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O poder do hábito

(Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios)

A cura do hábito
● Lisa Allen, 34 anos, começou a beber e fumar aos 16 anos, e lutou contra a
obesidade por boa parte de sua vida, era a participante de estudo favorita dos
cientistas.
● Aos 20 e poucos anos já possuía uma dívida de 10 mil dólares, e por
consequência, era perseguida por órgãos de cobrança. Além disso, sua
experiência mais longa no currículo durava menos de 1 ano.
● Quando estava sendo alvo de estudos, apresentava ser uma mulher cheia de
saúde, esbelta, e cerca de 10 anos mais nova que na foto de seu prontuário,
nessa época de sua vida, não fazia o uso de bebidas alcoólicas, não possuía
mais dívidas e estava a 3 anos e 3 meses em uma empresa de design gráfico, e
tinha fumado seu último cigarro há cerca de 4 anos.
● Desde seu último cigarro, Lisa perdeu 27 quilos e correu uma maratona,
começou um mestrado e adquiriu uma casa.
● O grupo de pesquisas que analisavam os comportamentos de Lisa, era
constituídos por geneticistas, sociólogos, psicólogos e neurologistas, e
vinham estudando pessoas que mudaram radicalmente seus comportamentos,
que deixaram de ser fumantes, comedores compulsivos, bêbados
problemáticos, viciados em compras e possuidores de hábitos destrutivos.
● Os pesquisadores, tinham o objetivo de descobrir como os hábitos funcionam
em nosso cérebro, e o que era necessário para mudá-los. Por esse motivo,
estudavam pessoas que tinham reconstruído suas vidas em pequenos
períodos de tempo.
● Lisa, começou sua mudança de vida em uma viagem ao Cairo, uma decisão
impulsiva de tirar férias com esse trajeto, pois estava endividada, e acabou
estourando o resto do limite dos seus cartões com a viagem.
● A decisão de ir ao Cairo veio do desejo de conhecer as pirâmides, e com a
traição do marido, que se apaixonou por outra mulher, que causou um efeito
de negação em Lisa, que perseguia o seu ex marido e sua atual namorada de
várias formas.
● Em seu primeiro dia no Cairo, estava confusa por conta do fuso horário, e
desorientada, tentou pegar um cigarro e acabou acendendo um pedaço de
plástico no escuro, subsequentemente quebrou uma jarra com água, e em
seguida teve um colapso, percebeu que teria que obter um objetivo, para que
pudesse lutar por algo, algo que pudesse controlar, por ser extremamente
compulsiva, e então, em meio a uma volta pela cidade, dentro do táxi, decidiu
que voltaria ao lugar e faria uma trilha pelo deserto, mesmo que todas suas
condições na época deixassem a ideia inviável, decidiu que teria 1 ano para
cumprir a promessa.
● Com a definição desse propósito, Lisa percebia que teria de fazer sacrifícios
para cumpri-lo, o que a fez ter uma convicção concreta, de que teria que parar
de fumar para alcançar seu objetivo. Com a mudança desse hábito, Lisa o
substituiu pela corrida, e suplantou um hábito pelo outro.
● Trocando o hábito de fumar, Lisa teve um impacto enorme em toda sua vida,
passou a comer, dormir, guardar dinheiro, organizar seus dias de trabalho,
planos para o futuro, de forma otimizada. Com isso, se tornou uma corredora
considerável, comprou uma casa e ficou noiva.
● Os cientistas notaram que Lisa ainda tinha os hábitos antigos armazenados
em seu cérebro, porém, tinham sido superados pelos novos que a mesma
adquiriu.
● Acreditavam que o que a fez mudar não foi a viagem ao Cairo, nem o divórcio,
nem a travessia, mas sim a mudança de um hábito, o fumo, a maioria dos
participantes passaram pelo mesmo processo, mudando um único hábito, de
ínicio, focando apenas em um padrão, que é conhecido como hábito angular.
● Empresas também usufruem da ciência dos padrões de comportamento,
manipulam os mesmos como forma de transformar como os processos da
organização são executados, com o objetivo de atingir metas que otimizam a
produtividade dos vários setores presentes em uma empresa.
● Procter & Gamble, Starbucks, Target e Alcoa já tiraram proveito dos hábitos
para mudarem a forma como os funcionários trabalham.
● O cérebro de Lisa, ainda produzia impulsos elétricos que a fazia comer em
excesso, por exemplo, e vários outros gatilhos que poderiam fazer com que
ela tivesse os padrões de comportamento antigos, porém, quando tinha esses
gatilhos, uma nova atividade acontecia em seu cérebro, onde os cientistas
acreditavam que a autodisciplina e a inibição comportamental se iniciavam,
para combater seus antigos padrões.
● Lisa era a favorita dos cientistas por que suas tomografias eram bem claras, e
dava aos cientistas a possibilidade de entender melhor a ciência dos hábitos,
que ainda estava no limiar. “Você está nos ajudando a entender como uma
decisão se torna um comportamento automático.”

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