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Qual é o objetivo traçado para o Ano novo na liturgia da Igreja? Para que o Ano
Litúrgico serve?
Para nós, cristãos, é um tempo oportuno de reflexão e oração;
É um tempo de discernir e tomar boas resoluções em nossa vida.
É um tempo de transformação interior.
O Tempo de Advento nos prepara para quê? Para que que serve o tempo do
Advento?
Há vários símbolos litúrgicos que nos acompanham ao longo do
Advento.
Estes símbolos nos ajudam a ter Jesus como luz de nossa
caminhada de fé.
Na verdade, o Advento nos prepara para a segunda vinda
gloriosa de Jesus. Fiquemos atentos!
Vamos ver o que nos falam as leituras bíblicas de hoje.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Jr 33,14-16 – Fala das promessas de Deus
O profeta fala que Deus vai enviar um descendente da casa de Davi, cuja
missão será concretizar o sonho de justiça, de paz e de vida em abundância
para o povo escolhido.
Tudo isso já se concretizou a 2021 anos atrás.
Este texto está aqui como um alerta: fique atento, pois tudo se cumpriu como
Deus havia prometido pelos Profetas. Estas novas promessas se cumprirão do
mesmo modo. Vigiai!
II Leitura – 1Ts 3,12-4,2 – Esperar ativamente a vinda do Senhor
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Como ele se torna conhecido e visível no mundo? (Gn 2,8-25 – a
vida humana sinaliza a presença do Reino de Deus no mundo –
Gn 3,8 “...ouviram os passos de Deus no Jardim...”).
Como participar, hoje, do Reino de Deus? – só há um jeito:
vivendo a prática do amor fraterno. Não há outro caminho
(vv.12-13).
III Leitura – Lc 21,25-28.34-36 – A realidade antiga cede lugar aos novos tempos
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Novena de N. Sra. da Conceição
Tema: Fazei tudo o que ele vos disser – recomendação de N. Sra. importante para a
vida do cristão
I – Introdução
O que significa encontrar-se com Jesus e fazer “tudo o que vos disser”? como
encontrar-se com Ele?
Qual é o maior anseio do ser humano sobre a terra?
Não é viver bem?
E para se viver bem precisa-se do quê? – organização
Qual é o ensinamento que a multiplicação dos pães quer nos deixar?
Todo mundo foca no milagre, mas seria este mesmo o objetivo
de Jesus?
Não seria o desejo d’Ele que a gente organizasse melhor a vida?
Como nós podemos nos organizarmos melhor?
Você observou o comportamento das pessoas que fazem parte do cenário do
Evangelho de hoje?
Uma multidão faminta a ponto de desmaiar de fome (v.30)
Alguém está preocupado com esta situação de penúria destas
pessoas (v.32)
Algumas pessoas achavam difícil atenuar a dor desta gente, pois
estavam num ambiente distante de recursos e muito hostil
(v.33)
Outras colocaram à disposição o pouco que tinham – alguns
pães de peixes (v.34).
Outros, ainda, se dispuseram a organizar as pessoas em grupos e
fazer a distribuição (v.35).
Por fim, houve aqueles que recolheram as sobras, pois ninguém
se julgou no direito de retê-las para si (v.37).
Você percebeu tudo isso? Que ensinamentos você tira daqui para a sua vida e
para a vida do nosso tempo?
É aqui que está o segredo de se viver bem
Não guardar nada para si, pois o que se guarda em benefício
próprio gera falta a outros.
Quando se faz o que Jesus manda, conforme o pedido de Nossa
Senhora, tudo se torna melhor para todos.
Para ninguém sobra e para ninguém falta.
A recuperação da saúde ou ter saúde é o anseio mais profundo do ser humano
Mas é impossível termos saúde no meio do egoísmo
A maior causa de nossas enfermidades são os nossos excessos
ou as nossas inseguranças alimentares.
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A multiplicação dos pães aponta para a remoção do egoísmo que
vitimiza aos os lados: aqueles que o pratica e aqueles que são
atingidos por ele.
Diante de tudo isso o milagre da partilha é possível e é a única solução
O milagre aconteceu porque cada um se dispôs a repartir com o
outro um pouco do pouco que recebeu.
Aí, ninguém ficou sem receber o seu.
A alegria de viver e a solidariedade com o próximo são
resultados do encontro com Jesus.
Roguemos a Deus, por intercessão da sua Santa Mãe, que sejamos curados do
egoísmo pelo encontro pessoal com Jesus, nosso Mestre e Senhor. Amém!
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MISSA DO II DOMINGO DO ADVENTO
I – Introdução
O Evangelho de hoje quer nos ajudar a perceber uma coisa muito importante que nos ajudará a
compreender melhor os fatos e os acontecimentos pelos quais passamos.
1º mostrando que é no tempo da história humana que acontece o tempo da
salvação de Deus.
2º ele quer deixar claro que Deus entra na história humana para transformá-
la.
Como Deus entra na história humana?
Se servindo de pessoas
João Batista, por exemplo, foi uma peça importante.
Ele pregava um batismo de conversão e animava o povo a preparar o caminho do Senhor:
Endireitar estradas
Preencher os vales
Aplainar as montanhas
Isto é, vencer os obstáculos que nos separam uns dos outros e isso só nos é
possível, em Cristo, por Cristo e com Cristo.
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MISSA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Tema: A mãe de Deus
I – Introdução
Cheia de graça e isenta de todo pecado – como tudo isso pôde ser possível
Vc lembra que para Deus nada é impossível
Vc lembra que “por ordem de Deus” nasceu florestas no deserto
para fazer sombra para Israel? (Baruc 5,8).
Tudo isso já era prefiguração dos fatos ocorridos ao longo dos
séculos.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Gn 3,9-15.20 – A origem do pecado
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O pecado seria a falta de experiência e a falta de discernimento.
O que é a falta?
A falta, o equívoco, a ofensa intempestiva são erros por
ingenuidade, por ignorância ou por descontrole momentâneo e
passíveis de arrependimentos, pedido de desculpas e
reconciliação imediata.
O pecado é uma falta de integridade da pessoa na sua relação com o próximo e
com Deus, mesmo que ela não tenha religião ou crença em qualquer divindade
(cf. Is 1,2-3: “... o boi conhece o seu dono e o jumento a cocheira do seu
senhor...”).
II Leitura – Ef 1,3-6.11-12 – O sentido último da vida humana
A expressão “para o louvor da sua glória” (vv.6. 12 e 14) mostra que o sentido
último da vida humana é louvar a Deus.
Em que consiste louvar a Deus?
O louvor é ato de consciência: Deus como o único Senhor nosso.
Respeito e bom uso de toda a sua obra criada.
III Leitura – Lc 1,26-36 – O inicio de um novo tempo
Aquele que vai iniciar nova história, surge dentro da história de maneira
totalmente nova.
Aqui está o grande mistério da nossa fé.
Nossa Senhora é o modelo do verdadeiro discípulo de Jesus:
Sempre pronta para acolher a vontade de Deus e pô-la em
prática, embora incompreensível e desafiadora.
O segredo estar em colocar-se nas mãos de Deus, como se
espera de quem se deixa guiar pelo querer divino.
Duas palavras de Nossa senhora nos deve chamar a atenção hoje:
A 1ª: “Eis a serve do Senhor”, expressa sua consciência de
servidora, nas mãos de Deus.
A 2ª: “Faça-se segundo a rua palavra” demonstra a disposição
para abraçar o desígnio de Deus, seja qual for.
