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O ELITE RESOLVE IME 2008 – MATEMÁTICA - DISCURSIVAS

MATEMÁTICA 1 a -4 -3 -2 -1
a a-4 a-7 a-9 a-10
QUESTÃO 1
Determine o conjunto-solução da equação Resto nulo novamente, a − 10 = 0 ⇒ a = 10 e portanto o quociente
sen3x+cos3x = 1-sen2x.cos2x desta divisão:
Resolução Q3 ( x ) = 10 x 3 + 6 x 2 + 3 x + 1
sen 3 x + cos3 x = 1 − sen 2 x ⋅ cos2 x Sabendo que o quociente da terceira divisão (Q3 ( x )) representa
( sen x + cos x ) ( sen 2
x − sen x.cos x + cos x ) = 2
Q(x) +1
, temos:
= (1 − sen x.cos x )(1 + sen x.cos x ) ( x − 1)
3

( sen x + cos x )(1 − sen x.cos x ) = (1 − sen x.cos x )(1 + sen x.cos x ) Q(x) +1
P (x) = = 10 x 3 + 6 x 2 + 3 x + 1
(1 − senx cos x )[(senx + cox ) − (1 + senx cos x )] = 0 ⇒ ( x − 1)3
1 − senx cos x = 0 ou
senx + cos x − 1 − senx cos x = 0 QUESTÃO 3
Os elementos da matriz dos coeficientes de um sistema de quatro
1ª possibilidade: 1 − sen x.cos x = 0 equações lineares e quatro incógnitas (x, y, z e w) são função de
quatro constantes a, b, c e d. Determine as relações entre a, b, c e d
sen x.cos x = 1 ⇒ 2senx.cos x = 2 ⇒ sen(2 x ) = 2 (Impossível, pois a para que o referido sistema admita uma solução não trivial, sabendo
função seno é limitada entre –1 e 1).
⎡a b ⎤ ⎡x y ⎤
que CD = -DC, onde C = ⎢ ⎥ e D = ⎢z w ⎥ .
2ª possibilidade: ⎣ c d ⎦ ⎣ ⎦
senx + cos x − 1 − senx.cos x = 0 ⇒ senx − 1 + cos x.(1 − senx ) = 0 ⇒
Resolução
(cos x − 1)(1 − senx ) = 0 ⇒ senx = 1 ou cos x = 1 Por hipótese, temos:
π ⎡a b ⎤ ⎡ x y ⎤ ⎡ax + bz ay + bw ⎤
Se senx = 1 ⇒ x = + k .2π , k ∈ Z CD= ⎢ ⎥⎢ ⎥=⎢ ⎥;
2 ⎣c d ⎦ ⎣ z w ⎦ ⎣ cx + dz cy + dw ⎦
Se cos x = 1 ⇒ x = k.2π , k ∈ Z
⎡ x y ⎤ ⎡a b ⎤ ⎡ ax + cy bx + dy ⎤
DC= ⎢ ⎥⎢ ⎥=⎢ bz + dw ⎥⎦
.
Assim, o conjunto solução da equação é: ⎣ z w ⎦ ⎣c d ⎦ ⎣az + cw
⎧ π ⎫ ⎧ 2ax + cy + bz = 0
S = ⎨ x ∈ R / x = k .2π ou x = + k .2π , k ∈ Z ⎬ ⎪
⎩ 2 ⎭ ⎪bx + (a + d )y + bw = 0
Como CD = – DC ⇒ CD + DC = 0 ⇒ ⎨ .
⎪ cx + (a + d )z + cw = 0
QUESTÃO 2 ⎪⎩ cy + bz + 2dw = 0

