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QUESTÕES

COMENTADAS

DIREITO PENAL

@MARCELOMAPAS
Olá, querido aluno! Como nosso maior objetivo é
te ajudar a realizar o seu sonho de se tornar um
policial, elaboramos um presente para você.
Utilizando-nos do site QConcursos, pesquisamos
sobre os assuntos mais cobrados dentro das
disciplinas de Penal, Processo penal,
Administrativo e Constitucional pela banca
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e fizemos um
compilado contendo questões dos 3 (três)
assuntos mais recorrentes em prova para te
ajudar na fixação do conteúdo.

Fontes:
Plataforma QConcursos
Materiais de estudos: Dedicação delta e Equipe
Juspodivm.

Equipe @marcelomapas
TIPICIDADE (tema mais cobrado pela FGV)

1. FGV – 2022 – PC/RJ - Investigador de Polícia

Perseu, funcionário da loja Olimpo, tem sua atenção chamada


para um telefone celular de última geração, exibido por
Medusa, outra funcionária do estabelecimento. Ciente de que o
salário que ambos recebem não permitiria a aquisição do
referido aparelho, Perseu passa a questionar a origem do bem,
sendo informado que Medusa o havia recebido de presente de
Teseu, seu namorado. Perseu, então, monta um plano para
furtar o celular, aproveitando o término antecipado do seu
expediente para levar a bolsa de Medusa. Chegando em casa,
constata que no interior da bolsa havia uma carteira com
cartões e sem dinheiro, maquiagem, guarda-chuva, óculos de
sol, óculos de grau, fones de ouvido e o carregador do celular,
vindo a descobrir, por terceiros, que o telefone estava em
poder de Medusa, permanecendo o tempo todo no bolso
traseiro da sua calça. Diante do narrado, Perseu:

A- Responderá por furto, por erro acidental;


B- Responderá por furto, por erro na execução do crime;
C- Não responderá por furto, por erro acidental;
D- Não responderá por furto, por erro na execução do crime;
E- Não responderá por furto, por erro de proibição.
2. FGV – 2022 – PC/RJ - Investigador de Polícia.
No que diz respeito à consumação e tentativa, corresponde a
uma das etapas da fase interna ou mental:

A- Manifestação;
B- Preparação;
C- Resolução;
D- Execução;
E- Consumação.

3. FGV – 2021 – TJ/RO – Oficial de justiça.


Ao lado das hipóteses de erros essenciais figuram os
chamados erros acidentais, que, ao contrário daqueles, incidem
sobre elementos não essenciais à configuração do crime, não
afetando a decisão a respeito da imputação. Uma hipótese de
erro acidental é:

A- Erro de tipo;
B- Erro sobre a pessoa;
C- Erro de proibição;
D- Descriminantes putativas;
E- Erro mandamental.
4. FGV – 2021 – PC/RN – Agente.
Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua disparo de
arma de fogo em sua direção, que atinge seu braço e o faz cair
no chão. Enquanto caminha na direção de Patrício para efetuar
novo disparo, Cássio percebe a aproximação de policiais e se
evade do local, deixando Patrício apenas com o ferimento no
braço.
Considerando os fatos narrados, Cássio deverá responder
pelo crime de:

A- Tentativa de homicídio;
B- Tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela
desistência voluntária;
C- Lesão corporal, pois houve desistência voluntária;
D-Tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo
arrependimento eficaz;
E- Lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz.

5-FGV – 2021 – PC/RN – Delegado de polícia.


Durante evento na loja de uma operadora de telefonia móvel,
Tereza, aproveitando-se da distração dos funcionários, subtraiu
para si um aparelho celular. Ao chegar em casa, sua mãe
descobriu o fato e a convenceu a comparecer à delegacia para
devolver o aparelho subtraído, o que foi por ela feito no dia
seguinte. Diante dos fatos narrados, a conduta de Tereza
configura:
A- Furto na forma tentada, pois houve arrependimento eficaz;
B- Furto na forma tentada, pois houve desistência voluntária;
C- Atipicidade, em razão do arrependimento eficaz;
D- Furto na forma consumada, com a causa de diminuição
pelo arrependimento posterior;
E- Furto na forma consumada, sem causa de diminuição de
pena, pois a restituição da coisa não se deu de maneira
espontânea.

CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (Segundo tema


mais cobrado pela FGV)

6. FGV – 2022 – MPE/GO – Analista judiciário.

Joaquim, desejando subtrair um veículo automotor, abordou


Paula que estava parada no semáforo de uma rua com pouco
movimento. Ao anunciar o assalto, Paula ficou assustada e,
por não ter veículos à sua frente, acelerou seu carro,
avançando a sinalização. Joaquim, diante da conduta de
Paula, efetuou disparo com sua arma de fogo na direção da
condutora, vindo a matá-la.
Assustado, Joaquim fugiu do local sem levar qualquer objeto
pertencente à vítima. Com base no entendimento sumulado
pelo Supremo Tribunal Federal é correto afirmar que Joaquim
responderá pelo crime de:
A- Latrocínio tentado;
B-Latrocínio consumado;
C- Roubo tentado em concurso com homicídio consumado;
D- Roubo impróprio consumado em concurso com homicídio
consumado;
E- Furto majorado pelo emprego de arma de fogo tentado e
homicídio consumado

7. FGV – 2022 – PC/AM – Delegado de Polícia.

Quanto ao delito de apropriação indébita, em caso de bem de


valor inferior a um salário mínimo e sendo primário o agente, é
correto afirmar que:

A- Não há qualquer afetação da configuração do crime;


B- Há expectativa ao reconhecimento da forma privilegiada;
C- Há direito subjetivo à aplicação de atenuante obrigatória;
D- Há direito subjetivo ao reconhecimento da forma privilegiada;
E- Há incidência do princípio da insignificância

8. FGV – 2022 – PC/AM – Delegado de Polícia.


O princípio da insignificância é admitido na doutrina e na
jurisprudência em relação ao delito de:

A- Descaminho;
B- Uso de documento falso;
C- Supressão de documento;
D- Roubo simples;
E- Contrabando.
9 .FGV – 2022 – PC/RJ – Investigador de Polícia.

Em decorrência de divórcio judicialmente homologado, Afrodite


e Ares tiveram fixada a guarda compartilhada dos seus filhos
Eros, Antero e Harmonia. Em determinada data, ao levar as
crianças para a residência paterna, Afrodite aproveitou-se da
distração de Ares para subtrair, para si, envelope contendo R$
1.500,00, que seriam usados para o pagamento da cota
condominial. Tempos depois, ao identificar o desaparecimento
do dinheiro e verificar no circuito interno de câmeras da sua
casa, Ares descobriu a ação de Afrodite, passando a desabafar
em sua rede social sobre a dificuldade do relacionamento com
a ex-mulher. Zeus, delegado de polícia que seguia o perfil
de Ares, ao tomar conhecimento do fato:

A- Poderá dar início ao inquérito policial, por se tratar de crime


de ação penal pública incondicionada;
B- Deverá aguardar expressa manifestação da vítima, por se
tratar de crime de ação penal pública condicionada à
representação;
C- Deverá aguardar requerimento do ofendido, por se tratar de
crime de ação penal de iniciativa privada;
D- Poderá dar início ao termo circunstanciado, por se tratar de
infração de menor potencial ofensivo;
E- Poderá dar início ao inquérito policial, por se tratar de crime
de ação penal pública incondicionada, já que envolve questão
doméstica e familiar.
10. FGV – 2021 – PC/RN – Agente.

Joyce, apresentando-se como agente de viagens, em


04/02/2021, ofertou ao casal Jane e Marcelo pacote turístico
para um cruzeiro. Eles se interessaram pela oferta e
efetuaram o pagamento de parte do valor do pacote a título de
sinal. Sem qualquer notícia nos dias seguintes, Jane e
Marcelo tentaram entrar em contato com Joyce, mas não
obtiveram êxito, pois o endereço e o número de telefone
constantes do cartão de visitas disponibilizado eram falsos.
Diante disso, compareceram à delegacia para registrar a
ocorrência.
Considerando o acima narrado e que o dolo inicial de
Joyce restou evidenciado, o fato por ela praticado tipifica
o crime de:

A- Furto simples, de ação penal pública condicionada;


B- Estelionato, que depende de representação das vítimas;
C- Apropriação indébita, de ação penal pública
incondicionada;
D- Furto mediante fraude, de ação penal pública
incondicionada;
E- Estelionato, que independe de representação das vítimas.
CONCURSO DE PESSOAS (Terceiro tema mais
cobrado pela FGV)

11. FGV – 2022 – PC/RJ – Investigador de Polícia.


Agamenon, Aquiles, Ájax e Cadmo combinam de furtar pneus
de veículos automotores do interior de um galpão cercado de
mato e aparentemente abandonado. Agamenon e Cadmo
permanecem no carro, ao passo que Ájax arromba o portão e
Aquiles ingressa, se deparando, pouco depois, com um vigia.
Diante da reação ao ingresso não consentido, de posse de um
vergalhão, Aquiles golpeia, perfura e mata o vigia.
Considerando esse cenário, é correto afirmar que
Agamenon, Ájax e Cadmo responderão por:

A- Participação de menor importância;


B- Cooperação dolosamente distinta;
C- Autoria colateral;
D- Participação mediante omissão;
E- Coautoria sucessiva.

12. FGV – 2018 – TJ/AL – Analista Judiciário.

No Direito Penal, a doutrina costuma reconhecer o concurso


de pessoas quando a infração penal é cometida por mais de
uma pessoa, podendo a cooperação ocorrer através de
coautoria ou participação.Sobre o tema, de acordo com o
Código Penal, é correto afirmar que:
A- O auxílio material é punível se o crime chegar, ao menos,
a ser cogitado;
B- As circunstâncias de caráter pessoal, diante de sua
natureza, não se comunicam, ainda que elementares do
crime;
C- Em sendo de menor importância a participação ou
coautoria, a pena poderá ser reduzida de um sexto a um
terço;
D- A teoria sobre concurso de agentes adotada pela
legislação penal brasileira, em regra, é a dualista;
E- Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste.

13 .CESPE/CEBRASPE – 2021- Polícia Federal –


Delegado de Polícia.

Com relação à teoria geral do direito penal, julgue o item


seguinte.

Conforme a autoria de escritório, tanto o agente que dá a ordem


como o que cumpre respondem pelo tipo penal.

A- Certo
B- Errado
14. CESPE/CEBRASPE – 2022- IBAMA –
Analista Ambiental
Bruna, com 19 anos de idade, grávida, e Celso, com 17 anos
de idade, combinaram de subtrair bens de uma residência
cujos moradores estavam viajando. Bruna ficou responsável
por vigiar a entrada da casa e pegar os objetos que Celso lhe
entregasse pela janela. Quando Celso estava dentro da casa,
foi surpreendido pela empregada da família e acabou por
acertar-lhe a cabeça com um objeto pontiagudo, causando-lhe
a morte. Bruna somente tomou conhecimento do fato quando
Celso lhe narrou o ocorrido ao chegarem com os objetos a um
esconderijo.
A partir da situação hipotética precedente, julgue o item a
seguir.

As circunstâncias de caráter pessoal de Celso se comunicam


a Bruna e impedem a configuração do concurso de pessoas.

A- Certo
B- Errado
15. CESPE/CEBRASPE – 2022- IBAMA –
Analista Ambiental.

A partir da situação hipotética precedente, julgue o item a


seguir.

Bruna é responsável pelos fatos ocorridos na casa,


inclusive pela morte da empregada, em função do prévio
ajuste criminoso feito com Celso.

A- Certo
B- Errado
GABARITO COMENTANDO.
DIREITO PENAL.

QUESTÃO 1 - Gabarito: LETRA A.

O Erro sobre o objeto é subespécie do Erro de tipo acidental,


e ocorre quando o agente crê que a sua conduta recai sobre um
determinado objeto, mas, na verdade, incide sobre coisa
diversa. A consequência do erro sobre o objeto é a punição do
agente pela conduta praticada, respondendo pelo delito
considerando-se o objeto material (coisa) efetivamente atingido.

