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TRIO BRASILEIRO DE

CHORO
O TRIO

Dentro de toda a história do Choro, primeiro gênero musical genuinamente brasileiro, não
existe formação mais emblemático do que o conjunto de três pessoas, os famosos "ternos"
como eram chamados na virada do século XIX para o século XX.

Foi com esse tipo de formação, se utilizando de um solista e de dois acompanhadores, que os
primeiros Choros foram gravados nos pimórdios da indústria fonográfica brasileira. Podemos
encontrar vestígios de quase duas décadas de gravações que tiveram a participação dos
ternos. É inspirado nesta formação tão tradicional e nobre, que nasce o Trio Brasileiro de
Choro

O Trio é formado por Fernando Dalcin, João Pita e Yuri Reis, três jovens oriundos de duas
cidades importantes para a consolidação do Choro no Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. Com
a ausência de instrumentos de percussão, a sonoridade do trio composto por bandolim, violão
e cavaquinho, remete a estética sonora primária do Choro. Com uma sonoridade popular
camerística, o trio apresenta as duas principais características do Choro, o sentimento e o
balanço.
O CONCERTO

O trio faz parte de uma geração de músicos que vem buscando expandir o alcance de público
do Choro, desenvolvendo trabalhos que prezam por uma profunda fundamentação em toda
a história do gênero. O espetáculo "Chorosidade", apresenta ao público quatro compositores
fundamentais para a formação, não só do Choro, mas para a formação da música popular
brasileira. São eles, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha
Gonzaga. O espetáculo é uma espécie de fotografia extraída da alma musical de cada um dos
quatro homenageados.

Através de um repertório rigorosamente selecionado, o nosso objetivo central é apresentar o


vastíssimo mundo dos sons, desse gênero musical, que constituiu a base da cultura sonora
do nosso país. Este espetáculo tem caráter informal, como em uma roda de Choro, na qual os
músicos irão tocar e interagir com o público, conversando e informando sobre a obra e a
biografia de cada compositor homenageado.
FERNANDO DALCIN

Aos nove anos, motivado pelos discos de Choro que


haviam em casa, iniciou seus estudos no cavaquinho
de maneira autodidata. Anos mais tarde, tendo
escolhido o bandolim como seu instrumento
principal e o Choro como sua linguagem, Fernando
teve o privilégio de crescer nas rodas de Choro da
cidade, aprendendo através da convivência com
músicos mais velhos, dentre eles, os bandolinistas
Milton Mori, Danilo Brito e Izaías Bueno de Almeida.

Em 2019 foi apontado pela Rádio Batuta (rádio do


Instituto Moreira Salles) como um dos principais
jovens solistas de Choro da atualidade. O
bandolinista se apresentou como solista em
grandes palcos do Brasil, como: Auditório
Ibirapuera, Auditório BNDES, Auditório do Instituto
Moreira Salles de São Paulo, Casa do Choro do Rio
de Janeiro, Centro Cultural São Paulo e diversos
outros. No início de 2019, realizou sua primeira
turnê pela Europa.

Fernando Dalcin também atua na área de pesquisa


em Música Popular Brasileira, direcionada ao Choro.
Fernando já participou como colaborador nos
documentários “Vibrações-O som de Jacob do
Bandolim” e "Izaías Bueno de Almeida e a Memória
Viva do Choro”. Tambémarticipou como colaborador
do projeto "Libersound", projeto realizado pelo
Instituto de Etnomusicologia de Portugal.

Em 2021 lançou o EP "Número Um", contendo uma


regravação e dois choros inéditos de Juventino
Maciel.
Atualmente o músico reside em Lisboa e possui
trabalhos cem por cento ligados ao Choro, são eles:
o Duo Alma Brasileira, junto do violonista Yuri Reis e
o Trio Brasileiro de Choro, com Yuri Reis e João Pita.
Além disso, faz parte do time de acompanhamento
da cantora brasileira Nani Medeiros. Dalcin também
é representante da marca brasileira "Rouxinol", para
quem desenvolveu a nova fórmula de
encordoamento tradicional para bandolim.

