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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PIAUÍ,

BASEADO NOS DADOS DO DATASUS


Ednandra Marques do Nascimento¹; Emily de Oliveira Alves¹; Gabriel Trindade
de Carvalho¹; Iago Antônio Nascimento¹; Leonardo Barreira Sombra¹.
PALAVRAS-CHAVE: hanseníase; epidemiologia; Piauí.
INTRODUÇÃO: A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma
doença infecciosa, contagiosa causada por uma bactéria nomeada
Mycobacterium leprae, a qual, apesar de não apresentar transmissão
totalmente conhecida, sua principal via de infecção é a respiratória, por
inalação de gotículas contaminadas pelo bacilo de Hansen. A região Nordeste
tem os maiores índices da doença, sendo considerada área endêmica, com
acometimento principalmente na zona urbana; no estado do Piauí, são
registrados desde 2001. OBJETIVO: Compreender o perfil epidemiológico da
hanseníase no estado do Piauí, tendo como foco as faixas etárias mais
acometidas e os graus de incapacidade física preponderantes.
METODOLOGIA: Um estudo descritivo e retrospectivo de base populacional,
utilizando dados de casos autóctones de Hanseníase ocorridos entre os anos
de 2018 a 2022 no estado do Piauí, sem filtros específicos, registrados no
Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados
no site do DATASUS. Logo mais, foram analisados esses mesmos dados com
o filtro das diferentes faixas etárias, bem como da proporção de casos de
hanseníase com grau de incapacidade física avaliado na cura. RESULTADOS:
No período de 2018 a 2022 foram registrados 4.878 casos diagnosticados, com
uma média de 975,6 casos por ano. Dentre esses casos as faixas etárias mais
acometidas foram os adultos de 40-59 anos, sendo 1.890 notificados e a faixa
etária de 60-79 anos, com 1.340 notificados. Em relação aos graus de
incapacidade dos casos gerais, houve o registro de 1.600 com grau 0 (32,8%),
349 com grau I (7,1%), 126 com grau II (2,5%), 2.134 em branco (43,7%) e 669
não avaliados (13,7%). CONCLUSÃO: Os resultados indicam ocorrência
endêmica da doença no Estado, com prevalência em adultos e em idosos. A
avaliação de incapacidade, ainda que importante, é negligenciada e, muitas
vezes, não preenchida, entretanto, quando avaliada revela que a maioria dos
casos são assintomáticos (grau 0).

1
: Discentes do curso de Medicina da UFPI;

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