instituições Militares de
Minas Gerais (MAPPA), visando à proteção dos direitos dos militares e o interesse público da
Administração Militar e o reconhece como Trabalho Técnico-Profissional.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando-Geral. Instrução Conjunta de Corregedorias nº
01/14.
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO E
APERFEIÇOAMENTO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO


DE SARGENTOS – CEFS II / 2023

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

ATUALIZADO EM 06/2023
NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.
UNIDADE IV

Direitos e Garantias dos Militares do Estado


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da aula
1.2 Objetivo geral
1.3 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
 Avaliação Anual de Desempenho e Produtividade - AADP
 Adicional de Desempenho
 Avaliação de Desempenho Individual - ADI
 Cálculo de ADE
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá estar apto a identificar as
principais normas administrativas em vigor na Corporação e aplicá-
las corretamente em situações diversas, interpretando-as
adequadamente à legislação vigente, no espaço de sua
responsabilidade funcional.
Objetivos Específicos
• Conhecer as normativas que versam sobre a Avaliação Anual de
Desempenho e Produtividade; Avaliação de Desempenho Individual
e Cálculo do ADE.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 1º - Esta Resolução define a metodologia e os procedimentos a serem


adotados na Avaliação Anual de Desempenho e Produtividade (AADP) [...], a
fim de mensurar a competência profissional.

§ 1º - A competência profissional é uma combinação de conhecimentos, de


saber-fazer, de experiências e comportamentos que se exerce em um
contexto preciso. [...]
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

§ 2º - A AADP obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,


publicidade, razoabilidade, isonomia e eficiência, bem como a conduta como
militar e como cidadão, respeito a princípios morais, éticos e ao pundonor
militar.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 2º - A AADP será considerada para os seguintes fins:

I - preenchimento do requisito de promoção, previsto no inciso VI do art.


186, da Lei Estadual n. 5.301 [...];
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

II - aferição da Avaliação de Desempenho Individual (ADI), que integra o


cálculo do Adicional de Desempenho (ADE), [...];

Parágrafo único - Para fins do previsto no inciso I, o desempenho do militar


será considerado satisfatório se o resultado da AADP for igual ou superior a
60%, no ano em que concorrer à promoção.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 3º - A AADP tem como objetivos:

I - aferir o desempenho e a produtividade do militar no exercício do cargo ou


da função;

II - valorar e reconhecer o desempenho do militar;


DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 3º - ....

III - aprimorar o desempenho do militar e da Unidade na qual ele estiver


subordinado;

IV - promover a adequação funcional do militar;

V - identificar necessidades de capacitação do militar;


DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

VI - contribuir para o aperfeiçoamento profissional do militar e para o


desenvolvimento de novas habilidades;

VII - contribuir para a implementação do princípio da eficiência na


Administração Pública do Poder Executivo Estadual e para a melhoria da
prestação do serviço público;
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

VIII - fornecer subsídios à gestão da política de recursos humanos;

IX - possibilitar o estreitamento das relações interpessoais e a cooperação dos


militares entre si e com suas chefias.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

Art. 4º - A AADP será realizada de acordo com os diferentes graus de


complexidade e exigência requeridos para o desempenho das diversas
atribuições, observados os preceitos da Identidade Organizacional, através
das seguintes habilidades:

1. Desempenho Profissional: Capacidade individual de execução das


competências técnicas e comportamentais necessárias ao cumprimento da
missão institucional. Correlaciona-se, de forma não exaustiva, aos conceitos
de produtividade, assiduidade, qualidade, tempestividade, planejamento,
iniciativa e proatividade, quando aplicável;
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

2. Conduta profissional e pessoal: Demonstrada por meio da habilidade de


exercício das competências sociais e profissionais em fomento aos valores
cultuados institucionalmente;

3. Relacionamento Interpessoal: Capacidade de se relacionar com as


pessoas, independentemente do nível hierárquico ou social, com
demonstração de respeito, compreensão e ausência de conflitos
interpessoais.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

4. Higidez Física: Capacidade física, de exercício das funções laborativas,


comprovada por meio do Teste de Capacitação Física (TCF).
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4739/2018 - (DEPM)
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

Art. 5° - A AADP será realizada por uma comissão de 2 militares, superiores


hierárquicos ou mais antigos que o avaliado, designada pelo Comandante da
Unidade, composta pelos seguintes membros:

I - chefe direto do militar, considerado, no mínimo, o nível de Seção ou


Pelotão PM;

II - um Oficial que tenha ligação funcional com o avaliado.


DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
Art. 5°

§ 1° - O Presidente da Comissão será o Oficial de maior grau hierárquico ou


mais antigo.

§ 10 - Entende-se por ligação funcional, estabelecida no inciso II, do caput, o fato do Oficial
avaliador pertencer à mesma Unidade ou a Unidade de nível hierarquicamente superior que a
do militar avaliado e, preferencialmente, ter autoridade de linha sobre este.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
§ 3° - Fica impedido de atuar na § 4° - Fica sob suspeição para atuar na
Comissão de Avaliação o militar que: Comissão de Avaliação o militar que:

I - estiver submetido a PAD, PADS ou a patrimônio.


PAE;
II - tenha parentesco, consangüíneo ou
afim, em linha ascendente, descendente
ou colateral, até o 4° grau, ou seja
cônjuge de quem está sendo avaliado ou
de outro membro da Comissão;

III - esteja processado por crime contra a


administração militar ou contra o
I - seja inimigo ou amigo íntimo do
avaliado;
II- tenha particular
interesse na
deliberação da Comissão.

§ 5° - O militar que se
enquadrar em qualquer das
situações descritas nos
parágrafos 3° e 4° suscitará
seu impedimento ou
suspeição antes da reunião
de avaliação, sob pena de
responsabilidade.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

§ 6° A arguição de impedimento ou de suspeição poderá ser suscitada pelo


militar avaliado em até 5 dias úteis, contados da publicação em boletim da
respectiva Comissão de Avaliação, devendo ser apresentada em
requerimento fundamentado.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

§ 7° - A arguição de impedimento ou de suspeição será encaminhada ao


Comandante que designou a comissão de avaliação, que poderá alterar a
Comissão ou encaminhar o requerimento ao Comandante hierarquicamente
superior, que será competente para designar outro avaliador ou proceder à
avaliação.

§ 8° - A inobservância do prazo para a arguição de suspeição implica no


reconhecimento da regular constituição da Comissão.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 6° [...]

§ 1° - O militar matriculado no CFO, CHO, CFS e CTSP será avaliado conforme


a regulamentação de ensino da Instituição, observado, além do previsto no
art. 4° (habilidades), o aproveitamento escolar.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 7° - Serão constituídas tantas Comissões de Avaliação, por Unidade,


quantas forem necessárias.

§ 1° - A relação dos militares que compõem a Comissão de Avaliação, com


os respectivos avaliados, será publicada em boletim interno da Unidade até
30 de abril.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

Art. 8° - Para a realização da AADP, deverá ser observado:

I - a comissão fará a avaliação em uma escala variável de 0 (zero) a 10 (dez)


pontos para cada habilidade descrita no art. 4° e a nota final do avaliado
consistirá na média simples, traduzida nos seguintes conceitos:.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 8°...

a) 8 a 10 pontos: nível superior de desempenho;


b) 6 a 7,99 pontos: nível alto de desempenho;
c) 4 a 5,99 pontos: nível intermediário de desempenho;
d) 2 a 3,99 pontos: nível baixo de desempenho; e
e) 0 a 1,99 pontos: nível inferior de desempenho.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

II - o avaliador 01 deverá lançar a nota no sistema, que deverá ser


homologada pelo avaliador 02. Caso haja discordância da nota entre os
avaliadores, estes deverão fazer juntos a reavaliação da nota do avaliado.

Parágrafo único - A emissão da nota é ato discricionário dos integrantes da


Comissão devendo ser devidamente justificada, observada a coerência com o
desempenho e a produtividade do avaliado no período observado.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 9º - Quando os integrantes da Comissão de Avaliação não possuírem


informações suficientes para emitir uma nota, estes deverão fazer contato
com a unidade/chefe anterior do avaliado para colher informações que
possam subsidiar a avaliação do militar. Caso persistir a falta de informação,
deverá ser preenchido o campo "sem informações" - SI, justificando sua
decisão.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

§ 1° - Caso algum membro da comissão não possua informações suficientes


para emitir nota em alguma habilidade, deverá proceder conforme o caput,
sendo considerada a nota atribuída pelo outro integrante da comissão. A
nota SI só poderá ser concedida para uma habilidade.

§ 2° - A habilidade considerada "sem informações" não será computada para cálculo da


média final da AADP.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 10 - O registro da AADP de cada militar será feito na Ficha de Avaliação


(FA) de Desempenho, no modelo constante do Anexo "A".
[...]

Art. 12 - O procedimento da AADP será formalizado pelo Compromisso de


Desempenho (CD) e pela Ficha de Avaliação (FA).

Art. 13 - O período de avaliação inicia-se em 1° de julho e termina em 30 de


junho do ano subsequente, com o registro na FA.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 14 - O CD tem a finalidade de subsidiar o processo de avaliação e deverá


conter essencialmente:

I - os objetivos a serem alcançados pelo militar, observada a política


institucional;
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

II - a descrição e o acompanhamento das metas, atividades e tarefas a


serem cumpridas pelo militar no período em que será avaliado, com o
registro de 2 acompanhamentos, no mínimo; e,

III - os fatores facilitadores e dificultadores no desempenho do militar.

§ 1º - O Comandante-Geral definirá, anualmente, as metas institucionais que servirão de base para a


realização do CD.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013
§ 3° - O chefe direto do avaliado deverá preencher o formulário do CD,
conforme modelo constante no anexo “B” desta Resolução, juntamente com
o avaliado.

§ 4° - O CD é de livre acesso ao militar avaliado e deverá ser atualizado pelo


chefe direto durante o período de avaliação, sempre que necessário
observado a participação do interessado.
Art. 15 - A ficha de avaliação deverá ser preenchida pela comissão no período de 01 de maio a 30 de
junho de cada ano.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 16 - Ocorrendo a movimentação do militar avaliado, a Unidade deverá


encaminhar o CD à unidade de destino, instruído com as informações do
período em que houve acompanhamento.