Esta é a atitude esperada de todo nós cristãos que seguimos
Jesus.
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MISSA DO III DOMINGO DO ADVENTO
I – Introdução
II – Reflexão bíblica
A 2ª leitura é um convite à conversão insistindo nas atitudes corretas que devem marcar a vida
de todos os que desejam acolher o Senhor.
Atitudes de bondade, alegria e oração.
O que nos distância de Deus são as preocupações com coisas fúteis, que
perturbam o coração (v.6).
O Evangelho de hoje nos chama à atenção e nos desafia a mostrar evidências de nossa
conversão.
1º indicando gestos concretos, considerando a condição social de cada um
dos que buscam o caminho de Deus (vv.11-14).
Ao povo ele pede solidariedade e amor fraterno – vv.10-11;
Aos cobradores de impostos ele exorta a serem honestos e justos –
vv.12-13;
Aos responsáveis pela segurança ele pede que não sejam violentos e
não se aproveitem da força das armas para oprimir – v.14.
2º exigindo uma postura ética de quem, sem dúvida, vem até ele arrependido
de suas mazelas e desejoso de se preparar para a vinda gloriosa do Senhor –
v.15.
3º apontando que a conversão autêntica se mostra no modo de agir de quem
deseja ser fiel ao projeto de Deus.
4º nos alertando de que não é suficiente declarar que é cristão e que
entregou o coração a Jesus se o modo de viver não condiz com os princípios
da fé cristã = vida dupla (v.17).
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5º nos mostrando que o testemunho de vida, e só ele, torna credíveis os
discípulos de Jesus no mundo. Palavreado vazio e orações sem entendimento
(= ato de consciência, respeito e bom uso de toda obra de criada) são inúteis.
Cada um de nós pode tomar as palavras de Jesus e aplicá-las a si mesmo, na respectiva situação
de vida em que se está vivendo.
Este é o processo legitimo de conversão
Quanta coisa deve ser mudada, em minha vida, tendo em vista uma vida
cristã coerente que eu devo viver.
Cada um de nós tem que olhar isso em si e não ficar esperando que outros
nos digam.
Muitas vezes quando o outro nos fala algo a respeito disso não é com intuito
de nos ajudar, mas de nos recriminar e destruir.
Muitas coisas poderiam ser evitadas se houvesse interesse da nossa parte
pelas coisas de Deus (cf. Mt 11,16-19).
Ser cristão requer de nós mudança de vida e nem todos estão dispostos a
assumir esse compromisso. Fazem-se de surdos e desentendidos.
Roguemos a Deus, por intercessão da sua Santa Mãe, que nos ajude a identificar os pontos de
nossa vida que precisam ser mudados, pois queremos ser cristãos de verdade, autênticos.
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MISSA DO IV DOMINGO DO ADVENTO
Tema: O desafio de Maria
I – Introdução
A primeira leitura de hoje fala do novo tempo que seria inaugurado por Deus, o
verdadeiro pastor de do povo. Este novo pastor:
Viria para apresentar a nova proposta de um reinado de paz e de
amor.
Seu Reino não seria construído com base em forças militares
Seu Reino não se assemelharia aos poderes políticos deste
mundo, mas seria construído e acolhido no coração das pessoas.
Jesus é esse novo e verdadeiro pastor que chegou à terra a mais
de 2021 anos atrás.
Pergunta-se: o que mudou de lá pra cá?
A história da humanidade ficou dividida em duas partes o antes
e o depois d’Ele.
Se o mundo ainda não está melhor, cada um de nós deve bater
no peito dizendo: “minha culpa, minha máxima culpa”.
II Leitura – Hb 10,5-10 – A missão de Jesus na terra
A segunda leitura de hoje nos ensina que a missão de Jesus neste mundo era
realizar três coisas extremamente importantes que nenhum profeta conseguiu:
1º estabelecer uma relação fraterna e de comunhão entre os
seres humanos;
2º estabelecer um caminho de proximidade com Deus, isto é, o
encontro entre criatura e Criador não será realizado por meio de
rituais, mas sim por Jesus, que se encarna no meio de nós;
3º criar um novo modo de ver e de viver a vida e estar em
comunhão com toda a obra criada de Deus.
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Se isso ficou claro em seu entendimento e se seu coração foi fecundado por
esta Palavra, você está salvo.
III Leitura – Lc 1,39-45 – A verdadeira identidade de Jesus
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MISSA DO NATAL DO SENHOR
Tema: A realização plena das promessas de Deus
Is 9,1-6 – O caminho de luz nas trevas
Por isso, este é o momento propício para vivermos com equilíbrio, justiça e
piedade. Que momento é este? Estes 21 séculos que nos foram dados e os
séculos futuros, até a 2ª vinda gloriosa de Jesus.
Viver com equilíbrio, justiça e piedade é viver de acordo com a
graça divina, isto é, viver de acordo com os ensinamentos de
Jesus.
Viver de acordo com os valores do Reino de Deus.
A manifestação de Deus muda o modo de compreender e viver a vida.
O v. 14 é um testemunho da fé dos primeiros cristãos na
divindade de Jesus.
Lc 2,14 – O nascimento de Jesus
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É aqui que está o alicerce da nossa vida de fé cristã: esquecer o
consumo desenfreado e a viver com simplicidade, despojamento
e alegria.
O Messias de Deus desde o primeiro instante de sua vida se
identifica com os pobres
Esta é uma das suas principais características
MISSA DA SAGRADA FAMÍLIA
I – Introdução
A festa da Sagrada Família nos leva a rezar por todas as famílias, a refletir e meditar sobre sua
condição – social, moral, política e espiritual – numa perspectiva de fé bíblica.
O mandamento do amor a Deus e ao próximo deve ser posto em prática
primeiramente junto àqueles com os quais partilhamos nossa vida mais de
perto: a nossa família.
Como ter uma boa convivência familiar?
II – Reflexão bíblica
A primeira leitura de hoje aponta, de forma muito prática, algumas atitudes que devem ser
cultivadas na família.
1ª atitude: Respeito para com os pais:
Os filhos devem acolher a autoridade dos pais com atitude amorosa,
de respeito, de reconhecimento pelos cuidados e orientações
recebidas para a vida.
A relação de reciprocidade entre pais e filhos deve ser baseada no
amor, no respeito, no testemunho diante dos demais, preservando
os valores morais e éticos como contribuição à construção de uma
sociedade equilibrada.
Honrar pai e mãe significa dar a devida importância a ambos;
reconhecer que os pais são instrumentos pelos quais alcançamos a
bênção divina, pois por meio deles é que Deus nos concede a vida e
todas as bênçãos do céu. Não há outro meio mais eficaz.
Os pais são a fonte por meio da qual Deus nos deu a vida e nos dá
todas as bênçãos, por isso devemos ser agradecidos aos nossos pais,
sobretudo cuidando deles na velhice.
2ª atitude: ter consciência dos próprios limites.
A maior sabedoria é ter consciência dos próprios limites e manter-se
aberto aos ensinamentos da Palavra de Deus para evitar cair no
abismo.
A segunda leitura destaca atitudes que o cristão deve cultivar em suas relações fraternas, isto é,
como viver em comunidade, na Igreja, a grande família:
Revestir-se de sentimentos de bondade, amabilidade, mansidão e paciência.
Essas expressões de amor devem atingir a todos aqueles que partilha de
nossa vida familiar e comunitária = Igreja.
