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Teresa Felipe Elicha

Licenciatura em Psicologia Educacional

Implicações do Transtorno de Ansiedade no Rendimento Escolar dos Adolescentes I Ciclo


do Ensino Secundário Geral

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
2

Teresa Felipe Elicha

Implicações do Transtorno de Ansiedade no Rendimento Escolar dos Adolescentes I Ciclo


do Ensino Secundário Geral

Monografia Científica a ser apresentado ao


Departamento de Psicologia, Faculdade de
Educação e Psicologia, como requisito parcial
para a obtenção do grau académico de
Licenciatura em Psicologia educacional.

O Supervisor

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
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ÍNDICE
0. INTRODUÇÃO........................................................................................................................4
0.1. Delimitação da pesquisa....................................................................................................5
0.2. Problema de pesquisa........................................................................................................5
0.3. Justificativa.......................................................................................................................6
0.4. Objectivos da pesquisa......................................................................................................7
0.4.1. Objectivo geral..............................................................................................................7
0.4.2. Objectivos gerais...........................................................................................................7
CAPÍTULO I: Revisão da Literatura...............................................................................................9
1. A ANSIEDADE: um olhar para as suas implicações no rendimento escolar dos adolescentes
………………………………………………………………………………………………..9
1.1. A adolescência..................................................................................................................9
1.1.1. Características da adolescência.....................................................................................9
1.2. A ansiedade.....................................................................................................................11
1.2.1. Conceito.......................................................................................................................11
1.2.1. Transtorno de ansiedade..............................................................................................12
1.2.1.1. Sintomas e diagnóstico do transtorno de ansiedade................................................13
1.2.1.2. Classificação do transtorno de ansiedade................................................................14
1.3. A ansiedade na escola e o seu impacto na aprendizagem dos alunos.............................16
1.3.1. Envolvimento da família.............................................................................................18
CAPÍTULO II: Metodologia.........................................................................................................19
3.1. Tipo de estudo.....................................................................................................................19
3.1.1. Quanto ao objectivo.........................................................................................................19
3.1.2. Quanto ao método de abordagem....................................................................................19
3.2. População e Amostra..........................................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................22
APÊNDICE....................................................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é subordinado ao tema “Implicações do Transtorno de Ansiedade no


Rendimento Escolar dos Adolescentes do I Ciclo do Ensino Secundário Geral”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), os problemas mentais são uma
das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Esta fonte, refere que estudos
retrospectivos demonstraram que a maioria das desordens mentais na idade adulta tem início na
infância e na adolescência, o que demonstra a importância de compreender a dimensão, os
factores de risco e a progressão das desordens mentais em jovens.

Sendo a adolescência uma fase crucial da vida, que constitui um período de transformação e
desafios, na qual múltiplas mudanças físicas, psíquicas, afectivas e sociais ocorrem, “os
adolescentes têm, por vezes, dificuldade em efectuar uma adaptação psicossocial saudável, o que
pode contribuir para o emergir de condições como depressão e ansiedade” (TEMBE, 2010:20).

BRANDÃO (2001:135) afirma que a ansiedade é uma resposta frequente, associada a uma
situação que pode constituir uma ameaça, composta por componentes psicológicos e fisiológicos.
Este autor, acrescenta que a ansiedade abrange as emoções associadas ao medo, sentimentos de
insegurança e antecipação apreensiva, conteúdo de pensamento dominado por catástrofe ou
incompetência pessoal e aumento de vigília ou alerta. BRANDÃO refere que os sintomas
associam-se à redução da qualidade de vida, especialmente no que diz respeito às relações
interpessoais, auto-realização e na redução do rendimento escolar dos adolescentes.

Nesta linha de pensamento, DUMAS (2011:25) explica que o transtorno de ansiedade, pode
interferir no desempenho intelectual a ponto de o indivíduo se sentir menos capaz do que
realmente é, sobretudo no ambiente escolar. Segundo este autor, nesse ambiente o indivíduo é
constantemente colocado sob observação, como em situação de apresentação de trabalhos e em
avaliações, por exemplo, que, por si só, já são consideradas situações ansiogínicas. Assim, a
perturbação do funcionamento adaptativo de adolescentes interessa não só por que limita o seu
desenvolvimento global e interfere em seu progresso escolar, como também, futuramente, poderá
influenciar sua vida profissional.
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Neste sentido, o presente trabalho procuraremos compreender as implicações do transtorno de


ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes, desde os factores por de trás desse transtorno
(as causas), as consequências e as respectivas medidas de superação

1.1. Delimitação da pesquisa

Trata-se de uma pesquisa de campo de carácter quanti-qualitativo. Segundo CRESWELL


(2010:15), este tipo de pesquisa combina as abordagens quantitativa e qualitativa, visto que em
pesquisas as áreas de ciências sociais são consideradas complexas e a utilização apenas de uma
abordagem poderia tornar-se inadequada para lidar com essa complexidade.