§ 1º - A Unidade de destino deverá estabelecer um CD complementar,


adequando-o ao restante do período de avaliação e enquadramento
funcional, observada a participação do militar.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

§ 2º - No caso de movimentação para frequentar os diversos cursos da


Corporação, exceto o CFO, CHO e CFS, o militar será avaliado em definitivo,
antes de ser desligado de sua respectiva unidade.

§ 3º - Ocorrendo a mudança de função do militar, dentro da mesma


Unidade, o CD será alterado, mantendo-se o registro das atividades já
desenvolvidas pelo avaliado.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013

Art. 19 - O militar afastado do exercício de suas funções por mais de 120 dias,
contínuos ou não, durante o período de avaliação, não será considerado
avaliado quando se enquadrar nas seguintes situações:

I - licença para tratar de interesse particular, sem vencimento;

II - ausência, extravio ou deserção;


DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
III - privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos
previstos em lei;

IV - cumprimento de sentença penal transitada em julgado ou de prisão


judicial (vide § 10. Se estiver trabalhando, por determinação judicial, sua
AADP será 7 pontos).

V - interdição judicial.
§ 1º - O militar que se enquadrar no disposto no caput e seus incisos terá a AADP fixada em 0 (zero)
ponto, com o nível inferior de desempenho.
DESENVOLVIMENTO
Resolução n. 4250/2013
§§ Situação do militar Nota da AADP
§ 2º Afastado totalmente das atividades, licenciado por 7 pontos, enquanto perdurar esta
problemas de saúde, mais de 120 dias. situação.
§ 3º Afastado totalmente [...], decorrente de acidente de Última AADP, se superior a 7
serviço ou moléstia profissional, amparado em AO. pontos, enquanto perdurar a
situação. Se menor que 7,
§ 4º Licença maternidade. considerará de 7 pontos.

§ 5º Afastado parcialmente do serviço, dispensado de certas Condições especiais para AADP


atividades por problemas de saúde. (definidas no CD).
§ 6º Cedido a entidades associativas (LC n. 76/2004) ou em Não será submetido à AADP.
exercício de cargo público civil temporário não eletivo, Resultado da sua última AADP, se
mais de 120 dias. superior a 7 pontos, enquanto
§ 7º Missões de paz, força nacional ou outros programas de perdurar a situação. Se menor que 7,
governo, firmados por convênios ou outro meio formal. considerará de 7 pontos.

§ 9º - Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, o registro da nota no SIRH deverá ocorrer por meio de ato
administrativo, devidamente fundamentado e publicado em boletim reservado.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 20 - Do resultado da AADP caberá pedido de reconsideração à comissão


de avaliação, no prazo máximo de 05 dias úteis, contados a partir da
notificação do militar avaliado.

§ 1° - Finda a reunião de deliberação sobre o pedido de reconsideração do


resultado da AADP, a Comissão lavrará Ata e notificará o militar no prazo
máximo de 02 dias úteis.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

§ 2° - As notificações poderão ser feitas pessoalmente ou por outro meio de


divulgação da administração militar, como boletim interno e mensagens
eletrônicas protocoladas.
DESENVOLVIMENTO

Resolução n. 4250/2013

Art. 21 - Da deliberação que analisou o pedido de reconsideração do


resultado da AADP, o militar poderá interpor um único recurso, no prazo
máximo de 05 dias úteis, contados da notificação:
[...]
III - Ao Comandante da Unidade, nos demais casos.

Art. 22 A - autoridade decidirá, no prazo máximo de 10 dias úteis, contados


da data do recebimento do recurso, e notificará o militar de sua decisão.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)
Art. 59-A. O Adicional de Desempenho - ADE - constitui vantagem
remuneratória, concedida mensalmente ao militar que tenha ingressado nas
instituições militares estaduais após a publicação da EC nº 57, de 15 de julho
de 2003, ou que tenha feito a opção prevista no art. 115 do ADCT da
Constituição do Estado, e que cumprir os requisitos estabelecidos no art. 59-
B.
Art. 5º O ADE [...] incidirá no mês subsequente à conclusão dos períodos anuais de aferição do
desempenho e do número de desempenhos satisfatórios de que trata o art. 4º.

(Decreto 44.889/2008)
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

§ 1º O valor do ADE será determinado a cada ano, levando-se em conta o


número de Avaliações de Desempenho Individual - ADIs - satisfatórias
obtidas pelo militar, nos termos desta Lei.

§ 2º O militar da ativa, ao manifestar a opção de que trata o caput, fará jus


ao ADE a partir do exercício subsequente, observados os requisitos previstos
nesta Lei.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)
§ 3º A partir da data da opção pelo ADE, não serão concedidas novas
vantagens por tempo de serviço ao militar, asseguradas aquelas já
concedidas.

§ 4º O militar poderá utilizar o período anterior à sua opção pelo ADE, que
será considerado de desempenho satisfatório, salvo o período já computado
para obtenção de adicional por tempo de serviço na forma de quinquênio.
§ 5º O somatório de percentuais de ADE e de adicionais por tempo de serviço na forma de quinquênio
ou trintenário não poderá exceder a 90% da remuneração básica do militar.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

Art. 59-B. São requisitos para a obtenção do ADE:

I - a estabilidade do militar, nos termos do art. 7º; e

II - o número de resultados satisfatórios obtidos pelo militar na ADI.

§ 1º Para fins do disposto no inciso II do caput, considera- se satisfatório o


resultado igual ou superior a 70%.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

§ 2º O período anual considerado para aferição da ADI terá início no dia e


mês do ingresso do militar nas instituições militares estaduais ou de sua
opção pelo ADE.

§ 3º Na ADI serão considerados como fatores de avaliação:

I - a Avaliação Anual de Desempenho e Produtividade - AADP;


DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

II - o conceito disciplinar; e

III - o treinamento profissional básico.

§ 4º A regulamentação da ADI, no que se refere aos incisos I e III do § 3º, poderá ser
delegada ao Comandante-Geral da instituição militar estadual.
DESENVOLVIMENTO

ADE
(EMEMG)
Art. 59-C. Os valores máximos do ADE correspondem a um percentual da
remuneração básica do militar, estabelecido conforme o número de ADIs
com desempenho satisfatório por ele obtido, assim definidos:

I - para 3 ADIs com desempenho satisfatório: 6% ;

II - para 5 ADIs com desempenho satisfatório: 10%;


DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)
III - para 10 ADIs com desempenho satisfatório: 20%;

IV - para 15 ADIs com desempenho satisfatório: 30%;

V - para 20 ADIs com desempenho satisfatório: 40%;

VI - para 25 ADIs com desempenho satisfatório: 50%; e

VII - para 30 ADIs com desempenho satisfatório: 60%.

Vide art. 4º do Decreto n. 44889/2008


DESENVOLVIMENTO

ADE
(EMEMG)

§ 1º O valor do ADE a ser pago ao militar será calculado por meio da


multiplicação do percentual de sua remuneração básica definido nos incisos
do caput pela centésima parte do resultado obtido na ADI no ano de cálculo
do ADE.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)
§ 2º O militar que fizer jus à percepção do ADE continuará percebendo o
adicional no percentual adquirido, até atingir o número necessário de ADIs
com desempenho satisfatório para alcançar o nível subsequente definido
nos incisos do caput deste artigo.

ADE = ADI X (inc. art. 59-C)


100
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

§ 3º O valor do ADE não será cumulativo, devendo o percentual apurado a


cada nível substituir o percentual anteriormente percebido pelo militar.

§ 4º O militar que não for avaliado por estar totalmente afastado por mais
de 120 dias de suas atividades devido a problemas de saúde terá o
resultado de sua ADI fixado em 70%, enquanto perdurar essa situação.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

§ 5º Se o afastamento previsto no § 4º for decorrente de acidente de serviço


ou moléstia profissional, o militar permanecerá com o resultado da sua última
ADI, se este for superior a 70%.

§ 6º Ao militar afastado parcialmente do serviço, dispensado por problemas


de saúde, serão asseguradas, pelo Comandante-Geral da instituição militar
estadual, condições especiais para a realização da ADI, observadas suas
limitações.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)

§ 7º O militar afastado do exercício de suas funções por mais de 120 dias,


contínuos ou não, durante o período anual considerado para a ADI, não será
avaliado quando o afastamento for devido a:

I - licença para tratar de interesse particular, sem vencimento;

II - ausência, extravio ou deserção;


DESENVOLVIMENTO
ADE
(EMEMG)
III - privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos
previstos em lei;

IV - cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial, sem exercício das


funções; ou

V - exercício temporário de cargo público civil.


Além destas hipóteses, o Decreto 44.889/2008 inclui também a interdição
Não serájudicial (Art.
avaliado 3º, §7º, inc. V)
significa
que receberá nota igual a
zero!
DESENVOLVIMENTO

ADE - (EMEMG)

Art. 59-D. O ADE será incorporado aos proventos do militar quando de sua
transferência para a inatividade, em valor correspondente a um percentual da
sua remuneração básica, estabelecido conforme o número de ADIs com
desempenho satisfatório por ele obtido, respeitados os seguintes percentuais
máximos:

I - para 30 ADIs com desempenho satisfatório: até 70%;


DESENVOLVIMENTO
ADE - (EMEMG)

Art. 59-D...

II - para 29 ADIs com desempenho satisfatório: até 66%;

III - para 28 ADIs com desempenho satisfatório: até 62%;

IV - para 27 ADIs com desempenho satisfatório: até 58%; e

V - para 26 ADIs com desempenho satisfatório: até 54% .


