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Corresponsabilidade

na Missão

Ir. Claudiano Tiecher


Elaine Strapasson Faccin
Carta de Champagnat nº 34 – Missão Fundacional
(Ao Rei Luís Filipe – 28/1/1834)

Contexto: Champagnat escreve ao rei sobre a Sociedade de Irmãos e


situações que a inspirou, a fim de pedir autorização legal dos Irmãos Maristas.

Atitudes e mentalidade de Marcelino:


• Preocupação pela educação das crianças
• Sensibilidade à realidade de seu tempo
• Confiança em Maria
• Gratidão pelas conquistas já adquiridas
• Audácia

Para refletir: Como estou vivendo a missão iniciada por Champagnat?


Nascida do Espírito, a missão que Marcelino confiou a seus irmãos
foi a de tornar Jesus Cristo conhecido e amado. Entregamo-nos,
junto com outros maristas, à evangelização e à educação das
crianças e jovens, especialmente dos empobrecidos, dos mais
necessitados e dos que vivem nas periferias geográficas e
existenciais.
Através de nossa vida e presença, os jovens, suas famílias e as
comunidades a que pertencem ficam cientes de que são
amados pessoalmente por Deus.
O bem-estar, a segurança e a proteção das crianças e jovens
são uma importante prioridade e a primeira responsabilidade de
cada irmão, de cada comunidade e obra marista e de todo o
Instituto.
(Constituições e Estatutos, nº 4)
A missão marista é evangelizar –
transformar, à luz do Evangelho,
os critérios que utilizamos para tomar as decisões,
os valores que são significativos para nosso jeito de ser e agir,
as razões que nos movem,
as linhas de pensamento,
as fontes inspiradoras
e os modelos de vida da humanidade.

(Documento Rede Marista: Nosso Jeito de Ser)


Ikigai
• Palavra japonesa que pode ser traduzida por a razão de ser, o que nos faz
levantar todas as manhãs ou motivação profunda.
• Para os japoneses de Okinawa, todos nós carregamos o nosso próprio Ikigai,
e é essencial descobri-lo e torná-lo nosso.
• Em sua visão, somente quando vivermos nosso Ikigai conseguiremos nos
comprometer com nós mesmos para enfrentar qualquer dificuldade e para
dar sentido e significado para nossas vidas.

https://www.youtube.com/watch?v=RIec_GS1Rs8
O que eu amo fazer?
É no cerne desta questão que encontramos o
que se traduz por motivação profunda.

O que eu sou bom em fazer?


O compromisso com a excelência, na visão Ikigai, está
diretamente relacionado com propósito e missão.

O que eu posso ser pago para fazer?


Para se ganhar dinheiro preservando a felicidade, além
de se fazer o que se ama e de forma bem feita, é
preciso ter um projeto que transforme essa
competência em resultado efetivo, inclusive financeiro.

O que é bom para o mundo?


Uma vida significativa passa pelo sentido de que o que realizamos tem impactos
positivos para o mundo. A percepção de que o trabalho não é apenas um meio para
ganhar dinheiro, gera satisfação, motivação profunda e realização.
Em que aspectos e de que forma
a minha missão e o meu propósito
se conectam com a missão marista?
Carisma Marista
O núcleo da nossa identidade, do nosso DNA, como maristas, é o
carisma – palavra que deriva do grego charis e que, na visão cristã,
significa graça.
É como um dom dado a uma pessoa ou um grupo, para responder a
alguma necessidade específica, a serviço da Igreja e da humanidade.
Todo instituto ou congregação religiosa possui um carisma específico
que a caracteriza e diferencia das demais. É o cerne do seu DNA.
O carisma herdado do fundador, São Marcelino Champagnat,
configura a nossa identidade, nosso jeito de ser e agir, nossa missão e
nossa espiritualidade.
(Documento Rede Marista: Nosso Jeito de Ser)
Dimensões do Carisma Marista
Espiritualidade é aquilo que move o mais profundo do nosso ser, é nossa
dimensão constitutiva, que impulsiona a viver.
A espiritualidade marista está centrada no projeto de Jesus Cristo. Também é
mariana e apostólica, pois se inspira em Maria e nos apóstolos.
Esses elementos lhe conferem características próprias: o afeto, o serviço, a
oração, o cultivo da interioridade, a proximidade, a consciência e o sentir a
presença de Deus.
Nossa espiritualidade nos inspira a olhar o mundo com olhos cheios de
esperança, a reafirmar nossa opção pelos pequenos e abandonados, e pela
solidariedade.