A mesma envolverá 60 adolescentes do I Ciclo (8ª, 9ª e 10ª classes) da Escola Secundária Josina
Machel, com idades compreendidas entre 13 e 16 anos.

1.2. Problema de pesquisa

A adolescência constitui um período turbulento e com inúmeras transformações físicas,


psicológicas e sociais para o indivíduo. PAPALIA (2013:65) afirma que do ponto de vista
biológico o adolescente passa por um processo de maturação sexual; Na visão neurológica, por
sua vez, há mudanças no desenvolvimento neuronal envolvidas com emoções, autocontrole e
julgamento, com o processamento de emoções e informações de forma diferente no adulto e da
criança; Na dimensão psicossocial, o adolescente se depara com situações diferentes,
relacionadas à formação da identidade, que por vezes gera conflitos e desentendimentos
familiares, acabando por gerar transtornos de ansiedades, entre outros.

MARTINS (2020:5) considera que em adolescentes, têm sido frequente o aparecimento de


transtornos de ansiedade (seja ansiedade generalizada ou transtorno de pânico), transtornos de
humor (depressão) e casos de ideação e/ou pensamento suicida ou de tentativa de suicídio
propriamente dita e de automutilação, além de transtornos referentes à bipolaridade e transtornos
alimentares. Esses problemas, além de causarem preocupação social, sobretudo na comunidade
escolar e nas famílias, também têm sido responsáveis pelas ausências recorrentes de vários
alunos às actividades escolares e pelo índice de afastamento escolar para tratamento de saúde.
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Neste sentido, corroborando com MARTINS (2020), STALLARD (2010:14) acrescenta que os
transtornos de ansiedade em adolescentes, são comuns e constituem o maior grupo de problemas
de saúde mental durante a infância. Segundo estes autores, eles podem causar um efeito negativo
significativo no funcionamento diário, criar impacto na trajectória do desenvolvimento das
relações interpessoais, com impacto na capacidade de aprendizagem e consequente baixo
rendimento escolar.

Diante desta problemática, o presente trabalho reflectimos sobre a seguinte questão de pesquisa:
Quais são as implicações do transtorno de ansiedade no rendimento escolar dos
adolescentes do I Ciclo da Escola Secundária Josina Machel?
Para além do problema central, outras questões nortearão o desenvolvimento desta pesquisa,
conforme expresso abaixo:

 Quais são as causas dos transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola
Secundária Josina Machel?
 Quais são os tipos de transtorno de ansiedade mais frequentes nos adolescentes do I Ciclo
da Escola Secundária Josina Machel?
 Qual é o envolvimento dos professores, da escola e dos pais e encarregados de educação
nos casos de transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola Secundária
Josina Machel?

1.3. Justificativa

Com o tema em causa pretendemos compreender as implicações do transtorno de


ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes. A escolha deste tema para pesquisa é
sustentada por três razões de índole pessoal, social e académico-científico, assim descritas:

(i) A nível pessoal

A realização desta pesquisa surge pela necessidade de aliar a teoria aprendida ao longo da
formação curricular;
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(ii) A nível social

Esta pesquisa tem como benefício dar um esclarecimento sobre as implicações do transtorno de
ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes. De igual modo, esperamos ajudar a reduzir o
número de reprovações advindas dos transtornos de ansiedade nos adolescentes, bem como
ajudar o rendimento pedagógico dos adolescentes, incluído a sua retenção na escola. Deste
modo, estaremos a catapultar o alcance dos objectivos e desafios da educação, garantindo uma
sociedade constituída por indivíduos formados impulsionando o desenvolvimento humano e
institucional do país.

(iii) A nível académico-científico

Por um lado com tema poder-se-á contribuir para existência de mais artigos sobre o caso em
estudo, enriquecendo desde modo a literatura moçambicana, no que diz respeito as implicações
do transtorno de ansiedade no rendimento escolar dos adolescentes, podendo fornecer ainda,
subsídios e ferramentas relacionadas com esta problemática.

1.4. Objectivos da pesquisa

Para o desenvolvimento desta pesquisa, definimos os seguintes objectivos:

1.4.1. Objectivo geral

 Compreender as implicações do transtorno de ansiedade no rendimento escolar dos


adolescentes do I Ciclo da Escola Secundária Josina Machel.