DESENVOLVIMENTO

ADE
(EMEMG)

§ 1º O valor do ADE a ser incorporado aos proventos do militar quando de


sua transferência para a inatividade será calculado por meio da multiplicação
do percentual definido nos incisos I a V do caput pela centésima parte do
resultado da média aritmética simples dos resultados satisfatórios obtidos
nas ADIs durante sua carreira.
DESENVOLVIMENTO

ADE
(EMEMG)

§ 2º Para fins de incorporação aos proventos dos militares que não alcancem
o número de resultados satisfatórios definidos nos incisos do caput, o valor
do ADE será calculado pela média aritmética das últimas 60 parcelas do ADE
percebidas anteriormente à sua transferência para a inatividade ou à
instituição da pensão.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

Art. 3º O desempenho satisfatório do militar será traduzido em uma escala


máxima de 100 pontos, assim divididos:

I - AADP, segundo critérios definidos em regulamentação do Comandante-


Geral da IME, aferida em:

a) 50 pontos para o nível superior de desempenho;


DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

Art. 3º

b) 40 pontos para o nível alto de desempenho;

c) 30 pontos para o nível intermediário de desempenho;

d) 20 pontos para o nível baixo de desempenho; e

e) 10 pontos para o nível inferior de desempenho;


DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

II - respeito aos princípios de hierarquia, disciplina e ética militares,


consubstanciados no conceito individual previsto no CEDM, Lei nº 14.310,
de 19 de junho de 2002, aferido em:

a) 30 pontos para os conceitos "A" ou "B" = ou > a +25;


b) 25 pontos para o conceito "B" de 0 a +24;
c) 20 pontos para o conceito "B" de -1 a – 24;
d) 15 pontos para o conceito "B" de -25 a – 50; e
e) 0 ponto para o conceito "C";
DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

III - aproveitamento no Treinamento Profissional Básico - TPB, aferido em:

a) 20 pontos para APTO em todas as provas;


b) 15 pontos para aprovação em duas provas;
c) 10 pontos para aprovação em uma prova; e
d) 0 ponto para INAPTO em todas as provas.
DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

§ 1º O desempenho satisfatório será definido pelo somatório dos pontos


obtidos pelo militar em cada um dos incisos do caput.

§ 2º No primeiro ano de ingresso do militar na IME ou de sua opção pelo


sistema ADE, a pontuação a que se referem os incisos I, II e III do caput será
aferida obrigatoriamente no período de seis a onze meses.

Desempenho satisfatório = AADP + Conceito + TPB >= 70 pontos


DESENVOLVIMENTO
ADE
(Decreto n. 44889/2008)

§ 3º Para aferição da pontuação a que se referem os incisos I, II e III do


caput será observado o seguinte:

I - a AADP e o TPB do militar aluno de curso de formação e habilitação


serão definidos pelo Comandante-Geral da IME; e
DESENVOLVIMENTO

ADE
(Decreto n. 44889/2008)

II - o militar que ingressar na IME e implementar as condições para a


obtenção do ADE terá seu conceito disciplinar considerado em grau máximo
nos 3 primeiros anos, salvo se for punido disciplinarmente, situação em que
seguirá a regra do inciso II, do caput.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento das normas estatutárias aplicáveis aos militares estaduais é
fundamental para a adequada integração do futuro Sargento da PMMG, que o
possibilita a exercer sua função com excelência.

O conhecimento do regimento jurídico e avaliativo da Instituição é fundamental para


que o Sargento saiba como se portar nas diversas situações do seu cotidiano e como
estas impactam sua carreira na corporação.

Sugere-se a leitura do livro Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais


Comentado, do Cel QOR do Josan Mendes Feres (referência completa na proposta de
Componente Curricular).
REFERÊNCIAS

BRASIL. MINAS GERAIS. Lei nº 5.301, DE 16/10/1969 e suas atualizações. Contém o Estatuto dos
Militares do Estado de Minas Gerais.
BRASIL. MINAS GERAIS. Decreto nº 44.889, de 08/09/2008 - Regulamenta a concessão do Adicional de
Desempenho - ADE aos integrantes das Instituições Militares do Estado de Minas Gerais.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando-Geral. Resolução nº 3.507, de 17/09/1999.
Regulamenta as Gratificações, Indenizações e Abonos na Polícia Militar contidas na Lei Delegada Nº 37,
de 13jan89 e dá outras providências.
MINAS GERAIS. Polícia Militar de Minas Gerais. Comando Geral. Resolução n. 4250/2013. Avaliação
Anual de Desempenho e Produtividade – AADP.
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO E
APERFEIÇOAMENTO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL FORMAÇÃO DE


SARGENTOS – CEFS II / 2023

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

ATUALIZADO EM 06/2023
NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.
UNIDADE V

-Promoção de Praças
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da aula
1.2 Objetivo geral
1.3 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
 Promoções de Praças: Condições para que o sargento seja promovido;
 Comissão Instrutiva;
 Cálculo da Ficha de Promoção.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá conhecer os
critérios de promoção na PMMG. .
Objetivos Específicos
• Calcular ficha de promoção;
• Entender a importância da Comissão Instrutiva.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 1º A promoção consiste no acesso equânime, gradual, sucessivo, regular


e equilibrado das praças às graduações da hierarquia das instituições
militares estaduais, observados os princípios e critérios de aferição de
aptidões estabelecidos neste Regulamento.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP


Art. 1º..

Parágrafo único. Será dispensada de condição de sucessividade a promoção


que se verificar por término de Curso de Formação de Sargentos – CFS – ou
equivalente, quando decorrente de concurso.

Art. 207. Promoção é o acesso gradual e sucessivo das praças das instituições militares estaduais à
graduação superior e será concedida por ato do Comandante-Geral, em 25 de dezembro.
Lei Estadual n. 5.301/1969
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 2º O acesso, por promoção, na graduação de praças das instituições


militares estaduais será realizado por ato do respectivo Comandante-Geral
pelos critérios seguintes:

I – merecimento;
II – antiguidade;
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 2º...

III – ato de bravura;


IV – necessidade do serviço;
V – incapacidade física;
VI – tempo de serviço;
VII – post-mortem ;
VIII – trintenária; e
IX – invalidez.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção por Merecimento

Art. 20. A promoção por merecimento é aquela que se baseia na aferição do


mérito, nos termos do art. 40, que distingue o valor da praça entre seus
pares, observado no decurso de sua carreira e, especialmente, na graduação
atual, e no âmbito de sua turma.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção por Antiguidade

Art. 21. A promoção por antiguidade é devida ao militar remanescente de


sua turma no último ano de promoção e que satisfaça as condições legais.

Vide art. 215 do EMEMG.


DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção por Ato de Bravura

Art. 22. É decorrente da ação praticada pela praça, de maneira consciente e


voluntária, com evidente risco à vida e da qual não se tenha beneficiado o
agente ou pessoa de seu parentesco até 4º grau, cujo mérito transcenda em
valor, audácia e coragem a quaisquer atitudes de natureza negativas
porventura cometidas.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 22.

§ 1º Equipara-se a ato de bravura o acidente decorrente de atuação da praça


no serviço efetivamente operacional em fato que, de qualquer forma, afete
ou possa afetar a ordem pública, da qual resulte incapacidade definitiva para
todos os serviços de natureza policial-militar ou bombeiro-militar, ou
invalidez, mediante parecer da JCS.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º quando a incapacidade ou
Vide art. 216 do EMEMG.
invalidez decorrer de atuação em atividade de apoio ao serviço
operacional.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

- Compete à CPP julgar o mérito do ato de bravura, e caso não o considere


como tal, o processo será encaminhado à autoridade competente para fins
de apreciação quanto a concessão de recompensa. (§§ 4º e 8º)
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

- A promoção por ato de bravura ocorrerá a partir da data do evento. (§ 5º)

-O militar promovido a 3º Sgt terá nota 6,00 pontos equivalente ao CFS ou


equivalente, sendo-lhe assegurada a matrícula no curso após a promoção,
caso deseje (§§ 6º e 7º).

Vide Res. 4353, de 09Out14 (Promoção por ato de bravura).


DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção por Necessidade do Serviço

Art. 23. A promoção por necessidade do serviço é motivada por término de


curso ou com vistas à adequação de efetivo, a juízo do Comandante-Geral da
respectiva instituição militar.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP
Da Promoção por Invalidez

Art. 24. A praça que tenha sofrido, no cumprimento de suas funções e no


exercício da atividade policial-militar ou bombeiro-militar, lesões que a torne
inválida permanentemente, será promovida por invalidez,
independentemente de vaga e data própria.
§ 4º A praça incluída no QA e que for, A promoção por invalidez depende de amparo em Atestado de Origem
posteriormente, julgada incapaz (AO) e será realizada após parecer da JCS, retroagindo, para todos os
definitivamente para todos os serviços fins e efeitos legais, à data do fato ou do laudo médico declaratório da
de natureza policial ou bombeiro- invalidez, quando a data do fato não puder ser determinada.
militar ou julgada inválida, em exame
de saúde, deverá ser promovida,
independente de vaga e data própria.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção Post-Mortem

Art. 25. A praça que falecer em virtude de acidente no serviço ou em


consequência do desempenho de atividade policial-militar ou bombeiro-
militar poderá ser promovida à graduação imediata, mediante proposta da
CPP, homologada pelo Comandante-Geral.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção Post-Mortem

Art. 26. A proposta da CPP será fundamentada em processo administrativo


instaurado a respeito do evento.
Art. 27. Não se efetuará a promoção, se ficar apurado que a morte ocorreu em consequência de
circunstâncias de natureza negativa, provocadas pela praça ou em descumprimento de ordem legal.

Art. 28. A promoção post-mortem ocorrerá a partir da data do fato que a motivou e não implicará em
reconhecimento de direito de pensão acidentária, regulamentada em legislação própria.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção por Tempo de Serviço

Art. 29. A promoção por tempo de serviço é devida ao Soldado de 1ª Classe


que tenha, no mínimo, 8 anos de efetivo serviço e ao Cabo que tenha, no
mínimo, 8 anos de efetivo serviço na mesma graduação.

Parágrafo único. Entende-se por efetivo exercício da atividade o período de


tempo contado dia a dia, descontados os tempos previstos no art. 10.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção Trintenária

Art. 30. Ao completarem 30 anos de serviço, quando de sua transferência


para a reserva, a praça da ativa será promovida à graduação imediata, e o
Subten, ao posto de 2º-Tenente, desde que:

I - contem pelo menos um ano de exercício na graduação;


DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Da Promoção Trintenária

Art. 30...

II - contem 20 anos de efetivo serviço na IME, vedada a contagem de qualquer


tempo fictício não previsto no EMEMG;
III - satisfaçam os requisitos [...] incisos I e VIII do § 1º do art. 13;
IV - não se enquadrem nas situações previstas no § 2º do art. 13.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 3º As promoções de praças serão realizadas, anualmente, no dia 25 de


dezembro.

