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Universidade São Judas Tadeu

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde


Curso de Psicologia

Lidiane Baptista Elias

Suicídio em tempos de pandemia


Uma Revisão Integrativa

São Paulo
2021
Universidade São Judas Tadeu
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Psicologia

Lidiane Baptista Elias

Suicídio em tempos de pandemia


Uma Revisão Integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no formato de artigo ao Curso de Psicologia da


Universidade São Judas como parte de requisitos para obtenção do grau de Psicólogo.

Orientador: Prof. Ms. André Luiz de Sousa

São Paulo
2021

Universidade São Judas Tadeu


Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Psicologia

Lidiane Baptista Elias

Suicídio em tempos de pandemia


Uma Revisão Integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no formato de artigo ao Curso de


Psicologia da Universidade São Judas como parte dos requisitos para obtenção do
grau de Psicólogo.

Área de concentração: P10 - Núcleo Cognitivo Comportamental


RESUMO

Contextualização: O suicídio é conceituado como um ato voluntário por meio do qual o

indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. (Vieira, 2008). Objetivo: o

presente estudo tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão da literatura

disponível, possíveis alterações na taxa de suicídio no Brasil em período de pandemia e

quais fatores contribuíram para essa alteração. Metodologia: Buscou-se artigos nas bases

de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PUBMED, Biblioteca Virtual

da Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e Google

acadêmico, delimitados aos idiomas: português, inglês e Espanhol. Análise dos

resultados: Esse estudo foi composto por 14 publicações. A análise dessas literaturas,

validam os dados apresentados, descrevendo que atualmente não é possível comprovar as

alterações nas taxas de suicídio, uma vez que os últimos estudos e estatísticas

disponibilizados, ocorreram antes do período de pandemia, sendo necessário uma análise

preventiva da situação. Considerações finais: O suicídio ainda é banalizado,

principalmente no Brasil, segundo a OMS, mais de 90% dos pacientes que se suicidaram

no país, tinham algum tipo de transtorno mental relacionado, a maioria era diagnosticado

com depressão, uma doença que não é tratada com seriedade por preconceito ou até

mesmo desconhecimento de seus sintomas. De acordo com as literaturas analisadas e as

buscas realizadas, observa-se uma baixa quantidade de conteúdos disponíveis sobre o

suicídio no país, em comparação aos demais países da américa latina, mesmo com um

aumento da taxa de suicídios no Brasil nos últimos 10 anos, sendo necessário um

aprofundamento e maior enfoque no tema.

Palavras-chave: Suicídio, Pandemia, isolamento social, saúde mental, Covid-19,

Prevenção.
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ABSTRACTO

Contextualización: O el suicidio se concibe como un acto voluntario mediante el cual el

individuo pretende y provoca su propia muerte. (Vieira, 2008). Objetivo: presento este

estudio con el objetivo de analizar, a través de una revisión de la literatura disponible,

posibles cambios en las tasas de suicidio en Brasil durante un período pandémico y cuatro

factores que contribuyen a este cambio. Metodología: Búsqueda en Biblioteca

Electrónica Científica Online (SCIELO), PUBMED, Biblioteca Virtual en Salud (BVS),

Literatura Latinoamericana en Ciencias de la Salud (LILACS) y bases de datos

académicas de Google, divididas en dos idiomas: portugués, inglés y español. Analizar

dos resultados: Este estudio consta de 14 publicaciones. Tras analizar esta literatura,

validamos los datos presentados, no creyendo que actualmente no sea posible verificar

cambios en la tasa de suicidios, ya que los últimos estudios y estadísticas disponibles

ocurren antes del período pandémico, requiriendo un análisis preventivo de la situación.

Consideraciones finales: O incluso suicidio trivializado, especialmente fuera de Brasil,

según la OMS, más del 90% de dos pacientes que se suicidaron en cualquier país, con

algún tipo de trastorno mental relacionado, fueron mayoritariamente diagnosticados con

depresión, una enfermedad que no fue grave. tratado por el prejuicio o incluso la misma

insatisfacción con sus síntomas. De acuerdo con la literatura analizada y las búsquedas

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A correspondência relacionada a este artigo deve ser enviada para Lidiane Baptista Elias,
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realizadas, observamos una baja cantidad de contenido disponible sobre suicidio en el

país, en comparación con otros países de América Latina, lo mismo que un aumento en

la tasa de suicidio en Brasil en los últimos 10 años. A base profunda y un mejor enfoque,

no temas.

