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A Matavel
A Matavel
As hepatites virais em candidatos a doação de sangue constitui grave problema de saúde publica
e, representa grande importância no nosso meio devido a elevada prevalência, As hepatites virais
são doenças infecciosas provocadas por diferentes agentes etiológicos que apresentam
características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. A distribuição das hepatites
virais é universal com variações de acordo com os agentes etiológico sendo os principais os vírus
A, B, C, D e E, tendo o homem como o único reservatório importante. Os vírus VHA e VHE têm
transmissão fecal-oral, enquanto os vírus VHB, VHC e VHE são transmitidos mais
frequentemente por transfusão sanguínea, via sexual, parenteral, percutânea e vertical.
As infecções causadas pelo vírus da hepatite B (VHB) e pelo vírus da hepatite C (VHC)
constituem grave problema de saúde pública mundial. Segundo estimativas da Organização
Mundial da Saúde, dois bilhões de pessoas já tiveram contacto com o VHB e 350 milhões
tornaram-se portadores crônicos2 15, enquanto 150-200 milhões de pessoas (3% da população
mundial) está infectada com o VHC e 130 milhões evoluíram para hepatite crónica e cirrose20,
com cerca de um a dois milhões de óbitos ao ano. (Aquino, 2008).
A transmissão do VHB pode se dar horizontalmente através de contacto com fluidos orgânicos
contendo vírus, de modo especial com sangue, sémen e saliva. A maior prevalência está
relacionada aos factores de risco: hemodiálise, multitransfusões de sangue ou hemoderivados,
manipulação de sangue humano, acidentes com materiais perfuro- cortantes, convivência íntima
com infectados, uso de drogas ilícitas e contacto com múltiplos parceiros sexuais. A transmissão
vertical ocorre através da passagem do vírus da mãe directamente para o recém-nascido no parto.
O vírus da hepatite C é transmitido essencialmente por contacto com sangue hemoderivados,
agulhas, seringas e materiais intravenosos, e, secundariamente por via sexual (Aquino, 2008).
Estima-se que uma incidência anual da infecção pelo HBV de cerca de 20 casos por 100.000
habitantes, o que corresponde à cerca de 950.000 indivíduos infectados a cada ano, sendo que
90.000 se tornarão crónicos e cerca de 20.000 morrerão como consequência da cirrose e
hepatocarcinoma (WGO, 2003).
As regiões de endemicidade alta são aquelas cuja prevalência do HBsAg é acima de 8%, com
evidências serológicas de infecção pelo HBV em 70-90% da população, onde a infecção ocorre
habitualmente durante a infância.
A Ásia é um continente no qual foi observada uma das maiores prevalência e estima-se que
metade dos portadores crónicos mundiais reside na China e Índia (ANDRÉ 2000).
Os países Africanos são classificados como sendo de intermediária a alta endemicidade
(HOLLINGER & LIANG. 2001; HOU et al. 2005), com grande variabilidade na prevalência
entre os países.( Bião, 2008)
O HCV constitui um importante problema de saúde pública infectando cerca de 350 milhões de
pessoas em todo planeta, o que representa aproximadamente 3% da população mundial (WHO
2000; GIANNINI & BRÉCHOT,2003). A prevalência do HCV em alguns países da África e
sudoeste Asiático é alta quando comparada à verificada em países da América do Norte e
Europa, cujas taxas variam de 1,1 a 1,7%, sendo que índices de 4,6% foram observados no
Mediterrâneo e de 2,5% no sudoeste asiático (WHO, 2000). A OMS estima que a prevalência do
HCV na África é de aproximadamente 5,3%, e cerca de 30 milhões de indivíduos estão
infectados com o HCV, sendo que 6-12 milhões são portadores crónicos. (SIMPORE et al.,2005)
Sendo o sangue é um produto que tem sido cada vez mais utilizado como agente terapêutico,
fazendo-se necessários crescentes estudos em prol da implantação de um sistema de controlo de
qualidade efectivo em bancos de sangue. É importante ressaltar que o organismo humano está
sujeito a ser infectado por um grande número de microorganismos, porém, somente alguns deles
são transmitidos pela transfusão de sangue. Entre as principais doenças transmissíveis pela
transfusão sanguínea destaca-se: as Hepatites B e C, o HIV, a Sífilis, a Doença de Chagas,
Malária, além de outras menos frequentes.
Para que haja contaminação via transfusão sanguínea é essencial que o agente esteja presente no
sangue do doador, sendo tal facto evitado através de processos adequados de triagem clínica e
serológica do candidato à doação sanguínea.
Dentre os agentes que potencialmente podem ser transmitidos através da hemoterapia, destacam-
se as Hepatites B e C, devido à frequência com que aparecem como factor de inaptidão
serológica para doação sanguínea, o que implica a necessidade de um controle estatístico das
Hepatites B e C em bancos de sangue, justificando por isto o estudo de sua prevalência, os vírus
dos tipos B e C, são reconhecidos como a maior causa de doença crónica do fígado, podendo
evoluir para cirrose hepática, e em fases extremamente avançadas, para carcinoma hepatocelular.
Questão de Partida
Qual e o impacto de diagnostico de hepatites Virais (VHB e VHC) na qualidade da vida dos
dadores de sangue?
Quais são os factores de riscos para infecção pelo vírus de hepatite B e C em candidatos a doação
de sangue, como potencial mecanismo de redução de riscos transicional.