§ 1º Poderá ser realizada em qualquer época a promoção trintenária e a por


tempo de serviço, a partir do atendimento das condições exigidas para esses
fins.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 3º...

§ 2º A juízo do Comandante-Geral, por proposta da Comissão de Promoção


de Praças - CPP – também serão realizadas, em qualquer época, as
promoções por ato de bravura, post-mortem, invalidez e necessidade do
serviço, a partir da ocorrência das condições previstas para esses fins .
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 4º Os Cabos e Sargentos das instituições militares estaduais serão


relacionados em almanaque por ordem de antiguidade dentro de seu
Quadro, conforme disposto no art. 5º.

Art. 5º Para efeito de promoção, a antiguidade será apurada:

I – pela data da promoção ou nomeação;


DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP
Art. 5º...

II – pela prevalência sucessiva, em ordem decrescente, dos graus hierárquicos


anteriores;
III – pela data de praça; e
IV – pela data de nascimento.
§ 1º As praças promovidas na mesma data após a conclusão de cursos profissionais de
formação terão sua antiguidade regulada de acordo com a ordem de classificação,
observando-se a nota obtida no curso.
DESENVOLVIMENTO
ANO BASE E PROPORÇÕES (Art. 6º, RPP)

À Graduação de ANO BASE/ CRITÉRIOS FRAÇÕES

19º ao 23º ano (merecimento) 1/3; 1/4; 1/4; 1/4; 1/4


Sub-Tenente
24º ano (antiguidade) 1
13º ao 15º ano (merecimento) 1/3; 1/2; 1/2
1º-Sargento
16º ano (antiguidade) 1
5º e 6º ano (merecimento) 1/3; 1/2
2º-Sargento
7º ano (antiguidade) 1
Necessidade do serviço ou
3º-Sargento
Tempo de serviço (8 anos) Não há.
Necessidade do serviço ou
Cabo
Tempo de serviço (8 anos)
Soldado Exclusivamente por Necessidade
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

[...]

§ 2º Na apuração do número de promoções previsto neste artigo, será feito


o arredondamento para o número inteiro posterior, sempre que houver
fracionamento.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 3º Na hipótese de haver necessidade de adequar o efetivo existente ao


previsto em lei, o Alto-Comando, órgão colegiado composto por Oficiais do
último posto da ativa, poderá alterar os períodos e as frações previstas neste
artigo.

§ 4º Para a definição da quantidade de militares existentes nas turmas, serão


computadas as praças que preencherem o requisito previsto no art. 11. (Interstício)
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 10. Não é computado, para efeito de promoção, o tempo de:

I – licença para tratar de interesse particular, sem vencimento;

II – ausência, extravio e deserção;


DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP


Art. 10...

III – exercício de cargo público civil temporário, salvo para promoção por
antiguidade;
IV – privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos
previstos em lei;
V – cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial; e
VI – interdição judicial.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP
§ 1º A praça que se encontrar em qualquer uma das situações previstas
neste artigo, por períodos contínuos ou não, a cada ano completado,
contado o tempo de arredondamento, será remanejada para turma
posterior e terá seu ano-base alterado.

§ 2º Para fins de arredondamento, considerar-se-á o período superior a 182


dias igual a um ano.

O ano base do Sargento é o ano de conclusão do CFS, CEFS ou equivalente!


DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 11. Interstício é o período mínimo, contado dia a dia, em que a praça
deverá permanecer na graduação para que possa ser cogitada para a
promoção pelos critérios de merecimento ou de antiguidade, assim
compreendido:

I – 05 anos na graduação de 3º-Sargento;


II – 06 anos na graduação de 2º-Sargento; e
III – 03 anos na graduação de 1º-Sargento.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 12. A praça que se enquadrar nas hipóteses previstas nos incisos I, II, IV,
V e VI do art. 10, enquanto perdurar a situação, não terá computado o
período como tempo de interstício.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 13. A praça deverá preencher todos os requisitos para concorrer à


promoção e não poderá estar impedida, nos termos deste artigo.

§ 1º Constituem requisitos para concorrer à promoção:

I – idoneidade moral;
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP
Art. 13.

II – aptidão física;
III – interstício na graduação;
IV – Curso de Atualização em Segurança Pública – CASP – [...] para promoção
à graduação de 1º-Sargento;

§ 8º A praça punida em decorrência de sua submissão a PAD ou PADS, pela prática de ato que afete a
honra pessoal ou o decoro da classe será considerada possuidora do requisito de idoneidade moral 2
anos após o término do cumprimento da sanção disciplinar.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

V – CFS ou equivalente, para promoção à graduação de 3º-Sargento;

VI – Curso de Formação de Cabos – CFC – ou equivalente para promoção à


graduação de Cabo, exceto quando for por tempo de serviço;
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

VII – aprovação em Exame de Aptidão Profissional - EAP, para promoção a


2º-Sargento ou Subtenente;
VIII – comportamento disciplinar satisfatório;
IX – resultado igual ou superior a 60% na
AADP.

- A nota igual ou superior a 60% na AADP é exigida no ano em que concorre à promoção;

- Comportamento disciplinar satisfatório: a praça classificada no conceito “C” ou “B” =< a - 25 não
preenche o requisito.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 2º Não concorrerá à promoção nem será promovida, embora incluída no


Quadro de Acesso – QA, a praça que:

I - estiver cumprindo sentença penal;


II – estiver em deserção, extravio ou
ausência; III – for submetida a PAD, PADS ou
PAE;
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 2º ..

IV – estiver em licença para tratar de interesse particular, sem vencimento;


V – estiver no exercício de cargo público civil temporário, salvo para
promoção por antiguidade;
VI – for privada ou suspensa do exercício de cargo ou função, nos casos
previstos em lei;
VII – estiver em caso de interdição judicial;
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

VIII - estiver presa à disposição da justiça ou sendo processada por crime


doloso previsto:

a) em lei que comine pena máxima de reclusão superior a 2 anos,


desconsideradas as situações de aumento ou diminuição de pena;
b) nos Títulos I e II, nos Capítulos II e III do Título III e no Capítulo I do Título VII
do Livro I da Parte Especial do Código Penal Militar;
c) no Livro II da Parte Especial do Código Penal Militar.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 3º A praça incluída no QA que for alcançada pelas restrições dos incisos III e
VIII do § 2º e, posteriormente, for declarada sem culpa ou absolvida por
sentença penal transitada em julgado será promovida, a seu requerimento,
com direito à retroação.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 4º A praça enquadrada nas restrições previstas nos incisos III e VIII do § 2º


concorrerá à promoção, podendo ser incluída no QA e promovida se for
declarada sem culpa ou absolvida por sentença transitada em julgado, que
produzirá efeitos retroativos.

Fundamentos da absolvição que permitem a promoção com retroação: NEGATIVA DE AUTORIA / INEXISTÊNCIA DO
FATO ou PRESCRIAÇÃO (Nota Jurídica nº. 4.819 de 27/04/17 – entendimento de retroação também nos casos de
prescrição)
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

§ 5º Não ocorrerá a retroação prevista no § 3º, salvo na promoção pelo


critério de antiguidade, quando a declaração de ausência de culpa ou a
absolvição ocorrer por inexistência de prova suficiente para a aplicação de
sanção ou para condenação ou por prescrição. NJ 4.819/17

§ 6º As restrições previstas no inciso VIII do § 2º não se aplicam à praça


quando decorrentes de ação legítima, verificada em inquérito ou auto de
prisão em flagrante ou em procedimento administrativo.
Para Ação Legítima, vide Resolução Conjunta n. 4338, de 04Set2014.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 2º Ação legítima é a intervenção (resposta) ou atuação do militar


estadual, isolado ou em conjunto, em ocorrência de natureza comum ou
militar, quer por determinação, solicitação ou iniciativa própria, desde que tal
desempenho se faça comprovadamente necessário e se paute nos estritos
parâmetros autorizados pelo direito.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 3º A declaração da ação legítima decorrerá de uma análise técnico-


jurídica de cada fato concreto e se dará de acordo com o livre convencimento
racional da Autoridade Militar competente, quando constatar que restou
evidenciado que o militar acusado da prática dos crimes listados no art. 203,
IX, do EMEMG, incidiu em uma das seguintes hipóteses:
DESENVOLVIMENTO
RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

I – militar praticou a conduta amparada por causa legal ou supralegal que


exclua o crime (excludentes de tipicidade, ilicitude e culpabilidade);

II – restar provada a inexistência do fato criminoso imputado ao militar


(inexistência de crime);

III – restar provado que o militar não concorreu para a infração penal
(negativa de autoria).
Parágrafo único. Nos crimes culposos de qualquer natureza e nos demais crimes não
previstos no art. 203, IX, do EMEMG, não se deve manifestar sobre a legitimidade da ação.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 4º A competência para declarar a ação legítima é da Autoridade Militar


que detém o poder disciplinar, nos termos do art. 45 do CEDM, sobre o
militar acusado da prática do crime.
DESENVOLVIMENTO
RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 5º A declaração da ação legítima (ou ilegítima) será realizada por meio
de ato administrativo da autoridade militar competente e poderá se dar
diretamente no ato de homologação/avocação da solução do IPM.
[...]

§ 5º A declaração da ação legítima [...] pressupõe, necessariamente, o não


indiciamento do militar investigado pela Autoridade de Polícia Judiciária Militar
competente para emanar o ato de homologação/avocação de IPM.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 10 No concurso de agentes, a declaração da legitimidade da ação deverá


ser feita observando-se o caso concreto e individualmente para cada agente,
pois a ação dos militares poderá ter sido legítima para uns e ilegítima para
outros.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA N. 4338/14

Art. 11 Da decisão da autoridade que declarar a ilegitimidade da ação ou que


deixar de manifestar acerca da legitimidade caberá recurso, sem efeito
suspensivo, nos termos do art. 223 do EMEMG.
Art. 223 - É assegurado ao servidor da Polícia Militar o direito de requerer, representar ou recorrer, na forma da
legislação vigente.
§ 1º - O direito a que se refere o artigo decai, na esfera administrativa, no prazo de 60 dias, contado da publicação
do ato ou do conhecimento do fato.
§ 2º - O recurso só terá efeito devolutivo.
§ 3º - É vedado o reexame de recurso que já tenha sido solucionado pela administração.
§ 4º Das decisões do Comandante-Geral caberá recurso ao Governador do Estado, cuja decisão poderá ser precedida
de parecer da Advocacia-Geral do Estado.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 14. À praça dispensada definitivamente pela Junta Central de Saúde –


JCS – de atividade incluída no conjunto de serviços de natureza policial ou
bombeiro-militar e que mantenha capacidade laborativa residual serão
asseguradas condições especiais para treinamentos ou cursos, para efeitos
de promoção dentro do respectivo Quadro.