QUESTÃO 2 - Gabarito: LETRA C.

O Iter Criminis é o caminho do crime, e este se divide em 02


(duas) fases distintas: interna e externa.

A fase interna se desenvolve na mente do indivíduo e não é fato


punível, segundo o Código Penal, que exige, ao menos, atos
executórios (art. 14, II, CP).
A doutrina aponta as seguintes etapas da fase interna:
1. Idealização – a ideia da prática do crime nasce na mente do
agente;
2. Deliberação – o indivíduo analisa se cometerá o crime;
3. Resolução – o indivíduo decide pela prática do crime.

Por sua vez, a fase externa compreende as seguintes


etapas: preparação, execução e consumação.
QUESTÃO 3 - Gabarito: LETRA B.

O Erro de tipo acidental possui as seguintes subespécies:


1. Erro sobre o objeto; 2. Erro sobre a pessoa; 3. Erro na
execução, também chamado de “aberratio ictus” e 4.
Resultado diverso do pretendido, conhecido por “aberratio
criminis”. Além destas subespécies, a doutrina também
menciona o 5. Erro sobre o nexo causal.

QUESTÃO 4 - Gabarito: LETRA A.

CRIME TENTADO (art. 14, II, CP). Significa que há início


da execução do ato criminoso, mas que não acontece a
consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade
do agente. Existe dolo (vontade) de consumação e o
resultado é possível, mas algo fora do controle do agente o
impede. O Código Penal brasileiro, quanto à punição da
tentativa, adotou como regra a Teoria Objetiva, em que se
pune a tentativa com a mesma pena da consumação
reduzida de 1/3 a 2/3. Exceções, em que se adota a Teoria
Subjetiva, nos crimes de fuga - art. 352 do CP, e crime de
atentado - art. 309 do Código Eleitoral, a tentativa é punida
com a mesma pena da consumação, sem qualquer
redução.
QUESTÃO 5 - Gabarito: LETRA D.

Há diversas teorias sobre o momento consumativo do furto,


no Brasil, a jurisprudência atualmente adota a Teoria da
amotio: a consumação ocorre quando a coisa passa para o
poder do agente, mesmo que não haja posse mansa e
pacífica e mesmo que a posse dure curto espaço de tempo.
Não é necessário que o bem saia da esfera patrimonial da
vítima. No caso em tela, aplica-se a causa de diminuição de
pena relativa ao artigo 16 do Código Penal (arrependimento
posterior), pois aconteceu “a integral reparação do dano ou a
restituição da coisa antes do recebimento da denúncia
variando o índice de redução da pena em função da maior ou
menor celeridade no ressarcimento do prejuízo à vítima” (HC
338.840/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 04/02/2016, DJe
19/02/2016).

QUESTÃO 6 - Gabarito: LETRA B.

Súmula 610-STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio


se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de
bens da vítima.
QUESTÃO 7 - Gabarito: LETRA D.

Trata-se da Apropriação Privilegiada (Art. 170 do CP)


Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o
disposto no art. 155, § 2º.
Aplicam-se as mesmas regras do furto privilegiado: “Se o
criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la
de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”.
Ainda, em relação à figura do furto privilegiado, aqui aplicado à
apropriação indébita “trata-se, em verdade, de direito subjetivo
do réu, NÃO configurando mera faculdade do julgador a sua
concessão, embora o dispositivo legal empregue o verbo
‘poder’”.
STJ, HC 583.023/SC, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, quinta turma,
julgado em 04/08/2020, DJe 10/08/2020.

QUESTÃO 8 - Gabarito: LETRA A.

Tese do STJ: “incide o princípio da insignificância aos crimes


tributários federais e de descaminho quando o débito tributário
verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com
as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas
do Ministério da Fazenda”
(STJ; Resp. n.º Esp. 1709029/MG; Terceira Seção; Relator
Ministro Sebastião Reis Júnior; Publicado no DJe de
04/04/2018).
QUESTÃO 9 - Gabarito: LETRA B.
O crime de Furto, em regra, é crime de Ação penal pública
incondicionada. No entanto, o artigo 182 do CP, nos apresenta
casos de escusas relativas, em que a natureza da ação será
modificada para Ação penal pública condicionada à
representação:
Art. 182, CP - Somente se procede mediante representação,
se o crime previsto neste título [ou seja, crime contra o
patrimônio] é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

QUESTÃO 10 - Gabarito: LETRA B.

