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propriedades e utilização
Erivanildo Lopes da Silva
Processo Bayer
O alumínio é produzido, basicamente, a partir da bauxita. Trata-se de um processo de
produção difícil, pois exige muita energia elétrica. A bauxita de cor marrom-avermelhada
deve sofrer um processo de purificação para que se possa extrair a alumina (Al2O3) de
outras substâncias, como, por exemplo, o óxido de ferro 3 (Fe2O3). Para tanto, pode-se
utilizar o processo Bayer, apresentado esquematicamente a seguir:
Fonte: www.materia.coppe.ufrj.br.
Reprodução
A calcinação é a etapa final do processo, quando a alumina é lavada para remover qualquer
resíduo do licor, passando, posteriormente, pela secagem. Em seguida, a alumina é
calcinada a, aproximadamente, 1.000oC, para desidratar os cristais e formar cristais de
alumina puros, de aspecto arenoso e branco. Vale ressaltar que o óxido de ferro 3 não sofre
reação no processo, podendo, assim, ser separado:
Reprodução
A partir da alumina ocorre o processo de transformação da alumina em alumínio metálico.
Esse processo, que antes era realizado através da fundição da alumina a 2.000oC, foi
aperfeiçoado por Charles Martin Hall em 1896. Ao invés de fundir a alumina a essa
temperatura, ele passou a dissolvê-la em criolita (Na3AlF6) fundida. Com esse processo,
Hall diminuiu de 2.000oC para 1.000oC a temperatura. Atualmente, a alumina é dissolvida
em um banho de criolita fundida e fluoreto de alumínio em baixa tensão.
A mistura obtida é colocada numa cuba eletrolítica e sofre uma reação de eletrólise. Veja a
representação na Figura 2. Nessa etapa, o óxido de alumínio é transformado (reduzido) em
alumínio metálico (Al). Basicamente, a reação que ocorre nesse processo é:
Reprodução
O oxigênio se combina com o carbono, desprendendo-se na forma de dióxido de carbono.
O alumínio líquido (Al(l)) se precipita no fundo da cuba eletrolítica e, a seguir, é transferido
para a refusão, onde são produzidos os lingotes, as placas e os tarugos.
Como outro pesquisador, Paul Louis Toussaint Héroult também chegara, no mesmo ano, às
mesmas conclusões de Hall, o processo ficou conhecido como Processo de Héroult-Hall. O
alumínio produz duas ligas metálicas: a duralumínio (95% alumínio, 4% cobre, 1%
magnésio, ferro e silício), bastante utilizada na confecção de carrocerias de ônibus, e a
magnálio (83% alumínio, 15% magnésio, 2% cálcio), utilizada na produção de rodas
automotivas.
Passivação e reciclagem
O alumínio apresenta outra boa característica: é resistente à corrosão. Essa resistência se
explica devido ao fato de esse metal, quando exposto ao ar, ou seja, interagindo com o gás
oxigênio, formar uma película protetora denominada óxido de alumínio (Fe2O3). Esse
fenômeno recebe o nome de passivação.
Nesse processo, a sucata do alumínio transforma-se em produtos que permitem o seu uso
na fabricação de diversos semielaborados e elaborados, como chapas, perfis, etc., prontos
para serem reutilizados nos mais diversos segmentos da indústria.
Matéria do UOL