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Probabilidade condicional:
o que é, exemplos e
exercícios!

Tudo o que você precisa saber sobre esse


importante tema

Se estatística já é um assunto complicado,


imagina quando ela tem nome e sobrenome:
mas que raios seria probabilidade
condicional? Bom, se a gente olhar para o
significado de cada palavra, o conceito se torna
mais fácil de entender. Quer ver?

Probabilidade é a possibilidade matemática


de alguma coisa acontecer, certo? “Quais as
chances de dois dados, ao serem jogados,
apresentarem resultado 6 para a soma das
suas faces?”. Mas, se isso estiver ligado a outra
coisa, estamos condicionando o primeiro
evento ao segundo. Por exemplo: “E qual a
possibilidade de isso ocorrer se os dois
resultados forem pares?”.

Veja só, então podemos dizer que a


probabilidade condicional é aquela que
calcula as chances de um evento B acontecer,
considerando que um evento A, ligado a ele, já
ocorreu. Ainda não ficou totalmente claro? A
gente explica!

Aula Matemática - Prob…

Conceitos de probabilidade
Muita calma nessa hora! Antes de
entendermos sobre probabilidade
condicional, vale a pena conhecer (ou
relembrar) alguns conceitos, certo? Vamos lá:

Experimento aleatório
Para que uma probabilidade seja calculada de
forma imparcial, você tem que considerar
condições aleatórias, ou seja, cujo resultado é
imprevisível. Quando você joga um dado
viciado — que aponta muitas vezes para uma
mesma face — está forçando a barra, e o
cálculo não é confiável.

Espaço amostral
O conjunto de possíveis resultados para um
evento é chamado de espaço amostral. Ao
jogar uma moeda para cima, por exemplo, você
tem um conjunto com dois elementos
possíveis, que é {cara, coroa}. Quando lança o
dado, tem seis possibilidades, que são {1, 2, 3,
4, 5, 6}.

Evento
Cada resultado possível é um evento, ou seja,
dentro de um conjunto que representa o
espaço amostral de um experimento, cada
elemento é um evento.

Evento união (AUB)


É quando você amplia o leque de
possibilidades. Ou seja, se você diz: qual a
possibilidade de, jogando uma moeda para
cima, o resultado dar cara OU coroa? Ora
bolas! Se as chances de dar cara são 50% e de
dar coroa são outros 50%, a possibilidade de
dar cara OU coroa é 50% + 50% = 100%.

Evento intersecção (A B)
É quando você exige que dois resultados sejam
simultâneos. É preciso que aconteça o
primeiro e o segundo. Note que assim, as
chances se reduzem, porque seu nível de
exigência aumentou. Então, veja o seguinte
exemplo: qual a possibilidade de, jogando uma
moeda para cima duas vezes, o resultado ser
coroa em ambas? Nesse caso, você faz uma
multiplicação para alcançar o resultado: 50% .
50% = 25%.

Eventos mutuamente exclusivos


Ocorre, por outro lado, quando não há um
resultado possível para ambos
simultaneamente. Nesse caso, A B = Ø. Quer
um exemplo? Ao jogar uma moeda, quais as
chances de ela cair com a face cara e coroa ao
mesmo tempo para cima? Nenhuma! Ou é um
resultado ou é outro.

Agora, com esses conceitos refrescados,


vamos à probabilidade condicional, que é
nosso assunto de hoje!

Probabilidade condicional na
prática

Uma das perguntas mais frequentes que a


gente escuta é: “Para que isso serve para a
minha vida?”. Bom, para muita coisa, acredite!
Primeiro, para aumentar suas chances de
aprovação no Enem.

Agora, há vários âmbitos que a estatística


alcança e traz informações importantes, como
no ramo da saúde, por exemplo. Calcular a
incidência de doenças em determinados
grupos de pessoas é uma aplicação muito
prática da probabilidade condicional e que
permite identificar grupos de riscos ou indicar
possíveis formas de prevenção para problemas
epidêmicos.

Há diversos exemplos que podemos usar para


ilustrar a probabilidade condicional. Por
exemplo: as chances de um bebê nascer
menina é um evento A. Agora, a probabilidade
de essa criança apresentar doença celíaca, que
é intolerância ao glúten, é um evento B.