O estelionato (art. 171, do CP) é crime patrimonial praticado


mediante fraude. No lugar da clandestinidade, da violência
física ou da ameaça, o agente usa o engano ou se serve deste
para que a vítima se deixe espoliar na esfera do seu
patrimônio. A fraude consiste na lesão patrimonial por meio de
engano.
Com o advento do pacote anticrime, o crime de estelionato
passou a se processar por meio de Ação penal pública
condicionada à representação da vítima (art. 171, § 5º, do
CP). Exceto:
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a
vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
QUESTÃO 11 - Gabarito: LETRA B.

A figura da cooperação dolosamente distinta está prevista no


art. 29, §2º do CP:
Art. 29 [...]
“§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave.”

No caso da cooperação dolosamente distinta, o instituto é


aplicado ao autor, ao coautor e ao partícipe. O critério de
aplicação desta figura é o rompimento do vínculo psicológico,
ou seja, os agentes combinaram somente de subtrair pneus dos
veículos que estavam no galpão aparentemente abandonado, a
partir do momento em que Aquiles encontra um homem no
interior do galpão e decide matá-lo, ele rompe o vínculo
psicológico, indo além do combinado com Agamenon, Ájax e
Cadmo. Desta maneira, o código penal, respeitando o princípio
da culpabilidade, preserva o liame subjetivo, havendo a quebra
do liame subjetivo, cada um responde pelo próprio dolo.

QUESTÃO 12 - Gabarito: LETRA E.

Como explicado na questão anterior, trata-se da cooperação


dolosamente distinta, prevista no art. 29, §2º, do CP.
QUESTÃO 13 - Gabarito: CERTO.
A autoria de escritório, teoria de Zaffaroni, trata-se do autor que
dá ordens num grupo criminoso organizado, para que seus
soldados, a executem. Neste cenário, tanto o agente que dá a
ordem (autor mediato) quanto o agente que a executa (autor
imediato) respondem pelo ato criminoso. O autor mediato é
superior ao autor imediato, aquele é o agente que idealiza e
planeja o delito, enquanto o autor imediato é o subordinado que
o obedecerá e executará o delito.
QUESTÃO 14 - Gabarito: ERRADO.
No caso em tela, acredito que o examinador teve a intenção de
confundir o examinando considerando o fato de que Celso, por
ser menor de idade, é inimputável e não responderá por crime,
mas sim por ato infracional (art. 27 do CP), e se este fato seria
comunicável a Bruna, porém, o art. 30 do CP dispõe que não se
comunicam as circunstâncias e condições pessoais, salvo se
elementares do tipo. Logo, Bruna responderá por crime,
enquanto Celso responderá por ato análogo a crime. Além disto,
o examinador tentou confundi-lo na seguinte questão:
“configura-se concurso de pessoas se o segundo agente possui
menos de 18 anos?”
A resposta é que sim, assim já tem decidido os tribunais
superiores:
“O fato de o crime ter sido cometido por duas pessoas, sendo uma
delas menor inimputável, não tem o condão de descaracterizar o
concurso de agentes, de modo a excluir a causa de aumento
prevista no inciso II do § 2º do art. 157 do Código Penal. Ordem
denegada” (HC 110425, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira
Turma, julgado em 05/06/2012, processo eletrônico DJe-155 D. 07-
08-2012 P. 08-08-2012)
QUESTÃO 15 - Gabarito: ERRADO.

Como vimos anteriormente, trata-se da cooperação


dolosamente distinta. Como o combinado entre Bruna e Celso
era entrar na residência vazia e subtrair os bens, a partir do
momento em que Celso encontra com a empregada na casa
e decide matá-la, sem que Bruna fosse consultada, ele rompe
o vínculo psicológico existente, de cometer o crime de furto.
Desta maneira, cada um responde pelo próprio dolo, e Bruna
não responderá pela morte da empregada.

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