Não podem faltar entre nós a caridade fraterna, a misericórdia, a bondade, a
mansidão e o perdão.
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Ter consciência de que a prática da fé cristã é muito exigente, pois implica em
uma vida de virtudes que contrasta com os valores do mundo.
Ter ciência de que a família é o primeiro espaço em que o cristão deve
testemunhar seu amor, pois é a partir da família que somos capazes de
construir relações construtivas, dignas e amorosas com todas as outras
pessoas.
O Evangelho nos fala sobre a infância de Jesus e sua convivência na família. O que acontecia
naquela família?
Nada de extraordinário que não pudesse acontecer em nossas famílias
também.
Naquela família se vivia o amor a Deus em primeiro lugar.
Entre os membros daquela Família, sempre houve profundo respeito pelo
plano de Deus para cada um deles: N. Sra. com seu desígnio de esposa e mãe;
são José com seu desígnio de esposo e pai de coração e Jesus com o seu
desígnio de Salvador do mundo.
A missão de todos e de cada um dos membros da Sagrada Família de Nazaré exigiu uma
dedicação exclusiva onde todos eles tiveram que renunciar:
Quanto a Jesus a sua missão o levou a deixar os familiares e mesmo a ser
incompreendidos por eles.
São José e N. Sra. também tiveram que fazer o mesmo e entenderam que,
embora Jesus fosse seu filho, percorreria um caminho que o Pai lhe havia
designado.
Eles entenderam que Jesus veio ao mundo para cumprir sua missão
redentora.
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MISSA DA SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS
Tema: O plano divino da salvação
I – Introdução
Por que se celebra uma solenidade especial: a de Santa Maria, Mãe de Deus?
1º para nos recordar da importância de Maria no plano da
salvação. Essa festa remonta o ano de 431 – Concílio de Éfeso.
2º para nos mostrar o que tornou Maria ideal para o Plano de
Deus – um ser humano comum a nós, porém com uma
extraordinária diferença em sua postura diante de Deus.
Que postura é essa que Nossa Senhora teve diante do Plano
salvífico de Deus?
Se você conseguir entender um pouco disso que a missa de hoje nos fala sua
vida vai começar a mudar, sua espiritualidade será enriquecida e fortalecia.
Vejamos o que a Palavra de Deus nos fala sobre este assunto.
II – Reflexão bíblica
Jo 1,1-18 – A luz veio ao mundo
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O 1º passo a ser dado é vencer o egoísmo – abrir mão de si
mesmo, esta é a parte mais difícil.
O 2º passo é abrir o coração para a misericórdia – ver a história
do outro facilita a gente agir com misericórdia para com ele.
O 3º passo é tornar-se solidário com os sofredores, vulneráveis e
marginalizados
Caminha nas trevas, quem, enveredando-se nos desvios do egoísmo, fecha o
coração para as carências alheias e se recusa a fazer o bem.
Este estará perdido em si mesmo.
Roguemos a Deus, a graça de caminharmos iluminados por Sua
Luz, para não nos perdemos pelo caminho. Amém.
Lc 2,16-21 – O plano divino da salvação
No plano da salvação, Maria aceita que, pela ação do Espírito Santo, a Palavra
de Deus encarnada habite em seu ventre.
Estamos diante de um dos maiores mistérios da fé.
Com o seu sim a Deus, Maria torna-se morada do Espírito Santo
de Deus aqui na terra – veja de que grande mistério estamos
falando – de certa forma o céu chegou aqui.
Vejam também de que grande pessoa estamos falando,
corajosa, destemida e pronta, embora fosse uma pessoa frágil
pela sua condição de mulher, pela sua idade e pela sua pobreza.
O que, então, a tornou ideal para o Plano de Deus?
É aqui que mora o segredo!
O que mais encanta em Nossa Senhora é a sua postura diante
das coisas referentes a Deus, apesar da sua pouca idade, sua
condição de feminina e sua pobreza, destemidamente deu o seu
sim a Deus.
Coisa que o rei Acaz, com todo o seu poderio, não foi capaz de
assumir (cf. Is 7,10-14).
Nada disso foi empecilho para ela dizer o seu sim a Deus.
Maria nos ensina que as maravilhas desse grande acontecimento são para
serem guardadas no silêncio do coração – sua postura discreta, silenciosa e
confiante, fez toda a diferença.
Desde a visitação, é aquela que acredita na mensagem do
Senhor;
Escuta-a e a põe em pratica, sem alarde.
Por isso, Deus realiza grandes coisas em seu favor e em favor de
seu povo
O bom uso do silêncio faz do fraco vitorioso, enquanto que o barulhento se
sufoca em suas próprias armadilhas.
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MISSA DA EPIFANIA DO SENHOR
I – Introdução
Nesta liturgia de hoje, a Igreja celebra a manifestação de Jesus como luz da humanidade.
A festa da Epifania é a celebração do primeiro encontro de Jesus com os
gentios, representados pelos magoas vindos do Oriente.
Segundo uma tradição que remonta aos primeiros séculos da fé cristã, cada
um dos magos vinha de uma cultura diferente: Melchior era da Àsia, Baltazar
da Pérsia e Gaspar da Etiópia.
Eles estavam aí representando as três raças conhecidas no mundo antigo =
simbolizam todas as raças fora do judaísmo.
Quem eram os magos do Oriente?
Eram adoradores de divindades, e Deus usa de seus conhecimentos culturais,
de sua capacidade de ler os sinais nos astros dos céus, de suas habilidades de
identificar as estrelas, para conduzi-los até seu Filho Jesus.
Veja o processo de conversão como se dá: de um lado o homem com sua
limitação, mas com esforço e do outro Deus que se serve de suas habilidades.
Antes de conhecer a Jesus, os magos contemplam as estrelas, mas, com seu
nascimento eles passam a adorar o Deus verdadeiro. Mudam completamento
o rumo de suas vidas.
Como foi possível que tudo isso acontecesse com gente tão simples e desconhecedoras das
Escrituras? Por que quem sabia das Escrituras não se atinaram para os fatos que estavam
acontecendo em sua volta? Aonde eles estavam com a cabeça?
A grande diferença está na postura das pessoas diante das “das coisas referentes a Deus”.
Os magos interrogam com sabedoria onde se poderia encontrar o Rei que
acabara de nascer. Eles haviam percebido os sinais nos céus – uma estrela
que apontou para algo extraordinário que eles desconheciam.
Aqui está o primeiro passo para a mudança de vida: procurar se informar
sobre aquilo que não conhece.
O primeiro sinal de sabedoria é interrogar sobre aquilo que desconhece:
Onde está o rei do Judeus?
As Escrituras nos mostram que Deus sempre toma a iniciativa de revelar-se à
humanidade.
Herodes ignorava as Escrituras, por isso não soube responder aos magos.
De um lado temos os magos buscando pela verdade e de outro Herodes
optando por não se aproximar dela.
Aquele que não se aproxima das Sagradas Escritura fogem da verdade e não
se aproximam da luz.
Roguemos a Deus que a sabedoria dos magos nos inspire a buscar nas Escrituras os caminhos
que nos conduzem até Jesus, para adorá-lo e segui-lo.
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MISSA DO BATISMO DO SENHOR
Tema: O caminho de vida nova no Espírito
I – Introdução
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Para resgatar os pecadores, Ele deixa sua condição divina e se
põe ao lado de todas as categorias de pessoas que precisam de
sua libertação e salvação.