Considerando-se o termo “promoção dentro do respectivo quadro”, a


regra não se aplica quando ocorrer mudança de quadro, por exemplo, do
QP-PM para o QOC-PM!
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 15. Ao militar licenciado ou dispensado em caráter temporário, em decorrência


de acidente de serviço ou moléstia profissional, cuja falta de capacidade laborativa
não seja definitiva e que não tenha participado de curso ou treinamento exigido nos
termos deste Regulamento, em decorrência do mesmo acidente ou moléstia, será
assegurada a convocação para o treinamento ou curso subsequente, de mesma
natureza, tão logo cesse sua licença ou dispensa e, se aprovado, ser-lhe-á garantida,
para fins de promoção dentro do respectivo Quadro, a contagem de tempo retroativa
à data de conclusão do curso ou treinamento de que não tenha participado.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 16. O militar pronto para o serviço é considerado possuidor de aptidão


física para o exercício das funções inerentes à graduação que irá ocupar.

§ 1º O militar em gozo de dispensa-saúde temporária ou definitiva, ou


licença-saúde, será submetido a inspeção de saúde no Núcleo de Assistência
Integral à Saúde – NAIS – de sua Unidade, com vistas em avaliar sua aptidão
física para o exercício das funções inerentes à graduação que irá ocupar.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 17. Os programas, as épocas e a aplicação do EAP constarão,


anualmente, de diretrizes baixadas pelo Comandante-Geral.

Parágrafo único. O resultado do EAP não alterará a ordem de classificação


por antiguidade dos candidatos considerados aptos.

Art. 19. É nula a promoção que tenha sido efetivada em desobediência aos princípios estabelecidos
neste Regulamento ou, indevidamente, por erro ou fraude, com ou sem a participação direta ou
indireta do beneficiado.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 56. A ficha de promoção é o documento único elaborado pela instituição


militar estadual que contém as informações sobre a praça, necessárias à
instrução dos procedimentos da CPP.

§ 1º A ficha de promoção será preenchida com base em dados contidos nos


assentamentos do candidato e conterá matéria obrigatoriamente publicada
em boletim, salvo os constantes da avaliação da CI e o conceito da CPP.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 56...

§ 2º A praça candidata à promoção deverá realizar a conferência de sua ficha,


sendo o responsável para comunicar à Administração possível falha que
detectar.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 36. A CPP, designada pelo Comandante-Geral, é órgão consultivo,


decisório e instrutivo, competindo-lhe organizar os QA e emitir parecer sobre
assuntos relativos às promoções de praças.

Parágrafo único. A CPP, organizada em cada instituição militar estadual, será


composta por, no mínimo, 10 oficiais superiores, sendo presidida pelo Diretor
de Recursos Humanos e secretariada por um Capitão ou Tenente.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 40. São fatores de aferição do mérito das praças:

I – nota da Comissão Instrutiva – CI, na PMMG, ou da AADP, no CBMMG;


II – formação acadêmica;
III – disciplina;
IV – tempo de serviço; e
V – conceito da CPP.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 42. A nota da CI será apurada pela avaliação da praça candidata à


promoção, no tocante à ética e à disciplina, à liderança, à representatividade
institucional e ao comprometimento organizacional, no âmbito de sua
Unidade.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 42..

Parágrafo único. A CI será presidida nas unidades de direção intermediária


pelo subdiretor, subcomandante e subchefe e, nas demais unidades
autônomas, pelo comandante da unidade e terá o seu regulamento
estabelecido em norma da respectiva instituição militar.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 49. A nota da CI na PMMG será obtida por meio da avaliação realizada
no ano em que a praça concorrer à promoção e terá o valor máximo de 4
pontos, sendo atribuída a nota de 0 a 1 ponto em cada um dos seguintes
aspectos:
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP
Art. 49...
I Ética e disciplina Capacidade de proceder conforme as normas que regem a PMMG, preservando os valores
institucionais, sem a perda da visão crítica e da criatividade, bem como exigir, dentro de sua
esfera de competência, comportamentos éticos de quem lhe seja subordinado

II Liderança Capacidade de comandar, coordenar, gerenciar e desenvolver trabalhos em equipe,


demonstrada pelo exemplo e pela influência que suas ações e palavras exercem sobre as
pessoas
III Representatividade Capacidade de representar a PMMG perante o público interno, a comunidade, a outros órgãos e
institucional autoridades, demonstrada pela assimilação e prática dos valores institucionais

IV Comprometimento Refere-se ao grau em que o militar aceita os objetivos organizacionais; sua disposição e
Institucional empenho para trabalhar com afinco pela organização; e o desejo de permanecer nela como
membro, de modo a facilitar a consecução dos objetivos institucionais
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 2º A Comissão Instrutiva terá a seguinte composição:

III – para avaliação dos sargentos das UDI será presidida pelo
subdiretor/subcomandante/chefe do estado-maior, e integrada pelos chefes
de seção; e
DESENVOLVIMENTO
RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 2º..

IV - para avaliação dos sargentos de Unidades subordinadas a UDI será


presidida pelo comandante da unidade e integrada pelos:
a) Subcomandante e comandantes de companhia no caso de unidade de
execução operacional;
b) Subcomandante e chefes de seções no caso de unidade administrativa;
c) Chefes de assessoria no caso de seção do Estado-Maior da PMMG
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 12 As reuniões da CI serão restritas, não se permitindo


acompanhamento das sessões por parte de militares que não tenham sido
designados pra comporem a Comissão ou para auxiliarem as atividades.

Parágrafo único. Mediante requerimento do militar cogitado à promoção


poderá lhe ser fornecida certidão com os dados referentes à sua pessoa.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 13 Os trabalho de avaliação da CI deverão ocorrer no período de 1º a 31


de julho, devendo a notificação do avaliado ocorrer até o dia 10 de agosto.
DESENVOLVIMENTO
RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art.14 A CI só poderá deliberar com a presença de todos os seus membros.

§1º As decisões da CI serão tomadas pela maioria de votos.


§2º A seqüência da votação será do mais moderno ao mais antigo.
§3º O Avaliador Presidente possui voto de qualidade.
§4º O militar que estiver respondendo pela função ou em substituição
temporária integrará a CI.
Art. 19 [...]

Parágrafo único. O ato de designação da CI deverá ser publicado até o dia 30 de junho.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 15 [...]

§2º A variação das notas deve obedecer ao intervalo de número múltiplo de


0,05 pontos.
§3º Para subsidiar a avaliação das habilidades e atitudes previstas no art. 6º
deste Regimento, a CI utilizará dados da ficha de promoção, média das notas
da AADP a que for submetido o candidato no posto/graduação em que se
encontre, documentos incidentais, esclarecimentos e informações que julgar
necessário.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 17 O militar será notificado pela CI da nota recebida.

Art. 20 O militar poderá interpor recurso à Comissão de Recurso, no prazo


máximo de 5 dias úteis, contados da notificação do resultado da avaliação.
[...]

-O pedido será apreciado, inicialmente, pela CI que poderá:


- reconsiderar a decisão (§1º)
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

Art. 20..

-reconsiderar parcialmente a decisão, possibilitando ao militar solicitar


remessa à Comissão de Recurso, no prazo de 5 dias úteis (§4º)

-Instruir e remeter à Comissão de Recurso, em 5 dias úteis (§3)

§2º A comissão decidirá, no prazo máximo de 10 dias úteis, contado do recebimento do recurso e
notificará o militar de sua decisão em até 2 dias úteis.
DESENVOLVIMENTO

RESOLUÇÃO n. 4324/14

§5º A Comissão de Recurso terá a seguinte composição:


[...]
II – presidida pelo comandante da respectiva UDI, integrada
subdiretor/subcomandante/chefe do estado-maior da UDI, comandantes de
UA, e na inexistência destes, pelos chefes de seção da UDI, para avaliação dos
recursos de sargentos, sendo designada pelo Comandante da UDI.
§6º Caso algum membro da Comissão de Recurso tenha participado da avaliação do requerente,
durante os trabalhos da Comissão Instrutiva, não poderá participar da análise e bem da votação do
respectivo recurso, devendo tal situação ser registrada em ata.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 54. A CPP observará as seguintes habilidades e atitudes, para fins de


emissão de conceito:

I – representatividade, respeito, lealdade, disciplina, ética, justiça e hierarquia,


que representam valores institucionais;
II - isenção nas atitudes;
III - autocontrole diante de situações adversas;
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 54.

IV - probidade na gestão dos bens públicos e privados;


V – postura pessoal condizente com os valores sociais.