Essa situação pode ser considerada uma


probabilidade condicional porque a doença
celíaca atinge mais mulheres. Se as chances
fossem iguais para pessoas de ambos os
gêneros, os eventos não estariam
condicionados, então essa seria uma
probabilidade marginal ou incondicional,
porque a possibilidade de que um deles ocorra,
não influencia na do outro.

Essa questão ficou clara, certo? Se os eventos


forem independentes, a probabilidade não é
condicional. Sabe por quê? Você representa a
probabilidade condicional com a seguinte
expressão: P (A|B), que se lê “a probabilidade
condicional de A em relação a B”. E a fórmula
para calculá-la é:

P (A|B) = P(A B)/P(B)

Quando dois eventos são INDEPENDENTES,


a probabilidade de ocorrerem ao mesmo
tempo é dada por:

P(A B) = P(A).P(B)

Se colocarmos isso na fórmula da


probabilidade condicional, temos:

P (A|B) = P(A B)/P(B)

P (A|B) = P(A).P(B)/P(B)

P (A|B) = P(A).P(B)/P(B)

P(A|B) = P(A)

Ou seja, a probabilidade de A ocorrer não se


altera.

Probabilidade condicional:
Exercícios resolvidos
Agora que já clareou mais o significado da
probabilidade condicional, que tal calcular a
resposta para a questão que apresentamos na
introdução do texto?

Probabilidade condicional no
lançamento de dados
O evento A é a soma dos dados dar 6,
enquanto o evento B é que os dois apresentem
um resultado par, certo?

Os possíveis resultados para as faces são 36


(seis opções para o primeiro dado x seis
opções para o segundo). As seguintes
combinações somam 6: {1,5}, {2;4}, {3;3}, {4;2}
e {5;1}. Ou seja, 5/36. Esse é P(A)

Já as possibilidades de os dois darem


resultado par são: {2,2}, {2,4}, {2,6}, {4,2}, {4,4},
{4,6}, {6,2}, {6,4}, {6,6}. No fim das contas, são
9/36 chances. Esse é P(B).

Agora, quais as opções que atendem aos dois


requisitos? Somente {2,4} e {4,2}, certo? São
2/36. Esse resultado é P(A B). Colocando isso
na fórmula, temos:

P (A|B) = P(A B)/P(B)

P (A|B) = (2/36)/(9/36)

P (A|B) = (2/36).(36/9)

P (A|B) = (2/36).(36/9)

P (A|B) = 2/9

Então o resultado da probabilidade


condicional para essa questão é 2/9 de
chances.

Probabilidade condicional no mercado


Veja um exemplo de como a probabilidade
condicional funciona com pesquisas de
mercado. Suponha que foi feita uma pesquisa
com 100 pessoas que frequentam um
shopping, certo?

Entre elas, constatou-se que:

60 tinham um cartão de crédito Visa;


70 tinham um cartão Mastercard;
40 tinham cartões de ambas as bandeiras.

Qual a probabilidade de, dentro desse grupo,


encontrarmos uma pessoa que utilize o cartão
Mastercard e que ele seja um dos que também ▾
tem outro da bandeira Visa?

Veja, se eu tenho: 60 pessoas que usam Visa e,


delas, 40 também usam Mastercard, só 20
utilizam apenas Visa. Por outro lado, entre as
70 que usam Mastercard, somente 30 têm
apenas ele.

Para calcular P(A B), eu posso dividir o


número de opções que atendem aos dois
requisitos pelo número de opções do meu
espaço amostral. Ou seja: são 40 pessoas de
um total de 90, que são:

20 que só usam Visa;


30 que só usam Mastercard;
40 que usam ambos.

Assim, eu tenho que P(A B) = 40/90 ou,


reduzindo, 4/9.

E como P(B) são as pessoas que possuem Visa,


então são 60 entre 90, certo? O que diz que
P(B) = 60/90, que reduzido parcialmente vira
6/9.

Agora, para calcular P(A|B), temos que


recorrer à fórmula da probabilidade
condicional:

P (A|B) = P(A B)/P(B)

Assim P(A|B) = (4/9)/(6/9)

P(A|B) = 4/6 = 2/3

Para continuar aprendendo sobre


probabilidade, você pode testar seus
conhecimentos na página de exercícios do
Stoodi sobre o assunto.

Bom, esperamos que você tenha fixado melhor


o conceito de probabilidade condicional!
Lembre-se que a prática é que leva à perfeição.
Quer um conselho? Otimize sua forma de
estudar com o Plano de Estudos do Stoodi e
tudo na palma da mão!

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