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Projecto Teresa Felipe Elicha 1 Versao
Projecto Teresa Felipe Elicha 1 Versao
O Supervisor
ÍNDICE
0. INTRODUÇÃO........................................................................................................................4
0.1. Delimitação da pesquisa....................................................................................................5
0.2. Problema de pesquisa........................................................................................................5
0.3. Justificativa.......................................................................................................................6
0.4. Objectivos da pesquisa......................................................................................................7
0.4.1. Objectivo geral..............................................................................................................7
0.4.2. Objectivos gerais...........................................................................................................7
CAPÍTULO I: Revisão da Literatura...............................................................................................9
1. A ANSIEDADE: um olhar para as suas implicações no rendimento escolar dos adolescentes
………………………………………………………………………………………………..9
1.1. A adolescência..................................................................................................................9
1.1.1. Características da adolescência.....................................................................................9
1.2. A ansiedade.....................................................................................................................11
1.2.1. Conceito.......................................................................................................................11
1.2.1. Transtorno de ansiedade..............................................................................................12
1.2.1.1. Sintomas e diagnóstico do transtorno de ansiedade................................................13
1.2.1.2. Classificação do transtorno de ansiedade................................................................14
1.3. A ansiedade na escola e o seu impacto na aprendizagem dos alunos.............................16
1.3.1. Envolvimento da família.............................................................................................18
CAPÍTULO II: Metodologia.........................................................................................................19
3.1. Tipo de estudo.....................................................................................................................19
3.1.1. Quanto ao objectivo.........................................................................................................19
3.1.2. Quanto ao método de abordagem....................................................................................19
3.2. População e Amostra..........................................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................22
APÊNDICE....................................................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), os problemas mentais são uma
das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Esta fonte, refere que estudos
retrospectivos demonstraram que a maioria das desordens mentais na idade adulta tem início na
infância e na adolescência, o que demonstra a importância de compreender a dimensão, os
factores de risco e a progressão das desordens mentais em jovens.
Sendo a adolescência uma fase crucial da vida, que constitui um período de transformação e
desafios, na qual múltiplas mudanças físicas, psíquicas, afectivas e sociais ocorrem, “os
adolescentes têm, por vezes, dificuldade em efectuar uma adaptação psicossocial saudável, o que
pode contribuir para o emergir de condições como depressão e ansiedade” (TEMBE, 2010:20).
BRANDÃO (2001:135) afirma que a ansiedade é uma resposta frequente, associada a uma
situação que pode constituir uma ameaça, composta por componentes psicológicos e fisiológicos.
Este autor, acrescenta que a ansiedade abrange as emoções associadas ao medo, sentimentos de
insegurança e antecipação apreensiva, conteúdo de pensamento dominado por catástrofe ou
incompetência pessoal e aumento de vigília ou alerta. BRANDÃO refere que os sintomas
associam-se à redução da qualidade de vida, especialmente no que diz respeito às relações
interpessoais, auto-realização e na redução do rendimento escolar dos adolescentes.
Nesta linha de pensamento, DUMAS (2011:25) explica que o transtorno de ansiedade, pode
interferir no desempenho intelectual a ponto de o indivíduo se sentir menos capaz do que
realmente é, sobretudo no ambiente escolar. Segundo este autor, nesse ambiente o indivíduo é
constantemente colocado sob observação, como em situação de apresentação de trabalhos e em
avaliações, por exemplo, que, por si só, já são consideradas situações ansiogínicas. Assim, a
perturbação do funcionamento adaptativo de adolescentes interessa não só por que limita o seu
desenvolvimento global e interfere em seu progresso escolar, como também, futuramente, poderá
influenciar sua vida profissional.
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A mesma envolverá 60 adolescentes do I Ciclo (8ª, 9ª e 10ª classes) da Escola Secundária Josina
Machel, com idades compreendidas entre 13 e 16 anos.