§ 1º Para subsidiar a avaliação das habilidades e atitudes previstas nos incisos do


caput, a CPP utilizará dados da ficha de promoção, documentos incidentais,
esclarecimentos e informações que julgar necessário.
DESENVOLVIMENTO
CONTAGEM DE PONTOS E
AFERIÇÃO DE MÉRITO (Art. 40, RPP)
FATORES DESCRIÇÃO PTOS NOTA

COMISSÃO I – Ética e disciplina; Até 4 (1 por 4,00


INSTRUTIVA II – Liderança; habilidade)
III – Representatividade institucional;
IV – Comprometimento organizacional
FORMAÇÃO CFS/CEFS/CIFS; EAP; CASP Até 10 (30%) 3,00
ACADÊMICA (média aritmética simples das notas dos cursos
considerados)
Graduação (limitada a 1) 0,03 0,03
Pós Graduação (limitada a 1) 0,01 0,01
Mestrado (limitada a 1) 0,03 0,03
Doutorado (limitada a 1) 0,03 0,03
DESENVOLVIMENTO
CONTAGEM DE PONTOS E
AFERIÇÃO DE MÉRITO (Art. 40, RPP)
FATORES DESCRIÇÃO PONTOS NOTA
DISCIPLINA Elogio Individual Até 5, x 0,02 0,10
Nota Meritória Até 10, x 0,01 0,10
Medalhas Até 5, x 0,04 0,20
Conceito (a partir do B -24) 0,03 2,25
Advertência - 0,01
Repreensão - 0,02 Total
Prestação de serviço - 0,08
Suspensão - 0,15
Pena privativa de liberdade - 0,30
Pena restritiva de direitos - 0,20
Multa - 0,10
TEMPO DE SERVIÇO No posto/ por ano 0,01 Total
Na carreira/ por ano 0,01
DESENVOLVIMENTO
CONCEITO DA CPP (Art. 54, § 2º)

CONCEITO PONTUAÇÃO CPP

ÓTIMO 8 a 10

MUITO BOM 6 a 7,9

BOM 4 a 5,9

REGULAR 2 a 3,9

INSUFICIENTE 0 a 1,9
DESENVOLVIMENTO
SIMULAÇÃO (NOTAS DO CFS)
CLASSIF. NOTA CLASSIF. NOTA CLASSIF. NOTA
1º 9,56 111º 9,12 221º 9,01
2º 9,54 112º 9,12 222º 9,00
3º 9,52 113º 9,12 223º 9,00
4º 9,45 114º 9,12 224º 9,00
5º 9,44 115º 9,12 225º 9,00
6º 9,42 116º 9,12 226º 9,00
7º 9,41 117º 9,12 227º 9,00
8º 9,39 118º 9,12 228º 9,00
9º 9,37 119º 9,11 229º 9,00
10º 9,37 120º 9,11 230º 9,00
DESENVOLVIMENTO
SIMULAÇÃO (FICHA DE PROMOÇÃO)
FATOR DESC. 3º SGT “A” 3º SGT “B” 3º SGT “C”
N. PTOS N. PTOS N. PTOS
Comissão Instrutiva 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Formação CFS 9,56 2,63 9,12 2,64 9,00 2,74
Acadêmica EAP 8,00 8,50 9,25
(*) Somente promoção Grad (*) 1 0,00 0 0,00 1 0,00
à Subten e 1º Sgt e não
se aplica a cursos Pós Grad (*) 1 0,00 0 0,00 0 0,00
exigidos para ingresso
Mestrado (*) 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Tempo de serviço Graduação 5 0,05 5 0,05 5 0,05
Carreira 10 0,10 12 0,12 8 0,08
Disciplina (+) Elogio 2 0,04 5 0,10 5 0,10
NM 8 0,08 10 0,10 10 0,10
Medalhas 2 0,08 1 0,04 0 0,00
Conceito A +50 2,25 A +50 2,25 A +50 2,25
Subtotal 9,23 9,30 9,32
DESENVOLVIMENTO
SIMULAÇÃO (FICHA DE PROMOÇÃO)
FATOR DESC. 3º SGT “A” 3º SGT “B” 3º SGT “C”
Subtotal (+) 9,23 9,30 9,32
Disciplina (-) Advertência - - -
Repreensão - 1 - 0,02 -
P de serviço - - -
Suspensão - - -
PPL - - -
PRD - - -
Multa - - -
Subtotal (-) - - 0,02 -
Nota da CPP 10,00 9,50 10,00
Final 19,23 18,78 19,32
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 33. O QA é a relação de praças selecionadas pela CPP, que preencham as


condições para promoção, separadas por graduação, nos respectivos
Quadros da carreira e turmas, organizada pelo critério de merecimento e
antiguidade.
[...]
§ 3º No QAM, as praças serão agrupadas na ordem decrescente de pontos
apurados por meio da ficha de promoção.

§ 6º O QA será divulgado e publicado em boletim-geral da instituição militar, em


data a ser definida pela CPP.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 33...

§ 4º Na organização do QAM, ocorrendo igualdade de classificação entre


praças de uma mesma turma, terá precedência a mais antiga, conforme o
disposto no art. 5º.
§ 5º No QAA, as praças serão agrupadas, observando-se o disposto no art.
5º.
§ 6º O QA será divulgado e publicado em boletim-geral da instituição militar, em data a
ser definida pela CPP.
DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 34. A praça, uma vez incluída no QA, dele não poderá ser retirada, a não
ser nos casos previstos no art. 198 do EMEMG.
Art. 198 - O Oficial incluído no quadro de acesso não poderá dele ser retirado, senão em caso de morte,
incapacidade física ou moral, condenação a 1 ano, ou mais, à pena privativa da liberdade, ocasionada ou
verificada anteriormente à sua inclusão no Quadro de Acesso, ou se houver atingido a idade-limite de
permanência no serviço ativo.
[...]
Art. 209. Aplica-se às promoções de praças por merecimento e por antigüidade o previsto nos incisos I a VI do
caput e nos §§ 2º, 3º e 6º do art. 186, bem como nos arts. 187, 194, 198 e 203 desta Lei.

Lei Estadual n. 5.301/1969


DESENVOLVIMENTO

DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 63. À praça é assegurado o direito de requerer, representar ou recorrer


na forma da legislação vigente.

§ 1º O direito a que se refere o caput decai, na esfera administrativa, no


prazo de 60 dias, contado da publicação do ato ou do conhecimento do fato.
DESENVOLVIMENTO
DECRETO n. 46.298/2013 - RPP

Art. 63...

§ 2º O requerimento, a representação ou o recurso serão informados pelo


Comandante da Unidade e instruídos com os documentos julgados
necessários, inclusive a segunda via da ficha de promoção do candidato.

Art. 64. Caso o Comandante-Geral não reconsidere sua decisão, caberá


recurso ao Governador do Estado, como última instância na esfera
administrativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conhecer as normas estatutárias aplicáveis aos militares estaduais é fundamental


para que o Sargento da PMMG compreenda os critérios de promoções na PMMG.

Sugere-se a leitura do livro Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais


Comentado, do Cel QOR do Josan Mendes Feres (referência completa na proposta de
Componente Curricular).
REFERÊNCIAS

BRASIL. MINAS GERAIS. Lei nº 5.301, DE 16/10/1969 e suas atualizações. Contém o Estatuto
dos Militares do Estado de Minas Gerais.
BRASIL. MINAS GERAIS. Decreto n. 46.298, de 13 de agosto de 2013. Decreto de Promoção de
Praças.
BRASIL. MINAS GERAIS. Comando Geral. Resolução Conjunta N. 4338/14. Ação Legítima.
BRASIL. MINAS GERAIS. Comando Geral. Resolução nº. 4324/14. Comissão Instrutiva.
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO E
APERFEIÇOAMENTO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

CEFS II / 2023

ATUALIZADO EM

06/2023
NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.
UNIDADE VIII

 Pensão acidentária
 Auxílio invalidez
 Indenização securitária
 Sindicância social
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da aula
1.2 Objetivo geral
1.3 Objetivos específicos

2 DESENVOLVIMENTO
 Pensão acidentária
 Auxílio invalidez
 Indenização securitária
 Sindicância social

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

Objetivo Geral
• Ao final da disciplina o discente deverá conhecer as Legislações
que amparam o militar e seus dependentes nos casos que
envolvam acidente ou moléstia profissional.
Objetivos Específicos
• Elaborar processos que envolvam acidente ou moléstia
profissional;
• Assessorar os comandantes nos diversos níveis quanto aos
processos que envolvam acidente ou moléstia profissional.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


Art. 1º - As atribuições do Comandante do militar falecido em
consequência de acidente verificado no desempenho de suas
funções ou no estrito cumprimento do dever legal, sem prejuízo
de outras atribuições legais, são as constantes do artigo 90 da
Resolução nº 3507/99, cabendo-lhe:
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Art. 1º - Do Processo de Pensão Acidentária

I - designar o
encarregado; II -
solucionar o processo;
III - publicar a decisão em Boletim;
IV - remeter o processo à D R H.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Art. 2º - Na Do Processo
DRH, de Pensão
o processo seráAcidentária
encaminhado à Seção de
Contencioso de Pessoal para:

I – análise de mérito e da forma;

II – apontar as retificações, quando necessárias, e não havendo,


encaminhar o processo ao Centro de Administração de Pessoal
(CAP).
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


Art. 3º - No CAP, o processo deverá ser encaminhado à Seção de
Processamento de Pagamento de Pessoal (SPPP), que deverá:

I - anexar ao processo declaração dos valores dos últimos


vencimentos recebidos pelo militar falecido;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Art. 3º ... Do Processo de Pensão Acidentária

II - encaminhar o processo à Secretaria de Estado de Recursos


Humanos e Administração (SERHA), para análise, deferimento,
publicação e pagamento.

III - atualizar o registro de dados da Seção inerente à pensão.


DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo
Art. 4º - Dentro de Pensão
de um curso Acidentária
normal, pode-se traçar a seguinte
sequência dos atos processuais:
I – Instauração do processo
Na Portaria de instauração constarão o fato e as circunstâncias da
morte real ou presumida, seguindo modelo constante do Anexo da
Resolução 3507/99, a qual deverá ser publicada em Boletim.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Art. 4º... Do Processo de Pensão Acidentária

II – Providências preliminares do Encarregado:

a. notificar e ouvir os beneficiários para depor, não antes de 08


dias da morte do militar, orientando-os a requerem, formalmente,
a pensão ao Exmo. Sr. Secretário de Estado de Recursos Humanos
e Administração;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


b. inquirir as testemunhas da morte do militar, em número capaz
de gerar convicção dos acontecimentos, sendo lícito ao
encarregado dispensar as testemunhas excedentes de três,
quando destinadas à prova do mesmo fato.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


III – Juntada de documentos

É necessário juntar ao Processo os seguintes documentos:

a. requerimento de pagamento de pensão, pelo


beneficiário, dirigido ao Exmº Sr. Secretário de Estado da Fazenda;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


b. laudo de perícia criminalística e laudo de corpo delito;

c. cédula de identidade, CPF do (a) beneficiário (a) e título de


eleitor, com comprovação de ter votado na última eleição;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

d. registro da ocorrência do fato; Do


Processo
e. escala de serviço do militar falecido em serviço; de Pensão

f. cédula de identidade, CPF e título de eleitor do falecido, com


comprovação de ter votado na última eleição;

g. certidão dos filhos menores não possuírem bens e/ou renda


suficientes para a sua manutenção, provenientes de
herança deixada pelo falecido;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


h. certidão de casamento civil;

i. certidões de registro civil de nascimento dos filhos, atualizadas;

j. certidão de decisão judicial prolatada em processo de separação


ou divórcio, transitado em julgado (se for o caso); Modelo/Instrução
Pessoal Pensão
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

l. sentença judicial reconhecendo a união estável dos consortes


se for o caso;
m. atestado de autoridade judiciária (ou policial) comprobatório
de ausência de culpa da viúva ou companheira de ter dado causa
à separação (se for o caso);

n. cópias dos 02 (dois) últimos demonstrativos de pagamento ou


declaração da fonte pagadora, sobre o valor do vencimento ou
provento do militar falecido;
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


o. certidão de óbito do militar;

p. atestado de invalidez de beneficiário, na forma prevista;


DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

§ 1º - Salvo o Do Processo constante


documento de Pensão da
Acidentária
alínea “a”, os documentos
exigidos poderão ser apresentados em fotocópias, desde que
autenticados.

