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Trabalho de literatura conto psicológico 9°B

Bernardo, Gabriel Gonçalves, Julia Brasil, Laura Santos, Pedro Alves e Thamires Gnômico

O terror da mudança
Meu nome é Chloe tenho 15 anos, tenho cabelos castanhos e cacheado,
morava em Nova York, em um dia comum estava voltando para casa, quando cheguei
me deparei com meus pais mortos no chão após terem tomado cartelas de
antidepressivo pois a empresa do meu pai havia falido, foi a pior sensação da minha
vida, além de que descobri que teria que morar com minha tia no Texas, no interior.
Dois dias depois teve o velório dos meus pais, eu ainda não acreditava que
tinha os perdido meus amigos tentavam me confortam, mas nada taparia o buraco no
meu peito. Depois do velório teve uma festa de despedida com meus amigos pois no
dia seguinte eu iria para o Texas, foi muito difícil para mim ter que me despedir deles
em meio a uma situação tão horríveis como a que eu estava. No dia seguinte logo cedo
fui para o aeroporto, meu voo sairia às sete e meia, estava um clima chuvoso, o céu
todo cheio de nuvens, meu voo foi chamado e eu fui até o avião, minha cadeira era na
janela, o voo tinha decolado a dez minutos e eu já estava me lembrando da vida que
estava deixando para traz, dos meus amigos, os meus pais, minha escola, minha rotina,
eu tinha certeza que sentiria falta de tudo.
“ Nós estávamos em uma pizzaria, era o aniversário do Damon, a Kylie e ele
começaram mais uma discussão boba que sempre nos divertia, eles tentavam saber
quem era o mais forte, então começaram a se estapear e puxar o cabelo uns dos
outros e quanto o resto do grupo apenas ria”
Essa era uma memória de um dia em que estava realmente feliz, e pensando
nisso adormeci e só acordei com a voz da aeromoça dizendo que iríamos pousar, eu
me ajeitei na poltrona e fiquei esperando para que finalmente pudesse sair, talvez
apesar da saudade respirar novos ares fosse bom, eu saí e procurei pela minha tia
Marie, quando a achei fomos para a casa dela que eu pensava ser comum mas era
quase uma fazenda, tinha vários animais, fora que não tinha nada por perto, até para
chegar em uma vendinha tinha que usar o carro, eu ainda estava esperançosa, talvez a
escola fosse legal, talvez eu fizesse novos amigo.
Quando chegou o domingo a noite eu estava muito ansiosa pois no outro dia
iria ser meu primeiro dia na escola nova, eu estava tão ansiosa que mal dormi porque
ficava me revirando na cama pensando em como seria o dia seguinte, pensei da
melhor possibilidade até a mais horrível, e finalmente fui para a escola.
Já estava no terceiro horário de aula e tudo o que poderia ter dado errado
comigo deu, eu era diferente de todo mundo e eles me tratavam como um aliem era
horrível e tudo o que eu queria era voltar para Nova York, para poder ver meus amigos
de novo, para ficar com as pessoas que eu amo e que me a passar pelo luto.
Então quando bateu o sinal indicando a hora do intervalo eu finalmente
despertei de meus pensamentos, continuei sentada esperando que todos saíssem para
finalmente sair, eu fui até o refeitório para pegar comida e procurar uma mesa para
sentar, mas todas as mesas que eu passava perto me olhavam com cara estranha
então eu desisti e sai de lá sem a comida mesmo pois aquilo já estava humilhante, ódio
era isso que eu estava sentindo, ódio daquelas pessoas por me tratarem daquele jeito,
ódio dos meus pais por me deixarem, ódio do mundo, nesse momento eu já estava
chorando e minha respiração começou a falhar, meu coração a acelerar muito, eu
estava tendo uma crise de pânico, estava andando pelos corredores desnorteada até
que achei uma sala, entrei, sentei no chão e comecei a lembrar de vários momentos
felizes que eu já tive.
“- Você quer aquele balão filha? – Papai perguntou, e eu assenti. Nós
estávamos no parque, era meu aniversário de 9 anos eu tinha passado a tarde inteira
brincando com meus pais, me diverti tanto que na hora pensei ser o dia mais feliz da
minha vida.
- Agora vamos para casa temos que nos arrumar para sair para jantar – a
mamãe falou e então me deu a mão para irmos até o carro. Nós chegamos em casa e
nos arrumamos bem rápido e fomos para o restaurante, eu comi minha comida
preferida e no final o garçom trouxe um bolo e nós cantamos parabéns, foi um dia
perfeito.”
Lembrar disso me fez chorar mais ainda, saber que eu nunca mais iria ter um
dia desses com eles, então me veio outra lembrança mas dessa vez eu estava com os
meus amigos na sala de aula da minha antiga escola.
“ Nós estávamos todos sentados em grupos, tínhamos um trabalho para fazer
mas como todas as vezes tudo o que fizemos foi conversar e rir, Kimberley pegou um
pacote de biscoito de dentro da mochila e Rick roubou da mão da garota que começou
a xingar ele e tentou pegar o biscoito de volta, para fugir ele correu mas tropeçou em
uma mochila e caiu, nós começamos a rir e eu acho que nunca tinha tido tanto na
minha vida.”
Eu ri com a lembrança mas ainda estava muito nervosa, as lembranças não
estavam ajudando mas eu não conseguia parar com elas.
“ Era meu aniversário de 14 anos, minha mãe tinha dito que esse ano não daria
para fazer festa e eu não contestei apesar de querer uma, estava em casa eram 19:13
e meu pai foi até meu quarto me dizer que eu devia me arrumar pois iríamos sair para
jantar eu fiquei feliz porque pelo menos o aniversário não iria passar em branco, então
eu me arrumei e nós saímos estávamos indo por um caminho que eu não conhecia
então pensei ser um restaurante novo ou que eu nunca tinha ido, quando chegamos lá,
da entrada não conseguia ver nada do lado de dentro e quando entramos estava tudo
escuro, então as luzes se acenderam e todos os meus amigos estavam lá.
- SURPRESA! – todos gritaram ao mesmo tempo, eu não estava acreditando, a
festa estava linda e todos eles vieram me abraçar e desejar feliz aniversário. A festa foi
até de madrugada e com certeza uma das melhores festas que eu tive.”
Eu já estava mais calma mas ainda estava chorando, então alguém entrou na
sala, era uma mulher, acho que era uma professora e quando me viu correu até mim.
- Está tudo bem querida? Se você quiser eu posso te levar até a diretoria para
ligarem para seus pais. – aquilo fez eu chorar mais mas eu assenti então ela me deu a
mão para que eu levantasse, eu limpei meu rosto da melhor maneira que consegui até
porque não queria passar no corredor com a maquiagem borrada e chorando, a
mulher me levou até a diretoria e eles ligaram para minha tia que veio bem rápido, a
diretora conversou um pouco com ela e nós fomos embora.
Chegando em casa exausta e sem nenhum sentimento de felicidade chorava só
pensando em acabar com esse sentimento de desgosto, saudade querendo só voltar
para minha vida comum e antiga, cada dia que se passava implorava para minha tia
para ir embora daquele amargurado e sofrido lugar para que eu parasse com essas
malditas crises e sentimentos, até que minha tia me sugeriu ir para uma escola interna
na minha antiga cidade aonde podia rever meus amigos, mas quando voltei era tarde
de mais meus amigos praticamente não lembram de mim e meus sentimentos nem se
quer mudaram se pioraram.

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