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3 Trigonometria Elementar 35
3.1 Razões Trigonométricas No Triângulo Rectângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.1 Ângulos Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1.2 Fórmula Fundamental da Trigonometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.1.3 Cı́rculo Trigonométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.1.4 Passagem Para o Primeiro Quadrante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.1.5 Passagem Para Radianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.1.6 Teorema dos Senos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.1.7 Teorema dos Cossenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.1.8 Área de triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.2 Exercicios de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
1
2
4.2.2 Coseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2.3 Tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.3 Exercı́cios de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6 Cálculo Diferêncial 81
6.1 Conceito de Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
6.2 Derivação por Tabela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
6.2.1 Regras de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
6.2.2 Tabelas de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
6.2.3 Exercicios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
6.3 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
6.4 Exercı́cios de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Supérior - UEM
Da Teoria ÀPrática
Autores:
Betuel de Jesus Varela Canhanga
Jéssica Mı́riam Vı́ctor Namburete
Prefácio
Quero ,antes, agradecer a todos que de forma directa ou indirecta fizeram parte desta obra. Ao
escrevê-la inspirei-me nos princı́pios de um grande Professor que postula a ideia de que ”...ensinar é
lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você!...”e procurei de modo solene e calmo
mostrar as mais importantes passagens que todos tivemos durante o ensino secundário e na pré da
Universidade.
Estou consciente de que a caminhada para o ensino superior é ardua, disconfortante, mas também
ténue e gratificante. Espero que este matérial sirva aos leitores amigos dos ”romances matemáticos”como
ferramenta necessária para a caminhada que se dispõem seguir, e porquê não um bom livro para as
férias de fim do ano? Tem se dito, um bom começo, meio caminho andado - comece por aqui.
Moçambique vive nos últimos dias uma crescente tendência de saı́da da lista de paı́ses menos
alfabetizados ”paı́ses pobres até no saber...”! O Governo moçambicano aposta na formação e olha
para ela como uma base sustentável e funcional para a conquista dos mais dignos valores de uma
sociedade socializável. É neste solene momento em que as atenções do paı́s estão viradas à causa do
pensamento, do saber e da formação, de que em cada moçambicano devemos criar um Moçambique
- o paı́s que nos viu nascer, por isso, cá estamos frente a um desafio que é nosso e acima de tudo é
para nós. Estamos todos convı́ctos de que venceremos os desafios que iremos enfrentar; é com este
espirito de convicção, com esta esperança, que buscamos em nós o empenho, a abnegação, a dedicação,
a energia e o calor para a caminhada que hoje iniciamos.
Este caminho cheio de agruras que vós propusestes seguir é duro, acima de tudo é encorajador
e digno. Por isso, apaixonado pela escrita ofereço esta obra e desejo ao leitor muito e muito bom
trabalho. Bem Haja.
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3
pp
Capı́tulo 1
Definição 1.1. Chama-se Equação Exponencial à toda equação que apresenta incógnita sob ex-
poente.
1) Resolva 2x = 8
2x = 23
x=3
1
2) Resolva 3x =
9
3x = 3−2
x = −2
4
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 5
3) Resolva 17x = 1
17x = 170
x=0
4) Resolva 7x = −1 Esta equação não tem solução, veja que para qualquer x ∈ R, 7x é sempre
posetivo.
5) Resolva 5x = 0 Esta equação não tem solução, veja que para qualquer x ∈ R, 7x > 0.
√
6) Resolva 3x = 9
√ 1
3x = 32 ⇒ (3x ) 2 = 32 ⇒ 3 2 = 32
x
3x+1 + 3x+2 + 1 = 37
3x 3 + 3x 9 + 1 = 37
36
3x (3 + 9) = 37 − 1 ⇒ 12 × 3x = 36 ⇒ 3x = ⇒ 3x = 31 ⇒ x = 1
12
4x − 9 × 2x + 8 = 0,
(a)
4x − 9 × 2x + 8 = 0 ⇒ (2x )2 − 9 × 2x + 8 = 0
t2 − 9t + 8 = 0 ⇒ (t − 1)(t − 8) = 0 ⇒ t1 = 1, t2 = 8
6 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
2x = 1 ⇒ x = 0, 2x = 8 ⇒ x = 3.
(b) 9x − 8 × 3x = 9
• Se 0 < a < 1; (o a é a base exponêncial e esta base não pode ser negativa nem igual
a 1) muda o sentido do sinal de desigualdade, isto é,
am > an ⇒ m < n
2) Resolva 2x < 8
2x < 23 ⇒ x < 3
3) Resolva 17x ≥ 1
17x ≥ 170 ⇒ x ≥ 0
x
1
4) Resolva <8
2
x −3
1 1
<
2 2
porque a < 1 teremos
x > −3
5) Resolva 7x > −1 veja que ∀x ∈ R ⇒ 7x é sempre posetivo, isto significa que é maior que -1, dai
que a solução da inequação dada é x ∈ R.
6) Resolva 5x < 0 neste caso não existe solução, pois 5x é sempre maior do que zero, isto é, nunca
é menor do que zero ou ainda dizemos que x ∈ {} (intervalo vazio).
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 7
Definição 1.2. Chama-se, Função Exponencial, à toda função que tem sob expoente uma variável.
1) f (x) = 2x
2) f (x) = 2x + 1
3) f (x) = 2x+1
4) Devemos procurar os pontos histórcos da função, isto é, os pontos onde ela toca os eixos do
S.C.O
„ «x
1
2 2x
Figura 1.1:
1) y = 2x , vide (1.1)
x
1
2) y = , vide (1.1)
2
3) y = 2x + 1, vide (1.2)
2x + 1
−2x + 1
Figura 1.2:
2x+1 + 1
y
2x+1
2x
Figura 1.3:
−2x −2x−1
−2(x−1) − 3
Figura 1.4:
loga b
onde
a ∈ R+ \ {1}, b>0
E temos
loga y = x; (a > 0; a 6= 1); y > 0; x∈R
• y é o logaritmando,
• a é a base,
• x é o logarı́tmo.
y = ax ⇒ loga y = x; (a > 0; a 6= 1)
x = 24 ⇒ x = 16
2) logx 81 = 4,
10 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
2) loga a = 1
3) aloga x = x
logp b
4) loga b = (mudança de base: b > 0; p > 0; p 6= 0)
logp a
log10 a = lg a, loge a = ln a
(a) 5log5 2 ,
Usando a a propriedade (3) temos que
5log5 2 = 2
√
(b) log2 2 3
Usando a propriedade (7) teremos
√
3
√
log2 2 = 3 log2 2
lg 25 = lg 102 − lg 22 = 2 lg 10 − 2 lg 2
lg 25 = 2 − 2x.
log3 81 = 4
entao
log4 log2 log3 81 = log4 log2 4
como log2 4 = 2 entao teremos
1
log4 log2 4 = log4 2 =
2
(f) Determine log8 log6 log2 64
3)
log2 x = log2 4
Como temos nos 2 membros logarı́tmos da mesma base, igualamos apenas os logaritmandos
4) x = 4.
5) Resolva log3 x = 1,
Basta usar a definição de logarı́tmo para resolver este exercı́cio, teremos então
log3 x = 1 ⇒ x = 31 ⇒ x = 3
Observação 1.3. Durante a resolução de uma equação logarı́tmica muitas vezes somos obrigados a
transforma-la em exponêncial, outras vezes a simples percepção deste conceito satisfaz a resolução
do problema. As equações e inequações logarı́tmicas são muito analogas as equações e inequações
exponênciais.
12 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
Para o caso
log2 x > log2 3
porque a = 2 > 1 teremos
x>3
1) log2 x > log2 2, como a base é 2, então teremos x > 2 veja no gráfico
y
log2 2 = 1
Figura 1.5:
1
2) log 1 x > log 1 3, como a base é , então teremos x < 3
2 2 2
aplicando a substituição
t = log3 x
teremos
1 2
t> t ⇒ 2t − t2 > 0
2
o que nos da
x ∈]1; 9[
À esta função, chamaremos Função Logarı́mica de Base a. Por utras palavras, à função inversa da
função exponencial de base a, dá-se o nome de Função Logarı́tmica de Base a.
f (x) = log2 x
1) f (x) = log2 (x + 1)
2) f (x) = log 1 (x + 1) Esboce este gráfico (veja que é identico ao esboçado na (1.6) mas tem uma
2
base menor do que a unidade.
2) Se a > 1 e 0 < ax < 1, o que pode afirmar sobre o valor de x? Justifique graficamente.