1.4.2. Objectivos gerais


 Identificar as causas dos transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola
Secundária Josina Machel;

 Descrever os tipos de transtorno de ansiedade mais frequentes nos adolescentes do I


Ciclo da Escola Secundária Josina Machel;

 Analisar o envolvimento dos professores, da escola e dos pais e encarregados de


educação nos casos de transtornos de ansiedade nos adolescentes do I Ciclo da Escola
Secundária Josina Machel?
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 Propor estratégias de superação dos transtornos de ansiedade nos adolescentes com vista
a melhorar o seu desempenho escolar.
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CAPÍTULO I: Revisão da Literatura

1. A ANSIEDADE: um olhar para as suas implicações no rendimento escolar dos

adolescentes

1.1. A adolescência

Adolescência pode ser definida como uma etapa intermediária do desenvolvimento humano,
entre a infância e a fase adulta, que vai precisamente dos 10 até aos 19 anos. Tem início como
ponto de referência menstruação nas meninas e a primeira ejaculação nos meninos. Caracteriza-
se por mudanças físicas aceleradas e características da fase da puberdade, diferentes do
crescimento e desenvolvimento que ocorrem em ritmo constante na infância. Essas alterações
são influenciadas por factores hereditários, ambientais, nutricionais e psicológicos (OMS, 1994).

Na perspectiva de ALMEIDA (1999:65), a adolescência é uma fase na qual os indivíduos


vivenciam um conjunto de transformações ligadas a vida social, cultural, psicológica e biológica.
De acordo com este autor, dentre estas mudanças, destacam-se as modificações corporais
desencadeadas pela acção hormonal, sendo que até aos dezoito anos já se encontra concluída a
puberdade. ALMEIDA, também aponta para mudanças comportamentais como rejeição aos pais,
busca de uma identidade autónoma, chamando maior preocupação dos pais.

Por seu turno, MWAMWENDA (2004:59) entende que a adolescência estende-se dos 10/12 anos
aos 18 ou o mais tardar 21 anos, e é caracterizada pela busca da consolidação da identidade e do
desenvolvimento humano, que inclui grandes mudanças físicas, sociais, emocionais, fisiológicas
e psicológica.

Analisando os conceitos acima apresentados, podemos constatar que todos os autores consideram
que a adolescência é um período do desenvolvimento humano é que o individuo passa por
inúmeras transformações físicas e psicossociais.

1.1.1. Características da adolescência

RAPPAPORT (1993:54) afirma que a adolescência é um período que suscita muitas mudanças
internas do indivíduo, a fim de que ele possa enfrentar todas estas transformações pelas quais
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passa. Neste sentido, dentre as características inerentes a essa faixa do desenvolvimento humano
pode-se citar, segundo MIRA & LOPEZ (1954) citados por RAPPAPORT (1993), destacam:

 As alterações morfológicas, que fazem com que o adolescente enfrente modificações em


sua aparência física;
 As alterações bruscas de humor e inconstância, devido a condições orgânicas e
hormonais ainda instáveis;
 A erotização;
 A ansiedade frente aos mistérios da vida e o futuro;
 A necessidade de independência, muitas vezes gerando comportamento opositor e
negativismo;
 A tentativa de consolidar seu papel social e profissional e planificação acerca de diversos
factores da sua vida, como os estudos, sua vida social, e outros.

Outrossim, SANTOS, NETO e KOLLER (2014) explicam que o pensamento formal, ou seja, a
capacidade de formular hipóteses e de raciocinar de forma dedutiva e indutiva, confere ao
adolescente, dentre outras características:

 O incremento da capacidade de crítica argumentativa, o que resulta na característica


talvez mais marcante dessa fase: os conflitos de oposição de ideias;
 Comportamentos impulsivos e distracção, gerados pelo funcionamento ainda parcial do
lobo frontal e consequente imaturidade dos recursos cerebrais de autocontrolo e atenção;
 O desenvolvimento do senso de justiça e igualdade, devido ao raciocínio crítico, mas que
ainda carece de amadurecimento para que as críticas sejam menos concretas e
tendenciosas;
 O aumento da autoconsciência e da meta-cognição, o que leva o adolescente não só a
pensar demasiadamente em si mesmo, como a acreditar na supremacia de seus
pensamentos, sentimentos e convicções perante os demais (o que leva ao que se
denomina de egocentrismo adolescente). O adolescente também se sente em evidência,
resultando na excessiva preocupação com sua aparência física, sua voz, seu jeito de
andar, seu estilo, etc.
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1.2. A ansiedade

1.2.1. Conceito

De acordo com SIMONETTI (2011:125), a ansiedade foi analisada por muito tempo sob o ponto
de vista filosófico. Entretanto, segundo este autor, existem vários estudos sobre o tema ao longo
da Idade Média e do Renascimento, mas somente no final do século XIX e início do século XX o
conceito adquiriu relevância sob o prisma da psicopatologia. Assim, há várias definições de
ansiedade, sendo que, no presente trabalho destacamos as definições de ansiedade de acordo com
BRANDÃO (2001 e 2007), DAVIDOFF (2001) e ALMEIDA (2008).