Neste sentido, corroborando com MARTINS (2020), STALLARD (2010:14) acrescenta que os
transtornos de ansiedade em adolescentes, são comuns e constituem o maior grupo de problemas
de saúde mental durante a infância. Segundo estes autores, eles podem causar um efeito negativo
significativo no funcionamento diário, criar impacto na trajectória do desenvolvimento das
relações interpessoais, com impacto na capacidade de aprendizagem e consequente baixo
rendimento escolar.
Diante desta problemática, o presente trabalho reflectimos sobre a seguinte questão de pesquisa:
Quais são as implicações do transtorno de ansiedade no rendimento escolar dos
adolescentes do I Ciclo da Escola Secundária Josina Machel?
Para além do problema central, outras questões nortearão o desenvolvimento desta pesquisa,
conforme expresso abaixo:
Quais são as causas dos transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola
Secundária Josina Machel?
Quais são os tipos de transtorno de ansiedade mais frequentes nos adolescentes do I Ciclo
da Escola Secundária Josina Machel?
Qual é o envolvimento dos professores, da escola e dos pais e encarregados de educação
nos casos de transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola Secundária
Josina Machel?
1.3. Justificativa
A realização desta pesquisa surge pela necessidade de aliar a teoria aprendida ao longo da
formação curricular;
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Esta pesquisa tem como benefício dar um esclarecimento sobre as implicações do transtorno de
ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes. De igual modo, esperamos ajudar a reduzir o
número de reprovações advindas dos transtornos de ansiedade nos adolescentes, bem como
ajudar o rendimento pedagógico dos adolescentes, incluído a sua retenção na escola. Deste
modo, estaremos a catapultar o alcance dos objectivos e desafios da educação, garantindo uma
sociedade constituída por indivíduos formados impulsionando o desenvolvimento humano e
institucional do país.
Por um lado com tema poder-se-á contribuir para existência de mais artigos sobre o caso em
estudo, enriquecendo desde modo a literatura moçambicana, no que diz respeito as implicações
do transtorno de ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes, podendo fornecer ainda,
subsídios e ferramentas relacionadas com esta problemática.
Propor estratégias de superação dos transtornos de ansiedade nos adolescentes com vista
a melhorar o seu desempenho escolar.
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adolescentes
1.1. A adolescência
Adolescência pode ser definida como uma etapa intermediária do desenvolvimento humano,
entre a infância e a fase adulta, que vai precisamente dos 10 até aos 19 anos. Tem início como
ponto de referência menstruação nas meninas e a primeira ejaculação nos meninos. Caracteriza-
se por mudanças físicas aceleradas e características da fase da puberdade, diferentes do
crescimento e desenvolvimento que ocorrem em ritmo constante na infância. Essas alterações
são influenciadas por factores hereditários, ambientais, nutricionais e psicológicos (OMS, 1994).
Por seu turno, MWAMWENDA (2004:59) entende que a adolescência estende-se dos 10/12 anos
aos 18 ou o mais tardar 21 anos, e é caracterizada pela busca da consolidação da identidade e do
desenvolvimento humano, que inclui grandes mudanças físicas, sociais, emocionais, fisiológicas
e psicológica.
Analisando os conceitos acima apresentados, podemos constatar que todos os autores consideram
que a adolescência é um período do desenvolvimento humano é que o individuo passa por
inúmeras transformações físicas e psicossociais.
RAPPAPORT (1993:54) afirma que a adolescência é um período que suscita muitas mudanças
internas do indivíduo, a fim de que ele possa enfrentar todas estas transformações pelas quais
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passa. Neste sentido, dentre as características inerentes a essa faixa do desenvolvimento humano
pode-se citar, segundo MIRA & LOPEZ (1954) citados por RAPPAPORT (1993), destacam:
Outrossim, SANTOS, NETO e KOLLER (2014) explicam que o pensamento formal, ou seja, a
capacidade de formular hipóteses e de raciocinar de forma dedutiva e indutiva, confere ao
adolescente, dentre outras características:
1.2. A ansiedade
1.2.1. Conceito
De acordo com SIMONETTI (2011:125), a ansiedade foi analisada por muito tempo sob o ponto
de vista filosófico. Entretanto, segundo este autor, existem vários estudos sobre o tema ao longo
da Idade Média e do Renascimento, mas somente no final do século XIX e início do século XX o
conceito adquiriu relevância sob o prisma da psicopatologia. Assim, há várias definições de
ansiedade, sendo que, no presente trabalho destacamos as definições de ansiedade de acordo com
BRANDÃO (2001 e 2007), DAVIDOFF (2001) e ALMEIDA (2008).