É precisamente aqui que começa o nosso Caminho de vida nova no Espírito.
Assim como Jesus deixou a sua condição divina para nos resgatar
do pecado e da morte, nós também precisamos deixar nossa
condição humana decaída, para com Ele caminharmos neste
caminho novo de luz e de salvação.
Isso só é possível a partir do Batismo.
Por isso, a diversidade dos dons entre nós é uma riqueza que deve favorecer a
unidade, o serviço e a comunhão.
Entre nós ninguém pode se considerar mais importante ou menos importantes.
Isto ajuda a construir a unidade e a paz
A atitude de superioridade provoca desarmonia e gera conflito
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III Leitura – Jo 2,1-11 - Os sinais
O objetivo dos sinais realizados por Jesus era a de fazê-Lo conhecido como
Filho de Deus que é.
A presença da Mãe de Jesus nesse seu primeiro sinal e que até, de uma certa
forma, foi provocado por ela mostra o quanto Maria é importante dentro do
plano salvífico de Deus. Ela estava presente também na Cruz.
O início dos trabalhos de pastoral de Jesus aqui:
Não é um relato ao chamado à penitência e à conversão
Não fala do anúncio iminente do Reino de Deus.
Mas que colocar em evidência aquilo que ele veio trazer ao
mundo: a alegria e o fim dos tempos de escassez = miséria.
O vinho simboliza fartura, felicidade, alegria, vida boa.
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MISSA DO III OMINGO DO TEMPO COMUM
I – Introdução
Qual foi o anúncio de Jesus na Sinagoga de Nazaré? O que este anúncio significa?
Qual é o melhor alimento espiritual para uma pessoa?
As leituras de hoje nos fazem um convite, a nível pessoal e comunitário. Que convite é este?
Que a Palavra de Deus seja o centro de nossa vida
O povo de Deus sempre se nutriu da Palavra de Deus e por ela se orientou.
Nós cristãos não podemos ver as Escrituras como um livro de doutrinas, mas
como um caminho de vida.
Essa é a mensagem, o ensinamento do anúncio de Jesus na sinagoga de Nazaré.
II – Reflexão bíblica
A 2ª leitura nos orienta a superar todas as formas de divisão por meio da Palavra de Deus.
Não existe hierarquia entre os carismas, pois todos são dons nascidos de Deus para a riqueza e
o crescimento da comunidade
A diversidade dos carismas e serviços na Igreja não deve ser motivo de competição, mas de
ajuda mútua para o bem de todos.
Compreender isso e viver só é possível quando se é alimentado da Palavra de Deus. Não há
outro meio.
O Evangelho de hoje tem duas partes importantes sobreposta uma na outra para mostrar duas
coisas importantes:
A 1ª parte: para fazer conhecer o objetivo daquilo que Lc escreveu: dar
testemunho da fé em Jesus Cristo – Lc 1,1-4 – esta 1ª parte apresenta a vida
21
de Jesus e a sua Obra. Ajudar as pessoas a se tornarem, pela fé, amigas de
Deus = Teófilo = “amigo de Deus”.
A 2ª parte: para mostrar a importância de se ter um projeto de vida – Lc 4,14-
21 –
O nosso projeto de vida deve estar afinado com a Sagrada Escritura.
Jesus deixa bem claro que sua obra está em continuidade com o que diz
Isaías: “Hoje se cumpriu...”.
Aqui está o 2º passo para ser dado no caminho de Jesus: ter um projeto de vida pautado nas
Escrituras e não na própria cabeça.
O 1º passo: ouvir e fazer o que Jesus fala – “Fazei tudo que Ele vos disser”.
O 2º passo: moldar a vida segundo os seus ensinamentos – fazer um projeto
de vida.
I – Introdução
I – Reflexão bíblica
O profeta é aquele que reza, olha para Deus e para o povo, sente a dor das pessoas e chora
quando o povo caminha numa estrada que o desvia de do caminho de Deus.
A 1ª leitura de hoje nos lembra que Deus nos escolheu ainda quando estávamos no seio da
nossa mãe.
Isto mostra que a missão que cumpro independe da minha escolha e vontade,
pois ela foi-me dada por Deus.
Por isso, aqueles que se dispuserem em ouvir o chamado de Deus terão um
caminho de sofrimento pela frente, por que?
Porque muitos não querem andar pelo caminho de Deus, vivem uma vida
extraviada e desviada e não querem aceitar o caminho que o profeta mostra
como o de Deus.
22
Os que fazem outro percurso não são de Deus. Aqui está o maior equivoco
das religiões.
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MISSA DO V DOMINGO DO TEMPO COMUM
I – Introdução
Deus tem seus próprios critérios para chamar pessoas para os diversos ministérios na Igreja.
Hoje a liturgia nos dá, como exemplo, os chamados do profeta Isaías, o de Pedro e o de Paulo –
todos de modo diferente e em momentos diferentes, mas com a mesma finalidade, ajudar as
pessoas:
a examinar o seu próprio chamado,
a examinar ou avaliar sua resposta de conversão
e examinar sua adesão ao caminho de Deus
II – Reflexão bíblica
Nós vimos que os dois primeiros passos a serem dados no Caminho de Jesus são:
“Fazer tudo o que Ele vos disser” = escutá-Lo – 1º passo
Fazer um projeto de vida moldado a partir das Escrituras: “Hoje se cumpriu a
Escritura que acabaste de ouvir” = ter um modo de vida em conformidade
com a Palavra de Deus.
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Vimos, também, a 1ª dificuldade que se tem para andar neste Caminho: Saber quem é Jesus e
acreditar em quem Ele seja.
Esta foi a dificuldade de seus conterrâneos de Nazaré – sabia que Ele era filho
de José e de Maria, mas não acreditava que Ele era o Messias de Deus.
Hoje temos a 2ª dificuldade que se tem para andar neste Caminho que é Jesus: o medo.
Somos orientados, por Jesus, a dar passos na direção das situações
desafiadoras (v.4).
Somos alertados por Ele a não nos contentar com as tarefas facilitadas =
pescar na orla da lagoa é bem mais fácil e seguro e tem mais peixes.
Obedecer a estas suas orientações supõem grande coragem e espírito de iniciativa (v.5), pois:
Os medrosos, os inseguros e os sem criatividade estão excluídos deste
Caminho.
Os que preferem as águas rasas, onde não se corre nenhum risco não servem
para andar em seu caminho.
Estes são os cristãos inúteis que fazem da religião cristão sua fonte de renda,
sua segurança financeira ou até mesmo de poder.
O mundo cristão está infestado desta gente.
Vimos que todos os três chamados de hoje reconheceram suas fraquezas diante de Deus:
Isaías: “Sou apenas um homem de lábios impuros...” (v.5);
S. Paulo: “sou um abortivo”. “persegui a Igreja de Deus” (vv.8-9).
S. Pedro: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador” (v.8).
E você, o que dirá hoje a Deus que te chama para esta missão que você está
cumprindo?
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MISSA DO VI DOMINGO DO TEMPO COMUM
I – Introdução
II – Reflexão bíblica
A 1ª leitura de hoje ressalta o perigo da autossuficiência dos que põem sua confiança mais nos
seres humanos do que em Deus.
Aqueles que escolhem depositar sua confiança em Deus se dispõem a
percorrer um caminho de sabedoria, de vida e de felicidade.