Encontre o polinômio P ( x ) tal que Q( x ) + 1 = ( x − 1) ⋅ P ( x ) e Q( x ) + 2 Assim, o referido sistema é um sistema homogêneo 4 por 4 que
3

admite solução não-trivial se e somente se o sistema for possível e


é divisível por x 4 , onde Q( x ) é um polinômio de 6º grau. indeterminado, ou seja, se o determinante dos coeficientes for zero.
Resolução A matriz associada dos coeficientes é dada por:
⎡2a c b 0⎤
Como Q ( x ) é um polinômio de grau 6, temos que Q ( x ) + 2 também ⎢ ⎥
b a+d 0 b⎥
é. Como Q ( x ) + 2 é divisível por x 4 , podemos reescrevê-lo: D=⎢ .
⎢c 0 a+d c ⎥
( )
Q ( x ) + 2 = x 4 . ax 2 + bx + c = ax 6 + bx 5 + cx 4 ⎢
⎣0 c b

2d ⎦
Portanto, Q ( x ) = ax + bx + cx 4 − 2
6 5 Desenvolvendo o determinante de D por Laplace na primeira coluna,
temos:
Q ( x ) + 1 = ( x − 1) .P ( x ) .
3
Do enunciado, temos que Logo, a+d 0 b c b 0 c b 0
Q ( x ) + 1 = ax + bx + cx − 1
6 5 4
é divisível por D = 2a. 0 a + d c − b. 0 a + d c + c. a + d 0 b .
c b 2d c b 2d c b 2d
( x − 1) = ( x − 1) . ( x − 1) . ( x − 1) .
3




D1 D2 D3
Aplicamos Briott-Ruffini, dividindo o polinômio por (x-1) três vezes
Mas,
consecutivas.
D1 = 2d(a+d)2 – bc(a+d) – bc(a+d) = 2d(a+d)2 – 2bc(a+d)
Partindo de Q ( x ) + 1 = ax 6 + bx 5 + cx 4 − 1 : D2 = 2cd(a+d) +bc2 – bc2 = 2cd(a+d)
D3 = b2c – b2c – 2bd(a+d) = – 2bd(a+d)
1 a b c 0 0 0 -1
a a+b a+b+c a+b+c a+b+c a+b+c a+b+c-1 Assim,
D = 2a.[2d(a+d)2 – 2bc(a+d)] – b.2cd(a+d) – c.2bd(a+d)
Com resto nulo, temos a + b + c − 1 = 0 ⇒ a + b + c = 1 e portanto o
D =4ad(a+d)2 – 4abc(a+d) – 4bcd(a+d)
quociente desta divisão: D =4ad(a+d)2 – 4bc(a2 +ad + ad+d2)
Q1( x ) = ax 5 + ( a + b ) x 4 + x 3 + x 2 + x1 + 1 D =4ad(a+d)2 – 4bc(a+d)2
Aplicamos Briott-Ruffini, pela segunda vez, em Q1( x ) D =4(a+d)2(ad – bc).
Fazendo o determinante igual a zero, temos:
(a+d)2(ad – bc)=0 ⇔ ad=bc ou a = – d.
1 a a+b 1 1 1 1
a 2a+b 2a+b+1 2a+b+2 2a+b+3 2a+b+4
QUESTÃO 4
Uma seqüência de quatro termos forma uma PG. Subtraindo-se 2 do
Com resto novamente nulo, 2a + b + 4 = 0 ⇒ 2a + b = −4 e portanto o primeiro termo e k do quarto termo, transforma-se a seqüência original
quociente desta divisão: numa PA. Uma terceira seqüência é obtida somando-se os termos da
Q2 ( x ) = ax 4 − 4 x 3 − 3 x 2 − 2 x1 − 1 PG e da PA. Finalmente, uma quarta seqüência, uma nova PA, é
obtida a partir da terceira seqüência, subtraindo-se 2 do terceiro termo
e sete do quarto. Determine os termos da PG original.
Aplicamos Briott-Ruffini, pela terceira vez, em Q2 ( x )

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Resolução 3) Escolhendo pelo menos três equipes:


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A partir do enunciado, montamos as seqüências:
Seq. 1 PG : ( a, aq, aq 2 , aq 3 )
∑ n(Bi ∩ B j ∩ Bk ) = C53 .A53 .4!.23 = 115200
i , j ,k =1
j ≠i ≠k
Seq.2 PA1 : ( a − 2, aq, aq 2 , aq 3 − k ) 4) Escolhendo pelo menos quatro equipes:
Seq : ( 2a − 2, 2aq, 2aq 2 , 2aq 3 − k )
5

Seq. 3
n(Bi ∩ B j ∩ Bk ∩ Bl ) = C54 .A54 .2!.24 = 19200
Seq. 4 PA2 : ( 2a − 2, 2aq, 2aq − 2, 2aq − k − 7 )
2 3 i , j ,k ,l =1
j ≠i ≠k ≠l

⎧ 2b = a + c 5) Escolhendo cinco equipes:


Lembrando que em uma PA (a,b,c,d) temos ⎨ montamos, a
⎩2c = b + d n(B1 ∩ B2 ∩ B3 ∩ B4 ∩ B5 ) = C55 .A55 .25 = 3840
partir da PA1, o seguinte sistema: Da teoria dos conjuntos, temos:
⎪⎧ 2aq = aq + a − 2
2 n(B1 ∪ B2 ∪ B3 ∪ B4 ∪ B5 ) =

⎪⎩2aq = aq − k + aq
2 3 5 5 5

Multiplicando a primeira linha por −q e somando as linhas obtemos ∑ n(Bi ) − ∑ n(Bi ∩ B j ) + ∑ n(Bi ∩ B j ∩ Bk )
i =1 i , j =1 i , j ,k =1
j ≠i j ≠i ≠k
0 = 2q − k , isto é, k = 2q
5

Utilizando o mesmo procedimento na PA2: − ∑ n(Bi ∩ B j ∩ Bk ∩ Bl ) +n(B1 ∩ B2 ∩ B3 ∩ B4 ∩ B5 )


i , j ,k ,l =1
⎪⎧ 4aq = 2a − 2 + 2aq − 2 ⎪⎧ 4aq = 2aq + 2a − 4
2 2
j ≠i ≠k ≠l
⎨ ⇒⎨
⎩⎪4aq − 4 = 2aq + 2aq − k − 7 ⎩⎪4aq = 2aq + 2aq − k − 3
2 3 2 3
O total de permutações possíveis entre os 10 carros é 10! e o total de
E, novamente, multiplicando a primeira linha por −q e somando as possibilidades que apresentam pelo menos uma fila com carros da
mesma equipe é n(B1 ∪ B2 ∪ B3 ∪ B4 ∪ B5 ) . Assim, o total de
linhas: 4q − k − 3 = 0 .
possibilidades onde não existem carros da mesma equipe ocupando a
Como k = 2q , 4q − 2q − 3 = 0 , ou seja, q = 3 . mesma fila na largada é dado por:
2
10! - n(B1 ∪ B2 ∪ B3 ∪ B4 ∪ B5 ) =
Por fim, substituindo q=3 na igualdade 2aq = aq 2 + a − 2 : = 3.628.800 - 2.016.000 + 576.000 - 115.200 + 19.200 - 3.840 =
2 2.088.960 possibilidades
2
3 ⎛3⎞ 12a 9a + 4a − 8
2a = a⎜ ⎟ + a − 2 ⇒ = ⇒a=8.
2 ⎝ ⎠
2 4 4 QUESTÃO 6
Determine a expressão da soma a seguir, onde n é um inteiro múltiplo
E, assim, a PG original ( a, aq, aq , aq )
2 3
fica determinada por
de 4.
1 + 2i + 3i2 + ... + (n+1).in
( 8,12,18,27 ) Resolução
Seja S = 1 + 2i + 3i2 + ... + (n + 1)in . Observe o seguinte esquema:
Obs.: As seqüências em questão são:
Seq. 1 PG : ( 8, 12, 18, 27 ) 1 + i + i2 + ... + in −1 + in