(Documento Rede Marista: Nosso Jeito de Ser)


Dimensões do Carisma Marista

A vida partilhada se expressa na fraternidade, no espírito de família, no


amor ao trabalho, na colaboração mútua, no crescimento constante, na
presença significativa, no ambiente acolhedor.

Ao partilhar fé, vida e missão, essa dimensão se traduz na simplicidade e


humildade nas relações.

(Documento Rede Marista: Nosso Jeito de Ser)


Dimensões do Carisma Marista
A missão retrata a causa da nossa existência.
A missão marista é evangelizar – transformar, à luz do Evangelho, os critérios
que utilizamos para tomar as decisões, os valores que são significativos para
nosso jeito de ser e agir, as razões que nos movem, as linhas de pensamento,
as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade.
Em outras palavras, nossa missão é evangelizar pela educação, formando
pessoas comprometidas com a promoção da vida.

(Documento Rede Marista: Nosso Jeito de Ser)


Dimensões do Carisma Marista

Casa de La Valla

Missão
Vida partilhada
Espiritualidade
Casa de La Valla
O subsolo, em termos de construção, refere-se
aos alicerces da casa.
O alicerce da instituição marista é a
espiritualidade que perpassa a interioridade, a
oração, a ação educativa e as relações
fraternas.

No subsolo da casa há um pequeno lugar ao qual se


deve descer. Simboliza o espaço em que cada um de
nós é habitado pelo Mistério. É o espaço da
interioridade, da dimensão mística de nossas vidas.
(Carta do Ir. Emili Turú – La Valla: Casa da Luz)
Casa de La Valla
O térreo é o terreno da vida partilhada.
Nesse andar recordamos o encontro fraterno da
Primeira comunidade cristã e a comunidade dos
primeiros Irmãos. Nesse espaço encontra-se a
mesa de La Valla, um ícone marista, que
simboliza a fraternidade, a comunhão, a partilha
de vida.

Hoje essa mesa está enriquecida com a presença não


apenas de Irmãos, mas com Leigas e Leigos maristas,
chamados a construir uma Igreja de rosto mariano.
(Carta do Ir. Emili Turú – La Valla: Casa da Luz)
Casa de La Valla
O andar superior representa a missão do Instituto.
Em La Valla nasceu o sonho: “todas as dioceses
estão em nossos planos”. De lá o Instituto Marista se
expandiu para o mundo.
O andar superior recorda e celebra o Pentecostes, a
descida do Espírito Santo sobre a primeira
comunidade cristã, impulsionando-a para a missão.

Trata-se do espaço da missão: ide e fazei discípulos por


todo o mundo. Um lugar amplo, iluminado, aberto ao
mundo.
(Carta do Ir. Emili Turú – La Valla: Casa da Luz)
Linha do tempo
1840
1805 1816 6 DE JUNHO
OUTUBRO 22 DE JULHO 1816
Marcelino Champagnat
Aos 16 anos Aos 27 anos 28 DE OUTUBRO
falece aos 51 anos,
ingressa no Seminário Marcelino Champagnat Encontro com
com 23 anos de atuação
Menor em Verrières é ordenado sacerdote jovem Montagne
à frente do Instituto

1789 1812 1816 1817 1999


20 DE MAIO OUTUBRO 23 DE JULHO 2 DE JANEIRO 18 DE ABRIL
Nasce Marcelino Aos 23 anos Promessa de Fourvière: Fundação São Marcelino
Champagnat, ingressa no marco da fundação do Instituto Champagnat
no povoado Seminário Maior da Sociedade de Maria Marista foi canonizado pelo
de Rosey, de Lyon Papa João Paulo II
em Marlhes
Formas de se relacionar com o Carisma
0) Contato com a vida e a missão maristas –
estudantes, atendidos, ex-alunos, familiares, amigos...
1) Sintonia com os maristas – cultura, pedagogia, valores
2) Admiração pelo jeito marista – desejo de viver a
espiritualidade e a missão
3) Vivência do carisma marista / vocação – vivência da
espiritualidade, missão e vida partilhada, do jeito de
Maria, seguindo as intuições de Champagnat

(cf. Documento Em Torno da Mesma Mesa)


Papel dos Líderes/Gestores

“O líder será alguém que não é apenas marista em sua


abordagem educativa, mas espiritual e culturalmente marista.
Dessa forma, essa pessoa será capaz de construir uma
comunidade marista, de inspirar e acompanhar os outros que se
veem como companheiros maristas espiritual e apostolicamente.
Além disso, saberá articular visão e perspectiva maristas, bem
como conduzir novos membros para esse caminho.”