(a) y = 2x−3
x
1
(b) y = +3
2
(c) y = 5 − 2x
(d) y = 1 + 3x
f (x)
(−5, 0) x
g(x)
x
3 8
(a) = 27
2
1
(b) 3x = 81
√
(c) 3x = 9 3
(a) log3 81
(b) log 1 32
3
25
(c) log 2 4
5
(a) log2 x = 4
(b) log√2 x = 5
(c) log 1 x = − 23
2
3
(d) log0,5 x = 4
16 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
(a) y = log 1 (x − 3)
2
(a) y = log2 (x + 4)
(b) y = log3 x + 2
(c) y = log 1 (x − 1) + 2
3
(d) y = log2 (5 − x)
11) Determine a função inversa das funções seguintes e para cada função e sua inversa, determine o
domı́nio e o contradomı́nio.
(a) lg 24
(b) lg 29
(c) lg 32
√
(d) lg 3
(a) (ax−1 )x = 1
(b) 4 × 22x − 4 × 2x − 3 = 1
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 17
(c) 9x + 3 × 6x = 4x+1
(d) 2x+7 − 2x+4 − 2x+2 = 3x+4 − 3x+2
(e) 9x+1 + 8 × 3x + 33 = 3x+4 + 19 × 3x+2
x
(f) 16 2 −1 − 4x+1 = 322 + 22x+1 − 4x+2
(a) 2x = 348
(b) 6, 23x = 13
7 lg x 17
(e) + =
lg(x3 − 1) 2
lg(x − 3) lg x3 − 1
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Capı́tulo 2
x -3 -2 -1 0 1 2 3
1 1 1 1
f (x) - − -1 ∄ 1
3 2 2 3
Com base na tabela pode-se construir o gráfico da figura (2.1)
1
2) Considere agora: y = − , é homográfica; onde a = 0, d = 0, b = −1, c = 1. Veja a figura
x
(2.2)
A função homográfica:
ax + b
f (x) =
cx + d
É definida para cx + d 6= 0, ou seja o seu domı́nio é:
−d
Df = x ∈ R\{ }
c
Observação 2.1. Analisando a tabela. Pode se ver que à medida em que os valores de x tendem a
crescer (em módulo), os valores de y vão se aproximando do zero, isto é, vão se aproximando do eixo
dos x. Escreve-se y → 0 quando x → ∞ e diz-se que o y ou a função tende para zero quando x
tende para o infinito). O eixo dos x é assı́mptota ao gráfico. Por outro lado, quando o x tende para
zero, o y tende para o infinito; isto é, x → 0 ⇒ y → ∞. Neste caso , o gráfico da função aproxima-se
do eixo dos y , mas nunca o toca. O eixo dos y é assı́mptota ao gráfico.
18
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 19
Figura 2.1:
y
Figura 2.2:
Figura 2.3:
2x + 1
2) Esboce gráficamente a função f (x) = − . Veja a figura 2.2.
x+2
2x + 1 −2x − 1
(a) Veja que escrever f (x) = − , é o mesmo que escrever f (x) = .
x+2 x−3
Portanto, a = −2, b = −1, c = 1, d = −3.
Determinar-se-á a assı́mptota vertical, pelo domı́nio:
a −2
AH = y = = = −2
c 1
Exemplo 2.3.
−2 × 0 − 1 1
f (0) = =
0−3 3
Observação 2.2. O gráfico da função homográfica é composto por dois ramos simétricos em relação
ao ponto de encontro das assı́mptotas.
1) |0| = 0;
6)
x − 1, se x − 1 ≥ 0; x − 1, se x ≥ 1;
|x − 1| = ⇒
−(x − 1), se x − 1 < 0. −x + 1, se x < 1.
22 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Figura 2.4:
7)
−(x − 1), se x − 1 ≥ 0; −x + 1, se x ≥ 1;
− |x − 1| = ⇒
−[−(x − 1)], se x − 1 < 0. x − 1, se x < 1.
8)
2 2
x − 1, 2
se x − 1 ≥ 0; x2 − 1, se x ∈] − ∞, −1] ∪ [1; +∞[;
x − 1 = ⇒
−(x2 − 1), se x2 − 1 < 0. −x2 + 1), se x ∈] − 1; 1[.
9)
2
x − 1, x2 − 1
2
x − 1
se ≥ 0;
x+2 x+2
x + 2 = x2 − 1 2
− x −1
, se < 0.
x+2 x+2
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 23
x2 − 1
x+2
x2 − 1 x2 − 1
≥0 e < 0, usa-se para tal o método de tabelas.
x+2 x+2
Resolve-se as equações:
x2 − 1 = 0 ⇒ (x − 1)(x + 1) = 0 ⇒ x = ±1, x + 2 = 0 ⇒ x = −2
x2 − 1
≥ 0 ⇒ x ∈] − 2, −1] ∪ [1, +∞[ e
x+2
x2 − 1
< 0 ⇒ x ∈] − ∞, −2[∪] − 1, 1[
x+2
Então teremos:
2
x −1
2
x − 1 , se x ∈] − 2, −1] ∪ [1, +∞[;
= x+2
2
x+2 x −1
− , se x ∈] − ∞, −2[∪] − 1, 1[.
x+2
10)
2 x2 + 2x − 3, se x2 + 2x − 3 ≥ 0;
x + 2x − 3 =
−(x2 + 2x − 3), se x2 + 2x − 3 < 0.
x2 + 2x − 3 < 0 ⇒ x ∈] − 3, 1[
2 x2 + 2x − 3, se x ∈] − ∞, −3] ∪ [1, +∞;
x + 2x − 3 =
−x2 − 2x + 3, se x ∈] − 3, 1[.
24 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
11)
x2 + 2x − 3, se x ≥ 0; x2 + 2x − 3, se x ≥ 0;
|x|2 + 2 |x| − 3 = ⇒
(−x)2 + 2(−x) − 3, se x < 0. x2 − 2x − 3, se x < 0.
Definição 2.3. Chama-se função modular a função real de variável real que a cada x faz corre-
sponder o seu módulo, ou seja, f (x) = |x| .
1) Seja f (x) = |x| , construa os gráficos de f (x). Para construir os gráficos da função, temos de
seguir os passos dados acima:
x, se x ≥ 0;
f (x) =
−x, se x < 0.
y1 = x quando x ≥ 0; e
y2 = −x quando x < 0
2) Seja f (x) = |x + 1| , construa os gráficos de f (x). Para construir os gráficos da função, temos
de seguir os passos dados acima:
−x x
Figura 2.5:
x + 1, se x + 1 ≥ 0; x + 1, se x ≥ −1;
f (x) = ⇒ f (x) =
−(x + 1), se x + 1 < 0. −x − 1, se x < −1.
y1 = x + 1 quando x ≥ −1; e
y2 = −x − 1 quando x < −1
−x − 1 x+1
Figura 2.6:
−(x − 3), se x − 3 ≥ 0; −x + 3, se x ≥ 3;
f (x) = ⇒ f (x) =
−[−(x − 3)], se x − 3 < 0. x − 3, se x < 3.
26 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
y1 = −x + 3 quando x ≥ 3; e
y2 = x − 3 quando x < 3
−x + 3
x−3
Figura 2.7:
x−1
x − 1 , se x ∈] − ∞, −2[∪[1, +∞[;
f (x) = = x +2
x+2 x − 1
−
, se x ∈] − 2, 1[.
x+2
Daı́, teremos a figura (5.4)
y
AH = 1
AV = −2
Figura 2.8:
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 27
2 x2 + 2x − 3, se x2 + 2x − 3 ≥ 0;
f (x) = x + 2x − 3 =
−(x2 + 2x − 3), se x2 + 2x − 3 < 0.
Então:
x2 + 2x − 3, se x ∈] − ∞, −3] ∪ [1, +∞;
f (x) =
−x2 − 2x + 3, se x ∈] − 3, 1[.
Figura 2.9:
Figura 2.10:
Figura 2.11:
Definição 2.4. Chama-se Módulo ou Valor absoluto de um número real x, e denota-se |x|, ao
número real não negativo que satisfaz as seguintes condições:
x, se x ≥ 0;
|f (x)| = |x| =
−x, se x < 0.
|x − 3| = 5
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 29
Então:
x − 3 = 5, se x ≥ 3; x = 8, se x ≥ 3;
|x − 3| = 5 ⇒ ⇒
−x + 3 = 5, se x < 3. x = −2, se x < 3.