Este caminho nem sempre é fácil, pois é muito exigente, como por exemplo,
calar-se diante do ignorante (cf. Jo 19,9: “De onde és tu?” Jesus ficou calado).
Há um ditado que diz: “aonde a ignorância fala a sabedoria silencia”.
A vida humana é efêmera, frágil, passageira e limitada:
A imagem de uma árvore plantada à beira da água descreve aqueles que
depositam em Deus sua confiança;
Em oposição ao deserto, a planta que se encontra em contato com a água
está segura, fecunda e com abundância de vida.
Dessa forma a Palavra de Deus nos adverte sobre em quem temos colocado a
nossa confiança: em Deus ou nos poderes deste mundo que nos levarão à
ruina?
A 1ª leitura apresenta o primeiro tijolo colocado na construção da nossa casa espiritual: a
humildade.
A 2ª leitura sugere que façamos uma leitura desta nossa vida na perspectiva da vida plena em
Deus.
Ver se o que vivemos está em comum acordo com aquilo que aprendemos de
Jesus.
Ver se o que fazemos está afinado com a vida nova que nos é reservada pela
ressurreição
Aqui aparece o 2º tijolinho para se construir nossa casa espiritual: a fé.
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A fé na ressurreição gera nova humanidade, que acredita e trabalha pela vida plena e eterna.
O Evangelho de hoje nos propõe as Bem-aventuranças como um caminho de vida para os que
buscam as bênçãos de Deus.
O que é ser bem-aventurado e quem são os bem-aventurados?
Bem-aventurado é: ser feliz, ser abençoado, é aquele que obteve o favor de
Deus.
São bem-aventurados: os pobres, os famintos, os que choram ou são
perseguidos.
Como entender isso se todas estas coisas são ruins?
Avisos:
A partir de março, dia 06/03, o horário da missa do domingo à noite será alterado para as 19h.
Os envelopes do dízimo, que serão entregues a partir março, virão com 12 exemplares, 1 para
cada mês. Por motivo de higiene os mesmos serão descartáveis.
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MISSA DO VII DOMINGO DO TEMPO COMUM
I – Introdução
A missa de hoje nos faz refletir sobre um tema muito importante para nossa fé cristã:
A relação nossa com nossos inimigos ou com aqueles que se opõem
aos valores do Evangelho que nós abraçamos.
Como você vê os seus inimigos?
Os textos bíblicos da missa de hoje nos sugerem ou convidam a substituir a lógica da
violência e da hostilidade pela lógica do amor incondicional, inspirado na misericórdia
de Deus, cuja imagem fomos criados (cf. Gn 1,26).
II – Reflexão bíblica
A 1ª leitura de hoje nos fala de um fato ocorrido com Davi que teve a
oportunidade de matar o seu inimigo e não o fez, por que?
Porque ele teve a consciência de que a vida de seu inimigo
pertencia a Deus, por isso deixou que Deus fizesse a justiça,
segundo seus desígnios.
Este texto sagrado nos propõe duas formas de lidar com aqueles que nos
agridem, usando de violência e não governa o povo com sabedoria:
Uma forma seria eliminar os que agem mal atendendo contra a
sua vida, mas este não é o caminho de Deus;
A outra forma seria a de quem decide não entrar na lógica deles,
da violência, do pagar mal com o mal, pois se encontra no
caminho de Deus que é de perdão e misericórdia.
A lógica que nos move em direção à vida éter é o amor a Deus e ao próximo.
O exercício da construção da paz por meios pacíficos é um dos caminhos para nos
prepararmos para a vida plena que Deus nos reserva no futuro.
Jesus é o modelo de vida que devemos seguir;
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É a imagem que devemos moldar nossa via e superar todas as formas
de morte.
Cristo é o Novo Adão.
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MISSA DO VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema: A boca fala do que o coração está cheio
I – Introdução
A Missa de hoje destaca algumas virtudes e qualidades que são essenciais para
caracterizar um cristão.
A pessoa que se diz cristã, mas que não tem estas qualidades ela
é um falso cristão.
Trata-se de um testemunho de fé que deve encher o nosso
coração, e não os critérios humanos, movidos pela busca pessoal
de visibilidade.
Infelizmente, muitos agentes de pastorais ou movimentos religiosos, ou ainda,
comunidades de vida têm como critério de ação a sua visibilidade pessoal, o
seu grupo. Ninguém pensa na Igreja de Cristo como deveria sê-lo.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Eclo 27,5-8 – Cuidado com as aparências
A 1ª leitura de hoje chama a atenção para o cuidado que precisamos ter para
não avaliar as pessoas pelas aparências, e sim pela sabedoria de vida que
revelam.
A pessoa demonstra o que é pelo seu discurso, pelas palavras
que saem de sua boca.
Não devemos nos impressionar pela habilidade teatral ou pela
retórica de uma pessoa, e sim por sua sabedoria de vida.
Aqueles que agem pela aparência podem fingir, enganar,
disfarçar, representar, encenar como num teatro, mas as
palavras de sabedoria só podem brotar de corações sinceros e
retos.
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O verdadeiro sábio é aquele que se inspira nas Escrituras, que orienta sua vida
à luz dos princípios divinos. O resto é conversa fiada.
II Leitura – 1Cor 15,54-58 – Como alcançar a vitória da vida eterna
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Jesus faz uma severa advertência sobre isto no Evangelho:
cuidado com a cegueira e com o espírito de juiz do outro.
Aquele que se propõe como guia deve ter clara visão de como conduzir os
outros a uma direção certa.
Caso contrário, a implicações serão desastrosas tanto para
aquele que guia como para aqueles que são conduzidos por
cegos.
Na Comunidade cristã não há lugar para aqueles que se fazem juízes dos irmãos
e irmãs.
A intolerância e a intransigência não são atitudes que
contribuem para o bem comum, pois abrem caminhos para a
condenação dos outros, muitas vezes por falhas insignificantes.
Quem não está em uma atitude permanente de conversão tende
a olhar mais para os pequenos defeitos dos outros e não
enxergar os seus próprios defeitos.
A profecia de Joel fala de “rasgar o coração” mais do que as vestes – como era
costume naquele tempo, como sinal dessa atitude interna de atenção ao que é
espiritual.
É de um coração humano infestado de maldades que saem todo tipo de
destruição.
II Leitura – 2Cor 5,20-6,2 – Novos propósitos de vida
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Feito isso, sua quaresma está bem iniciada.
III Leitura – Mt 6,1-6.16-18 – Proposta de um caminho de crescimento na fé
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MISSA DO I DOMINGO DA QUARSMA
Tema: Viver a fé nos desertos da vida
I – Introdução
34
As três tentações resumem as diferentes situações que que Jesus se
encontrava:
Foi tentado a se servir do poder divino para realizar obras em
benefício próprio;
Foi tentado a recorrer a meios escusos para atingir seus
objetivos;
Foi tentado a ser irresponsável no exercício da missão, certo de
que Deus se encarregaria de seus maus feitos.
Jesus venceu todas estas tentações nos deixando um exemplo.
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A relação entre o ser humano e Deus se constitui com base em uma disposição
confiante do ser humano em aventurar-se nos planos divinos.
A disposição de fé de Abraão nos inspira a confiarmos nas
promessas de Deus e nos dispormos a novos horizontes.
Deus é fiel à sua promessa. E, nós, o que temos feito?
Aqui aparece o primeiro sinal do “monte” através do qual acontece a
transfiguração das pessoas: aventurar-se em Deus.