Palabras clave: Suicidio, Pandemia, Aislamiento social, Salud mental, Covid-19,

Prevención.

ABSTRACT

Contextualization: Or suicide is conceived as a voluntary act through which the

individual intends and causes his own death. (Vieira, 2008). Objective: I present this

study with the aim of analyzing, through a review of the available literature, possible

changes in suicide rates in Brazil during a pandemic period and four factors that

contribute to this change. Methodology: Search in Scientific Electronic Library Online

(SCIELO), PUBMED, Virtual Health Library (VHL), Latin American Literature in

Health Sciences (LILACS) and academic Google databases, divided into two languages:

Portuguese, English and Spanish . Analyze two results: This study consisted of 14

publications. After analyzing these literatures, we validated the data presented, not

believing that it is currently not possible to verify changes in the suicide rate, since the

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latest studies and statistics available occur before the pandemic period, requiring a

preventive analysis of the situation. Final Considerations: Or even trivialized suicide,

especially outside Brazil, according to the WHO, more than 90% two patients who

committed suicide in any country, with some type of related mental disorder, were mostly

diagnosed with depression, a disease that was not severely treated by prejudice or even

the same dissatisfaction with its symptoms. According to the literature analyzed and the

searches carried out, we observed a low amount of content available on suicide in the

country, compared to other Latin American countries, the same as an increase in the

suicide rate in Brazil in the last 10 years. a deep foundation and a better approach, fear

not.

Keywords: Suicide, Pandemic, Social Isolation, Mental Health, Covid-19, Prevention.

Sumário

1.INTRODUÇÃO

1.1 Suicídio - Conceituação

1.2 Pandemia x Covid-19

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1.3 Suicídio no Brasil e no Mundo

1.4 Classificações médicas

1.5 Prevenção ao suicídio em tempos de pandemia

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo geral

2.2 Objetivos específicos

2.3 Pergunta norteadora

3. Justificativa

4.Metodologia

5. Resultados e discussão

6. Considerações finais

7. Referências bibliográficas

1. INTRODUÇÃO

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O presente estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão da literatura

disponível, possíveis alterações na taxa de suicídio em período de pandemia e quais são

os fatores que contribuem para o aumento da taxa de suicídio.

Essa revisão visa apresentar elementos que possibilitem contribuir com a visibilidade,

possíveis causas e principais métodos de prevenção. Esse tema tem se tornado de extrema

importância, uma vez que seu agravante impacta diretamente no principal objetivo da

Psicologia como ciência, pois a diminuição desses índices contribuirá para salvar vidas.

1.1 Suicídio - Conceituação

O suicídio é considerado como uma questão de saúde pública mundial, com a pandemia,

essa situação tem se tornado alarmante, pois o isolamento social associado a fatores

socioeconômicos e demais, tem agravado cada vez mais a situação, aumentando os fatores

de risco para sua ocorrência (OPAS, 2020).

O suicídio é uma palavra originada do latim, que deriva das expressões sui (si mesmo) e

de caedere (ação de matar). É conceituado como um ato voluntário por meio do qual o

indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. (Vieira, 2008).

O livro “o suicídio e os desafios para a psicologia” (2013, p. 31) conceitua o suicídio

como “uma manifestação humana, uma forma de lidar com o sofrimento, uma saída para

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livrar-se da dor de existir [...] isto é, aquilo de que o sujeito pode dispor quando a vida lhe

parecer insuportável”.

Para o CRP- Conselho Regional de Psicologia, trata-se de um fenômeno complexo, que

envolve fatores emocionais, socioculturais, religiosos e psiquiátricos.

Segundo Werlang, Borges e Fensterseifer (2005), o comportamento suicida é classificado

em três categorias: ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado, sendo que

a ideação suicida fica em um dos extremos, o suicídio consumado no outro e a tentativa

de suicídio entre eles. Compreende-se que a ideação suicida é a categoria principal, pois

se tiver a devida atenção, poderá conseguir evitar que o indivíduo chegue à consumação

do ato.