S : x ∈ {−2; 8}
Como -10 é menor do que -7 e -4 é maior que -7, isto é, as duas soluções não pertencem aos
intervalos obtidos pela definição do módulo diremos que a solução desta equação é:
x ∈ {}
|x − 1| = |3x + 1|
Então teremos:
x − 1 = 3x + 1, x = −1,
|x − 1| = |3x + 1| ⇒ ⇒
x − 1 = −(3x + 1) . x=0 .
4) Resolva:
|x − 1| + |x + 2| = |x − 3|
|x − 1| + |x + 2| − |x − 3| = 0.
30 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Resolver esta equação significa procurar determinar valores de x que fazem com que a equação
seja igual a zero. Vamos primeiro desenvolver os três modulos que aparecem nesta equação.
x − 1, se x ≥ 1;
|x − 1| =
−x + 1, se x < 1.
x + 2, se x ≥ −2;
|x + 2| =
−x − 2, se x < −2.
x − 3, se x ≥ 3;
|x − 3| = ;
−x + 3, se x < 3.
x = 0 ⇒ x = 0, quando x ∈] − 2, 1[;
2
3x − 2 = 0 ⇒ x = , quando x ∈]1, 3[;
3
2
Dentre as soluções −4; 0; , das equações acima, somente -4 e 0 pertencem aos seus respec-
3
tivos intervalos. Portanto, a solução será:
S : x ∈ {−4; 0}
Iremos mostrar pelo esboço gráfico as soluções aqui apresentadas. Lembre-se que determinar a
solução de uma equação f (x) = 0 significa determinar os valores de x por onde a função toca
o eixo horizontal.
Figura 2.12:
Observação 2.3. Pode-se também resolver inequações modulares usando a definição de módulo e(ou)
usando o método gráfico (a semelhança do que se fez para equações quadráticas).
32 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
4) Chama-se distância de dois números x e y ao módulo da sua diferença. Nota-se: d(x; y) = |x−y|
iii. d x; 25 = 23
(a) y = |2 − x|
(b) y = |x2 − 5x + 6|
√
(c) y = | 5 − x − 3|
(d) y = 1−2x
x+1
(a) y = |2x − 3| + |x + 4|
(b) y = 3|x − 1| − |x − 5|
(a) |3x − 4| = 2
(b) |2x − 3| = 2x − 3
(c) |x2 − 4x + 5| = 2
(d) |4x − 1| = |2x + 3|
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 33
(b) − x2 ≥ 5
(c) |x − 1| ≥ −2
(d) |3 − x| ≤ 3
(f) 2x−1 1
<
2 5
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você...
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Capı́tulo 3
Trigonometria Elementar
Definição 3.1. Chamama-se Triângulo Rectângulo, ao triangulo que possue um ângulo igual a
90o (90 graus).
a
b
A c B
Figura 3.1:
1) O ângulo B̂ mede 90o , razão pela qual diz-se que o triângulo da fugura (3.1) é rectângulo.
3) a, b e c são nomes dos lados da fugura (note que escreve-se em letras minúsculas).
5) Como B̂ = 90o então Â+ Ĉ = 90o , diz-se então que  e Ĉ são ângulos complementares (lembrar
geometria plana).
35
36 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Definição 3.2. Chama-se Catetos de um triângulo rectângulo os lados do triângulo que passam pelo
ângulo recto, isto é, os lados que são adjacentes ao ângulo recto.
Definição 3.3. Chama-se Hipotenusa de um triângulo rectângulo ao lado do triângulo que não
passa pelo ângulo recto, o lado que é oposto ao ângulo recto.
1) Seno
2) Coseno
3) Tangente
A tangente de um ângulo  é definida como a razão entre o cateto oposto a  e cateto adjacente
a Â
Cateto Oposto a
tan  = =
Cateto Adjacente c
4) Cotangente
ângulos  Ĉ
a c
sin b b
c a
cos b b
a c
tan c a
c a
cot a c
Veja a partir da tabela que:
sin  = cos Ĉ,
cos  = sin Ĉ,
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 37
cot  = tan Ĉ
1
Por outro lado cot  =
tan Â
Daqui em diante e sem limitação da sua essência vamos chamar ao ângulo  por α, B̂ por β, e
Ĉ por γ.
Definição 3.4. Chamam-se Ângulos Complementares à aqueles cuja soma é igual a 90 graus
1) α + γ = 90
2) sin γ = cos(90 − γ)
3) cos γ = sin(90 − γ)
4) tan γ = cot(90 − γ)
sin2 α + cos2 α = 1
sen tan
−1 1
cos
−1
Figura 3.2:
Definição 3.5. Chama-se Cı́rculo Trigonométrico ao cı́rculo com centro no ponto (0, 0) e raio
igual a unidade, r = 1, veja a figura (3.2)
sen
−1 1
cos
−1
Figura 3.3:
sen
−1 1
cos
−1
Figura 3.4:
• seno - negativo
• coseno - positivo
• tangente - negativo
• cotangente - negativo
Iremos a seguir mostrar um cı́rculo trigonométrico que servı́-lo-á como grande auxı́lio durante os
estudos e na aplicação prática da trigonometria.
40 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
−1 1
cos
−1
sen
Figura 3.5:
1
−1 1
cos
−1
sen
Figura 3.6:
Todos ângulos ao longo do cı́rculo trigonométrico podem ser escritos em função destes ângulos impor-
tantes. Assim, por exemplo
120 = 90 + 30 ou 120 = 180 − 60,
são duas maneiras diferentes de expressar o mesmo ângulo usando ângulos importantes diferentes.
Tem sido mais fácil trabalhar com ângulos do primeiro quadrante, razão pela qual, é importante
saber encontrar a partir de um ângulo qualquer dado, fora do primeiro quadrante, os respectivos
ângulos correspondetes no primeiro quadrante.
Ao passarmos um ângulo para o I quadrante, se ângulo principal estiver ao longo do eixo horizontal,
isto é, se for
180o , 360o
não alteramos a função.
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 41
sen
2π π
120o = 60o =
3 √
3
3
2
3π π
135o = 45o =
4 √
4
2
2
5π π
150o = 30o = −
6 1
6
2
√ √ √ √
3 2
− 2
− 2
− 21 1
2 2
2
2
3
cos
4π π 11π
210o = − 21 330o = − =
3 6 6
√
2
5π − π 7π
255o = 2
315o = −45o = − =
4 4 4
√
3
− 2
4π 5π π
240o = −60o = =−
3 3 3
Figura 3.7:
sin(360 + α) = sin α
Porque 360o está na posição horizontal, a função inicial (seno, para este caso) não é alterada. De
modo análogo aconteceria se o ângulo principal fosse o de 180o .
Sempre que o ângulo principal estiver ao longo do eixo vertical, isto é
90o ou 270o
alteramos a função,
sin(90 − α) = cos α
42 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Porque 90o está na posição vertical, a função sin passa para função cos .
No processo de passagem para o primeiro quadrante é também necessário investigar o sinal da
função dada no quadrante correspondente.
2) (a) cos(360 + α) = · · · · · · · · ·
(c) tan(180 − α) = · · · · · · · · ·
(d) sin(180 + α) = · · · · · · · · ·
3) (a) tan(360 + α) = · · · · · · · · ·
(b) tan(360 − α) = · · · · · · · · ·
(d) sin(270 − α) = · · · · · · · · ·
4) (a) cot(360 + α) = · · · · · · · · ·
(b) cot(360 − α) = · · · · · · · · ·
(c) cot(180 − α) = · · · · · · · · ·
Exemplo 3.6. Se quizermos reduzir a primeira volta o ângulo de 4750o , devemos dividı́-lo por
360o e teremos:
4750 70
= 13 +
360 360
Portanto o resto da divisão é 70. Daı́ que teremos:
4750o = 70o .
2) Quando reduzimos um determinado ângulo que está fora da primeira volta, devemos primeiro
procurar encontrar seu correspondente na primeira volta e posteriormente no primeiro quadrante
assim:
3) Sabendo que 360 graus é o mesmo que zero graus, sempre que um dado ângulo completar uma
volta, consideramos como se tivesse feito zero graus;
4) É importante verificar se as voltas são positivas (sentido não horário) ou se são negativas (sentido
horário = sentido dos ponteiros do relógio).
