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CAMPINAS
Campinas
2017
Amaurí Harvey da Costa
Campinas
2017
Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): Não se aplica.
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Ana Regina Machado - CRB 8/5467
Título em outro idioma: The S-curve applications and critical path method in planning of
engineering works
Palavras-chave em inglês:
S-curve
Critical path analysis
Project management
PERT (Network analysis)
Network analysis (Planning)
Área de concentração: Matemática Aplicada e Computacional
Titulação: Mestre em Matemática Aplicada e Computacional
Banca examinadora:
Francisco de Assis Magalhães Gomes Neto [Orientador]
Aurelio Ribeiro Leite de Oliveira
Edmundo Inacio Junior
Data de defesa: 03-07-2017
Programa de Pós-Graduação: Matemática Aplicada e Computacional
Aos meus pais pela luta incansável na formação moral e intelectual de seus filhos
e pelo incentivo particular em me oferecer condições para o caminho das ciências. À AMAN,
escola pioneira na minha formação profissional, precursora na orientação pela escolha da
Engenharia Militar e posteriormente ao Magistério Militar onde tive oportunidade de
integrar o Corpo Docente desta destacada Escola Militar, responsabilidade honrada e que
muito incentivou na realização deste Mestrado. Ao amigo Coronel Engenheiro Militar
Osvaldo Mendes pela oferta do presente tema, desafiador e gratificante no seu desenvol-
vimento. Ao amigo professor e mestre Major Armando Staib pelo apoio incondicional
e ajuda na formatação dos presentes textos. Ao Prof Dr Francisco Gomes, do Instituto
de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade de Campinas, meu
orientador, sem o qual não seria possível a realização deste trabalho. Sou eternamente grato
a essa distinta pessoa, sempre disposta e paciente para comigo na orientação da redação e
correção dos textos. Muito obrigado ao Prof Chico, forma carinhosa como o tratamos. Ao
nosso Pai Celestial, pela oportunidade desta vida e pelas bênçãos alcançadas.
“Viemos a esse mundo para os outros”
Dom Bosco
Resumo
Este trabalho tem como proposta apresentar o estudo de um mecanismo prático e de fácil
uso para todos aqueles interessados em acompanhar de forma técnica o progresso de um
projeto e seu respectivo investimento financeiro.
O tema exigiu que desenvolvêssemos de forma didática e organizada todas as atividades
envolvidas.
Demos ênfase ao planejamento das etapas com o auxílio do caminho crítico obtido através
do PERT-CPM, bem como da criação de um cronograma, mostrado pelo Gráfico de Gantt.
Tendo em vista que as etapas físicas e os gastos financeiros do projeto estão associados por
uma curva em forma de S, estudamos pormenorizadamente como definir uma representação
algébrica aproximada para essa curva, para permitir que o executor da obra acompanhe e
controle o desenvolvimento do projeto.
Com as ferramentas aqui apresentadas, o gerenciamento da obra pode ser realizado de
forma integral, permitindo que sejam satisfeitos parâmetros de prazo, custo, qualidade e
risco previamente estabelecidos.
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1 PLANEJAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 SISTEMAS DE CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 Conceito Básico de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2 Características dos Sistemas de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.1 Permitir a aferição das anormalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2 Permitir interferir no sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 Escolha do Sistema de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 Situações que ocorrem no sistemas de controle (princípio de feed-
back) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.5 Padrões de Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.6 Controle da Obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3 PLANEJAMENTO DO TEMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2 Cronograma em Redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.1 Redes de Atividades em Setas (AES) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3 Elaboração de Redes de Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4 Cálculo da Rede PERT/CPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4.1 Cronograma de Barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.5 Alocação e Nivelamento de Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.6 Histogramas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4 CURVAS S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.1 Método da Bisseção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.2 Método de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
5 EXEMPLO ILUSTRATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
13
Introdução
Nos dias atuais, mesmo com o avanço de novos recursos técnicos, muitas obras
continuam sendo realizadas de forma artesanal, ou seja, com um planejamento informal
sem garantia do cumprimento do prazo estabelecido e, muito menos, do orçamento.
Já os empreendimentos de maior porte não podem ser levados a um bom termo sem
um planejamento formal. Para tal, os projetos devem ser executados obedecendo uma
sequenciação:
• construção.