(GREEN, 2014, p. 166).


Texto “O Superior perfeito:
servo e desprovido de detalhes”
• Adaptado, em 1850, pelo Irmão Francisco (1º Superior-Geral do Instituto
Marista)
• O Líder é o servo de todos aqueles a quem parece comandar.
• Uma das maiores falhas nas quais o Líder de uma casa grande pode
incorrer, é dedicar-se demasiado aos pormenores.
• O Líder e perfeito governo consiste em governar aqueles que administram
os detalhes.
• Para construir grandes projetos é preciso ter uma mente livre e descansada;
é preciso pensar à vontade.
• Aqueles que governam no detalhe estão sempre determinados pelo
presente, sem estender sua visão sobre um futuro distante.
Marcos da trajetória pessoal
Ano
Ano Ano Ano dia e mês
dia e mês dia e mês dia e mês Fato, pessoas,
Fato, pessoas, Fato, pessoas, Fato, pessoas, Irmãos,
Irmãos, Irmãos, Irmãos, Lugares....
Lugares.... Lugares.... Lugares....

Ano Ano Ano Ano Ano


dia e mês dia e mês dia e mês dia e mês dia e mês
Fato, pessoas, Fato, pessoas, Fato, pessoas, Fato, pessoas, Fato, pessoas,
Irmãos, Irmãos, Irmãos, Irmãos, Irmãos,
Lugares.... Lugares.... Lugares.... Lugares.... Lugares....
Governança Corporativa
É um sistema formado por princípios, regras, estruturas e
processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas,
com vistas à geração de valor sustentável para a organização,
para seus sócios e para a sociedade em geral.
Esse sistema baliza a atuação dos agentes de governança e
demais indivíduos de uma organização na busca pelo equilíbrio
entre os interesses de todas as partes, contribuindo positivamente
para a sociedade e para o meio ambiente.

(Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa – 6ª ed.)


Princípios básicos da Governança
Integridade – Praticar e promover o contínuo aprimoramento da cultura
ética na organização, mantendo a coerência entre discurso e ação e
preservando a lealdade à organização e o cuidado com suas partes
interessadas, com a sociedade em geral e com o meio ambiente.

Transparência – Disponibilizar informações verdadeiras, tempestivas,


coerentes, claras e relevantes – positivas ou negativas – e não apenas
aquelas exigidas por leis ou regulamentos. Essas informações também
devem contemplar os fatores ambiental, social e de governança.

Equidade – Tratar sócios e demais partes interessadas de maneira justa,


levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e
expectativas, e tendo como base senso de justiça, respeito, diversidade,
inclusão, pluralismo e igualdade de direitos e oportunidades.
Princípios básicos da Governança
Responsabilização (Accountability) – Desempenhar suas funções com
diligência e independência, assumindo a responsabilidade pelas
consequências de seus atos e omissões. Além disso, prestar contas de sua
atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo.

Sustentabilidade – Zelar pela viabilidade econômico-financeira da


organização, reduzir as externalidades negativas e aumentar as positivas.
Compreender a relação de interdependência entre a organização e os
ecossistemas social, econômico e ambiental, fortalecendo seu
protagonismo e suas responsabilidades perante a sociedade.

(Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa – 6ª ed.)


Governança no Instituto Marista
• Marcelino Champagnat, Padre Marista, sensibilizado pela
realidade de crianças e jovens sem instrução nem catecismo,
decidiu reunir um grupo de homens capazes de se
comprometer com sua educação. As circunstâncias o levaram
a iniciar, em 2 de janeiro de 1817, o projeto que resultou no
Instituto dos Pequenos Irmãos de Maria, obra que ele conduziu
por 23 anos.