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 43
Para passar um determinado ângulo dado em graus para radianos, basta conhecer a seguinte proporção:
Assim, aplicando a regra de três simples, poderemos mudar qualquer ângulo de graus para
radianos ou vice-versa.
a
b
A c B
Figura 3.8:
44 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Exemplo 3.7. Duas árvores localizam-se em lados opostos do rio Maquival. O ângulo entre as linhas
de visão de um observador que as vê é de 120o e o ângulo formado por uma dessas linhas e a linha que
une as árvores é de 45o . Sabendo que uma das árvores está a 100 metros do observador (a terceira
linha mede 100 metros), qual é a distância entre as árvores?
Para resolver este problema devemos recorrer ao teorema dos senos e teremos:
100 distancia
o
=
sin 45 sin 120o
De onde teremos: r
100 distancia 3
√ = √ ⇒ distancia = 100
2 3 2
2 2
1) a2 = b2 + c2 − 2bc × cos A
2) b2 = a2 + c2 − 2ac × cos B
3) c2 = a2 + b2 − 2ab × cos C
Observação 3.2. Recorde-se da geometria plana que um paralelogramo tem supérficie igual ao dobro
da superfı́cie de um triângulo. Assim, sempre que for necessário calcular a área de um paralelogramo
podemos nos concentrar na metade desse paralelogramo (triângulo) e finalmente multiplicamos por
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 45
2) Uma pessoa de 1, 70m de altura vê o ponto mais alto de um edifı́cio sob um ângulo de 60o .
Quando recua 100m, vê o mesmo ponto sob um ângulo de 30o . Supondo que a pessoa e o
edifı́cio estão no mesmo nı́vel, determine a altura do edifı́cio e a distância inicial da pessoa ao
edifı́cio.
5) Exprima em graus:
π
(a) 6 rd
π
(b) 5 rd
6) Convirta em radianos:
(a) 3000
(b) 1000
(c) 67o 30”
(a) sin π6
(b) cos 5π
8
9) Determine o menor valor não negativo congruente ao arco (redução à primeira volta positiva):
(a) 685o
(b) 1140o
15π
(c) 2 rd
46 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
13) Dois lados de um triângulo medem 6cm e 10cm e formam entre si um ângulo de 120o . Calcule
a medida do terceiro lado.
(a) a = 3, 2; b = 2, 8; γ = 32o
(b) a = 8, 4; c = 10; β = 115o
15) Calcule a área dum paralelogramo cujo os lados medem 8, 4 e 7, 5: sabendo que formam um
ângulo de 72o .
16) Calcule a área dum losango de lado 8 e que tem um ângulo de 130o .
17) Usando o teorema dos senos e o teorema da área, demonstre que, num triângulo qualquer, a área
2
pode ser dada por S = a sin B×sin C
2 sin A .
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você...
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Capı́tulo 4
Funções E Equações
Trigonométricas
Observação 4.1.
1) Em geral a época chuvosa é periódica (não se está a falar do cenários dos últimos anos, por isso
é que se diz, em geral);
Ao se definir função periódica, se está somente a juntar duas palavras conhecidas, função +
periódica. A caracterı́stica fundamental de uma função periódica é a seguinte:
f (x + p) = f (x),
Onde p é o périodo.
Definição 4.1. Chama-se função periódica a toda função que depois de um intervalo de existência
constante ,o périódo, volta a repetir-se (volta a passar pelos mesmos pontos).
47
48 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
sen
2π π
120o = 60o =
3 √
3
3
2
3π π
135o = 45o =
4 √
4
2
2
5π π
150o = 30o = −
6 1
6
2
√ √ √ √
3 2
− 2
− 2
− 21 1
2 2
2
2
3
cos
4π π 11π
210o = − 21 330o = − =
3 6 6
√
2
5π − π 7π
255o = 2
315o = −45o = − =
4 4 4
√
3
− 2
4π 5π π
240o = −60o = =−
3 3 3
Figura 4.1:
Definição 4.2. Chama-se função seno a função dada na forma f (x) = a sin(bx + k) + c, b 6= 0,
onde:
2π
• A função seno é periódica e tem perı́odo T = ;
b
• Imf = [c − a, c + a].
1) y = sin x
−π π
0o 2π x
−2π − 3π
2
− π2 π
2
3π
2
Figura 4.2:
π
2) y = 2 sin − 2x + 3
2
sin
x1
−π π
0o 2π cos
−2π − 3π
2
− π2 π
2
3π
2
Figura 4.3:
π
3) y = −3 sin + 2x − 5
2
50 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
sin
−π π
0o 2π cos
−2π − 3π
2
− π2 π
2
3π
2
x1
Figura 4.4:
Definição 4.3. Chama-se função coseno a função dada na forma f (x) = a cos(bx + k) + c, b 6= 0,
onde:
2π
• A função coseno é periódica e tem perı́odo T = ;
b
k
• O gráfico passa(um dos seus perı́odos começa) pelo ponto bx + k = 0 ⇒ k = − ;
b
• Imf = [c − a, c + a].
π
2) y = 2 cos − 2x + 3
2
π
3) y = −3 cos + 2x − 5
2
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 51
− 3π
2 −π π
0o 3π 2π x
−2π − π2 π
2 2
Figura 4.5:
sin
x1
−π π
0o 2π cos
−2π − 3π
2
− π2 π
2
3π
2
Figura 4.6:
sin
−π π
0o 2π cos
−2π − 3π
2
− π2 π
2
3π
2
x1
Figura 4.7:
52 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Definição 4.4. Chamama-se função tangente a função dada na forma f (x) = a tan(bx + k) + c,
onde:
π
• A função tangente é periódica e tem perı́odo T = ;
b
π
• O gráfico não passa pelo ponto bx = + kπ ;
2
• Imf =] − ∞, +∞[.
− 3π
2
−π 0o π 3π 2π x
−2π − π2 π
2 2
Figura 4.8:
π
2) y = 2 tan − 2x + 3, veja a figura (4.9)
2
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 53
sin
x1
0o cos
− π2 π
2
Figura 4.9:
Observação 4.2. Geralmente considera-se uma perda de tempo o ensino da função cotangete, pois,
1 1
quem conhece a função tangente, basta que se recorde que: tan x = ou cot x = ,
cot x tan x
para resolver qualquer questão relaccionada a função cotangente.
4.2.1 Seno
x = a + 2kπ,
sin x = sin a então x =
x = (180 − a) + 2kπ,
1) sin x = 1
2) sin x = −1
3) sin x = 0
1
4) sin x =
2
54 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
√
− 3
5) sin 2x =
2
4.2.2 Coseno
x = a + 2kπ,
cos x = cos a então x =
x = −a + 2kπ,
1) cos x = a
2) cos x = 1
3) cos x = −1
4) cos x = 0
√
2
5) cos x =
2
√
− 3
6) cos x =
2
4.2.3 Tangente
x = a + kπ,
tan x = tan a então x = ⇒ x = a ± kπ
x = a − kπ,
1) tan x = a, a ∈ R+
2) cot x = a, a ∈ R+
3) tan x = 1
√
4) cot x = 3
√
5) tan 2x = − 3
√
6) 3 × tan 2x = − 3
Observação 4.3. Os estudantes estão já habituados (quero crer) a resolver uma inequação, partindo
sempre de uma equação. Aqui não iremos fugir a regra, portanto para resolver uma inequação
trigonométrica devemos:
2) Resolver a inequação;
Exemplo 4.8. Professor, resolver com os estudantes as inequações que se seguem mostrando-os as
soluções apartir de esboços em cı́rculos trigonométricos.
1) sin x > a
2) sin x < a
3) cos x ≥ a
4) sin x ≤ 0
√
2
5) sin x >
2
√
3
6) cos x > −
2
7) tan x > a
8) tan x < −a
9) tan x < −1
1
10) cos x ≤ −
2
1
11) cos x ≥
2
(a) cos(4π + x)
5π
(b) sin −x
2
9π
(c) cos +x
2
cos(5π+x)×tan(4π−x)
7) Simplifique a expressão: „π «
sin(π+x)×cos −x
2
8) Calcule, usando as fórmulas de adição:
(a) sin 5π
12
(b) cos 7π
12
(c) cos 11π
12
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Capı́tulo 5
5.1.1 Sucessões
1) 2; 4; 6; 8; · · · an = 2n; ∀n ∈ N∗
2) 1; 4; 9; 16; · · · an = n2 ; ∀n ∈ N∗
3) 2; 4; 8; 16; · · · an = 2n ; ∀n ∈ N∗
Definição 5.2. Termo Geral duma sucessão é o termo pelo qual ela é gerada.