Convém notar, no entanto, que esta sequenciação não é absoluta, isto é, não se aguarda o
fim de uma etapa para se iniciar a próxima, mas sim que, atingido certo desenvolvimento
de uma etapa, dela se extraem dados para se iniciar a seguinte, ganhando-se com isso no
prazo total de execução do empreendimento. Este trabalho é realizado com a integração
de todos os participantes do projeto através de um sistema de informações gerenciais.
O que se tem observado, tanto na execução quanto no gerenciamento da maior
parte das obras habitacionais, é a predominância de um sistema informal. Não há, entre as
várias equipes participantes do processo, a integração mínima e necessária para racionalizar
os procedimentos de implementação do projeto.
Assim, o arquiteto desenvolve o projeto de arquitetura, após e com base neste
o engenheiro de estrutura lança e calcula a estrutura e em seguida entram os engenheiros
de instalações (elétrica, hidráulica, telecomunicações, etc.), que elaboram o projeto de sua
especialidade. Cada um realiza o trabalho segundo sua percepção, sem trocar informações
com os demais integrantes do processo de criação, pois essa troca demanda tempo e tempo
é dinheiro. Surgem daí as incompatibilidades de projeto, que só virão à tona na hora
ou durante a execução da obra. Numa época em que se prioriza muito a qualidade e a
produtividade, é preciso que o gerenciamento de um projeto ou empreendimento seja
feito como um todo, concatenando-se recursos humanos, materiais, e também políticos,
de forma a obter-se o produto desejado que é a obra concluída dentro dos parâmetros de
prazo, custo, qualidade e risco previamente estabelecidos.
Para tanto, é necessário planejar e controlar o projeto, visto que planejar e
controlar são atividades interdependentes, ou seja, uma não existe sem a outra.
Introdução 14
1 Planejamento
• tomar decisões;
• alocar recursos;
Capítulo 1. Planejamento 16
A maioria das pessoas evita o planejamento por ser mais fácil dirigir rotinas do
que pensar o futuro. Outras não querem expor suas idéias por medo do ridículo ou mesmo
por falta das mesmas. Há ainda aqueles que não querem ser controladas ou submetidas a
uma análise pós-realização.
Conclui-se, portanto, que um planejamento eficaz requer a participação de
todos os envolvidos no projeto. Todos os envolvidos têm que planejar e é função do gerente
de planejamento atuar com elemento integrador e catalisador dos demais.
17
2 Sistemas de Controle
• Experiência Passada
• Previsão Futura
• desenvolvimento da obra;
• quantidade executante;
• custos unitários;
• qualidade técnica;
• produtividade.
3 Planejamento do Tempo
3.1 Introdução
O tempo de duração de um projeto constitui um dos elementos fundamentais
do seu planejamento. Sua determinação é feita a partir da duração de cada uma das
atividades que compõem o projeto e do respectivo inter-relacionamento, resultante da
metodologia de execução definida.
A duração de cada atividade é determinada em função do tipo e da quantidade
de serviço que a compõe, bem como em função da produtividade da mão-de-obra que
a executa, admitindo-se, inicialmente, estarem disponíveis a mão-de-obra, os tipos e
quantidades de materiais, equipamentos e outros recursos necessários à sua execução.
Assim, uma determinada atividade Ai tem sua duração ti dada por:
Qi
ti “
Pi
onde Qi é a quantidade de serviço a ser executado na atividade e Pi a produtividade da
mão-de-obra que a executa.
A duração de cada atividade também pode ser determinada a partir de estima-
tivas feitas por profissionais experimentados, que se baseiam na sua prática com obras
semelhantes. Mas é preciso lembrar que “cada projeto é único”, no sentido de que cada
um apresenta suas particularidades, além da variabilidade de seu ambiente de execução.
O tempo total estimado para a duração do projeto pode ser representado de
várias formas, como a tabular e a gráfica, constituindo tais representações um cronograma.
No planejamento e no controle de projetos são usados dois tipos de cronogramas:
o cronograma em redes e o cronograma em barras (VILLAÇA, 1985).
• com as atividades representadas por meio de nós (AEN), também conhecida como
Método Francês, em que os tempos de duração de suas atividades são determinados
de forma probabilística, como no PERT, ou de forma determinística, como no CPM.
Capítulo 3. Planejamento do Tempo 22
Duas ou mais atividades podem ser sucessivas ou paralelas, sendo que estas
podem ter as mesmas datas (eventos) de início, ou as mesmas datas de fim, ou as mesmas
datas de início e de fim.