• Após sua morte, o Ir. Francisco (Gabriel Rivat) foi o seu sucessor,
tornando-se o primeiro Superior-Geral do Instituto. Governou
por 20 anos.
Governança no Instituto Marista
• Sucessor do Fundador, o Superior-Geral reúne todos os Irmãos
em torno de Cristo, os guia e acompanha e, com eles, discerne
o seu apostolado, de acordo com as necessidades dos tempos
e o carisma do Instituto.
• O Vigário-Geral é o mais próximo colaborador do Superior-
Geral. Substitui-o em sua ausência e quando, total ou
parcialmente, estiver impedido de exercer seu cargo.
• O Conselho-Geral é formado pelo Irmão Vigário-Geral e pelos
Irmãos Conselheiros-Gerais, que fazem comunidade com o
Irmão Superior-Geral.
• O mandato do Governo-Geral é de oito anos.
Governo-Geral do Instituto Marista
Governo-Geral do Instituto Marista
Nosso estilo de liderança – www.champagnat.org
Animamos o Instituto com uma liderança profética e de prestação de serviço.

Essa liderança nos inspira a:


• Criar comunidade e desenvolver relações.
• Viver e liderar com um sentido transcendente.
• Alimentar nossa visão.
• Comunicar-nos.
• Ter flexibilidade e capacidade de adaptação.
• Comprometer-nos com as realidades locais.

Para isso, procuramos desenvolver as seguintes qualidades: serviço, alegria,


simplicidade, respeito, compaixão, coerência. Com elas, as seguintes ações:
acompanhar, criar equipes, inovar, dialogar.
Temas pautados pelo Instituto
a partir do 22º Capítulo Geral (2017)
A partir das perguntas “O que Deus quer que sejamos neste mundo emergente? O que
Deus quer que façamos neste mundo emergente?”, chegou-se a alguns elementos:

• Instituto como corpo global


– Família em torno de um carisma
– Redes
– Regiões e Províncias
• Sustentabilidade da missão
– Respostas de/a regiões mais vulneráveis
– Colaboração mútua
• Migrantes ou pessoas em situação de deslocamento forçado
– Como se pode contribuir como Instituto
Temas pautados pelo Instituto
a partir do 22º Capítulo Geral (2017)
• Cuidado com a Casa Comum
– Laudato Sì
– Ecologia Integral
– Hábitos – como contribuímos para desenvolver o cuidado
• Interioridade e espiritualidade
– Seiva que dá sustento
– Base que dá sentido
• Cultura do encontro
– Entre pessoas e realidades
– Ser construtores de pontes.
Temas pautados pelo Instituto
a partir do 22º Capítulo Geral (2017)
• Direitos das crianças, adolescentes e jovens
– Dar voz, empoderar.
– Enfrentamento decidido ao abuso.
• Voluntariado
– Mobilidade de pessoas
– Respostas a necessidades emergentes
• Nosso meio para evangelizar é a Educação
– Criatividade e inovação
– Redes
– Contextos de vulnerabilidade
Governança na Província /Rede Marista
• O Instituto Marista está dividido em Províncias e em Distritos, que agrupam
casas. Cada Província é animada e governada por um Irmão Provincial e seu
Conselho, sob a autoridade do Superior-Geral e seu Conselho.

• Ao Brasil vieram três grupos de Irmãos Maristas franceses, que se organizaram


territorialmente de diversas formas até chegar à atual configuração. O primeiro
chegou em Congonhas do Campo - MG, em 1897; o segundo, em Bom
Princípio - RS, em 1900; e o terceiro, em Belém - PA, em 1903.
• Inicialmente um distrito da Província de Beaucamps, França, a obra iniciada em
Bom Princípio tornou-se Vice-Província do Sagrado Coração de Jesus, em 1906;
e Província Marista do Brasil Meridional, em 1908.
• Após algumas reestruturações, em 2002, constituíram-se a Província Marista do Rio
Grande do Sul e o Distrito Marista da Amazônia. Essas duas Unidades administrativas
se uniram, em 2015, para formar a atual Província Marista Brasil Sul-Amazônia.
ABRANGÊNCIA

• Acre
• Amazonas
• Distrito Federal
• Mato Grosso



Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
25 CIDADES
• 16 Rio Grande do Sul
• 8 Região Amazônica
• Brasília
CONJUNTO DA NOSSA
ATUAÇÃO
Solidariedade Saúde Atuação
Centros Sociais Hospital
São Lucas Missionária
Centros de juventudes e
Em outros países
defesa dos diretos
Voluntariado

Educação Presença Marista


Básica – Colégios pagos Região Amazônica
e sociais
Superior – PUCRS
Governança na Província/Rede Marista
Nossa trajetória de governança busca garantir a sustentabilidade da missão e a
vitalidade do carisma marista.