II Leitura – Fl 3,17-4,1 – A realidade humana e suas possibilidades
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trágicos, pois estes momentos são importantes para nossa
conversão.
Os momentos infortúnios são ocasiões para melhorar o nosso
jeito de ser.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Ex 3,1-8a.13-15 – A vocação de Moisés
III Leitura – Lc 13,1-9 – O cuidado que se deve ter com pensamentos enganosos
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Temos uma facilidade enorme de reconhecer os pecados
alheios e identificar as respectivas punições.
Mas não temos a mesma facilidade de reconhecer os próprios
pecados e penitenciar-se por eles.
Servir-se do sofrimento do outro para taxá-lo de pecador, no mínimo, é
diabólico, pois aquele que sofrem algum tipo de sofrimento não é mais
pecador do que nós.
Pelo contrário: pode nos servir de sinal, pois se aconteceu com
eles imagina só o que não acontecerá conosco que vivemos pior
do que eles?
Em que consiste a penitência cristã? Quando é que uma penitência não tem
valor nenhum?
A penitência cristã não é um fim em si mesma. Ela deve levar à
felicidade.
Uma penitência que fecha a pessoa em si mesma não é inspirada
por Deus, portanto, sem nenhum valor.
Qual é a principal característica do tempo da quaresma?
O tempo da quaresma não pode ser caracterizado por um tempo
de tristeza, sofrimento e mera recordação do pecado, pois é o
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tempo da celebração da ação misericordiosa de Deus no ser
humano.
Qual é a única exigência para se voltar para casa?
Amar os que ficaram em casa – a família
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Js 5,9a.10-12 – Uma nova vida começa a frutificar
A 1ª leitura fala do que ocorreu na Terra Prometida logo no primeiro ano que
lá chegaram:
Fala do entusiasmo da nova realidade de vida muito diferente
daquela lá do Egito, no tempo da escravidão.
O povo festeja e como dos primeiros frutos colhidos em sua
terra.
II Leitura – 2Cor 5,17-21 – A importância da transformação da pessoa
O Evangelho fala do filho sem juízo que acaba voltando para casa por iniciativa
própria. O que o levou a tomar esta decisão?
Não foi o sofrimento, mas sim, um ato de sensatez, de
discernimento.
Ele percebeu que estava morto e queria voltar a viver.
A vida longe de Deus configura-se como morte.
Viver longe de Deus é se perder e se enveredar por desvios e
atalhos, caminhando sem rumo.
O resultado deste modo de vida é a infelicidade e a frustração.
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Quando a gente ama, confia, abre mão de tudo e aceita as
exigências daquele a quem se ama.
Só há vida onde há amor. Do contrário, a vida não existe. Só há
desgosto, sofrimento e tristeza = isso não é vida.
Penso que a grande preocupação da Igreja hoje deveria ser com tantos
entristecidos, adoecidos e abatidos que há dentro dela, por diversas razões.
Como a Igreja tem alentado a dor destas pessoas? Como ela tem
cuidado destas pessoas?
Tem aparecidos pessoas de “aparente boa fé”, que apresentam
propostas das mais diversas para solucionar os problemas dos
outros e, o faz, em nome de Deus e da Igreja.
Daí o surgimento de muitos atos de piedade que são
questionáveis.
Você sabia que só fala em nome da Igreja o Bispo e mesmo
assim em comunhão com os outros?
Quem recebe o anúncio do Evangelho, com docilidade de
coração, tem todas as suas dores sanadas.
Por isso o Evangelho deve ser anunciado puro, sem nenhuma
contaminação ou infestação humana.
É aqui que está o desafio pastoral da Igreja: Evangelizar com o Evangelho.
Não há outra possibilidade de evangelização.
Não se pode arrumar artifícios para levar o Evangelho ao mundo.
O Evangelho é o Evangelho. Ele se carrega a si mesmo.
Avisos:
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Deixemo-nos surpreender com o que desponta no mistério
deste domingo.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Is 43,16-21 – A libertação do Egito
No Evangelho de hoje lemos a história de uma mulher que foi perdoada por
Jesus.
Trata-se de uma história de vida ressurgida na misericórdia
oferecida por Deus a partir daquele encontro.
Este encontro tinha tudo para ser desastroso para aquela
mulher, mas não o foi, porque encontrou-se com a misericórdia
de Deus.
Isto acontece conosco também.
“Quem dentre vós não tiver pecado atire a primeira pedra!” (v.7).
Jesus escreve no chão coisas não sabidas.
A reação dos ouvintes foi a de saírem pouco a pouco...
A mensagem ensinada por Jesus era clara:
Quanto mais velho, mais pecado acumulado tem e, no caso dos
escribas e fariseus, maior aptidão para a condenação...
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Quanto a mulher, o seu medo se converteu em alegria de uma
vida nova surgida a partir da misericórdia de Deus.
A determinação do juiz foi a misericórdia e a liberdade no amor
de Deus.
Para guardar no coração:
Deus não é um juiz carrasco, mas Pai misericordioso.
O agir de Deus em relação a nós não se equipara ao nosso
merecimento.
Deus procede de forma muito melhor do que imaginamos e nos
surpreende com seu amor e misericórdia, dando-nos mais do
que aquilo de que somos dignos.
CELEBRAÇÃO PENITENCIAL
Tema: A alegria de voltar pra casa e tornar a viver
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De um lado está Jesus, com seu jeito de ser, de passar pelos lugares e se
relacionar com os excluídos da sociedade: cobradores de impostos, prostituta,
pecadores, etc. – gente sem uma boa reputação.
Mas estas pessoas tinham algo em comum e de valor: todos
queriam ouvir Jesus e acompanhá-lo.
Para estas pessoas Jesus tinha algo que agradava, fortalecia e
aliviava suas dores. Passaram a ter carinho com Ele.
Do outro lado já estavam os fariseus e escribas, que murmuravam como o povo
no deserto no tempo de Moisés.
Estes odiavam Jesus até a morte e tentavam uma maneira
sorrateira para exterminar com a vida de Jesus.
É daqui que nasce a parábola do “filho pródigo” que nos ajudar a rever a nossa
própria vida.
O filho mais jovem pediu a parte de sua herança e foi embora para um lugar
distante, aventurando-se na sorte (v.13).
Aqui aparece o 1º passo para andarmos no erro: aventurar-se
em seus próprios interesses.
Este jovem rapaz se entusiasmou com aquela possibilidade de
estar só, longe do pai e foi esbanjando todo o seu dinheiro.
Aqui está o 1º perigo para quem quer ser livre demais: o
futuro...
O tempo foi passando, veio a fome à região em o filho mais jovem habitava, e
ele começou a passar necessidade (v.14)
O nosso pecado também atinge o outro = “fome naquela
região”.
Para não morrer de fome, empregou-se como criador de porcos
– todos nós sabemos o que é um chiqueiro = lugar difícil de se
estar.
A crise era tanta, a carestia era tanta que nem sequer conseguia
comer dos alimentos dados aos porcos.
Só a partir daqui aquele jovem toma consciência da sua situação
Ele cai em si, pensa mais seriamente sobre o sentido da vida e
em alguma solução que poderia adotar.
O 1º passo para mudar de vida é tomar decisão – a decisão é sua
e não de alguém que lhe mandou tomar este ou aquele
caminho.
Uma coisa que pode nos ajudar muito a tomar uma decisão
segura é fazer memória = recordar da vida junto ao pai, onde os
empregados comiam com fartura (vv.18-20).