Em atividades paralelas, quando representadas graficamente, as respectivas setas
se superpõem, tornando-se difícil distingui-las. Para diferenciá-las usa-se uma atividade
fantasma (AF), ou atividade de conveniência, como mostram as Figuras 4 e 5.
• Primeira Data de Início (PDI) ou Cedo Início (CI) de uma atividade, que é a
data na qual ela poderá ser iniciada, cumpridas todas as atividades que lhe sejam
antecessoras;
• Primeira Data de Término (PDT) ou Cedo Fim (CF) de uma atividade, que é a
data de término de uma atividade iniciada na PDI (ou CI) e cuja duração prevista
tenha sido obedecida;
• Última Data de Término (UDT) ou Tarde de Fim (TF) de uma atividade, que é
a data-limite na qual ela deverá ser terminada afim de não atrasar o início das
atividades que a sucedem;
• Última Data de Início (UDI) ou Tarde de Início (TI) de uma atividade, que é a
data-limite na qual uma atividade tem que ser iniciada para poder terminar na sua
UDT ou TF;
• Tempo Disponível (TD) para a realização de uma atividade, que é a diferença entre
a PDI e a UDT dessa atividade;
• Folga Livre (FL) de uma atividade, que é o tempo de que se dispõe para realizá-la
de modo a não afetar a PDI ou CI das atividades que lhe sejam imediatamente
sucessoras;
• Folga Total (FT) de uma atividade, que é a soma de sua Folga Livre(FL), com a
menor entre as folgas livres das atividades que lhe sejam imediatamente sucessoras.
A FT é, também, a diferença entre o TD e a duração da atividade, ou a diferença
entre a UDT e a PDT ( ou entre o TF e o TI) ou, ainda, entre a UDI e a PDI (ou
entre o CF e o CI);
A visualização do conceito das folgas torna-se mais fácil com o auxílio do diagrama
mostrado Figura 6. Seja uma atividade qualquer M , cujo evento de início seja i e cujo
evento de término seja j. A duração D da atividade é de 4 unidades de tempo (UT), sendo
ela precedida de duas atividades e sucedida por outras duas. Ao calcular a rede à qual
pertence esta atividade, encontrou-se que sua PDI é 10, sua UDI é 14, sua PDT é 20 e sua
UDT é 25. Isso por causa de outras atividades da rede que chegam ou partem dos eventos
i e j . Colocando-se essas datas em uma escala linear, resulta o diagrama da Figura 7.
O tempo disponível TD para folga total FT é igual ao TF menos o CI da
atividade, ou seja:
A folga total FT, por sua vez, é igual a esse tempo menos a duração D da
atividade, daí resulta:
Capítulo 3. Planejamento do Tempo 26
F T “ T DF T ´ D “ 15 ´ 4 “ 11U T.
T DF L “ CF ´ CI “ 20 ´ 10 “ 10U T.
F L “ T DF L ´ D “ 10 ´ 4 “ 6U T.
Além dessas duas folgas, existem outras duas, raramente usadas, que são a
folga dependente FD e a folga independente F I. A F D é igual ao tempo disponível para
folga dependente T DF D , que é o intervalo entre o T F e o T I da atividade em causa, menos
a duração D da atividade:
F D “ T DF D ´ D “ T F ´ T I ´ D “ 25 ´ 14 ´ 4 “ 7U T.
Evento Data em UT
6 26
5 26-5=21 de (6 para 5)
4 21-14=7 de (5 para 4)
3 21-4=17 de (5 para 3)
4 26-10=16 de (6 para 4)
4 17-6=11 de (3 para 4)
2 7-4=3 de (4 para 2)
2 7-4=3 de (3 para 2)
1 21-6=15 de (5 para 1)
1 3-3=0 de (2 para 1)
Evento Folga
1 0-0=0
2 3-3=0
3 17-13=4
4 7-7=0
5 21-21=0
6 26-26=0
meio de setas pontilhadas, constituídas por linhas retas ou curvas, o que acaba tornando
extremamente complexa uma figura que se pretende simples. Outra desvantagem é que
as datas de início e de fim de uma atividade, assim como as folgas, devem ser definidas
antes de se desenhar o cronograma, pois qualquer mudança na programação implicará seu
retraçado, o que lhe confere certa rigidez.