1.2 Pandemia X Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica uma pandemia como a disseminação

mundial de uma doença. Se trata de um termo utilizado com mais frequência com relação

à gripe e normalmente indica que uma epidemia se espalhou para mais de dois continentes

com transmissão ativa de pessoa para pessoa.

Em 11 de março de 2020 O Covid-19, novo coronavírus, causado pelo (SARS-CoV-2),

foi declarado pela OMS como uma pandemia, sendo necessárias medidas restritivas para

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tentar conter a disseminação do vírus. Os impactos dessa pandemia são visíveis e tem ido

além dos relatos nas histórias das pandemias enfrentadas anteriormente.

Entre os principais, encontram-se: impactos econômicos, de saúde mental, física,

culturais, sociais e até mesmo políticos, evidenciando que essa pandemia sem dúvidas é

uma das piores já enfrentadas pelo mundo.

1.3 Suicídio no Brasil e no mundo

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo,

aproximadamente 3 mil pessoas cometem suicídio por dia, cerca de 1 pessoa morre a cada

40 segundos por esse fator, sendo a terceira causa de morte entre pessoas de 15 à 35 anos,

esse número tende a aumentar levando em consideração o momento de pandemia atual,

também calcula-se que as tentativas sejam 20 vezes mais frequentes que o ato consumado,

dessa forma o suicídio atinge ainda mais pessoas de maneira direta e indiretamente.

No Brasil, ainda de acordo com a OMS, houve um aumento no índice de suicídio de

43,8%, entre 1980 e 2005, com a pandemia atual, esses números podem ter crescido de

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forma relevante. Observa-se no Brasil e no mundo, que os casos de suicídio são mais

comuns entre homens, correspondendo a cerca de 78% dos registros. (OPAS, 2020).

A OMS baseada nas tendências daquela época (2002), estimava que, até 2020, cerca de

1,53 milhões de pessoas cometeriam suicídio, e dez a vinte vezes mais pessoas tentariam

suicídio em todo o mundo, o que levaria a uma média de uma morte a cada 20 segundos

e uma tentativa de suicídio a cada 1-2 segundos (Bertolote, & Fleischmann, 2002). Esses

números foram estimados sem considerar o momento atual, pois como mencionado, a

pandemia pode ter aumentado significamente os fatores de risco, fazendo com que se

estime uma média de mortes preocupante.

Observa-se que as estatísticas apresentadas são consideradas falhas e questionáveis, pois

os números oficiais são extraídos dos atestados de óbito, mas nem todas as mortes

constam nesses atestados, uma vez que a família e a sociedade tentam ocultar esses

motivos, visando proteger, principalmente se tratando de crianças e adolescentes.

1.4 Classificações médicas

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De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o

comportamento suicida é definido como suicídio consumado ou tentativa de suicídio.

Pensar, considerar ou planejar suicídio é denominado ideação suicida. Sendo assim para

o DSM, o suicídio completo é classificado como um ato suicida que resulta em morte.

Denomina-se a tentativa de suicídio como um ato auto direcionado, não fatal e

potencialmente prejudicial concebido para resultar em morte, mas pode ou não resultar

em lesão e define Autolesão não suicida (ALNS) como um ato auto infligido que causa

dor ou dano superficial, mas não concebido para causar morte.

Segundo o Código Internacional das Doenças (CID-10) classificado pelo capítulo XX,

trata-se de uma como morte violenta por causas externas, não decorrente de doença

(OMS, 10ª Revisão, CID-10, 1995), se refere à decisão de tirar a própria vida.

Para a Psicologia o suicídio faz parte do código internacional de doenças, mas não é

doença por si mesmo. O Conselho Federal de Psicologia (2013, p. 30) descreve o

seguinte:

[...] O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial no qual a interação de fatores

individuais, sociais e culturais será determinante na decisão de tirar a própria vida. A

inexistência de explicação universal para o ato suicida torna necessário, para compreendê-lo,

levar em conta a associação de três fatores: os precipitantes (normalmente atuais e externos

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ao sujeito), os internos (relacionados à sua história de vida e aos transtornos mentais

preexistentes) e o contexto sociocultural do ato.

1.5 Prevenção ao suicídio em tempos de pandemia

É notório que a pandemia atual tem trazido consigo impactos negativos em vários

contextos, dentre eles o bem-estar mental de todos, dessa forma, faz-se necessário

intensificar a prevenção ao suicídio, ela é fundamental para a diminuição das estatísticas

apresentadas até o momento.