Esta situação de empregado já era de maior dignidade do que
aquela em que ele se encontrava, por opção.
Este jovem era mesmo de sorte:
Ele ainda estava longe como o pai lhe reconheceu, mesmo
desfigurado como estava.
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Quando ele saiu de casa ele era bonito, forte, saudável
Agora ao retorna parecia um mendigo = era um “caco de gente”.
Como pode o pai o reconhecer naquela situação?
A acolhida foi uma das melhores. Coisa que ele nunca esperava que
acontecesse aconteceu:
Festa, roupa nova, anel, boi gordo = churrasco, dança – alegria
só.
Surpreendentemente, o pai não age como o esperado, com
punições ou revolta contra o filho, mas o trata com honras –
melhor túnica, anel nos dedos e sandálias nos pés), porque o
filho estava morte e voltou a viver (v.24).
Guarde no mais profundo do seu coração: você é este filho e este pai é Deus
que te ama.
Não fique parado à beira do coxo dos portos.
Tome consciência de que você pode mudar o rumo da sua vida e
o faça o quanto antes. A decisão é sua.
Nós poderíamos parar por aqui, mas tem uma outra figura importante nesta
parábola: o filho mais velho.
Ele fica com raiva quando sabe da atitude do pai para com o
irmão – fica zangado – faz birra e não quis entrar em casa e
muito menos participar da festa (v.28).
Este é o cuidado que devemos ter: acharmos que somos
melhores do que os outros porque sabemos uma meia dúzia de
rezas....
O filho mais velho resistia ao apelo paterno e se vangloriava porque trabalhava
havia muito tempo com o pai e nunca ganhou nada (v.29).
O grande desafio do religioso é fazer alto para Deus sem querer
nada em troca.
A nossa relação com Deus sempre é a de berganha
Veja como Deus é bom para com todos:
Nesta parábola a atitude do pai para com ambos os filhos é de
misericórdia e bondade.
Ele não se zangou com o filho mais novo por tem levado uma
vida desenfreada e nem se zangou com o filho mais velho, nem
discute com ele – só tenta mostrar as coisas, dialogo (vv.31-32).
Nota-se aqui que Deus não sede ao capricho de ninguém – a
festa não parou.
Com qual destes dois filhos você se parece?
SEXTA-FEIRA SANTA – 2022
Tema: Falar de Deus em tempos de sofrimento – como isso é possível?
Jo 18,1-42 – A Paixão e Morte de Jesus
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Não somente a humanidade, mas também a criação inteira.
Há uma Escritura que diz assim: “Sabemos que, até hoje,
toda a criação geme e padece, como em dores de parto” (Rm
8,22).
Quando nascemos, nossa primeira reação é o choro.
Gritamos pela estranheza da luminosidade, que certamente
dói em nossos olhos e em nosso corpo todo, em contraste
com o conforto do útero materno.
Ao chegarmos a este mundo, aos poucos vamos nos
adaptando à temperatura, aos ruídos, aos cheiros e mau
cheiros, aos sabores, etc.
Tudo não passa de um aprendizado.
O interessante e que a gente não pode esquecer, é a nossa criatividade
para driblar as dificuldades que vão aparecendo: fazemos caretas,
semblantes tristonhos, suspiro... etc., mas também damos sinais de que
tudo está bem: sorriso...
Não bastasse o sofrimento como condição, há também o sofrimento
imposto. É aqui que está o perigo e a maior causa da nossa dor: o
sofrimento imposto a nós.
Por atitude de pessoas inconsequentes
Por falta de uma política social eficiente – temos visto tantos
rostos desfigurados de pessoas jogadas nas praças e calçadas
de nossas cidades, e nos lugares mais remotos esquecidos.
Vc consegue imaginar a dor desta gente: sem comida, sem
casa, sem família?
Por pestes que vão aparecendo no meio da humanidade
como consequência de um desequilíbrio ou mal uso dos bens
naturais, por exemplo, a pandemia do Coronavírus. Essa
peste encarregou de escancarar a dor, o sofrimento e a
tristeza no mundo inteiro.
Tudo isso está sendo falado para nos acordar do sono da indiferença em
que temos vivido.
Foi essa indiferença humana que matou Jesus.
O motivo religioso da Sua condenação foram seus
ensinamentos.
Para os líderes religiosos era difícil conviver com o incômodo
daquele ensinamento novo que estava aparecendo (v.19).
Houve também a fragilidade humana na traição de Judas
Iscariotes (v.3) e nas negações de Pedro (v.17).
O jogo de interesses políticos e religiosos levam a mortes multidões de
inocentes até hoje (Rússia e Ucrânia, Covid-19). Foi este jogo político e
religioso que levou Jesus à morte.
O motivo do julgamento de Jesus muda dos ensinamentos
para a suposta realeza (v.33).
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Deixa de ser motivo religioso para ser político com um único
objetivo: matá-Lo!
Aqui está o maior desafio da nossa fé cristã. Muitos de nós ainda não
entendemos a razão da nossa fé. Temos que viver de modo diferente.
Jesus é Rei de um reino diferente, que eles não podiam
compreender.
O reinado de Jesus não tem nada a ver com política, com
poderes... (v.36)
Veja só do que constituído o reinado de Jesus (v.37).
A figura de Pilatos nos mostra a covardia política que existe nos poderes do
mundo que nada fazem pelo bem dos seus cidadãos.
Pilatos sabia da inocência de Jesus e tinha autoridade para
soltá-Lo e não o fez por covardia e medo – esta não é uma
atitude correta de um bom político, que tem nas mãos o
destino do povo (v.38).
Jesus, diante de toda essa maldade política e religiosa, age
com a soberania e a liberdade de quem compreende os
desígnios de Deus e n’Ele espera.
É aqui que está o nosso refúgio: imitar Jesus. “Fechou”,
como diz na gíria.
Na vida temos que aprender uma coisa muito importante:
Não devemos ater aos detalhes sobre os sofrimentos, mas
servirmos deles para nos fortalecermos no “amor até o fim”
(Jo 13,1), foi o que Jesus fez (v.30).
A cruz deve ser entendida por nós como glória e não como
fracasso.
Um cristão sem cruz é um pagão cristianizado.
Um detalhe importante que não pode ser esquecido e que se ouve falar
muito pouco. Como ficou a situação daquelas pessoas que viveram e
morreram antes da vinda de Jesus a este mundo? Que possibilidade de
salvação elas tiveram?
Jesus desce para abraçar todos os silêncios e, dessa forma,
reapresentar a vida como possibilidade de salvação a todos.
Há uma Escritura que diz (Mt 27,51-53) “Os túmulos se
abriram e muitos santos falecidos ressuscitaram... e foram
vistos na Cidade...”
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O primeiro dia da semana é o dia mais importante, por que?
Porque “é o dia que o Senhor fez para nós!” (Sl 117,24)
O quê você faz no domingo?
II – Reflexão bíblica
I Leitura – At 10,34.37-43 – O conteúdo da Catequese cristã
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I – Introdução
A 1ª leitura relata o ideal da vida cristã daqueles que querem seguir Jesus:
1º se distinguir das outras pessoas pela maneira de viver (v.13);
2º ser assíduo aos ensinamentos dos apóstolos, na comunhão
fraterna, na partilha do pão e na oração em comum.
São essas coisas que caracterizam quem segue Jesus.
A vivência da fé em Cristo provoca um novo modo de ser, diferente dos demais
grupos religiosos que existem por aí.