Neste sentido, de acordo com BRANDÃO (2001:145) a ansiedade é um estado subjectivo de


aflição ou tensão, indefinido ou confuso, causado pela probabilidade de um evento inusitado,
seja um perigo, um sofrimento físico ou algo que demande um empenho específico do indivíduo.
Essas manifestações podem estar associadas a acontecimentos ou situações de natureza
passageira, chamada de ansiedade estado ou constituir uma maneira estável e permanente de
reagir, provavelmente com base na própria constituição individual, a chamada ansiedade traço,
podendo interferir directamente em processos de atenção e provocar prejuízos de aprendizagem e
memória (BRANDÃO, 2007:74).

Por seu turno, DAVIDOFF (2001:390) descreve a ansiedade “como uma emoção caracterizada
por sentimentos de antecipação de perigo, tensão e sofrimento e por tendências de esquiva e
fuga”.

Por sua vez, ALMEIDA (2008:28) conceitualiza a ansiedade como sendo o sentimento que
acompanha um estado geral de perigo, advertindo as pessoas de que há algo a ser temido no
futuro. Refere-se a um sentimento de inquietação que pode traduzir-se em manifestações de
ordem fisiológica, como agitação, movimentos precipitados, hiperactividade e de ordem
cognitiva, como atenção e vigilância redobrada a determinados aspectos do meio, pensamentos
de possíveis desgraças etc.

Portanto, de acordo com as definições dos autores seleccionados para a nossa pesquisa podemos
reter a ansiedade é uma condição de caracterizando-se por percepções de ameaça, perigo e medo
exagerados, acompanhados de uma subestimação do sujeito acerca de sua própria capacidade de
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enfrentamento da situação. Deste modo, o indivíduo com ansiedade acaba por apresentar uma
tendência a processar informações de forma enviesada, interpretando algumas situações como
exageradamente ameaçadoras.

Todavia, SADOCK e SADOCK (2007:630) enfatizam que a ansiedade é comummente


confundida com o medo. Entretanto, estes autores esclarecem que a ansiedade difere-se do medo
por se constituir em um sentimento de “ameaça desconhecida, interna, vaga e conflituosa”. Por
outro lado, o medo geralmente é uma resposta do organismo a algo conhecido, determinado e
externo (BRANDÃO, 2001:153), ou seja o medo é a resposta emocional à ameaça iminente real
ou percebida, enquanto a ansiedade é a antecipação de ameaça futura.

1.2.1. Transtorno de ansiedade

De acordo com SERRA (1989:52) entende-se por transtorno de ansiedade ou ansiedade


patológica aos padrões de resposta exagerada a situações de stresse de média intensidade, e
ocorre mais comummente em indivíduos com uma predisposição neurobiológica, o que os torna
facilmente ansiosos. Este autor, acrescenta que a ansiedade patológica é percebida pela sua
severidade, persistência, associação a eventos neutros e prejuízo significativo no funcionamento
e desenvolvimento psicossocial da criança ou adolescente.

ASBAHR (2004:47) afirma que os transtornos de ansiedade estão entre as doenças psiquiátricas
mais comuns em crianças e adolescentes, com prevalência de 4% a 20 % dessa população, cuja
variação no percentual pode ser justificada por conta da aplicação de diferentes métodos de
avaliações e instrumentos. Em relação ao sexo, ITO et al (2008:11) consideram que a
probabilidade de os transtornos de ansiedade é a mesma tanto para o sexo feminino quanto para o
masculino. Contudo, os autores verificaram que, exceptuando-se as fobias específicas, os
transtornos pós-traumáticos e transtorno do pânico são mais predominantes em pessoas do sexo
feminino.

Para CASTILHO et al. (2000:63) a ansiedade passa a ser patológica, quando se torna uma
emoção desagradável e incómoda, que surge sem estímulo externo apropriado ou proporcional
para explicá-la, ou seja, quando a intensidade, duração e frequência estão aumentadas e
associadas ao prejuízo no desempenho social, educacional ou profissional do indivíduo. De
acordo com estes autores, é necessário uma avaliação minuciosa para verificar o diferencial entre
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preocupações, medos e timidez apropriados ao desenvolvimento normal com um diagnóstico de


transtorno de ansiedade que deve ser feito levando em conta o quanto de prejuízo que tais
sintomas causam no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes na vida
do adolescente.