Seq.2 PA1 : ( 6, 12, 18, 24 ) i + i2 + ... + in −1 + in

Seq. 3 Seq : (14, 24, 36,51) i2 + ... + in −1 + in


% # #
Seq. 4 PA2 : (14, 24, 34,54 )
in −1 + in
QUESTÃO 5 in
Cinco equipes concorrem numa competição automobilística, em que Nesse esquema, cada uma das linhas é a soma dos termos de uma
cada equipe possui dois carros. Para a largada são formadas duas PG que tem razão i. Observe que, se somarmos todas as linhas, o
colunas de carros lado a lado, de tal forma que cada carro da coluna resultado obtido é o próprio S, uma vez que:
da direita tenha ao seu lado, na coluna da esquerda, um carro de outra Soma das linhas = (1 + i + i2 ... + in ) + ( i + i2 + ... + in ) + ... + ( in −1 + in ) + in =
equipe. Determine o número de formações possíveis para a largada.
= 1 + (i + i) + (i2 + i2 + i2 ) + ... + (i
n
+
... +

in ) = 1 + 2i + 3i2 + ... + (n + 1)in = S


Resolução n +1 vezes
Seja BK = conjunto das possibilidades onde temos pelo menos k Como cada uma das linhas é a soma dos termos de uma PG,
equipes com pilotos ocupando a mesma linha e n(Bk ) o número podemos calcular o valor de cada linha e, assim, determinar o valor de
destas possibilidades, com k variando de 1 a 5. Note que, em cada S. Usando então o fato de que a soma dos n primeiros termos de uma
caso: a1(1 − qn )
I) escolhemos, utilizando combinações simples, a(s) equipe(s) que PG é dada por , onde a1 é o primeiro termo e q é a razão,
1− q
apresentarão na coluna ao lado o seu parceiro de equipe;
II) escolhemos, utilizando arranjo, a(s) fila(s) que vão conter a(s) temos:
dupla(s) da equipe; 1 − in +1
1 + i + i2 + ... + in −1 + in =
III) a posição dos pilotos de cada equipe pode ser permutada; 1− i
IV) os pilotos restantes devem ser permutados entre si.
i(1 − in )
i + i2 + i3 ... + in −1 + in =
Assim: 1− i
1) Escolhendo pelo menos uma equipe com pilotos lado a lado: i (1 − in −1 )
2

5 i2 + i3 + ... + in −1 + in =
1− i
∑ n(Bi ) = C51.A51.8!.2 = 50.8! = 2016000 #
i =1
2) Escolhendo pelo menos duas equipes: in (1 − i1 )
in =
5
1− i
∑ n(Bi ∩ B j ) = C52.A52.6!.(22 ) = 576000 Desse modo, S é dado por:
i , j =1
j ≠i

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1 − in +1 i(1 − in ) i2 (1 − in −1 ) in (1 − i1 )
S= + + + ... + = A B
1− i 1− i 1− i 1− i
1
= [(1 − in +1 ) + (i − in +1 ) + (i2 − in +1 ) + ... + (in − in +1 )] =
1− i
B`
1 n +1
= [(1 + i + i2 + ... + in ) − (i + in +1 +
in +1 + ... + in

+1
)] =
1− i n +1 vezes

1 − in +1
Como 1 + i + i2 + ... + in −1 + in = , temos:
1− i
1 ⎛ 1 − in +1 ⎞ 1
S= ⎜ − (n + 1).in +1 ⎟ = [1 − in +1 − (1 − i)(n + 1).in +1] = D C
1− i ⎝ 1− i ⎠ (1 − i)
2