Aqui está o maior desafio da pastoral da Igreja hoje:
Ajudar seus fiéis a tomarem consciência de que os ensinamentos
de Jesus atraem mais pelo modo como os cristãos vivem do que
por força da oratório, da pregação, da argumentação e de
muitos outros meios oracionais sem eficácia.
Em outras palavras: não basta ser religioso, é preciso ser
evangelizado.
Ser evangelizado é ir além daquilo que os olhos vêem, as mãos tocam e o
coração sente (cf. Jo 20,11-18).
Maria Madalena foi incapaz de reconhecer Jesus depois da sua
ressurreição, porque ainda estava demasiadamente fixada nos
esquemas mentais e não foi capaz de ir além da amizade
humana com Jesus.
Foi esta dificuldade que dificultou M. Madalena a ver Jesus como
o Ressuscitado. O mesmo acontece conosco hoje.
Se não formos evangelizados não teremos condições de “ver o
Senhor” e muito menos dar testemunho d’Ele.
Um sinal de que não somos evangelizados está na incapacidade de
acompanharmos a dinâmica da fé.
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Tema: O reconhecimento e o testemunho do Ressuscitado
I – Introdução
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Uma 3ª consideração é o primado de Pedro (vv.15-17):
Por que Jesus chama Pedro de “Simão, filho de João”? – porque
ele está tratando com pessoa humana sujeita a fraqueza,
limitações e todo tipo de desânimo.
O que significa amar “mais do que os outros...”? – significa
justamente isto: empenho em superar suas fraquezas, limitações
e todo tipo de desânimo. Só poderá estar no lugar de Pedro
quem agir assim.
Qual a diferença entre cordeiros e ovelhas? – os cordeiros são as
ovelhas jovens ainda em fase de amadurecimento.... as ovelhas
são os animais já adultos prontos para o abate ou outras
finalidades. A tarefa de Pedro é cuidar de ambos na Igreja, como
o pastor cuida do seu rebanho.
Ler vv.18-19 – como final
Jo 21,1-19 – Tu me amas mais do que estes?
Esta conversa de Jesus ressuscitado com S. Pedro não está aqui atoa não. O que ela
significa? Qual é o seu ensinamento?
Fala do critério para que uma pessoa possa ser escolhida para um
cargo ou função de líder numa comunidade cristã.
Jesus põe em relevo uma dimensão fundamental da liderança na
comunidade cristã: o amor verdadeiro a Deus.
Muitas de nossas lideranças religiosas têm se portado de modo
avesso: o amor verdadeiro a si mesmos. Deus fica como uma
chamarisco.
Em que consiste este amor “tu me amas mais do que estes”?
Jesus referia-se ao amor ágape, superior à mera amizade e ao bem-
querer do outro.
Trata-se do amor doação, entrega de si em favor do outro, até o
extremo de doar a própria vida.
Por quem você daria a sua própria vida?
Conseguindo responder a esta pergunta saberemos se somos ou
não dignos de assumir uma liderança na Igreja.
Entenda bem isto: só poderá ser líder na Comunidade quem estiver
disposto a ser como Jesus foi: doou sua vida, como expressão de
amor, incluindo até os seus próprios inimigos.
Todo mundo sabe o que aconteceu com ele.
Só depois das respostas de Pedro que Jesus lhe fez o chamado: “Segue-me” (v.19).
53
MISSA DO IV DOMINGO DA PÁSCOA
Tema: A constituição do rebando do Senhor
I – Introdução
O v.44 registra esta importância que nos tempos atuais está muito
desmerecida, quase ninguém tem dado o devido valor: escutar a Palavra de
Deus.
Presta bem atenção no que aconteceu com os judeus, que não quiseram dar
ouvidos à Palavra de Deus pela boca dos Apóstolos:
Não acolheram o ensinamento, porque ficaram tomados de
inveja quando viram a multidão que os ouvia anunciar.
Diante da rejeição destes, os apóstolos se dirigiram aos pagãos,
que acolheram a Palavra de Deus com muita alegria.
O risco que corremos é o de estarmos tendo o mesmo
comportamento dos judeus daquela época.
Estamos jogando fora a nossa oportunidade de ouvir e aprender
da Palavra de Deus.
Do anúncio da Palavra de Deus decorrem duas posturas importantes que
precisam ser averiguadas em nossa vida:
A rejeição, como fizera os judeus;
A acolhida, como fizeram os pagãos.
Qual é a sua postura hoje?
Os que acolhem são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, reconhecem a
“voz” do Pastor na Palavra pregada. Você é um destes?
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II Leitura – Ap 7,9.14b-17 – Ligar existencialmente ao Cristo
55
MISSA DO V DOMINGO DA PÁSCOA
Tema: Eles serão o seu povo
I – Introdução
Em que consiste a missão do cristão no mundo? Ele está aqui fazendo o quê?
Você acredita na possibilidade de um “novo céu e uma nova terra”? Como será
este novo céu e esta nova terra? Aonde eles se encontram? Como participar
deles ou viver neles?
Qual é o primeiro sinal que caracteriza, identifica e autentifica um cristão no
mundo?
II – Reflexão bíblica
I Leitura – At 14,21b-27 – A missão do cristão no mundo
Que mundo é este? Aonde ele está? Como viver nele ou participar dele?
O mundo novo que virá é definitivo e nenhum mal habitará nele
Trata-se de uma realidade totalmente nova e que vem
diretamente de Deus.
Nada mais deve nos amedrontar – o mar apavora as pessoas.
Neste mundo não há espaço para dor, ressentimentos,
sofrimentos, lágrimas, pois estas coisas são realidades antigas,
fazem parte de um passado imperfeito (vv.2-3).
Tudo isso foi deixado para trás, depois de Cristo.
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III Leitura – Jo 13,31-33a.34—35 – Ajustar-se ao modo de amar de Deus
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MISSA DO VI DOMINGO DA PÁSCOA
Tema: O Espírito Santo ensinará todas as coisas
I – Introdução
Você acredita mesmo que o Espírito Santo nos ensina todas as coisas? Por que
será que agente é tão ignorante ainda?
É possível estar presente a um evento sem estar lá? Como isso é possível?
Como a Igreja é governada? Que tipo de sistema a Igreja usa para o seu
governo?
Para que serve a religião?
II – Reflexão bíblica
I Leitura – At 15,1-2.22-29 – O sistema de governo da Igreja
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A Nova Jerusalém nos é apresentada como uma Cidade sem
templo e sem sol.
Como entender isso?
1º não terá templo:
Se a pessoa busca a Deus usando esta ou aquela expressão
religiosa que lhe agrade ou lhe convenha, já começou a se
despencar num abismo intransponível (lembra da história de
Lázaro e do rico?).
Numa verdadeira religião não pode haver distância entre Deus e
o ser humano e, portanto, não existe a necessidade de um lugar
de aproximação: no céu estaremos no “colo” de Deus.
Neste caso a comunhão já está estabelecida.
A religião serve para nos ajustar ao modo de amar de Deus, se não ela não tem
serventia nenhuma.
2º não terá sol
Nesta Cidade não terá necessidade dos astros criados para
presidir o dia e a noite (cf. Gn 1,14-19) porque Deus e o Cordeiro
é a luz de tudo e de todos.
E mais: essa Cidade tem uma muralha intransponível e doze
portas = através das quais o povo de Deus pode entrar e aí
habitará por toda a eternidade.
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