Exemplo 5.2. Determine os primeiros três termos da sucessão de termo geral an = 5 + 7n Iremos
determinar
a1 , a2 e a3 ,
a1 = 5 + 7 × 1 = 5 + 7 = 12,
a2 = 5 + 7 × 2 = 5 + 14 = 19,
a3 = 5 + 7 × 3 = 5 + 21 = 26.
59
60 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
an+1 = 2(n + 1) + 1 = 2n + 3;
achando a diferença
an+1 − an
teremos
an+1 − an = 2n + 3 − (2n + 1) = 2n + 3 − 2n − 1 = 2;
porque 2 é maior que zero dizemos que a sucessão de termo geral an = 2n + 1 é crescente.
1
Exemplo 5.4. Consideremos a sucessão de termo geral an = , nesta sucessão o termo
n
1
an+1 = ;
n+1
achando a diferença
an+1 − an
teremos
1 1 n n+1 n−n−1 1
an+1 − an = − = − = =− ;
n+1 n n(n + 1) n(n + 1) n(n + 1) n(n + 1)
porque o denominador é sempre maior do que zero, (veja que o n é maior que zero) dai que a
1
fracção toda seja menor do que zero. Dizemos então que a sucessão de termo geral an = é
n
decrescente.
an+1 = 2
achando a diferença
an+1 − an
teremos
an+1 − an = 2 − 2 = 0
Observação 5.2. Uma sucessão diz se monotona se for crescente ou decrescente. Isto é, se uma
sucessão for constante dizemos que ela não é monotona.
Exemplo 5.6. Classifique quanto a monotonia (monotona crescente, monotona decrescente e não
monotona) as seguintes sucessões
n+1
1) an =
n
1
2) an =
n+1
3) an = 2 − 5n
4) an = (−2)n
5) an = 3n
6) an = −3
n 1 2 3 4 5
1 1 1 1
an 1
2 3 4 5
Pode constatar se que a sucessão dada tende a aproximar o eixo horizontal na medida em que os
an
•
• • • • •
n
Figura 5.1:
valores de n aumentam. Diremos então que ela tende para zero quando n tende para o infinito.
62 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
n 1 2 3 4 5
3 4 5 6
an 2
2 3 4 5
Do ultimo exemplo vemos do gráfico que cada termo fica mais perto de 1, ou ainda que os os
an
•
• • • • •
Figura 5.2:
valores que a sucessão vai tomando na medida que os valores de n vão aumentando são cada vez
mais próximos da unidade. Diz-se neste caso que a sucessão converge para 1 quando n tende
para ∞ (infinito). Escreve-se
lim an = 1
n→∞
ou simplismente
lim an = 1
Observação 5.3. Quando se fala de limite de sucessão, pode não se escrever a tendência, pois é
sempre para o infinito.
• 0 × ∞ é uma indeterminação
para levantarmos a indeterminação vamos escolher no denominador a parte que mais depressa
corre para o infinito (parte mais velha) e fazemos o mesmo no denominador. Teremos então:
n → ∞ ⇒ 2 + 4n ∼ 4n n+1∼n
dai teremos
2 + 4n 4n
lim an = lim = lim = 4 videf ig.(5.3)
n+1 n
64 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
an
• • •
•
•
Figura 5.3:
n 1 2 3 4 5
10 7 18 11
an 3 = 3.333(3) = 3.5 = 3.6 = 3.666(6)
3 2 5 3
3
2) an = n fazendo a substituição teremos
1
n2
3
n2 0
lim an = lim =
1 0
n
para levantar esta indeterminação,vamos fazer a divisão e teremos
3
n2 = 3n = 3
1 n2 n
n
de onde teremos
3
lim =0
n
3
1 + 2n
3) an =
1 + 3n
2
2n3 +
4) an = − 24
4n2 + n3
6
5) an = n
3
n
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 65
5.1.7 O Número e
n 1 2 3 4 5
9 4 3 5 4 6 5
an 2 4 = 2.25 3 ≈ 2.37 4 ≈ 2.44 5 ≈ 2.48
an
e ≈ 2.7183
• • •
•
•
Figura 5.4:
1 n
lim an = lim 1 + = [1∞ ]
n
1 n
lim an = lim 1 + = e.
n
2) Determine n
n+2
lim .
n
Se formos a substituir o n pelo infinito teremo uma indeterminação na base do tipo
h∞i
,
∞
ao levantarmos esta indeterminação passamos a ter uma outra indeterminação, a do tipo [1∞ ] .
para levantarmos este tipo de não determinação recorremos ao seguinte:
n+2
!
lim −1 ×n
lim(an )bn = [1∞ ] = elim(an −1)×bn = e n
66 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
então
n+2−n 2
! !
lim ×n lim ×n
lim(an )bn = e n =e n = e2
2n
n+1
3) Determine lim
n+2
5.2 Progressões
Vamos estudar 2 tipos de progressões:Progressão Aritmética e Progressão Geométrica.
Definição 5.3. Chama-se Progressão Aritmética (P.A) à toda a sucessão em que o termo conse-
quente obtém-se adicionando um certo valor constante ao termo precedente. À este valor constante
dá-se o nome de Razão ou Diferença da P.A. Seja d a razão de um PA, a1 o seu primeiro termo,
a2 = a1 + d, a3 = a2 + d, a4 = a3 + d · · · an = an−1 + d
an = a1 + (n − 1) × d ou an = ak + (n − k)d
Exemplo 5.11. Determine o termo geral e o vigésimo termo das progressões: 10, 7, 4, 1, −2, −5, · · ·
O vigésimo termo é
a20 = −3 × 20 + 13 = −47.
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 67
a1 + an
Sn = × n;
2
onde:
1) Determine a soma dos primeiros 20 termos da progressão. Para resolver esta questão vamos usar
a formula
a1 + an
Sn = × n;
2
depois de transformada. Sabendo que
an = a1 + (n − 1)d
teremos
a1 + a1 + d(n − 1) d
Sn = × n = a1 + (n − 1) n;
2 2
substituindo
a1 = 1, d = 2, n = 20,
teremos
2
S20 = 1 + (20 − 1) 20 = (1 + 19)20 = 20 × 20 = 400;
2
2) Determine
a5 + a6 + a7 + · · · + a20
a20 = a1 + d(20 − 1) = 1 + 2 × 19 = 39
Definição 5.4. Toda a sucessão cujo termo consequente obtém-se multiplicando o termo precedente
por um número constante, chama-se Progressão Geométrica (P.G). Ao número constante, dá-se o
nome de razão ou quociente da P.G.
68 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
an − a 3 9 27
q= = = = = 3.
n−1 1 3 9
an = a1 × q (n−1) = 1 × 3n−1 .
O vigésimo termo é
a20 = 319 = 1162261467.
18 6
a1 = 2, q= = =3
6 2
e teremos
an = a1 × q n−1 = 2 × 3n−1
a1 × (1 − q n )
Sn =
1−q
Onde:
Exemplo 5.15. Determine a soma dos primeiros 5 termos da seguinte progressão geométrica
Observação 5.5. para achar a soma destes 5 termos podemos recorrer ao método tradicional e
teremos
2 + 6 + 18 + 54 + 162 = 242,
isto o fizemos porque a quantidade de termos é pequena, estamos a somar somente 5 termos. Imagine
que quizessemos somar 500 termos, quanto trabalho teriamos? É nessas ocasiões que se urge impor-
tante usar a formula da soma de n termos de uma P.G. Usando a formula para somar os 5 primeiros
termos da PG teriamos
a1 = 2, q = 3, n = 5,
e teremos
a1 × (1 − q 5 ) 2 × (1 − 35 ) 2 × (1 − 243) 2 × (−242)
S5 = = = = = 242
1−q 1−3 −2 −2
(a) 3, 5, 2, −1, · · ·
(b) 2, 2, 2, 2, · · ·
(d) 5, 7, 9, 11, · · ·
1 1 1 1
(e) − , , − , ,···
2 4 8 16
(a) 1 + 2 + 3 + · · · + 300
(b) 10 + 12 + 14 + · · · + 98
1 1
(a) 2 + 1 +
+ + ···
2 4
1 1 1
(b) − + − ···
3 9 27
(a) 5, 111111 · · ·
(b) 2.5333333 · · ·
Definição 5.5. Diz-se que o número b é limite da função f (x), quando x tende para a (x → a);
se para qualquer valor xi pertencente a vizinhança de raio δ > 0 e centro em a tem se
lim f (x) = b,
x→a
Observação 5.6. Ao calcularmos limite de uma função procedemos de maneira analoga ao cálculo
de limites de sucessões. Todos os métodos usados para levantamento de indeterminações de sucessões
são válidos para limites de funções.
x−2 x−2 1 1
lim 2
= lim = lim =
x→2 x − 4 x→2 (x + 2)(x − 2) x→2 x + 2 4
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 71
2) Se f (x) tende para o limite c quando x tende para a; tomando apenas valores maiores que a,
escreve-se:
lim f (x) = c
x→a+
1)
3, se x < 2;
f (x) =
x − 1, caso contrário,
Vamos construir o gráfico desta função para podermos observas os seus limites laterais.
y
Figura 5.5:
Definição 5.6. Diz se que uma função tem limite num certo ponto se os seus limites laterais
forem iguais.