Existem recursos, como os materiais, que têm que estar disponíveis no início da
atividade ou mesmo algum tempo antes. Para se construir um cronograma de compras de
materiais, por exemplo, é necessário considerar a quantidade de material e a antecedência
com que este deverá estar disponível. Nesse caso, o material será alocado no cronograma
como um evento representado por uma seta.
A alocação de recursos serve, pois, para se saber em que quantidade e quando
um determinado tipo de insumo será necessário durante a obra.
Na alocação é sempre desejável evitar a sucessão de picos e vales na distribui-
ção de recursos ao longo da obra (como exemplo: admissão e demissão de pessoal com
frequência), razão pela qual se costuma nivelar o recurso alocado.
Na alocação de recursos, podem ocorrer duas situações distintas:
Capítulo 3. Planejamento do Tempo 33
Para a rede da Figura 12 calculam-se as datas e as folgas nos nós (ver Figura
14):
3.6 Histogramas
Uma vez encontrado o gráfico de Gantt (cronograma físico) para determinado
projeto, encerra-se o caminho crítico para sua execução.
A representação gráfica da correlação entre variáveis é um dos recursos am-
plamente usados no planejamento, pela sua facilidade de visualização e de entendimento
(FILHO; ANDRÉ; VILLAÇA, 1996).
Sempre que for possível representar algo por meio de gráfico, deve-se preferir
esta alternativa a um texto descritivo e de entendimento mais difícil.
A curva beta de distribuição contínua, mostrada na Figura 22, também pode
ser representada sob a forma de valores discretizados por intervalo de duração da atividade,
ou seja, sob a forma de Histogramas.
Os histogramas são mais fáceis de desenhar do que as curvas contínuas, que
exigem para o seu traçado a locação de um número razoavelmente grande de pontos.
Para se traçar um histograma referenciado a um par de eixos cartesianos, marca-se as
classes do intervalo de tempo no eixo das abscissas e desenha-se na vertical uma barra
de comprimento igual à média dos valores correspondentes ao início e ao fim da classe
considerada .
Nas Figuras 22 e 23 estão apresentados um gráfico de Gantt, com os valores de
cada atividade, e o Histograma correspondente.
O histograma mostra, de forma acessível, a distribuição de um recurso ao longo
do tempo de sua utilização. O método manual de se obter o valor da ordenada média de
cada classe ou período de tempo consiste em atribuir a cada barra que representa uma
atividade no gráfico de Gantt a quantidade de recurso consumido naquele período de
sua duração e, após atribuído o recurso a todas as atividades do projeto nas quais ele é
necessário, somá-lo, de modo a se obter o seu total período a período.
Capítulo 3. Planejamento do Tempo 39
4 Curvas S
Figura 24 – Curva S
x “período 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
y “ acu 4 6 10 16 24 34 46 58 69 79 86 91 94 97 98 99
Capítulo 4. Curvas S 41
A
rptq “ k ` (4.1)
1 ` b.e´ct
em que k, A, b e c são constantes reais.
Capítulo 4. Curvas S 42
rp0q “ 0
A A
rp0q “ k ` “ k ` “0
1 ` b.e´c p1 ` bq
A
k“´ .
p1 ` bq
Capítulo 4. Curvas S 43
A A
rptq “ ´ (4.2)
1 ` b.e´ct p1 ` bq
Nesse caso, o gráfico de rptq passa a ter a representação mostrada na Figura 28.
r8 “ lim rptq
tÑ8
A “ 2pr8 ´ r̄q,
r8
b“ ,
r8 ´ 2r̄
Capítulo 4. Curvas S 44
lnpbq
c“ .
t̄
A
Além disso, dado que k “ ´ , temos:
1`b
A 2.pr8 ´ r̄q
k“´ “´ “ 2r̄ ´ r8 ,
1`b 1 ` r8r´2r̄
8
´ t
´ct ´ ln b .t ln bp̄tq ´ t
e “e p̄tq “e “b p̄tq .