§ 2º - Na hipótese de inexistência dos documentos e da


impossibilidade de requerê-los, deverão os interessados registrar o
fato no órgão competente e declarar formalmente a
impossibilidade da emissão da 2ª via ou a desnecessidade do
documento.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


IV – Relatório parecer

Após a instrução do processo, o encarregado providenciará o


relatório circunstanciado, constando:

a. descrição das diligências efetuadas;


DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária


b. descrição sumária do fato, consoante as provas do processo;

c. relação de beneficiários habilitados legalmente, com a


indicação da forma de pagamento (integral à viúva ou por cotas
divididas entre ela e outros beneficiários, com indicação do Banco
e da conta onde será creditada a pensão).
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo
V – Atos de implementação de Pensão Acidentária

a. A Unidade solucionará formalmente o processo e o encaminhará


a DRH, indicando o número do BI e a data em que foi publicada a
solução.
b. Caberá a DRH-3 analisar o mérito e a forma do processo, apontar
retificações, se necessário, e, considerando-o sanado,
Remetê-lo ao CAP.
DESENVOLVIMENTO
INSTRUÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001

Do Processo de Pensão Acidentária

c. No CAP, a Seção de Processamento de Pagamento de Pessoal


(SPPP), anexará declaração dos valores dos últimos vencimentos do
“de cujus” e a enviará à SERHA para solução final.
ANEXO II

RELATÓRIO / PARECER

1. Relatório
1.2 Descrição dos fatos
1.3 Diligências Efetuadas
1.4 Pessoas Inquiridas
1.5 Documentos Juntados
2. Conclusão
3. Parecer
3.1 Beneficiários habilitados
3.2 Forma de pagamento e distribuição da pensão
3.3 Da indenização securitária
3.4 Beneficiários da indenização securitária
3.5 Forma de pagamento e distribuição da pensão da indenização securitária
3.6 Da promoção pós morte
OBS: Deverá o encarregado abordar todos os tópicos acima descrevendo sobre o
assunto de forma objetiva.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

Lei Estadual n. 9683/88

A pensão é devida acidentária quando o servidor público


estadual, civil ou militar, falecer em consequência de acidente
verificado no desempenho de suas funções, ou no estrito
cumprimento do dever.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

A pensão acidentária não se confunde com a pensão por morte


prevista na Lei Estadual 10.366/90 (IPSM).

É uma pensão suplementar àquela e só é devida quando há o


falecimento do militar ou civil em virtude de acidente de serviço ou
situação equiparada.
DESENVOLVIMENTO

Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)


São beneficiários da pensão acidentária:

- o cônjuge sobrevivente;
- os filhos, enquanto incapazes;
- a companheira mantida há mais de 5 (cinco) anos;
- os pais economicamente dependentes do servidor;
- os irmãos órfãos, se incapazes.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

Para fazer jus à Pensão Acidentária os beneficiários não precisa


estar inscritos no IPSM, bastando preencher os requisitos legais.

Nos termos da Resolução 3.507/99 - CG, a habilitação dos


beneficiários será feita durante o Processo de Pensão Acidentária,
a ser instaurado por autoridade competente.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

- O valor da pensão será pago, metade ao cônjuge sobrevivente, e


metade aos demais beneficiários em cotas iguais.

- Inexistindo cônjuge sobrevivente, o valor da pensão será dividido


entre os beneficiários remanescentes em cotas iguais.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

- A cota atribuída a qualquer dos beneficiários reverterá em


benefício dos demais, quando ocorrer sua morte, casamento ou
cessação da incapacidade.

- A pensão acidentária será devida a partir da data do


requerimento.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

 Diferente da pensão prevista na Lei Estadual 10.366/90 (IPSM), a


Pensão Acidentária NÃO é dividida em partes iguais entre os
beneficiários.

 Neste caso, o cônjuge sobrevivente ou equivalente irá receber


50% do valor da pensão (vencimento do militar quando do
falecimento).
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

 Os 50% restantes serão divididos em partes iguais entre os


demais beneficiários.

 Outra diferença é que a pensão do IPSM é devida a partir da


data do falecimento ou morte presumida do militar, enquanto a
Pensão Acidentária será devido somente a partir da data do
requerimento.
DESENVOLVIMENTO
Do Processo de Pensão Acidentária (PPA)

O processo deverá demonstrar:

1. O vínculo entre os cônjuges (companheiros) na data da morte;


2. Se o cônjuge ou companheiro sobrevivente contraiu novo
casamento ou união estável;
3. Se os filhos ainda são incapazes;
4. Que o acidente se deu em serviço ou em decorrência deste;
5. O rol de beneficiários habilitados.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

O auxílio-invalidez foi instituído pela Lei Complementar nº 109, de


22 de dezembro de 2009, Art. 15, que dispõe:

Art. 15. A alínea "b" do inciso I do caputdo art. 44 da Lei Delegada


nº 37, de 13 de janeirod e 1989, passa a vigorar com a seguinte
redação, e o artigo fica acrescido do parágrafo único a seguir:
DESENVOLVIMENTO
"Art. 44. O militar da ativa, ao ser reformado, perceberá soldo:

I –Integral:

a) se contar 30 (trinta) ou mais anos de serviço;

b) se for julgado, mediante laudo da Junta Militar de Saúde, incapaz para o


desempenho de suas atividades em decorrência de acidente no serviço ou por
moléstia profissional ou alienação mental, cegueira, estados avançados da doença
de Paget (osteíte deformante), paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, esclerose múltipla, hanseníase, tuberculose ativa, nefropatia grave,
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, fibrose cística
(mucoviscidose), doença de Parkinson, neoplasia maligna, espondiloartrose
ancilosante, hepatopatia grave ou doença que o invalide inteiramente, qualquer
que seja o tempo de serviço;
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
Parágrafo único. Ao militar reformado em virtude de invalidez
permanente, considerado incapaz para o exercício de serviço de
natureza de policial-militar ou bombeiro-militar, em consequência
de acidente no desempenho de suas funções ou de ato por ele
praticado no cumprimento do dever profissional, é assegurado o
pagamento mensal de auxílio-invalidez, de valor igual à
remuneração de seu posto ou graduação, incorporado ao seu
provento para todos os fins.
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
O Auxílio Invalidez foi regulamentado pela Resolução nº 4.070, de 30
de março de 2010, publicada no BGPM nº 25, de 06 de abril de
2010.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
A Lei nº 5.301, de 16 de outubro de 1969 dispõe em seu Art. 96, § 4º, o
conceito de invalidez: “Considera-se inteiramente inválido o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado de exercer qualquer trabalho, na vida
policial-militar ou civil, não podendo prover, por forma alguma, os meios de
subsistência.”, conceito este, também incluído na Resolução de saúde,
atualmente, Resolução Conjunta nº 4073, de 26abr10.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

A Resolução Conjunta nº 4.073, de 26abr10, traz os seguintes


conceitos em seu art. 2º:

Invalidez: Condição física e/ou mental do periciado que o


impossibilite, total e permanente, de exercer qualquer trabalho ou
atividade, tanto na vida militar quanto na civil e o impeça de
prover, por qualquer meio, sua própria subsistência.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
Incapacidade Definitiva: Condição física e/ou mental do periciado
que, após esgotados os recursos de tratamento, impossibilite-o
definitivamente de exercer qualquer serviço de natureza policial ou
bombeiro-militar ou atividade inerente ao cargo ou função.

Acidentado: designação genérica, empregada para caracterizar o


militar que se tornar vítima de acidente, em serviço ou de moléstia
profissional;
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Acidente de serviço: é qualquer evento súbito, ocorrido com o


militar que se encontre em serviço ou decorrente deste, que
provoque, direta ou indiretamente, lesão, perturbação funcional,
contaminação ou enfermidade em militar, que determine a perda
total ou parcial, definitiva ou temporária, da sua capacidade para o
trabalho ou a sua morte;
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Moléstia profissional: é a enfermidade adquirida pelo militar em


razão de constante e prolongada exposição a agente agressor a sua
saúde, existente no ambiente de trabalho ou na natureza do
trabalho desempenhado rotineiramente no Estado, definida pela
Organização Mundial de Saúde (OMS);
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
Relação causa-efeito: constitui-se na caracterização de vínculo
(antecedente ou causa) entre o acidente de serviço ou moléstia
profissional (consequência ou efeito), com a morte, lesão,
perturbação funcional, contaminação ou enfermidade em militar,
determinando o nexo de causalidade entre o evento danoso à
saúde e a sua origem;

Amparo na indenização securitária: reconhecimento que a


Administração Pública confere ao acidentado ou a seu beneficiário,
em razão de acidente de serviço ou moléstia profissional, para os
fins de direito que lhe sejam decorrentes;
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Amparo no auxílio-invalidez: reconhecimento que a Administração


