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08 de Maio

“A mais importante de todas as


obras é o exemplo da própria vida.”
Helena Petrovna Blavatsky

O VALOR DAS
COISAS SIMPLES
Para lembrar do que devemos fazer
todos os dias.

N
em sempre teremos da
vida todas soluções que
gostaríamos, mas nunca
irá nos faltar as respostas que
precisamos desde que consiga
manter os olhos e os ouvidos bem
abertos. A vida é muito especial
e sempre generosa. Se por algum
motivo você se sentir sozinho e com
dificuldade de participar dessa força
que está em tudo e anima todas as
coisas, observe com mais atenção o
que se passa dentro de você. Talvez
tenha chegado o momento de se
oferecer um pouco mais de silêncio.
Esse mistério que está procurando
também vive dentro do ser humano.
O nosso interior continua sendo
uma fonte inesgotável de respostas.
Em meio a muitas sofisticações
faz falta se ocupar de coisas simples,
como uma forma de nos lembrar
daquilo que realmente importa
e tem mais valor. Qual será o
nosso problema? O que estamos
esquecendo? Tentar mascarar a
realidade, negar nossa própria
natureza? Trabalhar duro para
descobrir se existe vida em Marte
e esquecer da vida que existe nas
pessoas e em todos os seres?
Substituir a busca pelo sentido da
vida pelo conforto da tecnologia me
parece uma troca pouco inteligente,
quando podemos combinar de
maneira harmônica essas duas
necessidades. A questão é que
não faz sentido esperar equilíbrio
de pessoas desequilibradas. Não
adianta alimentar a expectativa de
um comportamento moderado, de
uma sociedade que não pratica no
seu dia a dia a virtude da moderação.
Precisamos de atitudes objetivas.
Precisamos voltar a dar valor às
coisas simples. Recuperar velhos
hábitos que guardam as técnicas
necessárias para se ter uma vida
melhor. Podemos voltar a aprender
com a natureza, ‘‘parar’’ para
observar a vida em movimento.
Cultivar um pouco mais de paciência
acompanhando o nascimento de
uma flor, do momento em que
se rasga a semente e aparece o
primeiro broto, ao surgimento do
sorriso das pétalas que se abrem, até
o momento em que se recolhe em
descanso na terra.
A vida não para, ela só encontra
uma forma diferente de se expressar
no mundo. Somos nós mesmos
uma evidência dessa expressão.
Cada movimento da natureza são
como palavras sagradas que ficam
marcadas na história, nos servindo
de apoio para subir mais um degrau
em nosso caminho de evolução.
Perder o olhar profundo da natureza
nos torna escravos de opiniões
rasas. Precisamos conquistar nossa
liberdade e conseguir voltar a
enxergar o valor das coisas simples
da vida.
Por isso as flores são tão especiais,
pois elas nos lembram daquilo
que temos que fazer. Precisamos
crescer. E é assim que um filósofo
vive. Vemos oportunidades de
aprendizado em todas as coisas.
Apesar de todos os nossos defeitos e
limitações a paixão pela verdade nos
faz caminhar a diante. Semelhante
ao movimento da semente que se
rasga para trazer ao mundo algo
novo e melhor, aquele que ama a
verdade rasga os seus defeitos para
trazer a luz os seus maiores valores.
Assim como as flores também
buscamos calor.
A você, que guardou alguns
minutos para ler estas palavras,
lembre de separar no seu calendário
algumas datas especiais para
que você possa recordar o valor
profundo das coisas simples da
vida. Você é o resultado destas
lembranças. Saber é recordar.

Hinaldo Breguez

O SIMBOLISMO DO
LÓTUS BRANCO
“A natureza é o único livro que ofe-
rece um conteúdo valioso em todas
as suas folhas.”
Johann Goethe

C
omo é bela a natureza em
sua riqueza de ensinamen-
tos, um verdadeiro livro
vivo aberto a todo homem que bus-
ca uma compreensão mais profun-
da da vida, é como um livro, não
basta tomar contato somente com a
capa, é necessário abrir e ler o que
está dentro, quando tomamos con-
tato com a natureza devemos fazer
o mesmo, abrir este livro e chegar à
essência de todas as coisas.
Todo Ser tem algo a ensinar, e o
que podemos aprender com a flor
de Lótus?
Talvez, nem todos tenham toma-
do contato com essa flor, como ela
nasce e cresce, fonte de inspiração
para homens e mulheres de todas as
épocas.
O Lótus Branco nasce sob o fun-
do lodoso das águas de um lago, se
elevando, passando pelas águas, to-
mando contato com o ar para logo
abrir suas pétalas em direção ao sol,
o mais interessante é que suas péta-
las se abrem imaculadas, sem nem
uma gota de lama, brancas e puras.
Encontramos no lótus o valor
do esforço, de romper o lodo que a
prende, as sinuosas ondas da água
e os ventos para logo chegar a re-
ceber a luz do sol, sendo também o
símbolo da busca do espiritual, de
romper a matéria em busca do sol.
Quando desabrocha limpo e
puro, representa esse movimento
de purificação. Todos nós estamos
em busca de nossa identidade, e
para chegarmos a nossa essência
será necessário um trabalho de pu-
rificação, transformação e de lutas
interiores.
Assim como o lótus que se des-
prende do lodo e eleva-se na busca
do sol, que cada um possa inspirar-
-se nesse grande exemplo da natu-
reza, para elevar-se e ir ao encontro
do mais luminoso e espiritual que
está em nós.
Quantos homens, sementes de
lótus, prontos para brotar ainda
estão adormecidos nesse lodo da
matéria, dos defeitos, da inércia, da
separatividade e do esquecimento
de si próprio.
Assim, esperamos que cada um
que lê este símbolo, possa desabro-
char como um lótus, para oferecer
beleza, perfume, esforço e valor a
este mundo em que vivemos, para
que outras sementes de homens
possam despertar.
Viva como o lótus branco!

“O Caminho é uma transforma-


ção, um florescimento de si mes-
mo.” N. Sri Ram

Paulo R. Ravagnani

Retrato de Helena Petrovna


Blavatsky
(12/08/1831 - 08/05/1891)

No dia 08 de maio recordamos


Helena P. Blavatsky desencarnou.
Não recordamos a sua morte, mas
seu exemplo de vida deixado para
todos nós.
Helena P. Blavatsky desencarnou
na tranquila manhã de 8 de maio de
1891.
Tinha sessenta anos... Estava
sentada em sua cadeira, próxima de
seu escritório, e aqueles que estavam
próximos dela nesse momento
pensaram que, simplesmente, teria
adormecido.
A “última mensagem” de Helena
P. Blavatsky foi dada duas noites
antes de morrer. De repente,
levantou o olhar e disse: “…
mantenham a união. Não deixem
que minha última encarnação tenha
sido em vão”.

“Honrai as verdades com a


prática.”
Helena Petrovna Blavatsky

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