Por seu turno, DAVIDOFF (2001:390) descreve a ansiedade “como uma emoção caracterizada
por sentimentos de antecipação de perigo, tensão e sofrimento e por tendências de esquiva e
fuga”.
Por sua vez, ALMEIDA (2008:28) conceitualiza a ansiedade como sendo o sentimento que
acompanha um estado geral de perigo, advertindo as pessoas de que há algo a ser temido no
futuro. Refere-se a um sentimento de inquietação que pode traduzir-se em manifestações de
ordem fisiológica, como agitação, movimentos precipitados, hiperactividade e de ordem
cognitiva, como atenção e vigilância redobrada a determinados aspectos do meio, pensamentos
de possíveis desgraças etc.
Portanto, de acordo com as definições dos autores seleccionados para a nossa pesquisa podemos
reter a ansiedade é uma condição de caracterizando-se por percepções de ameaça, perigo e medo
exagerados, acompanhados de uma subestimação do sujeito acerca de sua própria capacidade de
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enfrentamento da situação. Deste modo, o indivíduo com ansiedade acaba por apresentar uma
tendência a processar informações de forma enviesada, interpretando algumas situações como
exageradamente ameaçadoras.
ASBAHR (2004:47) afirma que os transtornos de ansiedade estão entre as doenças psiquiátricas
mais comuns em crianças e adolescentes, com prevalência de 4% a 20 % dessa população, cuja
variação no percentual pode ser justificada por conta da aplicação de diferentes métodos de
avaliações e instrumentos. Em relação ao sexo, ITO et al (2008:11) consideram que a
probabilidade de os transtornos de ansiedade é a mesma tanto para o sexo feminino quanto para o
masculino. Contudo, os autores verificaram que, exceptuando-se as fobias específicas, os
transtornos pós-traumáticos e transtorno do pânico são mais predominantes em pessoas do sexo
feminino.
Para CASTILHO et al. (2000:63) a ansiedade passa a ser patológica, quando se torna uma
emoção desagradável e incómoda, que surge sem estímulo externo apropriado ou proporcional
para explicá-la, ou seja, quando a intensidade, duração e frequência estão aumentadas e
associadas ao prejuízo no desempenho social, educacional ou profissional do indivíduo. De
acordo com estes autores, é necessário uma avaliação minuciosa para verificar o diferencial entre
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Embora o conjunto de sintomas de ansiedade possa variar de uma pessoa para outra, SADOCK e
SADOCK (2007:631) elencam o que eles chamam de “manifestações periféricas de ansiedade”:
diarreia, vertigem, suor excessivo, aumento dos reflexos e da pressão arterial, palpitações,
dilatação da pupila, agitação, perda dos sentidos, aceleração dos batimentos cardíacos,
formigamento das extremidades, tremores, irritação gástrica e alteração na frequência urinária.
JARROS (2011), descreve, de forma detalhada, os sintomas da ansiedade, conforme podemos
observar abaixo:
Ainda sobre os sintomas da ansiedade, agrupados aqui em três grandes “tipos de respostas” do
organismo, conforme nomeação dada por MÉNDEZ, OLIVARES e BERMEJO (2005:59), pode-
se verificar:
De acordo com a APA (2007) citada por JARROS (2011:29), BRITO (2011) e
DALGALARRONDO (2019) os transtornos de ansiedade podem ser classificados em quatro
grandes grupos, designadamente: (i) transtorno de ansiedade generalizada; (ii) transtorno de
ansiedade de separação; (iii) transtorno de ansiedade social e; (iv) transtorno de pânico.