Desde 2002, quando da criação da Província Marista do Rio Grande do Sul, percebe-se
a evolução na integração dos empreendimentos, no alinhamento de políticas e práticas,
e na profissionalização das áreas de missão e gestão.

Em 2011 foi criada a área de governança. Em vista de maior eficiência na tomada de


decisões que impactam os empreendimentos da Rede Marista, foram promovidas
mudanças significativas, como a implantação das instâncias corporativa e canônica e
dos Conselhos de Administração.

Em 2015, o modelo foi avaliado e redimensionado, considerando o contexto da nova


Província Marista Brasil Sul-Amazônia. Houve ajustes no papel das áreas corporativas,
com incorporação de novas funções e alteração dos seus escopos de trabalho.
Governança na Província/Rede Marista
Em 2021, viu-se a necessidade de nova revisão do modelo, a partir de movimentos
institucionais, como:

• a conformação da Organização Religiosa;


• a migração da operação e gestão dos Colégios para a rede integrada de educação
básica, o Marista Brasil;
• o fortalecimento da governança do Hospital São Lucas da PUCRS, com a migração do
acompanhamento da gestão para a área corporativa da Rede Marista;
• a necessidade de qualificação dos trabalhos realizados pelas instâncias corporativa e
canônica.

As recentes mudanças refletem o momento e contexto institucionais, bem como a busca de


respostas para as sempre novas necessidades emergentes. Nesse sentido, não devem ser
permanentes, mas intencionam qualificar o trabalho realizado e melhorar o suporte oferecido
aos Conselhos e às frentes de missão.
Governança na Província/Rede Marista
Os Irmãos Maristas
O papel dos Irmãos, nos processos de governança e gestão, é fundamental,
visto que são os primeiros guardiões do Carisma Marista e os principais herdeiros
do legado de São Marcelino Champagnat.
É compromisso de cada Irmão fazer com que nossa Província seja uma
organização/ estrutura capaz de gerar vida em abundância, que tenha o
espírito marista, que desenvolva a espiritualidade apostólica e mariana, e que
torne visível, em todos os empreendimentos, a missão de tornar Jesus Cristo
conhecido e amado.
Nós, Irmãos, somos chamados a ser memória e consciência do carisma do
Fundador. Se perdermos de vista o que é essencial, o organograma que
desenhamos será uma simples estrutura, sem espírito, sem alma, sem sentido. Se
o espírito e os valores se perderem, para nada servirá este ou qualquer outro
organograma que viermos a construir.
(Ir. Inacio Etges)
Capítulo Provincial (2021)
LEMA

Ousemos a vida com esperança!

PRIORIDADE 1

Identidade do Ser Irmão


Fortalecer a nossa identidade de Religiosos Consagrados Maristas,
como comunidade de fé, alicerçada na vida fraterna, na
espiritualidade e na missão, com ousadia e esperança, respondendo
aos sinais dos tempos.
PRIORIDADE 2

Solidariedade e Cuidado com a Vida


Fortalecer, em rede, a cultura da solidariedade, em vista da
transformação social, da promoção dos direitos humanos e do
cuidado da casa comum, colaborando na construção do Reino de
Deus.
PROPÓSITO E MANIFESTO
REDE MARISTA

Propósito Evangelizamos
pela educação:
promovemos a vida.
Somos uma instituição que acredita na educação evangelizadora como
meio privilegiado para a promoção da vida e formamos cidadãos/as
comprometidos com a construção de uma sociedade justa e fraterna.

Somos Irmãos Maristas, Leigos/as e profissionais das mais diversas áreas


que atuam em Rede e se dedicam à educação básica, ao ensino
Texto de superior, à saúde, à atuação social, pastoral e missionária. Pessoas que

MANIFESTO defendem e promovem os direitos de crianças, adolescentes e jovens e


atuam onde a missão se faz mais urgente.