2.pr8 ´ r̄q
rptq “ ´ ¯1´ t ` 2r̄ ´ r8 (4.3)
r8 t̄
1 ` r8 ´2r̄
2.pr8 ´ r̄q
rp1q “ ´ ¯1´ 1 ` 2r̄ ´ r8 “ 1,
r8 t̄
1 ` r8 ´2r̄
2.pr8 ´ r̄q
f pr8 q “ ´ ¯1´ 1 ` 2r̄ ´ r8 ´ 1.
r8 t̄
1 ` r8 ´2r̄
Algoritmo da Bisseção
Dados a, b,
1. x1 “ a, y1 “ f paq
2. x2 “ b, y2 “ f pbq
3. x3 “ px1 ` x2 q{2, y3 “ f px3 q
4. Enquanto |y3 | ě
4.1. Se y2 .y3 ă 0, então
4.1.1. x1 “ x3 , y1 “ y3
4.2. Senão
4.2.1. x2 “ x3 , y2 “ y3
4.3. x3 “ px1 ` x2 q{2, y3 “ f px3 q
função contínua considerando dois pontos ”a” e ”b” e f paq.f pbq ă 0, então existe pelo
menos um ponto ”c” Psa, br: f pcq “ 0 . (Teorema de Bolzano)(SATUF, 2009).
O método da bisseção gera duas sequências tan u e tbn u, assim:
b´a
b n ´ an “ @n P ℵ.
2n´1
an ` b n
Retornando ao algoritmo, observamos que x3 é, em cada passo, dado por .
2
an ` bn
Daí, temos que o método da bisseção define uma sequência pcn q dada por cn “
2
que converge para a raiz c, ou seja,
b´a
|cn ´ c| ă
2n´1
.
Voltando ao problema que consiste em encontrar r8 tal que f pr8 q “ 0, dois
casos serão considerados para o gráfico da função f pr8 q.
1
Caso a) r̄ ą e t̄ ě r̄
2
Nesse caso, ilustrado na Figura 30, temos
2.p2.r̄ ´ r̄q
f p2r̄q “ ` 2r̄´2r̄ ˘ 1 ´1 ` 2r̄ ´ 2r̄ ´ 1.
1 ` 2r̄ t̄
Observe, então, que f p2r̄q “ 2r̄ ´ 1 ą 0 e limr8 Ñ8 f pr̄q ă 0, de modo que para
valores admissíveis de t̄ e r̄, podemos escolher b tal que f pbq ă 0 , ou, seja, tomando
a “ 2r̄ e um b adequado, temos f paq ą 0 e f pbq ă 0 de modo que há uma raiz entre a e b
permitindo o uso do método da bissecção.
1
Caso b ) r̄ ă e t̄ ď r̄
2
Nesse caso, tomando a “ 2r̄ e b suficientemente grande, temos f paq ă 0 e
f pbq ą 0, de modo que também é possível aplicar o método da bissecção.
Capítulo 4. Curvas S 47
1, 28152
rptq “ ´ 0, 04076.
1 ` 0, 03285081,42857t´1
Capítulo 4. Curvas S 49
1
r̄ ă e t̄ ď r̄
2
Seguindo o roteiro descrito acima e adotando como limites iniciais a “ 0, 8 e
b “ 1, 6, o método da bisseção fornece os pontos descritos na Tabela abaixo.
Para valores de pt̄, r̄q que diferem dos casos apresentados acima, temos que
definir a priori um dos parâmetros da curva S, (por exemplo fixar o parâmetro A), além
de resolver um sistema não linear para encontrar os outros dois parâmetros b e c. O
problema é que não há extensão do Método da Bissecção para o caso em que temos duas
equações não lineares. Assim, somos obrigados a utilizar outro método de abordagem não
tão simples, o Método de Newton.
f pxn q
xn`1 “ xn ´
f 1 pxn q
Capítulo 4. Curvas S 51
A A
rptq “ ´ ,
1 ` b.e´ct p1 ` bq
» fi
« ff A A
rp1q ´ 1 ´ ´ 1 ffi
“ – 1 `Abe 1`b
´c
f pb, cq “
—
rpt1 q ´ r1 A fl
´ ´ r 1
1 ` be´ct1 1 ` b
3. Enquanto }f }2 ě
3.1 Calcular a matriz
» fi » ˆ 1 e´c
˙
Abe´c
fi
Brp1q Brp1q
— A p1 ` bq2 ´ p1 ` be´c q2 ´c q2 ffi
— Bb
M “ – Brpt q Bc ffi “ — ˆ ´ct
˙ p1 ` be
´ct
ffi
1 Brpt1 q fl – 1 e 1
Abe 1 fl
A ´
Bb Bc p1 ` bq2 p1 ` be´ct1 q2 p1 ` be´ct1 q2
« ff
Sb
3.2. Resolver o sistema M.s “ ´f , em que s “
Sc
$
&b “ b ` s
b
3.3. Atualizar b e c , fazendo:
%c “ c ` s
c
« ff
0, 014850
f p1, 2; 15; 5; 0, 5; 0, 6q “
0, 111968
« ff
´0, 0019818 0, 100039
M p1, 2; 15; 5; 0, 6q “
´0, 0148923 0, 176218
1, 2
rptq “ ´ 0, 0420913.