1.2.1.1. Sintomas e diagnóstico do transtorno de ansiedade

De um modo geral, os adolescentes tipicamente têm preocupações e medos relacionados ao


desempenho social e académico e com questões relacionadas à saúde. Dessa forma, no que tange
ao diagnóstico dos transtornos de ansiedade, sempre se deve levar em conta as características
típicas da faixa etária de desenvolvimento (JARROS, 2011:24). Assim, segundo a American
Psychological Association APA (2007) citada por JARROS (2011:24) ataques de raiva, crises de
choro e irritabilidade frequentemente ocorrem em adolescentes com transtornos de ansiedade
podem ser mal interpretados como sendo oposição ou desobediência quando na realidade são
manifestações de medo ou esforços para evitar situações desencadeadoras de ansiedade.

Embora o conjunto de sintomas de ansiedade possa variar de uma pessoa para outra, SADOCK e
SADOCK (2007:631) elencam o que eles chamam de “manifestações periféricas de ansiedade”:
diarreia, vertigem, suor excessivo, aumento dos reflexos e da pressão arterial, palpitações,
dilatação da pupila, agitação, perda dos sentidos, aceleração dos batimentos cardíacos,
formigamento das extremidades, tremores, irritação gástrica e alteração na frequência urinária.
JARROS (2011), descreve, de forma detalhada, os sintomas da ansiedade, conforme podemos
observar abaixo:

a) Excitação psicológica – que inclui: temor antecipatório; irritabilidade; sensibilidade ao


barulho; inquietação; dificuldade de concentração e pensamentos de preocupação;
b) Excitação autonómica – que apresenta distúrbios do tipo: gastrintestinal (boca seca,
dificuldade de deglutição, desconforto epigástrico, flatulência excessiva e evacuações
frequentes ou soltas); respiratório (compressão torácica e dificuldade na inspiração);
cardiovascular (palpitações, desconforto torácico e consciência das batidas ausentes);
genitourinário (micção frequente ou urgente, fracasso na erecção, desconforto menstrual
e amenorreia); tensão muscular (tremor, cefaleia e dores musculares); hiperventilação
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(tontura, formigamento das extremidades e sensação de falta de ar); e distúrbios do sono


(insónia e terror nocturno).

Ainda sobre os sintomas da ansiedade, agrupados aqui em três grandes “tipos de respostas” do
organismo, conforme nomeação dada por MÉNDEZ, OLIVARES e BERMEJO (2005:59), pode-
se verificar:

a) Respostas psicofisiológicas – em que ocorre notável aumento das funções vegetativas,


reflectindo, sobretudo, nas respostas electrotérmicas (elevação da acção das glândulas
sudoríparas, sobretudo nas mãos); cardiovasculares (aumento da frequência e intensidade
das contracções cardíacas; aumento da pressão arterial e a taxa do pulso; alteração da cor
da pele e da temperatura devido modificação no fluxo sanguíneo); e outras (elevação do
tónus muscular; aumento da taxa respiratória, gerando impressão de sufocamento, falta
de ar, suspiros, dentre outros);
b) Respostas motoras – interferem no comportamento motor do indivíduo frente a situações
ansiogínicas, fazendo com que ele se esquive do estímulo que causa a ansiedade, seja
agindo (esquiva activa), ou deixando de agir (esquiva passiva) de determinada forma, ou
mesmo fugindo da situação conflituosa, além de respostas do comportamento motor
verbal (tremor na voz, bloqueios, gagueiras, repetição etc.), ou não verbal (tiques
nervosos, tremor, gestos involuntários com o rosto etc.);
c) Respostas cognitivas – relacionadas a pensamentos e imagens mentais sobre as situações
que causam fobia, caracterizadas por percepções distorcidas de estímulos que pareçam
ameaçadores, além do medo das próprias reacções inapropriadas ou autocrítica negativa
relativa aos sintomas vivenciados pela ansiedade (o indivíduo se culpa ou se desvaloriza
por apresentar os sintomas ansiosos).