Pública confere ao militar em consequência de acidente no
desempenho de suas funções ou de ato por ele praticado no
cumprimento do dever profissional.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
O benefício visa o amparo aos militares acidentados, que em decorrência do
acidente, ficaram inválidos permanentemente. O militar que em decorrência
de acidente em serviço ou vítima de moléstia profissional, que não falece,
mas fica impossibilitado de exercer qualquer trabalho ou atividade na vida
militar e civil, tem assegurado, nos termos da Lei Complementar nº
109/2009, o pagamento mensal de auxílio-invalidez, de valor igual à
remuneração de seu posto ou graduação, incorporado ao seu provento para
todos os fins, à partir da data da publicação desta, ou seja, retroativo a 22 de
dezembro de 2009.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Há que se destacar que há diferença entre o militar incapacitado fisicamente


e o inválido permanentemente. O benefício da lei se dirige ao inválido,
conforme nomina: “auxílio-invalidez”, pelo que se infere que há de se
comprovar tal situação, de forma técnica, que na PMMG se faz através de
laudo da Junta Central de Saúde, devidamente publicado. A análise da
concessão do benefício se baseia nos estritos termos do referido laudo,
exigindo-se, para o deferimento, que esteja explícita a situação de invalidez,
nos termos do conceito adotado pela Instituição.
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AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Outro requisito importante é o nexo causal entre a moléstia e o


acidente em serviço ou decorrente deste, pois somente faz jus ao
benefício se a moléstia adquirida foi decorrente de acidente no
desempenho de suas funções ou de ato praticado no cumprimento
do dever profissional. Este requisito, nos termos legais da instituição
se comprova através de atestado de origem – AO.
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AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

Vale ainda ressaltar, que o beneficiário do auxílio-invalidez é


somente o militar, se preenchidos os requisitos, conforme art. 3º
da Resolução nº 4070/2010. Em caso de morte, os dependentes
beneficiários da pensão da vítima somente receberão a indenização
securitária, se preenchidos os requisitos específicos para a mesma,
não se lhes estendendo o auxílio-invalidez.
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AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

A verificação de procedência para deferimento da concessão do


benefício de auxílio invalidez é de ofício, pelo Comandante da
Unidade. Não é necessária a instauração do processo
administrativo, desde que esteja comprovada relação causa-efeito e
sejam juntados todos os documentos suficientes ao deferimento ou
indeferimento.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
O ato de deferimento ou indeferimento deverá ser publicado em BI,
dando ciência ao interessado. Em caso de deferimento, deverá ser
encaminhado ofício com cópia do ato ao CAP/DRH, Seção Adm,
para fins de lançamento no SIRH e adoção das medidas necessárias
à implementação da concessão, com posterior arquivo na pasta
funcional. Em caso de indeferimento, encaminhar a documentação
para arquivo na pasta funcional.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

O direito ao benefício se estende a todos os militares reformados


por invalidez antes de 23dez2009, a qualquer época, ressaltando
que o pagamento é que será a partir desta data, caso seja deferido
o requerimento. Reforma posterior a 23dez2009 a própria Unidade
deverá adotar as providências necessárias de ofício ou a
requerimento.
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AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

 De acordo com o Parecer 15.141/11 da Advocacia Geral do


Estado (AGE), embora a lei contenha um conflito aparente entre
os termos invalidez e incapacidade, estes dois termos tem
significados e efeito jurídicos diferentes.
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AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10
 A Resolução 4.278/13 descreve que Invalidez é a condição física
e/ou mental do periciado que o impossibilite, plena e
definitivamente de exercer qualquer serviço de natureza policial
ou bombeiro militar e atividade inerente ao cargo ou função,
constatada em avaliação pericial, tanto na vida militar quanto na
civil, e o impeça de prover, por qualquer meio, sua própria
subsistência.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ
BOLETIM TÉCNICO INFORMATIZADO Nº 04/10

 A mesma norma dispõe que Incapacidade é a condição física


e/ou mental do periciado que o impossibilite de exercer serviço
de natureza policial ou bombeiro militar ou atividade inerente
ao cargo ou função.
DESENVOLVIMENTO
INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA

Resolução
- A indenização securitária 4.070/10
é devida a -dependente
CG previamente
inscrito, no Instituto de Previdência dos Servidores Militares.

- A indenização securitária será rateada em partes iguais entre os


dependentes, observado o caput deste artigo e seus incisos.

- A parte devida aos menores será destinada aos pais ou aos


seus representantes legais.
DESENVOLVIMENTO
INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA

Resolução 4.070/10 - CG
- Os militares estaduais, os servidores policiais civis e os servidores
de classe de Guarda Penitenciário, em atividade, vítimas de
acidente em serviço que ocasione aposentadoria por invalidez, nos
termos da lei previdenciária, receberão do Estado a quantia
equivalente a vinte vezes o valor da remuneração mensal
percebida na data do acidente, a título de indenização securitária,
até o limite de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).-
DESENVOLVIMENTO
INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA

- Em caso de morte, a indenização securitária será paga aos


beneficiários da pensão da vítima. (Lei Delegada n. 43/2000)
DESENVOLVIMENTO
INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA

Resolução
- A indenização securitária é 4.070/10
devida a- dependente
CG previamente
inscrito, no Instituto de Previdência dos Servidores Militares.

- A indenização securitária será rateada em partes iguais entre os


dependentes, observado o caput deste artigo e seus incisos.

- A parte devida aos menores será destinada aos pais ou aos


seus representantes legais.
DESENVOLVIMENTO
AUXÍLIO-INVALIDEZ E INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA

Do processo:
a) Deverá haver processo específico, salvo quando houver AO
instaurado, quando poderá ser dispensado;
b) Havendo dispensa do PIS, deverá ser juntada documentação
pertinente ao PIS no AO;
c) Pode haver aproveitamento de provas de outras apurações
(SAD, IPM, APF, etc.);
d) O Auxílio-invalidez não depende de processo, mas apenas de
requerimento.
DESENVOLVIMENTO

Do processo:

O processo deverá demonstrar:

1. O vínculo entre os cônjuges (companheiros) na data da morte;


2. Se o cônjuge ou companheiro sobrevivente contraiu novo
casamento ou união estável;
3. Se os filhos ainda são incapazes;
4. Que o acidente se deu em serviço ou em decorrência deste;
5. O rol de beneficiários habilitados.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES

O auxílio-invalidez só é devido em caso de acidente, não


beneficiando reformado por moléstia funcional;

Não há direito a retroação do auxílio-invalidez

Encaminhamento dos processos:

- Indenização Securitária: DEEAS

- PPA e Auxílio-Invalidez: DRH


DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
A sindicância social é o instrumento que visa comprovar a situação
de vulnerabilidade social do policial militar, a fim de subsidiar a
tomada de decisões por parte do comando da Instituição, em seus
diversos níveis.
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
Será instaurada sindicância social nos seguintes casos:

– requerimento de movimentação por interesse próprio, motivada


por questões de saúde do policial militar ou de pessoa de sua
família;
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA
– Solicitação de atendimento SOCIALpara fins de contratação
prioritário
de financiamento habitacional pelo policial militar, cuja vida ou a
de seus dependentes legais, esteja em situação de risco em razão
da natureza de suas atividades e em função do local onde reside,
conforme previsto no art. 3º da Lei Estadual nº 17.949, de
22/12/2008, e no art. 10 do Decreto Estadual nº 45.078, de
02/04/2009;
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA
– Solicitação de permissão SOCIAL de uso de moradia
temporária
funcional, no âmbito do Programa Habitacional “Lares Geraes –
Segurança Pública”, em caráter emergencial e precário, pelo
policial militar que, pela natureza de suas atividades e pela
localização de sua residência, tenha sua vida ou a de seus
dependentes legais, submetida a situações de risco, ou de ameaça
à sua integridade física, nos termos do art. 1º do Decreto Estadual
nº 46.109, de 14/12/2012;
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
– Outros atendimentos sócio assistenciais em que haja a
necessidade de procedimento administrativo para comprovar a
situação, ou quando assim determinar a legislação.
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
A sindicância social visa tão somente comprovar a situação em que
o assistido se encontra, conforme o caso. Portanto, o deferimento
da medida pretendida pelo assistido dependerá da realização de
outros procedimentos e do cumprimento das demais exigências
previstas na legislação em vigor.
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL

Compete ao comandante, diretor ou chefe de unidade, até o nível


de comandante de companhia independente, ou equivalente,
determinar a instauração de sindicância social.
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
Na Capital, compete ao Chefe do CEEAS a instauração de sindicância
social referente ao policial militar inativo.

No interior, a competência descrita no parágrafo anterior é dos


comandantes de comandos intermediários e de unidades, na
respectiva região ou área.
DESENVOLVIMENTO

SINDICÂNCIA SOCIAL
A sindicância social possui natureza sigilosa e a numeração da
portaria será fornecida pelo controle informatizado da PMMG.
Entretanto, a sua publicação ocorrerá em boletim reservado e com
restrições de informações, de maneira a resguardar a intimidade da
vida privada do assistido.
DESENVOLVIMENTO

O prazo regulamentarSINDICÂNCIA
para elaboração da sindicância social é de 15
SOCIAL
(quinze) dias corridos, podendo ser prorrogado por até 5 (cinco)
dias corridos, em caso de necessidade, pela autoridade militar
delegante, quando tempestivo e devidamente motivado pelo
sindicante.

A data do recibo da portaria pelo sindicante é o marco inicial da


contagem dos prazos para a conclusão da sindicância social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conhecer as normas estatutárias aplicáveis aos militares estaduais é de fundamental


importância para os futuros Sargentos da PMMG. Em especial conhecer a legislação
que trata dos acidentes e moléstias envolvendo os militares é fundamental para que
o Sargento consiga elaborar com precisão os referidos procedimentos
administrativos.
REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Lei nº 5.301, de 16 de outubro de 1969, que contém o Estatuto dos Militares do Estado
de Minas Gerais.
MINAS GERAIS. Lei Complementar nº 109, de 22 de dezembro de 2009. Altera a Lei nº 5.301, de 16 de
outubro de 1969, que contém o Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Resolução nº 4.070, de 30 de março de 2010, que dispõe sobre o
pagamento de indenização securitária e de auxílio-invalidez aos miliares da Polícia Militar de Minas
Gerais.
MINAS GERAIS. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Resolução Conjunta nº 4.073, de 26 de
abril de 2010, que dispõe sobre inspeções e perícias de saúde na Polícia Militar e no Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Instrução de Recursos Humanos nº 214/01 –DRH, de 17/09/2001
MINAS GERAIS. Lei Estadual n. 9683/88. Dispõe sobre pensão acidentária para o servidor público
estadual, civil ou militar.
MINAS GERAIS. Boletim Técnico Informatizado nº 04/10. Auxílio invalidez.

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