O suicídio pode ser evitado e para isso, é necessário diminuir os principais fatores de risco

visando a melhoria da saúde mental. Deve-se observar os sinais de alerta verbais ou

comportamentais, pois a maioria dos suicídios ocorrem após a demonstração destes.

Muitas pessoas não consideram, mas é importante avaliar indivíduos que demonstram

mudanças extremas de humor, aumento do consumo de álcool e drogas, observar

indivíduos que verbalizam se sentir um fardo para os outros, que tem vontade de morrer

ou que sentem sensação de vazio, desesperança, e falta de razão para viver. (OPAS,2020).

Estão sendo realizadas estratégias universais focadas nesses fatores, se concentrando em

toda população e não apenas em um indivíduo, essas estratégias estão relacionadas a

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violência doméstica, isolamento social, solidão/luto, consumo de álcool, problemas

financeiros, divulgação da mídia e acessos para finalizar o ato. (Hartmann, 2020).

A pandemia, tem aumentado significamente esses fatores, com relação a violência

doméstica, o isolamento social é um agravante, sendo necessário estratégias visando

suporte para essas vítimas e garantindo a segurança destas após a denúncia. A falta de

contato social tem gerado medo e fazendo com que aumente a solidão, que é um fator de

risco para o suicídio, o mesmo acontece com a situação de luto, sendo necessário o

envolvimento de amigos e familiares, aumentando a frequência de contato. Já para as

pessoas que moram sozinhas, existem profissionais disponíveis que devem garantir ajuda

nesse momento (Hartmann, 2020).

O consumo de álcool tem aumentado nesse período e também é considerado um fator de

risco para o suicídio, para minimizar esse fator, é necessário a detecção precoce de

possíveis transtornos relacionados ao álcool para início do tratamento. (OPAS,2020).

Pacientes com comportamento suicida, necessitam de uma atenção especial, sendo

necessário desenvolver estratégias de avaliação e cuidado para estes. O acesso a esse

cuidado já encontra-se disponível, inclusive remotamente, porém é necessário ampliar

esses acessos (Hartmann, 2020).É recomendável incluir o apoio à saúde mental e

psicossocial, nos planos e esforços de resposta a COVID-19. (OPAS,2020).

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2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Considerando o exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar, por meio de uma

revisão da literatura disponível, possíveis alterações na taxa de suicídio em período de

pandemia e quais fatores contribuem para o suicídio, trazendo visibilidade para possíveis

estratégias de enfrentamento.

Objetiva-se contemplar estudos que relacionem ou apontem a aumento no do fenômeno

suicídio com o período da pandemia no Brasil, com a finalidade de oferecer uma literatura

mais estruturada para auxílio em estudos futuros sobre essa temática.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Reunir a literatura disponível até o momento;

Conceituar o fenômeno suicídio ao longo da pandemia;

II. Observar estudos que já relacionem ou apontem a alterações significativas nas

taxas de suicídio em período de pandemia;

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III. Analisar quais são os fatores que contribuem para o suicídio e assim contribuir

com os estudos devido a importância para a área de psicologia.

PERGUNTA NORTEADORA

1.Houve alterações nas taxas de suicídio após a pandemia?

2. Quais são os possíveis fatores que contribuem para o suicídio, bem como, os aspectos

por trás dessa escalada?

3. JUSTIFICATIVA

Apesar de observar-se uma baixa quantidade de conteúdos disponíveis sobre o suicídio

no Brasil em comparação aos demais países da américa latina, ainda é possível encontrar

um número significativo de estudos abordando o tema no Brasil e no mundo, porém

observou-se que devido a pandemia enfrentada atualmente, há indícios de alterações

significativas nas taxas de suicídio e predominio de fatores que antecedem o suicídio e

podem ter causado a alteração, o que se torna alarmante, principalmente para a psicologia,

já que ficou evidente que o Brasil em comparação aos demais países, já possuía uma taxa

elevada e que vem crescendo a cada dia, dessa forma, é de extrema importância o

aprofundamento no tema mencionado, para uma melhor visibilidade, fazendo com que

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desse modo, medidas preventivas sejam tomadas, para melhorar os índices apresentados

até o momento e diminuir os riscos de aumentos alarmantes na taxa de suicídio.