1.2.1.2. Classificação do transtorno de ansiedade

De acordo com a APA (2007) citada por JARROS (2011:29), BRITO (2011) e
DALGALARRONDO (2019) os transtornos de ansiedade podem ser classificados em quatro
grandes grupos, designadamente: (i) transtorno de ansiedade generalizada; (ii) transtorno de
ansiedade de separação; (iii) transtorno de ansiedade social e; (iv) transtorno de pânico.
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a) Transtorno de ansiedade generalizada

Manifesta-se no adolescente por uma preocupação excessiva e mantida em diversas áreas como a
escolaridade, as relações sociais, familiares, a saúde, acontecimentos mundiais e desastres
naturais (BRITO, 2011). DALGALARRONDO (2019) a considera como um quadro que se
caracteriza pela presença de sintomas ansiedade excessiva, na maior parte dos dias, por pelo
menos seis meses quando, se vive angustiado, tenso, preocupado, nervoso ou irritado. Nesses
quadros, são frequentes sintomas como insónia, dificuldade em relaxar, angústia constante,
irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se. São também comuns sintomas físicos
como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura,
formigamento e sudorese fria.

b) Transtorno de ansiedade de separação

Manifesta-se no adolescente pelo receio em se separar dos seus pais e da sua casa e mostra-se
preocupação por sua saúde e pela saúde dos pais. Há dificuldade em dormir sozinho e
manifestação de pesadelos. Apresentam-se, também, queixas somáticas, recusa em ir à escola.
Por vezes manifesta-se após uma situação preocupante como o divórcio dos pais, a doença ou a
morte de um familiar próximo. O adolescente com ansiedade de separação, quando sozinho,
pode experimentar medo persistente de ocorrer um possível dano ou perda de uma figura de
apego ou de que algum evento trágico possa separá-los por algo acontecer à figura de apego ou a
si próprio. Da mesma forma, há presença de sintomas físicos em situações que envolvem
afastamentos como dor abdominal, cefaleia, náuseas, vómitos, palpitações, tonturas e até
desmaios e pode ocorrer a ansiedade antecipatória (BRITO, 2011:26).

c) Transtorno de ansiedade social

Manifesta-se em contextos sociais como acontecimentos musicais, desportivos e outros. O


adolescente apresenta queixas somáticas, evita os locais que ele pensa que lhe desencadeiam
mal-estar e relata um intenso desconforto em uma ampla variedade de situações, que, em geral,
acontecem diariamente. Esse desconforto é caracterizado por sintomas somáticos de ansiedade,
como tremores, rubor, sudorese, palpitações, falta de ar, calafrios, ondas de calor medo intenso e
persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao contacto interpessoal, demonstrar
capacidade de desempenho ou participar de situações competitivas e de cobrança Devido à
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ansiedade exagerada, diante de situações sociais, os adolescentes são levados a evitá-las, o que
impede o desenvolvimento de habilidades sociais, tornando-os pessoas isoladas e solitárias
(DALGALARRONDO, 2019).

d) Transtorno de pânico

Os adolescentes com transtorno de pânico são definidos pela ocorrência repetida de ataques de
pânico e o medo de ter novos ataques. O pico de início é entre 15 e 19 anos, sendo incomum
antes da puberdade (APA, 2014 citada por JARROS, 2011:29). De acordo com esta fonte, a
ansiedade manifesta-se sob a forma de crises intermitentes, com a eclosão de vários sintomas
ansiosos, em número e intensidade significativos, associados às crises agudas e intensas de
ansiedade, pode ou não haver sintomas constantes de ansiedade generalizada, assim, as crises de
pânico são crises marcantes de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema
nervoso autónomo. Nelas ocorrem sintomas como batedeira ou taquicardia, suor frio, tremores,
desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formigamentos em membros, dedos
e/ou lábios. Por seu turno, DALGALARRONDO (2019) acrescenta que nas crises intensas, os
pacientes podem experimentar diversos graus da chamada despersonalização, que se revela como
sensação de a cabeça ficar leve, de o corpo ficar estranho, sensação de perda do controle,
estranhar-se a si mesmo. Pode ocorrer também a desrealização, ou seja, a sensação de que o
ambiente, antes familiar, parece estranho, diferente, não familiar.

1.3. A ansiedade na escola e o seu impacto na aprendizagem dos alunos

O ambiente escolar é formado por alunos que trazem consigo uma conjuntura de factores
internos e externos, ou seja, eles podem trazer para a instituição escolar problemas ligados à sua
própria personalidade ou, de forma extrínseca, apresentar componentes emocionais decorrentes
de suas experiências sociais e de família; por isto que a sala de aula contém situações psíquicas
significativas (BALLONE e MOURA, 2008:28). De acordo com estes autores, as emoções, os
sentimentos e os afectos não desempenham um papel unicamente nos processos interactivos que
ocorrem nas salas de aula, mas também estão envolvidos no próprio ato de aprender.