1 ` 27, 5095.e´5,2015t
« ff
0, 014850
f p1, 2; 15; 5; 0, 5; 0, 6q “
0, 062809
« ff
´0, 0019818 0, 10004
M p1, 2; 15; 5; 0, 6q “
´0, 015098 0, 14839
1, 2
rptq “ ´ 0, 058359426.
1 ` 19, 562231.e´4,98478309t
Usando o Matlab, obtemos o gráfico mostrado na Figura 37.
Exemplo 3. Encontrar a curva S que passa pelo ponto pt̄, r̄q “ p0, 5; 0, 4q
1. Escolhemos inicialmente A “ 1, 2, b “ 15 e c “ 5
2. Calculando f pA, b, c, r1 , t1 q
« ff
1, 4850 ˆ 10´2
f p1, 2; 15; 5; 0, 4; 0, 5q “
´3, 7191 ˆ 10´2
3. Calculamos M pA, b, c, t1 q
Capítulo 4. Curvas S 55
« ff
´1, 9818 ˆ 10´3 0, 10004
M p1, 2; 15; 5; 0, 5q “
´1, 5098 ˆ 10´2 0, 14839
1, 2
rptq “ ´ 0, 1.
p1 ` 11.e´4,795785t q
Mas, sabe-se que a parte mais cara da obra são as atividades finais, nas quais
são empregados os materiais mais caros e consequentemente mão-de-obra também mais
cara. Seria portanto aconselhável não desembolsar muita quantia na primeira metade da
obra e sim liberá-la só na segunda metade, onde a demanda será maior.
Evidentemente, é na etapa de planejamento que se determina a relação pr1 , t1 q
da meta prevista para o projeto e nessa etapa as partes envolvidas deverão negociar.
É lógico que a contratada irá optar por um ponto em que r1 ą t1 , enquanto a parte
contratante preferirá uma relação em que r1 ă t1 .
No entanto, na prática, usualmente adotamos uma das seguintes opções para o
acompanhamento das obras:
Casos há, porém, em que se determina a priori qual deverá ser a duração de
um projeto e, conforme esse prazo, impõem-se uma curva S, sendo comum utilizar-se uma
das cinco situações mostradas acima. Em função da curva escolhida faz-se a distribuição
dos recursos necessários à execução do projeto.
A Figura 39 mostra os gráficos das cinco curvas S mais usuais.
Capítulo 4. Curvas S 57
5 Exemplo Ilustrativo
ordem material, pessoal, política, atmosférica, dentre outras. Portanto, para um controle
dentro de uma tolerância, estimada adota-se um acompanhamento baseado em uma ou
mais das cinco curvas como mostra a Figura 39.
Apenas como exemplo, desenhamos esse gráfico juntamente com as cinco curvas
recomendadas, conforme mostra a Figura 45.
O pretendido do nosso exemplo seria seguir o caminho da curva vermelha, cujo
o ponto de inflexão é p0, 5; 0, 5q, ou seja, ficar no interior das demais. Se dermos uma
tolerância, o recomendado é exigir que a curva em estudo se posicione entre as curvas
com ponto de inflexão p0, 5; 0, 6q e p0, 5; 0, 4q, representadas pela cor azul. Caso se queira
aumentar a tolerância, pode-se optar pelas curvas que passam pelos pontos p0, 4; 0, 5q e
p0, 6; 0, 5q, representadas pela cor preta.
Capítulo 5. Exemplo Ilustrativo 62
6 Conclusão
Referências
ACKOFF, R. L. Aconcept of corporate planning. [S.l.]: New York Wiley Intercience, 1970.
Citado na página 15.
ÁVILA, A. V. O Mé todo PERT CPM. [S.l.]: Nota de aula, 2007. Citado 2 vezes nas
páginas 40 e 58.