4. METODOLOGIA

O presente trabalho teve como objetivo analisar possíveis alterações na taxa de suicídio

em período de pandemia e quais fatores contribuem para o suicídio.. Desse modo, foi

utilizado o método de revisão integrativa, que é conceituada como uma revisão

bibliográfica de determinado assunto, partindo de conhecimentos abordados em artigos

anteriores, possibilitando uma nova compreensão, expandindo os conhecimentos sobre o

tema apresentado. (MENDES; SILVEIRA; GALVAO, 2008).

Buscou-se manuscritos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online

(SCIELO), PUBMED, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana

em Ciências de Saúde (LILACS) delimitados aos idiomas: português, inglês e Espanhol.

Foram utilizados como descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Suicídio”, “Suicide”,

“Pandemia”, “Pandemic” “Suicídio em pandemia”, Suicídio e Covid-19” “Suicídio e

coronavírus” e como estratégia utilizou-se os operadores AND e OR.

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Também foram utilizados sites de órgãos governamentais e serviços de saúde que

continham publicações visando responder a pergunta norteadora, ampliando as

possibilidades de busca, pois com a situação de pandemia atual, temos disponíveis

publicações não indexadas que contribuíram para abranger essa pesquisa.

4.1 ETAPAS

Foram realizadas as seguintes etapas, classificadas como muito importantes em uma

revisão integrativa. (MENDES; SILVEIRA; GALVAO, 2008).

I. Escolha e definição do tema e pergunta norteadora;

II. Definição de critérios de inclusão e exclusão na busca e coleta de dados;

III. Coleta de dados através de pesquisas nas bases mencionadas, visando responder

à pergunta norteadora, analisando juntamente com os critérios de inclusão e exclusão

definidos;

IV. Análise dos dados coletados e definidos para utilização de amostra na revisão

integrativa;

V. Apresentação dos resultados;

VI. Considerações finais e conclusões.

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4.2 Critérios de inclusão e exclusão:

Foram utilizados como critério de inclusão, artigos, pesquisas e reportagens publicadas

nos últimos 10 anos (2011 – 2021), nos idiomas português, inglês e espanhol, que relatam

sobre o suicídio e suas alterações no período de pandemia.

Como critérios de exclusão, foram eliminados manuscritos duplicados nas bases de

pesquisa, publicações que não condiziam com o tema a ser explorado, manuscritos e

publicações que não continham referências à questão norteadora.

Tabela 1- Publicações disponíveis no período de 2011 a 2021, com buscas globais e


apenas no Brasil conforme os descritores e bases de dados.

DeSC Suicídio AND Pandemia Suicídio AND Pandemia


COVID-19 OR COVID-19 OR Coronavírus
Coronavírus AND
Brasil OR Brazil
BASE DE Global Apenas no Brasil
DADOS

LILACS 1318 1

SCIELO 513 161

PUBMED 568 2

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21

OUTROS 4 4

TOTAL 2.403 168

O levantamento resultou em um total de 2.403 artigos encontrados, destes, foram

eliminados 2.373 artigos após análise dos critérios de exclusão, entre eles: artigos

duplicados nas bases de dados, artigos não relacionados ao tema, artigos que não citavam

as palavras chaves ou que não apresentavam assuntos relacionadas a questão norteadora.

Os 30 artigos que restaram, foram submetidos a uma análise qualitativa através da leitura

de seus resumos, títulos e palavras chaves, sendo selecionados apenas 14 manuscritos das

seguintes bases de dados: PubMed (n=2), Lilacs (n=2), SciELO (n=6) e para a busca

complementar utilizou-se também sites de órgãos governamentais e serviços de saúde

(n=4), totalizando 14 publicações.

Tabela 2- Manuscritos encontrados nas bases de dados e manuscritos selecionados para


os estudos.