As hepatites virais são acometimentos que impactam a saúde pública no mundo todo. A perda de
qualidade de vida dos pacientes e comunicantes, bem como os gastos gerados no SUS, requerem
esforços para desenvolver medidas eficazes de promoção à saúde na vigilância, prevenção e no
controle desses agravos. (Pires et al,2014).
No âmbito social, esta pesquisa vai contribuir para o bem-estar dos dadores portadores das
hepatites virais, na tomada de decisão medica face as hepatites virais e, na segurança dos
pacientes que necessita da transfusão sanguínea.
No âmbito individual, esta pesquisa vai contribuir para atingir o grau de Licenciatura em
Analises Clinicas e Laboratoriais e aprimorar os conhecimentos no banco de sangue.
Revisão da literatura
A hepatite é uma inflamação do fígado. Ela pode estar relacionada a diversas causas, como o uso
de alguns medicamentos, a intoxicação por defensivos agrícolas, o consumo excessivo de
bebidas alcoólicas e a contaminação por agentes infecciosos. (Pires Ana et al, 2014).
Os vírus são os principais causadores das hepatites infecciosas. As hepatites virais têm ampla
distribuição mundial e estão entre as doenças infecciosas de maior importância, em saúde
pública.
Antes da descoberta dos vírus, a diferenciação dos tipos de hepatite só era possível pela
observação do tempo de incubação da doença e pela forma provável de contágio. Assim, eram
identificados apenas dois tipos de hepatite:
Manifestações clínicas
Nas hepatites virais sintomáticas, as manifestações variam desde um mal-estar generalizado até o
comprometimento hepático fulminante. São sintomas frequentes: falta de apetite, dor abdominal,
náuseas, vómitos, icterícia, urina escura, fezes esbranquiçadas e febre.
Com ou sem sintomas, as hepatites podem evoluir de maneira aguda ou crónica, entre outros
factores, em função do tipo de vírus.(Pires 2014)
Medidas Profiláticas
A contaminação pode acontecer por diversos meios e ainda não existem vacinas disponíveis para
todos os tipos de vírus causadores das hepatites virais. Assim, as formas de prevenção devem ir
além das imunizações. Para proteger-se, a pessoa precisa:
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida
anteriormente como soro-homóloga. O agente etiológico é um vírus DNA, hepatovírus da família
Hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção assintomática ou sintomática. (Gerusa
Figueiredo et al 2005)
Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o
vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crónica da doença.
Os pacientes com a forma crónica podem apresentar-se em uma condição de replicação do vírus
(HBe Ag reagente), o que confere maior propensão de evolução da doença para formas
avançadas, como a cirrose, ou podem permanecer sem replicação do vírus (HBeAg não reagente
e anti-HBe reagente), o que confere taxas menores de progressão da doença.
A infecção em neonatos apresenta uma taxa de carnificação muito superior àquela que
encontramos na infecção do adulto, com cerca de 90% dos neonatos, evoluindo para a forma
crónica e podendo, no futuro, apresentar cirrose e/ou carcinoma hepatocelular. (Gerusa
Figueiredo et al 2005).
hepatite B aguda
hepatite B crónica
Prevenir a hepatite B
Educação e divulgação do problema são fundamentais para prevenir a hepatite B e outras DST.
Além dessas acções, a cadeia de transmissão da doença é interrompida a partir de:
Diagnóstico da hepatite B
A suspeita diagnóstica pode ser guiada por dados clínicos e/ou epidemiológicos. A confirmação
diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores serológicos do HBV.
Tratamento
Hepatite crónica: a persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a
infecção crónica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para
algumas formas da doença crónica e, devido à sua complexidade, deverá ser realizado em
ambulatório especializado.
Hepatite C
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido
anteriormente por “hepatite Não A Não B”, quando era responsável por 90% dos casos de
hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido. O agente
etiológico é um vírus RNA, da família Flaviviridae, podendo apresentar-se como uma infecção
assintomática ou sintomática. Em média, 80% das pessoas que se infectam não conseguem
eliminar o vírus, evoluindo para formas crónicas. Os restantes 20% conseguem eliminá-lo dentro
de um período de seis meses do início da infecção.
Período de incubação da hepatite C
Hepatite C aguda
Hepatite C crónica
Quando a reacção inflamatória nos casos agudos persiste sem melhoras por mais de seis meses,
considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crónica. Os sintomas, quando presentes,
são específicos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Uma parcela das
formas crónicas pode evoluir para cirrose, com aparecimento de icterícia, edema, ascite, varizes
de esófago e alterações hematológicas. O hepatocarcinoma também faz parte de uma
percentagem do quadro crónico de evolução desfavorável.
Hepatite C é transmitida
Em cerca de 10 a 30% dos casos dessa infecção, não é possível definir qual o mecanismo de
transmissão envolvido. Os mecanismos conhecidos para a transmissão dessa infecção são os
seguintes:
Diagnóstico da hepatite C?
Os testes serológicos podem identificar anticorpos contra esse vírus e normalmente seus
resultados apresentam alta sensibilidade.
Objectivos
Geral:
Específicos:
Hipótese Nula (Ho) – O diagnóstico das hepatites virais não contribui para a melhoria da
qualidade de vida dos dadores portadores da doença.
Hipótese Alternativa (Ha) – O diagnóstico das hepatites virais contribui para a melhoria da
qualidade de vida dos dadores portadores da doença.