1 Resolução
= [1 − in +1 − (n + 1).in +1 + (n + 1)in + 2 ] = Seja L o lado do quadrado, x a medida do segmento B’C, α a medida
(1 − i)2
do ângulo BAB l ' . Na figura, observe
ˆ ' , e θ a medida do ângulo BCB
1
⇒S= [1 − (n + 2).in +1 + (n + 1).in + 2 ] os pontos E e F indicados:
(1 − i)2
E B
Observação: em momento algum do enunciado foi dito que i é a A α
unidade imaginária. Entretanto, como foi informado que n é um
múltiplo de 4, imagina-se que era esse o intuito do exercício.
Utilizando então a hipótese adicional de que i é a unidade imaginária,
temos:
L
S=
1 1
[1 − (n + 2).in +1 + (n + 1).in + 2 ] = − [1 − (n + 2).in +1 + (n + 1).in + 2 ] B` F
(1 − i)2 2i
θ
Como n é múltiplo de 4, temos que n + 1 ≡ 1 mod 4 e
n + 2 ≡ 2 mod 4 , de modo que in +1 = i e in + 2 = i2 = −1 . Assim:
1 1 ( −2i)
S=− [1 − (n + 2).i − (n + 1)] = − . [−n − (n + 2).i]
2i 2i ( −2i) D C
i n+2 n
S = [ −n − (n + 2).i] = − .i Na figura, temos que:
2 2 2 AB = AB ' = L
AE = L cos α ⇒ EB = B ' F = L(1 − cos α )
QUESTÃO 7 BF = Lsenα ⇒ FC = L(1 − senα )
A área de uma calota esférica é o dobro da área do seu círculo base.
FC L(1 − senα )
Determine o raio do círculo base da calota em função do raio R da cosθ = =
esfera. B 'C x
Resolução Vamos aplicar a lei dos co-senos duas vezes, uma no triângulo ABB’ e
outra no triângulo CBB’. Temos:
h
r ⎧( BB ' )2 = ( AB )2 + ( AB ' )2 − 2 ( AB )( AB ' ) cos α


⎪⎩( BB ' ) = (CB ) + (CB ' ) − 2 (CB )(CB ' ) cosθ
2 2 2

R−h R Igualando o segundo membro de cada uma dessas equações, e


substituindo as relações acima, vem que:
L(1 − senα )
L2 + L2 − 2LL cos α = L2 + x 2 − 2Lx
x
3L2 = x 2 + 2L2 (senα + cos α )

Pelo enunciado, devemos ter:


Sejam Ace a área da calota esférica e Ao a área do círculo base. Por
x
hipótese, Ace = 2Ao. = 3− 6 ⇒ x =L 3− 6
Sabendo que a área da calota esférica é dada por 2πRh, temos: L
2πRh = 2(πr2), onde r é o raio do círculo base da calota.
A relação entre R, h e r, pelo desenho, é: Então: 3L2 = L2 (3 − 6) + 2L2 (senα + cos α )
R2 = r2 + (R – h)2 ⇒ r2 – 2Rh +h2 = 0 2
6 ⎛ 6⎞
⇒ ( senα + cos α ) = ⎜
Da relação entre as áreas, temos:
senα + cos α =
2

2πRh = 2(πr2) ⇔ Rh = r2 ⇔ Rh = 2Rh – h2 ⇔ Rh – h2 = 0 ⇔ h = 0 ou R 2 ⎜ 2 ⎟⎟


⎝ ⎠
= h.
6 3
Assim, considerando que se h = 0, teríamos a calota reduzida a sen 2α + 2senα cos α + cos2 α = ⇒ 1 + sen(2α ) = ⇒
apenas um ponto, R = h. 4 2
Substituindo na igualdade das áreas: 1
2πRh = 2πr2 ⇔ Rh = r2 ⇔ R2 = r2 ⇒ R = r. sen ( 2α ) = ⇒ 2α = 30° ou 2α = 150° ⇒ α = 15° ou α = 75°
2

QUESTÃO 8 QUESTÃO 9
Em um quadrado ABCD o segmento AB ' , com comprimento igual ao Considere os números complexos Z1 = senα + i cos α e
lado do quadrado, descreve um arco de círculo, conforme indicado na
ˆ ' correspondente à posição em que a Z2 = cos α − i senα , onde α é um número real. Mostre que, se
figura. Determine o ângulo BAB
razão entre o comprimento do segmento B ' C e o lado do quadrado Z = Z1Z2 , então −1 ≤ Re (Z ) ≤ 1 e −1 ≤ Im (Z ) ≤ 1 , onde Re (Z ) e Im (Z )
indicam, respectivamente, as partes real e imaginária de Z.
vale 3− 6 .