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Manifesta-se no adolescente por uma preocupação excessiva e mantida em diversas áreas como a
escolaridade, as relações sociais, familiares, a saúde, acontecimentos mundiais e desastres
naturais (BRITO, 2011). DALGALARRONDO (2019) a considera como um quadro que se
caracteriza pela presença de sintomas ansiedade excessiva, na maior parte dos dias, por pelo
menos seis meses quando, se vive angustiado, tenso, preocupado, nervoso ou irritado. Nesses
quadros, são frequentes sintomas como insónia, dificuldade em relaxar, angústia constante,
irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se. São também comuns sintomas físicos
como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura,
formigamento e sudorese fria.
Manifesta-se no adolescente pelo receio em se separar dos seus pais e da sua casa e mostra-se
preocupação por sua saúde e pela saúde dos pais. Há dificuldade em dormir sozinho e
manifestação de pesadelos. Apresentam-se, também, queixas somáticas, recusa em ir à escola.
Por vezes manifesta-se após uma situação preocupante como o divórcio dos pais, a doença ou a
morte de um familiar próximo. O adolescente com ansiedade de separação, quando sozinho,
pode experimentar medo persistente de ocorrer um possível dano ou perda de uma figura de
apego ou de que algum evento trágico possa separá-los por algo acontecer à figura de apego ou a
si próprio. Da mesma forma, há presença de sintomas físicos em situações que envolvem
afastamentos como dor abdominal, cefaleia, náuseas, vómitos, palpitações, tonturas e até
desmaios e pode ocorrer a ansiedade antecipatória (BRITO, 2011:26).
ansiedade exagerada, diante de situações sociais, os adolescentes são levados a evitá-las, o que
impede o desenvolvimento de habilidades sociais, tornando-os pessoas isoladas e solitárias
(DALGALARRONDO, 2019).
d) Transtorno de pânico
Os adolescentes com transtorno de pânico são definidos pela ocorrência repetida de ataques de
pânico e o medo de ter novos ataques. O pico de início é entre 15 e 19 anos, sendo incomum
antes da puberdade (APA, 2014 citada por JARROS, 2011:29). De acordo com esta fonte, a
ansiedade manifesta-se sob a forma de crises intermitentes, com a eclosão de vários sintomas
ansiosos, em número e intensidade significativos, associados às crises agudas e intensas de
ansiedade, pode ou não haver sintomas constantes de ansiedade generalizada, assim, as crises de
pânico são crises marcantes de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema
nervoso autónomo. Nelas ocorrem sintomas como batedeira ou taquicardia, suor frio, tremores,
desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formigamentos em membros, dedos
e/ou lábios. Por seu turno, DALGALARRONDO (2019) acrescenta que nas crises intensas, os
pacientes podem experimentar diversos graus da chamada despersonalização, que se revela como
sensação de a cabeça ficar leve, de o corpo ficar estranho, sensação de perda do controle,
estranhar-se a si mesmo. Pode ocorrer também a desrealização, ou seja, a sensação de que o
ambiente, antes familiar, parece estranho, diferente, não familiar.
O ambiente escolar é formado por alunos que trazem consigo uma conjuntura de factores
internos e externos, ou seja, eles podem trazer para a instituição escolar problemas ligados à sua
própria personalidade ou, de forma extrínseca, apresentar componentes emocionais decorrentes
de suas experiências sociais e de família; por isto que a sala de aula contém situações psíquicas
significativas (BALLONE e MOURA, 2008:28). De acordo com estes autores, as emoções, os
sentimentos e os afectos não desempenham um papel unicamente nos processos interactivos que
ocorrem nas salas de aula, mas também estão envolvidos no próprio ato de aprender.