Observação 5.7. Para a função esboçada na figura (5.5), porque seus limites laterais são
diferentes quando x → 2, dizemos que ela não tem limite quando x → 2.
72 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
2)
x2 − 1, se x ∈] − ∞, 1[;
f (x) = −x + 1, x ∈]1; ∞[;,
2, x = 1;,
Vamos construir o gráfico desta função para podermos observas os seus limites laterais.
y
Figura 5.6:
Observação 5.8. Para a função esboçada na figura (5.6), porque seus limites laterais são iguais
quando x → 1 dizemos que ela tem limite e esse limite é igual a zero.
sin x
1) lim =1
x→0 x
y
Figura 5.7:
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 73
x2 − 4
2) Resolva lim
x→2 x2 − 3x + 2
Aplicando a substituição, teremos
x2 − 4
0
lim =
x→2 x2 − 3x + 2 0
factorizando tanto o numérador como o denomı́nador teremos
x2 − 4 (x + 2)(x − 2) x+2 4
lim 2
= lim = lim = = 4.
x→2 x − 3x + 2 x→2 (x − 2)(x − 1) x→2 x − 1 1
√
1+x−1
3) Resolva lim √3
x→0 1+x−1
Aplicando a substituição, teremos
√
1+x−1 0
lim √ =
x→0 3 1 + x − 1 0
para fazer com que tanto a raiz do numérador como a do denominador desapareçam façamos o
m.m.c (menor múltiplo comum) de 2 e 3 (ı́ndices das raizes). mmc(2;3)=6, façamos então
t6 = 1 + x, x→0⇒t→1
e
t3 − 1 (t − 1)(t2 + t + 1) t2 + t + 1 3
lim 2
= lim = lim = .
t→1 t − 1 t→1 (t − 1)(t + 1) t→1 t+1 2
74 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
√ √
x− a
4) Resolva lim
x→a x − a
Aplicando a substituição, teremos
√ √
x− a 0
lim =
x→a x−a 0
Um outro método para resolver este tipo de limites (expressões irracionais) conciste na racional-
ização do denominador e(ou) do numérador. Teremos então:
√ √
x− a x−a 1 1
lim = lim √ √ = lim √ √ = √ .
x→a x−a x→a (x − a)( x + a) x→a x+ a 2 a
sin 3x x+2
5) Resolva lim .
x→0 x
Vamos achar o limite
sin 3x sin 3x
lim = lim 3 =3
x→0 x x→0 3x
e o limite
lim (x + 2) = 2
x→0
de onde concluimos que
x+2
sin 3x
lim = 32 = 9
x→0 x
x 2
x+1
6) Resolva lim
x→∞ 2x + 1
Vamos achar o limite
x+1 h∞i x 1
lim = = lim =
x→∞ 2x + 1 ∞ x→∞ 2x 2
e o limite
lim x2 = ∞
x→∞
finalmente teremos x 2 ∞
x+1 1
lim = =0
x→∞ 2x + 1 2
x+1 x
7) Resolva lim
x→∞ x − 1
Substituindo teremos x
x+1
lim = [1∞ ]
x→∞ x−1
Vamos levantar a indeterminação, teremos:
x+1 2 2x 2x
! ! ! !
lim −1 x lim x lim lim
e
x→∞ x−1 =e
x→∞
=e x−1 x→∞ x−1 =e
x→∞ x = e2
x+1 x
8) lim = e Aplicando a substituição teremos:
x→∞ x
x+1 x
lim = e = [1∞ ]
x→∞ x
vamos levantar a indeterminação, teremos então:
x+1 1
! !
x+1
x lim −1 x lim x
lim =e
x→∞ x =e
x→∞ x =e
x→∞ x
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 75
2) lim x2 = 4
x→2
3) lim x2 = f (2)
x→2
Observação 5.10. Se uma função não é contı́nua, dizemos que ela é Discontı́nua.
Observação 5.11. Seja f (x) uma função definida num certo intervalo e x0 pertencente a esse inter-
valo. Então, se:
•
lim f (x) = f (x0 ) 6= lim f (x)
x→x−
0 x→x+
0
•
lim f (x) = f (x0 ) 6= lim f (x)
x→x+
0 x→x−
0
1) ∃ lim f (x)
x→x−
0
2) ∃ lim f (x)
x→x+
0
(a) lim = +∞
x→0+
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 77
Figura 5.8:
y
Figura 5.9:
(b) lim = −∞
x→0−
x−1
2) Investigue a continuidade da função y = , pelo gráfico da figura (5.10) podemos
(x − 2)(x + 1)
fazer as seguintes leituras
(a) lim = −∞
x→−1−
(b) lim = +∞
x→−1+
(c) lim = −∞
x→2−
(d) lim = +∞
x→2+
78 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
Figura 5.10:
segunda espécie).
3) Os numeros totais de diagonais que se podem titar de todos os vertices de um poligono formam
uma sucessao. Definiremos o termo geral Un desta sucessao como sendo o numero total de
diagonais de um poligono de n vertices.
1+3n
(e) Un = 3n
5) Determine:
n2
1
(a) lim −
n2 − 6 n
n 1
(b) lim 2 + n
2
2 6
2n + 2
(c) lim
n2 − 1
q
(d) lim 3 27 − n1
(e) lim 3n3+4n
n
6) Calcule:
n
n+1 2
(a) lim
n
n
1
(b) lim 1 +
2n + 1
1 n
(c) lim 1 +
kn
x2 − 3x + 2
7) Investigue a continuidade da seguinte funcão: f (x) = .
x2 + x + 1
8) Determine, caso existam, as equacoes das assimptotas das seguintes funcoes:
(a) y = tan x
1
(b) y = 2
x −1
1
(c) y =
(x − 1)2
x2 + x
(d) y =
x
1
(e) y =
sin x
1
(f) y = 2 + √
x
(g) y = 51−x − 5
(h) y = arctan x + 10
1
(i) y =
ln |x|
9) Calcule:
2x2 − 5x + 8
(a) lim
x→1 x2 + 1
x−3
(b) lim √
x→3 3−x
√
x−2
(c) lim
x→4 x − 4
80 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
x2 − ax
(d) lim
x→a a − x
√
x− p
(e) lim
x→p x2 − p
k x
(f) lim 1 +
x→∞ x
√ √
2x + 1 − x + 1
(g) lim
x→0 sin x
sin 4x
(h) lim
x→0 tan x
sin x − tan x
(i) lim
x→0 x
x
sin
(j) lim 2
x→0 8x
sin x
Determine se é contı́nua a funcao f (x) = , f (0) = 1.
|x|
3x x ≤ −1
10) tem Seja f uma funcao definida por f (x) = 2 . Determini p para que a
x − x + p x > −1
funcao f seja contı́nua.
2
x − 1, x ≤ 0;
11) Determine se é contı́nua a funcao f (x) =
|x2 − 1|, x > 1.
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você
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Capı́tulo 6
Cálculo Diferêncial
Definição 6.1. Seja dada um função f (x) que é definida num certo domı́nio D. Suponhamos que x1
e x2 são dois pontos pertencentes a D, e x2 > x1 chamaremos de incremento de f a função dada
pela expressão
∆y = f (x2 ) − f (x1 ).
∆x = x2 − x1 .
y
2x
f (x2 )
∆y
f (x1 )
x
x1 x2
∆x
Figura 6.1:
Observação 6.1. Na figura abaixo vamos traçar a partir do gráfico anterior um segmento que une
os pontos f (x1 ) e f (x2 )
81
82 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
y
2x
f (x2 )
f (x1 )
x
x1 x2
Figura 6.2:
Podemos ver que estamos na presença de um triângulo com pontos em (x1 , f (x1 )); (x2 , f (x1 ))
e (x2 , f (x2 )). Da trigonométria sabemos que o quociente dos catetos (oposto pelo adjacente) a um
determinado ângulo corresponde a tangente a esse ângulo; sabemos também que a tangente a um
determinado ângulo dita o coeficiente angular da hipotenusa, isto é, o grau de inclinação da hipotenusa.