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Resolução circunferência que passam pela origem. Substituindo a equação da


reta (y = mx) na da circunferência, temos:
Por hipótese, temos:
x 2 − 6 x + (mx )2 − 6( mx ) = 14 ⇒ ( m 2 + 1) x 2 − 6( m + 1) x + 14 = 0
⎛π ⎞ ⎛π ⎞ ⎛π ⎞
Z1 = senα+icosα = cos ⎜ − α ⎟ + isen ⎜ − α ⎟ = cis ⎜ − α ⎟ . Para que ocorra a tangência, devemos ter apenas uma raiz real dessa
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎝2 ⎠ equação do 2° grau, logo o discriminante deve ser nulo:
Z2= cosα – isenα = cos(– α) + isen(– α)=cis(– α).
Δ = [ −6( m + 1)] − 4 ⋅ (m 2 + 1) ⋅ 14 = 0
2

Assim, como Z = Z1Z2


9(m + 1)2 − 14( m 2 + 1) = 0 ⇒ 5m 2 − 18m + 5 = 0
⎛π ⎞ ⎛π ⎞ ⎛π ⎞ ⎛π ⎞
Z= cis ⎜ − α ⎟ cis ( −α ) = cis ⎜ − 2α ⎟ = cos ⎜ − 2α ⎟ + isen ⎜ − 2α ⎟ 18 ± 224 9 ± 2 14
⎝2 ⎠ ⎝2 ⎠ ⎝2 ⎠ ⎝2 ⎠ m= ⇒m=
Logo, Z=sen2α+icos2α. 2⋅5 5
Da trigonometria, temos: Esses dois valores correspondem às duas retas tangentes à
– 1 ≤ sen2α ≤ 1 (I) 9 − 2 14
circunferência que partem de origem. A raiz m = nos dá o
– 1 ≤ cos2α ≤ 1 (II) 5
y
Como Re(Z)=sen2α e Im(Z) = cos2α, temos: menor valor que a razão pode assumir, ao passo que a raiz
x
– 1 ≤ Re(Z) ≤ 1 de (I)
– 1 ≤ Im(Z) ≤ 1 de (II). 9 + 2 14
m= nos dá o maior valor possível para essa mesma razão,
Como queríamos demonstrar. 5
e é a resposta do problema.
QUESTÃO 10
Considere todos os pontos de coordenadas (x, y) que pertençam à
circunferência de equação
2 2 y
x + y – 6x – 6y + 14 = 0. Determine o maior valor possível de .
x
Resolução
Completando os quadrados na equação da circunferência, temos:
x 2 − 6 x + y 2 − 6 y = −14 ⇒
x 2 − 2 ⋅ x ⋅ 3 + 32 + y 2 − 2 ⋅ y ⋅ 3 + 32 = 32 + 32 − 14
( x − 3)2 + ( y − 3)2 = 22
Ou seja, a circunferência em questão está centrada no ponto (3,3) e
seu raio é 2.

x
3
y
Queremos determinar o maior valor possível da razão para todos
x
os pontos (x,y) que pertencem à circunferência. Procedemos da
seguinte maneira. Considere todas as retas da forma y = mx , para
m>0.
y
A razão será máxima quando conseguirmos uma reta que
x
intercepte a circunferência em pelo menos um ponto, e tenha o maior
coeficiente angular (m) possível.
y
r1 r2
...

x
3
Pela figura, fica claro que isso acontecerá no caso da reta r1, que
tangencia a circunferência. Vamos encontrar as retas tangentes à

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