OLIVEIRA (2012) acredita que o ambiente escolar seja um dos locais propícios para se obter as
informações acerca dos transtornos da ansiedade, já que se faz necessário colher vários dados
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que compõem o carácter multidimensional do transtorno, desde aspectos somáticos e


emocionais, até os intelectivos e de comportamento.

Por isso, DAVIDOFF (2001:401) refere que os alunos sofrem de ansiedade diante de situações
de provas e avaliações relatam que “ficam bloqueados e que dá um branco na mente”. Ao elencar
de forma mais específica algumas características das pessoas ansiosas, DAVIDOFF (2001)
oferece a possibilidade de se vislumbrar algumas situações enfrentadas no contexto escolar,
referentes ao processo de ensino-aprendizagem:

 Os alunos excessivamente ansiosos se dispersam facilmente, apresentando problemas de


atenção; assim, ao invés de prestarem atenção ao que está sendo transmitido, acabam
focando nas sensações provocadas pela ansiedade: dores físicas, sentimento de
inadequação, medo do insucesso etc.;
 Os alunos altamente ansiosos utilizam de forma parcial as indicações que são dadas em
tarefas intelectuais; desta maneira, acabam não se atentando aos procedimentos ou
complexidade da tarefa, tornando-se mais propensos a interpretar de forma equivocada o
que está lendo ou fazendo;
 As pessoas que são muito ansiosas, ao processarem as informações, não as organizam e
elaboram, ao contrário daquelas que têm menos ansiedade;
 Os altamente ansiosos têm a tendência de ser menos adaptáveis; desta forma, em
situações em que a aprendizagem demanda flexibilidade, estes indivíduos têm dificuldade
em alternar suas técnicas e tácticas para aprender.

Outrossim, ROSÁRIO et al (2004) são variadas as fontes de ansiedade na escola, como os novos
colegas, professores, aprendizagem do conteúdo, realização de provas. Estes autores, também
destacam que situações mal conduzidas na escola podem gerar e até exacerbar a condição de
ansiedade dos alunos uma vez que toda aprendizagem é acompanhada de certo nível desta
emoção. Por isso, a ansiedade excessiva pode levar o aluno a acreditar que está sendo
atacado/perseguido pelo professor ou pela disciplina em que sente dificuldade.

Corroborando com o posicionamento de ROSÁRIO et al (2004), OLIVEIRA (2012) considera


que os níveis elevados de ansiedade têm efeitos negativos sobre o desempenho académico, pois
pode provocar distracção, diminuindo a atenção e a capacidade do processamento da informação.
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Portanto, essa situação pode tanto se manifestar a nível cognitivo, como pensamentos recorrentes
de incapacidade, como por meio de somatização, como dores de barriga ou de cabeça. Algumas
crianças se tornam ansiosas devido à pressão dos pais, dos colegas ou de si mesmas em busca de
um óptimo desempenho. Se houver repetição do fracasso na escola, a ansiedade pode aumentar
como consequência do baixo desempenho, principalmente em situações avaliativas, pois pode
haver a diminuição do nível de concentração (OLIVEIRA, 2002).

1.3.1. Envolvimento da família

OLIVEIRA (2012) o envolvimento da família com o processo educacional do aluno com


transtorno de ansiedade é um factor primordial, na medida em que, o acompanhamento e o apoio
da família não só ajudam no sucesso académico do aluno, como o auxiliam a se fortalecer e
desenvolver emocional e socialmente; afinal, a família é um imprescindível factor de protecção
aos jovens - assim como às crianças.
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CAPÍTULO II: Metodologia

O presente capítulo é exclusivamente dedicado à metodológico a ser utilizado no estudo, a


descrição da abordagem, a população, a caracterização da amostra, as técnicas de recolha de
dados bem como os procedimentos a serem usados no tratamento dos dados.

3.1. Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa aplicada de carácter quanti-qualitativo. Segundo CRESWELL


(2010:15), este tipo de pesquisa combina as abordagens quantitativa e qualitativa, visto que em
pesquisas as áreas de ciências sociais são consideradas complexas e a utilização apenas de uma
abordagem poderia tornar-se inadequada para lidar com essa complexidade.

3.1.1. Quanto ao objectivo

Em relação ao objectivo, o estudo é essencialmente descritivo. De acordo com GIL (1999:106),


as pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Na
mesma linha de pensamento com GIL (1999:106), Teixeira (2000:118) afirma que a pesquisa
descritiva visa descrever as características conhecidas ou componentes no facto, fenómeno ou
representação.