A ser assim,
∆y cateto oposto
=
∆x cateto adjacente
é o coeficiente angular (declive do segmento que une f (x1 ) com f (x2 )
∆y = f (x2 ) − f (x1 ) e ∆x = x2 − x1 ⇒ x2 = x1 + ∆x
Definição 6.3. Suponhamos agora que a distância entre os pontos x1 e x2 e menor, isto é
x2 ∼
= x1 ⇒ x2 − x1 ∼
= 0 ⇒ ∆x → 0
Definição 6.4. A função que determina a relacção entre os valores de x e as derivadas nesses pontos
chamamos de função derivada e denota-se f ′ (x)
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = 22 − 22 = 0
∆y 0
lim = lim =0
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
∆y ∆x
lim = lim =1
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
∆y 3
lim = lim =3
∆x→0 ∆x ∆x→0 1
f ′ (x) = 2x+5, e por exemplo f ′ (0) = 2×0+5 = 5; f ′ (2) = 2×2+5 = 9; f ′ (4) = 2×4+5 = 13.
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 85
1
8) Usando a definição de derivada determine a deriva de f (x) = Vamos achar ∆y a parte.
x
Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
1 1 x − x − ∆x
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = − = =
x + ∆x x x(x + ∆x)
∆x
=−
x(x + ∆x)
∆y
Calculemos também
∆x
∆x
∆y x(x + ∆x) ∆x
=− =− ;
∆x ∆x x∆x(x + ∆x)
∆y 1 1
lim = − lim =− 2
∆x→0 ∆x ∆x→0 x(x + ∆x) x
1 1 1 1 1
f ′ (x) = − , e por exemplo ∄f ′ (0); f ′ (2) = − =− ; f ′ (4) = − =− .
x2 22 4 42 16
86 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
1
9) Usando a definição de derivada determine a deriva de f (x) = Vamos achar ∆y a parte.
x2
Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
1 1 x2 − (x + ∆x)2
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = − = =
(x + ∆x)2 x2 x2 (x + ∆x)2
∆y 2x + ∆x 2x 2
lim = lim − = − 4 = − 3.
∆x→0 ∆x ∆x→0 x2 (x + ∆x)2 x x
2 2 1 2 1
f ′ (x) = − , e por exemplo ∄f ′ (0); f ′ (2) = − =− ; f ′ (4) = − =− .
x3 23 4 43 32
√
10) Usando a definição de derivada determine a deriva de f (x) = x Vamos achar ∆y a parte.
Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
√ √
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = x + ∆x − x
∆y 1
= √ √
∆x ( x + ∆x + x)
Passemos agora ao cálculo do limite
∆y ∆y 1 1
lim = lim = √ √ = √ .
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x ( x + ∆x + x) 2 x
1 1 1 1
f ′ (x) = √ , e por exemplo ∄f ′ (0); f ′ (2) = √ ; f ′ (4) = √ = .
2 x 2 2 2 4 4
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 87
11) Usando a definição de derivada determine a deriva de f (x) = sin x Vamos achar ∆y a parte.
Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
p−q p+q
sin p − sin q = 2 sin cos (6.2)
2 2
∆x 2x + ∆x
sin cos
2 2
lim 2 .
∆x→0 ∆x
Lembre-se que
sin x
lim =1
x→0 x
então
∆x 2x + ∆x
sin cos
2 2
lim 2 =
∆x→0 ∆x
2
2
∆x
sin
2 2x + ∆x 2x + ∆x
= lim
× cos = ∆x→0
lim 1 × cos = cos x
∆x→0 ∆x 2 2
2
12) Usando a definição de derivada determine a deriva de f (x) = cos x Vamos achar ∆y a parte.
Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
p+q p−q
cos p − cos q = −2 sin sin (6.4)
2 2
2x + ∆x ∆x
sin sin
2 2
lim −2 .
∆x→0 ∆x
Lembre-se que
sin x
lim =1
x→0 x
então
2x + ∆x ∆x
sin sin
2 2
lim −2 =
∆x→0 ∆x
2
2
∆x
sin 2
2x + ∆x 2x + ∆x
= − lim
× sin = − ∆x→0
lim 1 × sin = − sin x
∆x→0 ∆x 2 2
2
Observação 6.3. Segundo a definição podemos calcular a derivada de qualquer função, muito embora
não seja tão fácil para algumas funções um pouco mais complicadas. Existem no entanto um conjunto
de formulas e regras que ajudam a determinação da derivada de qualquer função.
1)
x′ = 1. (6.5)
2)
t(x) = xp ⇒ t′ (x) = pxp−1 . (6.6)
3)
t(x) = pf (x) ⇒ t′ (x) = pf ′ (x). (6.7)
4)
t(x) = f (x) + g(x) ⇒ t′ (x) = f ′ (x) + g′ (x). (6.8)
5)
t(x) = f (x) × g(x) ⇒ t′ (x) = f ′ (x)g(x) + g′ (x)f (x). (6.9)
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 89
6)
f (x) f ′ (x)g(x) − g′ (x)f (x)
t(x) = ⇒ t′ (x) = . (6.10)
g(x) g2 (x)
7)
t(x) = f (g(x)) ⇒ t′ (x) = f ′ (g(x))g′ (x). (6.11)
1) t(x) = p ⇒ t′ (x) = 0.
√ 1
2) t(x) = x ⇒ t′ (x) = √ , x > 0.
2 x
Exemplo 6.2. Iremos em seguida apresentar alguns exemplos da aplicação das regras e tabelas de
derivadas.
1) Derive y = x5 − 4x3 + 2x − 3
Como estamos na presença de um polinómio podemos derivar monómio a amonómio auxiliando-
nos da regra (6.8) e (6.6) teremos
2) Derive y = ax2 − bx + c, a 6= 0.
derivaremos monómio a amonómio auxiliando-nos da regra (6.8) e (6.6) teremos
y ′ = 2ax − b.
2x + 3
3) Derive y =
x2
− 5x + 5
Estamos na presença de uma fracção, auxiliando-nos da regra (6.10) teremos
5) Derive y = x2 arctan x
Auxiliados na regra (6.9) teremos
x2
y ′ = 2x arctan x + .
x2 + 1
6) Derive y = x6 ex
Trata-se da derivada de producto que contém função exponêncial. Auxilamo-nos a regra (6.9)
teremos
y ′ = 6x5 ex + x6 ex .
7) Derive y = ex arcsin x
Trata-se da derivada de producto que contém função exponêncial e trigonométrica. Auxilamo-
nos a regra (6.9) teremos
ex
y ′ = ex arcsin x + √ .
1 − x2
8) Derive y = ln x lg x
Trata-se da derivada de producto que contém função logarı́tmica. Auxilamo-nos a regra (6.9)
teremos
lg x ln x
y′ = + .
x x ln 10
9) Derive y = (1 + 2x)50
Estamos na presença de uma função composta. Auxilamo-nos a regra (6.11) teremos
4
3x + 1
10) Derive y =
5
teremos
3 3
12 3x + 1 3
′
3x + 1 3x + 1 3x + 1 3
y′ = 4 =4 = .
5 5 5 5 5 5
√
11) Derive y = 1 − x2
Estamos na presença de uma função composta. Auxilamo-nos a regra (6.11) teremos
(1 − x2 )′ −2x x
y′ = √ = √ = −√ .
2 1−x 2 2 1−x 2 1 − x2
√
13) Derive y = 1 − arctan x
teremos
1
−
(1 − arctan x)′ 1 + x2
y′ = √ = √ =
2 1 − arctan x 2 1 − arctan x
1
=− √ .