OLIVEIRA (2012) acredita que o ambiente escolar seja um dos locais propícios para se obter as
informações acerca dos transtornos da ansiedade, já que se faz necessário colher vários dados
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Por isso, DAVIDOFF (2001:401) refere que os alunos sofrem de ansiedade diante de situações
de provas e avaliações relatam que “ficam bloqueados e que dá um branco na mente”. Ao elencar
de forma mais específica algumas características das pessoas ansiosas, DAVIDOFF (2001)
oferece a possibilidade de se vislumbrar algumas situações enfrentadas no contexto escolar,
referentes ao processo de ensino-aprendizagem:
Outrossim, ROSÁRIO et al (2004) são variadas as fontes de ansiedade na escola, como os novos
colegas, professores, aprendizagem do conteúdo, realização de provas. Estes autores, também
destacam que situações mal conduzidas na escola podem gerar e até exacerbar a condição de
ansiedade dos alunos uma vez que toda aprendizagem é acompanhada de certo nível desta
emoção. Por isso, a ansiedade excessiva pode levar o aluno a acreditar que está sendo
atacado/perseguido pelo professor ou pela disciplina em que sente dificuldade.
Portanto, essa situação pode tanto se manifestar a nível cognitivo, como pensamentos recorrentes
de incapacidade, como por meio de somatização, como dores de barriga ou de cabeça. Algumas
crianças se tornam ansiosas devido à pressão dos pais, dos colegas ou de si mesmas em busca de
um óptimo desempenho. Se houver repetição do fracasso na escola, a ansiedade pode aumentar
como consequência do baixo desempenho, principalmente em situações avaliativas, pois pode
haver a diminuição do nível de concentração (OLIVEIRA, 2002).
De acordo com GIL (1999:48), a população é o conjunto de seres animados ou inanimados que
apresentam, pelo menos, uma característica em comum. Por sua vez, RICHARDSON (1999:157)
também define a população somo sendo o conjunto de elementos que possuem determinadas
características. Assim, a população da nossa pesquisa será constituída por todos ao alunos do I
Ciclo (8, 9 e 10 classes) da Escola Secundária Josina Machel.
Em relação a amostra, que segundo GIL (1999) é “um subconjunto do universo ou da população,
por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”.
No presente estudo, a nossa amostra será constituída por 60 alunos de ambos os sexos, sendo 20
alunos por cada classe.
A recolha de dados empíricos será feito com recurso a aplicação da Escala de Ansiedade do
Adolescente (EAA), elaborada por Batista (2007), cujo objectivo é de avaliar o nível de
ansiedade do adolescente e foi baseada em sintomas físicos e psicológicos dos transtornos de
ansiedade descritos pela Classificação Internacional dos Transtornos Mentais e dos Transtornos
de Comportamento (CID-10) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
(DSM-IV-TR).
De acordo com Batista (2007), a Escala de Ansiedade do Adolescente (EAA) possui, como
diferencial, sobretudo a faixa etária que abrange (dos 13 aos 18 anos), além de ser composta por
itens que representam a realidade típica desta fase do desenvolvimento humano, ou seja, da
adolescência.
A Escala contém 41 itens, divididos em 5 factores. Com relação aos itens, 48,78% deles referem-
se aos sintomas físicos da ansiedade, enquanto 51,22% representam os sintomas emocionais ou
sentimentos comuns neste transtorno. A respeito dos cinco factores, eles foram assim divididos:
Primeiro factor (F1): definido como ansiedade cognitivo-institucional, engloba 12 itens
da Escala (os itens 1, 3, 6, 12, 18, 20, 27, 30, 35, 37, 38 e 39), e adquiriu este nome por
conter sintomas tais como: insegurança, cansaço, nervosismo, irritabilidade, sentimentos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALLONE, G. J.; MOURA, E. C. de. Problemas Emocionais na Escola. 2008. Disponível em:
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=127. Acesso em: 15 Maio
2022.
PAPALIA, D. E.;. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
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