Base de dados Manuscritos Manuscritos


Encontrados Selecionados

LILACS 1318 2

SCIELO 513 2

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PUBMED 568 6

OUTROS 4 4

TOTAL 2.403 14

Os manuscritos selecionados possuem relação entre eles e visam responder à pergunta

norteadora que é o objetivo desta revisão

Tabela 3. manuscritos levantados nas bases de dados LILACS, Scielo e Pubmed sobre suicídio em
pandemia
Ident.Artigos Base de Dados Título do artigo Autores Ano Considerações /
Temática
ARTIGO 1 Pubmed Suicide prevention and Mughal F, House A, 2021 Prevenção ao Suicídio
COVID-19: the role of primary Kapur N, Webb RT, em Pandemia
care during the pandemic and Chew-Graham CA
beyond

ARTIGO 2 Scielo Saúde mental dos Dantas, Eder Samuel 2021 Saúde mental dos
profissionais de saúde no Oliveira Profissionais no Brasil
Brasil no contexto em pandemia
da pandemia por Covid-19

ARTIGO 3 Scielo uso intensivo da internet Deslandes, Suely 2020 Riscos de suicídio em
por crianças e Ferreira e Coutinho, crianças devido ao uso
adolescentes no contexto Tiago intensivo de internet em
da COVID-19 e os riscos pandemia
para violências
autoinflingidas

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ARTIGO 4 Scielo Determinantes espaciais e Gonçalves, Ludmilla 2011 Descreve os


socioeconômicos do R. C., Gonçalves, determinantes do
suicídio no Brasil: Eduardo e Oliveira suicídio no Brasil
uma abordagem regional. Júnior, Lourival
Batista de.

ARTIGO 5 Scielo COVID-19 e saúde mental: Faro, André et al 2020 Menciona a urgência do
a emergência do cuidado. cuidado com a saúde
Estudos de Psicologia. mental na pandemia
para estudos de
Psicologia

ARTIGO 6 Pubmed Suicide in the Time of Brown S, Schuman Descreve os fatores de


COVID-19: A Perfect Storm DL 2020 risco para o suicídio na
pandemia

Relata as propostas para


ARTIGO 7 LILACS SOUZA, Suerda 2021 a vigilância em saúde na
Saúde mental e trabalho no Fortaleza de;
pandemia
contexto da pandemia por ANDRADE, Andréa
Covid-19: proposta para Garboggini Melo;
vigilância em saúde CARVALHO, Rita
de Cássia Peralta
de

ARTIGO 8 Ministério da Pandemia de Covid-19: Ministério da saúde 2020 Boletim informativo sobre
saúde Saúde do trabalhador: a saúde mental do
riscos e vulnerabilidades trabalhador e
vulnerabilidades na
pandemia

ARTIGO 9 Conselho Regional Suicídio e os Desafios para CRP 2013 Refere-se a assistência à
de Psicologia a Psicologia questão do suicídio com
análises sociais e
psicológicas

ARTIGO 10 LILACS Impactos do Soccol KLS, 2020 Impactos da saúde


distanciamento social na Silveira, A mental e estratégias
saúde mental: estratégias para prevenção do
para a prevenção do suicídio em pandemia
suicídio.

ARTIGO 11 Scielo Situações de suicídio: Feijoo, Ana Maria 2020 Papel do psicólogo frente
Atuação do Psicólogo junto Lopes Calvo de. ao luto na pandemia
a pais enlutados

Saúde mental e atenção Fundação Oswaldo 2020 Descreve


ARTIGO 12 Fiocruz psicossocial na pandemia Cruz recomendações gerais
COVID-19: recomendações para a saúde mental em

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gerais pandemia

ARTIGO 13 OPAS Pandemia de COVID-19 Organização Pan- Relata o aumento dos


aumenta fatores de risco Americana de fatores de risco para o
para suicídio Saúde suicídio na pandemia
ARTIGO 14 Scielo
Social distancing during PRADO, Aneliana Descreve sobre os
pandemics: Suicide risk da Silva; FREITAS, impactos da pandemia
and prevention Joanneliese de com relação ao suicídio
in the face of psychosocial Lucas.
impacts of COVID-19
Na tabela 3, é exibido a distribuição das amostras utilizadas para o estudo, iniciando pela

base de dados, título do manuscrito, autores, ano de publicação e considerações sobre a

temática.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resultado das buscas do conteúdo utilizado para amostra, foi distribuído de acordo com

as bases de dados: PubMed (n=568), Lilacs (n=1318), SciELO (n=513) e Sites de órgãos

governamentais e serviços de saúde (n=04), totalizando (n=2403) manuscritos. Após isso,

foram analisadas as publicações (n=468), depois excluídos os manuscritos duplicados

pelo título e resumo (n=221). Em seguida foi realizada a leitura na íntegra de cada título