(1 + x2 )(2 1 − arctan x)
x
14) Derive y = arcsin √
1 + x2
′
x
√
1 + x2
y′ = s 2 (6.12)
x
1− √
1 + x2
Simplificando esta expressão teremos
′
x
√ ′ p
1 + x2 x
y′ = r = √ 1 + x2 (6.13)
1 1 + x2
1 + x2
Supondo que
x
y1 = √
1 + x2
calculamos y1′
√ (1 + x2 )′ √ 2x2
′ 1 + x2 − x × √ 1 + x2 − √
x 2 1 + x2 2 1 + x2
y1′ = √ = = (6.14)
1 + x2 1 + x2 1 + x2
92 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
1
y1′ = √ (6.15)
(1 + x2 ) 1 + x2
x7
4) y =
7(1 − x3 )5
√
2x2 − 2x + 1
5) y =
x
x
6) y = √
2
2x − 2x + 1
x
7) y = √
a a2 + x2
2
x3
8) y = p
3 (1 + x2 )3
2√3 18 √ 9 √ 3 6 √
9) y = x2 + x 6 x + x x2 + x3 5 x
3 7 5 13
1p 1p
10) y = 3 (1 + x3 )8 − 3 (1 + x3 )6
8 5
r
4 x−1
11) y = 4
5 x+3
12) y = x5 (b − 3x4 )5
a + bxn k
13) y =
a − bxn
9 4 2 7
14) y = − + −
7(x − 3)4 (x − 3)3 (x + 2)2 (x − 3)3
Betuel Canhanga e Jessica Namburete 93
√
15) y = (a − x) a + x
p
16) y = (x − a)(x − b)(x − c)(x − d)
p √
17) y = 7 x + 5 x
√
18) y = (2x + 1)(3x − 2) 3x − 5
1
19) y = √
2ax − x4
√ √
20) y = ln( 3 1 + ax − 3x) − ln( 1 + ex + loga x)
cos3 x(3 cos4 cos5 x − 5)
21) y =
15
(tanx −1)(tan4 x + 7 tan5 x − arctan x)
22) y =
3 tan3 x
23) y = tan( cos3 x)
1
24) y = sin x2
2
25) y = sin7 (x − 2 cos x4 )
Observação 6.4. 1)
94 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
(a) Se a primeira derivada de f (x) for posetiva numa região do domı́nio da função f (x), então
a função é crescente nessa região.
(b) Se a primeira derivada de f (x) for negativa numa região do domı́nio da função f (x), então
a função é decrescente nessa região
(c) Se a primeira derivada de f (x) for igual a zero num determinado ponto do domı́nio da
função f (x), então a função atinge um máximo relactivo ou local nesse ponto.
(a) Se a segunda derivada de f (x) for posetiva numa região do domı́nio da função f (x), então
a função tem concavidade virada para cima nessa região.
(b) Se a segunda derivada de f (x) for negativa numa região do domı́nio da função f (x), então
a função tem concavidade virada para baixo nessa região
(c) Se a segunda derivada de f (x) for igual a zero num determinado ponto do domı́nio da
função f (x), então a função tem uma inflexão nesse ponto.
Resolução
Usando as regras de derivação teremos
f ′ (x) = 2x f ′′ (x) = 2
x2 − 1
2x
Figura 6.3:
Da Leitura do gráfico e dos nossos conhecimentos sobre diferenciação tiramos as seguintes con-
clusões
• A função dada é quadrática com valor de a posetivo (concavidade virada para cima).
• A função tem um mı́nimo igual a -1 quando x = 0,
• A função derı́vada tem zero no ponto onde a função f (x) atinge um extremo relactivo
(mı́nimo).
• A segunda derivada é posetiva e igual a 2, por isso a concavidade da parábola é virada para
cima.
• A primeira derivada de f (x) é negativa no intervalo ] − ∞; 0[ e nesse intervalo a função
f (x) é decrescente.
• A primeira derivada de f (x) é posetiva no intervalo ]0; +∞[ e nesse intervalo a função f (x)
é crescente.
Resolução
Usando as regras de derivação teremos
3x2 − 6x + 2
x3 − 3x2 + 2x
6x − 6
Figura 6.4:
Da Leitura do gráfico e dos nossos conhecimentos sobre diferenciação tiramos as seguintes con-
clusões
x2 − 4
3) Faça o estudo completo da seguinte função y =
x2 + 1
Resolução
Antes de mais vamos recordar que o estudo completo da função é um processo constituido por
seguintes passos:
x2 − 4
f (x) = , Df : x ∈ R
x2 + 1
veja que o denominador não é igual a zero para qualquer valor de x ∈ R.
(b) Determinação dos zeros da função.
Para determinarmos os zeros da função teremos
x2 − 4
f (x) = 0 ⇒ = 0 ⇒ x2 − 4 = 0 ⇒ x = ±2.
x2 + 1
(c) Determinação de f ′ (x) e f ′′ (x).
i.
(x2 − 4)′ (x2 + 1) − (x2 − 4)(x2 + 1)′ 2x(x2 + 1) − 2x(x2 − 4)
f ′ (x) = = =
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2
2x(x2 + 1 − x2 + 4) 10x
= 2 2
= 2
(x + 1) (x + 1)2
ii. ′
(10x)′ (x2 + 1)2 − 10x (x2 + 1)2
′′ 10x
f (x) = 2 = =
(x + 1)2 (x2 + 1)4
10(x2 + 1)2 − 10x 2(x2 + 1)2x
10(x2 + 1)2 − 40x2 (x2 + 1)
= = =
(x2 + 1)4 (x2 + 1)4
f (x) x2 − 4 h∞i
k1 = lim = lim =
x→+∞ x x→+∞ (x2 + 1)x ∞
Procuramos levantar a indeterminação
x2 1
k1 = lim = lim = 0.
x→+∞ x3 x→+∞ x
x2 − 4
b1 = lim [f (x) − k1 x] = lim = 1.
x→+∞ x→+∞ x2 + 1
y = k1 x + b1 = 0x + 1 = 1
neste caso temos o caso particular de assiptota obliqua que é (assimptota horizon-
tal).
Achemos
f (x) x2 − 4 h∞i
k2 = lim = lim =
x→−∞ x x→−∞ (x2 + 1)x ∞
Procuramos levantar a indeterminação
x2 1
k2 = lim 3
= lim = 0.
x→−∞ x x→−∞ x
x2 − 4
b2 = lim [f (x) − k2 x] = lim = 1.
x→−∞ x→−∞ x2 + 1
y = k2 x + b2 = 0x + 1 = 1.
neste caso temos o caso particular de assiptota obliqua que é (assimptota horizon-
tal).
Vemos que neste caso, a função tem somente uma assimptota, que é a recta y = 1.
(f) Estudo do sinal (com base no sinal da primeira derivada). A primeira derivada é
10x
f ′ (x) = .
(x2 + 1)2
Esta função é negativa a esquerda de zero(f (x) é decrescente a direita de zero). f ′ (x)
é posetiva a direita de zero (f (x) é crescente a direita de zero).
(g) Estudo da concavidade da função (com base no sinal da segunda detivada).
Figura 6.5:
(a) y = x7
√
(b) y = x2 3 x
√
x5
(c) y = √
x x
3) Calcule a inclinação do grafico da função y = x4 nos pontos (2, 16) e (−1, 1).
5
4) Seja f (x) = x5 . Para que valores de x, a derivada é igual a ?
16
√
5) Seja f (x) = x.
√
(b) y = (x2 − 5)(x + 2 x)
(c) y = (x + 1)(x + 2)(x + 3)
√
1− x
(d) y = √
1+ x
7) Seja f (x) = 2x2 + 2.
1
ii. y =
x
x2 − x
iii. y = 2
x +1
p
iv. y = |x2 + 1|
(e) Faca o estudo das seguintes funções:
i. y = −x3 − 6x2 − 9x
x2 − 4
ii. y = 2
x +1
12) Dum rectangulo de cartolina de de 10dm de 16dm faz-se uma caixa (sem tampa) cortando 4
quadrados iguais nos 4 vertices.
13) Um papel rectangular de area 2m2 vai-se imprimir. As partes que se nao imprimem sao as
bordas de 20cm abaixo e acima e as bordas de 15cm e esquerda e a direita. Quais sao as
dimensoes do papel para uma area impressa maxima?
2 1 1
14) Seja f (x) = x − x; x ∈ , +∞
2 4
(a) Determine o dominio e o contradominio da sua função inversa g.
(b) No grafico de g situa-se P(p,1). Calcule p.
(c) Determine a equação da tangente ao grafico em p.
16) Responda às mesmas perguntas do exercicio precedente para a função f (x) = sin2 x.
(a) y = sin 3x
(b) y = − cos(−6x + 3)
(c) y = 4 cos2 (3x − 1)
(d) y = cos x3
(e) y = arcsin(x2 + 3x)
102 centro de preparação de exames de admissão ao ensino superior
1
(f) y =
arccos(3x + 1))
−x+7
2
(g) y =
3
(h) y = ln(x − 4)
(i) y = log2 (3x + 5)
q
(j) y = 3 log24 (sin 3x)
(k) y = π π
(l) y = lg x2 × lg 8
√ √
(m) y = sin ex + sin e x
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você
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