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JOÃO PITA

João Pita é natural da cidade de São Paulo. Aos 15


anos iniciou seus estudos no violão. Durante um longo
período teve aulas com o violonista Valdo Gonzaga na
antiga U.L.M. Tempos mais tarde, teve aulas
particulares com o violonista Paulo Bellinati.
Interessado na linguagem do Choro, João teve aulas
recorrentes com Mauricio Carrilho na Escola Portátil no
Rio de Janeiro. Em São Paulo, teve aulas com Luizinho
Sete Cordas e Edmilson Capelupi. Outra figura
importante em seu aprendizado foi o compositor
Eduardo Gudin.

Além de ser especialista em acompanhamento de


Choro, João se destaca pelo seu acompanhamento de
Samba. Em sua trajetória acompanhou diversos
artistas, destacando-se Dona Ivone Lara, Wilson
Moreira, Elton Medeiros, Roberto Silva, Monarco,
Nelson Sargento, Cristina Buarque, Eduardo Gudin,
Fabiana Cozza, Vânia Bastos, Zélia Duncan entre
outros. Além disso, é um dos fundadores dos
aclamados conjuntos "Regional Imperial" e
"Batuqueiros e sua Gente".

O violão de João Pita é presença constante na


discografia atual do Choro e do Samba. Em gravações,
já acompanhou diversos artistas como: Déo Rian,
Antonio Rocha(flauta), Samuca do Acordeon, Henrique
Araújo, Regional Paulista, Lucas Arantes, Allan Abbadia,
Marcos Sacramento, Alcione, Cauby Peixoto, Monarco,
Nelson Sargento, Crisitina Buarque, Rolando Boldrin,
Fabiana Cozza, Alaíde Costa, Francineth Germano,
Ataulpho Alves Junior, Douglas Germano, Roberto
Seresteiro, João de Almeida Neto, Tuco Pellegrino, Nani
Medeiros, Artur Padua, dentre outros.

João também se destaca no acompanhamento de


Fado. João é um dos colaboradores do CANAL GP,
criado pelo guitarrista Ricardo Araújo, com quem
realizou diversos trabalhos em palco e em estúdio.
Atualmente João reside em Lisboa. Durante sua
trajetória no país, acompanhou grandes artistas do
Fado como: Ana Sofia Varela, Mário Pacheco, Joana
Amendoeira, Zé Maria, Marta Pereira da Costa, entre
outros.
Além disso desenvolve um trabalho sólido ao lado da
cantora brasileira Nani Medeiros, com quem já realizou
diversos trabalhos dentro e fora de Portugal, como
Espanha, Alemanha e Grécia.
YURI REIS

Iniciou-se na musica através do Choro aos treze


anos com o cavaquinho. Iniciou seus estudos no
instrumento com Luciana Rabello e Jayme Vignolli.
Anos mais tarde foi aluno do cavaquinhista Júlio
Leite, integrante do conjunto "Noites Cariocas"
chefiado pelo bandolinista Déo Rian.

No Choro e no samba, entre concertos e gravações,


já trabalhou ao lado de grandes músicos, como Joel
Nascimento, Maurício Carrilho, Pedro Amorim,
Antônio Rocha, Ronaldo do Bandolim, Jorginho do
Pandeiro, Carlinhos Leite(Conjunto Época de Ouro),
Regional Imperial, Danilo Brito, Monarco, Valter
Alfaiate, Amélia Rabello, Cristina Buarque, dentre
diversos outros.

Além de especialista em acompanhamento de


Choro e Samba, Yuri também tem se dedicado ao
estudo profundo do acompanhamento de Fado,
tendo acompanhado artistas do gênero dentro e
fora de Portugal, como França e Espanha.
Dentre eles podemos citar Maria da Nazaré, Ada de
Castro, Leonor Santos, Helena Sarmento, Tânia
Oleiro e António Cerqueira. Participou do filme "100
Guitarras para Amália", gravado nos Paços do
Conselho da Câmara Municipal de Lisboa e
transmitido pela emissora de televisão portuguesa,
RTP1.

Atualmente Yuri Reis possui diversos trabalhos em


paralelo. Em 2019 lançou o disco "Saudade", em
duo com o guitarrista português Miguel Amaral. No
mesmo ano, estreou em Portugal o Duo Alma
Brasileira, junto do bandolinista Fernando Dalcin.
Em 2022 lança o EP "Liberdade, Liberdade" junto da
cantora portuguesa Helena Sarmento.

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