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e resumo com emprego dos critérios de inclusão (n=64). Após a avaliaçã final dos

estudos, foram selecionados 14 manuscritos incluídos nesta Revisão. Esse processo está

descrito em forma de um fluxograma (Figura 1)

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Figura 1 - Fluxograma sobre os manuscritos selecionados para os estudos

De acordo com a literatura analisada, não é possível identificar com exatidão se houveram

alterações nas taxas de suicídio nesse período de pandemia, as estimativas apontam que

sim, porém os números e estatísticas disponíveis pela OMS e mais atualizados, são do

ano de 2016, 4 anos antes da pandemia iniciar.

Thomas Niederkrotenthaler, pesquisador de suicídio e tesoureiro da International

association for Suicide Prevention (IASP), declarou que ainda não sabemos muito sobre

o impacto da pandemia nos suicídios, pois não temos dados suficientes para embasar os

resultados, mas considera evidentemente e necessário o forte impacto na prevenção ao

suicídio, segundo o último relatório disponibilizado pela OMS, entre os anos de 2010 e

2016, o Brasil teve uma alta de 7% na taxa de suícidio, considerada a mais alta com

relação aos demais paises de seu continente e o contrário da taxa mundial, que teve uma

queda de 9,8% nesse mesmo periodo. Sendo assim, é necessário uma atenção dobrada

para que isso não se agrave ainda mais nos próximos anos.

Dos 14 artigos, 11 mencionam os fatores de risco descritos na tabela abaixo e que tendem

a ter se agravado com a pandemia.

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tabela 5 , descrição dos fatores de risco extraídos da literatura:

FATOR DE RISCO PARA O SUICÍDIO

Prevalência de algum transtorno mental

Uso abusivo de álcool e/ou drogas ilícitas

Isolamento social

Desemprego e/ou problemas financeiros

Transtorno mental: de acordo com Soccol KLS, Silveira, A (2020), histórico de

transtorno mental, somados ao distanciamento e mudanças causadas pela pandemia

favorecem as tentativas de suicídio.

Uso abusivo de álcool e drogas: O uso abusivo de álcool e drogas sempre foi um dos

principais fatores de risco e causas de morte por suicídio, porém de acordo com Brown

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S, Schuman DL(2020) o uso tem aumentado historicamente durante crises econômicas e

desastres nacionais. Desde o início da pandemia, as vendas de álcool dispararam e isso é

alarmante.

Isolamento social: O distanciamento social é uma medida de proteção para a pandemia.

No entanto, também pode ser um fator de risco significativo para quem já convive com

transtornos mentais tais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, e está associado a alto

risco de suicídio. PRADO; FREITAS, Lucas.(2020).

Problemas Financeiros: solidão e desemprego, que pioraram devido à pandemia, já têm

sido reconhecidos na literatura como fatores para aumento do risco de suicídio (Weems,

Carrion, McCurdy, &Scozzafava, 2020).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

o distanciamento social decorrente da pandemia impacta no adoecimento e na presença

de transtornos mentais na população, aumenta o consumo de alcool e drogas, fazendo

com que tentem e cometam suicídio. É urgente a necessidade de um olhar atento pelos

gestores, serviços e profissionais à saúde mental da população e ao desenvolvimento de

políticas públicas que versem sobre a prevenção do suicídio.

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O suicídio ainda é banalizado, principalmente no Brasil, segundo a OMS, mais de 90%

dos pacientes que se suicidaram no país, tinham algum tipo de transtorno mental

relacionado, a maioria era diagnosticado com depressão, uma doença que não é tratada

com seriedade por preconceito ou até mesmo desconhecimento de seus sintomas. De

acordo com as literaturas analisadas e as buscas realizadas, observa-se uma baixa

quantidade de conteúdos disponíveis sobre o suicídio no país, em comparação aos

demais países da américa latina, mesmo com um aumento da taxa de suicídios no Brasil

nos últimos 10 anos, sendo necessário um aprofundamento e maior enfoque no tema.

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Anexos

REGRAS DE SUBMISSÃO

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