3.1.2. Quanto ao método de abordagem

Quanto ao método de abordagem, recorreu-se ao método hipotético – dedutivo partindo de


princípio que para se realizar a pesquisa ter-se-á como ponto de partida um problema que é
resultante da observação directa da realidade, para o qual, procura-se uma solução.
Parafraseando GIL (1999:30) pode-se perceber que no método hipotético – dedutivo “quando os
conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um
fenómeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são
formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que
deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas das
hipóteses.
20

3.2. População e Amostra

De acordo com GIL (1999:48), a população é o conjunto de seres animados ou inanimados que
apresentam, pelo menos, uma característica em comum. Por sua vez, RICHARDSON (1999:157)
também define a população somo sendo o conjunto de elementos que possuem determinadas
características. Assim, a população da nossa pesquisa será constituída por todos ao alunos do I
Ciclo (8, 9 e 10 classes) da Escola Secundária Josina Machel.

Em relação a amostra, que segundo GIL (1999) é “um subconjunto do universo ou da população,
por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”.
No presente estudo, a nossa amostra será constituída por 60 alunos de ambos os sexos, sendo 20
alunos por cada classe.

3.1. Técnicas e Instrumentos de Pesquisa

LAVILLE e DIONNE (1999), definem técnica de pesquisa como sendo o “procedimento


empregado para recolher dados de pesquisa ou para analisá-los”.

A recolha de dados empíricos será feito com recurso a aplicação da Escala de Ansiedade do
Adolescente (EAA), elaborada por Batista (2007), cujo objectivo é de avaliar o nível de
ansiedade do adolescente e foi baseada em sintomas físicos e psicológicos dos transtornos de
ansiedade descritos pela Classificação Internacional dos Transtornos Mentais e dos Transtornos
de Comportamento (CID-10) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
(DSM-IV-TR).
De acordo com Batista (2007), a Escala de Ansiedade do Adolescente (EAA) possui, como
diferencial, sobretudo a faixa etária que abrange (dos 13 aos 18 anos), além de ser composta por
itens que representam a realidade típica desta fase do desenvolvimento humano, ou seja, da
adolescência.
A Escala contém 41 itens, divididos em 5 factores. Com relação aos itens, 48,78% deles referem-
se aos sintomas físicos da ansiedade, enquanto 51,22% representam os sintomas emocionais ou
sentimentos comuns neste transtorno. A respeito dos cinco factores, eles foram assim divididos:
 Primeiro factor (F1): definido como ansiedade cognitivo-institucional, engloba 12 itens
da Escala (os itens 1, 3, 6, 12, 18, 20, 27, 30, 35, 37, 38 e 39), e adquiriu este nome por
conter sintomas tais como: insegurança, cansaço, nervosismo, irritabilidade, sentimentos
21

de perseguição, pessimismo, dificuldade de assumir responsabilidades, incapacidade para


resolver problemas, culpabilidade e dificuldade para lembrar-se de algo;
 Segundo factor (F2): ficou definido como ansiedade antecipatória ou sensibilidade à
ansiedade. As situações e sintomas agrupados nesse factor dizem respeito a preocupações
e medos referentes à vida adulta e ao futuro; medos envolvendo os familiares; medo
exagerado de pessoas desconhecidas e medos referentes à própria integridade física.
Fazem parte desse factor 10 itens da Escala: os itens 8, 11, 16, 19, 22, 25, 32, 33, 34 e 40;
 Terceiro factor (F3): recebeu o nome de ansiedade no relacionamento afectivo, sexual e
social e engloba 9 itens da Escala: itens de número 4, 7, 14, 17, 21, 24, 29, 36 e 41. O F3
diz respeito a atitudes, comportamentos ou sintomas como preocupação com a actividade
sexual, dificuldades e nervosismo em estar com a pessoa por quem sente afecto ou em
namorar, medo de ser rejeitado ou abandonado pelos amigos, receio de ficar exposto ou
ser controlado pelos colegas;
 Quarto factor (F4): sob a definição de ansiedade emocional, o F4 contempla 5 itens da
Escala (números 5, 9, 26, 28 e 31) referentes às emoções ligadas aos sentimentos de
irritabilidade, de aborrecimento e nervosismo.
 Quinto factor (F5): definido como ansiedade sintomática, refere-se aos sintomas físicos
da ansiedade, assim como tensão nos ombros, dores corporais, tonturas e falta de ar.
Assim como o F4, o quinto factor também contempla 5 itens da Escala de Ansiedade do
As respostas da Escala de Ansiedade do Adolescente (EAA) são do tipo Likert, com três pontos,
em que o respondente assinala a frequência dos sintomas. Cada frase da Escala é pontuada,
atribuindo-se os seguintes valores às respostas assinaladas: sempre = 2 pontos; às vezes = 1
ponto; e nunca = 0 ponto.
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