Ousamos um mundo melhor, mais humano e digno para todos/as, com


escuta atenta aos sinais dos tempos e cuidado com a Casa Comum.
Existimos pelas pessoas, na sua integralidade, e estamos conectados à
missão global marista. Somos presença significativa onde quer que
estejamos. Evangelizamos pela educação: promovemos a vida . Somos a
Rede Marista.
OPÇÕES ESTRATÉGICAS
OPÇÕES ESTRATÉGICAS

Fortalecimento e promoção dos elementos


Carisma, Identidade e carismáticos e identitários maristas em nossas
Vocação Marista frentes de atuação.

Desenvolvimento e Respostas claras aos nossos principais desafios


fortalecimento da institucionais, buscando desenvolver e fortalecer
Missão a missão em seus diferentes espaços.

Pessoas e liderança Cuidado integral com as pessoas, promovendo o


a formação, o protagonismo e a valorização
integral de Irmãos, Lideranças e Leigos,
preparando-os paras para os desafios existentes.
OPÇÕES ESTRATÉGICAS
Estimulo às boas práticas de governança
Governança e corporativa em rede, assegurando a
Sinergia em Rede sustentabilidade econômica, social, ambiental,
cultural e pastoral da missão.

Transformação Promoção de soluções inovadoras e de

Digital aperfeiçoamento dos nossos modelos de atuação,


tendo por base a sociedade do conhecimento e
suas oportunidades.

Cultura da Vivência da cultura de solidariedade de maneira


Solidariedade estruturada e ampla em toda a Rede, assumindo
compromissos proféticos de transformação social e
cuidado com a casa comum.
Corresponsabilidade
na Missão
Corresponsabilidade na Missão
• A corresponsabilidade entre Irmãos e Leigos/as é total no
campo da missão.

• A corresponsabilidade resulta em gestão mais horizontal.


• Mais do que corresponsáveis, Irmãos e Leigos/as são cocriadores da
missão – chamados a criar o novo, juntos e abertos uns aos outros.

• A corresponsabilidade tem duas dimensões:


• Racional – conhecimento, partilha, construção.
• Afetiva – relações (se não há adesão afetiva, não há
efetividade).
Corresponsabilidade na Missão

• A corresponsabilidade se dá na colaboração – do micro para


o macro:
• Da minha família, da minha equipe – para a família
carismática global.
• Do meu setor, da minha Unidade, da minha Província/Rede
– para a Região, o Instituto, a Igreja.
• A corresponsabilidade exige que eu saia da minha caixinha –
outbox – e me conecte com a realidade do outro.
Corresponsabilidade de Irmãos e Leigos/as

• O sonho de Champagnat chegou até mim

• O que tenho em comum com Champagnat?


A Dança da Missão
Experiência do The Voice
https://www.youtube.com/watch?v=oaEo76k1MO4

• “Eu te escolho, eu te quero na minha equipe”


• Jesus canta e nós o escolhemos... mas Ele nos escolheu primeiro

• Qual foi a canção que tocou o coração de Champagnat?


• Que música toca, hoje, o meu coração?
A Dança da Missão
Carta do Ir. Emili Turú – Montagne: a dança da missão
– A missão como dança divina, movimento gerador de vida
É como se Deus fosse uma dança de vida, amor e energia que se move pelo
mundo, convidando a participar dela. E quantos mais se unirem à dança, mais
pessoas se sentirão atraídas por ela.
– A missão como diálogo, contribuição para a paz e a cultura do encontro
O diálogo é uma arte e necessita de aprendizagem, esforço, paciência. Precisamos nos
exercitar na arte de escutar, que é mais do que ouvir. Escutar, na comunicação com o
outro, é a capacidade do coração que torna possível a proximidade.

– A missão como realidade nuclear, que configura o Instituto Marista


Evangelizar tem mais a ver com uma atitude de abandono e transparência do que
com grandes montagens ou muitas atividades desconectadas do próprio centro.
A Dança da Missão
Carta do Ir. Emili Turú – Montagne: a dança da missão

– Maristas de partida | Místicos e Profetas


Precisamos sair da comodidade e nos atrever a chegar a todas as periferias que
necessitam da luz do evangelho. Chegou a hora, para os Maristas de
Champagnat, de despertar a aurora de um novo começo.

O que você faria se não tivesse medo?

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